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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5 
2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ..................................................... 6 
2.1 Alternativas e impasses ........................................................................ 9 
3 INDICE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ................................ 10 
4 NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E SEUS INDICADORES........................... 12 
5 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE ............................................... 14 
6 COMPORTAMENTO HUMANO VOLTADO AO MEIO AMBIENTE .......... 16 
7 ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE, OS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS 
BRASILEIROS .......................................................................................................... 19 
7.1 Floresta Amazônica ............................................................................ 20 
8 PANTANAL MATO-GROSSENSE ............................................................ 23 
9 CAMPOS SULINOS .................................................................................. 25 
9.1 Fauna deste bioma ............................................................................. 25 
10 CAATINGA ............................................................................................ 26 
10.1 Vegetação .......................................................................................... 27 
10.2 Fauna ................................................................................................. 27 
10.3 Restinga ............................................................................................. 28 
11 MANGUEZAL ........................................................................................ 30 
12 CERRADO ............................................................................................. 31 
13 CERRADO (STRICTU SENSU) ............................................................. 33 
14 FLORESTA MESOFÍTICA DE INTERFLÚVIO (CERRADÃO) ............... 33 
14.1 Campo rupestre .................................................................................. 33 
14.2 Campos litossólicos miscelâneos: ...................................................... 33 
14.3 Vegetação de afloramento de rocha maciça ...................................... 34 
15 MATA ATLÂNTICA ................................................................................ 34 
 
2 
 
16 MATA DE ARAUCÁRIA ......................................................................... 35 
17 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS 
HÍDRICOS, CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................... 36 
17.1 Resíduos perigosos ............................................................................ 38 
18 LIXO: PROBLEMA DE TODOS ............................................................. 41 
18.1 Reciclagem: a indústria do presente .................................................. 41 
18.2 Destino do lixo .................................................................................... 42 
18.3 Embalagem: quanto mais simples, melhor ......................................... 46 
18.4 A responsabilidade é de quem produz ............................................... 47 
18.5 O lixo e o consumo ............................................................................. 47 
19 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS – LEI 12.305/2010 ................... 48 
19.1 Quem obedece deve obedecer à nova Lei ......................................... 49 
19.2 A Lei obriga à logística reversa .......................................................... 50 
19.3 Responsabilidade da coleta ............................................................... 50 
19.4 Descumprimento da Lei ...................................................................... 52 
19.5 Resultados e consequências .............................................................. 53 
20 RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................ 54 
20.1 Ciclo hidrológico ................................................................................. 55 
20.2 Precipitação ........................................................................................ 55 
20.3 Evaporação e evapotranspiração ....................................................... 56 
20.4 Água subterrânea ............................................................................... 56 
20.5 Escoamento superficial ...................................................................... 57 
20.6 Hidrografia .......................................................................................... 58 
20.7 Processos erosivos ............................................................................ 59 
20.8 Assoreamento de corpos d’água ........................................................ 59 
20.9 Gestão de bacias urbanas .................................................................. 60 
20.10 Cobrança pelo uso da água ............................................................... 61 
 
3 
 
21 CONTROLE DE ENCHENTES .............................................................. 63 
21.1 Medidas para controle de inundações ................................................ 63 
21.2 Zoneamento de áreas de inundações ................................................ 64 
22 USO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS ................................... 64 
22.1 Navegação e aproveitamento hidrelétrico .......................................... 65 
22.2 Abastecimento .................................................................................... 65 
22.3 Irrigação e vazão ecológica ................................................................ 66 
22.4 Transposição de corpos d’água ......................................................... 66 
23 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ................................................................... 67 
23.1 Outras importantes leis a serem citadas ............................................ 68 
24 POLÍTICA AMBIENTAL ......................................................................... 70 
24.1 Ações práticas de uma política ambiental (exemplos) ....................... 70 
25 DIREITO AMBIENTAL, PRINCÍPIOS PRÓPRIOS DO DIREITO 
AMBIENTAL .............................................................................................................. 71 
25.1 Lei de Política Nacional do Meio Ambiente ........................................ 72 
25.2 Licenciamento ambiental .................................................................... 73 
26 DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL ....................................................... 74 
26.1 Princípios fundamentais do direito ambiental brasileiro...................... 78 
27 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ...................................... 79 
27.1 Áreas degradadas: formas e exemplos de degradação ..................... 80 
27.2 Planejamento Urbano Influindo na degradação ambiental ................. 82 
28 A IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR ..................................................... 84 
28.1 Formas de recuperação da mata ciliar ............................................... 85 
29 PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA O SUCESSO DO 
REFLORESTAMENTO, SELEÇÃO DE ESPÉCIES. ................................................. 86 
30 Principais indicadores de sustentabilidade empresarial ........................ 87 
 
4 
 
30.1 Avaliações promovidas pelos indicadores de sustentabilidade 
empresarial. ........................................................................................................... 89 
30.2 Índice de sustentabilidade empresarial da B3 .................................... 94 
31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 96 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃOPrezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
Fonte: jornaloliberal.net 
Conceito: A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o 
desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem 
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o 
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. 
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de 
harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. 
(NAÇÕES UNIDAS, 2019). 
Para ser sustentável, o desenvolvimento deve ser economicamente 
sustentado (ou eficiente), socialmente desejável (ou includente) e 
ecologicamente prudente (ou equilibrado). Os dois primeiros critérios 
estavam presentes no debate sobre desenvolvimento econômico que se abre 
no pós-guerra. O terceiro é novo. As expressões "crescimento econômico 
sustentado" e "crescimento econômico excludente" opunham a corrente 
"mainstream" neoclássica às correntes heterodoxas, marxistas e 
estruturalistas. Para a primeira, o crescimento econômico sustentado estava 
aberto como possibilidade a todos os países, sendo uma condição necessária 
e suficiente para a inclusão social. Para a segunda, ao contrário, o 
crescimento econômico e seus benefícios eram para poucos, os países 
capitalistas centrais. Marxistas e estruturalistas discordavam entre si, 
entretanto, em relação às causas do fato (VEIGA, 2005, apud ROMEIRO, 
2012). 
 
7 
 
O Desenvolvimento Sustentável pode ser caracterizado como o 
desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem 
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias 
necessidades. Ela implica possibilitar às pessoas, agora e no futuro, atingir um nível 
satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, 
fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as 
espécies e os habitats naturais. Em resumo, é o desenvolvimento que não esgota os 
recursos para o futuro. 
A aplicação prática de princípios e estratégias do desenvolvimento 
sustentável apresenta-se mais complexa e difícil que a simples incorporação 
de uma dimensão ambiental dentro dos paradigmas econômicos, dos 
instrumentos do planejamento e das estruturas institucionais que sustentam 
a racionalidade produtiva prevalecente (LEFF, 2002, apud HANAI, 2012). 
Um desenvolvimento sustentável requer planejamento e o reconhecimento de 
que os recursos são finitos. Ele não deve ser confundido com crescimento econômico, 
pois este, em princípio, depende do consumo crescente de energia e recursos 
naturais. O desenvolvimento nestas bases é insustentável, pois leva ao esgotamento 
dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. 
O conceito de desenvolvimento sustentável foi reconhecido internacionalmente 
em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, 
realizada em Estocolmo, Suécia. A comunidade internacional adotou a ideia de que o 
desenvolvimento socioeconômico e o meio ambiente, até então tratados como 
questões separadas, podem ser geridos de uma forma mutuamente benéfica. 
Em 1983, é estabelecida a Comissão Mundial das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento. Esta comissão foi incumbida de investigar as 
preocupações levantadas nas décadas anteriores acerca dos graves e negativos 
impactos das atividades humanas sobre o planeta, e como os padrões de crescimento 
e desenvolvimento poderiam se tornar insustentáveis caso os limites dos recursos 
naturais não fossem respeitados. O resultado desta investigação foi o Relatório 
"Nosso Futuro Comum" publicado em abril de 1987. 
O documento ficou conhecido como Relatório Brundtland, em referência à Gro 
Harlem Brundtland, ex primeira ministra norueguesa e médica que chefiou a comissão 
da ONU responsável pelo trabalho. O Relatório Brundtland formalizou o conceito de 
desenvolvimento sustentável e o tornou conhecido do público. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Mundial_sobre_Meio_Ambiente_e_Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Mundial_sobre_Meio_Ambiente_e_Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gro_Harlem_Brundtland
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gro_Harlem_Brundtland
 
8 
 
E acordo com o Relatório Brundtland (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO 
AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1988, p. 49), o desenvolvimento 
sustentável deve ser entendido como: [...] um processo de transformação no 
qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do 
desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e 
reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender as necessidades e 
aspirações humanas. (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E 
DESENVOLVIMENTO, 1988, apud IPIRANGA, 2011). 
"Satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades ", cerne do conceito de 
desenvolvimento sustentável se tornou o fundamento da Conferência das Nações 
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), realizada no Rio de 
Janeiro em 1992. O encontro foi um marco internacional, que reconheceu o 
desenvolvimento sustentável como o grande desafio dos nossos dias, e também 
assinalou a primeira tentativa internacional de elaborar planos de ação e estratégias 
neste sentido. 
A percepção das pessoas sobre a escassez dos recursos naturais e sobre os 
danos ambientais de suas ações pode influenciá-las a adotar 
comportamentos mais ecológicos (PATO, 2004, apud CAIXETA, 2010). 
O campo do desenvolvimento sustentável pode ser dividido em quatro 
componentes: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade econômica, 
a sustentabilidade sociopolítica e a sustentabilidade cultural. 
Sustentabilidade ambiental: consiste na manutenção das funções e 
componentes dos ecossistemas para assegurar que continuem viáveis – capazes de 
se auto reproduzir e se adaptar a alterações, para manter a sua variedade biológica. 
É também a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida 
para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a 
beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis. 
Sustentabilidade econômica: é um conjunto de medidas e políticas que visam 
a incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. O lucro passa a 
ser também medido através da perspectiva social e ambiental, o que leva à otimização 
do uso de recursos limitados e à gestão de tecnologias de poupança de materiais e 
energia. A exploração sustentável dos recursos evita o seu esgotamento. 
Sustentabilidade sociopolítica: é orientada para o desenvolvimento humano, 
a estabilidade das instituições públicas e culturais,bem como a redução de conflitos 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eco-92
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eco-92
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_ambiental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_econ%C3%B4mica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel#Sustentabilidade_s.C3.B3cio-politica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_Cultural
 
9 
 
sociais. É um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pretende 
desenvolver o tecido social nos seus componentes humanos e culturais. 
Vê o ser humano não como objeto, mas sim como objetivo do desenvolvimento. 
Ele participa na formação de políticas que o afetam, decide, controla e executa 
decisões. 
Sustentabilidade cultural: leva em consideração como os povos encaram os 
seus recursos naturais, e sobretudo como são construídas e tratadas as relações com 
outros povos a curto e longo prazo, com vista à criação de um mundo mais sustentável 
a todos os níveis sociais. A integração das especificidades culturais na concepção, 
medição e prática do desenvolvimento sustentável é fundamental, uma vez que 
assegura a participação da população local nos esforços de desenvolvimento. 
2.1 Alternativas e impasses 
Antes mesmo que a ideia de desenvolvimento humano começasse a ser 
assimilada, também ganhava força uma expressão: desenvolvimento sustentável 
(DS). A partir do ano de 1992, um movimento internacional foi lançado pela Comissão 
para o Desenvolvimento Sustentável (CSD) das Nações Unidas com o objetivo de 
construir indicadores de sustentabilidade. 
Reunindo governos nacionais, instituições acadêmicas, ONG’s, organizações 
do sistema das Nações Unidas e especialistas de todo o mundo, esse 
movimento pretende colocar em prática, alguns capítulos da “Agenda 21” 
firmada na Eco- 92, referentes à necessidade de informações para a tomada 
de decisões. (VEIGA, 2015, apud ASSUNÇÃO,2015, p. 17). 
Em 1996, a CSD publicou o documento “Indicadores de desarollo sostenible: 
marco y metodologías”, que ficou conhecido como “Livro Azul”. Continha um conjunto 
de 143 indicadores, que foram quatro anos depois reduzidos a uma lista mais curta, 
com apenas 57, mas acompanhados de fichas metodológicas e diretrizes de 
utilização. Foram cruciais para que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) viesse a publicar em 2002 e 2004, os primeiros indicadores brasileiros de 
desenvolvimento sustentável. 
A importância desses dois pioneiros trabalhos do IBGE não deve ser 
subestimada pelo fato da maioria de suas estatísticas e indicadores se referir mais ao 
tema do desenvolvimento do que ao tema da sustentabilidade. Foi a primeira vez que 
 
10 
 
uma publicação dessa natureza incluiu explicitamente a dimensão ambiental ao lado 
da social, da econômica e da institucional. 
3 INDICE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
Fonte: jornalggn.com.br 
Todavia, uma rápida consulta aos resultados desses dois primeiros esforços 
certamente provocará a seguinte indagação: poderá surgir daí um índice sintético de 
desenvolvimento sustentável? A resposta mais sensata parece ser negativa, porque 
índices compostos por várias dimensões (que, por sua vez, resultam de diversas 
variáveis) costumam ser contraproducentes, para não dizer enganosos ou traiçoeiros. 
Por outro lado, sem um bom termômetro de sustentabilidade, o mais provável é que 
todo mundo continue a usar apenas índices de desenvolvimento (quando não de 
crescimento), deixando de lado a dimensão ambiental. 
Tanto quanto um piloto precisa estar permanentemente monitorando os 
diversos indicadores que compõem seu painel, qualquer observador do 
desenvolvimento sustentável será necessariamente obrigado a consultar dezenas de 
estatísticas, sem que seja possível amalgamá-las em um único índice. Talvez seja 
essa a razão que faz o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) 
não ter se lançado na construção de um índice de desenvolvimento sustentável 
equivalente ao IDH. 
 
11 
 
Isto não impede, contudo, que se procure elaborar um índice de 
sustentabilidade ambiental, em vez de desenvolvimento sustentável, para que possa 
ser comparado com outros índices de desenvolvimento, como os que foram 
mencionados no início deste livro. Ou ainda, que se prefira representações gráficas 
multifacetadas, em vez de um número índice. A ideia foi apresentada em 2002 ao 
Fórum Econômico Mundial por um grupo de trabalho formado por pesquisadores de 
duas universidades americanas. 
Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: Primeira geração: nesta fase, 
os indicadores eram os ambientais clássicos que não incorporavam 
interrelações entre os componentes de um sistema, como por exemplo: 
emissões de CO2, desmatamento, erosão, qualidade das águas, entre 
outros; segunda geração: os indicadores são compostos por quatro 
dimensões: econômica, social, institucional e ambiental, mas não 
estabelecem vinculações entre os temas. O maior exemplo desse tipo de 
iniciativa seria o Livro Azul da CSD (1996); terceira geração: Correspondem 
aos indicadores vinculantes, sinérgicos e transversais, que incorporam 
simultaneamente vários atributos ou dimensões do Desenvolvimento 
Sustentável. Não se tratam mais de listas de indicadores como os de segunda 
geração. As variáveis escolhidas têm que possuir correlação muito clara com 
os demais, pois fazem parte de um mesmo sistema. (QUIROGA- MARTINEZ, 
2003, apud TAYRA, 2006) 
Com 68 variáveis referentes a 20 indicadores essenciais, o índice de 
sustentabilidade ambiental elaborado por pesquisadores de Yale e Columbia pôde ser 
calculado para 142 países. Esse índice considera cinco dimensões: sistemas 
ambientais, estresses, vulnerabilidade humana, capacidade social e institucional, e 
responsabilidade global. O primeiro envolve quatro sistemas ambientais: ar, água, 
solo e ecossistemas. O segundo considera estresse algum tipo muito crítico de 
poluição, ou qualquer nível exorbitante de exploração de recurso natural. No terceiro, 
a situação nutricional e as doenças relacionadas ao ambiente são entendidas como 
vulnerabilidades humanas. A quarta dimensão se refere à existência de capacidade 
sócio institucional para lidar com os problemas e desafios ambientais. E na quinta 
entram os esforços e esquemas de cooperação internacional representativos da 
responsabilidade global. 
As premissas básicas que norteiam essas cinco dimensões foram bem 
explicitadas pelos pesquisadores. Em primeiro lugar, é necessário que os sistemas 
ambientais vitais sejam saudáveis e não entrem em deterioração. Também é 
essencial que os estresses antrópicos sejam baixos e não causem danos aos 
sistemas ambientais. Em terceiro, a alimentação e a saúde não devem ser 
 
12 
 
comprometidas por distúrbios ambientais. Em quarto, é preciso que existam 
instituições, padrões sociais, habilidades, atitudes e redes que fomentem efetivas 
respostas aos desafios ambientais e em quinto, há que cooperar para o manejo dos 
problemas ambientais comuns a dois ou mais países, além de reduzir os 
“transbordamentos” de problemas ambientais de um país para outro. 
4 NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E SEUS INDICADORES 
 
Fonte: geranegocios.com 
Retornos sustentados sobre o capital investido no longo prazo e, em certa 
medida, o crescimento dos negócios requerem, cada vez mais, o enfrentamento das 
questões de desenvolvimento social e de sustentabilidade que influenciam e são 
influenciadas pelas ações das empresas no mercado, por interesses setoriais, por 
demandas das comunidades do entorno e pelo próprio sistema capitalista em sua 
versão neoliberal local. 
Na prática, a sustentação de resultados acima da média em prazos mais 
elásticos parece exigir formulações estratégicas e direcionamentos operacionais que 
conjuguem, em uma mesma unidade de performance, retornos econômicos, sociais, 
ambientais e culturais diferenciados. Assim como parece induzir a composição, com 
outros atores, de arranjosprodutivos que potencializem ou ampliem, por um lado, 
escala e participação de mercado; por outro, infraestrutura, recursos, tecnologia 
apropriada, competências, sensibilidade social e capacidade de inovar. 
 
13 
 
A maximização das condições de produzir, comercializar, comunicar, oferecer 
produtos e serviços inovadores, promover desenvolvimento, valorizar direitos 
humanos, dar conta dos impactos no entorno inerentes ao negócio, lidar com a 
concorrência, abrir novos mercados e estar próximo aos clientes onde quer que eles 
estejam neste mundo globalizado parece tender a se viabilizar, cada vez mais, a partir 
de arranjos produtivos capazes de conjugar investidores, especialistas, empresas, 
financiadores, organizações da sociedade civil, instituições de pesquisa e 
desenvolvimento e organismos de governo. 
Entretanto, é preciso resolver antes e sempre, o curto prazo. Sem atingir o 
resultado do dia, da semana, da quinzena, do mês, do semestre e do ano não haverá 
argumento válido para transformações a longo prazo, menos ainda para a inclusão da 
perspectiva socioambiental no ambiente de negócios. Até porque é difícil distinguir 
entre dispersão de recursos e investimentos em iniciativas voltadas a resultados de 
longo prazo; assim como é difícil decidir se a melhor alternativa está mesmo no 
horizonte do tempo. Os resultados imediatos, portanto, precisam ser obtidos enquanto 
se constroem as plataformas do futuro. Presente e futuro são pensados e articulados 
juntos, no presente; e essa é uma tarefa que, em certa medida, pode envolver 
diferentes atores. 
Explorar sinergias e complementaridades é, portanto, fator de 
competitividade, de promoção do desenvolvimento e de enfrentamento de 
questões de sustentabilidade. A melhor performance depende, entretanto, da 
qualidade intrínseca dos arranjos produtivos. Em outras palavras, depende 
da natureza do engajamento (legitimidade, motivação, visão de futuro e 
compartilhamento de crenças, significados e valores dos diferentes atores), 
da capacidade de construírem, consolidarem e manterem em permanente 
desenvolvimento um ambiente capaz de gerar resultados (econômicos, 
sociais, ambientais e culturais) sustentados a longo prazo, da qualidade dos 
vínculos (transparência, confiança e proximidade entre os atores), da eficácia 
dos mecanismos de interação e cooperação e da capacidade de 
reconhecimento sincero dos interesses legítimos dos atores envolvidos. No 
plano operacional, depende do empenho em se encontrar uma fórmula aceita 
para a responsabilização, o acompanhamento, controle e auditoria dos 
processos e a apropriação dos resultados e dos impactos decorrentes da 
ação conjunta, tanto os de natureza econômico-financeira como os sociais, 
ambientais e culturais; tanto os tangíveis quanto os intangíveis (KEINERT, 
2007, apud DANDAL, 2014, p. 29). 
Trata-se de um desafio enorme para a gestão contemporânea por conta, 
principalmente, de alguns fatores: da baixa competência das organizações para se 
integrarem à lógica e às dinâmicas sociais típicas de ambientes multi- stakeholders, 
naturalmente inclusivas e, portanto, complexas; da prevalência do individualismo, 
 
14 
 
mesmo quando há valorização do teamwork; das dificuldades de formulação e 
legitimação de decisões complexas em ambientes organizacionais que 
supervalorizam a lógica exclusiva e direta do capital, as relações de poder, o 
imediatismo, o autoritarismo e o pragmatismo, que são aspectos culturais cultuados 
no neoliberalismo. Soma-se a isso, a existência de interesses imbricados de diferentes 
arranjos produtivos com que os mesmos atores, ou parte deles, possam estar 
envolvidos, e que são cada vez mais prováveis pela necessidade de ampliação das 
fontes de geração de riqueza e minimização dos riscos além das incertezas impostas 
tanto pelo ambiente competitivo como pelo ambiente social. 
Uma estratégia corporativa ampla e de longo-prazo, integrada com os objetivos 
centrais do negócio e com as suas competências essenciais atuando para criar 
mudança social positiva e valor para o negócio e que está inserida nas operações 
negociais do dia a dia é o que se pode chamar de CSR Estratégica ou ainda 
Sustentabilidade Estratégica. 
5 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 
 
Fonte: isotecconsultoria.com 
As análises realizadas através do uso de indicadores vêm ganhando peso nas 
metodologias utilizadas para resumir a informação de caráter técnico e científico, 
permitindo sua transmissão de forma sintética, desde que preservada a essência da 
informação e utilizadas apenas as variáveis que melhor servem os objetivos e não 
 
15 
 
todas as que podem ser medidas ou analisadas. A informação é assim mais facilmente 
utilizável por tomadores de decisão, gestores, políticos, grupos de interesse ou pelo 
público em geral. 
A formulação de indicadores pressupõe a disponibilidade de informações e 
dados confiáveis e comparáveis num determinado período de tempo. Esse é o 
principal desafio que se apresenta, ou seja, apontar caminhos para a identificação de 
parâmetros confiáveis e comparáveis no tempo para a averiguação do cumprimento 
e do progresso das práticas de gestão sustentável de maneira custo-efetiva. Há 
grande variabilidade de tipos e qualidade de informações que podem impedir sua 
comparação, daí ser necessário identificar alguns parâmetros comparáveis, 
legitimados pelas partes interessadas e convenientes para o sistema em questão. 
 Indicadores de sustentabilidade tem como objetivo auxiliar empresas e 
instituições a avaliarem se estão caminhando rumo à sustentabilidade. Os 
indicadores usualmente abrangem procedimentos empresariais, desde seus 
conceitos estratégicos até suas relações com fornecedores e consumidores, 
considerando as questões fundamentais da sustentabilidade, social, 
ambiental e econômico (LOUETTE, 2007, apud PENTEADO, 2014, p. 2). 
Não se pode deixar de mencionar que a utilização de indicadores e índices não 
é uma abordagem pacífica. Sempre se recobre de alguma controvérsia, em face das 
simplificações que são efetuadas na aplicação destas metodologias. As eventuais 
perdas (ou descontinuidade) de informação têm constituído um entrave à adoção de 
forma generalizada e consensual dos sistemas de indicadores e índices. 
Indicadores: parâmetros selecionados e considerados isoladamente ou 
combinados entre si, sendo de especial pertinência para refletir determinadas 
condições dos sistemas em análise (normalmente são utilizados com pré-tratamento, 
isto é, são efetuados tratamentos aos dados originais, tais como médias aritméticas 
simples, percentuais, medianas, entre outros). Definidos, aceitos e inseridos nos 
processos de gestão de uma instituição (governos, empresas ou outras organizações 
da sociedade civil) um dado conjunto de indicadores pode revelar a situação atual 
dessa instituição (e daí permitir compará-la com outras de mesma natureza) ou indicar 
sua evolução em relação a sua própria situação em algum momento anterior. 
 
