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Memorex PCCE 02

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Prévia do material em texto

Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
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 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
2 
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 02. As outras 04 rodadas serão 
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 Disponível Imediatamente 
Rodada 03 21/07 
Rodada 04 28/07 
Rodada 05 04/08 
Rodada 06 11/08 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
3 
ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................... 4 
INFORMÁTICA ................................................................................................................... 10 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ..................................................................................... 15 
LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE .................................................................. 26 
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 32 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 46 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................... 50 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA ........................................................................................... 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
4 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
DICA 01 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
 Apoiar-se EXCLUSIVAMENTE no texto! 
 
 Ao ler todas as todas as assertivas buscar a MAIS COMPLETA (geralmente, sempre 
haverá duas mais aceitáveis); 
 
 Sempre PROCEDER ELIMINANDO HIPÓTESES e comparar o SENTIDO DAS 
PALAVRAS (uma palavra pode decifrar a melhor resposta); 
 
 É de suma importância ENCONTRAR O TÓPICO FRASAL, ou seja, a frase que bem 
resume o sentido básico do texto; 
 
 Via de regra, se a dúvida persistir, a CONCLUSÃO do texto será a melhor alternativa. 
 
DICA 02 
ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS? 
- Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto. 
-Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais. 
- NÃO ABORDAM o texto! 
- CONTRADIZEM o texto. 
- Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor 🡪 parcialidade! 
 
DICA 03 
*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES FALSAS quando: 
1. Generaliza; 
2. Extrapola; 
3. Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela. 
*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS quando: 
1. Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos; 
2. Literalidade, usando sinônimos; 
3. Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo. 
 
DICA 04 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: 
 Comece sempre pelo COMANDO DA QUESTÃO. 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
5 
 NUNCA LEIA O TEXTO SEM ANTES VER O QUE A QUESTÃO PEDE. 
 Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto 
que foi pedido na questão. 
 
DICA 05 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: 
* Volte ao texto sempre que necessário, NUNCA DEDUZA SEM TER A INFORMAÇÃO 
NO TEXTO, evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto 
passa. Porém sempre com uma leitura dirigida. 
* Tente ver nas RESPOSTAS DE OUTRAS QUESTÕES que dizem a mesma coisa (com 
palavras diferentes). Veja SE BATE COM O QUE VOCÊ ACHA COMO CORRETO. 
 
DICA 06 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
IDENTIFICAR CONFORME A LEITURA: uma relação de esclarecimento, se existe uma 
IDEIA DE RESUMO, EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, ENUMERAÇÃO, 
OPOSIÇÃO OU CONCLUSÃO. 
Se a questão pedir o TEMA OU IDEIA CENTRAL (principal): deve-se EXAMINAR COM 
ATENÇÃO A INTRODUÇÃO E/OU CONCLUSÃO, pois nesses que contará a informação. 
 
DICA 07 
DIFERENCIAÇÃO ENTRE: 
COMPREENSÃO: Significado de Algo. Modo concreto. Está no texto de modo explícito. 
INTERPRETAÇÃO: Algo subentendido de modo lógico. De forma implícita. 
 
DICA 08 
RECURSOS ARGUMENTATIVOS - ARGUMENTO DE AUTORIDADE 
* É construído com base em uma AFIRMAÇÃO DE SABER NOTÓRIO, de conhecimento 
público. 
* É uma forma de GARANTIR A CREDIBILIDADE DA AUTORIDADE citada no texto. 
 
DICA 09 
RECURSOS ARGUMENTATIVOS – ARGUMENTO DE CONSENSO 
NÃO PRECISA DE PROVAS, pois seu conteúdo é aceito como verdade dentro de um 
grupo ou espaço sociocultural. 
 
 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
6 
DICA 10 
EXEMPLO DE PALAVRAS QUE ADMITEM DUPLA GRAFIA: 
*Assobiar ou assoviar; 
*Chipanzé ou chimpanzé; 
*Cota ou quota; 
*Estalar ou estralar; 
*Marimbondo ou maribondo; 
*Toicinho ou toucinho; 
*Assoprar ou soprar; 
*Enfarte ou Infarto ou Infarte; 
*Taberna ou Taverna; 
*Catorze ou Quatorze; 
*Aluguel ou aluguer. 
 
DICA 11 
ATENÇÃO! Se a palavra seguinte começar com R ou S, terá que dobrar a letra e não 
colocar hífen! 
Ex.: autorretrato, autossuficiente, antissocial… 
 
DICA 12 
ATENÇÃO! 
 A palavra “Quotidianamente” não foi abolida da ortografia oficial brasileira, podendo 
substituir “cotidianamente”. 
 Quotidiano é mais utilizado em Portugal, pois no Brasil, é mais comum o uso de 
cotidiano. Ambas palavras têm o mesmo significado (referem-se a acontecimentos 
comuns que se sucedem todos os dias). 
 
DICA 13 
ENDOFÓRICA (Dentro do texto) - Se divide em anafórico e catafórico 
ANAFÓRICO (esse, essa, aquilo) - É o termo que precede, evita repetição. 
Ex.: Ana brigou comigo. Ela não vem mais aqui. 
* Ana = Referente 
* Ela = Anafórico. 
CATAFÓRICO (este, esta, isto) - É o termo que se segue, anuncia o referente. Ex.: Ele 
afirmou-me isto: que você é mentiroso. 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
7 
* Isto = Catafórico 
* que você é mentiroso = referente. 
Bizu: 
* ANafórico = ANterior 
* CATAfórico = CATApulta (lança pra frente) 
 
DICA 14 
COESÃO X MANUTENÇÃO DO SENTIDO 
COESÃO: LÓGICA DO TEXTO + AUSÊNCIA DE CONTRADIÇÃO + TEXTO ORGANIZADO = 
CONSEGUIR LER CLARAMENTO E ENTENDER TUDO. 
MANUTENÇÃO DO SENTIDO: SENTIDO SEMÃNTICO DOS REFERENTES, AÇÕES DOS 
VERBOS INALTERADOS. 
ATENÇÃO PARA ESSA PEGADINHA! 
Seria mantida a COERÊNCIA do texto se o trecho “a partir das” fosse substituído ou 
por “com base nas” ou por “desde as”, embora essas duas expressões tenham 
sentidos distintos. 
Analise-se como ficariam as frases: 
- Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de dignidade 
ficou desvinculada da posição social. 
- Frise-se que foi com base nas formulações de Cícero que a compreensão de dignidade 
ficou desvinculada da posição social. 
- Frise-se que foi desde as formulações de Cícero que a compreensão de dignidade ficou 
desvinculada da posição social. 
MANTEVE-SE A COERÊNCIA, POIS É POSSÍVEL COMPREENDER CLARAMENTE AS 
FRASES. E A QUESTÃO PERGUNTOU APENAS SE SERIA MANTIDA A COERÊNCIA! 
FIQUE LIGADO/A SEMPRE NO ENUNCIADO! SE O ENUNCIADO TROUXESSE O 
ARGUMENTO DE ALTERAÇÃO DE SENTIDO E COERÊNCIA, AÍ SIM, A ASSERTIVA 
ESTARIA ERRADA! 
 
DICA 15 
⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição. 
 
⇨ Sentido do texto/Semântica:Significado das palavras. 
 
⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como 
substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral, 
conjunção, interjeição. 
 
⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, 
período. Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento 
nominal. 
 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
8 
DICA 16 
- SINONÍMIA PALAVRAS DIFERENTES + SIGNIFICADOS IDÊNTICOS OU 
APROXIMADOS. Ex.: casa/lar; prédio/edifício; aguardar/esperar. 
- ANTONÍMIA PALAVRAS COM SENTIDOS OPOSTOS. Ex.: Clara ≠ escuro; doce ≠ amargo. 
 
DICA 17 
HOMONÍMIA 
→ consiste em palavras que possuem o mesmo som e/ou mesma grafia. 
→ divide-se em: 
- Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia. 
- Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia. 
*Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronúncia diferente: 
Ex.: DESTE (PRONOME) X DESTE (VERBO) 
*Homófonas heterográficas: Na língua oral, necessitam estar contextualizadas: 
Ex.: HÁ (VERBO) x a (preposição/artigo) 
*Homônimos perfeitos: palavras parecidas na grafia e no som, PORÉM COM 
SIGNIFICADOS DIFERENTES. 
Ex.: MANGA! 
Eu amo manga (fruta) 
A manga da blusa está molhada (parte da roupa) 
Ex.2: caminho → substantivo / caminho → verbo 
Ex.3: cedo → verbo / cedo → advérbio 
 
DICA 18 
PORQUE X POR QUE X POR QUÊ X PORQUÊ 
 
* Considerações gerais: 
 
1) Toda vez que houver relação de causa/efeito, mesmo se houver pergunta, 
emprega-se PORQUE (junto sem acento). 
2) Se houver determinante (artigo, pronome, numeral), emprega-se PORQUÊ 
(junto com acento). 
3) Nos demais casos, emprega-se POR QUE (separado) no meio da frase e POR 
QUÊ (separado com acento) no fim da frase. 
Tipos Características 
 
PORQUE 
(=pois) 
-Conjunção causal/ explicativa 
(introduz uma explicação ou causa da 
oração anterior) 
-Une orações 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
9 
-Estabelece relação de causa e 
efeito 
Ex.: Isso acontece porque as pessoas 
não se previnem. (= pois) 
 
PORQUÊ 
(=motivo, razão) 
-Substantivo 
-Admite plural 
- Acompanhado de artigo 
Ex.: Eu fiz isso, mas não sei o 
porquê. 
 
POR QUE 
(=por que razão) 
-advérbio interrogativo: usado em 
pergunta direta(?) ou indiretas (.), ou 
seja com pontuação ou não. 
ou 
-locução pronominal: (tem valor de 
pelo qual, pela qual ...) - Por 
(preposição) + Que (pronome 
relativo), equivalente a pelo qual, 
pela qual. 
Ex.: - Por que você não foi à igreja 
ontem? (por qual motivo, pode ser 
substituído) 
- Não sei por que você se foi. (por 
que motivo) 
- Só eu sei as tristezas por que 
passei. (pelas quais passei) 
 
POR QUÊ 
 
- Mesmas hipóteses acima citadas, 
quando ocorre em final de período. 
Ex.: - Você saiu, por quê? 
- Você saiu e eu não sei por quê. 
 
