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CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 2: As contas do sistema financeiro e o multiplicador bancário. Modelo de oferta e demanda agregada, inflação e desemprego. A função demanda agregada. As funções de oferta agregada de curto e longo prazo. Efeitos da política monetária e fiscal no curto e longo prazo. Choques de oferta. Inflação e Emprego. Determinação do Nível de Preços. Introdução às Teorias da Inflação. A curva de Phillips. A Rigidez dos reajustes de preços e salários. A teoria da inflação inercial e a análise da experiência brasileira recente no combate à inflação. Instrumentos de Política Monetária e Multiplicador Expansão da oferta monetária Instrumento de Política Monetária/ componente da base monetária Retração da oferta monetária Compra/resgate de títulos públicos Operações de mercado aberto Venda de títulos públicos Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios Queda taxa de redesconto Taxa de Redesconto Elevação da taxa de redesconto Queda da razão Papel moeda/meios de pagamento Elevação da razão Elevação da razão Depósitos à vista/meios de pagamento Queda da razão Fórmula do multiplicador bancário ou monetário m= 1/ 1 –d( 1 – r) onde: d= depósitos à vista/meios de pagamento r= encaixes bancários/depósitos à vista levando-se em conta também que c+d =1 onde: c = papel moeda em poder do público/meios de pagamento CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 2 www.pontodosconcursos.com.br Inflação e Curva de Phillips Figura 1. Curva de Phillips versão original. π u Na formulação original da curva de Phillips, temos: π = -β(u - un) π = taxa de inflação u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) β = parâmetro positivo que mede a sensibilidade da inflação às variações na taxa de desemprego Figura 2. Curva de Phillips versão contemporânea. π un u A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips): CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 3 www.pontodosconcursos.com.br π = πe - β(u - un) + ε onde: π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) ε = choque aleatório de oferta β = parâmetro que mede a sensibilidade da taxa de inflação aos desvios da taxa de desemprego efetivo em relação à taxa natural. Inflação Tipo de Inflação Características Instrumento de correção Demanda Excesso de consumo Elevação da taxa de juros Oferta (custos) Aumento do custo de produção Política fiscal contracionista Inercial Indexação de preços e salários; “memória inflacionária” Desindexação plena da economia • AS CONTAS DO SISTEMA MONETÁRIO QUADRO I - BALANCETE DO BANCO CENTRAL ATIVO PASSIVO Caixa em moeda corrente Papel moeda emitido Empréstimos ao Tesouro Nacional Depósitos dos bancos comerciais (voluntários /compulsórios) Títulos Públicos Federais Depósitos do Tesouro (União) Redescontos Recursos próprios Reservas internacionais Base Monetária Empréstimos ao setor privado Demais recursos Outras aplicações QUADRO II - BALANCETE CONSOLIDADO DO SISTEMA MONETÁRIO ATIVO PASSIVO Aplicações do Banco Central Meios de Pagamento Reservas internacionais Papel moeda em poder do público Empréstimos ao Tesouro Nacional Depósitos à vista do público junto aos bancos comerciais Empréstimos a outros órgãos Passivo não monetário do Banco CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 4 www.pontodosconcursos.com.br públicos Central Empréstimos ao setor privado Depósitos do Tesouro Nacional Títulos públicos federais Recursos externos Aplicações dos bancos comerciais Passivo não monetário dos bancos comerciais Empréstimos aos setores público e privado Depósitos a prazo Títulos públicos e privados Recursos externos • MODELOS DE OFERTA AGREGADA DE CURTO E LONGO PRAZO Enquanto a hipótese keynesiana roga que o nível de preços é constante e descreve melhor o curto prazo, apresentando salários nominais (preços) rígidos, a hipótese clássica sustenta que o nível de preços é flexível e descreve melhor o longo prazo. Em relação ao embate curto prazo x longo prazo, no caso extremo de curva de oferta agregada, todos os preços são fixos no curto prazo. Portanto, a curva de oferta agregada no curto prazo, OACP, é horizontal. Figura 1. A Curva de Oferta Agregada no Curto Prazo. P OCP DA Q No longo prazo, o nível do produto é determinado pelas quantidades de capital e de trabalho e pela tecnologia disponível. Não depende, CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 5 www.pontodosconcursos.com.br portanto, do nível de preços. A curva de oferta agregada de longo prazo, OALP, é vertical. Figura 2. A Curva de Oferta Agregada no Longo Prazo. • VISÃO CLÁSSICA VERSUS VISÃO KEYNESIANA VISÃO CLÁSSICA VISÃO KEYNESIANA Visão de longo prazo Visão de curto prazo Preços flexíveis Preços rígidos Oferta agregada vertical Oferta agregada horizontal Alterações na demanda agregada afetam apenas os preços Alterações na demanda agregada afetam o nível de produto da economia Percebam que a aula de hoje será cobrada certamente pela ESAF e provavelmente duas questões porque política monetária tem aparecido junto com política fiscal em concursos recentemente elaborados e P OALP DA Q CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 6 www.pontodosconcursos.com.br economia brasileira surge aqui no edital como experiência brasileira de combate à inflação (planos econômicos da segunda metade dos anos 80: Cruzado, Bresser e Verão e nos anos 90: Collor I e II e Plano Real) e se repete em finanças públicas como Experiência brasileira recente: 1970/2007. QUESTÕES PROPOSTAS: 01-(ESAF-APO-SP-2009) A definição de meios de pagamento corresponde ao conjunto de ativos utilizados para liquidar transações. Com o avanço do sistema financeiro e do processo de inovações financeiras, desenvolveram-se novas medidas de meios de pagamento. Identifique, entre os agregados monetários abaixo mencionados, aquele que sofre todo impacto da inflação (monetização ou desmonetização). a) M2. b) M4. c) M2+quotas de fundo de renda fixa+operações compromissadas registradas no SELIC. d) M1. e) M3. 02-(ESAF-APO-SP-2009) No que diz respeito à Política Monetária, identifique a opção incorreta. a) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, a taxa de juros se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por moeda. b) A curva de demanda agregada mostra a quantidade de bens e serviços demandada a cada nível de preços. c) Se a taxa de juros estiver acima da taxa de equilíbrio, haverá excesso de oferta da moeda, forçando a queda na taxa de juros. d) A taxa de juros real corresponde à taxa de juros nominal recebida, descontada a perda de valor da moeda, isto é, a inflação no período de aplicação. e) Estabilizadores automáticos são alterações da política monetária que estimulam a demanda agregada quando a economia entra em recessão sem que os formuladores de políticas públicas tenham que tomar qualquer ação deliberada. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 7 www.pontodosconcursos.com.br 03-(ESAF-MPOG-EPPGG-2009) Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário: M1 = meios de pagamentos c = (papel-moeda em poder do público/M1) d = (depósitos a vista nos bancos comerciais/M1) R = (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais) Considerando que c = d/3 e R = 0,3, o valor do multiplicador da base monetária será de, aproximadamente, a) 2,105 b) 3,103 c) 1,290 d) 1,600 e) 2,990 04-(ESAF-MPOG-EPPGG-2009) Em relação aos conceitos relacionados a uma economia monetária, é incorreto afirmar que: a) os bancos podem alterar o multiplicador bancário alterando os seus recolhimentos voluntários junto ao Banco Central. b) alterando os recolhimentos compulsórios, o Banco Central consegue controlar os coeficientes de comportamento bancário “c” e “d”. c) um banco cria meios de pagamentos quando compra bens ou serviços do público pagando com moeda corrente. d) o valor do multiplicador da base monetária pode se alterar independente das intenções do Banco Central. e) quanto maior o coeficiente “papel moeda em poder do público/M1”, menor será o multiplicador da base monetária. 05-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) Sobre políticas monetária e fiscal, diante do momento de turbulência financeira internacional que estamos vivenciando, assinale a assertiva correta. a) A política monetária utilizada no Brasil e em boa parte do resto do mundo tem sido a expansionista em que se vislumbra a queda dos juros CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 8 www.pontodosconcursos.com.br através dos instrumentos de redução dos depósitos compulsórios e da taxa de redesconto bem como da operação de venda de títulos públicos pelo Banco Central. b) A política fiscal utilizada por esses países tem seguido a prática de gestões contracionistas em que se aumenta o gasto público e a carga tributária, incentivando o consumo, a renda e o produto nacionais. c) O crowding out se refere ao efeito de expulsão do gasto governamental (política fiscal expansionista) pelo aumento da taxa de investimento privada doméstica. d) A política monetária tem uma longa defasagem interna porque depende de aprovação das Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) para repercutir na economia. e) Redução de alíquotas de IPI sobre produtos da linha branca, automóveis e materiais de construção representa instrumento de política fiscal expansionista ao mesmo tempo que uma operação do mercado aberto no sentido de resgate de títulos públicos é instrumento de política monetária expansionista. 