16 
 
6 COMPORTAMENTO HUMANO VOLTADO AO MEIO AMBIENTE 
 
Fonte: sustentarqui.com 
A sede econômico-financeira do homem aliada à hiperexpansão populacional 
vem, nesta, provocando desenfreada e desrespeitosa exploração de recursos naturais 
sem nenhuma consideração a normas de proteção ao meio ambiente levando, 
consequentemente, à degradação do mesmo. 
Em meio ao desenvolvimento tecnológico está a natureza, não sabemos se 
acuada ou esquecida, deixada de lado pelo homem no que tange aos cuidados 
relativos à preservação. Esta, no entanto, é a única contribuição que nos é cobrada 
em troca do fornecimento de frutos, ar respirável, a biodiversidade de nossos 
ecossistemas, da flora, terras férteis e belíssimas paisagens. 
Esta é uma luta Global e Humanitária onde, independente de campanhas como 
a Rio + 10, dentre muitas outras, o homem deveria conscientizar-se e contribuir 
individual e coletivamente na busca do equilíbrioecológico do meio. 
 
A lógica do crescimento econômico presente na maioria dos países, somado 
ao avanço tecnológico, entre outros, faz com que as pessoas desejem e 
adquiram uma maior quantidade de bens de consumo e de serviços. Isto 
resultou em uma sociedade atual marcada por um consumismo crescente 
que tem como consequência maior degradação da natureza, com implicações 
inclusive à sobrevivência do ser humano (FERREIRA, 2004, apud CAIXETA, 
2010). 
 
17 
 
Os brasileiros possuem o direito ao meio ambiente garantido 
constitucionalmente. A Carta Magna vigente, em seu art. 225, nos garante o direito de 
usufruir o meio ambiente e o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações. Ocorre que, a maioria das pessoas, sendo raríssimas as exceções, 
tanto naturais como jurídicas, vêm se interessando somente em exercer o direito, mas 
não cumprir o dever. 
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental previsto no inciso III do artigo 9º da Lei 
nº 6.938/81 e no art. 225, § 1º da Constituição Federal, dispõe a respeito da 
obrigatoriedade e importância deste estudo, que é tratado constitucionalmente como 
poder-dever do Poder Público. O Estudo prévio de Impacto Ambiental é uma 
manifestação significativa do princípio da prevenção e constitui um dos instrumentos 
básicos da Política Nacional do Meio Ambiente. Tem a função de apontar os possíveis 
riscos que um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução para a 
implantação do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano ambiental. 
São merecedoras de gratificações as grandes empresas de elevada produção 
que, em meio a este escopo, preocupam-se não só com o lucro, mas também com a 
preservação da natureza. Tais empresas são dotadas de certificados como a ISO 
14001, comprovadores e reconhecedores de tal mérito e passam a valorizar cada 
particularidade do sistema natural, ou seja, comprometem-se com a coleta seletiva do 
lixo e a reciclagem do mesmo, gerando economia de energia e proteção sistemática 
do Meio Ambiente. Trabalham intensamente no combate ao desperdício de todo 
gênero natural, como a água, o solo e a energia. 
Apesar de campanhas mundiais e divulgação de estatísticas, a sede humana 
de exploração, consumo e lucro é cada vez maior, aumentando assim as 
consequências do efeito estufa. Podemos citar a título de ilustração, o derretimento 
de geleiras nos polos e degradação da camada de ozônio. 
Na “Guerra Econômica” travada entre Nações, o homem vem destruindo algo 
que lhe pertence e, tal situação, aliada ao hiper crescimento populacional traz como 
consequências o aumento do consumo, a exploração do solo em larga escala, 
descarga de dejetos e emissão de CO2, contribuindo para um meio desequilibrado. 
Populações sofrem com catástrofes meteorológicas, como enchentes, passam 
fome devido à ausência de solos férteis devido à seca, escassez de água potável além 
de problemas respiratórios causados pelo ar impuro impregnado de agentes fruto do 
 
18 
 
efeito estufa. Este, um dos maiores demonstradores do descaso ambiental, que vem 
sendo contribuído pela queima de combustíveis fósseis como a gasolina e também 
pelas queimadas de florestas. 
Depois da 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (ECO92) foi reconhecido que o crescimento e 
desenvolvimento econômicos alteram os sistemas naturais, embora não se 
possam pôr em risco os sistemas naturais mais importantes como atmosfera, 
água, solos e seres vivos (HANSEN, 2001, apud COSTA, 2014). 
Desastres ecológicos ocorrem e a não reparação destes pelos seus agressores 
é, muitas vezes, acobertada pela impunidade. Infelizmente, temos que acreditar que 
são necessárias normas impositivas de sanção para que o homem se eduque em 
relação aos cuidados com algo que é seu por direito. Foi preciso a criação de 
legislações de Direito Ambiental com normas coercitivas, onde o homem vê-se 
obrigado a preservar seu ambiente e sobrepujar seu eterno animus lucrandi. Foi 
preciso impor sanções como multas pecuniárias e até mesmo penas restritivas de 
liberdade dentre outras para o homem respeitar seu direito. 
As civilizações estão sendo dominadas pelo consumismo e, em contrapartida, 
pelo desejo desenfreado de poder econômico-financeiro, não tendo a preocupação 
adequada com a preservação de um bem que, se utilizado racionalmente, seria 
contribuindo para a manutenção dessas vontades eternamente, de modo que, como 
vem sendo utilizado está a ponto de desencadear, a níveis mundiais, uma enorme 
catástrofe ambiental e, consequentemente, econômica, política e financeira, trazendo 
uma infinidade de prejuízos para a humanidade, principalmente para as gerações 
futuras. 
A sustentabilidade do Meio Ambiente depende exclusivamente de uma 
consciência universal e respeito os Paradigmas da Ecologia e dos processos naturais 
para a evolução da Humanidade. 
 
19 
 
7 ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE, OS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS 
BRASILEIROS 
 
 
Fonte: cenedcursos.com 
O Brasil possui uma grande diversidade de ecossistemas. Quase todo o seu 
território está situado na zona tropical. Por isso, nosso país recebe grande quantidade 
de calor durante todo o ano, o que favorece essa grande diversidade. Veja, no mapa 
a seguir, exemplos dos principais ecossistemas encontrados no Brasil. 
 
20 
 
 
Fonte da imagem: sobiologia.com 
7.1 Floresta Amazônica 
Estende-se além do território nacional, com chuvas frequentes e abundantes. 
Apresenta flora exuberante, com espécies, como a seringueira, o guaraná, a vitória-
régia, e é habitada por inúmeras espécies de animais, como o peixe-boi, o boto, o 
pirarucu, a arara. Para termos uma ideia da riqueza da biodiversidade desses 
ecossistemas, ele apresenta, até o momento, 1,5 milhão de espécies de vegetais 
identificadas por cientistas. 
Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de km², a Floresta 
Amazônica é a principal cobertura vegetal do Brasil, ocupando 45% do nosso 
território, além de espaços de mais nove países, sendo também a maior floresta 
tropical do mundo. É chamada de Floresta latifoliada equatorial. 
Mas o futuro da Amazônia não será definido apenas por sua importância 
socioambiental e por seus potenciais. As ameaças de degradação avançam 
em ritmo acelerado. Os dados oficiais elaborados pelo INPE sobre o 
desmatamento na região mostram que ele é extremamente alto e está 
 
21 
 
crescendo. Já foram eliminados cerca de 570 mil quilômetros quadrados de 
florestas na região, uma área equivalente à superfície da França, e a média 
anual dos últimos sete anos é da ordem de 17,6 mil quilômetros quadrados 
(INPE, 2001, apud MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE 
BIODIVERSIDADE E FLORESTAS, 2002, p. 21). 
A Floresta Amazônica caracteriza-se por ser heterogênea, havendo um elevado 
quantitativo de espécies, com cerca de 2500 tipos de árvores e mais de 30 mil tipos 
de plantas. Além disso, ela é perene, ou seja, permanece verde durante todo o ano, 
não perdendo as suas folhas no outono. Apresenta uma densidade elevada, o que é 
propício ao grande número de árvores por m². 
Costuma-se classificar essa floresta conforme a proximidade dos cursos 
d’água. Dessa forma, existem três subtipos principais: mata de igapó, mata de várzea 
e mata de terra firme. 
Mata de igapó: também chamada de floresta alagada, a mata de igapó 
caracteriza-se por se localizar muito próxima aos rios, estando permanentemente 
inundada. Apresenta plantas de pequeno porte em comparação ao restante da 
vegetação da Amazônia e que costumam ser hidrófilas, ou seja, adaptadas à umidade. 
Possui, em geral, raízes elevadas que acompanham os troncos. 
Mata de várzea: assim como a mata de igapó, a várzea também sofre com as 
inundações, porém apenas no período das cheias dos grandes rios, por se encontrar 
em áreas um pouco mais elevadas. É uma mata muito fechada, com elevada 
densidade, árvores altas (em média 20m dealtura) e, em geral, com galhos 
espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As espécies mais conhecidas são o Jatobá 
e a Seringueira, essa última muito usada na extração de látex, a matéria-prima da 
borracha. 
Mata de terra firme: também chamada de caetê, a mata de terra firme 
caracteriza-se por se encontrar relativamente distante dos grandes cursos d’água, 
localizando-se em planaltos sedimentares. Em razão disso, não costuma ser alvo de 
inundações, recobrindo a maior parte da floresta e apresentando as maiores médias 
de altura (algumas árvores chegam a alcançar os 60m). 
A importância da Floresta Amazônica reside, principalmente, em sua função 
ambiental. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ela não é o “pulmão do 
mundo”, pois o oxigênio por ela produzido é consumido pela própria floresta. Sua 
importância ambiental reside no controle das temperaturas, graças ao aumento da 
 
22 
 
umidade, que é resultado da constante evapotranspiração da floresta, produzindo 
massas de ar úmido para todo o continente sul-americano, os chamados Rios 
Voadores. 
É importante não confundir o Bioma Amazônia com a Floresta Amazônica. O 
primeiro termo refere-se às características gerais que envolvem a mata, os animais, 
os rios, os solos e a flora, o segundo limita-se às características da floresta. 
Mata de cocais: A mata de cocais situa-se entre a floresta amazônica e a 
caatinga. São matas de carnaúba, babaçu, buriti e outras palmeiras. Vários tipos de 
animais habitam esse ecossistema, como a arara canga e o macaco cuxiú. É um tipo 
de cobertura vegetal situada entre as florestas úmidas da região Norte e as terras 
semiáridas do Nordeste do Brasil, sendo uma zona de transição entre os 
biomas Caatinga, Floresta Amazônica e Cerrado. Abrange predominantemente o 
Meio-Norte (sub-região formada pelos estados do Maranhão e Piauí), mas também se 
estende pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins. 
Influenciado pela sua localização, esse bioma possui três tipos de 
climas: equatorial úmido - quente e chuvoso, predominando em menos de 20% do 
bioma; tropical semiúmido - predomina em mais de 65%, com estações secas e 
úmidas bem definidas e temperaturas médias elevadas; tropical semiárido – quente e 
seco, com chuvas escassas e irregulares, predomina em 15% do bioma. 
A Mata dos Cocais se formou ocupando lacunas de outras formações vegetais 
(cerrados e florestas amazonenses), que foram desmatadas para criação de pasto e 
exploração de madeira. Seu solo é rico em minérios como: ferro, ouro, 
diamante, bauxita, alumínio e níquel. Uma característica interessante é que o solo, na 
região dos cocais, possui um lençol freático pouco profundo, permanecendo úmido o 
ano inteiro. 
A vegetação da Mata dos Cocais é dominada pela palmeira babaçu (sendo a 
mais importante a Orbignya speciosa), que predomina nos locais mais úmidos como 
o Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí. Na área menos úmida, que abrange 
o leste do Piauí e litorais do Ceará e Rio Grande do Norte, predomina a palmeira 
carnaúba (Copernicia cerifera). As outras principais palmeiras são o buriti (Mauritia 
flexuosa) e a oiticica (Licania rígida). Uma grande quantidade de arbustos e 
vegetações de pequeno porte também são encontradas nos locais de menores 
altitudes. 
http://brasilescola.uol.com.br/brasil/rios-voadores-amazonia.htm
http://brasilescola.uol.com.br/brasil/rios-voadores-amazonia.htm
http://www.infoescola.com/geografia/regiao-norte/
http://www.infoescola.com/geografia/regiao-nordeste/
http://www.infoescola.com/biomas/caatinga/
http://www.infoescola.com/biomas/floresta-amazonica/
http://www.infoescola.com/geografia/cerrados/
http://www.infoescola.com/geografia/clima-equatorial/
http://www.infoescola.com/geografia/bioma/
http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/minerios-de-ferro/
http://www.infoescola.com/rochas-e-minerais/bauxita/
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/aluminio/
http://www.infoescola.com/hidrografia/lencol-freatico/
 
23 
 
O babaçu chega a atingir 20 metros de altura e uma árvore pode produzir até 
2.000 frutos (cocos) por ano. Dentro dos frutos existem as amêndoas, das 
quais é extraído um óleo muito utilizado em diversas indústrias (alimentícias, 
farmacêuticas, químicas, etc.). Outras partes do coco também são 
aproveitadas, como o epicarpo (camada externa), que é utilizado na produção 
de estofados, embalagens, vasos, placas, entre outros. (SANTOS, 2013, 
apud SUÇUARANA, 2015). 
A carnaúba também é utilizada de várias formas. O uso mais importante é a 
extração da cera de suas folhas, que é utilizada na fabricação de diversos produtos. 
Assim, a Mata dos Cocais representa uma importante fonte de renda para a população 
local. A fauna nesse bioma é muito diversa, destacando-se a arara-vermelha, gavião-
real, jaguatirica, lobo-guará, macaco cuxiú (endêmico do Brasil) e outras muitas 
espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Nos rios vivem a ariranha, o boto, o 
acará-bandeira (peixe), entre outros. 
A Mata dos Cocais está sendo prejudicada pelo desmatamento desordenado 
para desenvolvimento da pecuária e cultura de soja. Além disso, a extração de 
minerais que ocorre nesse ambiente acaba por fragilizá-lo ainda mais. 
8 PANTANAL MATO-GROSSENSE 
No início da colonização do Brasil, a região pantaneira era ocupada índios. 
Acredita-se que espanhóis vindos pela Bolívia iniciaram a colonização da área, por 
volta de 1.550, antes dos portugueses. 
O Pantanal é uma planície sedimentar, com área de 138.183 km2, preenchida 
com depósitos aluviais dos rios da bacia do Alto Paraguai, com 65% de seu 
território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso. A região 
é uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto 
Paraguai, influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado Chaco 
e Mata Atlântica (PRANCE et al.). 
A partir da segunda metade do século XVI, os bandeirantes paulistas 
alcançaram a região, em busca de pedras preciosas e índios como mão-de-obra 
escrava. A hostilidade da região deu origem a muitas lendas e histórias contadas até 
hoje pelos caboclos chamados pantaneiros. Entre elas, há a história do Minhocão, 
uma poderosa cobra, provavelmente identificada como uma sucuri, que derrubava 
barrancos e gritava. Outros contos envolvem onças e seres sobrenaturais. 
http://www.infoescola.com/aves/arara-vermelha/
http://www.infoescola.com/aves/gaviao-harpia/
http://www.infoescola.com/aves/gaviao-harpia/
 
24 
 
Uma das últimas regiões a ser ocupada e desenvolvida no Brasil, o Pantanal 
abriga hoje um Parque Nacional, além de muitas fazendas, principalmente de gado. 
O Pantanal Mato-grossense é uma das mais exuberantes e diversificadas 
reservas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade. 
É a maior extensão úmida contínua do planeta. Hidrograficamente, todo o Pantanal 
faz parte da bacia do rio Paraguai constituindo-se em uma imensa planície de áreas 
alagáveis. Quando do período das cheias justifica a lenda sobre sua origem, que seria 
um imenso mar interior - o mar de Xaraés. 
O clima é tipo quente no verão, com temperatura média em torno de 32°C e frio 
e seco no inverno, com média em torno de 21°C, ocorrendo ocasionalmente, geadas 
nos meses de julho e agosto. A união de fatores tais como o relevo, o clima e o regime 
hidrográfico da região favoreceram o desenvolvimento de numerosas espécies 
animais e vegetais que povoam abundantemente toda sua extensão. 
Existem dez tipos de pantanal na região com características diferentes de solo, 
vegetação e drenagem, são eles: Nabileque - 9,4 %; Miranda, 4,6%; Aquidauana, 4,9 
%; Abobral - 1,6 %; Nhecolândia - 17,8 %; Paiaguás - 18,3 %; Paraguai - 5,3 %; Barão 
de Melgaço - 13,3 %; Poconé - 12,9 %; Cáceres - 11,9 %. 
A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o 
mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios da região. Odesenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o pantanal mato-
grossense tem levado vários pesquisadores a discutirem o impacto da ocupação 
humana neste ecossistema. 
Dentre os principais problemas ambientais destaca-se: A pesca predatória; a 
caça de jacarés; a poluição dos rios da bacia do Paraguai; os garimpos do Estado de 
Mato Grosso; a poluição das águas pelo mercúrio; a hidrovia Paraguai-Paraná. 
Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações 
ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais 
agressões. 
 
25 
 
9 CAMPOS SULINOS 
No Brasil, o bioma Campos Sulinos abrange parte do território do Rio Grande 
do Sul. São cerca de 170 mil Km2. Além das fronteiras do país, ele se estende por 
terras do Uruguai e da Argentina. 
Os campos sulinos são também conhecidos como pampas, palavra de origem 
indígena que quer dizer “região plana”. Na verdade, os pampas são apenas um 
pedaço das terras dos campos sulinos. O bioma engloba também campos mais altos 
e algumas áreas semelhantes a savanas. 
Nos campos do Sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 de 
aves e 50 de peixes. 
9.1 Fauna deste bioma 
Mamíferos: tatu, o guaxinim, o zorrilho, o graxaim (Pseudalopex 
gymnocercus) e outras duas espécies em risco de extinção: o gato-dos-pampas ou 
gato palheiro (Leopardus pajeros) e a preguiça-de-coleira. 
Aves mais comuns: Cisne-de-pescoço-preto, o marreco, a perdiz, o quero-
quero, o pica-pau do campo e a coruja-buraqueira (que ganhou este nome por fazer 
seus ninhos em buracos cavados no solo). Fazem parte das 50 espécies de peixes 
catalogadas o lambari-listrado, o lambari-azul, o tamboatá, o surubim e o cação-anjo. 
Répteis: tartaruga-verde-e-amarela, a jararaca-do-banhado, a cobra-cipó e o 
cágado-de-barbicha. 
Insetos: vespa da madeira e o conhecido bicho-da-maçã, também chamado 
traça-das-frutas. 
Nos pampas a vegetação pode ser considerada rala e pobre em espécies, 
porém o solo é fértil. Ainda mais férteis são as áreas com solo do tipo "terra 
roxa", (batizado assim devido ao nome que receberam dos italianos que vieram para 
o Brasil trabalhar na lavoura. Por causa de sua cor avermelhada, eles chamavam o 
solo de terra rossa, pois em italiano, rosso é vermelho). 
Ela vai se tornando mais rica nas proximidades de áreas mais altas. Nas 
encostas de planaltos, existem matas com grandes pinheiros e outras árvores, como 
a cabreúva, a grápia, a caroba, o angico-vermelho e o cedro. Nestas regiões, 
 
26 
 
chamadas de campos altos, é encontrada a Mata de Araucária, onde a espécie vegetal 
predominante é o pinheiro-do-paraná. 
Próximo ao litoral, a paisagem é marcada pela presença de banhados, 
ambientes alagados onde aparecem juncos, gravatás e aguapés. O mais conhecido 
banhado é o de Taim, onde foi criada, em 1998, uma estação ecológica administrada 
pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis) para preservação de tão importante ecossistema. 
Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o Uruguai, o 
Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em duas bacias 
hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de rios que apresentam 
boas condições para navegação, constituindo verdadeiras hidrovias na região. 
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, localizada 
no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a segunda maior 
da América Latina, com 265 km de comprimento. O clima da região é o subtropical 
úmido. O que isso significa? Bom, isso quer dizer que, nos campos sulinos, os verões 
são quentes, os invernos são frios e chove regularmente durante todo o ano. 
10 CAATINGA 
A Caatinga, palavra tupiguarani que significa “floresta branca”, é o único 
sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui uma extensão territorial de 
734.478 km², que corresponde a cerca de 10% do território nacional. Está presente 
nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, 
Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. 
As temperaturas médias anuais são altas, variando entre 25°C e 29°C.O clima 
é semi-árido; e o fundo plano e rochoso é formado por diferentes tipos de rocha. A 
atividade humana já alterou 80% da cobertura original da Caatinga, que atualmente 
cobre menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação que não 
permitem a exploração de recursos naturais. As secas são cíclicas e duradouras, 
afetando diretamente a vida de uma população de aproximadamente, 25 milhões de 
pessoas. As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação do bioma é 
muito rápido, aparecem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas. A 
 
27 
 
região também enfrenta sérios problemas sociais, incluindo baixos níveis de renda e 
educação, saneamento ambiental precário e altas taxas de mortalidade infantil. 
Tentativas de promover o desenvolvimento econômico da Caatinga vêm sendo 
feitas desde o período imperial, mas as dificuldades são imensas devido à aridez do 
país e à instabilidade das chuvas. A principal atividade econômica da Caatinga é a 
agricultura. A agricultura na região é caracterizada pela irrigação artificial possibilitada 
pela construção de canais e barragens. 
Alguns projetos de irrigação para agricultura comercial estão sendo 
desenvolvidos no médio vale do São Francisco, principal rio da região, ao longo do 
Parnaíba. 
10.1 Vegetação 
As plantas da Caatinga são xerófitas, ou seja, estão adaptadas a um clima árido 
e pouca água. Alguns armazenam água, outros têm raízes rasas para captar o máximo 
possível de água da chuva. E há aqueles que possuem recursos para reduzir o suor, 
como espinhos e poucas folhas. A vegetação é composta por três camadas: a camada 
arbórea com árvores de 8 a 12 metros de altura; o mato, com vegetação de 2 a 5 
metros; e herbácea, abaixo de 2 metros. 
As espécies mais comuns incluem o Amburana, o Umbuzeiro e o Mandacaru. 
Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e principalmente 
frutas. 
10.2 Fauna 
A fauna é muito diversificada e é composta por répteis (principalmente lagartos 
e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, mabecos, araras-azuis (em vias de 
extinção), toadcururu, cutias-de-asa-branca, gambás, porquinhos-da-índia, veados, 
tatus, saguis do Nordeste, entre outros animais. 
 
