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Guilherme Tiago Italo Seichas Italo Roberto Vitor Aloízio TESTE DE COOPER Análise do Teste de Cooper em indivíduos em indivíduos que inserem o treino cardiorrespiratório após a musculação BELO HORIZONTE 2023 TESTE DE COOPER: Comparando níveis de desempenho entre pessoas treinadas e não treinadas aerobiamente RESUMO: Verificar a potência aeróbia, através do Teste de Cooper realizado entre dois jovens universitário, que possuem como característica o treino da musculação. Método: Participaram do estudo 4 sujeitos (2 organizadores e 2 atletas) com 19 ± 23 anos, sendo todos homens que foram submetidos a medidas de VO2máx (Volume de Oxigênio Máximo) em valores relativos. O teste de campo usado, foi o Teste de Cooper, 1982: caminhada/corrida de 12 minutos de Cooper (COOPER), em um espaço de 50 metros quadrados. Os dados foram analisados por procedimentos descritivos e para comparação entre as medidas de VO2máx, a fim de mensurar o desempenho e analisar os dados para comparação. Assim, foram usados os métodos de Kenneth Cooper, como determinação e analise de alguns dados. Resultados: Foram encontradas diferenças nos resultados entre os dois indivíduos ao realizar o Teste de Cooper, no qual houve uma variação entre os dados ao que se refere VO2máx. No entanto, usamos a distância percorrida, voltas realizadas, calorias, frequência cardíaca de repouso, media e máxima e o tamanho do espaço, para obter os resultados. Conclusão: Apesar da similaridade dos dados, observou-se que o indivíduo que realiza um treino cardiorrespiratório após o treino de musculação, obteve um maior desempenho no teste. Sumo que este, durante a realização dos treinos de musculação detém de menor fadiga durante series e repetições. Palavra-chave: VO2máx, consumo de oxigênio, teste de esforço, comparação de dados. ABSTRACT: To verify the aerobic power, through the Cooper's Test performed between two young college students, who have as characteristic the bodybuilding training. Method: Four subjects (2 organizers and 2 athletes) with 19 ± 23 years old, all men, participated in the study and were submitted to VO2max (Volume of Maximum Oxygen) measurements in relative values. The field test used, was the Cooper Test, 1982: Cooper's 12 minute walk/run (COOPER), in a 50 meters square space. The data were analyzed by descriptive procedures and for comparison between VO2max measurements, in order to measure performance and analyze the data for comparison. Kenneth Cooper's methods were used to determine and analyze some data. Results: We found differences in the results between the two individuals when performing the Cooper Test, in which there was a variation between the data regarding VO2max. However, we used the distance traveled, laps taken, calories, resting, average and maximum heart rate, and the size of the space to obtain the results. Conclusion: Despite the similarity of the workouts, it was observed that the individual who performs cardiorespiratory training after weight training obtained a higher percentage of VO2max, when compared to another who performs only weight training, i.e., strength training. When analyzing the data, it was noted that the variables, such as heart rate, oscillated in the subject who performs cardiorespiratory training after weight training, and that the subject who only performs weight training, obtained constancy in his frequency, but performed fewer laps than the opponent. INTRODUÇÃO O teste de Cooper é um teste que tem como objetivo avaliar a capacidade cardiorrespiratória através da análise da distância percorrida durante 12 minutos, em uma corrida ou caminhada, sendo utilizado para avaliar o condicionamento físico da pessoa. (Blair SN; Koh, 1989) Este teste permite ainda determinar indiretamente o volume de oxigênio máximo (VO2máx), que corresponde à capacidade máxima de captação, transporte e utilização de oxigênio, durante o exercício físico, sendo um bom indicador da capacidade cardiovascular da pessoa. (Blair SN; Koh, 1989) Nesse sentido, historicamente muitos testes de campo têm sido desenvolvidos e validados em diferentes populações para avaliação da aptidão cardiorrespiratória, uma vez que existe uma estreita relação entre o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e o desempenho atlético em diversas modalidades esportivas, bem como com a saúde, doença e mortalidade em não atletas. (Circulation 2005; 112:505-12.) Neste último contexto, especificamente, existem fortes evidências de que índices elevados