 
DICA 19 
À MEDIDA QUE X NA MEDIDA EM QUE 
*À MEDIDA QUE: locução conjuntiva proporcional, expressa ideia de PROPORÇÃO. Pode 
ser substituída por “à proporção que”. Ex.: À medida que nós subirmos, ficaremos mais 
cansados, porque o ar é rarefeito. 
*NA MEDIDA EM QUE: locução conjuntiva causal – NOÇÕES DE 
CAUSA/CONSEQUÊNCIA OU EFEITOS. Pode ser substituída pelas equivalentes “uma 
vez que”, “porque”, “visto que”, “já que” e “tendo em vista que”. Ex.: A pesquisa dever 
ser feita antes de janeiro na medida em que vamos estar de férias nesse período. 
DICA 20 
AO ENCONTRO DE (FAVORÁVEL) – DE ENCONTRO A (CONTRÁRIO) 
A minha opinião foi ao encontro da sua. (CONCORDEI). 
A minha opinião foi de encontro à sua. (DISCORDEI). 
 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
10 
INFORMÁTICA 
 
DICA 21 
FUNÇÕES E MACROS: 
* São funções predefinidas que tem o objetivo de retornar uma informação dentro da 
planilha. 
As funções podem conter funções em seus argumentos. Chamamos de funções aninhadas 
quando isso ocorre. 
Ex. =SE(SOMA(A1:A10) > 7;”APROVADO”; “REPROVADO”) 
Atenção ao ponto e vírgula que separa os argumentos. 
* Os macros são comandos salvos ou teclas digitadas que são armazenadas para uso 
posterior. Utiliza a linguagem Libreoffice Basic. Acessíveis através do menu 
ferramentas > Macros. As macros criadas precisam ser compiladas (converter o que 
escrevemos numa linguagem que o computador entenda) para poderem ser executadas. 
ATENÇÃO! 
Macros podem ser utilizadas em arquivos maliciosos com o intuito de buscar na internet 
um malware e executá-lo no computador. Deve-se ter cuidado ao baixar planilhas de 
fontes não confiáveis. 
 
DICA 22 
OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO DE DADOS. 
* O calc tem a opção de obter dados externos através do menu Planilha > Vincular a 
dados externos. É possível vincular dados de arquivos como HTML, CSV (Comma 
Separated Values), planilhas calc ou excel. 
* A classificação de dados refere-se a sua ordenação, pode ser feita em ordem alfabética, 
ordem crescente ou ordem decrescente utilizando os ícones ou através do 
menu Dados. 
 
DICA 23 
FUNÇÕES SE E CONT.SE 
Exemplos de funções predefinidas no Calc 
Exemplo 1. Na célula C1, temos a seguinte expressão =SE(A1 > B1; 1; 0) 
 
se a expressão A1 for verdadeira, irá aparecer o número 1 na célula C, caso fosse falso, 
apareceria 0. 
 
 
Exemplo 2. Na célula C1, temos a seguinte expressão =CONT.SE(A1:A5; B1) 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
11 
 
A fórmula CONT.SE contabiliza quantos elementos aparecem em uma lista, nesse caso, a 
célula B1 contém a palavra aprovado, quantas vezes essa palavra aparece na lista de A1 
até A5. Lembre-se que é possível também colocar expressões como “<=10” ou “>20”. 
Nesses casos irá buscar números em um intervalo que seja menor ou igual a 10. 
 
DICA 24 
FUNÇÃO CONT.SES 
Exemplo 1. Na célula C1, temos a seguinte expressão 
=CONT.SES(A1:A5;"mulher";B1:B5;"<=30") 
 
A fórmula irá contabilizar quantas mulheres abaixo de 30 anos tem na lista. Essa fórmula 
é utilizada quando queremos fazer um filtro com mais de uma coluna. 
 
DICA 25 
FUNÇÕES DENTRO DE FUNÇÕES 
É possível aninhar fórmulas, isso quer dizer, é possível colocar uma dentro da outra. 
=SE(E2>0;"RAIZES REAIS E DIFERENTES" ; SE(E2=0;"RAIZES REAIS E IGUAIS" ; "NÃO 
PERTENCE AOS REAIS")). 
Nesse caso, temos duas fórmulas SE. No primeiro SE, observamos que caso a expressão 
E2>0 seja verdadeira, irá aparecer o nome RAIZES REAIS E DIFERENTES, caso E2>0 seja 
falsa, irá para o segundo SE. Nesse segundo SE, caso E2=0, aparecerá RAIZES REAIS E 
IGUAIS, caso seja falso, NÃO PERTENCE AOS REAIS. 
 
DICA 26 
Funções SOMA, MÉDIA, MÉDIASE, MÉDIASES, MED, SUBTOTAL 
SOMA - Soma todos os valores em um intervalo. 
MÉDIA - Calcula a média aritmética em um dado intervalo. 
MED - Calcula a mediana de um intervalo. 
MÉDIASE - Calcula a média aritmética em um intervalo dada uma condição. 
Exemplo 1. Na célula B1, temos o seguinte =MÉDIASE(A1:A3:”>100”) 
 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
12 
 
 
MÉDIASES - Calcula a média aritmética em um intervalo que cumpre um conjunto de 
critérios. 
 
Exemplo 2. 
 
Na célula D1, temos o seguinte =MÉDIASES(B1:B3;C1:C3;">=100";D1:D3;">2") 
 
Irá calcular a média no intervalo B1 até B3, dado que no intervalo C1:C3 os valores que 
sejam maiores ou iguais a 100, e tal que no intervalo D1:D3 os valores sejam maiores 
que 
 
2. 
 
 
 
SUBTOTAL - Aplica uma função a um subtotal. Bastante útil quando é necessário filtrar 
valores. Pode ser do tipo Média, Contagem, Máximo, Mínimo, Soma etc. 
 
Exemplo 3. Na célula B1 temos o seguinte =SUBTOTAL(9;A1:A4). O 9 representa soma. 
 
 
 
Exemplo 4. Na célula B1, temos o seguinte =SUBTOTAL(4;A1:A4). O 4 representa o 
máximo. 
 
 
 
 
DICA 27 
PRECEDÊNCIA DE OPERADORES 
 
Quais operadores devem ser avaliados primeiros numa expressão: 
Por exemplo =(4+6)*2/5-1 
Resolve-se primeiro os parênteses, depois da esquerda para a direita, multiplicação ou divisão, 
soma ou subtração 
Exemplo 1. 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
13 
4+6 = 10 
10*2/5-120/5-1 
4-1 Resposta 3. 
 
Exemplo 2. 
=84/(10-6)*4+2 
10-6 = 4 
84/4*4+2 
21*4+2 
84+2 Resposta 86 
Caso tenha exponenciação, deve-se resolver antes de qualquer operação. 
 
Exemplo 3. 
=10*2+2^4*2 
10*2+16*2 
20+32 Resposta: 52 
 
DICA 28 
SÍMBOLOS DE ERROS EM FÓRMULAS. 
➢ #VALOR - Indica que a célula não corresponde a um valor definido para a 
fórmula, por exemplo, utilizar uma palavra quando se espera um número 
 
➢ #NUM - Um cálculo que resulta no estouro dos valores definidos 
 
➢ Erro 502 - Um argumento da função é invalido, por exemplo, utilizar número 
negativo na função Raiz 
 
➢ #NOME - Não foi possível encontrar o identificador, isto é, um nome errado 
de função, nenhuma linha ou coluna etc. 
 
➢ #REF - No caso do interpretador: em uma fórmula está faltando uma linha, 
uma coluna ou a planilha a qual a célula está sendo referenciada, no caso do 
compilador: não foi possível identificar o nome de uma descrição de linha ou 
de coluna 
 
➢ #DIV/0 - Divisão por zero 
 
DICA 29 
ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES. 
 
* Impress é o programa de apresentação de slides incluído no LibreOffice. O salvamento 
padrão é no formato .ODP (Apresentação ODF). Porém, é possível salvar no formato de 
arquivo reconhecido pelo PowerPoint (Programa de apresentação de slides da Microsoft). 
 
* A tela principal do Impress é composta por Área de trabalho 
(Normal, Estrutura de tópicos, Notas, Organizador de slides), Painel de Slides, Barra 
Lateral (localizada do lado direito), Réguas, Barra de status, Barra de ferramentas 
 
Componentes da área de trabalho 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
14 
 
● Normal - Permite a edição e criação de um slide individualmente. 
● Estrutura de tópicos - Contém todos os slides da apresentação em sua 
sequência numerada. 
● Notas - Utilizado para adicionar notas aos slides. Não aparecem na 
apresentação, apenas para o apresentador. 
● Organizador de Slides - Contém todas as miniaturas dos slides usados na 
apresentação. 
 
* Um slide é um item que compõe a apresentação. (criar um slide CTRL + M). Um slide 
mestre é utilizado quando se quer usar um ponto de partida em comum. É acessível 
através do Menu Slide. O impress conta com uma coleção de slide mestre acessíveis 
através da barra lateral. 
 
DICA 30 
Anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés 
* Anotações são um meio de criar lembretes durante a apresentação. Acessíveis através 
do menu notas na área de trabalho e do menu exibir na barra de menus. 
* Cabeçalhos e rodapés são adicionados através do Menu Inserir. Podem ser inseridos 
nos slides e nas Notas. Tem a estrutura padrão de incluir Data e Hora, texto do cabeçalho, 
texto do rodapé, número da página 
* Guias de alinhamento - Acessíveis através do menu Exibir. 
 
As réguas são acessíveis através do menu Exibir (atalho CTRL + SHIFT + R). São 
utilizadas para mostrar tamanhos de objetos utilizando linhas duplas. Também utilizada no 
posicionamento de objetos. 
 