28 
 
10.3 Restinga 
A Restinga é uma planície costeira arenosa de origem marinha que inclui 
praias, serras, depressões entre serras, dunas e margens lagunares com vegetação 
adaptada às condições ambientais. 
Na Restinga encontra-se a vegetação de Restinga, que é um conjunto de 
comunidades vegetais fisionomicamente distintas sob influência marinha e marinha e 
marinha, distribuídas em mosaico e em áreas de grande diversidade ecológica, 
consideradas comunidades edáficas uma vez que estes dependem mais da natureza 
do substrato do que do clima. 
A cobertura vegetal nos bancos de areia é encontrada em praias e dunas, em 
cordões de areia e associada a sumidouros. Na Restinga, os estágios sucessionais 
diferem da ombrófila e das formações sazonais, que avançam significativamente mais 
lentamente porque o substrato não favorece o estabelecimento inicial da vegetação, 
principalmente devido à dissecção e privação de nutrientes. A derrubada da 
vegetação causa reposição lenta, geralmente de menor tamanho e diversidade, 
onde algumas espécies se tornam predominantes. Os diferentes tipos de vegetação 
das restingas brasileiras variam de formações herbáceas a formações arbustivas 
abertas ou fechadas a florestas, cujo dossel varia em altura e geralmente não 
ultrapassa 20 m. São geralmente notáveis por serem uma comunidade de baixa 
prosperidade em comparação com outras comunidades de plantas e por serem 
protegidas por lei devido à sua fragilidade. 
Em muitas áreas derepouso do Brasil, especialmente no sul e sudeste, 
ocorrem períodos mais ou menos longos de inundação do solo, fator que tem grande 
impacto na distribuição de algumas formações vegetais. A frequência com que 
ocorrem as cheias e a sua duração devem-se principalmente à topografia do país, à 
profundidade do lençol freático e à proximidade de massas de água (rios ou lagos), 
criando em muitos casos um mosaico de formações inundáveis e não -inundável, com 
diferentes fisionomias, o que justifica em certa medida o nome "complexo" usado para 
designar as restingas. 
As formações herbáceas encontram-se principalmente em franjas de praia e 
antedunas, em locais eventualmente atingidos pelas marés mais altas, ou em 
depressões inundadas. Nas zonas de praia mais próximas do mar, antedunas e 
 
29 
 
dunas, predominam as espécies herbáceas, por vezes com pequenos arbustos e 
árvores que ora aparecem isolados e pouco expressivos, ora formam grupos mais 
densos, com diferentes fisionomias, rácios de composição e cobertura. A vegetação 
de praias e dunas ocorre em quase toda a costa brasileira, mas sua descrição exata 
e os termos usados para descrevê-las variam muito. As pressões antrópicas em 
termos de ocupação e urbanização da zona costeira já deslocaram muitas áreas 
representativas dessa formação em vários pontos da costa brasileira. 
As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores 
constituem o próprio banco de areia, são os tipos de vegetação que mais chamam a 
atenção no litoral brasileiro, tanto por sua aparência peculiar quanto por sua 
fisionomia, que vai do cerrado denso ao vinhedo, bromélias terrestres e cactos a 
matagais de comprimento e altura variados, intercalados com espaços abertos que 
em muitos locais expõem diretamente a areia, principal componente do substrato 
dessas formações. Os termos "scrub", "scrub", "escrube" e "fruticeto" têm sido 
utilizados para designar comunidades e/ou formações deste tipo, particularmente na 
região costeira. 
As formações florestais encontradas na Planície Costeira brasileira variam 
muito ao longo da costa, e essas variações são geralmente atribuídas às influências 
das formações vegetais adjacentes e às propriedades do substrato, principalmente 
sua origem, composição e condições de drenagem. 
Estas florestas vão desde formações com altura da camada superior de 5 m, 
geralmente livres de inundações periódicas devido à elevação do lençol freático 
durante os períodos mais úmidos, até formações mais desenvolvidas com alturas de 
cerca de 15 a 20 m, muitas vezes em associação com solos hidromórficos e/ou 
orgânicos. 
Estes dois tipos de florestas seguem geralmente as variações topográficas 
resultantes da justaposição de áreas costeiras, pelo menos onde tais feições são bem 
definidas. Nas localidades mais para o interior da planície costeira, geralmente em 
terrenos mais baixos, onde essas orientações não são bem definidas e os solos são 
encharcados e possuem uma espessa camada orgânica superficial, existem florestas 
mais desenvolvidas que são floristicamente e estruturalmente semelhantes às de 
depressão, entre as cordas. A fauna encontrada nas restingas brasileiras é 
relativamente pouco estudada em comparação com o conhecimento já acumulado 
 
30 
 
sobre a composição e estrutura de seus diversos tipos de vegetação. Entre os estudos 
que tratam de grupos de invertebrados podemos citar os realizados com artrópodes, 
em especial com diferentes grupos de insetos, que compõem a maioria dos relatos 
encontrados. A fauna de vertebrados encontrada nas restingas brasileiras também é 
relativamente pouco estudada, com foco em trabalhos no litoral do Rio de Janeiro, 
envolvendo principalmente pequenos mamíferos e répteis. 
11 MANGUEZAL 
Os mangues ou manguezais são um ecossistema típico de áreas litorâneas, 
alagadas, onde há o encontro da água do mar com a dos rios dando um aspecto 
salobro à água dessas regiões. É de sua característica a transição entre aspectos 
marinhos e terrestres e sua presença em locais com clima tropical ou subtropical. 
Sua vegetação é composta por três tipos de árvores que podem atingir até 20 metros 
de altura em certos pontos do país: Rhizophora mangle (mangue-bravo ou 
vermelho), Laguncularia racemosa (mangue-branco) Schaueriana (mangue-seriba ou 
seriúba). 
Os manguezais são ecossistemas costeiros que se originaram nas regiões 
dos oceanos Índico e Pacífico e que distribuíram suas espécies pelo mundo 
com auxílio das correntes marinhas durante o processo da separação dos 
continentes (HERZ, 1987, apud SEMADS, 2001). 
Os mangues estão presentes em diversas partes do mundo como Oceania, 
África, Ásia, alguns países da América e Brasil. No Brasil esse ecossistema pode ser 
encontrado no nordeste do país em Cabo Orange no estado do Amapá até a região 
sul em Laguna em Santa Catarina compreendendo um total de 20 mil quilômetros 
quadrados, 15 % do total em todo o mundo. 
Este é um ecossistema rico em diversas espécies de animais como peixe-boi-
marinho, caranguejo, lontra, jacaré, cobras, mexilhão, aranhas, craca, lagartos, 
tartaruga, crocodilos entre outros. Possui o solo extremamente rico em nutrientes e 
matéria orgânica, raízes e material vegetal em decomposição. Suas raízes aéreas são 
uma de suas características mais marcantes, e têm como principal função 
proporcionar a respiração das plantas já que o solo é pobre em oxigênio e elas obtêm 
o mesmo fora dele. 
http://www.estudopratico.com.br/clima-tropical/
http://www.estudopratico.com.br/o-solo-partes-composicao-e-tipos-de-solo/
http://www.estudopratico.com.br/a-decomposicao/
 
31 
 
O cheiro dos mangues também é um aspecto bem característico, isso ocorre 
devido à presença de água salobra e matérias vegetais em estado de decomposição. 
Uma das principais ameaças a esse ecossistema é a exploração, (como a caça 
do caranguejo) que teve início com fins comerciais em países da Ásia ganhando 
expansão rápida para demais países detentores de mangues. O uso desordenado e 
de maneira não sustentável de seus recursos causa uma depredação quase que 
irrefreável, em países como Tailândia e Filipinas a área de manguezal teve grande 
parte dizimada por conta da super- exploração, chegando a ser reduzida em 110.000 
hectares da área original de 448.000 nas Filipinas. 
No Brasil não é diferente, porém algumas leis foram estabelecidas com o intuito 
de promover a preservação dos manguezais. A lei de número 4.771 de 15 de setembro 
de 1965 define os mangues como APPs (Área de Preservação Permanente), e a 
Resolução do CONAMA de número 369 de março de 2006 estabelece a proibição da 
supressão de vegetação ou qualquer outro tipo de intervenção, salvo apenas em 
casos de utilidade pública para as áreas de mangues. Ainda assim esse ecossistema 
é o mais ameaçado dentre todos nos Brasil. 
A poluição também é outra grande inimiga dos manguezais. A poluição 
proveniente das cidades costeiras e de indústrias instaladas na região como o 
depósito de lixo nos mares e rios, derramamentos de petróleo, são fatores que 
contribuem para a degradação do ecossistema. 
12 CERRADO 
É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por 
uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, 
restam apenas 20% desse total. Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas 
estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical, 
deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, 
entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, 
de formação florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América 
do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua 
biodiversidade. 
 
32 
 
Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos 
vivam ali. Essa riquezabiológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo 
comércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração 
com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. 
Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, 
falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo, 
intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu 
assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, 
também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa 
a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária 
extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. 
Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas. 
Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, 
esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com 
campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma 
extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda 
a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi 
considerada uma área perdida para a economia do país. 
Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos 
planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e 
apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o 
inverno é demarcado por um período de seca que se prolonga por cinco a seis meses. 
Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios. 
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o 
pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o 
indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-
flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-
se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de 
árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes 
de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti. 
A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o 
aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos 
 
33 
 
naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais 
densamente povoada. 
Os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se distribuem de acordo com três 
aspectos do substrato onde se desenvolvem: a fertilidade e o teor de alumínio 
disponível; a profundidade; e o grau de saturação hídrica da camada superficial e 
subsuperficial. Os principais tipos de vegetação são: 
13 CERRADO 
É a vegetação característica do cerrado, composta por exemplares arbustivo-
arbóreos, de caules e galhos grossos e retorcidos, distribuídos de forma ligeiramente 
esparsa, intercalados por uma cobertura de ervas, gramíneas e espécies 
semiarbustivas. 
14 FLORESTA MESOFÍTICA DE INTERFLÚVIO (CERRADÃO) 
Este tipo de vegetação cresce sob solos bem drenados e relativamente ricos 
em nutrientes, as copas das árvores, que medem em média de 8-10 metros de altura, 
tocam-se o que denota um aspecto fechado a esta vegetação. 
14.1 Campo rupestre 
Encontrado em áreas de contato do cerrado com o caatinga e floresta atlântica, 
os solos deste tipo fisionômico são quase sempre rasos e sofrem bruscas variações 
em relação a profundidade, drenagem e conteúdo nutricional. É caracteristicamente, 
composto por uma vegetação arbustiva de distribuição aberta ou fechada. 
14.2 Campos litossólicos miscelâneos: 
 É caracterizada pela presença de um substrato duro, rocha mãe, e a quase 
inexistência de solo macio, este quando presente não ocupa mais que poucos 
centímetros de profundidade até se depararem com a camada rochosa pela qual não 
 
34 
 
passam nem umidade nem raízes. Sua flora é caracterizada por um tapete de ervas 
latifoliadas ou de gramíneas curtas, havendo em geral a ausências de exemplares 
arbustivos, ou a presença de raríssimos espécimes lenhosos, neste caso enraizados 
em frestas da camada rochosa. 
14.3 Vegetação de afloramento de rocha maciça 
 Representada por cactos, liquens, musgos, bromélias, ervas e raríssimas 
árvores e arbustos, cresce sob penhascos e morros rochosos. 
15 MATA ATLÂNTICA 
A Mata Atlântica é formada por um conjunto de formações florestais (Florestas: 
Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e 
Ombrófila Aberta) e ecossistemas associados como as restingas, manguezais e 
campos de altitude, que se estendiam originalmente por aproximadamente 1.300.000 
km2 em 17 estados do território brasileiro. Hoje os remanescentes de vegetação nativa 
estão reduzidos a cerca de 22% de sua cobertura original e encontram-se em 
diferentes estágios de regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em 
fragmentos acima de 100 hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se 
que na Mata Atlântica existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das 
espécies existentes no Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas 
de extinção. Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na 
América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é 
altamente prioritária para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação à 
fauna, os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849 
espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de 
mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes. 
Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, tem 
importância vital para aproximadamente 120 milhões de brasileiros que vivem em seu 
domínio, onde são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro, prestando 
importantíssimos serviços ambientais. Regula o fluxo dos mananciais hídricos, 
assegura a fertilidade do solo, suas paisagens oferecem belezas cênicas, controla o 
 
35 
 
equilíbrio climático e protege escarpas e encostas das serras, além de preservar um 
patrimônio histórico e cultural imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as 
Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, são fundamentais para a 
manutenção de amostras representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural 
da Mata Atlântica. 
A cobertura de áreas protegidas na Mata Atlântica avançou expressivamente 
ao longo dos últimos anos, com a contribuição dos governos federais, estaduais e 
mais recentemente dos governos municipais e iniciativa privada. No entanto, a maior 
parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda permanece sem proteção. Assim, 
além do investimento na ampliação e consolidação da rede de áreas protegidas, as 
estratégias para a conservação da biodiversidade visam contemplar também formas 
inovadoras de incentivos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais 
como a promoção da recuperação de áreas degradadas e do uso sustentável da 
vegetação nativa, bem como o incentivo ao pagamento pelos serviços ambientais 
prestados pela Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento para a 
conservação e recuperação ambiental na Mata Atlântica, foi a aprovação da Lei 
11.428, de 2006 e o Decreto 6.660/2008, que regulamentou a referida lei. 
16 MATA DE ARAUCÁRIA 
A mata de araucária situa-se na região subtropical, no sul do Brasil, de 
temperaturas mais baixas. Entre outros tipos de árvores abriga o pinheiro-do-
paraná, também conhecido como araucária. Da sua fauna destacamos, além 
da ema, a maior ave das Américas, a gralha-azul, o tatu, o quati e o gato-do-
mato. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11428.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11428.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6660.htm36 
 
17 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS, 
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
Fonte: terradecultivo.com 
 Lixo: Em geral, as pessoas consideram lixo qualquer coisa que é jogada fora 
e não tem mais utilidade. Mas se olharmos de perto, veremos que o lixo não é uma 
massa aleatória de materiais. É composto por vários tipos de resíduos que precisam 
ser tratados de forma diferenciada. Portanto, pode ser classificado de diferentes 
maneiras. 
Classificação: Pode ser classificado como seco ou úmido.Os resíduos secos 
consistem em materiais potencialmente recicláveis (papel, vidro, estanho, plástico, 
etc.). No entanto, alguns materiais não são reciclados por falta de mercado, como é o 
caso do vidro plano, entre outros. Os resíduos úmidos correspondem à parte orgânica 
dos resíduos, como restos de comida, cascas de frutas, podas, etc., que podem ser 
utilizados para compostagem. Essa classificação é frequentemente utilizada em 
programas de coleta seletiva por ser de fácil compreensão. 
O lixo também pode ser classificado de acordo com seus riscos potenciais. De 
acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), os resíduos são divididos em Classe I, que 
é perigoso, e Classe II, que não é perigoso. Estes são ainda divididos em resíduos 
Classe IIA, não inertes (que possuem propriedades como biodegradabilidade, 
solubilidade ou inflamabilidade, como resíduos de alimentos e papel) e resíduos 
Classe IIB, resíduos inertes (que não se decompõem prontamente, como plásticos e 
 
37 
 
gengivas). Materiais resultantes de atividades que contenham radionuclídeos e cujo 
reaproveitamento não seja adequado são considerados resíduos radioativos e devem 
atender aos requisitos estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - 
CNEN. 
No entanto, a compostagem é o apodrecimento controlado dos materiais 
orgânicos descartados. Além disso, a compostagem tem sua aplicação em: 
“horticultura; fruticultura; produção de grãos; jardinagem; projetos 
paisagísticos; reflorestamento; produção de mudas; recuperação de solos 
esgotados; controle de erosão; cobertura de aterros; etc.” (CARVALHO, et al, 
2000, apud BEZERRA, 2019). 
Existe outra forma de classificação baseada na origem dos resíduos sólidos. 
Neste caso, os resíduos podem ser, por exemplo, resíduos residenciais ou 
domésticos, resíduos públicos, serviços de saúde, resíduos industriais, agrícolas, de 
construção e outros. Esta é a forma de classificação utilizada nos cálculos de geração 
de resíduos. As Principais características dessas categorias: 
Resíduos domésticos ou lixo doméstico: É muito diversificado, mas inclui 
principalmente sobras, produtos em mau estado, embalagens em geral, sobras, 
jornais e revistas, papel higiênico, fraldas descartáveis e outros. 
Resíduos de origem comercial: resíduos dos diversos estabelecimentos 
comerciais e de serviços, como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes 
etc. 
Resíduos de origem pública: provenientes de serviços municipais de limpeza 
como como aparar resíduos e varrer produtos de espaços públicos, limpeza de praias 
e esgotos pluviais, resíduos de feiras livres, entre outros. 
Resíduos de origem da saúde: Resíduos de hospitais, clínicas médicas ou 
odontológicas, laboratórios, farmácias, etc. É potencialmente perigoso, pois pode 
conter materiais misturados com substâncias biológicas ou perigosas, produtos 
químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, ampolas de vidro, entre 
outros. 
Resíduos de processos industriais. A natureza dos resíduos varia de acordo 
com a atividade da indústria. Esta categoria inclui a maioria dos materiais 
considerados perigosos ou tóxicos. 
 
38 
 
Agricultura: Resultados das atividades agropecuárias. Consiste, entre outras 
coisas, em embalagens com agrotóxicos, rações, fertilizantes, restos de colheitas, 
resíduos de gado. 
Entulhos: restos de construções, conversões, demolições, escavações, etc. 
 