de aptidão cardiorrespiratória podem reduzir o risco de morbidade e mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares na população adulta. (Lee D, et al., 2010) A medida (de forma direta) ou a estimativa (de forma indireta) do VO2máx para avaliação da aptidão cardiorrespiratória tem sido amplamente utilizada, sobretudo, no campo da pesquisa, na área clínica e do esporte de alto rendimento, por ser reconhecidamente um dos melhores índices preditores da potência aeróbia. (Bassett DR Jr, et al., 2001) Por outro lado, a aplicação de testes de campo que proporcionam a predição do VO2máx por meio de modelos matemáticos é uma alternativa bastante atraente, uma vez que permite a redução dos custos operacionais e favorece a aplicação em larga escala, em ambientes diversos. (Duarte MFS, et., 2001). A grande preocupação com relação à utilização de testes de campo para essa finalidade reside na qualidade das informações produzidas, uma vez que o nível de precisão da estimativa do VO2máx a partir de um determinado teste pode ser comprometido pela falta de controle de diversas variáveis tais como idade, nível de aptidão física individual, sexo, entre outras. (Duarte MFS, et., 2001). Desta forma, a utilização de procedimentos estatísticos mais robustos para o tratamento dos dados pode proporcionar um diagnóstico mais criterioso acerca das informações produzidas até o presente momento. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi, realizar e analisar a estimativa do VO2máx através do teste de Cooper, em um sujeito que incluí o treino cardiorrespiratório no final da musculação e outro indivíduo que só realiza a musculação, e a concordância entre a medida dos diferentes indivíduos adultos jovens universitários. MÉTODOS Sujeitos Dois sujeitos (sendo 2 homens), jovens universitários, não atletas, mas treinados na faixa etária de 19 a 23 anos, participam voluntariamente deste estudo. Os participantes, após receberem informações sobre as finalidades do estudo e os procedimentos aos quais seriam submetidos, aceitaram as instruções esclarecidas a partir do artigo original do teste de Cooper (Cooper KH, 1968), conforme o Conselho Nacional de Saúde para estudos com seres humanos, do Ministério da Saúde. Delineamento experimental Foi orientado aos voluntariados sobre os procedimentos que seriam aplicados a eles, deixando bem claro que seria um experimento de desempenho físico, que o colhimento dos dados, não prejudicaria a saúde dos sujeitos. A forma de execução do teste foi abordada a fim de deixar claro o procedimento que iria acontecer. Um teste de corrida de resistência, para determinação do VO2máx, como medida de referência, realizado na Arena no Centro Universitário Una Barreiro, Belo Horizonte. Os sujeitos foram submetidos ao protocolo de Cooper, em um espaço de 15mts por 10mts quadrados, totalizando 50 metros, conforme ordem previamente determinada. Segundo o protocolo, os indivíduos deverão correr/andar de forma continua os 50 metros quadrados por 12 minutos interruptos. Assim, que o tempo for atingido o sujeito deverá parar onde estiver, independente do lugar que esteja. A autoridade contará a metragem e assim o teste será finalizado. Teste para estimativa do VO2máx O teste de corrida/caminhadade 12 min (Cooper KH, 1968) foi realizado em uma Arena no Centro Universitário Una Barreiro, Belo Horizonte. O espaço foi dividido em um quadrado de 15mts por 10mts, totalizando 50 metros, sendo os pontos dos quadros sinalizados por um cone. Os sujeitos foram orientados a percorrer a máxima distância possível no tempo de 12 min. Para a estimativa do VO2máx (ml.kg- 1.min-1) foi utilizada uma equação baseada na máxima distância percorrida (DP): VO2máx = (DP – 504,1) / 44,79. (MATHEWS, 1980; MARINS, 1998; MORROW JR, 2003; MATSUDO, 2005; PITANGA, 2008) Os sujeitos foram orientados a percorrer a distância predeterminada, no mínimo tempo possível. FONTE: ARQUIVO PESSOAL Tratamento estático Após a confirmação da normalidade dos dados por meio do teste de Cooper, as informações foram tratadas por procedimentos no qual foi comparado os dados dos dois sujeitos sendo as variáveis; distância percorrida, voltas realizadas, calorias, frequência cardíaca de repouso, media e máxima e o tamanho do espaço. Através destes dados independentes os valores obtidos para análise de comparação trouxeram resultados importantes para o artigo, tornando o método eficiente e valido para prosseguimento da conclusão. O nível de confiança dos dados é de excelência pois, o teste foi baseado no artigo