06-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) O multiplicador monetário ou bancário é importante instrumento para o Banco Central sinalizar ao governo federal os rumos da economia como um todo. Da mesma forma, serve de fundamental importância para o controle do processo inflacionário. A respeito do tema moeda, marque a opção incorreta. a) A expansão da oferta de meios de pagamento pode ser concretizada via aumento da razão encaixes bancários/depósitos à vista, queda da taxa de compulsórios, queda da taxa de redesconto ou aumento da razão papel moeda em poder do público/M1. b) Não ocorre variação nos meios de pagamento, isto é, não há monetização ou desmonetização da economia quando, por exemplo, o Banco Central socorre bancos em situação passageira de escassez de liquidez através do instrumento de redesconto. c) A Curva de Phillips com expectativas ou ampliada é sempre vertical, sinalizando aumento de preços (inflação) combinada com elevadass taxas de desemprego. A tal fenômeno dá-se o nome de estagflação. d) Quanto menor a proporção depósitos à vista/M1 ou maior a razão papel moeda em poder do público/MI, menor o multiplicador monetário/bancário. e) Desmonetização da economia ocorre quando a transação é realizada entre o setor bancário e o setor não bancário, na condição de venda de CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 9 www.pontodosconcursos.com.br um haver não monetário em contrapartida da moeda manual ou escritural. 07-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) A respeito da Curva de Phillips, a história da economia mundial revela que os fenômenos da inflação e do desemprego sempre foram pontos alvos a serem combatidos pelos gestores públicos. Contudo, ao longo do tempo, estudos econométricos demonstraram que a condução de políticas deve ficar atenta aos novos fenômenos econômicos dos tempos diagnosticados. Sobre o assunto, marque a assertiva correta. a) A Curva de Phillips de longo prazo está sustentada pelo trade-off inflação-desemprego e surgiu em função da estagflação, representada nos anos 70 pelos dois grandes choques de oferta (choques de petróleo). b) A Curva de Phillips de curto prazo ou tradicional foi concebida a partir da noção de que existe um custo de oportunidade entre inflação e desemprego. Existe uma relação negativa entre os dois fenômenos de sorte que a curva é negativamente inclinada. As expectativas racionais são compatíveis com o estudo da Curva de Phillips de curto prazo. c) A Curva de Phillips ampliada é aquela da segunda versão em que a reta é horizontal ao eixo do desemprego, revelando o fim da inflação, condizente com a atualidade em que a inflação deixou de ser preocupação dos gestores econômicos. d) A Curva de Phillips com expectativas é vertical, surgiu em função da estagflação e do estudo das expectativas e demonstra que não há trade- off inflação-desemprego. e) O processo de inflação inercial deve ser combatido através do instrumento clássico de âncora monetária (elevação dos juros reais) e política de contenção de gastos públicos. 08-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) As operações entre o público e o setor bancário, conforme o caso, podem criar meios de pagamento ou destruir meios de pagamento. Dentre as operações a seguir relacionadas, qual delas é responsável pela criação de meios de pagamento? a) Pessoas realizam depósitos a prazo nos bancos. b) Bancos vendem ao público, mediante pagamento a vista, em moeda, títulos de diversas espécies. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 10 www.pontodosconcursos.com.br c) A empresa resgata um grande empréstimo contraído no sistema bancário. d) Empresas levam aos bancos duplicatas para desconto, recebendo a inscrição de depósitos a vista ou moeda manual. e) Saque de cheques nos caixas dos bancos. 09-(ESAF/STN-2008) Quanto às políticas monetárias e fiscais, pode- se afirmar que: a) a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos pagamentos das assistências financeiras à liquidez é uma política monetária considerada restritiva. b) a elevação dos depósitos compulsórios é considerada uma política monetária restritiva. c) a ampliação da carga tributária é considerada uma política fiscal expansionista. d) a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma política monetária considerada expansionista. e) a ampliação dos gastos públicos é considerada uma política fiscal restritiva. 10-(ESAF-AFC-STN-2008) Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário: c = papel-moeda em poder do público/M1 d= depósitos à vista do público nos bancos comerciais/M1 R = encaixes totais dos bancos comerciais/depóstios à vista Considerando M1= meios de pagamentos e B =base monetária, é correto afirmar que: a) B= c.R + d.M1, desde que D e R sejam positivos b) se d =0, então M1/B será igual a zero. c) quanto maior c, maior tende a ser o multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária. d) quanto maior R, maior tende ser M1/B. e) dado que 0<c<1 e c +d =1, então M1 é maior do que B. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITAFEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 11 www.pontodosconcursos.com.br 11-(ESAF/AFRF-2003) Considere c: papel moeda em poder do público/meios de pagamentos d: depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamentos R: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais m: multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária Com base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais constante: a) quanto maior d, maior será m. b) quanto maior c, menor será d. c) quanto menor c, menor será m. d) quanto menor R, maior será m. e) c + d >c, se d for diferente de zero. 12-(ESAF/AFRF-2005) Suponha: c = papel moeda em poder do público/M1 d = 1 – c R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista M1= meios de pagamentos B = base monetária M1 = m.B c = d Considere que no período 1 o valor para R foi de 0,5 enquanto que no período 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve variações nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar que o valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2: a) uma queda de 4,100% b) um aumento de 6,250% c) uma queda de 6,250% d) um aumento de 4,100% e) uma queda de 8,325% 13-(ESAF/ENAP-2006) Com relação aos meios de pagamentos adotados no Brasil, é incorreto afirmar que: a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos à vista. b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas na Selic. c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados. d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 12 www.pontodosconcursos.com.br e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez. 14- (Analista de Controle Externo/TCU – 2002) Faz(em) parte do ativo do balancete do Banco Central a) o papel-moeda emitido. b) as reservas internacionais. c) os depósitos do Tesouro Nacional. d) a Base Monetária. e) os depósitos dos bancos comerciais CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 13 www.pontodosconcursos.com.br 15- (CESPE/UNB-ANTAQ-2009) A respeito da compreensão dos fenômenos macroeconômicos nas economias modernas, julgue os itens que se seguem. a) Em uma economia cuja produção se encontra abaixo do nível de pleno emprego, a política monetária não é capaz de levar a produção ao pleno emprego, objetivo que somente pode ser atingido por meio de uma política fiscal expansionista. b) Há alguns anos, o Brasil encontrava-se em uma situação que combinava alta inflação, bem acima dos níveis internacionais, com déficit cambial. Nessas circunstâncias, a opção por uma política de desvalorização cambial poderia compensar os efeitos nocivos na balança comercial provocados pela inflação, mas acabaria realimentando o processo inflacionário por meio da pressão dos custos. 16- A macroeconomia, que permite avaliar o desempenho da economia como um todo, centra-se na análise dos grandes agregados macroeconômicos. Com relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes. a) O fato de, no longo prazo, os tomadores de decisão não poderem escolher maiores taxas de inflação para reduzir o desemprego é compatível com a existência de uma curva de Phillips de longo prazo vertical. b) Reduções dos coeficientes de reservas elevam o multiplicador monetário e contribuem para expandir a oferta de moeda. c) Resgates de aplicações financeiras de curto prazo, quando depositados na conta corrente do investidor, aumentam o agregado monetário M1, porém não alteram os demais agregados monetários. d) A exemplo das vendas de títulos públicos no mercado aberto, os aumentos da taxa de redesconto contribuem para elevar a liquidez da economia. e) Para determinado nível de encaixes reais, níveis mais elevados de senhoriagem exigem maior crescimento monetário. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 14 www.pontodosconcursos.com.br 17- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) As políticas monetárias influenciam, significativamente, o desempenho da economia. A respeito desse assunto, assinale a opção correta. a) Quanto maior for o custo de oportunidade de detenção de moeda, mais elevada será a demanda monetária. b) Aumentos da taxa de redesconto e do coeficiente de reservas são consistentes com a adoção de políticas monetária restritivas. c) O uso de regras fixas para a expansão da oferta de moeda é consistente com a visão keynesiana da política monetária. d) O Banco Central pode utilizar a política monetária para estabilizar, simultaneamente, as taxas de juros e a oferta monetária. e) De acordo com a teoria quantitativa da moeda, a velocidade de circulação da moeda, no curto prazo, é fortemente influenciada por variações não antecipadas na renda dos agentes econômicos. 18- Considerando os princípios básicos da teoria monetária e da inflação, assinale a opção correta. a) Quando um indivíduo transfere fundos de sua conta de poupança para a sua conta-corrente, a redução decorrente do agregado monetário M1é compensada exatamente pelo aumento do agregado M2. b) Na presença de excesso de reservas, o multiplicador monetário se eleva, aumentando, assim, as possibilidades de expansão monetária. c) Retiradas em espécie da conta-corrente para financiar as despesas de consumo dos correntistas de um banco comercial não alteram as reservas do sistema bancário como um todo. d) Um surto inflacionário provocado pela expansão das exportações, em decorrência de um aumento exógeno da renda do resto do mundo, constitui exemplo típico de inflação de demanda. 19- Uma política monetária expansiva leva normalmente ao(a): a) aumento da taxa de juros. b) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de câmbio fixo. c) redução da taxa de inflação. d) acumulação de reservas internacionais se o regime for de câmbio flutuante. e) expansão da produção. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 15 www.pontodosconcursos.com.br 20- O aumento do percentual da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz a(o) a) oferta de moeda. b) demanda por bens públicos. c) taxa de juros vigente na economia. d) spread cobrado pelos bancos. e) gasto do governo. 21- A Curva de Phillips de curto prazo, representada por AB no gráfico abaixo, não é estável, tornando-se, a longo prazo, vertical, como CD. Assim, pode-se afirmar que a) a taxa natural de inflação é representada por E no gráfico. b) a taxa natural de desemprego é representada por B no gráfico. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 16 www.pontodosconcursos.com.br c) a inflação tende a desacelerar caso se mantenha continuamente a taxa de desemprego em C. d) AB altera sua posição na medida em que as expectativas de inflação se ajustam. e) AB altera sua posição na medida em que CD se desloca para a direita. 22 – (NCE/UFRJ – Analista-FINEP/MCT – 2006) Para debelar um processo inflacionário de origem inercial, são necessários outros procedimentos além da política monetária para atuar especificamente sobre o componente inercial. Entre esses procedimentos se encontra(m): a) desindexação de salários. b) política fiscal restritiva. c) cláusulas contratuais que permitem o repasse da variação de preços passada ou do câmbio às tarifas públicas. d) indexação de juros. e) indexação do salário mínimo. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 17 www.pontodosconcursos.com.br 23 - (FAURGS/Agente Fiscal do Tesouro do Estado – 2006) Sobre o estudo da moeda e dos instrumentos de política monetária, assinale a alternativa correta: a) O conceito de Base Monetária inclui os títulos públicosem poder do público e as reservas mantidas pelos bancos comerciais no Banco Central. b) O multiplicador do sistema bancário pode ser definido como o inverso da taxa de redesconto. c) A curva de preferência pela liquidez é negativamente inclinada, pois mostra que a demanda de moeda para transações é uma função inversa da taxa de juros. d) A compra de títulos e a diminuição da taxa de redesconto pelo BC são medidas que colaboram para cair a taxa de juros. e) A troca de dólares dos exportadores por moeda nacional, pelo BC, é exemplo de destruição dos meios de pagamento. 24- A inflação recorrente que assolou, durante anos, a economia brasileira motivou a adoção de diversos planos de estabilização. Acerca desses planos, assinale a opção correta. a) No Plano Cruzado, a pressão inflacionária decorrente da expansão dos gastos de consumo e investimento dificultou a manutenção do congelamento de preços. b) No Plano Verão, contrariamente àqueles que o precederam,o ajuste fiscal, que restringiu fortemente os gastos públicos e elevou a arrecadação, permitiu que a inflação se mantivesse em patamares relativamente baixos. c) O sucesso do Plano Bresser no combate à inflação se fez às expensas do equilíbrio externo, conforme atestado pelos substanciais déficits da balança comercial durante a vigência desse plano. d) O confisco da liquidez realizado no âmbito do Plano Collor, acompanhado de um controle estrito dos meios de pagamento, permitiu ao governo fazer uma política monetária ativa, vista como fundamental para o controle da inflação. e) No período de 1994 a 1998, o sucesso do Plano Real no controle da inflação deveu-se à adoção da âncora cambial e à redução substancial do desequilíbrio fiscal e da dívida pública. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 18 www.pontodosconcursos.com.br 25- O estudo da economia brasileira, incluindo-se aí o fenômeno inflacionário que a caracterizou durante um longo período, é importante para a compreensão da situação econômica atual. Acerca desse assunto, julgue os itens subseqüentes. a) O caráter concentrador, em termos de renda, do processo de substituição de importações deveu-se, em parte, ao uso intensivo do capital na industrialização brasileira, que limitava a expansão do emprego no setor urbano. b) A partir de 1991, iniciou-se um processo de substituição da dívida interna por dívida externa, com o aumento da dívida externa líquida viabilizada em razão da acumulação de reservas. c) A valorização da taxa de câmbio, adotada no âmbito do Plano Real, ao baratear as importações, constitui um fator importante para limitar a alta dos preços domésticos e controlar a inflação. 26- (ESAF/Analista-MPOG-2008)- O Plano Bresser, anunciado em 12 De junho de 1987, continha tantos elementos ortodoxos como heterodoxos. Entre as principais medidas do Plano Bresser não se encontrava: a) congelamento de salários por três meses, no nível de 12 de junho, com o resíduo inflacionário sendo pago em seis parcelas a partir de setembro. b) aluguéis congelados no nível de junho, sem nenhuma compensação. c) mudança do regime cambial para um sistema de taxas flutuantes, definidas livremente no mercado. d) mudança de base do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para 15 de junho, sendo que os aumentos foram incorporados à inflação de junho, de modo a evitar que se sobrecarregasse a inflação de julho. e) criação da Unidade de Referência de Preços (URP), que corrigiria o salário dos três meses seguintes, entrando em vigor a partir de setembro de 1987. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 19 www.pontodosconcursos.com.br 27-(ESAF-STN-2008) Nos dez anos que se seguiram à posse do Presidente José Sarney, foram implementados vários planos de estabilização com o intuito de reduzir a inflação no Brasil, sendo o último o Plano Real. Em relação a esses planos, é correto afirmar que: a) o conceito de inflação inercial esteve subjacente a grande parte de tais planos de estabilização, sendo assim, entendia-se a inflação como sendo explicada por uma série de choques de custos ocorridos no período. b) o conceito de inflação inercial era a principal tese acerca da inflação no período, esse tipo de inflação estava associado às constantes acelerações que a inflação apresentava no período, sendo que os períodos em que a inflação apresenta uma tendência de estabilidade, esta tendência estava associado a um baixo hiato do produto. c) apesar de a inflação inercial ser um conceito de inflação importante para a maioria desses planos de estabilização, a estratégia de combate a essa inflação foi diferente: por exemplo se compararmos o Plano Cruzado com o Plano Real, já que no primeiro optou-se pelo congelamento de preços, não utilizado no último. d) o Plano Collor difere dos demais planos no período tanto por não se valer do congelamento de preços como por usar uma forte âncora monetária. e) Os Planos Cruzado, Bresser e Verão utilizaram o congelamento de preços, salários e de taxa de câmbio, além de terem mantido uma política de juros elevados, após o plano. 28- As empresas podem reagir a um aumento da demanda agregada de várias maneiras. Em consonância com a reação a ser adotada pelas empresas, a hipótese mais plausível consiste em: a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a capacidade ociosa. b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os recursos estiverem plenamente empregados. c) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a capacidade plena. d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a plena capacidade. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 20 www.pontodosconcursos.com.br 29- (ESAF/Analista – BC – 2001) Com relação ao modelo de oferta e demanda agregada, é incorreto afirmar que: a) se os preços e salários são fixos no curto prazo, deslocamentos da demanda agregada afetam o emprego. b) uma redução na oferta monetária afeta o nível do produto se houver alguma rigidez de preços e salários. c) a diferença entre curto e longo prazo no modelo é explicada pela rigidez nos preços e salários. d) se os preços e salários são perfeitamente flexíveis, deslocamentos na curva de demanda agregada tendem a exercer grande influência sobre o produto. e) não é necessário rigidez total de preços e salários para que deslocamentos na demanda agregada afetem o produto. 