No Brasil, a quantidade de resíduos per capita varia de acordo com o número 
de habitantes do município. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento 
Básico (PNSB) compilada pelo IBGE em 2000, a geração de resíduos per capita no 
Brasil varia de 450 a 700 gramas para comunidades com menos de 200.000 
habitantes e de 700 a 1 .200 gramas em municípios com mais de 200.000 habitantes. 
De acordo com a ABRELPE 2017, a população brasileira cresceu 0,75% entre 
2016 e 2017, enquanto a geração per capita de resíduos domiciliares aumentou 
0,48%. A geração total de resíduos aumentou 1% no mesmo período, atingindo um 
total de 214.868 toneladas de resíduos domésticos por dia no país. 
Segundo a ABRELPE, em 2019, a geração de resíduos domiciliares no Brasil 
aumentou quase 1% entre 2017 e 2018, chegando a 216.629 toneladas por dia. Como 
a população também cresceu nesse período (0,40%), a produção per capita em 
teve um aumento um pouco menor (0,39%). Isso significa que cada brasileiro gera em 
média pouco mais de 1 quilo de resíduos por dia. 
17.1 Resíduos perigosos 
Resíduos industriais e alguns domésticos, como sobras de tinta, solventes, 
latas de aerossol, material de limpeza, lâmpadas fluorescentes, medicamentos 
vencidos, baterias e outros, contêm uma quantidade significativa de produtos 
químicos prejudiciais ao meio ambiente. 
Estima-se que existam entre 70.000 e 100.000 produtos químicos sintéticos 
utilizados comercialmente na agricultura, indústria e produtos domésticos. 
Infelizmente, as consequências só se tornam visíveis após uso prolongado. Eram os 
clorofluorcarbonos, conhecidos como CFCs, amplamente utilizados em aerossóis, 
isóporos, espumas, condicionadores de ar, geladeiras e outros produtos, até que se 
descobriu que sua liberação na atmosfera havia causado a destruição da camada de 
ozônio. Muitos desses produtos contêm metais pesados como mercúrio, chumbo, 
 
39 
 
cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos em níveis perigosos para 
a saúde. 
Os efeitos da exposição humana prolongada a essas substâncias não são 
totalmente compreendidos. No entanto, estudos em animais mostraram que os metais 
pesados causam sérias alterações no corpo, como: a ocorrência de câncer, 
deficiências do sistema nervoso e imunológico, distúrbios genéticos, etc. 
Se os resíduos perigosos não forem descartados adequadamente, poluem o solo, a 
água e o ar. 
 Alguns exemplos de resíduos perigosos que devem ser descartados 
adequadamente para evitar danos às pessoas e ao meio ambiente são as seguintes: 
Baterias - Algumas baterias domésticas ainda apresentam altas concentrações 
de metais pesados. No entanto, como o processo de reciclagem é complicado e caro, 
não é feito na maioria dos países. Portanto, deve-se evitar o consumo de baterias com 
altas concentrações de metais pesados e baterias de origem incerta. 
A legislação brasileira (Resolução CONAMA 257/99) especifica que as baterias 
alcalinas de manganês e zinco manganês com alto teor de chumbo, mercúrio e cádmio 
devem ser recolhidas pelo importador ou revendedor. Para melhor informar o 
consumidor, esta resolução estipula que os cartões de bateria contenham informações 
sobre o seu descarte. Portanto, ao comprar baterias, verifique na embalagem as 
informações sobre os metais de que são feitas e como descartá-las. 
Nesse grupo estão incluídas: as baterias de automóveis, industriais, de 
telefones celulares (entre outras) metais pesados em condensação elevada. Por isso, 
devem haver descartadas de tratado com as normas estabelecidas para proteção do 
meão âmbito e da saudação. O descarte das baterias de carro, quão contêm chumbo, 
e de telefones celulares, quão contêm cádmio, chumbo, mercúrio e outros metais 
pesados, deve ser realizado unicamente nos postos de angariação mantidos por 
revendedores, assistências técnicas, fabricantes e importadores (pois é deles a 
trabalho de guardar e endereçar esses produtos para consignação terminal 
ambientalmenteadequada). 
Lâmpadas fluorescentes: mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes se 
tornaram muito populares no Brasil, mormente em função da imprescindibilidade de 
capitalizar movimento durante o período de racionamento de movimento elétrica, 
ocorrido em 2001. Isso, no entanto, criou um problema, uma vez quão as lâmpadas 
 
40 
 
fluorescentes contêm mercúrio, um metal abafadiço altamente lesivo ao meão âmbito 
e à saudação. Como até agora não há dispositivos legais específicos quão regulem o 
descarte nem o partido dos fabricantes em graduar soluções tecnológicas e sistemas 
de consignação adequados para esse tipo de material, ele vem sendo descartado 
conjuntamente com a varredura domiciliar. Assim, por exemplo, se a varredura tiver 
como destino um lixão ou aterrado controlado, o mercúrio poderá afetar o meio 
ambiente, colocando a saúde da população em risco. 
Resíduos indesejados: Os pneus usados são classificados como inertes e 
considerados resíduos indesejáveis do ponto de vista ambiental. A grande quantidade 
de pneus inservíveis tornou-se um grave problema ambiental. Segundo a Federação 
Nacional da Indústria de Pneus, cerca de 21 milhões de pneus de todos os tipos são 
descartados no Brasil todos os anos: tratores, caminhões, automóveis, carretas, 
motocicletas, aviões e bicicletas, entre outros. Se forem descartados de forma 
inadequada, por exemplo, em aterros sanitários, podem acumular água em seu 
interior e contribuir para a proliferação de mosquitos transmissores da dengue e do 
cólera. Quando despejados em rios e lagos, podem contribuir para o assoreamento e 
inundações. Quando queimados, produzem emissões extremamente tóxicas devido à 
presença de substâncias contendo cloro (dioxinas e furanos). 
Por isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) proibiu o descarte e a 
incineração de pneus ao ar livre e responsabilizou fabricantes e importadores pelo uso 
final ambientalmente correto de pneus que não são mais utilizáveis. De acordo com a 
Resolução CONAMA nº 258/1999, a partir de 2004 o fabricante deve utilizar um pneu 
sem uso (inutilizável) para cada pneu novo fabricado e a partir de 2005 cinco pneus 
para cada quatro pneus novos sem coleta. Existem diversas formas de 
reaproveitamento de pneus, como a recapagem. Da mesma forma, um pó de borracha 
pode ser feito a partir dos pneus, que é usado para fazer tapetes, solas de sapatos, 
pneus e outros artefatos. 
No Brasil e em muitos outros países, pneus inservíveis já estão sendo usados 
para pavimentar estradas misturando borracha com asfalto. Para mais informações 
sobre o que acontece com os pneus usados, você pode entrar em contato com 
entidades de classe como a Associação Nacional da Indústria de Pneus (ANIP) ou a 
Associação Brasileira da Indústria de Pneus Recauchutados (ABIP). 
 
41 
 
18 LIXO: PROBLEMA DE TODOS 
Uma forma de resolver os problemas relacionados aos resíduos é por meio dos 
Três Rs (3Rs): reduzir, reutilizar e reciclar. Fatores associados a esses princípios 
precisam ser considerados, como o ideal de evitar e gerar zero de resíduos e a adoção 
de padrões de consumo sustentáveis, visando à conservação dos recursos naturais e 
à redução do desperdício. Reduzir significa consumir menos produtos e privilegiar 
aqueles com menor potencial de desperdício e maior prazo de validade. A reutilização 
é a melhor forma de reduzir o desperdício (exemplo: copos plásticos de sorvete são 
usados para armazenar alimentos ou outros materiais). 
As primeiras cooperativas de materiais recicláveis foram formadas a partir da 
década de 1990, possibilitando novas relações dos grupos de catadores. 
Essa visão compartilhada possibilita diversos benefícios, como a valorização 
e a profissionalização do trabalho do catador, a inclusão social e o resgate da 
cidadania, bem como a retirada dos catadores dos lixões e aterros 
(DEMAJOROVIC, et al, 2007, apud SANTOS, 2012). 
A reciclagem envolve a transformação de materiais, como fazer um produto a 
partir de um material usado. Podemos fazer papel reciclando papel usado. Papelão, 
latas, vidro e plásticos também podem ser reciclados. Para facilitar a tarefa de 
reciclagem dos materiais usados, é importante separá-los no ponto de origem - casa, 
escritório, fábrica, hospital, escola, etc. Também para o descarte adequado de 
resíduos perigosos é necessária a separação. 
18.1 Reciclagem: a indústria do presente 
A reciclagem é uma das alternativas mais benéficas para o tratamento de 
resíduos sólidos, tanto do ponto de vista ambiental quanto social. Reduz o consumo 
de recursos naturais, economiza energia e água e também reduz a quantidade de 
resíduos e poluição. Além disso, com um sistema de coleta seletiva bem estruturado, 
a reciclagem pode ser uma atividade econômica viável. Pode gerar emprego e renda 
para as famílias dos catadores que precisam ser os principais parceiros na coleta 
seletiva. 
 
42 
 
Para atrair mais investimentos para o setor, é necessário combinar esforços do 
governo, setor privado e comunidade para desenvolver estratégias adequadas e 
dissipar preconceitos sobre a economia e confiabilidade dos produtos reciclados. 
Os catadores de material reciclável desempenham um papel significativo nos 
países em desenvolvimento. Dentre os benefícios que resultam da coleta de 
material reciclável, além da geração de renda para os trabalhadores 
envolvidos, pode-se citar: a contribuição para a saúde pública e para o 
sistema de saneamento; o fornecimento de material reciclável de baixo custo 
para a indústria; a redução nos gastos municipais e a contribuição para a 
sustentabilidade do meio ambiente, tanto pela diminuição de matéria prima 
primária utilizada, que conserva recursos e energia, como pela diminuição da 
necessidade de terrenos a serem utilizados como lixões e aterros sanitários. 
(WIEGO, 2009, apud SANTOS, 2010). 
Os materiais que normalmente são encaminhados para reciclagem são: vidro 
(incluindo garrafas, jarras, potes), plástico (incluindo garrafas, baldes, potes, jarras, 
sacolas, cachimbos), papel e papelão de todos os tipos e metais (latas de alimentos). 
, refrigerantes, etc.). Alguns materiais ainda não são reciclados por motivos 
tecnológicos ou de mercado. 
18.2 Destino do lixo 
O titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos 
sólidos é responsável pela organização e prestação direta ou indireta desses 
serviços, observados o respectivo plano municipal de gestão integrada de 
resíduos sólidos, a Lei nº 11.445, de 2007, e as disposições desta Lei e seu 
regulamento (BRASIL, 2010, apud PINTO, 2018). 
Ao fornecer comida farta e abrigo fácil, os lixões atraem animais que podem 
(direta ou indiretamente) transmitir diversas doenças. Também do ponto de vista 
imobiliário, os contêineres de lixo tornaram-se um incômodo e desvalorizam as 
propriedades vizinhas. Na questão social, o problema é ainda mais grave: o dumping 
tornou-se um modo de vida para alguns segmentos marginalizados da população 
brasileira. Apesar dos esforços do governo e das organizações sociais para promover 
ações e campanhas contra essa forma degradante de trabalho, muitas famílias 
brasileiras ainda ganham a vida coletando lixo e trabalhando em condições 
degradantes e totalmente insalubres. Como resultado da decomposição de resíduos 
sólidos e águas pluviais, produz um líquido de coloração escura e odor desagradável, 
 
43 
 
altamente tóxico e com alto poder de contaminação, que pode penetrar no solo, 
contaminá-lo e até contaminar a água e a superfície. 
Além da formação de lixiviados, os resíduos sólidos produzem gases quando 
se decompõem, principalmente metano (CH4), que é tóxico e altamente inflamável, e 
dióxido de carbono (CO2), que juntamente com o metano e outros gases presentes 
na atmosfera contribuem para a aquecimento contribuem para a Terra, pois são gases 
de efeito estufa. 
Existe uma técnica ecologicamente correta paradisposição de resíduos 
chamada aterro sanitário. Esta técnica se originou na década de 1930 e foi aprimorada 
ao longo do tempo. O aterro ordenado pode ser entendido como a disposição de 
resíduos sólidos no solo, com base em princípios técnicos e normas operacionais 
específicas, com o objetivo de confinar os resíduos ao menor espaço e volume 
possível, e isolá-los com segurança para que não danifiquem. ao meio ambiente e à 
saúde pública. 
Os resíduos depositados em aterro são isolados do ambiente externo por meio 
da impermeabilização do piso, recobrindo camadas de resíduos e expelindo gases. 
Tratamento e disposição de resíduos: Existem várias opções para tratamento e 
disposição de resíduos na natureza. No Brasil, a gestão dos resíduos sólidos urbanos 
é de responsabilidade dos governos municipais. O número de municípios que 
possuem uma boa gestão de resíduos ainda é bastante pequeno, com sistemas 
adequados de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos. Segundo dados da 
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 
, realizada pelo IBGE em 2000, 64% das comunidades brasileiras enviam seus 
resíduos para aterro. Apenas 14% têm aterros administrados e 18% têm aterros 
controlados. Há também a necessidade de promover a limpeza pública geral (coleta, 
varrição, tratamento, disposição final, etc.) para toda a população brasileira, já que 
cerca de 30% de todos os resíduos gerados não são coletados no país (IPT/Cempre 
2000). 
O conjunto de medidas adotadas para minimizar a geração de resíduos e 
reduzir sua periculosidade constitui a fase de tratamento de resíduos, que é uma forma 
de torná-los menos agressivos para sua disposição final e reduzir seu volume sempre 
que possível. Os processos de tratamento de resíduos são os seguintes: 
Compostagem: É um processo de biodegradação de material orgânico decomponível 
 
44 
 
(restos de comida, restos de jardim e aparas, etc.), originando um produto que pode 
ser utilizado como fertilizante. A compostagem possibilita a reciclagem de resíduos 
orgânicos, que representam mais da metade do lixo doméstico. A compostagem pode 
ser feita em casa ou em instalações de compostagem. 
A procura por sistemas de produção mais econômicos e mais eficientes são 
buscados por parte da sociedade, desse modo a reciclagem de resíduos 
orgânicos mostra-se como uma atividade viável para isso. Desse modo, a 
“reciclagem recomendada para a matéria orgânica do lixo gerado é a 
compostagem, visando melhorar a qualidade dos produtos onde o composto 
é aplicado, e diminuir o envio de materiais para aterros” (ECKERT, 2011, 
apud BEZERRA, 2019). 
Incineração: É a conversão da maioria dos resíduos em gases, queimando-os 
a altas temperaturas (acima de 900°C) em ambiente rico em oxigênio por um 
determinado período de tempo, convertendo os resíduos em material inerte e 
reduzindo sua massa e volume. . . A incineração não deve ser confundida com a 
simples incineração de resíduos. No primeiro caso, os incineradores geralmente são 
equipados com filtros que impedem a liberação de gases tóxicos na atmosfera. 
De qualquer forma, por questões técnicas, a incineração não é o tratamento mais 
adequado para a maioria dos resíduos gerados e não corresponde à realidade das 
cidades brasileiras. Alguns incineradores estão sendo fechados no país por estarem 
operando de forma precária, sem sistemas adequados de tratamento dos gases 
emitidos. A combustão é um sistema complexo que envolve milhares de interações 
físicas e reações químicas. Além do dióxido de carbono e do vapor d'água, outros 
gases são produzidos, incluindo diversas toxinas, como metais pesados e outros. 
Incluem dioxinas e furanos, que são classificados como poluentes orgânicos 
persistentes (POPs) tóxicos, cancerígenos, persistentes em degradação e que se 
acumulam nos tecidos adiposos (humanos e animais). Esses poluentes são 
transportados pelo ar, água e espécies migratórias e são depositados longe de onde 
são emitidos, onde se acumulam nos ecossistemas terrestres e aquáticos. Como 
resultado dessas propriedades, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) anunciou em 
setembro de 1998 que não havia nível "aceitável" de exposição à dioxina. Pirólise: Ao 
contrário da incineração, a incineração por pirólise ocorre em um ambiente fechado e 
na ausência de oxigênio. 
Digestão Anaeróbia: É um processo baseado na degradação biológica, na 
ausência de oxigênio e em ambiente redutor. Isso cria gases e líquidos. Este princípio 
 
45 
 
é difundido em aterros sanitários em todo o mundo. 
Reutilizar ou reciclar? Esses processos, já implementados em várias comunidades 
brasileiras, baseiam-se no reaproveitamento de componentes contidos nos resíduos 
para proteger as fontes naturais e respeitar o meio ambiente. Como todos os 
processos de tratamento produzem rejeitos, ou seja, um material não reciclável, a 
disposição final em aterros é essencial para todos os tipos de tratamento. 
Aterro Sanitário: É um método de deposição de resíduos em terrenos preparados para 
a disposição de resíduos de forma que cause o menor impacto possível ao meio 
ambiente. Algumas das medidas de engenharia utilizadas para proteger o meio 
ambiente estão listadas a seguir: O solo é protegido por uma manta isolante (chamada 
geomembrana) ou uma espessa camada de argila compactada para evitar que 
líquidos poluentes, lixiviados ou lixiviados entrem e cheguem ao lençol freático; Os 
dutos de coleta de gás (drenos de gás) são colocados para evitar explosões e 
combustão espontânea causadas pela decomposição da matéria orgânica. Os gases 
podem ser queimados para evitar sua propagação na atmosfera; um sistema de coleta 
de chorume é implementado para entregar a um sistema de tratamento; As camadas 
de lixo são compactadas umas sobre as outras com uma escavadeira para reduzir o 
volume e cobertas com terra diariamente para evitar exalar odores e atrair animais 
como roedores e insetos. O acesso ao local deve ser controlado com portão, guarita 
e cerca para impedir a entrada de animais, pessoas e descarte de resíduos não 
autorizados. 
Aterro Sanitário Controlado: O aterro sanitário controlado não é considerado 
uma forma adequada de disposição de resíduos porque os problemas ambientais de 
poluição da água, do ar e do solo não são evitados devido ao uso inutilizado de todos 
os recursos técnicos e sanitários que impediriam a contaminação. No entanto, 
representa uma alternativa melhor aos aterros e difere deles pelo fato de os resíduos 
serem cobertos com terra todos os dias e os controles de entrada e saída serem 
realizados por pessoas. 
Estações de separação e/ou compostagem: Este tipo de tratamento envolve a 
instalação de uma sala para a separação manual (classificação) dos resíduos, 
geralmente realizada em correias transportadoras. Com a coleta seletiva pelo 
município, os resíduos chegam separadamente, ou seja, os materiais recicláveis 
separadamente dos resíduos orgânicos. 
 
46 
 
No entanto, se tal separação não existir em residências, estabelecimentos 
comerciais ou residências, entre outras coisas, os sacos de lixo coletados na coleta 
convencional são encaminhados para uma classificação onde os materiais recicláveis 
são separados dos resíduos orgânicos. Neste último caso, a separação é muito mais 
difícil, pois os resíduos são misturados, dificultando a separação e afetando a 
qualidade do composto orgânico produzido. No Brasil, o sistema de reciclagem e 
compostagem sem coleta seletiva tem se mostrado um fardo porque, além do grande 
esforço com muitos funcionários e aparelhos, a separação de substâncias orgânicas 
de recicláveis é muito baixa. Por isso, a melhor alternativa é integrar os centros de 
triagem e compostagem em um sistema de coleta seletiva e incentivar a separação 
de materiais recicláveis e compostáveis na fonte e estimular a participação da 
comunidade. 
Para que a coleta seletiva seja realmente eficaz, épreciso mudar o hábito de 
destinar e acondicionar os resíduos na fonte. Além dos benefícios ambientais 
promovidos pela coleta seletiva e destinação consistente de resíduos para reciclagem 
e compostagem, podemos considerar também os benefícios de inclusão social dos 
catadores por serem os parceiros preferenciais da coleta seletiva. 
18.3 Embalagem: quanto mais simples, melhor 
O uso indiscriminado de embalagens também é uma questão ambiental. A 
embalagem está se tornando cada vez mais exigente e complexa. À medida que as 
técnicas de preservação dos produtos foram aprimoradas, novos materiais foram 
incorporados aos recipientes para torná-los mais eficientes. No entanto, essas 
misturas impedem tanto sua degradação natural quanto sua reciclagem. 
Portanto, a indústria de embalagens pode contribuir significativamente para o 
consumo sustentável se cumprir o desafio de atender à demanda e evitar resíduos 
pós-consumo que ameaçam o futuro. Isso implica no desenvolvimento de tecnologias 
limpas com foco na redução da geração de resíduos, utilizando materiais menos 
agressivos ao meio ambiente, reduzindo o uso de materiais desnecessários, 
promovendo a reutilização e a reciclagem. 
 
47 
 
18.4 A responsabilidade é de quem produz 
Vários países europeus, incluindo Alemanha, Holanda, Áustria, Espanha e 
Suécia, promulgaram legislação nos últimos anos para reduzir a geração de resíduos 
como contêineres e embalagens. Na Suécia, por exemplo, as empresas são 
responsáveis pela coleta de suas embalagens de alumínio, papel, papelão, papelão 
ondulado, plástico, aço e vidro. O mesmo se aplica aos jornais, brochuras publicitárias, 
revistas e catálogos, bem como aos pneus. Para racionalizar esse processo e tornar 
mais econômica a economia da coleta e reciclagem, os fabricantes uniram forças e se 
organizaram. A medida resultou em uma redução significativa na quantidade de 
contêineres e embalagens que vão para aterro, demonstrando a eficácia das leis que 
regem a busca de soluções pelas empresas. 
18.5 O lixo e o consumo 
A geração de lixo cresce na mesma proporção que o consumo. Quanto mais 
bens compramos, mais recursos naturais usamos e mais resíduos geramos. Nos 
países desenvolvidos a situação é mais grave. Mas a situação também é preocupante 
nos países em desenvolvimento. Crescimento populacional, a concentração da 
população nas grandes cidades e, em muitas regiões, a adoção de um estilo de vida 
semelhante ao dos países ricos, o aumento do consumo e a consequente geração de 
resíduos. 
O acúmulo de resíduos é um elemento exclusivo das sociedades humanas. 
Sistemas naturais não antropogênicos, por exemplo, não geram resíduos: 
seres vivos absorvem o que não serve mais para os outros de maneira 
contínua. No caso humano, entretanto, produz-se diariamente uma vasta 
quantidade de resíduos, muitas vezes tóxicos, ocasionando a poluição das 
águas, do solo e do ar, o que propicia a proliferação de doenças e acentua a 
causa mortis (HESS, 2002, apud PINTO, 2018). 
Hoje já sabemos que, se os países em desenvolvimento começarem a 
consumir matérias-primas na mesma proporção que os países desenvolvidos, 
poderemos chegar rapidamente ao esgotamento dos recursos naturais e a níveis 
extremamente altos de poluição e geração de resíduos. A situação tem sido 
amplamente discutida em fóruns internacionais, onde especialistas de todo o mundo 
apontam uma saída: para que os países pobres do mundo possam aumentar seu 
 
48 
 
consumo de forma sustentável, o consumo dos países desenvolvidos deve aumentar 
ou diminuir. De qualquer forma, o desafio é de todos: consumir de forma sustentável 
significa conservar os recursos naturais, reduzir o desperdício, reduzir a produção, 
reutilizar e reciclar o máximo possível de resíduos. Só assim podemos prolongar a 
vida útil dos recursos naturais do planeta. 
19 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS – LEI 12.305/2010 
 
Fonte: masterambiental.com 
Quanto aos lixões a céu aberto e aterros controlados ficam proibidos. A Lei, 
determina que todas as administrações públicas municipais, indistintamente do seu 
porte e localização, devem construir aterros sanitários e encerrarem as atividades dos 
lixões e aterros controlados, no prazo máximo de 4 (quatro) anos, substituindo-os por 
aterros sanitários ou industriais, onde só poderão ser depositados resíduos sem 
qualquer possibilidade de reciclagem e reaproveitamento, obrigando também a 
compostagem dos resíduos orgânicos. 
Fabricantes, distribuidores e comerciantes, organizados em acordos setoriais, 
ficam obrigados a recolher e destinar para a reciclagem as embalagens de plástico, 
papel, papelão, de vidro e as metálicas usadas. As embalagens de Agrotóxicos, pilhas 
e baterias, pneus, óleos lubrificantes e suas embalagens, todos os tipos de lâmpadas 
e de equipamentos eletroeletrônicos descartados pelos consumidores, fazem parte da 
 
49 
 
“logística reversa”, que deverá também retornar estes resíduos à sua cadeia de 
origem para reciclagem. 
O setor de construção civil fica obrigado a dar destinação final ambientalmente 
adequada aos resíduos de construção e demolição (RCD), não podendo mais 
encaminhá-los aos aterros. 
A responsabilidade pelo lixo passa a ser compartilhada, com obrigações que 
envolvem os cidadãos, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal. 
As administrações municipais, no prazo máximo de 2(dois) anos, devem 
desenvolver um Plano de Gestão Integrada de Resíduos: Caso descumpram essa 
obrigação ficam proibidas de receber recursos de fontes federais, destinadas ao 
gerenciamento de resíduos, inclusive empréstimos (CEF, BNDES e outras.). 
As empresas e demais instituições públicas e privadas devem desenvolver um 
“Plano de Gerenciamento de Resíduos”, integrado ao Plano Municipal 
(independentemente da sua existência); Os municípios terão de implantar um sistema 
de coleta seletiva; As cooperativas de catadores terão prioridade na coleta seletiva, 
sendo dispensada a licitação; Para a elaboração, implementação, operacionalização 
e monitoramento de todas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos, 
nelas incluído o controle da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, 
será designado responsável técnico devidamente habilitado. 
A estratégia ambiental determina o alinhamento entre a proteção ambiental e 
o crescimento econômico da empresa. O desenvolvimento da estratégia 
ambiental deve analisar os concorrentes, os parceiros, os produtos, as 
matérias-primas, as perdas e os resíduos da empresa. (HOFFMAN, 2000, 
apud PEDROSO, 2007). 
19.1 Quem obedece deve obedecer à nova Lei 
Em princípio todas as empresas, as administrações públicas (federais, 
estaduais e municipais) e os cidadãos, conforme o Art. 1º. § 1o “Estão sujeitas à 
observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, 
responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que 
desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de 
resíduos sólidos”. 
Essa obrigação é mais especificada no Capítulo III da lei, onde se estabelecem 
as responsabilidades dos geradores de resíduos e do poder público: 
 
