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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT LICENCIATURA EM QUÍMICA Relatório de Estágio ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO IV ÂNGELA GRAZIELA LECHINSKI DA LUZ DE ANDRADE Joinville, 2017 2 RESUMO O Estágio Curricular Supervisionado IV, realizado na escola, durante o período de 28/03/2017 à 03/07/2017, forneceu um maior entendimento de como será a atuação como professor, visto que, nesta etapa é analisado o funcionamento da escola como um todo; qual o papel da escola, o Projeto Político Pedagógico, a dimensão física e administrativa, os métodos de ensino-aprendizagem desenvolvidos pelo professor da disciplina de química na escola, a preparação de aulas, as regências, elaboração e aplicação de projeto e participação nas demais atividades da escola, como período de monitoria e aulas de reforço. O professor da disciplina de Química na escola, com formação em Licenciatura em Física com habilitação em Química, permitiu realizar em conjunto a regência compartilhada em suas aulas, sendo realizadas no período diurno, contemplando o 1º ano do ensino médio inovador da escola. Durante a realização do estágio, foram elaboradas diversas atividades, tais como, 28 horas de regência, 16 horas aplicação do projeto Tintas de Terra, 24 horas de regência compartilhada, 24 horas de atividades diversas como monitoria e aulas de reforço, 40 horas de elaboração de planos de aulas, entre outras. A realização do estágio supervisionado IV na escola proporcionou a vivência da rotina escolar, permitindo refletir sobre os diversos sujeitos, situações e desdobramentos das situações de ensino e de aprendizagem. O planejamento das aulas, foi efetuado de acordo o conteúdo proposto pelo professor da disciplina de química na escola, houve auxílio também do professor orientador da disciplina de estágio IV para a execução dos planos de aulas e projeto, possibilitando ao final que estes fossem condizentes com a proposta de ensino já apresentada pelo professor na escola dando continuidade aos assuntos e temas propostos. O período de regência permitiu conhecer a realidade dentro de uma sala de aula, pois nesta etapa, a interação com o aluno e do aluno com o professor é mais direta garantindo assim uma troca significativa de conhecimento. Os encontros realizados durante as aulas presenciais na universidade, permitiram efetuar discussões e trocas de experiências entre todos os alunos da disciplina, sendo uma forma interessante de adquirir experiência e conhecimento a partir da vivência dos demais colega em suas escolas de estágio. Palavras-chave: Estágio curricular, regência, projeto. 3 SUMÁRIO VIVÊNCIA DE ESTÁGIO...........................................................................................5 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................6 1.1 Objetivos gerais.......................................................................................................6 1.2 Objetivos específicos...............................................................................................7 2 CAMPO DE ESTÁGIO.............................................................................................8 2.1 Escola........................................................................................................................8 2.2 Ensino de química na escola...................................................................................9 2.3 Professor.................................................................................................................11 3 ATIVIDADES DOCENTES....................................................................................12 3.1 Regência compartilhada........................................................................................12 3.2 Regências................................................................................................................14 3.3 Análise das regências.............................................................................................14 3.3.1 Análise das perguntas do licenciando e respostas dos estudantes..................15 3.3.2 Relação professor e aluno..................................................................................16 3.3.3 Análise das regências priorizando os conteúdos conceituais e experimentais .......................................................................................................................................18 3.3.4 Análise das aulas priorizando as habilidades de ensino do licenciando........19 3.3.5 Processo de avaliação.........................................................................................20 3.4 Aplicação do projeto.............................................................................................21 3.5 Atividade extra classe...........................................................................................22 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................26 ANEXO A - Plano de estágio curricular supervisionado IV ANEXO B - Termo de compromisso estágio curricular supervisionado IV 4 ANEXO C – Plano de ensino da disciplina de química ANEXO D - Avaliação pelo professor supervisor ANEXO E - Avaliação pela professora orientadora ANEXO F – Diário de estágio ANEXO G - Diário de atividade docente (regência compartilhada) ANEXO H – Diário de atividade docente (regência) ANEXO I – Diário