30 – (ESAF/ AFC-STN – 2000) Considerando o modelo de oferta e demanda agregada, podemos afirmar que: A no longo prazo, a curva de oferta agregada pode ser vertical ou horizontal, dependendo do grau de rigidez dos preços no curto prazo. Assim, no longo prazo, alterações na demanda agregada necessariamente afetam os preços, mas nada se pode afirmar no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto B no longo prazo, a curva de oferta agregada é vertical. Neste caso, descolamentos na curva de demanda agregada afetam o nível de preços, mas não o produto. No curto prazo, entretanto, a curva de oferta não é vertical. Neste caso, alterações na demanda agregada provocam alterações no produto agregado C tanto no curto quanto no longo prazo a curva de oferta agregada é vertical. Assim, os únicos fatores que podem explicar as flutuações econômicas, tanto no curto quanto no longo prazo, são as disponibilidades de capital e tecnologia D no curto prazo, não há qualquer justificativa teórica para que a curva de oferta agregada de curto prazo não seja horizontal. Nesse sentido, no curto prazo, alterações na demanda agregada são irrelevantes para explicar tanto a inflação como alterações no nível do produto e desde que os preços sejam rígidos, as curvas de oferta agregadas são verticais, tanto no curto quanto no longo prazo CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇASPÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 21 www.pontodosconcursos.com.br 31 – (ESAF/Analista de Comércio Exterior – 2002) Suponha uma economia em uma situação de equilíbrio, a partir da qual ocorre uma expansão na oferta monetária. No curto prazo, os efeitos sobre o nível de produto e a taxa de juros serão a) menores quanto mais elástica for a curva de oferta agregada. b) maiores quanto mais elástica for a curva de oferta agregada. c) independentes da inclinação da curva de oferta agregada. d) maiores quanto maior for a variação resultante no nível agregado de preços. e) independentes de variações no nível agregado de preços. GABARITO: 01-D 02-E 03-A 04-B 05-E 06-A 07-D 08-D 09-B 10-E 11-C 12-C 13-B 14-B 15-VF 16-VVFFV 17-B 18-D 19-E 20-A 21-D 22-A 23-D 24-A 25-VFV 26-C 27-C 28-B 29-D 30-B 31-B CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 22 www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES COMENTADAS 01-(ESAF-APO-SP-2009) A definição de meios de pagamento corresponde ao conjunto de ativos utilizados para liquidar transações. Com o avanço do sistema financeiro e do processo de inovações financeiras, desenvolveram-se novas medidas de meios de pagamento. Identifique, entre os agregados monetários abaixo mencionados, aquele que sofre todo impacto da inflação (monetização ou desmonetização). a) M2. b) M4. c) M2+quotas de fundo de renda fixa+operações compromissadas registradas no SELIC. d) M1. e) M3. Comentários: Ocorre criação de moeda quando se verifica um incremento do volume de meios de pagamento (moeda manual e/ou moeda escritural). A monetização da economia terá espaço sempre que a transação for realizada entre o setor bancário (no caso, banco comercial) e setor não- bancário (no caso, empresa não financeira) na condição de compra de um haver não-monetário em contrapartida de moeda manual ou escritural. E destruição de meios de pagamento sempre que a transação é realizada entre o setor bancário e setor não-bancário na condição de venda de um haver não-monetário em contrapartida de moeda manual ou escritural. Nessa etapa, se promove o efeito inverso, ou seja, a redução dos meios de pagamento. A questão se refere a esses termos, mas deseja saber o impacto da inflação sobre os meios de pagamentos, isto é, a inflação afeta o poder de compra das pessoas, o poder aquisitivo da coletividade, aquele que não consegue êxito na indexação do mercado financeiro. Dessa forma, o impacto é brutal no M1 (papel moeda em poder do público e depósitos à vista), agregado monetário de maior liquidez, mas sem capacidade de rendimentos ou proteção do imposto inflacionário. Gabarito: D 02-(ESAF-APO-SP-2009) No que diz respeito à Política Monetária, identifique a opção incorreta. a) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, a taxa de juros se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por moeda. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 23 www.pontodosconcursos.com.br b) A curva de demanda agregada mostra a quantidade de bens e serviços demandada a cada nível de preços. c) Se a taxa de juros estiver acima da taxa de equilíbrio, haverá excesso de oferta da moeda, forçando a queda na taxa de juros. d) A taxa de juros real corresponde à taxa de juros nominal recebida, descontada a perda de valor da moeda, isto é, a inflação no período de aplicação. e) Estabilizadores automáticos são alterações da política monetária que estimulam a demanda agregada quando a economia entra em recessão sem que os formuladores de políticas públicas tenham que tomar qualquer ação deliberada. Comentários: A assertiva A está correta porque a inclinação ascendente da curva LM pode ser compreendida da seguinte forma: uma taxa mais alta de juros reduz a demanda por moeda ao passo que o incremento da demanda agregada aumenta a demanda por moeda. Por conseguinte, para um certo nível de oferta de moeda (M/P), a demanda por moeda só pode ser igual à oferta se qualquer aumento da taxa de juros (que tende a reduzir a demanda por moeda) for compensado por um aumento da demanda agregada (que tende a aumentar a demanda por moeda). Da mesma forma que na curva IS, na curva LM, pontos ao longo da curva representam situações de equilíbrio no mercado monetário. Se o mercado monetário estiver em equilíbrio, isto é, se a demanda (L) for igual à oferta (M/P), o mercado de títulos também deve estar em equilíbrio. A assertiva B está correta porque o modelo de demanda agregada chamado modelo IS-LM é uma interpretação relevante da teoria Keynesiana. Reside em uma forma útil de avaliar os efeitos das políticas macroeconômicas sobre a demanda agregada. O modelo IS-LM assume diversas combinações entre renda (Y) e taxa de juros (i) que equilibram o mercados de bens e serviços da economia assim como outra infinidade de pontos renda e taxa de juros capazes de equilibrar o mercado de moedas. Mostra também a quantidade de bens e serviços demandados a cada nível de preços (Y = C + I + G). A assertiva C está correta porque pontos à direita ou abaixo da curva LM sinalizam EDM (excesso de demanda por moeda), caracterizando excesso de oferta de títulos, isto é, os bancos comerciais através de sua estratégia comercial não estão tendo sucesso na captação de recursos sendo levados a incrementar a rentabilidade dos títulos para que os agentes se sintam tentados a se desfazer do ativo líquido, a moeda, em benefício dos títulos. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 24 www.pontodosconcursos.com.br Já pontos à esquerda ou acima da citada curva sinalizam contextos de EOM (excesso de oferta de moeda), o que caracteriza excesso de demanda de títulos, pois todos os agentes da economia estão aplicados em títulos públicos sendo que a única estratégia para reconduzir ao equilíbrio é a queda na taxa de juros. A assertiva D está correta porque a taxa de juros real é aquela taxa de juros nominal descontado o efeito da inflação ou correção monetária do período. A assertiva E está incorreta porque o IR assim como o seguro- desemprego são dois estabilizadores automáticos e representam um tipo de política fiscal que não registra nenhuma defasagem interna, que é o intervalo que transcorre entre o choque econômico e a ação política em resposta a esse choque. O sistema do IR reduz automaticamente os impostos quando a economia se encontra em recessão, sem mudança da legislação tributária, porque pessoas físicas e jurídicas pagam menos impostos quando suas rendas diminuem. Da mesma forma, o seguro- desemprego eleva automaticamente as transferências quando a economia atravessa uma recessão, uma vez que o desemprego aumenta. Gabarito: E 03-(ESAF-MPOG-EPPGG-2009) Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário: M1 = meios de pagamentos CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 25 www.pontodosconcursos.com.br c = (papel-moeda em poder do público/M1) d = (depósitos a vista nos bancos comerciais/M1) R = (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais) Considerando que c = d/3 e R = 0,3, o valor do multiplicador da base monetária será de, aproximadamente, a) 2,105 b) 3,103 c) 1,290 d) 1,600 e) 2,990 Comentários: O multiplicador monetário é dado pela fórmula já conhecida: m = 1/ 1 – d( 1 –r) Já sabemos que c + d = 1, pois: PMP/M1 + DV/M1 = 1 PMP + DV/M1 = M1/M1 = 1 Como sabemos que r = 0,3 e c=d/3, vem que: d = 3c e como c + d = 1, vem: d = 3(1 – d) d = 3 – 3d 4d =3 d = 0,75, isto é, 75% dos meios de pagamentos (M1) estão na forma de depósitos à vista nos bancos comerciais ao passo que 25% dos meios de pagamentos (M1) estão na forma de papel moedaem poder do público. Agora, basta retornar à fórmula e achar