 
 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
15 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL 
 
DICA 31 
HOMICÍDIO QUALIFICADO 
O homicídio qualificado é hediondo (exceção: o homicídio qualificado-privilegiado não é 
hediondo) e tem pena de 12 a 30 anos. São hipóteses de homicídio qualificado: 
 
✓ mediante paga ou promessa de recompensa; 
✓ motivo torpe; 
✓ motivo fútil: é o motivo insignificante. 
IMPORTANTE: a ausência de motivo não é considerado motivo fútil, ou seja, 
é melhor matar por “nada” do que por “pouco”; 
✓ emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio 
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum: o emprego de 
veneno, para qualificar o crime, deve ser dado para a vítima de forma 
astuciosa, ou seja, sem que ela saiba! Se a vítima souber que está 
sendo envenenada poderá restar configurado o motivo cruel; 
✓ traição, emboscada, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou 
torne impossivel a defesa do ofendido. 
 Ex: vítima amarrada, algemada, de costas, dormindo, muito 
embriagada e etc; 
✓ para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro 
crime. Ex: matar a testemunha de um roubo semanas depois do crime; 
✓ com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido (MUITA 
ATENÇÃO pois essa hipótese é novidade trazida com o pacote 
anticrime, mas cuidado, não é QUALQUER arma de fogo, somente as 
de uso RESTRITO ou PROIBIDO); 
✓ a PREMEDITAÇÃO, por si só, não qualifica o homicídio. 
 
DICA 32 
FEMINICÍDIO 
- O feminicídio é outra hipótese de homicídio qualificado; 
 
- O feminicídio é o homicídio de MULHER em uma dessas duas hipóteses: em situação de 
violência doméstica e familiar OU em menosprezo à condição da mulher (essas situações 
são chamadas de condições do sexo feminino); 
 
- O crime terá a pena aumentada de 1/3 até a metade se praticado: 
 
• durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
• contra pessoa menor de 14 (catorze) anos; 
• contra maior de 60 (sessenta) anos (CUIDADO, pois não é contra o 
IDOSO, pois idoso é todo aquele com 60 anos ou mais e para 
 Memorex PC CE – Rodada 02 
 
 
16 
aumentar a pena no feminicídio é preciso que a vítima tenha MAIS de 
60 anos); 
• pessoa com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem 
condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; 
• na presença física ou VIRTUAL de descendente ou de ascendente da vítima; 
• em descumprimento das medidas protetivas de urgência. 
 
DICA 33 
HOMICÍDIO FUNCIONAL 
Outra hipótese de homicídio qualificado é o crime cometido contra: 
 
✓ integrantes da Marinha, Exército ou Aeronáutica; 
✓ integrantes das polícias: federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civis, 
militares e corpos de bombeiros militares, penais federal, estaduais e distrital. 
✓ integrantes do sistema prisional; 
✓ integrantes da Força Nacional de Segurança Pública; 
✓ quando estiverem no exercício da função ou em decorrência dela 
✓ ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro 
grau, em razão dessa condição; 
✓ CUIDADO: se o agente estiver de férias ou de licença a qualificadora se 
aplicará, MAS se estiver EXONERADO ou APOSENTADO, NÃO mais se 
aplicará, pois estará encerrado o vínculo com o Estado; 
✓ a lei trouxe que a qualificadora abrange APENAS os parentes consanguíneos, 
ou seja, ainda que seja injusto, não se aplica a filhos adotivos, por exemplo. 
✓ Parentes até terceiro grau atinge, por exemplo: avô e bisavô, tios e tias, 
irmãos, filhos, netos. NÃO ABRANGE, contudo, os primos, que são parentes 
de QUARTO grau. 
 
DICA 34 
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO 
✓ o homicídio privilegiado é na verdade uma causa de diminuição de pena, de 
1/6 a 1/3 da pena; 
✓ para que esteja configurado o agente deve agir impelido por motivo de 
RELEVANTE valor social ou moral; 
✓ relevante valor social é aquele que inspira clamor social, como por exemplo, 
alguém que matasse o criminoso Lázaro, que vinha aterrorizando a população 
no centro do País; 
✓ relevante valor moral é aquele relacionado a interesse privado do agente, 
como por exemplo aquele que mata o estuprador de sua filha; 
✓ além das hipóteses, o agente deve agir sob o DOMÍNIO de violenta emoção e 
LOGO APÓS INJUSTA provocação da vítima; 
✓ provocação não se confunde com agressão. Se for agressão será legítima 
defesa; 
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17 
✓ MUITA ATENÇÃO: o agente deve estar sob o DOMÍNIO da violenta emoção; 
se a questão trouxer sob a INFLUÊNCIA, NÃO será hipótese de homicídio 
privilegiado, mas de homicídio simples com circunstância atenuante; 
 
DICA 35 
PERDÃO JUDICIAL 
✓ É CAUSA DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE; 
✓ Chamado de princípio da bagatela imprópria; 
✓ A sentença tem natureza declaratória, consoante súmula do STJ; 
✓ O perdão judicial, contudo, não se estende às vítimas que não tenham uma 
ligação afetiva com o agente; 
Ex: o pai que dá carona para o amigo dofilho e causa um acidente em 
que as duas crianças morrem. Nesse caso o perdão judicial não se 
estende ao amigo do filho. 
 
DICA 36 
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU AUTOMUTILAÇÃO 
✓ atenção porque o crime foi muito alterado em 2019; 
✓ induzir é colocar a ideia na cabeça de alguém; instigar é alimentar uma ideia 
que já existe; auxiliar é prestar qualquer ajuda material, como emprestar a 
corda para a pessoa se enforcar ou o canivete para se automutilar; 
✓ o crime, em sua forma simples, é FORMAL, ou seja, NÃO PRECISA de 
resultado; ainda que a vítima nem chegue a tentar o suicídio o crime estará 
consumado; 
✓ se do ato a vítima sofrer lesão LEVE, o crime será na forma simples, mas se a 
lesão for GRAVE, GRAVÍSSIMA ou ocorrer a MORTE, o crime será 
qualificado; 
✓ além das formas qualificadas (nova pena mínima e máxima), o artigo ainda 
prevê algumas causas de aumento: 
 
DUPLICADA (2X) 
motivo egoístico, torpe ou fútil 
vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer 
causa, a capacidade de resistência 
ATÉ O DOBRO (ATÉ 
2X) 
por meio da rede de computadores, de rede 
social ou transmitida em tempo real 
DE METADE (+1/2) 
agente é líder ou coordenador de grupo ou de 
rede virtual 
 
IMPORTANTÍSSIMO 
 
✓ Para que a pessoa possa ser induzida, instigada ou auxiliada a cometer 
suicídio ou praticar automutilação é preciso que ela tenha capacidade de 
tomar essa decisão; 
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18 
✓ por este motivo, a lei entende que se a vítima tiver menos de 14 anos ou 
for deficiente mental sem capacidade de discernimento ou não puder 
oferecer resistência, ela não tem condições de fazer essa escolha; 
✓ assim, se o agente induzir, instigar ou auxiliar qualquer das pessoas acima a 
se suicidar ou automutilar, ele não responderá por este crime, e sim pela 
LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA ou pelo HOMICÍDIO; 
✓ CONTUDO, essa exceção ocorre apenas se o resultado for lesão 
GRAVÍSSIMA ou MORTE. 
 
DICA 37 
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE 
✓ É chamado de autoaborto; 
✓ Se o aborto se der por tentativa de suicídio e a gestante não morrer pode ser 
aborto tentado ou consumado; 
✓ É INDISPENSÁVEL o exame de corpo de delito, mas pode ser substituído 
por prova testemunhal; 
✓ O chamado aborto econômico, quando a mãe pratica por não ter condições 
financeiras, é crime; 
 
DICA 38 
ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO 
✓ se for sem consentimento da gestante terá pena mais grave; 
✓ será considerado SEM CONSENTIMENTO se a gestante tiver até 14 anos; 
deficiente mental; mediante fraude, violência ou grave ameaça; 
✓ a pena será aumentada de 1/3 se houver lesão grave ou duplicadas se 
houver morte da gestante; 
 
DICA 39 
NÃO SERÃO PUNIDAS AS HIPÓTESES DE ABORTO LEGAL 
✓ terapêutico ou profilático, para salvar a vida da gestante por questões de 
saúde; 
✓ sentimental, humano ou ético, quando decorrente de estupro e a gestante 
consentiu com o aborto; 
✓ quando o feto for ANENCÉFALO (por decisão do STF na ADPF 54); 
✓ é uma causa de extinção da punibilidade; 
✓ o aborto de fetos com microcefalia NÃO é permitido. 
 
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19 
DICA 40 
LESÃO CORPORAL LEVE, GRAVE E GRAVÍSSIMA 
✓ Lesão corporal leve é toda aquela que não é grave, gravíssima ou seguida de 
morte; 
 
✓ DENTES QUEBRADOS: lesão grave. (art. 129, §1º, III – debilidade 
permanente); 
✓ Perda de funções ou órgão duplos (como os rins): a perda de um é lesão 
grave (debilidade) e dos dois é gravíssima (perda). 
✓ Vitriolagem: lesão gravíssima decorrente do uso de ácido sulfúrico; 
✓ LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE: não admite tentativa, por ser 
crime preterdoloso, ou seja, o agente tem o dolo (intenção) de lesionar e a 
morte acaba sendo uma consequência; 
 
DICA 41 
✓ a pena será aumentada em 1/3 quando a vítima for menor de 14, maior de 
60 (não é idoso), quando for praticada em milícia privada ou grupo de 
extermínio (lembrar que no homicídio nesses últimos casos a causa de 
aumento é de 1/3 até a metade); 
✓ Nas lesões leves, se for violência doméstica ou se a vítima for pessoa 
com deficiência, a pena aumentará de 1/3; 
✓ Substituição de pena por multa: quando a lesão for leve privilegiada ou 
recíproca. 
✓ LESÃO FUNCIONAL: mesmas hipóteses do homicídio funcional, mas a 
causa de aumento será de 1/3 a 2/3. 
 