de atividade docente (projeto) APÊNDICE A – A matéria APÊNDICE B – Estados físicos da matéria APÊNDICE C - Projeto 5 VIVÊNCIA DE ESTÁGIO Vivenciar a realidade escolar do Ensino de Química, atribui uma grande relevância para a formação de docentes, sendo compreendido neste período, a oportunidade de exercer a prática pedagógica, propiciando ao estudante de Licenciatura em Química, vivenciar o cotidiano escolar e da sala de aula, utilizando os conhecimentos adquiridos durante a graduação juntamente com as experiências vivenciadas no dia-a-dia escolar. Os Estágios Curriculares Supervisionados I, II, III e IV, somado as demais disciplinas cursadas ao longo da graduação, possibilitam à prática pedagógica de forma à propiciar o amadurecimento do estudante como futuro professor, preparando este para a vivência escolar. Das quatro disciplinas de estágio, duas foram realizadas na Escola de Educação Básica Arnaldo Moreira Douat e duas na Escola de Educação Básica Giovani Pasqualini Faraco. No ECS I, as atividades desenvolvidas foram à análise do Projeto Político Pedagógico (P.P.P.), reconhecimento da estrutura escolar e do corpo docente. No ESC II, é realizado a análise do P.P.P., a análise do programa de Química para o Ensino Médio, relacionando com as observações através do acompanhamento de aulas da disciplina de Química nas três séries do ensino médio. Durante o acompanhamento foi analisada as metodologias utilizadas pelo professor, como as habilidades de ensino, o processo de avaliação, as interações verbais professor- aluno e o conteúdo ensinado. Já, no ESC III, soma-se as atividades que foram realizadas em ESC II e inicia-se a regência. Foram ministradas vinte aulas de regência distribuídas nas turmas do primeiro e do segundo ano e acompanhadas trinta e duas aulas nos três anos do ensino médio. Destinou-se mais de vinte horas para construir os planos de aula, acompanhar atividades extraclasse, como monitoria, participação do conselho de classe e reunião pedagógica. A vivência de estágio na unidade concedente proporcionou experiênciasextremamente enriquecedoras tais como compreensão da realidade escolar, assim como, conhecimentos que foram adquiridos através das atividades docentes, permitindo a reflexão sobre a função do professor em sala de aula e na área escolar, sobre a importância de um bom planejamento para a sua aula, assim como, o pensamento crítico quanto à viabilidade da aula a ser lecionada. 6 1 INTRODUÇÃO O estágio supervisionado deve proporcionar aos futuros professores condições para detectar e superar uma visão superficial dos problemas de ensino e aprendizagem, fornecendo dados significativos do cotidiano escolar possibilitando uma reflexão crítica da carreira a ser desenvolvida como professor e as estratégias de ensino e aprendizagem em relação a um conteúdo específico (CARVALHO, 2012). O estágio, fornece ao futuro educador um maior entendimento de como será sua carreira de professor, visto que, nesta etapa é analisado o funcionamento da escola como um todo; qual o papel da escola, seu Projeto Político Pedagógico, sua dimensão física e administrativa, os métodos de ensino-aprendizagem desenvolvidos pelo professor da disciplina de química na escola, o desenvolvimento de projeto, a elaboração de aulas de reforço e monitoria para os estudantes, a elaboração de planos de aula e a consequente regência. A vivência do estágio é necessária para uma completa formação discente. A graduação percorre muitas áreas, favorece o crescimento intelectual e do conhecimento científico. Porém, a prática pedagógica alavanca esses conhecimentos e, unida a teoria, desenvolve a completa formação de professores (BIACHI et al, 2005). O Estágio Curricular Supervisionado IV é dividido em 216 horas/aulas práticas, onde 28 horas/aulas são de regência da disciplina de Química, 16 horas/aulas de análise do Projeto Político Pedagógico, 24 horas/aulas de participação nas atividades extraclasse na escola, 48 horas/aulas de preparação de planos de aula, 36 horas/aulas de análise das regências e aplicação de projeto, 20 horas/aulas de encontros para orientação com a professora orientadora de estágio e 12 horas/aulas de elaboração do relatório. De maneira geral, o objetivo do Estágio Curricular Supervisionado IV é introduzir o licenciando na realidade escolar, através das regências compartilhadas e análise do conteúdo de química proposto pelo professor da área, bem como o planejamento de aulas e aplicação das mesmas, no período de regência e aplicação do projeto, compreendendo a necessidade de tornar a prática docente mais próxima do ideal, que é proposto pelos parâmetros curriculares. E através disso a disciplina de estágio irá despertar o interesse para a preocupação com a qualidade de ensino e de que forma o futuro profissional poderá contribuir para melhorias na educação. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivos gerais Possibilitar a vivência da situação real do ensino e da investigação das condições do seu exercício profissional, através do contato com a realidade da escola, propiciando a articulação teoria e prática, de forma que possa estabelecer um novo conhecimento sobre a docência e sobre as decisões e ações de ensino, de maneira crítica e criativa. 