original de Cooper, 1982. RESULTADOS A descrição dos resultados do teste, tabela 1, mostra que houve uma pequena diferença na Frequência Cardíaca (FC), através das variáveis adquiridas durante o teste entre os sujeitos. Utilizaram-se as variáveis distância percorrida, voltas realizadas, calorias, frequência cardíaca de repouso, media e máxima e o tamanho do espaço. A comparação dos resultados, mostram-se que os indivíduos que praticam o treino cardiorrespiratório, após a musculação, obtiveram maior resultado de VO2máx, em relação ao que pratica somente a musculação. Contudo, aos que praticam o treino cardiorrespiratório tende de haver um maior desempenho quanto a fadiga muscular, ou seja, podendo obter um maior desempenho no número de repetição e series. Os critérios usados foram o de Cooper, 1982, assim adquirimos os resultados a seguir; TABELA 1 TABELA 2 TABELA 3 Na tabela 1, estão apresentados os valores médios da frequência cardíaca dos participantes, obtido através dos métodos aplicados dentro do teste de Cooper. Método FC (Rep) FC (Méd) FC (Máx) Treino aeróbio após a musculação 64 FC 176 FC 196 FC Musculação sem aeróbio 63 FC 167 FC 188 FC Método VOLTAS (METROS) VO2MÁX CONDIÇAO (COOPER) Treino aeróbio após a musculação 2.092 35,28 FRACA Musculação sem aeróbio 1.951 32,15 M. FRACA Método FC (3MIN) FC (6MIN) FC (9MIN) FC (12MIN) Treino aeróbio após a musculação 170 185 180 186 Musculação sem aeróbio 159 168 170 181 No qual foi usado um relógio Polar para buscar estes dados obtidos. Houve uma variação desta frequência, de acordo com nível de condicionante do sujeito. A tabela 2, mostra-nos a diferença condicionante dos sujeitos, de acordo com a tabela do teste de Cooper, 1982. A condição do indivíduo que pratica o treino aeróbio, logo após, a musculação, se mostrou um pouco melhor, em termos de maiores voltas realizadas, como consequência melhores resultados no VO2máx e uma condição física em comparação a outro sujeito. A tabela 3, mostra as variáveis da FC nos minutos demarcados, assim houve pouca diferença nestas quando comparadas. DISCUSSÃO Destaca-se que os valores encontrados estão de acordo com o protocolo original de Cooper 1982, conforme inserido no início do artigo. Vale ressaltar que os demais dados, foram obtidos através do relógio Polar Fitness Test, tendo medidas estimadas e de valores concretos. Os valores encontrados de condição física e VO2máx foram determinados de acordo com os protocolos, assim os dados encontrados teve como objetivo comparar os indivíduos que inserem em seu treino o aeróbio pós musculação e um que não realiza este tipo de treino. Afim, de saber qual deles possuíam maior valor de VO2máx e uma condição cardiorrespiratória melhor, de acordo com a tabela de Cooper, 1982. O protocolo de Cooper é um dos métodos indiretos mais utilizados por profissionais da área de Esporte e Educação Física devida sua grande facilidade de aplicação, baixo custo e a possibilidade de várias pessoas serem avaliadas ao mesmo tempo. Kruel et al. testaram a validade e a confiabilidade do VO2máx estimado pelo Polar Fitness Test em relação ao VO2máx direto. Não corroborando com os resultados do presente estudo, os autores encontraram uma superestimação do valor predito para o valor direto, porém concluíram que o método apresenta confiabilidade apresar de não ser confirmada a validade. Apesar de haver uma escassez de estudos que testam o método Polar Fitness Test, no presente estudo, este, apresentando-se como um bom método para se mensurar o VO2máx na pratica diária. (Peserico CS, et al., 2011) A ideia principal é comparar as condições de desempenho físico dos sujeitos, pois, através desta condicionante teremos informações importantes para o desempenho dos indivíduos. Por exemplo, um sujeito que apresenta ter um VO2máx bom, está sujeito a ter melhor desempenho na musculação, porque, o sistema cardiorrespiratório trabalhará melhor, logo, terá uma melhor recuperação entre as series, cansando menos e realizando maiores repetições. Indivíduos que não realizam aeróbio, estão sujeitos a cansarem mais no treino de força, pois, não possuem a resistência necessária para realizar a series e repetições. Foram encontradas divergências nos valores, quando o desempenho físico é relacionado aos valores da tabela de Cooper, no qual se mostrou que o sujeito 2, não praticante de aeróbio, detém, uma condição física MUITO FRACA, sendo esta inferior ao outro praticante de musculação que insere aeróbio em seus treinos. As divergências encontradas na literatura em relação à