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TICs Semana 7 – Pós-comicial 
Discente: Cecília da Silva Tourinho 
Turma: XXXIII – SOI V 
 
O que habitualmente ocorre com o paciente epiléptico após um quadro 
convulsivo, de acordo com cada tipo de convulsão? 
Uma crise epiléptica consiste na ocorrência de um conjunto de sinais e/ou 
sintomas transitórios, decorrentes de atividade neuronal anormal excessiva e síncrona 
no cérebro, que variam de acordo com o local de origem da crise. Somado a isso, 
define-se a epilepsia como um distúrbio cerebral em que há a propensão para a 
manifestação de crises epilépticas recorrentes, com consequências neurobiológicas, 
cognitivas, psicológicas e sociais. 
As crises epilépticas são classificadas em dois grandes tipos: focais e 
generalizadas, as quais subdividem-se e apresentam particularidades em relação ao 
estado pós-ictal/pós-comicial/pós-crítico, ou seja, os sintomas que sucedem o evento 
das crises. Crises focais (ou parciais) são aquelas na qual as descargas elétricas 
anômalas são geradas em apenas uma porção do cérebro, em um único hemisfério 
cerebral. São de dois tipos: 
• Crises focais simples - nestas, a descarga elétrica não se alastra, não havendo 
prejuízo da consciência. O paciente percebe sensações anormais no corpo, 
como movimentos súbitos, distorção na visão, audição, mal-estar e medo. 
• Crises focais complexas - tem-se o comprometimento da consciência, 
associado à perda de contato com o meio e disfunções motoras (mastigação, 
diarreia, micção), podendo ou não ser precedidas por uma crise focal simples. 
No estado pós-ictal, o paciente pode sofrer com dores de cabeça, sonolência 
ou ter confusão mental prolongada, além de ocorrer amnésia durante todo o 
período da crise. 
Já as crises generalizadas, ocorrem quando as descargas neuronais se 
originam em uma área mais extensa, envolvendo os dois hemisférios cerebrais. Por 
esse motivo, a consciência é frequentemente comprometida. Dentre essas crises, 
destacam-se: 
• Crises tônico-clônicas (grande mal) - são as convulsões propriamente ditas. 
Caracterizam-se por início súbito, com perda abrupta da consciência, às vezes 
iniciada com grito ou som de asfixia. Inicia com a fase tônica (contração 
muscular intensa), seguida da fase clônica (abalos bruscos), podendo correr 
com apneia, cianose, mordedura de língua e até liberação esfincteriana. O 
estado pós-ictal é marcado por período confusional ou agitação, com duração 
variável de minutos a horas, e com frequência, cefaleia intensa. Queixas de 
dificuldade de concentração e alteração da memória também podem ser 
referidas. 
• Crises de ausência (pequeno mal) - representam breves episódios de 
comprometimento da consciência (perda de contato com o meio), 
acompanhados por manifestações motoras sutis, como automatismos orais e 
manuais, piscamento ocular, aumento ou diminuição do tônus muscular e sinais 
autonômicos. São típicas da infância e, de maneira geral, não expressam 
confusão pós-comicial. 
• Crises tônicas - causam enrijecimento muscular contínuo, bem como a perda 
da consciência, o que gera crises de queda no chão. Após uma crise dessas, 
o paciente pode sentir-se confuso e desorientado, com dificuldades para falar, 
fadiga, dor muscular e cefaleia. 
• Crises clônicas - consistem em episódios curtos de contração muscular rítmica 
que, geralmente, envolvem os braços, pescoço e rosto; acompanhados por 
comprometimento da consciência. Assim, o indivíduo apresenta sensação de 
exaustão pós-ictal, bem como fraqueza muscular e dormência. 
• Crises mioclônicas - se caracterizam por contrações de um grupo muscular 
isolado ou múltiplos, súbitas e rápidas, semelhantes a um choque. Em geral, 
envolvem mais os membros superiores. O nível de consciência normalmente 
não é alterado. 
• Crises atônicas - trata-se da alteração da consciência e perda do tônus 
postural, resultando na queda súbita de toda a musculatura axial. Devido ao 
ataque de queda, o paciente pode sofrer lesões autoprovocadas. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GREENBERG, D. A.; AMINOFF, M. J.; SIMON, R. P. Neurologia clínica. 8. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2014. 
RODRIGUES, M. M.; BERTOLUCCI, P. H. F. Neurologia para o Clínico-Geral. 
Barueri, SP: Editora Manole, 2014. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Resumo Clínico – Crise 
Epiléptica e Epilepsia. TelessaúdeRS/UFRGS, Porto Alegre, 2016. Disponível 
em: https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurologia_r
esumo_crise_epiletica_epilepsia_TSRS.pdfLinks to an external site.. Acesso em: 16 
set. 2023. 
 
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurologia_resumo_crise_epiletica_epilepsia_TSRS.pdf
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurologia_resumo_crise_epiletica_epilepsia_TSRS.pdf

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