50 
 
Art. 25. O poder público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis 
pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da Política Nacional 
de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta Lei 
e em seu regulamento. 
Por força desse princípio da Lei, as empresas envolvidas na produção, 
importação, distribuição e comercialização de determinados produtos, estão 
obrigadas também a estruturarem e implementarem sistemas de logísticas reversa, 
mediante retorno dos produtos e embalagens após o uso, de forma independente do 
serviço público de limpeza urbana. 
19.2 A Lei obriga à logística reversa 
I - Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outrosprodutos cuja 
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de 
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas 
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas 
técnicas; 
II - Pilhas e baterias; 
III - Pneus; 
IV - Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
V - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
VI - Produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 
§ 1o Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos 
de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas 
previstos no caput serão estendidos a produtos comercializados em embalagens 
plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, 
prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente 
dos resíduos gerados. 
19.3 Responsabilidade da coleta 
Em princípio, a responsabilidade sobre os serviços de manejo de resíduos 
sólidos é da administração municipal, porém somente no que concerne aos resíduos 
 
51 
 
domiciliares e os provenientes da limpeza urbana. No que tange às atividades 
industriais, comerciais e de serviços privados, esta responsabilidade é do próprio 
gerador do resíduo. 
Art. 27. As pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 são responsáveis 
pela implementação e operacionalização integral do plano de gerenciamento de 
resíduos sólidos aprovado pelo órgão competente na forma do art. 24. 
§ 1º. A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, 
transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final 
de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 da 
responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento 
inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos. 
Quando o recolhimento dos resíduos (inclusive os assemelhados aos resíduos 
domiciliares) for executado pelo serviço municipal de limpeza urbana, devemos 
observar que, conforme a Lei 12.305/2010, esta prática deve cessar, sendo ilegal a 
continuidade dessas ações por parte das administrações municipais sem 
remuneração, conforme dispõe o § 7º do Art.33: 
§ 7º. Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos 
sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor 
empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, 
importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos 
produtos e embalagens a que se refere este artigo, as ações do poder público serão 
devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes. 
Esse dispositivo da Lei tem reforço no Inciso IV do Art. 36. 
Art. 36. No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de 
resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão integrada de 
resíduos sólidos: 
IV - Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de 
compromisso na forma do § 7o do art. 33, mediante a devida remuneração pelo setor 
empresarial; 
E mais ainda, quando a Lei trata dos Planos de Gerenciamento de Resíduos: 
 
52 
 
Art. 27. As pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 são responsáveis 
pela implementação e operacionalização integral do plano de gerenciamento de 
resíduos sólidos aprovado pelo órgão competente na forma do art. 24. (...) 
§ 2º. Nos casos abrangidos pelo art. 20, as etapas sob responsabilidade do 
gerador que forem realizadas pelo poder público serão devidamente remuneradas 
pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, observado o disposto no § 5º. do art. 
19. 
(art. 19. § 5o “Na definição de responsabilidades na forma do inciso VIII do 
caput deste artigo, é vedado atribuir ao serviço público de limpeza urbana e de manejo 
de resíduos sólidos a realização de etapas do gerenciamento dos resíduos a que se 
refere o art. 20 em desacordo com a respectiva licença ambiental ou com normas 
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS”.) 
19.4 Descumprimento da Lei 
Caso os resíduos estejam acondicionados, armazenados ou destinados em 
condições não condizentes com a Lei e com as normas Conama/Anvisa, significando 
dano ou ameaça ao meio ambiente e à saúde pública, a prefeitura deve proceder ao 
seu recolhimento, acondicionamento, armazenagem e destinação, respeitando as 
normas de saúde e segurança ocupacional e com licença ambiental específica, 
cobrando dos responsáveis todas os custos e despesas envolvidas: 
Art. 29. Cabe ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar 
ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou 
à saúde pública relacionado ao gerenciamento de resíduos sólidos. 
Parágrafo único. Os responsáveis pelo dano ressarcirão integralmente o poder 
público pelos gastos decorrentes das ações empreendidas na forma do caput. 
Em casos extremos, o órgão de fiscalização ambiental pode até valer-se de 
medidas mais drásticas: 
Art. 51. Sem prejuízo da obrigação de, independentemente da existência de 
culpa, reparar os danos causados, a ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas 
que importe inobservância aos preceitos desta Lei ou de seu regulamento sujeita os 
infratores às sanções previstas em lei, em especial às fixadas na Lei no 9.605, de 12 
de fevereiro de 1998, que “dispõe sobre as sanções penais e administrativas 
 
53 
 
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras 
providências”, e em seu regulamento. 
Lei no 9.605 Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, 
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar 
produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio 
ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus 
regulamentos: 
Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem 
I - Abandona os produtos ou substâncias referidas no caput ou os utiliza em 
desacordo com as normas ambientais ou de segurança; 
II - Manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá 
destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou 
regulamento. 
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada 
de um sexto a um terço. 
§ 3º Se o crime é culposo: 
Pena: detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
19.5 Resultados e consequências 
As diferenças estabelecidas entre o conceito de resíduos e rejeitos, sendo o 
primeiro considerado pela Lei como “ um bem econômico e de valor social, gerador 
de trabalho e renda e promotor de cidadania” e a forte carga que a Lei faz na proibição 
da disposição de resíduos aproveitáveis em aterros sanitários, aliados à 
obrigatoriedade da compostagem dos rejeitos orgânicos, eliminará paulatinamente a 
existência de grandes aterros sanitários, propiciando a expansão da sua vida útil, 
tendo como consequências esperadas em médio prazo: A readequação das 
atividades industriais de destinação final de resíduos sólidos; O crescimento das 
atividades industriais de reciclagem; e a inclusão socioeconômica dos catadores de 
resíduos, organizados em cooperativas. Capacidade de articulação entre indústrias, 
distribuidores, comércio operadores logísticos, associação de catadores e prefeituras; 
Existência de indústrias de reciclagem, a jusante da cadeia, com capacidade instalada 
 
54 
 
para absorver o grande volume de entrada de matéria-prima, proveniente dos fluxos 
reversos estabelecidos. Disponibilidade de tecnologias nacionais, adequadas para 
processamento de recicláveis, principalmente os constantes da obrigatoriedade de 
logística reversa. Viabilidade dos mercados demandantes de itens recicláveis.20 RECURSOS HÍDRICOS 
 
Fonte: ceco.org.br 
A água doce é um dos recursos naturais mais escassos e importantes, se não 
o mais importante, de todos os que constituem a vida sobre o planeta. Está 
relacionada tanto com a própria sobrevivência humana, animal e vegetal, quanto com 
a realização de atividades e serviços que vão atender os seres vivos em suas 
necessidades, desde as mais básicas, como consumo próprio e produção de 
alimentos, até as mais subjetivas (porém não menos necessárias e valorizadas), como 
o lazer (LEAL, 1998). 
Desse modo, o Brasil tem muita água, mesmo no Nordeste. Porém, o seu uso 
cada vez mais eficiente desempenhará, certamente, um papel vital na saúde 
atual e futura da nossa sociedade e na produção de alimentos, 
principalmente. O uso eficiente da água dos rios do Brasil significa a 
possibilidade de suprir as necessidades humanas básicas, sem destruir o 
meio ambiente, a qualidade da água, garantir o crescimento econômico e 
social com proteção ambiental. (REBOUÇAS, 2004, apud OLIVEIRA, 2011, 
p. 18). 
 
55 
 
Para entender como funciona a gestão desses recursos, torna-se necessário 
compreender como funcionam os mecanismos básicos que envolvem o ciclo da água 
na natureza. É nesse ponto que os conceitos de Hidrologia, que serão abordados a 
seguir, tornam-se tão importantes. 
20.1 Ciclo hidrológico 
Apesar de a maior parte da superfície do nosso planeta ser formada por água, 
97% desse recurso encontram-se nos mares e oceanos. O que efetivamente sobra 
para o consumo e o desenvolvimento de atividades como agricultura é uma 
quantidade muito inferior e se encontra mal distribuída no globo terrestre. 
Além das desigualdades naturalmente envolvidas nessa distribuição da água 
através das diversas regiões da Terra, determinadas ações antrópicas podem agravar 
ainda mais essa má distribuição. Isso se deve principalmente às alterações causadas 
ao meio ambiente e, consequentemente, ao ciclo da água. 
O movimento realizado pela água entre os continentes, oceanos e a atmosfera 
é chamado de ciclo hidrológico. O Ciclo hidrológico é um fenômeno global de 
circulação fechada da água que é impulsionada fundamentalmente pela energia solar 
associada à gravidade e à rotação do planeta. 
A compreensão desse sistema possibilita que os gestores tomem decisões 
acertadas sobre como utilizar os recursos causando os menores danos possíveis ao 
conjunto. Os tópicos principais que fazem parte do ciclo hidrológico são abordados na 
sequência. 
20.2 Precipitação 
Em hidrologia, considera-se como precipitação toda a água proveniente da 
atmosfera e que atinge a superfície terrestre, podendo variar segundo o estado da 
água, em: neblina, chuva, granizo, orvalho, geada e neve. 
A variabilidade temporal e espacial da precipitação influencia a disponibilidade 
hídrica de uma bacia hidrográfica, porque a precipitação é a variável mais importante 
do sistema e representa a sua alimentação. Mas o que é uma bacia hidrográfica? 
 
56 
 
Pode-se definir uma bacia hidrográfica como sendo uma área de captação 
natural da água da precipitação, que faz convergir os escoamentos para um único 
ponto de saída, o seu exutório ou foz. É uma área geográfica natural delimitada pelos 
pontos mais altos do seu relevo. 
A disponibilidade, ao longo do ano, de dados de quantificação e distribuição da 
precipitação em uma bacia hidrográfica possibilita determinar ou estimar a 
necessidade de irrigação de culturas, o abastecimento doméstico e industrial, estudos 
para controle e prevenção de enchentes, planejamento de drenagens urbanas, além 
de permitir a gestão do uso do solo e um melhor controle de erosões. 
20.3 Evaporação e evapotranspiração 
A evaporação e a evapotranspiração são a conversão da água do seu estado 
líquido para vapor de água, estado no qual a água é transferida para a atmosfera. 
Esses processos necessitam do ingresso de energia no sistema, que pode ser 
proveniente do sol, da atmosfera ou de ambas as fontes, e serão controladas pela 
taxa de energia disponível. 
Essas taxas se constituem em informações quantitativas de extrema 
importância dentro do processo do ciclo hidrológico, pois são utilizadas na resolução 
de diferentes problemas e planejamentos. Pode-se citar estudos para áreas agrícolas 
de sequeiro ou irrigadas, previsão de cheias e enchentes, construção e operação de 
reservatórios, entre outros. 
20.4 Água subterrânea 
A escassez de água doce, que há muito tempo vem sendo prevista, tem se 
tornado, cada vez mais, uma grande ameaça ao desenvolvimento socioeconômico e 
à própria vida do planeta. 
Entre uma das soluções para esse problema, está o completo conhecimento 
do ciclo hidrológico, de forma a possibilitar uma correta avaliação da disponibilidade 
dos recursos hídricos de cada região. Uma das partes mais importantes é entender o 
que acontece com as águas subterrâneas que é uma das fases menos conhecidas 
desse ciclo. 
 
57 
 
Água subterrânea pode ser considerada toda a água que ocupa os vazios de 
uma formação geológica. Mas o sistema natural formado pelas águas subterrâneas 
pode ser modificado pela interferência do homem. Entre as principais ações está a 
alteração do ambiente natural com a construção de barragens, canalização de rios, 
perfuração de poços e irrigação. 
Esses sistemas hidrogeológicos podem ser classificados em Aquíferos, 
Aquiclude e Aquitardo. Quanto à umidade, pode-se dividir em duas zonas: Zona de 
Saturação e Zona de Aeração. 
20.5 Escoamento superficial 
A origem do escoamento superficial é, fundamentalmente, nas precipitações ou 
eventos de chuva. Quando a chuva chega ao solo, parte da água se infiltra, parte é 
retida nas depressões da superfície e parte se escoa. Na primeira fase a água se 
infiltra, mas tão logo a intensidade da chuva exceda a capacidade de infiltração do 
solo, a água passa a ser coletada pelas pequenas depressões existentes. Quando os 
níveis das águas que estão sendo retidas se elevam e começa a ocorrer a 
transposição desses obstáculos, o fluxo ou escoamento superficial se inicia, seguindo 
a tendência da maior para a menor depressão. Esse escoamento vai se somar a 
outros escoamentos que, juntos, formam sucessivamente as enxurradas, os córregos, 
os ribeirões, os rios, os reservatórios e os lagos. 
O escoamento superficial, entre as outras partes do ciclo hidrológico, é a fase 
de maior importância para a compreensão e o estudo dos recursos hídricos. Isso 
porque a maior parte dos estudos hidrológicos está ligada ao aproveitamento da água 
superficial, a sua previsão e aos efeitos da sua transposição. 
Assim, a vazão de um corpo d’água em uma bacia hidrográfica é o resultado 
da interação de todos os componentes do ciclo hidrológico, entre eles a precipitação, 
a infiltração e o escoamento superficial. 
Nos mais diversos estudos e levantamentos estudos hidrológicos utiliza-se um 
gráfico denominado hidrograma, que é a relação entre a vazão e o tempo, para avaliar 
e separar esses componentes. A forma e o comportamento do hidrograma pode 
variar, dependendo de um grande número de fatores, tais como: relevo, cobertura da 
 
58 
 
bacia, solo, modificações artificiais no rio e distribuição da precipitação, além da sua 
intensidade e duração. 
A gestão dos recursos hídricos se realiza mediante procedimentos integrados 
de planejamento e de administração. Esse planejamento deverá visar à avaliação 
prospectiva das demandas e das disponibilidades desses recursos, além da sua 
alocação entre os usos múltiplos para que se obtenha os máximos benefícios 
econômicos e sociais, mas com a mínima degradação ambiental. 
Para tanto é necessário que ocorra a redução das fontes potenciais de 
poluição, se implementem políticas de uso e manejo adequados do solo e se viabilize 
a ocorrência de possíveis impactos sociais positivos para a região a ser gerenciada. 
Assim, o gerenciamento dos recursos hídricos é compostopor ações do poder 
público que procuram adequar os usos, o controle e a proteção das águas às 
necessidades sociais e ambientais. Entre as principais ações, pode-se citar: o 
gerenciamento dos usos setoriais da água; o gerenciamento interinstitucional; o 
gerenciamento das intervenções para compatibilização e integração dos 
planejamentos; o gerenciamento da oferta de água; e o gerenciamento ambiental que 
engloba o monitoramento da área, licenciamento de projetos, fiscalização e medidas 
administrativas e legais. 
20.6 Hidrografia 
Hidrografia é a área que estuda as águas do planeta ou de uma região, 
abrangendo, portanto, rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do subsolo e da 
atmosfera. O estudo da hidrografia é fundamental para a identificação dos 
componentes naturais e antropogênicos envolvidos no fluxo hidráulico. Este estudo 
permite quantificar cada um dos componentes envolvidos na dinâmica da bacia, 
identificando suas magnitudes, frequências e durações, sempre considerando sua 
importância geográfica e ecológica e a determinação do volume mínimo requerido 
para um pré-determinado estado de conservação (ZUCCARI, 2005). 
 
59 
 
20.7 Processos erosivos 
Nos últimos anos, tem se reconhecido a necessidade de se incluir estratégias 
de controle de sedimentos dentro de projetos de gerenciamento de bacias 
hidrográficas, isso porque as fontes de produção de sedimentos estão relacionadas 
com os tipos de processos erosivos que ocorrem em uma bacia hidrográfica. Assim, 
as informações sobre as fontes de sedimentos transportados por um determinado rio, 
são dados importantes para as estratégias de controle efetivo do aporte de 
sedimentos nos corpos d’água e, portanto, para controlar ou diminuir o seu 
assoreamento. 
Os tipos de erosão que ocorrem em uma bacia hidrográfica são basicamente a 
erosão hídrica, a erosão fluvial, a erosão eólica e a remoção em massa. 
Os processos que compõem a dinâmica da produção de sedimentos em uma 
área hidrográfica estão o transporte e a deposição de sedimentos que poderão gerar 
o assoreamento dos corpos d’água e lagos. Esses processos possuem similaridades 
com o que ocorre em uma bacia urbana. 
Mas, além dos problemas de assoreamento dos corpos d’água, os problemas 
erosivos podem comprometer todo o ecossistema aquático e o meio ambiente do 
entorno. 
[...] esse tipo de processo erosivo atinge grandes dimensões, gerando vários 
impactos ambientais na sua área de ação e na drenagem a jusante, tornando-
se um complicador para o uso do solo nessas áreas. Formadas pelo 
aprofundamento das ravinas e interceptação do lençol freático, onde se pode 
observar grande complexidade de processos do meio físico (piping, 
liquefação de areia, escorregamentos laterais, erosão superficial) devido à 
ação concomitante das águas superficiais e subsuperficiais (Rodrigues, 1982; 
1984, apud ALMEIDA, 2008). 
20.8 Assoreamento de corpos d’água 
Grande parte dos sedimentos transportados em bacias hidrográficas ocorre 
durante os eventos de chuva. Por isso, a avaliação temporal da concentração de 
sedimentos deve ser realizada por meio de um programa de monitoramento capaz de 
coletar amostras durante os eventos de cheia. 
Entretanto, podem ocorrer diversas dificuldades ao se executar um programa 
de monitoramento. Por exemplo, um grande problema enfrentado em pequenas 
 
60 
 
bacias urbanas é que os eventos ocorrem em poucas horas e algumas vezes durante 
a noite, o que normalmente dificulta qualquer tipo de avaliação. Muitas vezes tenta-se 
utilizar mostradores automáticos para facilitar a obtenção de amostras, mas algumas 
bacias hidrográficas possuem altas concentrações de resíduos sólidos e matéria 
orgânica, fazendo com que normalmente os aparelhos sejam danificados, ou 
simplesmente, obstruídos. 
Os sedimentos podem ser definidos como fragmentos de rochas e de solo 
desagregados que são transportados por um fluido. Além das partículas minerais, as 
partículas orgânicas transportadas por um determinado fluido, também são 
denominadas de sedimentos. 
Em ambientes fluviais encontram-se três tipos de sedimentos: grosseiros, finos 
e orgânicos. A proporção de cada um dependerá de vários fatores como a geologia, 
o relevo, o uso do solo, o clima, a localização da calha fluvial e a ação antrópica de 
lançamento ou não de efluentes. 
Em geral, em regiões próximas às nascentes, a calha fluvial terá uma proporção 
grande de sedimentos grosseiros compostos por fragmentos de rochas, enquanto que 
nos trechos inferiores da bacia é mais comum encontrar-se sedimentos originados da 
erosão do solo que são compostos basicamente por partículas que variam de tamanho 
entre areia e argila. 
Um dos problemas físicos gerados pelos sedimentos é o assoreamento dos 
corpos d’água. Mas um dos fatores mais importantes nos estudos sedimentológicos é 
a existência de uma estreita relação entre a qualidade da água e os sedimentos 
fluviais. A simples presença dos sedimentos na água afeta as condições de 
potabilidade através do aumento da sua turbidez. Além desse aspecto, os sedimentos 
fluviais representam um potencial poluidor para a água devido a sua natureza 
geoquímica que possibilita a transferência de poluentes da bacia vertente para calha 
fluvial. 
20.9 Gestão de bacias urbanas 
O desenvolvimento urbano, além das alterações causadas ao ecossistema 
terrestre, traz profundas alterações ao ecossistema aquático. Entre as muitas ações 
antrópicas que poderão provocar desde pequenas alterações ou até mesmo a 
 
61 
 
completa degradação dos sistemas aquáticos, estão a substituição da vegetação 
original por áreas impermeáveis, a concentração e o lançamento de grandes cargas 
de esgoto in natura e a adição de contaminantes químicos através das mais diversas 
fontes. 
As alterações antrópicas na bacia hidrográfica, principalmente a urbanização, 
geram alterações severas ao hidrograma que em parte explicam os problemas de 
inundações urbanas, atualmente enfrentados. 
A permeabilidade do solo é substituída por superfícies impermeáveis tal como 
ruas, telhados, estacionamentos e calçadas, que acumulam pouca água, reduzem a 
infiltração de água no solo e aceleram o escoamento superficial em redes e canais de 
drenagem. Uma alta porcentagem de área impermeabilizada, onde os eventos de 
chuva tendem a ter um tempo de concentração menor e picos de vazão maiores, se 
reflete em alterações nos hidrogramas. 
Assim, para que os efeitos da urbanização sejam minimizados, o gestor deverá 
procurar alternativas para equilibrar o sistema novamente. Entre as possibilidades 
encontradas para melhorar a infiltração das águas da chuva no solo e reduzir o 
escoamento superficial, estão: a construção de pavimentos permeáveis e/ou 
semipermeáveis e a adoção do sistema conhecido como “Bairro Ecológico”. 
Em ambos os casos, vários experimentos e estudos foram realizados e os 
resultados foram tecnicamente muito bons. 
20.10 Cobrança pelo uso da água 
A expectativa que apenas os órgãos governamentais seriam suficientes para 
gerenciar os recursos hídricos foi uma das principais falhas ocorridas nesse setor. 
Esse desempenho insatisfatório levou muitos países a repensarem suas estruturas 
organizacionais e buscarem uma maior eficiência com a aplicação de tarifas e o apoio 
com incentivos. 
De um modo geral, a tarifação e os incentivos procuram motivar os 
consumidores a adotarem práticas eficientes de uso da água, que pode ser maior ou 
menor de acordo com o valor relativo da água. 
Em muitas regiões do mundo, a subtarifação causou e ainda tem causado 
sérios problemas de abusos e desperdícios com relação ao uso da água. Um exemplo 
 
62 
 
disso é quando a região possui abundância de água de boa qualidade, o que a torna 
barata e, portanto, pode inviabilizar o investimento em projetos de monitoramento e 
de tarifação de alto custo. Entretanto, torna-se viável medir, monitorar e tarifar aágua 
à medida que esta vai se tornando um recurso mais escasso. 
Alguns autores defendem a possibilidade de ajuste de tarifas de acordo com a 
demanda. Para HOWE (1998), poder-se-ia adotar preços variáveis, aumentando as 
tarifas em períodos secos, para forçar a redução do consumo. Ainda, o mesmo poderia 
ser empregado em horários diários de picos de consumo. 
Uma forma indireta de cobrança para usuários de larga escala, segundo 
WINPENNY (1994), que reproduz resultados similares, é a taxação através do volume 
de efluentes. Essa é uma forma interessante de incentivar as indústrias na busca por 
métodos e equipamentos que desperdicem ou utilizem uma menor quantidade de 
água. 
Por outro lado, um dos maiores consumidores de água é a irrigação para a 
agricultura, entretanto, segundo EASTER, BEEKEN E TSUR (1997), é o setor que 
menos pode pagar e acaba sendo subsidiado pelos governos. Como consequência, 
esses consumidores acabam sendo incentivados, pelas baixas tarifas, a consumir 
cada vez mais água durante o processo. 
Dentro deste contexto, e para viabilizar um uso equilibrado e consciente da 
água, deve-se destacar as seguintes medidas para melhorar o gerenciamento dos 
recursos hídricos: adotar-se valores diferentes para os usos urbanos e rurais; realizar 
estudos de realocação de água; implementar preços diferenciados para os usos 
industriais; criar tarifas diferenciadas para a irrigação; buscar a conservação dos 
recursos hídricos; e privatizar parte dos recursos e incentivar a participação dos 
usuários nos programas de descentralização. 
 