comparação dos valores estimados de VO2máx, podem ser explicadas pelo fato de que em todos os métodos utiliza-se fórmulas matemáticas com valores de variáveis indiretamente relacionadas com o VO2máx, como por exemplo: máxima distância percorrida e tempo fixo, máxima velocidade atingida em teste, frequência cardíaca de repouso, frequência cardíaca máxima, nível de treinamento, idade, gênero, hereditariedade, estado clínico cardiovascular, peso corporal e outros fatores. Estas variáveis estimam para mais ou para menos o valor VO2máx e, por estarem expostas a muitos fatores externos acabam se tornando variáveis frágeis, comprometendo os valores finais da estimativa. Além disto, as fórmulas matemáticas podem também apresentar erros. O método utiliza o maior número das variáveis citadas para predizer o VO2máx é o Polar Fitness Test, justificando assim sua maior aproximação em relação aos valores encontrados pelo método. Outros estudos realizados com alguns destes protocolos também analisados, mostraram uma alta correlação dos métodos com o valor obtido. Contudo, a utilização de métodos de determinação do VO2máx deve ser utilizada com critério e não devem ser o único parâmetro para prescrição de treinamento, podendo ser trabalhada em conjunto com outras variáveis fisiológicas, como o Teste de Cooper 1982, pois, as intensidades advindas de protocolos indiretos podem atribuir uma sobrecarga inferior ou superior às pretendidas. Sobretudo, os exercícios aeróbios são de grande valia para se ter resultados quando falamos em condicionamento físico e desempenho na musculação. Até mesmo os culturistas chegam a utilizar o aeróbio todos os dias, para se ter uma resposta metabólica, dependendo claro, de sua genética. Podemos usar o aeróbio de diversos tipos e variáveis, podendo modular sua intensidade, de acordo com o objetivodo indivíduo. Podendo fazer intensidades e ritmos mais elevados com variações de tiros intensos que pode durar em um determinado período de 30min ou até mesmo 50min a 1h, por exemplo. De certa forma, o aeróbio ajuda na queima da gordura e no condicionamento cardiovascular, que resulta em um melhor desempenho na musculação. O artigo nos mostrou que o desempenho do sujeito 1, foi melhor pois, o aeróbio está inserido em seu planejamento de treino, trazendo a este indivíduo um melhor condicionamento físico. O sujeito 2, obteve um menor desempenho quando comparado ao indivíduo 1. Houve uma diferença entre eles, quando falamos em variações, como frequência cardíaca, número de voltas e velocidade média, por exemplo. Em seus treinos, este estimula seu corpo apenas com o treino de força/hipertrofia, a literatura nos mostra que associar o aeróbio nos treinamentos da musculação, traz maiores benefícios a saúde e ao desempenho. CONCLUSÃO Este estudo teve como objetivo realizar o teste de Cooper, 1982, a fim de comparar através de parâmetros dois indivíduos treinados, analisando o condicionamento físico e o consumo do VO2máx dos sujeitos, relacionando com o desempenho na musculação. Sujeito 1, possui como características ser um indivíduo que realiza o treino aeróbio após a musculação e o sujeito 2 não praticante de aeróbio. Ambos realizam exercício físico (musculação), todos os dias, sendo estes já treinados. Na realização dos testes, notou-se que a frequência cardíaca do sujeito 1, foi uma variável constante, sendo um excelente parâmetro, pois nota-se que o coração faz menos esforço para bombear o sangue para o nosso corpo. Sendo assim, o indivíduo consegui manter uma boa média em relação a velocidade média e máxima, realizando um maior número de voltas. O nível de aptidão obtido através dos testes teve como resposta, condição física fraca, tanto no teste de Cooper, 1982, quanto no VO2máx. O sujeito 2, realizou um menor número de voltas no teste de VO2máx, sua frequência cárdica oscilou, mantendo – se alta. Assim, o coração exerceu maior esforço para bombear o sangue para o corpo, chegando mais rápido ao que chamamos a exaustão. Por isso, sua velocidade máxima e média, ficaram abaixo do indivíduo 1. Portanto, a condição física atribuída através dos testes realizados é de desempenho, MUITO FRACO. Contudo, o sujeito 1 terá maior desempenho na musculação que o sujeito 2, pois o treino aeróbico na rotina de treinamentos auxilia no aumento da sensibilidade à insulina, o que permite que a chance de seus nutrientes ingeridos serem estocados nas reservas de gordura sejam mínimas. Isto significa, mais massa muscular e menos gordura. (Antônio Renato Pereira Moro, et al., 1997) Forjaz