DICA 42 
CALÚNIA 
✓ Fato certo e definido como CRIME, ou seja, não basta a contravenção. 
LESÃO GRAVE LESÃO GRAVÍSSIMA 
incapacidade para atividades 
habituais por mais de 30 dias 
incapacidade permanente para o 
trabalho 
perigo de vida 
aceleração de parto aborto 
debilidade permanente de membro e 
função (caráter duradouro, mas não 
precisa ser eterno) 
perda de membro e função, 
deformidade permanente, 
enfermidade incurável 
1 a 5 anos 2 a 8 anos 
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20 
Ex.: dizer “João é ladrão” não é calúnia, mas sim difamação, pois o 
fato não é determinado. Calúnia seria “Foi João quem roubou a bolsa 
de Maria ontem”. 
✓ O agente tem que SABER que o fato é falso, se ele achar que é verdade não é 
calúnia. 
✓ É punível contra os mortos (mas a vítima não é o morto e sim a sua família); 
✓ Tutela a honra objetiva (perante a sociedade); 
 
DICA 43 
DIFAMAÇÃO 
✓ Imputar FATO determinado que seja ofensivo à reputação; 
✓ Tutela a honra objetiva; 
✓ Se consuma quando terceiro tem conhecimento; 
✓ Advogado tem imunidade profissional. 
 
DICA 44 
INJÚRIA 
✓ Ofensa à dignidade ou decoro; 
✓ Tutela a honra subjetiva (imagem que a pessoa tem dela mesma); 
✓ PERDÃO JUDICIAL: quando a vítima provocou de forma reprovável; 
retorsão imediata com outra injúria; 
 
INJÚRIA REAL 
 
✓ Praticada por violência ou vias de fato; 
 
INJÚRIA PRECONCEITUOSA 
 
✓ ofensa relacionada a raça, cor, etnia, religião, origem, idoso e PCD. 
✓ ofensa relacionada a orientação sexual também é injúria 
preconceituosa por entendimento do STF; 
✓ É INAFIANÇÁVEL. 
 
DICA 45 
✓ EXCEÇÃO DA VERDADE: quando aquele que pratica a calúnia, injúria e 
difamação tem a possibilidade de comprovar o que está dizendo; 
✓ A exceção da verdade cabe no crime de calúnia, a não ser que esteja falando 
do Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro ou o agente já 
tiver sido absolvido; 
✓ A exceção da verdade na DIFAMAÇÃO apenas quando se tratar de 
funcionário público; 
✓ PEDIDO DE EXPLICAÇÕES: acontece quando a vítima fica na dúvida se a 
fala foi ofensiva ou não e vai em juízo pedir que o autor da declaração 
explique o que quis dizer; 
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21 
CALÚNIA DIFAMAÇÃO INJÚRIA 
Fato certo e definido 
como CRIME 
Fato ofensivo à 
reputação 
Ofensa à dignidade ou 
decoro 
Possível contra os 
mortos 
Não é possível contra os 
mortos 
Não é possível contra os 
mortos 
Admite exceção da 
verdade com exceções 
Admite exceção da 
verdade 
excepcionalmente 
Não admite exceção da 
verdade 
Não admite perdão 
judicial 
Não admite perdão 
judicial 
Admite perdão judicial 
Admite retratação Admite retratação Não admite retratação 
Cabe pedido de 
explicações 
Cabe pedido de 
explicações 
Cabe pedido de 
explicações 
 
DICA 46 
PERSEGUIÇÃO 
Crime novo, incluído neste ano de 2021; 
Também chamado de “STALKING” 
Consiste em: 
 
✓ perseguir alguém; 
✓ reiteradamente e por qualquer meio; 
✓ ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica; 
✓ restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou; 
✓ de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou 
privacidade; 
✓ importante perceber que se trata de um crime HABITUAL, ou seja, só se 
verifica com a repetição dos atos; 
 
CAUSA DE AUMENTO (+1/2): 
 
✓ contra criança, adolescente ou idoso; 
✓ contra mulher por razões da condição de sexo feminino (mesmas hipóteses do 
feminicídio); 
✓ mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de 
arma. 
 
 
 
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22 
DICA 47FURTO MAJORADO PELO REPOUSO NOTURNO (1/3) 
 
✓ Período que a comunidade se recolhe para o repouso noturno. Não precisa 
ter gente dormindo nem ocupação na casa. 
 
FURTO PRIVILEGIADO (1/3 a 2/3) 
 
✓ É causa especial de diminuição de pena, substituição por detenção ou apenas 
aplicação de multa; 
✓ Quando o réu é primário e a coisa é de pequeno valor (um salário-
mínimo, segundo a jurisprudência); 
✓ O princípio da insignificância deve obedecer às balizas da insignificância pelo 
STF: 
 
M Mínima ofensividade da conduta 
A Ausência de periculosidade 
R Reduzido grau de reprovabilidade 
I Inexpressiva lesividade 
 
DICA 48 
FURTO QUALIFICADO 
 
✓ Destruição de rompimento ou obstáculo; 
✓ Abuso de confiança; 
✓ Fraude: utilizada para distrair a vítima. No estelionato a fraude é 
empregada para que a própria vítima entregue o bem ao autor; 
✓ Escalada: de modo anormal que não significa necessariamente subir, pode 
ser meio subterrâneo, pular muro. 
✓ Destreza: é aquele que furta sem ser notado. 
✓ Chave falsa: tudo que possa abrir a fechadura. Cópia, grampo. 
✓ Concurso de duas ou mais pessoas. 
 
FURTO SUPER QUALIFICADO 
 
✓ Furto utilizando-se de explosivo ou análogo que cause perigo comum (é 
crime hediondo); 
✓ Furto de substâncias explosivas ou acessórios (NÃO é crime hediondo). 
 
FURTO QUALIFICADO DE VEÍCULO 
 
✓ Veículo automotor que vá ser enviado a outro estado ou país. 
 
 
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23 
FURTO QUALIFICADO – ABIGEATO 
 
✓ Semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em 
partes no local da subtração. 
 
FURTO QUALIFICADO ELETRÔNICO 
 
✓ Furto mediante fraude cometido por meio de dispositivo eletrônico ou 
informático; 
✓ conectado ou não à rede de computadores; 
✓ com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de 
programa malicioso; 
✓ ou por qualquer outro meio fraudulento análogo; 
✓ aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é 
praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território 
nacional; 
✓ aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra 
idoso ou vulnerável. 
 
DICA 49 
ROUBO 
✓ A violência ou grave ameaça pode ser também a violência imprópria, como o 
boa noite cinderela; 
✓ ROUBO IMPRÓPRIO: quando a subtração vem antes da violência ou grave 
ameaça e se utiliza a violência ou grave ameaça para assegurar a detenção da 
coisa. É um furto que se transforma em roubo em razão das circunstâncias; 
✓ CAUSAS DE AUMENTO: o pacote anticrime trouxe várias alterações, 
principalmente em relação ao emprego de arma e explosivos, fique atento 
aos patamares na tabela abaixo: 
 
CONCURSO DE 2 OU MAIS PESSOAS 
 
 
1/3 ATÉ A METADE 
TRANSPORTE DE VALORES 
VEÍCULO DESTINADO A OUTRO ESTADO 
RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DA VÍTIMA 
SUBTRAÇÃO DE EXPLOSIVOS 
EMPREGO DE EXPLOSIVO 2/3 
ARMA BRANCA 1/3 ATÉ A METADE 
ARMA DE FOGO 2/3 
ARMA DE FOGO USO RESTRITO OU PROIBIDO EM DOBRO 
 
 
 
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24 
 
DICA 50 
LATROCÍNIO 
✓ Roubo qualificado que é crime hediondo; 
✓ A morte deve decorrer sempre da VIOLÊNCIA; 
✓ A morte deve ocorrer no momento e em razão do assalto. Se a morte for 
posterior haverá concurso entre o homicídio e o roubo; 
✓ Não é latrocínio quando um assaltante mata o outro para ficar com o 
produto do crime. 
✓ CONSUMAÇÃO: depende sempre da morte, segundo a súmula 610 do STF: 
 
DICA 51 
EXTORSÃO 
 
✓ Constranger mediante violência ou grave ameaça; 
✓ Tem como fim específico a vantagem econômica indevida. Aqui, ao contrário 
do roubo, a colaboração da vítima é INDISPENSÁVEL e a vantagem 
buscada é futura: 
Ex: exigir que a vítima forneça a senha bancária para sacar os valores, 
logo, sem a “colaboração” da vítima não é possível. Entenda que essa 
colaboração não é, logicamente, voluntária; 
✓ SEQUESTRO RELÂMPAGO: é modalidade de extorsão QUALIFICADA pela 
restrição da liberdade da vítima; 
✓ DIFERENÇA DO SEQUESTRO RELÂMPAGO PARA A EXTORSÃO 
MEDIANTE SEQUESTRO: na extorsão qualificada (sequestro relâmpago), 
a vítima tem a sua liberdade restringida e a vantagem econômica é exigida 
dela mesma: 
Ex.: agente que entra no carro da vítima e a mantém sob o seu poder 
até que informe as senhas bancárias para realizar saques e 
transações. 
Já na extorsão mediante sequestro, a vítima tem a liberdade restringida mas 
a vantagem é exigida de terceira pessoa. 
Ex.: pessoa que fica em cativeiro enquanto o agente liga para 
familiares da vítima para pedir o resgate. 
 
 
 
 
 
ROUBO TENTADO + MORTE TENTADA: LATROCÍNIO TENTADO 
ROUBO TENTADO + MORTE CONSUMADA: LATROCÍNIO CONSUMADO 
ROUBO CONSUMADO + MORTE TENTADA: LATROCÍNIO TENTADO 
ROUBO CONSUMADO + MORTE CONSUMADA: LATROCÍNIO CONSUMADO 
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25 
DICA 52 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
✓ Inverte o animus da posse que recebeu de forma legítima; 
✓ Necessária a posse ou detenção desvigiada; 
✓ Há causa de aumento em caso de depósito necessário, curador, 
síndico, inventariante, depositário judicial; em razão de trabalho; 
✓ APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA. Perdão judicial: primário, 
bons antecedentes, pagou a contribuição antes de oferecida a denúncia. Valor 
menor de 20 mil reais. Se o valor for superior a 20 mil reais nem mesmo o 
parcelamento autoriza o perdão judicial. 
 