63 
 
21 CONTROLE DE ENCHENTES 
 
Fonte: ipea.gov 
Durante o processo de urbanização ocorre a retirada da cobertura vegetal para 
dar espaço a novas áreas quase totalmente impermeabilizadas. Mas a cobertura 
vegetal, além do seu aspecto ecológico, tem como efeito a interceptação de parte da 
precipitação, ou seja, a redução do escoamento superficial e a proteção natural do 
solo contra a erosão. Assim, a perda dessa cobertura vegetal terá como uma das 
principais consequências o aumento da frequência de inundações devido à falta de 
interceptação das precipitações, consequentemente a ocorrência de uma redução na 
taxa de infiltração, e o aumento do escoamento dos rios. 
Áreas de risco, como encostas íngremes, topos de morros, baixadas áreas 
alagáveis e margens de corpos d’água são ocupadas pelo mercado formal e 
informal o que leva a perdas econômicas, sociais e ambientais, e a 
acontecimentos muitas vezes trágicos (NETTO, 2005 apud HERZOG, 2010). 
21.1 Medidas para controle de inundações 
As medidas para o controle de inundações podem ser de dois tipos: estruturais 
e não-estruturais. Quando o sistema fluvial é modificado para se evitar os prejuízos 
causados pelas enchentes, denominam-se de alterações provenientes de medidas 
estruturais. As medidas não-estruturais procuram adequar o meio de forma natural ou 
 
64 
 
alternativa, com estudos e projetos que possam recuperar em parte as características 
originais da área (taxas de retenção e infiltração das precipitações). 
Entre as medidas estruturais podem-se destacar a construção de reservatórios, 
diques e barragens, a melhoria do canal ou das canalizações e mudança do canal – 
retificação. Quanto às medidas não-estruturais, pode-se citar regulação do uso do solo 
e construções à prova de enchentes. 
21.2 Zoneamento de áreas de inundações 
Um dos principais aspectos relacionados com a proteção ambiental e a 
drenagem urbana se refere à faixa marginal dos arroios urbanos. O Código Florestal 
prevê a distância de trinta metros da margem dos arroios, definida pela seção 
transversal de leito menor. No desenvolvimento da grande maioria das cidades 
brasileiras este limite não é obedecido, o que dificulta o controle da infraestrutura. 
Assim, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental deve prever o correto 
zoneamento dessas áreas, para evitar a sua ocupação, e os consequentes riscos de 
inundação. 
A aplicação de um zoneamento local das áreas inundáveis engloba etapas 
como a determinação do risco de enchentes, o mapeamento das áreas sujeitas à 
inundação e o seu zoneamento. A utilização e o desenvolvimento dessa ferramenta 
possibilitam um maior planejamento da bacia hidrográfica e permite a criação de 
mapas de alerta. 
22 USO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS 
O uso racional dos recursos hídricos tem como objetivo assegurar que a água, 
um recurso natural essencial à vida, cumpra o seu papel no desenvolvimento 
econômico e no bem-estar social das comunidades, e seja suficiente para continuar 
como um fator de equilíbrio dos ecossistemas. Para possibilitar esse desenvolvimento, 
metas e planejamentos estruturados e com rigorosos estudos científicos devem ser 
realizados a fim de propiciar o controle e a utilização da água em padrões de qualidade 
satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras. 
 
65 
 
Para atingir esse nível de desenvolvimento, tornam-se necessários profundos 
conhecimentos dos riscos e danos em diferentes áreas e grupos, para entender, 
planejar e evitar possíveis danos ao ecossistema local. Em um período em que uma 
grande ênfase está sendo dada a projetos que viabilizem o uso dos recursos hídricos, 
faz-se uma abordagem mais aprofundada nos itens a seguir. 
22.1 Navegação e aproveitamento hidrelétrico 
Uma das formas mais antigas de aproveitamento dos recursos hídricos é a 
navegação. Além de um sistema eficiente, é um dos mais baratos. No Brasil ainda tem 
muito por fazer nessa área, seja pela falta de infraestrutura ou mesmo pela ausência 
de incentivos ao seu desenvolvimento e aproveitamento mais eficiente. 
Por outro lado, o aproveitamento hidrelétrico brasileiro é exemplo internacional. 
Nessa área o Brasil exporta tecnologia para diversos países do mundo. 
Mas é importante ressaltar que um sistema pode interferir no outro. Um 
exemplo disso, são as hidrelétricas que não possuem sistemas de eclusas para a 
transposição deste “obstáculo” para que os rios sejam completamente navegáveis. 
Assim, faz-se de suma importância um perfeito planejamento e viabilização de obras 
futuras, bem como a adequação de plantas já existentes. 
Outros fatores que se deve levar em consideração, ao se construir uma 
hidrelétrica, são as alterações que poderão ser ocasionadas na região pelo lago 
formado. Alguns dos efeitos que podem ocorrer, vão desde alterações no microclima 
e destruição de espécies de peixes nativos, até o assoreamento do corpo d’água 
devido à criação de um novo sistema de águas lênticas. 
22.2 Abastecimento 
A utilização da água como fonte de abastecimento residencial é uma das mais 
nobres dos recursos hídricos. A sua efetivação pode ocorrer tanto pelo 
aproveitamento de recursos superficiais, quanto subterrâneos ou de ambos. 
Apesar de possuirmos grande abundância de água no Brasil, várias regiões já 
sofrem com a sua escassez e chegam a buscá-la a quilômetros de distância do local 
de consumo. Assim, cada vez mais torna-se necessário que sejam estabelecidas 
 
66 
 
metas de redução de consumo e sistemas de reaproveitamento da água como forma 
de uso racional. Outras medidas podem ser adotadas, como por exemplo, o incentivo 
da captação e reserva da água das chuvas para usos menos nobres, além de projetos 
hidráulicos residenciais e industriais mais eficientes. 
22.3 Irrigação e vazão ecológica 
A irrigação é uma forma de aproveitamento dos recursos hídricos que possui 
uma importância estratégica para o País. Além de melhorar o abastecimento interno, 
tem sido uma excelente fonte de riquezas ampliando as exportações de alimentos de 
excelente qualidade e competitividade. 
Mas nem tudo é tão perfeito assim. Se a irrigação, como qualquer outro uso 
que se faz da água, perde o controle ou ultrapassa os limites ambientais da região, 
pode causar danos ambientais ao ecossistema e conflitos regionais na defesa deinteresses econômicos locais. 
Deve-se lembrar que existem limites ambientalmente suportáveis para a 
retirada de água de um sistema ou ambiente. O excesso de exploração pode levar a 
um colapso desse sistema, afetando inicialmente o ecossistema aquático e 
posteriormente toda a fauna e flora local. 
Mas muitas dúvidas e perguntas sobre esse tema ainda estão sendo discutidas 
e estudadas. De uma maneira geral, todo excesso cometido causa algum tipo de 
desequilíbrio e deve ser evitado através da fiscalização e cobrança por usos mais 
eficientes. 
22.4 Transposição de corpos d’água 
Com o objetivo de aumentar a capacidade e quantidade de água de um 
determinado corpo d’água, a transposição é uma ferramenta que pode ser utilizada. 
Essa transferência de água de um local para outro vem sendo utilizada há muito tempo 
e para os mais diversos fins (irrigação, abastecimento, regularização, etc.). 
Mas, assim como em outras atividades, a transposição deve ter critérios rígidos 
quanto ao controle de danos ambientais que possam ser ocasionados e ao 
estabelecimento de limites de volume e parâmetros que serão adotados. 
 
67 
 
Tudo deve seguir rigorosos conceitos hidráulicos e ecológicos para que a 
solução de uns não se torne problema para todos! 
23 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
Fonte: centrodeestudosambientais.wordpress.com 
A legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas e avançadas do 
mundo. Criada com o intuito de proteger o meio ambiente e reduzir ao mínimo as 
consequências de ações devastadoras, seu cumprimento diz respeito tanto às 
pessoas físicas quanto às jurídicas. 
Essas leis ambientais definem normas e infrações e devem ser conhecidas, 
entendidas e praticadas. Afinal, há um processo de mudança de comportamento na 
sociedade civil e no mundo empresarial, que não está associado apenas às eventuais 
penalidades legais, mas à adoção de uma postura de responsabilidade compartilhada 
entre todos para vencer os desafios ambientais, que já vivenciamos. 
Lei 9.605/1998 - Lei dos Crimes Ambientais - Reordena a legislação ambiental 
quanto às infrações e punições. Concede à sociedade, aos órgãos ambientais e ao 
Ministério Público mecanismo para punir os infratores do meio ambiente. Destaca-se, 
por exemplo, a possibilidade de penalização das pessoas jurídicas no caso de 
ocorrência de crimes ambientais. 
http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/caso-volkswagen-esc%C3%A2ncara-a-import%C3%A2ncia-do-cumprimento-das-leis-ambientais
 
68 
 
Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e 
altera a Lei 9.605/1998 - Estabelece diretrizes à gestão integrada e ao gerenciamento 
ambiental adequado dos resíduos sólidos. Propõe regras para o cumprimento de seus 
objetivos em amplitude nacional e interpreta a responsabilidade como compartilhada 
entre governo, empresas e sociedade. Na prática, define que todo resíduo deverá ser 
processado apropriadamente antes da destinação final e que o infrator está sujeito a 
penas passivas, inclusive, de prisão. 
23.1 Outras importantes leis a serem citadas 
Lei 11.445/2007 - Estabelece a Política Nacional de Saneamento 
Básico - Versa sobre todos os setores do saneamento (drenagem urbana, 
abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos). 
Lei 9.985/2000 - Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 
Natureza – Entre seus objetivos estão a conservação de variedades de espécies 
biológicas e dos recursos genéticos, a preservação e restauração da diversidade de 
ecossistemas naturais e a promoção do desenvolvimento sustentável a partir dos 
recursos naturais. 
Lei 6.766/1979 - Lei do Parcelamento do Solo Urbano – Estabelece regras para 
loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde 
a poluição representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços. 
Lei 6.938/1981 - Institui a Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
Estipula e define, por exemplo, que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais 
que causar, independente da culpa, e que o Ministério Público pode propor ações 
de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, como a obrigação de recuperar 
e/ou indenizar prejuízos causados. 
Lei 7.347/1985 - Lei da Ação Civil Pública – Trata da ação civil pública de 
responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao 
patrimônio artístico, turístico ou paisagístico, de responsabilidade do Ministério 
Público Brasileiro. 
Lei 9.433/1997- Lei de Recursos Hídricos – Institui a Política e o Sistema 
Nacional de Recursos Hídricos - Define a água como recurso natural limitado, dotado 
de valor econômico. Prevê também a criação do Sistema Nacional para a coleta, 
http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/a-situacao-do-saneamento-basico-no-brasil
http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/bid/307168/Reuso-de-gua-essencial-para-o-meio-ambiente
 
69 
 
tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e 
fatores intervenientes em sua gestão. 
 Lei nº 11284/2006 - Lei de Gestão de Florestas Públicas - Normatiza o sistema 
de gestão florestal em áreas públicas e com a criação do órgão regulador (Serviço 
Florestal Brasileiro) e do Fundo de Desenvolvimento Florestal. 
Lei 12.651/2012 - Novo Código Florestal Brasileiro – Revoga o Código Florestal 
Brasileiro de 1965 e define que a proteção do meio ambiente natural é obrigação do 
proprietário mediante a manutenção de espaços protegidos de propriedade privada, 
divididos entre Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL). 
É importante lembrar que as leis enumeradas são apenas parte do Direito 
Ambiental do País, que ainda possui inúmeras outras matérias, como decretos, 
resoluções e atos normativos. 
Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis sejam 
cumpridas, como é o caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e do 
Ministério do Meio Ambiente. 
Também é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada Estado 
e, ao seguir as normas estabelecidas pela legislação federal ou estadual, sempre é 
aconselhável optar pelas mais restritivas para não correr o risco de sofrer punições. 
Uma organização socialmente responsável não é aquela que trata a questão 
como um complemento opcional, nem como um ato de filantropia, mas sim 
aquela que possui um negócio rentável, que demonstra preocupação com os 
ativos e passivos ambientais, sociais e os efeitos econômicos que exerce 
sobre a sociedade. (DAHLSRUD,2008, apud LUIZ, 2013). 
 
http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/fique-por-dentro-do-novo-codigo-florestal-paulista
http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/cumprimento-da-legislacao-ambiental-o-minimo-a-ser-atendido-em-qualquer-caso
 
70 
 
24 POLÍTICA AMBIENTAL 
 
Fonte: addn.com.br 
Política Ambiental é um conjunto de ações ordenadas e práticas tomadas por 
empresas e governos com o propósito de preservar o meio ambiente e garantir o 
desenvolvimento sustentável do planeta. Esta política ambiental deve ser norteada 
por princípios e valores ambientais que levem em consideração a sustentabilidade. 
Atualmente, quase todos os governos e grandes empresas possuem políticas 
ambientais. Além de mostrar para os cidadãos e consumidores quais são os princípios 
ambientais seguidos, as políticas ambientais servem para minimizar os impactos 
ambientais gerados pelo crescimento econômico e urbano. 
Estas políticas são, portanto, importantes instrumentos para a garantia de um 
futuro com desenvolvimento e preservação ambiental. São também fundamentais 
para o combate ao aquecimento global do planeta (verificado nas últimas décadas), 
redução significativa da poluição ambiental (ar, rios, solo e oceanos) e melhoria na 
qualidade de vida das pessoas (principalmente dos grandes centros urbanos). 
24.1 Ações práticas de uma política ambiental(exemplos) 
Adoção de processos de reciclagem; Ações que visem à redução do consumo 
de energia; Ações práticas para evitar o desperdício de água, incentivando o seu 
consumo racional; Planejamento urbano adequado por parte dos governos (nestas 
ações são importantes a preservação de áreas verdes e projetos de arborização 
 
71 
 
urbana); Uso, sempre que possível, de fontes de energia limpa como, por exemplo, 
eólica e solar; As empresas que geram qualquer tipo de poluição em seu processo 
produtivo devem adotar medidas eficazes para que estes poluentes não sejam 
despejados no meio ambiente (ar, rios, lagos, oceanos e solo); As empresas devem 
criar produtos com baixo consumo de energia e, sempre que possível, usar materiais 
recicláveis; Criação de projetos governamentais voltados para a educação ambiental, 
principalmente em escolas; Implantação das normas do ISO 14000 e obtenção do 
certificado. 
25 DIREITO AMBIENTAL, PRINCÍPIOS PRÓPRIOS DO DIREITO AMBIENTAL 
O Direito Ambiental é referido como um dos chamados "direitos de terceira 
geração", juntamente com o direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito de 
propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e o direito de comunicação. 
Possui como princípios a finalidade básica de proteger a vida em quaisquer das 
formas em que está se apresente e, para garantir um padrão de existência digno para 
os seres humanos, desta e das futuras gerações. Tem ainda o propósito de conciliar 
a pretensão da sociedade de evoluir tecnologicamente e socialmente, com a 
necessidade de garantir a preservação do equilíbrio ambiental, situação referida na 
doutrina e na própria legislação ambiental como sustentabilidade. 
Os princípios jurídicos ambientais podem ser implícitos e explícitos. Explícitos 
são aqueles que estão claramente escritos nos textos legais e, fundamentalmente, na 
Constituição da República. Implícitos serão aqueles que decorrem do sistema 
normativo, em que pese não se encontrem escritos. Isso equivale a dizer que, no 
ordenamento jurídico brasileiro, deve-se buscar os princípios ambientais, primeiro, em 
nossa Carta Constitucional, sem prejuízo de alcançá-los nas normas 
infraconstitucionais e nos fundamentos éticos e valorativos que, antes de tudo, devem 
nortear as relações entre o homem e as demais formas de vida ou de manifestação 
da natureza. 
O Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio tem berço no art. 225, 
caput da Constituição da República. Este princípio busca garantir a utilização 
continuidade dos recursos naturais, que apesar de poderem ser utilizados, carecem 
de quatro proteções, para que também possam ser dispostos pelas futuras gerações. 
 
72 
 
Para tanto é necessário que as atuais gerações tenham o direito de não serem postas 
em situações de total desarmonia ambiental. 
Temos o direito de viver em um ambiente sadio e livre de poluição sobre 
qualquer das formas, sem que sejamos postos diante de situações que acarretem 
prejuízos à qualidade de vida, em razão de posturas contrárias aos dogmas de 
preservação do meio ambiente. 
Trata-se de um dos mais importantes princípios do Direito Ambiental, tanto no 
âmbito nacional, como no internacional. Tanto é que a Declaração de Estocolmo de 
1972 trouxe como direito fundamental do ser humano, a garantia de condições de vida 
adequadas, em um meio ambiente de qualidade, suficiente para assegurar o bem-
estar. 
Na Conferência do Rio, realizada em 1992 da Cidade do Rio de Janeiro, o 
Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio foi reconhecido como o direito 
dos seres humanos a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza. 
Este princípio, que reputamos ser o mais importante a sustentar o Direito Ambiental, 
deve ser lido como um alerta ao aplicador das normas ambientais. Isto porque além 
de representar uma garantia ao ser humano, representa também a exigência de que 
o administrador público destine especial atenção à preservação do meio ambiente nas 
mais diversas formas apresentadas pela legislação ambiental. 
Neste sentido e, por sua topografia no texto constitucional, o Princípio do Direito 
Humano Fundamental ao Meio Ambiente Sadio deve ser interpretado como a 
necessidade de o Estado focar suas ações em medidas de preservação, apenas 
acolhendo subsidiariamente outras medidas de repressão ou de recomposição dos 
prejuízos ambientais. 
25.1 Lei de Política Nacional do Meio Ambiente 
A Lei nº 6.938/81, recepcionada pela Constituição da República de 1988, cuida 
da Política Nacional do Meio Ambiente. Esta lei aponta uma séria de medidas de 
ordem administrativa e civil, que à época de sua edição foram tidas como necessárias 
à tutela do meio ambiente. 
 
73 
 
Decerto, como veremos adiante, hoje, outras medidas foram apontadas pelo 
legislador como complementares às já adotadas pela Lei nº 6.938/81, no sentido de 
aprimorar a tutela do meio ambiente. 
A fim de traçar um marco eficaz de atuação da Administração Pública e dos 
particulares na proteção do meio ambiente, a Lei nº 6.938/81, além de apontar a 
estrutura de alguns órgãos públicos, trouxe ainda os denominados instrumentos de 
política ambiental. 
O art. 9º da Lei nº 6.938/81 aponta os instrumentos de política ambiental, são 
eles: padrões de qualidade ambiental, zoneamento ambiental, avaliação dos impactos 
ambientais, licenciamento ambiental, incentivos às tecnologias voltadas para a 
proteção do meio ambiente, criação de espaços territoriais protegidos, sistema 
nacional de informações ambientais, cadastro técnico federal, penalidades 
disciplinares e compensatórias, concessão florestal e servidão florestal (Lei nº 
11.284/06). 
O art. 6º da Lei nº 6938/81 traz o Sistema Nacional do Meio Ambiente – 
SISNAMA, assim tido, em síntese, como a congregação dos órgãos e entidades da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como as fundações 
públicas responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental. 
O art. 8º da Lei nº 6.938/198 e o art. 4º do Decreto nº 99274/1990, trazem a 
composição do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, órgão integrante 
do SISNAMA e que tem várias competências em matéria ambiental. 
Dentre suas competências, damos destaque a duas, que vêm sendo objeto de 
questionamento pelos examinadores, são elas: 
A competência de editar normas e critérios de licenciamento ambiental (arts. 
8º, I da Lei nº 6.938/1981 e 7º, I do Decreto nº 99.274/1990) e a; de decidir, como 
última instância administrativa, sobre as penalidades aplicadas pelo IBAMA (art. 8º, III 
da Lei nº 6.938/1981 e 7º, III do Decreto nº 99.274/1990). 
25.2 Licenciamento ambiental 
A norma ambiental é bem clara ao apresentar as atividades e empreendimentos 
que se submetem ao prévio licenciamento ambiental. Neste sentido, temos o art. 10 
da Lei nº 6.938/81, cuja redação adiante é apontada: 
 
74 
 
“A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e 
atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente 
poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação 
ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, 
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, 
sem prejuízo de outras licenças exigíveis”. 
Na mesma linha, temos o art. 2º da Resolução CONAMA n° 237/1997, cujo 
texto abaixo transcrevemos: 
“Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e 
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais 
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos 
capazes, sob 18 qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de 
prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças 
legalmente exigíveis.”Em resumo, submetem-se ao prévio licenciamento ambiental qualquer 
atividade ou empreendimento passível de causar poluição, independentemente de 
quem as desempenhe. 
26 DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL 
Segundo NUNES (2005), desde o seu surgimento, o Direito Ambiental vem 
ganhando força na legislação brasileira com o intuito de se garantir o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado. Este fato se deve ao desenvolvimento econômico que 
vem ocorrendo no país desde a época da colonização, com a exploração da riqueza 
natural existente em solos brasileiros de forma rudimentar e predatória com o lema de 
que “para crescer é necessário destruir”. 
Paulo de Bessa Antunes defende que o Direito Ambiental é um fenômeno 
recente em todos os países, não possuindo mais do que quarenta anos. 
(ANTUNES, 2010, apud SANTOS, 2012). 
A má utilização dos recursos naturais e o uso inadequado das atividades 
humanas juntamente com o avanço tecnológico têm contribuído para o aumento de 
danos ao meio ambiente, em escala cada vez maior, ocasionando assim um 
 