o resultado do multiplicador monetário: m = 1/ 1 – 0,75(1-0,3) m= 1/1- 0,75.0,7 m= 1/1 – 0,525 m= 1/0,475 m= 2,105 Gabarito: A CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 26 www.pontodosconcursos.com.br 04-(ESAF-MPOG-EPPGG-2009) Em relação aos conceitos relacionados a uma economia monetária, é incorreto afirmar que: a) os bancos podem alterar o multiplicador bancário alterando os seus recolhimentos voluntários junto ao Banco Central. b) alterando os recolhimentos compulsórios, o Banco Central consegue controlar os coeficientes de comportamento bancário “c” e “d”. c) um banco cria meios de pagamentos quando compra bens ou serviços do público pagando com moeda corrente. d) o valor do multiplicador da base monetária pode se alterar independente das intenções do Banco Central. e) quanto maior o coeficiente “papel moeda em poder do público/M1”, menor será o multiplicador da base monetária. Comentários: A assertiva A está correta porque o multiplicador bancário é dado pela seguinte fórmula: m = 1/ 1 – d (1-r), ou seja, os componentes d e r influenciam no valor de multiplicação do dinheiro, isto é, na criação de meios de pagamentos. Dessa forma, o volume de depósitos à vista/meios de pagamento bem como o volume de encaixes bancários/depósitos à vista influenciam decisivamente no valor do multiplicador bancário. Por exemplo, um aumento dos recolhimentos voluntários junto ao BACEN reduz o multiplicador bancário, pois quanto maior o r, menor o m. A assertiva B está incorreta porque alterando os depósitos compulsórios (recursos ou depósitos dos bancos comerciais que passam a “dormir” no BACEN sem qualquer remuneração), a autoridade monetária influencia os coeficientes de comportamento bancário “d” e “r”, mas não “c”, que representa o montante de papel moeda em poder do público/meios de pagamento. É um parâmetro comportamental das famílias e das empresas de forma que não há ingerência direta da autoridade monetária. A assertiva C está correta porque ocorre criação de meios de pagamento (monetização da economia) sempre que a transação é realizada entre o setor bancário (no caso, banco comercial) e setor não- bancário (no caso, empresa não financeira) na condição de compra de um haver não-monetário em contrapartida de moeda manual ou escritural. A assertiva D está correta porque o multiplicador bancário pode ser alterado em função da estratégia de atuação dos bancos comerciais. Os bancos podem preferir emprestar para o governo federal (“viver” dos juros da dívida pública) em detrimento da carteira de crédito privado, aumentando os depósitos voluntários que permanecem no BACEN de forma que a autoridade monetária tenha que utilizar de outros CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 27 www.pontodosconcursos.com.br instrumentos para estimular o aumento do aporte creditício às famílias e empresas. A assertiva E está correta. São instrumentos de redução da da base monetária (menor multiplicador bancário): i) elevação da proporção do papel-moeda em poder do público face aos meios de pagamento; (c) ii) redução da proporção dos depósitos à vista face aos meios de pagamento; (d) iii) elevação da relação encaixes/depósitos à vista dos bancos comerciais. (r) Acompanhem pelo quadro abaixo todas as possibilidades de expansão/retração da base monetária Expansão da oferta monetária Componente da base monetária Retração da oferta monetária Queda da razão Papel moeda/meios de pagamento (c) Elevação da razão Elevação da razão Depósitos à vista/meios de pagamento (d) Queda da razão Queda Encaixes/depósitos à vista (r) Elevação Gabarito: B 05-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) Sobre políticas monetária e fiscal, diante do momento de turbulência financeira internacional que estamos vivenciando, assinale a assertiva correta. a) A política monetária utilizada no Brasil e em boa parte do resto do mundo tem sido a expansionista em que se vislumbra a queda dos juros através dos instrumentos de redução dos depósitos compulsórios e da taxa de redesconto bem como da operação de venda de títulos públicos pelo Banco Central. b) A política fiscal utilizada por esses países tem seguido a prática de gestões contracionistas em que se aumenta o gasto público e a carga tributária, incentivando o consumo, a renda e o produto nacionais. c) O crowding out se refere ao efeito de expulsão do gasto governamental (política fiscal expansionista) pelo aumento da taxa de investimento privada doméstica. d) A política monetária tem uma longa defasagem interna porque depende de aprovação das Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) para repercutir na economia. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 28 www.pontodosconcursos.com.br e) Redução de alíquotas de IPI sobre produtos da linha branca, automóveis e materiais de construção representa instrumento de política fiscal expansionista ao mesmo tempo que uma operação do mercado aberto no sentido de resgate de títulos públicos é instrumento de política monetária expansionista. Comentários: A assertiva A está incorreta porque a política monetária utilizada no Brasil e no resto do mundo está ancorada nos instrumentos expansionistas como a redução dos compulsórios, da taxa de redesconto e da operação de resgate (recompra) de títulos públicos e não venda de títulos públicos como apregoado na assertiva. Acompanhem pelo quadro abaixo todas as possibilidades de expansão/retração da base monetária Expansão da oferta monetária Instrumento de Política Monetária/ componente da base monetária Retração da oferta monetária Compra/resgate de títulos públicos Operações de mercado aberto Venda de títulos públicos Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios Queda redesconto Redesconto Elevação redesconto Queda da razão Papel moeda/meios de pagamento Elevação da razão Elevação da razão Depósitos à vista/meios de pagamento Queda da razão A assertiva B está incorreta porque a política fiscal utilizada por esses países tem seguido a prática de gestões expansionistas em que se aumenta o gasto público (despesas correntes e de capital) e diminui a carga tributária (redução do IPI, redução da alíquota do IR, etc), expandindo o consumo, o investimento, o crédito e a renda nacionais. A assertiva C está incorreta porque o crowding out se refere ao efeito de expulsão, deslocamento do gasto privado pela política fiscal expansionista, ou seja, o governo tomando espaço, ocupando espaço da iniciativa privada. A assertiva D está incorreta porque a política fiscal tem uma longa defasagem interna porque depende de aprovação das Casas Legislativas antes de repercutir diretamente na economia. Já a política monetária (decisão de aumento ou queda dos juros) é operacionalizada em um dia e no dia seguinte os efeitos na economia já começam a ser sentidos. A assertiva E está correta porque qualquer medida de queda da carga tributária ou aumento do gasto público é instrumento de política fiscal expansionista ao passo que uma operação de resgate ou recompra de CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 29 www.pontodosconcursos.com.br títulos públicos ou queda dos compulsórios ou redução da taxa de redesconto sinalizam instrumentos de política monetária expansionista. Gabarito: E 06-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) O multiplicador monetário ou bancário é importante instrumento para o Banco Central sinalizar ao governo federal os rumos da economia como um todo. Da mesma forma, serve de fundamental importância para o controle do processo inflacionário. A respeito do temamoeda, marque a opção incorreta. a) A expansão da oferta de meios de pagamento pode ser concretizada via aumento da razão encaixes bancários/depósitos à vista, queda da taxa de compulsórios, queda da taxa de redesconto ou aumento da razão papel moeda em poder do público/M1. b) Não ocorre variação nos meios de pagamento, isto é, não há monetização ou desmonetização da economia quando, por exemplo, o Banco Central socorre bancos em situação passageira de escassez de liquidez através do instrumento de redesconto. c) A Curva de Phillips com expectativas ou ampliada é sempre vertical, sinalizando aumento de preços (inflação) combinada com elevadass taxas de desemprego. A tal fenômeno dá-se o nome de estagflação. d) Quanto menor a proporção depósitos à vista/M1 ou maior a razão papel moeda em poder do público/MI, menor o multiplicador monetário/bancário. e) Desmonetização da economia ocorre quando a transação é realizada entre o setor bancário e o setor não bancário, na condição de venda de um haver não monetário em contrapartida da moeda manual ou escritural. Comentários: A assertiva A está incorreta e a assertiva D está correta porque a expansão da oferta de meios de pagamentos pode ser concretizada via queda dos encaixes bancários/depósitos à vista, queda dos compulsórios, queda da taxa de redesconto, queda da razão papel moeda em poder do público/M1 ou elevação dos depósitos à vista/M1. Acompanhem pelo quadro abaixo todas as possibilidades de expansão/retração da base monetária CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 30 www.pontodosconcursos.com.br Expansão da oferta monetária Instrumento de Política Monetária/ componente da base monetária Retração da oferta monetária Compra/resgate de títulos públicos Operações de mercado aberto Venda de títulos