et al (p. 384, 2010) “as adaptações cardiovasculares causadas pelo exercício aeróbio dinâmico se dão em sua maioria pelo aumento da atividade nervosa simpática e pela redução da parassimpática, que ocorrem principalmente por causa da ativação do comando central e de macanorreceptores musculares e articulares, essas alterações neurais resultam no aumento da frequência cardíaca, do volume sistólico e, consequentemente do débito cardíaco, e ainda, durante a prática de exercício aeróbio ocorre vasodilatação na musculatura ativa provocada, principalmente pela liberação de óxido nítrico, o que promove queda da resistência vascular periférica, dessa forma, durante o exercício aeróbio observa-se aumento da pressão arterial sistólica e manutenção ou queda da pressão arterial diastólica. Todas essas adaptações permitem dizer que o exercício aeróbio caracteriza-se por ser um exercício que promove sobrecarga volumétrica no sistema cardiovascular, ou seja, promove, sobretudo, aumento no fluxo sanguíneo, que resulta no aumento da cavidade da câmara ventricular esquerda, promovendo assim hipertrofia ventricular esquerda excêntrica”. O exercício aeróbio proporciona mais condicionamento físico. Isto quer dizer que melhorar o condicionamento físico possui efeito direto no treinamento com pesos. Ter mais condicionamento proporciona menor tempo de recuperação entre uma série e outra, principalmente em exercícios que exigem muito do nosso condicionamento físico como, levantamento terra e agachamento livre. Houve uma diferença nos dados, porém, ambos estão fracos em desempenho físico, porém, o sujeito 1 sempre levara vantagem sobre o indivíduo 2 quando falamos em desempenho na musculação. Teste de Cooper de 12 minutos O teste de Cooper de 12 minutos é um dos testes mais populares de avaliação da capacidade cardiorrespiratória. Objetivo: Avaliar a aptidão aeróbica. Equipamentos necessários: Pista de corrida oval e plana ou pista de atletismo, cones para marcação, folha para anotação de dados, cronômetro. Procedimentos: O avaliado deverá correr ou andar sem interrupções durante 12 minutos, sendo registrada a distância total percorrida durante este tempo. Recomenda-se marcar as distâncias em intervalos definidos com cones ao redor da pista para facilitar a visualização e a medição da distância percorrida pelo avaliado. Com base na distância percorrida em Km, estima-se o VO²max por meio da seguinte equação matemática: VO²max (kg. Min)-1= (22.351 x distância em km) – 11.288 A tabela abaixo também dá orientações gerais para a interpretação dos resultados deste teste. Tabela 1 – Nível de capacidade aeróbica – Teste de andar / correr durante 12 minutos de Cooper Categoria de Capacidade Aeróbica Idade (anos) 13 – 19 20 – 29 30 – 39 40 – 49 50 – 59 60 ou mais I – M. Fraca (homens) (mulheres) < 2090 < 1960 < 1900 < 1830 < 1660 < 1400 < 1610 < 1550 < 1510 < 1420 < 1350 < 1260 II – Fraca (homens) 2090- 1960- 1900- 1830- 1660- 1400- Obs.: Distância em metros / Fonte: Cooper, 1982 Em termos de velocidade de deslocamento, o ideal é que o avaliado consiga manter constante a velocidade durante os 12 minutos do teste. Vantagens: Uma das vantagens deste teste é a possibilidade de avaliar uma quantidade grande pessoas ao mesmo tempo. Também pode ser aplicado a pessoas de todos os níveis de condicionamento físico e com idades entre 10 a 70 anos. Desvantagem: A estimulação constante do avaliado se faz necessária e o desempenho neste teste pode ser extremamente afetado pela motivação. (mulheres) 2200 2110 2090 1990 1870 1640 1610- 1900 1550- 1790 1510- 1690 1420- 1580 1350- 1500 1260- 1390 III – Média (homens) (mulheres) 2210- 2510 2120- 2400 2100- 2400 2000- 2240 1880- 2090 1650- 1930 1910- 2080 1800- 1970 1700- 1960 1590- 1790 1510- 1690 1400- 1590 IV – Boa (homens) (mulheres) 2520- 2770 2410- 2640 2410- 2510 2250- 2460 2100- 2320 1940- 2120 2090- 2300 1980- 2160 1970- 2080 1800- 2000 1700- 1900 1600- 1750 V – Excelente (homens) (mulheres) 2780- 3000 2650- 2830 2520- 2720 2470- 2660 2330- 2540 2130- 2490 2310- 2430 2170- 2330 2090- 2240 2010- 2160 1910- 2090 1760- 1900 VI – Superior (homens) (mulheres) > 3000 > 2830 > 2720 > 2660 > 2540 > 2490 > 2430 > 2330 > 2240 > 2160 > 2090 > 1900 REFERENCIAS 1. Blair SN, Kohl HW 3rd, Paffenbarger RS Jr, Clark DG, Cooper KH, Gibbons LW. Physical fitness and all-cause mortality. A prospective study of healthy men and women. JAMA 1989;262:2395-401. 2. Lamonte MJ, Barlow CE, Jurga R, Kampert JB, Church TS, Blair SN. 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