75 
 
comprometimento à saúde e à qualidade de vida tanto das presentes como das futuras 
gerações. 
Os problemas ambientais brasileiros, vividos mais gravemente de meados do 
século XX até os dias atuais, são sobras da visão equivocada de desenvolvimento 
perpetrada pelas gerações passadas e que, talvez, não dispunham de mecanismos 
para dimensionar a situação hoje suportada pelas presentes gerações. (NUNES, 
2005, p27). 
O grande caos vivido pela sociedade nos dias de hoje é resultado da falta de 
conhecimento dos povos de antigamente. A mentalidade de uma sociedade focada 
somente na ideia de que é necessário se desenvolver e que para isso acontecer não 
importam as consequências de suas atitudes fizeram com que as gerações de hoje, e 
consequentemente as futuras enfrentem problemas gravíssimos na luta pela 
sobrevivência e na luta pelo seu bem-estar. 
“O principal desafio deste século – para os cientistas sociais, os cientistas da 
natureza e todas as pessoas – será a construção de comunidades 
ecologicamente sustentáveis, organizadas de tal modo que suas tecnologias 
e instituições sociais – suas estruturas materiais e sociais – não prejudiquem 
a capacidade intrínseca da natureza de sustentar a vida” (CAPRA, 2005, 
apud NASCIMENTO, 2009). 
Uma sociedade que buscou apenas os próprios interesses na luta pelo 
crescimento ocasionou os problemas que a nossa geração tem vivido e para isso 
foram necessárias medidas para que esses problemas não se tornassem 
catastróficos. 
Como resultado dessas medidas o sistema jurídico brasileiro passou a ser 
composto por normas jurídicas infraconstitucionais que visam à preservação do meio 
natural, entre elas a Lei nº 4.771/65 (Código Florestal) que estabelece que as florestas 
e demais vegetações que existem no território nacional são bens de interesse comum 
da sociedade e que o direito de propriedade deve ser exercido observando-a; a Lei nº 
6.902/81 (Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental) que dispõe sobre a 
criação pelo governo federal, pelos estados e municípios, de Estações Ecológicas e 
Áreas de Proteção Ambiental e as permissões para a exploração desses solos; a Lei 
nº 9.433/97 (Lei dos Recursos Hídricos) que criou o Sistema Nacional de Recursos 
Hídricos e instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, e a Lei nº 9.605/98 (Lei 
 
76 
 
dos Crimes Ambientais) que para as condutas lesivas ao meio ambiente estabelece 
sanções penais e administrativas e dá outras providências aos crimes ambientais. 
Uma lei importante e que merece destaque é a Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 
1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos 
de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente, cria o 
Conselho Nacional do Meio Ambiente e institui o Cadastro Técnico Federal de 
Atividades e instrumentos de Defesa Ambiental. A respeito desta Lei o autor Gleucio 
Santos Nunes (2005, p. 31) assim conclui: 
Suas virtudes podem ser sintetizadas na definição do conceito de poluição e 
poluidor, bem como no estabelecimento de diretrizes a serem implementadas 
pelo Poder Público e pela sociedade, a fim de minimizarem-se os efeitos da 
exploração predatória dos recursos naturais. (NUNES, 2005, apud EDDINE, 
2009) 
Porém somente a partir de 5 de outubro de 1988, com a promulgação da 
Constituição Federal brasileira, que “o meio ambiente passou a ser formalmente 
considerado um bem jurídico.” (NUNES, p. 33). Os artigos 1º a 4º da Constituição 
Federal estabelecem princípios fundamentais a serem observados pelo Estado 
Democrático de Direito, dentre eles: 
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em 
Estado Democrático de Direito e tem como fundamento: 
I – a soberania 
II – a cidadania; 
III – a dignidade da pessoa humana; 
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V – o pluralismo político. 
De acordo com Celso Antônio Pacheco Fiorillo e Renata Marques Ferreira 
(2005, p. 4 e 5) é necessário que esses fundamentos elencados no art. 1º da Carta 
Magna sejam obedecidos a fim de existir um direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado. Para eles, “a pessoa humana é verdadeira razão de ser do direito 
ambiental brasileiro.” 
O fundamento da soberania, primeiro inciso do artigo citado pressupõe que “O 
direito ambiental está situado dentro de nosso poder de fazer e anular leis de forma 
exclusiva em nosso território, organizando nossa racionalização jurídica.” 
 
77 
 
O segundo fundamento é o da cidadania, que pressupõe a dignidade social a 
todos os brasileiros e estrangeiros no país, “independentemente da inserção 
econômica, social, cultural e política.” 
A dignidade da pessoa humana é o terceiro inciso do artigo 1º da Constituição 
e assegura que “O direito ambiental brasileiro é construído a partir da dignidade da 
pessoa humana.” 
O quarto fundamento constitucional dos valores do trabalho e da livre iniciativa 
garante que: 
A economia capitalista que visa à obtenção do lucro estará sempre presente 
nas relações jurídicas ambientais, balizada pelos valores maiores e 
superiores da dignidade da pessoa humana, o que significa harmonizar a 
ordem econômica com a defesa do meio ambiente. (art. 170, VI, da 
Constituição Federal). (FIORILLO, e FERREIRA, 2005, p. 4). 
E por último temos o quinto fundamento que é o pluralismo político que 
“depende das formas de controle ligadas as estruturas de poder dentro do Estado 
Democrático de Direito.” 
Além desses fundamentos a serem observados na aplicação de normas 
ambientais dispostas nos primeiros artigos da Carta Magna, podemos nos direcionar 
especificamente ao estudo do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, em seu 
título VIII, que tratou de cuidar especialmente em seu Capítulo VI da matéria do meio 
ambiente: 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações. § 1º - Para assegurar a efetividade desse 
direito, incumbe ao poder público: 
I - Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo 
ecológico das espécies e ecossistemas; 
II - Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e 
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus 
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
 
78 
 
IV - Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmentecausadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto 
ambiental, a que se dará publicidade; 
V - Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos 
e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente; 
VI - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 
VII - Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que 
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou 
submetam os animais à crueldade (...). 
Com o decorrer dos anos é possível perceber que a defesa e proteção ao Meio 
Ambiente têm recebido especial destaque no território brasileiro, por intermédio da 
criação de leis, projetos de leis e decretos. São decisões que consagram a sua 
preservação de modo cada vez mais minucioso, dando poder não a um ente da 
federação apenas, mas atribuindo à União, Estados, Municípios e Distrito Federal 
competência para legislarem sobre a matéria ambiental. São normas e diretrizes 
estabelecidas para que a qualidade de vida em nosso território seja garantida de forma 
igualitária a todas as pessoas que habitam e desfrutam de todos os elementos que 
constituem o meio ambiente que os cercam. 
26.1 Princípios fundamentais do direito ambiental brasileiro 
Com relação aos princípios inerentes ao Direto Ambiental presentes no art. 225 
da Carta Magna, uma breve análise será feita. Esses princípios são fundamentos de 
sistemas de governo e têm sido adotados internacionalmente diante da necessidade 
de se preservar a natureza, com o objetivo de se garantir uma melhoria na qualidade 
de vida planetária. É também com a finalidade principal de se alcançar um meio 
ecologicamente equilibrado que os Estados os têm colocado em prática. 
A seguir, o entendimento de Celso Antônio Pacheco Fiorillo em sua obra Curso 
de Direito Ambiental Brasileiro de 2001: 
Aludidos princípios constituem pedras basilares dos sistemas político 
jurídicos dos Estados civilizados, sendo adotado internacionalmente como 
 
79 
 
fruto da necessidade de uma ecologia equilibrada e indicativos do caminho 
adequado para a proteção ambiental, em conformidade com a realidade 
social e os valores culturais de cada Estado. (FIORILLO, 2001, ps. 22 e 23). 
Os princípios do direito ambiental na Constituição Federal podem ser tratados 
como princípios da Política Global do Meio Ambiente, conforme FIORILLO (2001), 
pois se tratam de “princípios genéricos e diretores aplicáveis à proteção do meio 
ambiente.” 
A formação de um sistema de gerenciamento dos riscos ambientais decorre 
das irritações provocadas por uma nova sociedade industrial, produzindo 
desvios nas estruturas jurídicas vigentes em ressonância aos ruídos do 
ambiente. (DE CARVALHO, 2009, apud OLIVEIRA, 2012). 
27 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS 
 
Fonte: grupossolos.com 
Restauração: O termo "restauração" refere-se ao objetivo de reproduzir 
exatamente a condição original do local antes de ser alterado pela intervenção. Um 
exemplo de restauração é o plantio misto de espécies nativas para regenerar a 
vegetação original, de acordo com as disposições do Código Florestal. 
Restauração: O conceito de restauração está ligado à ideia de que o local alterado 
deve ter qualidades próximas às do anterior, restabelecendo o equilíbrio dos 
processos ambientais. Os sistemas agroflorestais regenerativos (SAF), constituídos 
por sistemas de produção diversificados com estrutura semelhante à vegetação 
 
80 
 
original, têm sido utilizados com sucesso na região norte do país para restaurar áreas 
degradadas por pastagens. 
Reabilitação: Reabilitação é um recurso utilizado quando a melhor solução (ou 
talvez a única viável) é o desenvolvimento de uma atividade alternativa adequada ao 
uso humano, ao invés de restaurar a vegetação original, mas desde que planejada de 
tal forma que tenha nenhum impacto negativo sobre o meio ambiente. A conversão 
da agricultura convencional para o sistema agroecológico é uma importante forma de 
reabilitação que melhora a qualidade do meio ambiente e dos 
alimentos produzidos. 
27.1 Áreas degradadas: formas e exemplos de degradação 
Até 1920, à exceção das secas do Nordeste, a água no Brasil não 
representou problemas ou limitações. A cultura da abundância atualmente 
prevalecente teve origem nesse período. Ao longo da década de 70 e mais 
acentuadamente na de 80, a sociedade começou a despertar para as 
ameaças a que estaria sujeita se não mudasse de comportamento quanto ao 
uso de seus recursos hídricos. Foram instituídas nesses anos várias 
comissões interministeriais para encontrar meios de aprimorar o sistema de 
uso múltiplo dos recursos hídricos e minimizar os riscos de comprometimento 
de sua qualidade, principalmente no que se refere às futuras gerações, pois 
a vulnerabilidade desse recurso natural já começava a se fazer sentir. 
(RODRIGUEZ, 1998, apud MORAES, 2002). 
Em geral, qualquer mudança induzida pelo homem no meio ambiente acaba 
levando a alguma forma de degradação ambiental. Ao pesquisar a produção desse 
material, constatamos que as definições de área degradada e degradação ambiental 
variam muito por referência. 
O Guia de Recuperação de Áreas Degradadas, editado pela SABESP, (2003, 
p. 4) define degradação ambiental como “as mudanças que a sociedade impõe aos 
ecossistemas naturais que alteram (deterioram) e assim comprometem suas 
propriedades físicas, químicas e biológicas , a qualidade de vida das pessoas.” 
Em “Meio Ambiente: Aplicação do Direito”, Neves e Tostes (1992, pp.20) 
definem o ato de menosprezar da seguinte forma: “Desprezar significa estragar, 
estragar. É o processo de transformação do meio ambiente que leva à perda de suas 
qualidades benéficas e até mesmo à sua extinção." Os autores apontam que ao longo 
do tempo tanto os engajados em atividades econômicas quanto o poder público têm 
causado degradação ambiental. Quanto ao estado, são citadas 
 
81 
 
fontes de degradação: empresas estatais poluentes, má gestão sanitária e incentivos 
fiscais para atividades degradantes (como observado na promoção da pecuária na 
Amazônia).. 
Já Luís Enrique SÁNCHEZ (2001) define a degradação do solo, como um 
termo mais amplo do que poluição (do solo), englobando: “(I) a perda de 
matéria devido à erosão ou a movimentos de massa, (II) o acúmulo de matéria 
alóctone (de fora do local) recobrindo o solo, (III) a alteração negativa de suas 
propriedades físicas, tais como sua estrutura ou grau de compacidade, (IV) a 
alteração das características químicas, (V) a morte ou alteração das 
comunidades de organismos vivos do solo”. (SÁNCHEZ, 2001, apud PIOLLI, 
2004, p. 8) 
Todos esses tipos de degradação abordados por Sánchez podem ser 
amplificados no caso do desmatamento de áreas perenes, o que justificaria a 
importância de restaurar a vegetação original dessas áreas o mais rápido possível. 
O Ambiente Urbano Degradado: Nas áreas urbanas, o simples fato de grande parte 
das áreas serem desmatadas já é um grave problema ambiental, mas as cidades 
acumulam muitos outros problemas ambientais. Veículos movidos a combustíveis 
fósseis liberam toneladas de partículas poluentes no ar, que afetam o funcionamento 
de todos os ambientes ao seu redor e são a causa de vários problemas de saúde para 
as pessoas. Outra consequência do uso de combustíveis fósseis é a formação de 
ácidos a partir de óxidos de carbono e enxofre, que levam à chuva ácida. Esse 
fenômeno altera negativamente os ecossistemas aquáticos e prejudica a agricultura e 
as florestas. Especialistas nesta área vêm alertando as autoridades e a sociedade 
para a necessidade urgente de replanejar a destinação de todos os resíduos sólidos 
há algum tempo. O modo de vida nas cidades tem causado sérios problemas devido 
à produção excessiva de resíduos, que inutilizam e poluem grandes áreas.A questão 
dos aterros sanitários e da disposição em aterros é um problema sério para todos os 
municípios. Crescem as preocupações com o destino desses resíduos: em vez de 
causar danos sociais e ambientais, os resíduos podem gerar lucros. A criação de 
cooperativas de “coletores de lixo” é um exemplo de solução que combina o sustento 
econômico de muitas famílias com a preservação do meio ambiente. 
Outro grave problema nos centros urbanos é o lançamento de efluentes 
domésticos e industriais, que é considerado a principal forma de poluição das águas. 
O alerta dos ambientalistas sobre a necessidade de tratamento adequado também 
não é novo. Mas mesmo nos países ricos, a restauração dos rios começou nos últimos 
 
82 
 
anos, e ainda há muito a ser feito. O Rio Tietê, em São Paulo, talvez seja o exemplo 
mais claro desse problema, onde bilhões de dólares estão sendo investidos para 
reparar os danos causados pela atividade humana. 
27.2 Planejamento Urbano Influindo na degradação ambiental 
A falta de planejamento nas grandes cidades provoca uma mudança brusca no 
ciclo natural da água e gera uma série de problemas ambientais. As inundações são 
as mais comuns. A falta de espaços verdes, a impermeabilização do solo e a 
canalização de rios e córregos são apontadas como as principais causas das 
inundações. Além disso, o acúmulo de dejetos despejados nos cursos d'água pelo 
homem provoca o assoreamento do leito do rio, agravando o problema das enchentes 
e reduzindo as chances de vida de inúmeras espécies. Por isso, projetos de 
reabilitação e reflorestamento (não apenas nas margens dos rios) nas cidades são 
essenciais para o equilíbrio ecológico e o bem-estar social, a fim de garantir um 
equilíbrio hídrico próximo à natureza. Resíduos industriais: Todos os dias, a indústria 
joga na água toneladas de substâncias que não podem ser decompostas por 
processos naturais e consequentemente se acumulam nos seres vivos. Os chamados 
metais pesados. Os resíduos industriais ainda podem se acumular no solo, tornando 
grandes áreas impróprias para a maioria das atividades humanas. A recente 
contaminação do solo no condomínio do Município de Paulínia é apenas um exemplo 
das consequências desse tipo de degradação: quando o problema foi descoberto, 
dezenas de pessoas já estavam irreversivelmente contaminadas pela ingestão de 
frutas e hortaliças produzidas em terrenos contaminados. 
O Modelo Agropecuário: Os impactos negativos das atividades agropecuárias 
decorrentes da chamada Revolução Verde são há muito debatidos. Nesse modelo de 
agricultura, o uso de fertilizantes industriais, herbicidas e inseticidas tem poluído o 
meio ambiente, além de contaminar os alimentos com substâncias tóxicas. A 
monocultura assumida neste modelo, além de depender de constantes intervenções 
que causam contaminação e erosão do solo, provoca a redução da biodiversidade 
local e em muitos casos põe em risco o patrimônio genético da agricultura. Para se ter 
uma ideia da influência da expansão da fronteira agrícola na destruição ambiental, 
segundo o Ministério do Meio Ambiente 33 a vegetação do cerrado no alto curso do 
 
83 
 
rio Xingu e seus afluentes já foi destruído. A bacia do rio Xingu atravessa dois 
importantes biomas brasileiros, o Cerrado e a Floresta Amazônica, abrangendo uma 
área de 2.600 hectares, e o principal vetor dessa taxa de degradação é o modelo de 
atividade agrícola introduzido a década de 60. 
Diversas alternativas têm sido desenvolvidas para criar formas mais saudáveis 
de produção de alimentos e com menor impacto ao meio ambiente. Permacultura, 
sistemas agroflorestais, agricultura biodinâmica e controle biológico de pragas são 
algumas das formas mais importantes de produção agrícola - comumente referida 
como agricultura orgânica ou agroecológica - que respeitam o meio ambiente e a 
saúde humana. No entanto, a transversalização e viabilidade da agroecologia 
encontra forte resistência dos céticos e principalmente dos grandes grupos 
empresariais que se beneficiam de toda a gama de produtos industriais (tratores, 
sementes, fertilizantes e defensivos) que acompanham o modelo da Revolução Verde. 
O investimento em pesquisa e divulgação dos benefícios e métodos da agricultura 
orgânica ainda é necessário para reduzir efetivamente o impacto desastroso da 
atividade agrícola convencional. Acrescente-se que 
da safra 2004/2005 de soja foram plantadas com sementes transgênicas. 
Erosão: O problema da erosão, quase sempre como resultado de algum tipo 
de degradação ambiental, pode levar a uma maior deterioração à medida que se 
desenvolve, tais como: B. o assoreamento dos rios e a perda de terras agrícolas. 
Práticas agrícolas incorretas e desmatamento indiscriminado podem ser identificados 
como os principais culpados pelos processos erosivos. Nesses casos, o 
reflorestamento e as mudanças nos sistemas agrícolas podem aliviar 
significativamente o problema; 
Nas áreas rurais, vários fatores se combinam para determinar a intensidade 
desse processo de erosão. Dentre eles podemos destacar: índice pluviométrico; 
propriedades do solo (textura e estrutura); inclinação e tamanho do brinco; tipos de 
uso e manejo da terra; Práticas de Conservação Adotadas (um conjunto de práticas 
para reduzir a erosão). 
Nas áreas urbanas, a erosão pode ser ainda mais devastadora: deslizamentos 
de terra nas encostas ceifam milhares de vidas e deixam milhares de desabrigados, 
rios lamacentos e não apenas transmitem danos, mas também doenças contagiosas. 
 
84 
 
Para mitigar esses problemas, o reflorestamento é urgentemente necessário, pelo 
menos em áreas críticas e de conservação permanente. 
28 A IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR 
 
Fonte: ecodebate.com.br 
A quantidade de água que entra em contato com o solo é um dos fatores 
determinantes no processo de erosão; As margens dos rios são, portanto, 
extremamente vulneráveis, o que pode levar a sérios danos, como assoreamento e 
perda de solo para a agricultura. Na natureza, ao longo dos anos, o plantio de 
vegetação nas margens dos rios tem sido essencial para a estabilização e existência 
dos leitos dos rios: as matas da Ribera, assim chamadas devido à semelhança do 
efeito que as abas têm no olho proteção. As florestas aluviais também funcionam 
como um filtro natural para possíveis resíduos de produtos químicos, fertilizantes e 
pesticidas, bem como do próprio processo de erosão. As águas correntes com 
florestas aluviais intactas são menos afetadas por esses agentes. Formam longos 
corredores de vegetação ao longo dos rios e contribuem para a preservação da 
biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas. 
O Brasil é, a nível mundial, um dos países de maior biodiversidade, haja vista 
que apresenta cerca de 10% dos organismos existentes no mundo e 30% das 
florestas tropicais (MITTERMEIR et al., 1992, apud COSTA, 2014). 
 
85 
 
28.1 Formas de recuperação da mata ciliar 
O processo de assentamento lento e gradual de organismos em um 
determinado local é chamado de sucessão ecológica. Caso esse processo ocorra em 
uma área anteriormente desabitada, fala-se de uma sucessão primária; No caso de 
assentamento de organismos em área já constituída como ecossistema, tal. B. uma 
área de floresta desmatada ou queimada, falamos de uma sucessão secundária. 
A sucessão primária pode ocorrer em rochas desabitadas, em áreas cobertas por lava 
vulcânica resfriada ou em telhados antigos. A falta de nutrientes orgânicos impede a 
sobrevivência de organismos heterotróficos (que não produzem seu próprio alimento), 
e a falta de nutrientes inorgânicos dificulta a sobrevivência de grandes organismos 
autotróficos (que produzem seu alimento). Os primeiros organismos a se 
desenvolverem nessas condições, devido à sua capacidade de sintetizar matéria 
orgânica e seu pequeno tamanho, são os líquens, cianobactérias e musgos, 
chamados de organismos pioneiros, que juntamentecom os consumidores e 
decompositores dessas criaturas formam as comunidades pioneiras. 
Com o tempo, a decomposição de fezes, tecidos e organismos mortos produz 
nutrientes inorgânicos, como nitratos e fosfatos, que permitem que gramíneas, ervas 
daninhas, invertebrados e pequenos vertebrados sobrevivam. Esses organismos 
formam as chamadas comunidades ou seres intermediários. 
As comunidades ou seres intermediários favorecem o desenvolvimento das árvores 
da vegetação "adulta" (geralmente de ciclo de vida longo), que formam as 
comunidades clímax. O processo de sucessão secundária, por outro lado, ocorre em 
locais previamente assentados cujas comunidades saíram do estágio de pico devido 
às mudanças climáticas, invasão humana (como em uma área desmatada ou 
queimada), ou devido à queda de uma árvore em a floresta abrindo uma clareira na 
floresta. Nesses casos, a sucessão emana das intercomunidades (seres), e na 
ausência de perturbações ambientais – como fogo, poluição do ar e do solo, 
agrotóxicos e novos desmatamentos – a comunidade fica livre para se desenvolver 
até o clímax, conforme descrito para sucessão primária 
No entanto, quase sempre ocorrem fatores ambientais disruptivos que 
impedem o processo de sucessão natural e às vezes até o impedem. A duração desse 
processo é muito longa e pode ultrapassar 60 anos para alguns tipos de ambientes, 
 
86 
 
mesmo na ausência de problemas ambientais. Estudar os detalhes do processo de 
sucessão ecológica é, portanto, fundamental para que possamos apoiar positivamente 
o processo dinâmico de desenvolvimento da vegetação, seja aumentando a taxa de 
regeneração da vegetação ou contornando distúrbios ambientais. Um fator importante 
a ter sempre em mente é que as espécies de árvores têm necessidades e resistências 
diferenciadas à luz solar. 
Algumas espécies só se desenvolvem sob luz solar direta durante todo o seu 
ciclo de vida (são árvores pioneiras). Essas plantas são interessantes para iniciar o 
processo de recuperação e fornecer sombra para as árvores que precisam de menos 
luz. As árvores predominantes na vegetação adulta (clímax), chamadas de clímax, 
apresentam uma tolerância à luz muito baixa durante seu desenvolvimento. Um 
terceiro grupo, os secundários, que requerem mais luz do que os climáticos 
, não toleram tanta luz quanto os pioneiros. As árvores secundárias são, em alguns 
casos, divididas em grupos de acordo com sua tolerância à luz (que pode ser maior 
ou menor). Mais detalhes sobre essas características são abordados no próximo 
capítulo: Reflorestamento. 
29 PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA O SUCESSO DO REFLORESTAMENTO, 
SELEÇÃO DE ESPÉCIES. 
Para a restauração da mata nativa, devem ser utilizadas apenas espécies 
originais do local, pois além de restaurar mais fielmente o ambiente original, as plantas 
nativas têm muito mais oportunidades de adaptação ao meio ambiente. Quando se 
trata de restauração de mata ciliar, alguns cuidados especiais precisam ser tomados, 
como: Ex.: condições do solo; elevação do nível do rio; Seleção das espécies mais 
adequadas e seu ciclo de vida. As matas ciliares são muitas vezes sujeitas a 
inundações temporárias, portanto, não basta selecionar espécies nativas da região, é 
preciso se adaptar às condições específicas desse ambiente. 
Outro fator a considerar são as raízes das plantas. Muitos deles atingem o lençol 
freático, portanto, as espécies selecionadas devem ser capazes de lidar bem com 
essas situações. 
 