públicos Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios Queda da taxa de redesconto Taxa de Redesconto Elevação da taxa de redesconto Queda da razão Papel moeda/meios de pagamento Elevação da razão Elevação da razão Depósitos à vista/meios de pagamento Queda da razão A assertiva B está correta porque operações interbancárias não afetam o quantitativo de meios de pagamento da economia. Para ocorrer criação ou destruição de meios de pagamentos, faz-se necessário que se tenha um agente do segmento bancário (BACEN ou bancos comerciais) e um agente do segmento não bancário (pessoa física ou pessoa jurídica). A assertiva C está correta porque a curva de Phillips de longo prazo ou ampliada ou com expectativas ou 2a versão ou contemporânea ou moderna é aquela que rompe com o trade-off inflação-desemprego, trazendo para a economia o novo fenômeno dos anos 80: a estagflação, uma espécie de combinação de desemprego e inflação em patamares preocupantes. A assertiva E está correta porque destruição de meios de pagamento sempre que a transação é realizada entre o setor bancário e setor não- bancário na condição de venda de um haver não-monetário em contrapartida de moeda manual ou escritural. Como exemplo, temos a situação em que o Indivíduo transfere recursos da conta corrente para a caderneta de poupança e o resgate de um empréstimo no banco. Gabarito:A 07-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) A respeito da Curva de Phillips, a história da economia mundial revela que os fenômenos da inflação e do desemprego sempre foram pontos alvos a serem combatidos pelos gestores públicos. Contudo, ao longo do tempo, estudos econométricos demonstraram que a condução de políticas deve ficar atenta aos novos fenômenos econômicos dos tempos diagnosticados. Sobre o assunto, marque a assertiva correta. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 31 www.pontodosconcursos.com.br a) A Curva de Phillips de longo prazo está sustentada pelo trade-off inflação-desemprego e surgiu em função da estagflação, representada nos anos 70 pelos dois grandes choques de oferta (choques de petróleo). b) A Curva de Phillips de curto prazo ou tradicional foi concebida a partir da noção de que existe um custo de oportunidade entre inflação e desemprego. Existe uma relação negativa entre os dois fenômenos de sorte que a curva é negativamente inclinada. As expectativas racionais são compatíveis com o estudo da Curva de Phillips de curto prazo. c) A Curva de Phillips ampliada é aquela da segunda versão em que a reta é horizontal ao eixo do desemprego, revelando o fim da inflação, condizente com a atualidade em que a inflação deixou de ser preocupação dos gestores econômicos. d) A Curva de Phillips com expectativas é vertical, surgiu em função da estagflação e do estudo das expectativas e demonstra que não há trade- off inflação-desemprego. e) O processo de inflação inercial deve ser combatido através do instrumento clássico de âncora monetária (elevação dos juros reais) e política de contenção de gastos públicos. Comentários: A assertiva D está correta e as assertivas A e C estão incorretas porque dois fatores foram decisivos para o surgimento de uma nova curva de Phillips, retratando o novo momento da economia. O primeiro e mais importante condicionante foi a mudança no processo de formação das expectativas de inflação dos agentes econômicos (trabalhadores e empresários). A idéia central aqui está contida na célebre citação de Abraham Lincoln: "Você pode enganar todas as pessoas durante algum tempo, ou algumas pessoas durante todo tempo, mas não pode enganar todas as pessoas durante todo tempo". Os choques do petróleo da década de 70 foram o segundo fator do desaparecimento da versão original da curva de Phillips e do surgimento da versão contemporânea. Grandes choques de oferta eram novidades no pós-guerra. Eles impulsionaram a inflação para cima, ao mesmo tempo em que causaram recessão, gerando o novo fenômeno da estagflação. A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips): π = πe - β(u - un) + ε onde: π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) ε = choque aleatório de oferta CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 32 www.pontodosconcursos.com.br β = parâmetro que mede a sensibilidade da taxa de inflação aos desvios da taxa de desemprego efetivo em relação à taxa natural. Logo, quando se tem π = πe.e considerando a inexistência de choques aleatórios de oferta, tem-se u = un e a curva de Phillips será vertical no nível da taxa de desemprego natural. Abaixo temos a curva de Phillips em sua versão contemporânea, com a incorporação das expectativas. Figura - Curva de Phillips versão contemporânea. A assertiva B está incorreta porque as expectativas racionais são compatíveis com o estudo da Curva de Phillips de longo prazo. A curva de Phillips roga que o país poderia conviver com uma inflação mais alta e uma taxa de desemprego mais baixa, ou com uma inflação mais baixa e uma taxa de desemprego mais alta. Assim, seria uma questão de preferência do condutor da política econômica escolher qual a composição de desemprego e inflação com que a sociedade deve conviver: inflação baixa com desemprego alto, inflação alta com desemprego baixo ou uma combinação intermediária. A curva de Phillips é assim chamada por ter sido descoberta em 1958, quando Phillips traçou um diagrama relacionando a taxa de desemprego à taxa de inflação no Reino Unido, de 1861 a 1957. Na formulação original da curva de Phillips, temos: π = -β(u - un) π = taxa de inflação u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) β = parâmetro positivo que mede a sensibilidade da inflação às variações na taxa de desemprego Visualizamos abaixo a curva de Phillips em sua versãooriginal em que se garante um trade-off inflação-desemprego. Figura - Curva de Phillips versão original. π un u CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 33 www.pontodosconcursos.com.br π un u A assertiva E está incorreta porque o processo de inflação inercial deve ser combatido através do instrumento de desindexação plena da economia (desindexação definitiva de preços e salários), objetivando extirpar a memória inflacionária que provocava a autopropagação do processo inflacionário. Vale mencionar ainda a inflação inercial, que tem sua origem no conflito redistributivo entre os diversos agentes econômicos, via mecanimos de indexação de preços pela inflação anterior, com o fito de manutenção da participação relativa no bolo da renda da economia. A parte inercial da nossa inflação reside nos preços administrados. Esta possui uma malha contratual que utiliza indexadores de preços, como os IGPs, por exemplo. Os empresários aumentam os preços dos bens e serviços oferecidos à coletividade, os exportadores e os investidores forçam a taxa de câmbio, o setor público não fica atrás da corrente de transmissão: atrela os impostos à variação ascendente de preços. Quando os agentes da economia passam a incorporar em suas atitudes e expectativas mecanismos de indexação ou de proteção ao valor real de suas rendas futuras, o resultado em termos macroeconômicos será a inflação em patamares preocupantes e crescentes. Gabarito: D 08-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) As operações entre o público e o setor bancário, conforme o caso, podem criar meios de pagamento ou destruir meios de pagamento. Dentre as operações a seguir relacionadas, qual delas é responsável pela criação de meios de pagamento? a) Pessoas realizam depósitos a prazo nos bancos. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 34 www.pontodosconcursos.com.br b) Bancos vendem ao público, mediante pagamento a vista, em moeda, títulos de diversas espécies. c) A empresa resgata um grande empréstimo contraído no sistema bancário. d) Empresas levam aos bancos duplicatas para desconto, recebendo a inscrição de depósitos a vista ou moeda manual. e) Saque de cheques nos caixas dos bancos. Comentários: A assertiva A está incorreta porque há destruição de moeda, face ao fato de que os depósitos à vista (conta corrente) não são contemplados nos meios de pagamentos (M1), fazendo parte do M2 da economia. A assertiva B está incorreta porque, embora haja os dois segmentos: bancário e não bancário, ocorre destruição de meios de pagamentos, uma vez que os bancos reduzem M1 e aumentam M2, M3 ou M4, dependendo da peculiaridade dos títulos envolvidos. A assertiva C está incorreta porque ocorre destruição de moeda, uma vez que diminuem os encaixes monetários em M1 e aumenta o caixa dos bancos comerciais. A assertiva D está correta • alternativa d: há criação de moeda, pois o aumento dos depósitos a vista ou moeda manual aumenta os meios de pagamento; • alternativa e: é apenas uma transferência de depósitos em conta corrente para moeda em poder público (não altera M1, somente sua composição). Gabarito: D 09-(ESAF/STN-2008) Quanto às políticas monetárias e fiscais, pode- se afirmar que: a) a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos pagamentos das assistências financeiras à liquidez é uma política monetária considerada restritiva. b) a elevação dos depósitos compulsórios é considerada uma política monetária restritiva. c) a ampliação da carga tributária é considerada uma política fiscal expansionista. d) a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma política monetária considerada expansionista. e) a ampliação dos gastos públicos é considerada uma política fiscal restritiva. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 35 www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Cuidado! A ESAF tem se especializado, mais recentemente, em questões que combinam as políticas macroeconômicas: monetária e fiscal. A assertiva A está incorreta porque a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos pagamentos das assistências financeiras à liquidez bem como dos limites operacionais e a redução das restrições quanto ao tipo de títulos redescontáveis é uma política monetária considerada expansionista. A assertiva B está correta porque a elevação dos depósitos ou recolhimentos compulsórios (montante que os bancos comerciais devem manter depositadas em seus cofres, afetando a proporção dos depósitos que pode ser facilmente convertida em empréstimos e os encaixes excedentes, ponto crucial para a variação do quantitativo monetário) é considerada uma política monetária restritiva (contracionista). A assertiva D está incorreta porque a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma política monetária contracionista, uma vez que os recursos recebidos reduzem a base monetária e, assim, reduz-se a oferta de moeda, retirando liquidez da economia com a consequente redução do apetite creditício, reduzindo abruptamente os gastos com investimentos públicos e privados. Esse cenário gera redução das reservas dos bancos comerciais, o que contrai o total dos meios de pagamento da economia. Gabarito: B 10-(ESAF-AFC-STN-2008) Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário: c = papel-moeda em poder do público/M1 d= depósitos à vista do público nos bancos comerciais/M1 R = encaixes totais dos bancos comerciais/depóstios à vista Considerando M1= meios de pagamentos e B =base monetária, é correto afirmar que: a) B= c.R + d.M1, desde que D e R sejam positivos b) se d =0, então M1/B será igual a zero. c) quanto maior c, maior tende a ser o multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária. d) quanto maior R, maior tende ser M1/B. e) dado que 0<c<1 e c +d =1, então M1 é maior do que B. Comentários: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 36 www.pontodosconcursos.com.br A assertiva A está incorreta porque o saldo da base monetária corresponde ao somatório do saldo da moeda em poder do público com o total das reservas bancárias, ou seja, B = c + R. A assertiva B está correta porque se d=0, obviamente c =1, ou seja, toda a moeda ofertada está na forma de papel moeda em poder do público. É como se não existisse o sistema bancário, pois não há depósitos, não havendo como multiplicar. Logo, o multiplicador é igual a 1. Senão vejamos: Km = 1/ 1 – d( 1 – r). Substituindo d =1, vem: Km = 1/ 1 – 0(1 – r) = 1/ 1 = 1. A assertiva C está incorreta porque quanto maior o c (proporção do papel moeda em poder do público face aos meios de pagamento), menor tende a ser o multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária. A assertiva D está incorreta porque quanto maior R (relação encaixes/depósitos à vista dos bancos comerciais), menor tende a ser o multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária. A assertiva E está correta porque a equação c + d = 1 sinaliza que a proporção do papel moeda em poder do público em relação ao total dos meios de pagamento é complementar à proporção dos depósitos à vista nos meios de pagamento. Isto é, os meios de pagamento estão parte como papel moeda em circulação e parte depositada nos bancos comerciais. Logo, o multiplicador monetário é positivo, isto é, Km = M1/B. Reconhecemos também que o multiplicador da base monetária é dado por m = M1/B. Sendo o total de meios de pagamentoum múltiplo da base monetária (B), fruto do processo multiplicativo dos empréstimos bancários, deduz-se que o multiplicador (m) dos meios de pagamento é dado pela relação entre o total de M e a base monetária B. Gabarito: E 11-(ESAF/AFRF-2003) Considere c: papel moeda em poder do público/meios de pagamentos d: depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamentos R: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais m: multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária Com base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais constante: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 37 www.pontodosconcursos.com.br a) quanto maior d, maior será m. b) quanto maior c, menor será d. c) quanto menor c, menor será m. d) quanto menor R, maior será m. e) c + d >c, se d for diferente de zero. Comentários: A equação c + d = 1 sinaliza que a proporção do papel moeda em poder do público em relação ao total dos meios de pagamento é complementar à proporção dos depósitos à vista nos meios de pagamento. Isto é, os meios de pagamento estão parte como papel moeda em circulação e parte depositada nos bancos comerciais. As assertivas B e E estão corretas. São instrumentos de incremento da base monetária: i) redução da proporção do papel-moeda em poder do público face aos meios de pagamento; ii) aumento da proporção dos depósitos à vista face aos meios de pagamento; iii) redução da relação encaixes/depósitos à vista dos bancos comerciais. Acompanhem pelo quadro abaixo todas as possibilidades de expansão/retração da base monetária Expansão da oferta monetária Componente da base monetária Retração da oferta monetária Queda da razão Papel moeda/meios de pagamento (c) Elevação da razão Elevação da razão Depósitos à vista/meios de pagamento (d) Queda da razão Queda Encaixes/depósitos à vista (R) Elevação As assertivas A e D estão corretas e a assertiva C está incorreta. Gabarito:C 12-(ESAF/AFRF-2005) Suponha: c = papel moeda em poder do público/M1 d = 1 – c R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista M1= meios de pagamentos B = base monetária M1 = m.B c = d CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 38 www.pontodosconcursos.com.br Considere que no período 1 o valor para R foi de 0,5 enquanto que no período 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve variações nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar que o valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2: a) uma queda de 4,100% b) um aumento de 6,250% c) uma queda de 6,250% d) um aumento de 4,100% e) uma queda de 8,325% Comentários: Da fórmula já conhecida, temos: m = = 1_______ : 1 – (1-c) (1 – r) Percebe-se que c =d e sendo d = 1-c, logo: c = 1- c => 2c = 1 => c=1/2 => c = 0,5 É suficiente agora retornarmos à fórmula do multiplicador: m = = 1_______ = 1,33333.... 1 – (1-0,5) (1 –0,5) Assumindo que r = 0,6, temos: m = = 1_______ = 1,25. 1 – (1-0,5) (1 –0,6) A variação percentual de m é igual a: (1,25/1,333333) – 1 = - 0, 0625 => queda de 6,25%. Gabarito:C 13-(ESAF/ENAP-2006) Com relação aos meios de pagamentos adotados no Brasil, é incorreto afirmar que: a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos à vista. b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas na Selic. c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados. d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez. e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez. Comentários: Em regra, seguem as categorias monetárias para o BACEN: M1 = PMP + DVbc M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos públicos CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 39 www.pontodosconcursos.com.br M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez ( Letras do Tesouro Nacional, Notas do Banco Central). Gabarito: B 14- (Analista de Controle Externo/TCU – 2002) Faz(em) parte do ativo do balancete do Banco Central f) o papel-moeda emitido. g) as reservas internacionais. h) os depósitos do Tesouro Nacional. i) a Base Monetária. j) os depósitos dos bancos comerciais Comentários: Sempre é bom se utilizar de algum quadro/tabela como subsídio para algum tópico do edital que, em regra, não tem sido preferencial para os examinadores. Contudo, quando o é utilizado pelas bancas, as mesmas elaboram rigorosamente nos mesmos moldes. Dessa forma, o quadro abaixo explicita bem aquilo que é necessário: BALANCETE DO BANCO CENTRAL ATIVO PASSIVO Caixa em moeda corrente Papel moeda emitido Empréstimos ao Tesouro Nacional Depósitos dos bancos comerciais ( voluntários /compulsórios) Títulos Públicos Federais Depósitos do Tesouro ( União) Redescontos Recursos próprios Reservas internacionais Base Monetária Empréstimos ao setor privado Demais recursos Outras aplicações Como advém da Contabilidade do sistema financeiro, os balancetes apresentam do lado do passivo as origens dos recursos (instrumentos através dos quais o BC pode realizar os empréstimos aos bancos comerciais e ao Tesouro Nacional) enquanto do lado do ativo permanecem as respectivas aplicações (usos dos recursos). Segue abaixo uma tabela mais pormenorizada, incluindo os balancetes dos bancos comerciais e do Banco Central conjuntamente. Esses quadros são exaustivos para a resolução das prováveis questões em eventuais certames. BALANCETE CONSOLIDADO DO SISTEMA MONETÁRIO CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 40 www.pontodosconcursos.com.br ATIVO PASSIVO Aplicações do Banco Central Meios de Pagamento Reservas internacionais Papel moeda em poder do público Empréstimos ao Tesouro Nacional Depósitos à vista do público junto aos bancos