DICA 53 
ESTELIONATO 
✓ Elementos estruturais: fraude + vantagem ilícita + prejuízo alheio; 
✓ Diferença com furto mediante fraude: aqui a fraude é empregada para 
enganar a vítima e fazer com que ela mesma entregue a vantagem para o 
agente; 
✓ Nova hipótese de estelionato qualificado (FRAUDE ELETRÔNICA): utilização 
de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio 
de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico 
fraudulento; 
✓ CAUSA DE AUMENTO: se vítima for IDOSA ou VULNERÁVEL; 
✓ CUIDADO: embora a causa de aumento se aplique ao IDOSO (a partir 
de 60 anos), a ação necessitará de representação quando a vítima 
tiver mais de 70 anos! 
 
DICA 54 
RECEPTAÇÃO 
✓ São crimes acessórios, vassalo ou parasitários (precisa de CRIME 
anterior); 
✓ A pena será em dobro se o bem for público; 
✓ CULPOSA: quando é possível presumir a origem criminosa mas não se sabe 
com certeza, pelo preço que pagou, pelas condições de quem vendeu e etc. 
Cabe perdão judicial se primário. 
 
DICA 55 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
✓ será isento de pena nos crimes patrimoniais SEM VIOLÊNCIA e GRAVE 
AMEAÇA À PESSOA: o cônjuge, ascendente ou descendente (inclusive o 
adotivo); 
✓ essa isenção é chamada de ESCUSA ABSOLUTÓRIA; 
✓ essa isenção NÃO se aplica se a vítima tiver 60 anos ou mais. 
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26 
LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE 
 
DICA 56 
LEI Nº 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME) 
Estelionato 
Diante da inovação legislativa trazida pelo pacote anticrime, o crime de estelionato 
passa a ser de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA à representação, no entanto 
o próprio artigo traz EXCEÇÕES à regra, apresentando hipóteses em que a ação penal do 
estelionato será pública INCONDICIONADA, são elas: 
Se o delito for praticado contra: 
 A Administração Pública, direta ou indireta; 
 Contra criança ou adolescente; 
 Pessoa com deficiência mental; 
 Pessoa maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. 
 
DICA 57 
LEI Nº 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME) 
Lei de Lavagem de Capitais (Lei 9.613/98) 
Houve a inclusão do §6º no art. 1º da lei de lavagem de capitais em que viabiliza a 
utilização da ação controlada e da infiltração de agentes na investigação dos crimes 
na Lei de Lavagem de Capitais. 
DICA 58 
LEI Nº 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME) 
Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/06) 
Novidade incluída pelo pacote anticrime, prevê que nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 
16, 17 e 18 do Estatuto de Desarmamento, o aumento de pena será de metade se: 
I. Forem praticadospor integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 
8º da lei; 
 
II. Se o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
 
DICA 59 
LEI Nº 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME) 
Lei de identificação criminal (Lei 12.037/09) 
A lei de identificação criminal visa, especialmente, regulamentar o procedimento de 
identificação do civilmente identificado. Com o pacote anticrime foram incluídas na lei as 
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27 
hipóteses de exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados, com previsão expressa 
no art. 7º-A da lei de identificação criminal. 
A exclusão dos bancos de dados ocorrerá nos casos de ABOLVIÇÃO do acusado ou 
em caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 
(vinte) anos do cumprimento da pena. 
DICA 60 
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS). 
Princípios norteadores da lei 9.099/95 estão previstos no rol do art. 2 da lei que são os 
seguintes: 
Celeridade; 
Economia processual; 
Informalidade; 
Oralidade; 
Simplicidade. 
Podemos gravar com o mnemônico: CEIOS (COM C MESMO, PARA GRAVAR). 
DICA 61 
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS). 
CONCEITO: 
Infrações de menor potencial ofensivo são as: 
Contravenções penais e crimes que a lei comine pena MÁXIMA não superior a 2 
(dois) anos, cumulada ou não com multa. 
DICA 62 
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS). 
Da competência e dos atos processuais 
O art. 63 prevê que a competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi 
praticada a infração penal. Aplica-se a TEORIA DA ATIVIDADE. 
DICA 63 
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS). 
Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao 
juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em 
flagrante, nem se exigirá fiança. 
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28 
Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar como medida de cautela, seu 
afastamento do lar, domicilio ou local de convivência com a vítima. 
Portanto, se o autor assinar se comprometendo a comparecer ao juizado, não será preso 
em flagrante. Porém, caso o autor não queira assumir o compromisso de comparecer ao 
JECRIM, será lavrado o auto de prisão em flagrante. 
DICA 64 
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS). 
Composição dos danos civis 
A reparação do dano causado pelo delito é um dos objetivos da lei 9.099/95, regulada 
pelo art. 74, prevê a composição dos danos civis, que é um acordo feito entre vítima e 
autor do delito, em que busca uma reparação pelo prejuízo sofrido. 
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz 
mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil 
competente. 
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública 
condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito 
de queixa ou representação. 
DICA 65 
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS). 
Transação penal e Suspensão condicional do processo: 
TRANSAÇÃO PENAL SUSPENSÃO CONDICIONAL DO 
PROCESSO 
Art. 76. Havendo representação 
ou tratando-se de crime de 
ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso 
de arquivamento, o Ministério 
Público poderá propor a 
aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou 
multas, a ser especificada na 
proposta. 
Art. 89. Nos crimes em que a 
pena mínima cominada for igual 
ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o 
Ministério Público, ao oferecer a 
denúncia, poderá propor a 
suspensão do processo, por 
dois a quatro anos, desde que o 
acusado não esteja sendo 
processado ou não tenha sido 
condenado por outro crime, 
presentes os demais requisitos 
que autorizariam a suspensão 
condicional da pena (art. 77 do 
Código Penal). 
Caso não haja conciliação o MP 
pode propor ao infrator a 
aplicação de pena não 
privativa de liberdade ou 
multa. 
O MP pode propor a suspensão 
condicional do processo por 2 a 4 
anos em crimes cuja pena 
MÍNIMA seja de até 1 ano. 
 
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DICA 66 
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS). 
Exceções à aplicação da transação penal: 
Não se admitirá a proposta de transação penal se ficar comprovado: 
• Condenação pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por 
sentença definitiva; 
 
• Ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela 
aplicação de pena restritiva ou multa; 
 
 
• Não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente 
a adoção da medida. 
 
Súmula Vinculante 35 
A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 NÃO faz 
coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação 
anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal 
mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial. 
DICA 67 
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS). 
Requisitos para proposta de suspensão condicional do processo: 
- Pena mínima igual ou inferior a um ano; 
- Acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime; 
- Presentes os requisitos da suspensão condicional da pena (art.77 CP) 
O §1º do art. 89 elenca as condições impostas pelo Juiz durante o período de prova 
quais sejam elas: 
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a 
denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as 
seguintes condições: 
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
II - proibição de frequentar determinados lugares; 
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; 
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e 
justificar suas atividades. 
A suspensão condicional do processo será REVOGADA se, no curso do prazo, o 
beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo 
justificado, a reparação do dano. 
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DICA 68 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI 10.826/2003 
Requisitos para aquisição de arma de fogo de uso permitido: 
Necessidade efetiva; 
Ocupação lícita; 
Residência certa; 
Aptidão psicológica; 
Capacidade técnica; 
Idoneidade; 
25 ANOS (art. 12, I, decreto 9.847/19 dispõe a idade mínima de 25 anos para obtenção 
do registro de arma de fogo). 
Mnemônico: NORACI 25 
DICA 69 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI 10.826/2003 
Porte e posse de arma de fogo: 
PORTE DE ARMA DE FOGO PORTE DE ARMA DE FOGO 
O registro permite o direito de ter a 
arma em casa ou na empresa em 
que é proprietário ou responsável 
legal. 
O registro permite ao agente levar 
consigo a arma em todos os 
lugares que for. 
INTRAMUROS EXTRAMUROS 
Permitido, desde que com o registro 
pelo SINARM. 
Proibido o porte, salvo situações 
previstas no art. 6º da lei. 
 
DICA 70 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI 10.826/2003 
Posse de arma de fogo 
Importante! 
O certificado de registro de arma de fogo, com validade em todo o território nacional, 
autoriza o proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua 
residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, 
desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. 
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O certificado é expedido pela POLÍCIA FEDERAL e precedido de autorização do 
SINARM. 
Para os residentes de área rural, residência ou domicilio é toda a extensão do 
respectivo imóvel rural. 
 
 
 
 
 
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32 
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENALDICA 71 
CONCEITO, FINALIDADE E NATUREZA DO INQUÉRITO POLICIAL 
* Pessoal, o tema inquérito policial é muito importante para a prova da PC-CE. 
 
* Vocês, como futuros policiais civis, trabalharão diariamente com inquéritos 
policiais para realizar as investigações policiais. Por isso, prestem muita atenção nesta e 
nas próximas dicas sobre o assunto! 
 
* CONCEITO: O inquérito consiste num conjunto de diligências visando elucidar os 
fatos, as fontes de prova. Além disso, possui caráter preparatório, pois através dele a 
polícia investigativa possibilita que o titular da ação penal (ex.: Ministério Público) possa 
ingressar com a Ação Penal. 
 
* NATUREZA DO INQUÉRITO: O inquérito policial possui a natureza de um 
procedimento administrativo, preparatório, presidido pela autoridade policial (delegado 
de polícia). NÃO é um processo ou procedimento judicial! 
 
* CONDUÇÃO DO INQUÉRITO: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que 
cabe ao DELEGADO DE POLÍCIA a condução do inquérito policial, o que reforça a sua 
natureza administrativa, e não jurisdicional. 
 