87 
 
30 PRINCIPAIS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 
 
Fonte: cebds.org 
Os indicadores de sustentabilidade empresarial visam aferir a participação das 
empresas nas ações de sustentabilidade ambiental. O objetivo é que as empresas 
contribuam para a preservação do meio ambiente da comunidade a que pertencem e, 
como consequência, haja um acúmulo de boas práticas que melhorem ou gerem mais 
ações para sustentabilidade e preservação do meio ambiente ao redor do mundo. Os 
indicadores funcionam como termômetros para medir o grau de participação das 
empresas e dos grupos empresariais quanto a critérios ideais de sustentabilidade. A 
sustentabilidade nos negócios baseia-se nas óticas econômica, ambiental e social, 
que, uma vez combinadas estrategicamente, são capazes de reduzir os impactos 
gerados por suas operações ao ambiente e às comunidades. Isso torna seus 
colaboradores mais felizes e, a médio prazo, acrescenta valor ao negócio, já que os 
investidores geralmente optam por direcionar recursos a empresas vistas com bons 
olhos pela comunidade. Leia a seguir sobre cada uma dessas óticas (SOUZA, 2021). 
Ótica econômica 
Está relacionada ao crescimento sustentável de uma empresa em que há 
respeito pelos recursos naturais. A empresa que tem preocupação com o seu 
crescimento sustentável reduz progressivamente o uso desenfreado de recursos 
naturais durante o seu ciclo de produção, evita desperdícios e tende a distribuir a 
riqueza gerada de forma mais igualitária. Os indicadores utilizados pela gestão das 
 
88 
 
empresas estão relacionados aos objetivos desta e podem se referir a diversos 
aspectos do negócio, como nível de satisfação dos clientes, produtividade dos 
colaboradores, desempenho comercial, etc. Alguns indicadores econômicos são 
importantes para medir e acompanhar como está o desempenho da empresa em 
termos econômicos, sendo os mais comuns os de liquidez, rentabilidade e 
endividamento. Considerando avaliar a empresa exclusivamente pelo aspecto 
econômico, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) 
recomenda a implantação dos indicadores: necessidade de capital de giro (NCG), 
endividamento (%) e estrutura de endividamento (%), volume de negócios/ passivo, 
liquidez geral e reduzida, rentabilidade líquida e operacional de vendas, rentabilidade 
operacional de ativo, rentabilidade dos capitais próprios, EBITDA, EBITDA/gastos 
financeiros, dívida financeira/EBITDA e valor adicionado bruto. 
Ótica ambiental 
Corresponde à minimização dos impactos ambientais negativos decorrentes da 
operação empresarial, com objetivo de criar impactos positivos. Para tanto baseia-se 
nas boas práticas utilizadas durante o clico de vida do produto e dentro da estrutura 
interna da organização. No entanto, a sustentabilidade ambiental não deve ser 
encarada como uma estratégia de marketing, porque deve ser uma preocupação com 
a preservação e a continuidade dos recursos naturais. Um exemplo é o cuidado com 
a continuidade das matérias-primas que a empresa utiliza no processo produtivo. Uma 
investigação sobre métodos de extração mais sustentáveis, por exemplo, diminui a 
possibilidade de escassez ou de aumento de custo no futuro. Os indicadores de 
sustentabilidade ambiental utilizados pelo mercado são os seguintes: ciclo de vida e 
qualidade do produto, saúde ambiental, uso de equipamento, quantidade de água, 
energia e materiais usados, além de materiais reutilizados/reciclados, pegada de 
carbono e necessidades de transporte (medido em emissões de CO₂) (BUSINESS AT 
SPEED, c2020). 
Ótica social 
Por essa ótica, a preocupação é promover uma relação sustentável entre a 
empresa e a comunidade. Isso porque as empresas, de alguma forma, geram um 
impacto não só em seus funcionários, trabalhadores da cadeia de valor e clientes, 
mas também nessas comunidades onde estão inseridas. Por isso, é importante 
promover o bem-estar das pessoas e da sua respectiva comunidade, tornando-as 
 
89 
 
mais felizes com desenvolvimento e ações sociais sustentáveis de apoio ao meio 
ambiente. São exemplos de indicadores de sustentabilidade social: ações de 
voluntariado, programas de apoio à comunidade, investimento em intervenção na 
comunidade, impacto social das intervenções (SROI), criação de postos de trabalho e 
iniciativas de apoio às famílias dos colaboradores (BUSINESS AT SPEED, c2020). 
Uma empresa considerada sustentávelé aquela que considera não só suas 
oportunidades de negócio, mas também seus riscos sociais e ambientais. Uma 
organização empresarial com princípios éticos minimiza seu impacto ambiental e 
respeita a comunidade em que está inserida. Segundo a Comissão Mundial para o 
Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas (WCED), uma empresa com 
desenvolvimento sustentável é a “[…] que responde às necessidades do presente 
sem comprometer a capacidade das futuras gerações responderem às suas próprias 
necessidades” (BUSINESS AT SPEED, c2020, documento on-line). Já a Organização 
da Nações Unidas (ONU) afirma que uma empresa deve assegurar os cinco aspetos 
a seguir para ser sustentável (BUSINESS AT SPEED, c2020). 
1. Ter responsabilidade e estar alinhada com os princípios universais. 
2. Promover ações apoiando a sociedade. 
3. Comprometer-se com a sustentabilidade no DNA corporativo, ao nível mais 
elevado. 
4. Publicar relatórios anuais com os seus esforços. 
5. Incentivar o envolvimento com as comunidades locais. Ne seção a seguir, 
acompanhe os tipos de avaliações desenvolvidas pelos indicadores mencionados 
(SOUZA, 2021). 
 
30.1 Avaliações promovidas pelos indicadores de sustentabilidade empresarial 
As avaliações promovidas pelos indicadores de sustentabilidade empresarial 
são baseadas nas mesmas três óticas que vimos na seção anterior: econômica, 
ambiental e social. 
Ótica econômica 
Sob o ponto de vista econômico, podemos citar como indicadores a 
necessidade de capital de giro; o endividamento e a estrutura do endividamento; e o 
 
90 
 
EBITDA. Necessidade de capital de giro (NCG) Representa os recursos financeiros 
investidos em permanência no ciclo operacional da empresa. O cálculo é realizado 
com base na diferença entre os limites dos prazos de pagamento aos fornecedores e 
dos créditos concedidos aos seus clientes. Como resultado, a empresa avalia se há 
ou não necessidade de captar novos recursos para manter sua operação em dia. O 
ideal é que a operação ocorra sem que haja necessidade de captação (SOUZA, 2021). 
A fórmula mais utilizada é: 
NCG = AO – PO 
 
AO (ativo operacional) representa as contas do ativo circulante do balanço 
patrimonial que se relacionam com o ciclo de exploração e operações de curto prazo, 
implicando as necessidades de financiamento, como adiantamento a fornecedores, 
clientes, estoque de matérias-primas, impostos a recuperar, etc.; „ PO (passivo 
operacional) representa as contas do passivo circulante do balanço patrimonial que 
se relacionam com o ciclo de exploração e operações de curto prazo, implicando a 
criação de recursos financeiros, como adiantamento de clientes, fornecedores, 
impostos a recolher e demais credores de exploração; „ NCG > 0 demonstra a 
necessidade de captação de recursos financeiros, seja no mercado, seja com injeção 
de capital por parte dos sócios; „ NCG < 0 demonstra um excedente no ciclo financeiro 
e, por isso, não há necessidade da captação de novos recursos financeiros. Os fatores 
que influenciam na necessidade de captação de recursos incluem o tamanho da 
empresa, o valor da mão de obra, a extensão do ciclo de exploração e o prazo de 
pagamentos acordados com fornecedores e clientes (SOUZA, 2021). 
 
Endividamento e estrutura do endividamento 
 
O endividamento representa o quanto a empresa deve a terceiros. Segundo 
Padoveze (2017), para aferir o quanto a empresa tomou de recursos de terceiros em 
relação ao seu capital próprio, utilizamos a fórmula: Endividamento geral = passivo 
(circulante + não circulante) ÷ patrimônio líquido Em relação à estrutura do indicador 
de endividamento, é importante saber quanto da dívida encontra-se no curto e no 
longo prazo. Para tanto, Ludícibus e Marion (2019), recomendam a avaliação da 
qualidade da dívida e indica a fórmula: Composição do endividamento = PC ÷ capital 
 
91 
 
de terceiros onde: „ PC é o passivo circulante; „ capital de terceiros é passivo exigível 
total = passivo circulante + passivo não circulante; „ a fonte de ambos os valores é o 
balanço patrimonial. EBITDA Segundo Padoveze (2017, p. 465), EBITDA (Earnings 
Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), “[…] é um conceito de geração 
bruta operacional de lucro. Não considera os resultados não operacionais e adiciona 
ao lucro operacional as depreciações e amortizações. Trata-se, portanto, do lucro da 
operação acrescido das amortizações e depreciações”. As informações para o cálculo 
do EBITDA são extraídas da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). Sua 
principal função é mensurar o potencial de geração de lucros. Ótica ambiental Os 
indicadores ambientais representam aspectos sobre meio ambiente, recursos naturais 
que a empresa utiliza e atividades humanas relacionadas. Demonstram como as 
empresas minimizam impactos ambientais negativos decorrentes da sua operação 
empresarial, com o objetivo de criar impactos positivos que atestem as ações. Esses 
indicadores são o ciclo de vida do produto, a saúde ambiental e a pegada carbônica. 
Ciclo de vida de um produto Trata-se de uma ferramenta administrativa que analisa o 
comportamento de um dado produto nas suas principais fases: desenvolvimento, 
introdução, crescimento, maturidade e declínio. Conhecendo essas fases com 
profundidade, a empresa é capaz de identificar em qual delas é possível causar menor 
impacto ao meio ambiente (SOUZA, 2021). 
 
Saúde ambiental 
 
Com esse indicador, mede-se a relação entre meio ambiente e saúde. É 
possível criar indicadores para medir coleta de lixo, queimadas e incêndios florestais, 
solo contaminado ou com suspeita de contaminação, utilização de agrotóxicos, água 
poluída ou contaminada na captação, qualidade da água, etc. Os dados para 
construção dos indicadores dessa natureza podem ser obtidos no IBGE, com a 
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, o Censo Demográfico e a Pesquisa de 
Amostras de Domicílio, e no Sistema Nacional de Saneamento, por exemplo. Pegada 
carbônica (medido em emissões de CO2) Essa medida está relacionada às 
necessidades de transporte, demonstrando que a empresa se dedica à utilização de 
meios de transportes menos poluentes. Segundo Espíndola (2020, p. 9), as ações 
para diminuir a emissão de CO2 por veículos passam, sobretudo, por “[…] metas de 
 
92 
 
eficiência energética, estímulo ao uso de combustíveis mais limpos como os 
biocombustíveis, além da adoção de novas tecnologias como veículos elétricos e 
híbridos”. No Brasil, o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento 
da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto) institui às empresas 
metas de eficiência energética para que se regularizem no novo regime automotivo. 
No entanto, segundo o BNDES (2017 apud SOUZA, 2021). 
 
[…] o aumento da eficiência de novos veículos, ainda que seja capaz de 
reduzir o consumo energético, não será capaz de evitar sozinho o aumento 
da frota veicular mundial e o consequente uso crescente de combustíveis. 
Para isso, mudanças radicais devem ser feitas no setor de transportes, tanto 
no padrão de motorização quanto na transição de combustíveis fósseis para 
fontes mais limpas. […] O etanol conseguiu uma grande penetração no 
mercado brasileiro. Ele é utilizado de forma eficiente em veículos em 
substituição à gasolina e é capaz de reduzir em até 90% das emissões de 
CO2 em comparação com os combustíveis fósseis. 
O Centro Nacional de Tecnologias Limpas SENAI-RS (2003, p. 3) afirma que 
devem ser considerados fatores ambientais importantes para o contexto local e 
regional, ou “[…] recursos naturais críticos que são insumos para a atividade 
desenvolvida, para que os indicadores escolhidos possam propiciar maiores 
benefícios na avaliação do desempenho ambiental da organização”, a exemplo de: 
– Empresas que estejam localizadas em áreas críticas de poluição do ar 
devem considerar as condições atmosféricas para definir seus aspectosambientais relevantes e os indicadores de desempenho. – Uma fábrica que 
produza cerveja ou refrigerantes tem a água como um recurso crítico ou 
relevante, de forma diferente de empresas que utilizam a água em seu 
processo apenas para lavagem de equipamentos e instalações, por isso, 
deve ter indicadores de desempenho relacionados com o consumo de água 
por produto (SENAI-RS, 2003, p. 3). 
Nesse exemplo da água, note que um mesmo recurso pode ser considerado 
um fator crítico para uma determinada atividade empresarial (ela é um ingrediente do 
produto final) e, para outra, ser um mero material de uso. Essa sensibilidade deve 
nortear o gestor na construção dos seus indicadores ótimos. Ótica social O objetivo 
dos indicadores sociais é promover uma relação sustentável entre a empresa e a 
comunidade em que está inserida, ou seja, o bem-estar das pessoas e da sua 
respectiva comunidade, tornando-as mais felizes e promovendo o desenvolvimento 
da comunidade com ações sociais sustentáveis de apoio ao meio ambiente. Sob o 
ponto de vista da macroeconomia, os indicadores sociais são utilizados para designar 
 
93 
 
se os países são desenvolvidos, em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, como o 
índice de mortalidade infantil, a média de expectativa de vida, saneamento básico, 
entre outros. 
No meio empresarial, temos como exemplos o investimento de intervenção na 
comunidade, os postos de trabalho criados e as iniciativas de apoio às famílias dos 
colaboradores. 
Investimento de intervenção na comunidade 
Esse indicador é mais qualitativo do que quantitativo e, para melhor representá-
lo, seguem alguns exemplos de ações desenvolvidas por empresas de grande porte 
e seus investimentos nas respectivas comunidades. Iniciativas de empresas 
socialmente responsáveis Como exemplo de empresas socialmente responsáveis, 
temos a Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa), empresa de mineração, 
metalurgia e recursos florestais. Seu planejamento estratégico inclui reflorestamento 
de eucalipto e diminuição de impactos ambientais oriundos de sua operação. Além 
disso, a empresa mantém a Fundação José Carvalho, que possui um projeto social 
com 12 escolas para crianças no Nordeste do Brasil. Outro exemplo é o Instituto C&A, 
mantido pelas lojas C&A, que trabalham em parceria com o poder público apoiando 
ações de inclusão social e apoio à educação de crianças e adolescentes. Alguns dos 
projetos apoiados pela instituição incluem o Prazer em Ler, a Educação Integral e 
Educação Infantil e o Projeto Axé. 
A Fundação O Boticário realiza ações de proteção ambiental para preservar a 
matriz das suas matérias-primas. Entre seus objetivos estão a conscientização para 
preservação da natureza e promoção da sustentabilidade. Suas reservas de proteção 
alcançam 11 mil hectares e envolvem também o entorno das reservas. O Instituto 
Souza Cruz trabalha com projetos pedagógicos que preparam jovens para exercer o 
papel de agente de desenvolvimento rural. O projeto é direcionado a jovens 
agricultores. Mantém o Programa Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR), para 
formação complementar à educação formal. Para transformar esses feitos em 
indicadores, é necessário quantificar as ações e evidenciá-las para acompanhamento 
e identificação dos seus resultados, publicando nos relatórios de sustentabilidade e 
balanço social das empresas. Postos de trabalho criados 
Neste item, é importante quantificar os pontos criados e as iniciativas no tempo, 
como quantidade de postos de trabalho criados no ano de X1. Iniciativas de apoio às 
 
94 
 
famílias dos colaboradores As iniciativas de apoio às famílias dos colaboradores 
também devem ser quantificadas para demonstração das ações de melhoria e 
qualidade de vida da comunidade, como iniciativas de apoio realizadas em X2. A 
publicidade das ações completa o objetivo de melhorar a qualidade de vida da 
comunidade (SOUZA, 2021). 
 
30.2 Índice de sustentabilidade empresarial da B3 
A B3 surgiu da fusão entre BM&F Bovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e 
Futuros de São Paulo) e a Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de 
Títulos). As companhias abertas listadas na B3 são expostas a avaliações criteriosas 
de analistas de investimentos, o que inclui um índice de sustentabilidade. A BM&F 
Bovespa era responsável, antes da fusão, pela administração dos direitos de gestão 
e operacionalização das atividades da câmara de compensação e liquidação de títulos 
públicos, títulos de renda fixa, ativos emitidos por instituições financeiras, títulos 
patrimoniais da bolsa de valores do Rio de Janeiro e organização do sistema de 
negociação de títulos e demais ativos conhecidos como Sistema de Negociação 
Eletrônica de Dólares da Bolsa de Mercadorias e Futuros (Sisbex). 
A CETIP, por sua vez, era uma empresa de capital aberto que integrava 
operações e atividades do mercado financeiro. Criada em 1984, abriu capital em 2009, 
sendo responsável pela custódia e pela liquidação de títulos do mercado financeiro. 
Suas funções incluíam custodiar, registrar, liquidar e tratar a operacionalização de 
ativos, como cotas de fundos de investimentos. Era considerada a principal agente 
responsável pelo depósito de títulos de crédito privado, sendo que a maior parte dos 
investidores em renda fixa estava sujeita à prestação de serviços da Cetip, além de 
todos que possuíam conta corrente, já que o processamento de TED e DOC também 
era de responsabilidade da Cetip. É cada vez maior o número de investidores que 
operam na B3. O mercado de renda variável (mercado de ações) fica ainda mais 
atrativo para os investidores em decorrência da queda das taxas de juros no Brasil, a 
taxa SELIC, que, por sua vez, remunera diversos investimentos de renda fixa. A B3 
possui vários indicadores para atestar a solidez das empresas que nela transacionam 
seus ativos. 
 
95 
 
O Indicador de Sustentabilidade Empresarial (ISE) é um dos mais importantes. 
Criado em 2005, O ISG tem o objetivo de atestar as empresas que executam as 
melhores práticas de sustentabilidade da ESG (Ambiental, Social e Governança, em 
português). É uma ferramenta que serve para analisar de maneira comparativa com 
outras empresas as ações de sustentabilidade. Objetiva a criação de um ambiente de 
investimento diferenciado, reconhecendo empresas que atuam de acordo com as 
necessidades de desenvolvimento sustentável. Parte-se do pressuposto de que, 
assim como os indivíduos, as empresas também precisam dar suporte às ações de 
desenvolvimento sustentável e incentivar a melhoria contínua da educação, além de 
adotar práticas de governança. As empresas que seguem essas práticas, além de 
melhorarem sua imagem perante o mercado, preservam a continuidade dos negócios. 
As práticas da ESG consistem em um conjunto de práticas ambientais, sociais e de 
governança corporativa para guiar investidores, além de escolhas de consumo com 
foco na sustentabilidade. A forma de ingresso das empresas no ISE passa por uma 
seleção envolvendo questionários e apresentação de documentos. Cada ponto 
analisado é uma dimensão da sustentabilidade. Alguns exemplos citados por Reis 
(2018, documento on-line): 
a) alinhamento às práticas de sustentabilidade, compromisso com 
desenvolvimento sustentável, combate à corrupção e transparência; b) 
disponibilização de informações ao consumidor final e impacto dos produtos 
oferecidos; c) processos de fiscalização, processos de auditoria e conflito de 
interesses; d) posição e ação empresarial nas áreas financeira, mudança do 
clima, ambiental e social. 
 
As empresas não entram no ISE e permanecem como inclusas. A vigência é 
anual e, para que a empresa permaneça no ano seguinte, é necessário que mantenha 
o conjunto de indicadores apresentados no ano anterior. Segundo Reis (2018, 
documento on-line): 
[…] o ISE é, portanto, um benchmark para quem quer investir em empresas 
preocupadas com sustentabilidade.Além disso, o Índice de Sustentabilidade 
Empresarial incentiva outras empresas a pensar em questões ambientais, 
sociais e também de governança. Isso torna o mercado mais atrativo e 
socialmente responsável. 
 
 
96 
 
A preservação do meio ambiente, não é, portanto, um dever apenas dos 
cidadãos, mas também das empresas. Tal prática se reveste em bons investimentos, 
já que o investidor, cada vez mais, busca por empresas com selo de sustentabilidade. 
As empresas que possuem o ISE influenciam não só o investidor, mas também o 
consumidor que, aos poucos, passa a ver com bons olhos e a priorizar o consumo dos 
seus produtos. Isso é uma tendência tanto no Brasil, quanto no mundo (SOUZA, 
2021). 
 
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