comerciais Empréstimos a outros órgãos públicos Passivo não monetário do Banco Central Empréstimos ao setor privado Depósitos do Tesouro Nacional Títulos públicos federais Recursos externos Aplicações dos bancos comerciais Passivo não monetário dos bancos comerciais Empréstimos aos setores público e privado Depósitos a prazo Títulos públicos e privados Recursos externos Gabarito: B CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 41 www.pontodosconcursos.com.br 15- (CESPE/UNB-ANTAQ-2009) A respeito da compreensão dos fenômenos macroeconômicos nas economias modernas, julgue os itens que se seguem. a) Em uma economia cuja produção se encontra abaixo do nível de pleno emprego, a política monetária não é capaz de levar a produção ao pleno emprego, objetivo que somente pode ser atingido por meio de uma política fiscal expansionista. b) Há alguns anos, o Brasil encontrava-se em uma situação que combinava alta inflação, bem acima dos níveis internacionais, com déficit cambial. Nessas circunstâncias, a opção por uma política de desvalorização cambial poderia compensar os efeitos nocivos na balança comercial provocados pela inflação, mas acabaria realimentando o processo inflacionário por meio da pressão dos custos. Comentários: A assertiva A está incorreta porque em economias com capacidade ociosa (não há pleno emprego dos fatores de produção), tanto a política monetária como a política fiscal devem ser manejadas de sorte a promover o pleno emprego dos fatores produtivos. A assertiva B está correta porque a desvalorização cambial permite corrigir os rumos do déficit comercial, aumentando as exportações líquidas de bens e serviços. Contudo, para se acabar com o processo inflacionáriocrônico via câmbio, faz-se necessária a valorização ou apreciação cambial de forma a elevar o ritmo de importações, aumentando o leque de produtos (maior concorrência) e, conseqüente, queda de preços da economia. Gabarito: FV 16- A macroeconomia, que permite avaliar o desempenho da economia como um todo, centra-se na análise dos grandes agregados macroeconômicos. Com relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes. a) O fato de, no longo prazo, os tomadores de decisão não poderem escolher maiores taxas de inflação para reduzir o desemprego é compatível com a existência de uma curva de Phillips de longo prazo vertical. b) Reduções dos coeficientes de reservas elevam o multiplicador monetário e contribuem para expandir a oferta de moeda. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 42 www.pontodosconcursos.com.br c) Resgates de aplicações financeiras de curto prazo, quando depositados na conta corrente do investidor, aumentam o agregado monetário M1, porém não alteram os demais agregados monetários. d) A exemplo das vendas de títulos públicos no mercado aberto, os aumentos da taxa de redesconto contribuem para elevar a liquidez da economia. e) Para determinado nível de encaixes reais, níveis mais elevados de senhoriagem exigem maior crescimento monetário. Comentários: A assertiva A está correta porque a curva de Phillips de longo prazo ou com expectativas ou ampliada é uma reta vertical ao eixo do nível de preços (inflação) demonstrando que não há o trade-off inflação desemprego. A nova curva de Phillips representa que não há mais “escolha” do gestor público frente aos fenômenos inflação e desemprego. O cenário novo é de estagflação em que se tem estagnação (recessão, desemprego) com inflação. A assertiva B está correta porque queda nos coeficientes de reservas (r = r1 + r2 + r3) onde: r1 = encaixe em moeda corrente dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais r2= depósito voluntário dos bancos comerciais no Banco Central/depósitos à vista nos bancos comerciais r3= depósito compulsório dos bancos comerciais no Banco Central/depósitos à vista nos bancos comerciais representam aumento do multiplicador monetário, uma vez que os bancos comerciais passam a ter mais recursos livres (depósitos à vista, que não estão na forma de reservas) para emprestar e expandir a oferta de meios de pagamentos. Dessa forma, fica claro que quanto menor o r, maior o multiplicador de política monetária. c) Resgates de aplicações financeiras de curto prazo, quando depositados na conta corrente do investidor, aumentam o agregado monetário M1, porém não alteram os demais agregados monetários. A assertiva C está incorreta porque resgates de aplicações financeiras de curto prazo (que estavam no M2, por exemplo), quando sacadas e retornadas para a conta corrente do investidor (depósitos à vista), aumentam o agregado monetário M1 às custas da redução do agregado monetário M2. A assertiva D está incorreta porque instrumentos para elevar a liquidez da economia (política monetária expansionista) são a operação de resgate (recompra) de títulos públicos, queda na taxa de redesconto e redução da taxa de compulsórios. Observe o quadro abaixo: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 43 www.pontodosconcursos.com.br Política monetária expansionista Instrumento de Política Monetária/ componente da base monetária Política monetária contracionista Compra/resgate de títulos públicos Operações de mercado aberto Venda de títulos públicos Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios Queda da taxa redesconto Taxa de Redesconto Elevação da taxa de redesconto A assertiva E está correta porque quando o crescimento econômico ocorre via processo inflacionário, o governo também emite moeda para atender à demanda por transações dos agentes e essa emissão monetária “forçada” é conhecida como senhoriagem. A senhoriagem é tida como a receita do governo oriunda do processo inflacionário de emissão de moeda, da seguinte forma: %B = M + nM onde: B = base monetária; M= demanda por saldos monetários; n=taxa de inflação. Temos que a variação da base monetária pode ser provocada pela expansão dos saldos monetários para a demanda transacional e pelo incremento do quantitativo de moeda para compensar o processo inflacionário, de sorte a manter constante o contexto de saldos monetários reais. O termo nM corresponde ao imposto inflacionário da literatura de economia emprestada aqui às finanças públicas. Daí, resultamos em duas hipóteses: i) se a senhoriagem corresponde apenas ao aumento da base monetária em função do crescimento real da produção de bens e serviços; ii) se a senhoriagem corresponde ao imposto inflacionário sem crescimento da produção de bens e serviços. Gabarito: VVFFV 17- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) As políticas monetárias influenciam, significativamente, o desempenho da economia. A respeito desse assunto, assinale a opção correta. a) Quanto maior for o custo de oportunidade de detenção de moeda, mais elevada será a demanda monetária. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 44 www.pontodosconcursos.com.br b) Aumentos da taxa de redesconto e do coeficiente de reservas são consistentes com a adoção de políticas monetária restritivas. c) O uso de regras fixas para a expansão da oferta de moeda é consistente com a visão keynesiana da política monetária. d) O Banco Central pode utilizar a política monetária para estabilizar, simultaneamente, as taxas de juros e a oferta monetária. e) De acordo com a teoria quantitativa da moeda, a velocidade de circulação da moeda, no curto prazo, é fortemente influenciada por variações não antecipadas na renda dos agentes econômicos. Comentários: A assertiva A está incorreta porque quanto maior for o custo de oportunidade de detenção de moeda, menos elevada será a demanda monetária. A demanda especulativa da moeda é a face da demanda por moeda que se relaciona com a taxa de juros nominal de forma inversa, isto é, quanto mais alta a taxa de juros, menor a demanda por moeda. A taxa de juros serve, então, de balizador do custo de oportunidade observado na demanda por encaixes reais versus demanda por títulos. Será mais interessante para o agente da economia investir seu estoque de riqueza (suas disponibilidades orçamentárias) preponderantemente em títulos, que rendem juros, em detrimento dos encaixes reais (moeda). Dessa forma, se o custo de oportunidade for alto de investimento em moeda, já que os títulos pagam uma taxa bastante atraente em razão de elevação da taxa de juros, a demanda por moeda será reduzida. A assertiva B está correta porque são instrumentos de política monetária contracionista ou elementos de decréscimo da base monetária: i) operações de venda de títulos públicos; ii) aumento da taxa de recolhimento dos compulsórios; iii) aumento do redesconto; Acompanhem pelo quadro abaixo todas as possibilidades de expansão/retração da base monetária Expansão da oferta monetária Instrumento de Política Monetária/ componente da base monetária Retração da oferta monetária Compra/resgate de títulos públicos Operações de mercado aberto Venda de títulos públicos Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios Queda da taxa de redesconto Taxa de Redesconto Elevação da taxa de redesconto A assertiva C está incorreta porque a fixação de regras para a condução da política monetária, contribuindo para reduzir as CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 45 www.pontodosconcursos.com.br instabilidades macroeconômicas, é preceito dos adeptos da visão monetarista e não da keynesiana.
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