* Dessa forma, caro aluno, você, através do inquérito policial, vai documentar as suas 
atividades investigativas, que serão conduzidas para colher os elementos de 
informação da efetiva ocorrência do crime (materialidade delitiva), para descobrir 
quem foi o autor do crime (autoria), tudo isso para possibilitar que o Ministério 
Público, titular da ação penal pública, possa ingressar com a Ação Penal. 
 
Certo? Entenderam bem o conceito, a natureza e a finalidade do inquérito policial? 
 
DICA 72 
TERMO CIRCUNSTANCIADO 
* No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, NÃO se exige a instauração de 
inquéritos policiais. O inquérito é substituído por um procedimento mais simples e mais 
célere, chamado de Termo Circunstanciado. 
 
* Portanto, o procedimento para investigar crimes de menor potencial ofensivo (pena 
máxima menor do que 2 anos) é o Termo Circunstanciado. 
 
* Nos termos do art. 69 da Lei 9.099/95, “a autoridade policial que tomar 
conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará 
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima”. 
 
DICA 73 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA 
* A Polícia é um instrumento da Administração destinada a manter a paz pública ou a 
segurança individual junto à sociedade. Contudo a expressão “polícia” possui diversas 
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concepções de acordo com a sua função, podendo-se destacar as funções de polícia 
administrativa, judiciária e investigativa. 
 
* POLÍCIA ADMINISTRATIVA – é uma atividade preventiva, ligada à segurança, 
visando impedir a prática de atos lesivos à sociedade. 
 
* POLÍCIA JUDICIÁRIA – função de caráter repressivo, auxiliando o Judiciário. A 
atuação ocorre depois da ocorrência de uma infração penal. Tem como objetivo colher 
elementos de informação durante a condução das investigações, visando elucidar a autoria 
e comprovar a materialidade do delito. 
 
* É por isso que se afirma que a Polícia Civil possui características tipicamente de 
polícia judiciária, pois atua precipuamente na condução das investigações de crimes 
já consumados; além disso, costuma-se afirmar que a Polícia Militar é tipicamente 
uma polícia administrativa, pois atua preventivamente, através da ronda policial, por 
exemplo. 
 
* Contudo, mesmo a Polícia Militar possui excepcionalmente funções de polícia judiciária, 
pois é ela quem investigará crimes militares, praticados por um Policial Militar da 
corporação, por exemplo. Portanto, uma determinada instituição pode exercer mais de 
uma função, exercendo ora atividade de polícia judiciária, ora atividade de polícia 
administrativa. 
 
DICA 74 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento ESCRITO 
(art. 9º, CPP) 
* As peças do inquérito devem ser reduzidas a escrito. 
 
Procedimento 
DISPENSÁVEL 
(art. 39, §5, CPP) 
* O inquérito é dispensável à propositura da Ação Penal. 
O MP dispensará o inquérito se com a representação 
forem oferecidos elementos que o habilitem a promover 
a ação penal. 
Procedimento 
INDISPONÍVEL 
(art. 17, CPP) 
* Uma vez instaurado, a autoridade policial NÃO pode 
mandar arquivar os autos do inquérito policial. 
 
* O delegado pode até concluir que o fato apurado não é 
crime, mas não pode arquivar o inquérito. 
Quem o faz é o Ministério Público, titular da ação penal, 
observando o procedimento do art. 28 do CPP. 
Procedimento SIGILOSO 
(art. 20) 
* A autoridade deve assegurar o SIGILO no inquérito, 
necessário à elucidação do fato. 
 
* Imaginem se cair no conhecimento popular que um 
determinado chefe do tráfico está sendo objeto de uma 
interceptação telefônica. A medida ficaria sem efeito, 
correto? É por isso que o inquérito é um procedimento 
SIGILOSO. 
 
 
 
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DICA 75 
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL 
 
* O contraditório é um dos princípios bases do processo penal, expressamente 
consagrado na Constituição Federal. Contudo, o inquérito policial é um procedimento 
sigiloso. Então, como fazer para conciliar essas duas previsões? 
* Regra geral, não há contraditório pleno no âmbito do inquérito policial. Trata-se de 
um procedimento de característica inquisitorial, em que o contraditório e a estrutura 
dialética, típica da ampla defesa e dos processos judiciais, não é observada. 
 
* O Estatuto da OAB prevê que é direito do advogado examinar, mesmo sem 
procuração, os autos do inquérito policial (art. 7º, inciso XIV, Estatuto da OAB). 
 
* A forma que a jurisprudência encontrou de compatibilizar isso é permitindo ao advogado 
o amplo acesso aos elementos de prova que JÁ TIVEREM SIDO DOCUMENTADAS no 
inquérito policial. As diligências ainda em curso não serão permitidas o acesso ao 
advogado. 
 
* É isso o que quer dizer a Súmula Vinculante n. 14: “é direito do defensor, no 
interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de 
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”. 
 
DICA 76 
INQUÉRITO POLICIAL CONTRA POLICIAIS PELO USO DAS FORÇAS LETAIS 
* ESSA VAI CAIR! Inovação importante trazida pelo Pacote Anticrime! 
 
* Em regra geral não se observa o contraditório pleno e efetivo no inquérito policial, dada 
a sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas que os advogados possuem acesso às 
diligências que já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 4. 
 
* Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa 
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do 
CPP. 
 
* No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso 
da força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial 
investigado deverá ser CITADO sobre a instauração do inquérito, podendo constituir 
defensor no prazo de 48 HORAS, contados do recebimento da citação. 
 
* Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá 
ser intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no 
prazo de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado. 
 
* Vejam que essa previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é 
uma novidade, e que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso 
das forças letais. É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, 
mesmo em sede de investigação criminal! 
 
 
 
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DICA 77 
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL 
* É importante que você entenda isso... 
* Não deixe de fazer a redação LITERAL do art. 155 do CPP!! 
 
 
* Somente será considerado PROVA no âmbito do processo penal aquela submetida ao 
contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal(fase 
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar 
previamente, participando ativamente da sua colheita. 
 
* No âmbito do inquérito policial, isso NÃO ocorre. O Inquérito Policial é um 
procedimento sigiloso, em que NÃO se observa o contraditório prévio. A parte 
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova. 
 
* Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as 
PROVAS produzidas em contraditório judicial. Ele NÃO poderá, como regra, 
fundamentar a sua condenação exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos durante a investigação. 
 
* Na verdade, esses elementos colhidos por você, futuro policial civil, durante o 
inquérito policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim 
ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO. Isso porque tais elementos não se prestam como 
provas, mas sim como elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como 
para direcionar os rumos da instrução criminal, na fase processual. 
 
* Certo? Espero que sim! Mas, existem algumas exceções… Isso porque muitas vezes os 
elementos de informação colhidos por você na delegacia NÃO poderão ser repetidos 
durante a instrução criminal, seja porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda 
porque a testemunha que prestou o depoimento morreu, etc. 
 
* É por isso que a lei ressalva as PROVAS CAUTELARES, NÃO REPETÍVEIS E AS 
ANTECIPADAS. 
 
• Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de 
ELEMENTOS MIGRATÓRIOS. Recebem esse nome porque, embora colhidas 
durante o inquérito policial, elas podem, sozinhas, embasar a condenação do 
juiz. 
 
FORÇA PROBATÓRIA DO INQUÉRITO POLICIAL (ARTIGO 155, CPP) 
ELEMENTOS DE 
INFORMAÇÃO 
São colhidos no inquérito policial, 
sem a observância do 
contraditório. 
Sozinhas, NÃO podem 
embasar a condenação. 
 
PROVAS 
São aquelas produzidas sob o 
contraditório judicial, durante a 
instrução criminal. 
São elas que servem para 
embasar a condenação. 
 
ELEMENTOS 
MIGRATÓRIOS 
São elementos que, embora 
colhidos durante o inquérito 
policial, podem servir para 
embasar a condenação. 
São eles: 
1) provas cautelares; 
2) provas não repetíveis; 
3) provas antecipadas. 
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• Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a 
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher 
agredida, etc. Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e 
urgência, como o caso de uma interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir 
essa prova, concordam? 
 
DICA 78 
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
* IMPORTANTE!!!! 
 
* A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, 
há uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem! 
 
➢ DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU PRESO 
 
* Primeiramente, em se tratando de RÉU PRESO, o CPP prevê o prazo de 10 DIAS, 
contados do dia em que se executar a ordem de prisão. 
 
* Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o 
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 DIAS. Se, 
após essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser 
imediatamente relaxada. 
 
* Portanto, para RÉU PRESO = 10 dias, prorrogáveis por mais 15 dias. 
 
➢ DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU SOLTO 
 
* Além disso, em se tratando de RÉU SOLTO, a duração do inquérito é de 30 DIAS, 
podendo haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na 
prática, quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo). 
 
➢ DURAÇÃO DO INQUÉRITO NA LEI DE DROGAS 
 
* Para a prova da PC-CE, há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é 
importante vocês memorizarem. 
 
* Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na Lei de Drogas 
(exemplo: tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 DIAS para o RÉU 
PRESO, e de 90 DIAS para o RÉU SOLTO, podendo, em ambos os casos, ser 
duplicados pelo juiz (ver artigo 51 da Lei de Drogas). 
 
PRAZO DE 
CONCLUSÃO 
RÉU PRESO RÉU SOLTO 
Regra do CPP - Prazo de 10 dias, contados da data em 
que se executar a ordem de prisão (art. 10, 
CPP) 
- O pacote anticrime passou a prever a 
possibilidade de prorrogação, por uma 
única vez, por mais 15 dias. (art. 3º-B, 
CPP) 
- Prazo de 30 dias, 
podendo ser prorrogado. 
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Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias (podendo 
ser duplicado) 
 
* Para complementar as informações dessa dica, FAÇAM A LEITURA LITERAL de três 
artigos: 1) artigo 10 do CPP; 2) art. 3º-B, §2º, do CPP; 3) art. 51 da Lei de Drogas (Lei 
11.343/2006). 
 
DICA 79 
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP) 
ESPÉCIE DE 
CRIMES 
POSSIBILIDADE DE 
INSTAURAR 
OBSERVAÇÃO 
Nos crimes de ação 
penal pública 
INCONDICIONADA 
 
Ver artigo 5º, CPP 
De ofício, pelo delegado A peça inaugural do inquérito será uma 
portaria. 
Mediante requerimento 
do ofendido 
Se o requerimento de instauração for 
indeferido, cabe recurso ao Chefe de 
Polícia. 
Por requisição da 
autoridade judiciária e do 
Ministério Público 
Prevalece que a autoridade judiciária 
requisitar a instauração de inquérito 
policial ofende o Sistema Acusatório. 
Notícia de qualquer 
pessoa do povo 
É o que chamamos de delatio criminis. 
Na prática, exercida através do B.O. 
Nos crimes de ação 
penal pública 
CONDICIONADA à 
representação 
 
Art. 5º, §4º, CPP 
A simples instauração do 
inquérito policial está 
condicionada à 
representação do 
ofendido ou á requisição do 
Ministro da Justiça. 
Ver art. 5º, §4º: o inquérito, nos 
crimes em que a ação pública 
depender de representação, NÃO 
PODERÁ sem ela ser iniciado. 
Nos crimes de ação 
penal PRIVADA 
 
Art. 5º, §5º, CPP 
 
A requerimento da 
pessoa interessada 
Ver art. 5º, §5º: nos crimes de ação 
privada, a autoridade policial somente 
pode proceder a inquérito a 
requerimento de quem tenha qualidade 
para intentá-la. 
 
DICA 80 
NOTITIA CRIMINIS, DELATIO CRIMINIS E DENÚNCIA ANÔNIMA 
* NOTITIA CRIMINIS: é o conhecimento, por parte da autoridade policial, acerca de um 
crime. A partir dela, o delegado dá início à investigação, apurando a sua verdadeira 
ocorrência bem como descobrindo a sua autoria. Pode ser espontâneo (ex: delegado ao 
andar na rua vê a prática de um crime) ou provocado (ex.: B.O., requisição do MP, etc) 
 
* DELATIO CRIMINIS: é uma espécie de notitia criminis. Quando qualquer pessoa do 
povo (e não a vítima/ofendido) comunica um fato criminoso à autoridade policial. 
 
* DENÚNCIA ANÔNIMA – esse ponto é importante. A denúncia anônima é um 
importante instrumento no combate à criminalidade. Porém, a CF veda expressamente o 
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anonimato (art. 5º, inciso IV). 
 
• É por isso que, diante de uma denúncia anônima, a autoridade policial não pode, 
de pronto, instaurar um inquérito policial. 
 
• Pelo contrário, deverá verificar a procedência e a veracidade das informações 
veiculadas pela denúncia anônima, através de um procedimento chamado de 
Verificação da Procedência das Informações (VPI), previsto no art. 5º, §3º 
do CPP. 
 
• Portanto, a denúncia anônima, por si só, NÃO serve para fundamentar a 
instauração de inquérito policial. Mas, a partir dela, pode a polícia realizar 
diligências preliminares para apurar a veracidade das informações obtidas 
anonimamente e, a partir disso, instaurar o inquérito. 
 
DICA 81 
PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS (art. 6º e 7º) 
* O CPP traz algumas das diligências investigatórias que PODEM ser adotadas pela 
autoridade policial, ao tomar conhecimento de um fato delituoso. 
 
* Os artigos 6º e 7º são como diretrizes ao Policial Civil. Ao chegar numa cena de 
crime, o que deve ser feito pela autoridade policial? 
 
➢ Preservação do local do crime – para evitar que haja alteração da cena do crime.➢ Apreensão de objetos – é possível a apreensão de quaisquer objetos que guardem 
relação com o crime (ex.: roupas, sapatos, faca, roupa de cama, etc.). 
➢ Colheita de outras provas – o policial deve colher todas as provas que sirvam para 
o esclarecimento dos fatos. 
➢ Oitiva do ofendido – se possível, deve haver a oitiva da vítima. É importante 
lembrar a regra do art. 201, §1º do CPP, que autoriza a condução coercitiva da 
vítima caso ela, intimada, deixar de comparecer para prestar esclarecimentos. 
➢ Oitiva do indiciado – o suspeito (indiciado) deve ser ouvido, devendo o termo de 
depoimento ser assinado por duas testemunhas. 
➢ Reconhecimento de pessoas e coisas – exemplo: familiar vai tentar reconhecer 
os pertences de seu pai, morto num latrocínio, encontrados na residência de um 
suspeito; 
➢ Realizar exame de corpo de delito e outras perícias – nos termos do art. 158 do 
CPP, quando a infração deixar vestígios, é INDISPENSÁVEL o exame de corpo de 
delito, NÃO podendo supri-lo a confissão do acusado. 
➢ Identificação do indiciado – deve haver identificação por processo datiloscópico, 
juntando a sua folha de antecedentes. É importante ler esse procedimento 
considerando o que diz a Constituição Federal, no art. 5º, LVIII, segundo o qual o 
civilmente identificado não será submetido à identificação criminal. 
➢ Averiguação da vida pregressa do investigado – análise da vida do investigado 
sobre o ponto de vista familiar, social, seu temperamento, etc. 
➢ Reconstituição do fato criminoso – é a reprodução simulada dos fatos, a fim 
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de verificar a possibilidade de a infração ter sido praticada de determinado modo. 
• Quem aqui se lembra da reconstituição feita em crimes famosos, como o homicídio 
da pequena Isabela Nardoni, mais recentemente do pequeno Henry, etc? 
 
DICA 82 
REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES DIRETAMENTE PELO MP E POLÍCIA 
* O art. 13-A foi incluído para tornar mais efetiva as investigações de alguns crimes, como 
o sequestro, tráfico de pessoas etc., mormente diante da urgência na localização das 
vítimas desses delitos. 
 
* É por isso que o CPP prevê como poder do Ministério Público e do Delegado de 
Polícia em REQUISITAR, independente de autorização judicial, de quaisquer órgãos 
públicos ou de empresas privadas, DADOS E INFORMAÇÕES CADASTRAIS, da VÍTIMA 
ou de SUSPEITOS. 
 
DICA 83 
REQUISIÇÃO DE MEIOS TÉCNICOS ADEQUADOS (art. 13-B) 
* Há previsão expressa acerca da possibilidade do MP e do delegado de polícia, nas 
investigações de tráfico de pessoas, REQUISITAR, mediante autorização judicial, 
às empresas prestadoras de serviço de telecomunicação, que disponibilizem MEIOS 
TÉCNICOS ADEQUADOS que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do crime 
que está ocorrendo. 
 
* Exemplo: numa investigação pelo crime de tráfico de pessoas, o delegado requisita 
informações junto à Claro (empresa de telecomunicação) para que esta forneça os sinais 
de telefone de um determinado suspeito, ou de uma determinada vítima. Através desses 
sinais, a Polícia consegue saber qual antena de telefonia o suspeito está utilizando, 
localizando dessa forma o “raio” do perímetro de sua localização. 
 
* Tais informações só podem ser requisitadas mediante autorização judicial. Porém, 
dada a urgência da situação, se o juiz não se manifestar no prazo de 12 HORAS, 
poderá haver requisição direta e imediata às empresas, com comunicação ao juiz. 
 
* Os meios técnicos necessários devem ser disponibilizados pelo prazo máximo de 30 
DIAS, renovável uma única vez por igual período. 
 
* Nesses casos, o inquérito deve ser instaurado no prazo de 72 HORAS, contado do 
registro da ocorrência policial. 
 
REQUISIÇÕES DOS ARTS. 13-A E 13-B 
 
REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES 
(art. 13-A) 
1. Possibilidade do MP e delegado requisitar 
dados e informações cadastrais de órgãos 
públicos ou empresas privadas. 
2. INDEPENDE de autorização judicial 
3. Previsto para mais crimes, como extorsão 
mediante sequestro, tráfico de pessoas, 
sequestro e cárcere privado, etc. 
 
 
 
1. Possibilidade do MP e delegado requisitar 
meios técnicos necessários que permitam a 
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REQUISIÇÃO DE MEIOS 
TÉCNICOS ADEQUADOS 
(ART. 13-B) 
localização da vítima às empresas de 
telecomunicação. 
2. PRECISA de autorização judicial, mas se o 
juiz não se manifestar em 12 horas, a 
autoridade pode requisitar diretamente, com 
imediata comunicação ao juiz. 
3. Previsto apenas para o crime de tráfico de 
pessoas 
4. Prazo máximo da diligência: 30 dias, 
renovável por igual período 
5. Nesses casos, o inquérito policial deve ser 
instaurado em 72 horas, contado do registro 
da ocorrência. 
 
DICA 84 
INDICIAMENTO 
* Indiciar significa atribuir a autoria de uma infração penal a uma pessoa. Significa que 
o delegado de polícia está afirmando que aquela pessoa é o principal suspeito, o 
provável autor daquele crime. 
 
* Nos termos do art. 2º, §6º da Lei 12.830/2013, o indiciamento é ato privativo do 
Delegado de Polícia, e se dá por ato formal e fundamentado da autoridade policial. 
Vejam, portanto, que NÃO cabe ao juiz e nem ao Ministério Público indiciar ninguém, 
mas tão somente o delegado!! 
 
* Ainda sobre o indiciamento, é importante mencionar a previsão da Lei de Lavagem de 
Capitais (Lei 9.613/98), que em seu art. 17-D prevê o afastamento automático do 
servidor público que seja indiciado pelos crimes previstos naquela lei, sem prejuízo da 
sua remuneração. 
 
DICA 85 
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL 
* Ponto modificado pelo Pacote Anticrime foi com relação à forma de arquivamento do 
inquérito, com as modificações no art. 28 do CPP. 
 
* Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar 
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também NÃO pode ser 
determinado de ofício pelo juiz. 
 
* Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação 
colhidos são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia. 
 
* O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do 
inquérito policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do 
Ministério Público. 
 
* Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a 
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá 
encaminhar os autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de 
HOMOLOGAÇÃO. 
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41 
 
• PRESTEM BEM ATENÇÃO: quem homologa o arquivamento do inquérito é um 
“órgão superior” do próprio Ministério Público, chamado de instância de Revisão 
Ministerial. 
 
• Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que 
deveria homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e 
entendesse que NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao 
Procurador Geral de Justiça. 
 
• Veja, portanto, a novidade: agora o arquivamento não passa pelo crivo do juiz. O 
juiz não decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de 
arquivamento, faz as comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial. 
 
 
• PORTANTO: se o MP entender que é caso de arquivamento, ele submete à 
homologação da instância de Revisão Ministerial. NÃO É MAIS O JUIZ que 
homologa o arquivamento!!! 
 
* Por fim, se a vítima não concordar com o arquivamento do inquérito, poderá recorrer, no 
prazo de 30 DIAS, submetendo a matéria à revisão de instância no âmbito do Ministério 
Público. 
 
DICA 86 
PODER DE INVESTIGAÇÃO DO MP 
* O inquérito policial é presidido pelo Delegado de Polícia. No processo penal o Ministério 
Público é, em regra, o órgão acusador, titular da ação penal pública (art. 129, inciso I, 
CF). 
 
* Além da prerrogativa do MP promover privativamente a Ação Penal Pública, prevalece o 
entendimento de que é possível a investigação criminal também seja conduzida pelo 
Ministério Público. 
 
* Issodecorreria da Teoria dos Poderes Implícitos, já que a Constituição, ao atribuir a 
atividade-fim de acusação, acaba concedendo a ele também todos os meios necessários 
para a consecução daquele objetivo. Daí porque a atividade investigativa seria o meio 
necessário para que ele promova a acusação. 
 
* Daí porque a Súmula 234 do STJ prevê que “a participação do membro do MP na 
fase investigatória criminal não acarreta seu impedimento ou suspeição para o 
oferecimento da denúncia”. 
 
* Além disso, o STF reconheceu em decisão plenária (RE 593.727/MG) que o Ministério 
Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria e por prazo 
razoável, investigações de natureza penal. 
 
* Ah professor, entendi! Então o MP pode promover e presidir o inquérito policial? NÃO!!!! 
 
* Prestem atenção: eu disse que o MP pode promover a investigação criminal, mas 
ele não pode presidir o inquérito policial. A presidência do inquérito policial é 
atribuição privativa do delegado de polícia. 
 
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* Uai, professor... então danou tudo! Como que ele vai conduzir a investigação criminal se 
não pode presidir o inquérito? 
 
* Então, é por isso que existem outros meios para a investigação criminal além do 
inquérito policial. Nesse caso, o meio a ser usado para o Ministério Público realizar as 
investigações criminais é o PIC (Procedimento Investigatório Criminal), 
regulamentado pela Resolução n. 181 do CNMP. 
 
• JÁ CAIU NA PROVA: 
 
o PC-DF. Delegado de Polícia. 2009 – Pode o Ministério Público, como 
titular da ação penal pública, proceder a investigações e presidir o inquérito 
policial. INCORRETA 
 
o PC-ES. Investigador. 2019. É permitido ao Ministério Público conduzir o 
inquérito policial como autoridade máxima. INCORRETA. 
 
o CESPE, Câmara dos Deputados. 2014. Tanto o STJ quanto o STF 
entendem que a competência exclusiva da polícia judiciária para presidir o 
inquérito policial não impede que o Ministério Público promova diligências 
investigatórias para obter elementos de prova indispensáveis ao 
oferecimento de denúncia. CORRETA. 
 
DICA 87 
JUIZ DE GARANTIAS 
* Vejam: a figura do “juiz de garantias” foi instituída pelo Pacote Anticrime, previsto nos 
artigos 3º-B ao art. 3º-F do CPP. 
 
* Trata-se de modificação extremamente importante. Ocorre que o STF 
suspendeu a eficácia desses artigos, por decisão liminar do Min. Luiz 
Fux, considerando a dificuldade e a falta de orçamento para 
implementá-lo no Judiciário. 
 
* Em razão da suspensão da eficácia desses artigos pelo STF, eu sinceramente não 
acredito que isso será objeto de cobrança na sua prova. De qualquer forma, é POSSÍVEL 
que a banca cobre, então, dada a importância do tema, seria desleal se não reservasse 
ao menos uma dica para tratar sobre esse assunto. Por isso, elaborei um quadro-
resumo sobre os principais pontos que vocês precisam saber sobre o juiz de garantias: 
 
JUIZ DAS GARANTIAS 
- Ainda não é aplicado na prática, em virtude da suspensão realizada pelo STF. 
- Previsto nos artigos 3º-B até o art. 3º-F do CPP. 
- Foi implementado visando reforçar o nosso sistema ACUSATÓRIO, além de assegurar 
a imparcialidade do juiz que vai sentenciar o acusado (juiz da instrução). 
- A ideia é ter DOIS juízes: 1) o juiz das garantias, responsável pelo controle de 
legalidade da investigação criminal; e 2) o juiz da instrução, responsável pela 
instrução criminal na fase processual, bem como pela sentença do acusado. 
- Se as investigações forem frutíferas e o acusado vier a se tornar acusado pelo 
Ministério Público, primeiro o juiz das garantias analisa se é caso de recebimento 
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da denúncia/queixa e, caso afirmativo, remete o processo a outro juiz (o juiz da 
instrução), que citará o acusado para contestar, 
- Dessa forma, as principais atribuições do 
JUIZ DAS GARANTIAS são: 
1) Decidir sobre a produção antecipada 
de provas; 
2) Prorrogar o prazo de duração do 
inquérito 
3) Requisitar documentos e decidir 
sobre interceptação telefônica 
4) Determinar a instauração do 
incidente de insanidade mental 
5) Decidir sobre o recebimento da 
denúncia ou queixa 
6) Decidir sobre a homologação do 
acordo de não persecução penal ou 
colaboração premiada 
- Nas infrações de menor potencial ofensivo, NÃO SE APLICA o juiz de garantias. 
- A atuação do juiz das garantias vai desde o início da investigação e cessa com o 
RECEBIMENTO da denúncia ou queixa. CUIDADO para não se confundir com o 
oferecimento da denúncia!!! É o juiz das garantias quem analisa o recebimento ou não 
da denúncia! 
- Os autos da competência do juiz das garantias ficarão ACAUTELADOS na secretaria do 
juízo das garantias, à disposição do MP e da defesa, e NÃO serão apensados aos 
autos do processo enviado ao juiz da instrução, RESSALVADOS: 1) provas 
irrepetíveis; 2) medidas de obtenção de provas; 3) antecipação de provas. 
 
DICA 88 
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL 
* Essa é importante! Pacote Anticrime. Fazer a leitura do art. 28-A, CPP. 
 
* Um tema que tem crescido muito nos últimos anos diz respeito à Justiça Penal 
Negociada. 
 
* O Estado percebeu que há crimes menos graves que demandam uma solução 
alternativa ao processo penal, dando maior celeridade na solução desses crimes menos 
graves, além de também priorizar recursos financeiros e humanos para os crimes mais 
graves. 
 
* Exemplo dessa Justiça Penal Negociada é o instituto da Transação Penal, previsto na 
Lei n. 9.099/95 e aplicável para os crimes de menor potencial ofensivo (aqueles com pena 
máxima em abstrato não é superior a 2 anos), em que o agente aceita a aplicação 
imediata de uma pena restritiva de direitos antes mesmo do início do processo penal. 
 
* Foi, na tentativa de privilegiar uma jurisdição penal negociada, que o ANPP (Acordo de 
Não Persecução Penal) foi expressamente previsto no Pacote Anticrime, constando do 
art. 28-A do CPP. 
 
* CONCEITO: O ANPP é um negócio jurídico celebrado entre o Ministério Público e o autor 
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do crime, que confessa formal e circunstanciadamente a prática do delito. De um 
lado, o autor confessa formal e circunstanciadamente a prática do crime, sujeitando-
se ao cumprimento de certas condições. De outro, há extinção da punibilidade caso 
as condições impostas sejam cumpridas. 
 
* CONDIÇÕES: o investigado se submete ao cumprimento de algumas condições, 
impostas pelo acordo, para ao final ver extinta a punibilidade daquele delito. Dessa forma, 
são condições que podem ser impostas alternativa ou cumulativamente: 
 
1. Reparação do dano à vítima – exceto impossibilidade de fazer; 
 
2. Renúncia voluntária de bens indicados pelo MP 
 
3. Prestação de serviço à comunidade, por período correspondente à pena 
mínima do crime, diminuída de 1 a 2/3. 
 
4. Pagamento de prestação pecuniária a entidade pública 
 
5. Cumprimento de outras obrigações estipuladas pelo MP. 
 
* FORMA: O acordo é formalizado por escrito, firmado entre o MP, o investigado e o 
defensor. Além disso, o ANPP deve ser homologado pelo juiz. Veja que o juiz NÃO 
participa das negociações, apenas as homologa!!! 
 
* Uma vez cumprida todas as condições, a punibilidade do delito é extinta. 
 
* O beneficiado pelo ANPP não é considerado reincidente, nem detentor de maus 
antecedentes. Pelo contrário, a celebração e o cumprimento do ANPP sequer constarão da 
certidão de antecedentes criminais. 
 
* Se o Ministério Público se recusar a oferecer o acordo (ANPP), o juiz NÃO pode 
concedê-lo de ofício. Nesse caso, o interessado deverá requerer a remessa dos autos ao 
órgão superior do Ministério Público. 
 
DICA 89 
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL 
* Para a celebração do ANPP, há que se observar certos requisitos, além de existir 
algumas situações em que é VEDADA a proposta do ANPP. 
 
* REQUISITOS: O ANPP não pode ser concedido em qualquer hipótese. Devem ser 
obedecidos alguns requisitos, como: 
 
1. O acusado deve ter confessado

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