7 1.1.2 Objetivos específicos Analisar o Projeto Político Pedagógico; Acompanhar o professor da disciplina no período de regência compartilhada; Observar as habilidades de ensino do professor: ambiente de ensino construtivo, linguagem científica e habilidades de levar o aluno a argumentar; Aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da graduação em licenciatura em química de forma reflexiva, assim como planejar métodos avaliativos que colaboram com o ensino-aprendizagem e desta forma desenvolver e aprimorar a capacidade de tomar decisões nas situações concretas da prática educativa; Realizar atividades de observação e análise em sala de aula, como também o plano de ensino apresentado pelo professor e analisar se estão de acordo com as Propostas Curriculares Nacionais e as do Estado de Santa Catarina, bem como participar de atividades extraclasse, regência e aplicação de projeto. 8 2 CAMPO DE ESTÁGIO 2.1 ESCOLA O Estágio Curricular Supervisionado IV foi realizado inicialmente na escola de Educação Básica Giovani Pasqualini Faraco, situada na Rua Dona Francisca, no 4.957, no bairro Santo Antônio, no qual foi desenvolvido algumas atividades, tais como, regência compartilhada, monitoria, observação da unidade escolar, leitura e análise do Projeto Político Pedagógico e Plano de Ensino da disciplina de química. Por motivos particulares, foi necessário realizar a troca de escola durante a realização do estágio. A escola escolhida para a conclusão das demais atividades do estágio foi a escola de Educação Básica Arnaldo Moreira Douat, localizada na Rua Geny Peixer, Nº 153 no Bairro Costa e Silva em Joinville, a qual será o foco das discussões acerca da prática do estágio. A escola recebeu este nome em homenagem ao ilustre cidadão joinvillense Arnaldo Moreira Douat, ex-prefeito (gestão 1940 – 1944). A referida Instituição foi criada pela portaria 0149, de 23 de abril de 1981. A escola oferece ensino fundamental; séries iniciais de 1º ao 5º ano, anos finais e médios, regular e inovador nos períodos matutinos e vespertinos e no período noturno oferta a educação ao ensino médio compreendendo do 1º ao 3º ano. Consta no Projeto Político Pedagógico (atualizado pela última vez em 2015) da escola o objetivo do Ensino Médio regular e Inovador, o qual orienta-se na lei federal publicada no Diário da União (9394) em 20 de dezembro de 1996, Portaria Nº971 de 09 de outubro de 2009, sendo seus principais objetivos: a. Consolidar e o aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; b. Preparação para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; c. Médio Inovador valorizar o educando dando-lhes mais oportunidades de conteúdos com metodologias diferenciadas, com disciplinas com carga horária superior ao médio regular e inclusão de outras disciplinas que desenvolvam o aluno num todo, como: Teatro, Basquete, Informática, Música. d. Aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; e. Compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Desta forma, a proposta apresentada no projeto político pedagógico tem como base os parâmetros curriculares nacionais, e visa despertar no aluno, o senso de responsabilidade, justiça, respeito, aprofundamento dos conhecimentos adquiridos, entre outros, caracterizando assim o exercício da cidadania e visão crítica do mundo. 9 2.2 ENSINO DE QUÍMICA NA ESCOLA O ensino de química é organizado para atingir as competências e habilidades segundo as orientações dos: Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, os Parâmetros Curriculares Nacionais e a Proposta Curricular de Santa Catarina. Desta forma, necessita-se que os conteúdos pré-estabelecidos pelo professor da disciplina sejam trabalhados em sala de aula de maneira que o aluno se forme no ensino médio com o mínimo de conhecimentos adquiridos em química. O plano de aula e o plano de ensino, representam grande importância para guiar o educador quanto a sua prática de aula, permitindo prever o método mais adequado para ministrar cada conteúdo, os objetivos que são esperados, as atividades que serão desenvolvidas e as formas de avaliação. Segundo os Parâmetros CurricularesNacionais (PCN): O plano de ensino de Química pode ser organizado segundo o projeto pedagógico da escola e do professor, sendo muito mais que uma lista de conteúdo a ser seguida em um dado período de tempo. O plano deve revelar uma concepção de educação cujos conteúdos propostos estão articulados entre si e com as outras áreas do conhecimento, com ênfase no desenvolvimento de competências, possibilitando ao aluno uma vivência na qual os conhecimentos estão integrados e favorecem a construção de sua cidadania. (BRASIL, 2000, p. 107) De acordo com Luckesi (1996), um bom plano de ensino deve indicar os métodos avaliativos adequados a cada estratégia de aula adotada, pois a avaliação é onde os conceitos, atitudes e habilidades a serem adquiridos pelos alunos serão avaliados a fim de verificar se os objetivos foram alcançados. O plano de ensino da disciplina de química para o ano letivo de 2017 foi desenvolvido pelo professor da disciplina, sendo elaborado pelo professor Júlio César Michels, professor efetivo na escola desde 2002, que ministra as aulas para as turmas de 1º, 2º e 3º anos matutino, vespertino e noturno. Durante a realização do estágio na escola a turma acompanha foi o 1º 03 do ensino inovador, as discussões realizadas a seguir referem-se à esta turma. O professor utiliza como bibliografia básico o livro Química Ensino Médio escrito por Mortimer, Eduardo Fleury e Machado, Andréa Horta. No plano de ensino para a disciplina de química (Anexo C), observou-se que a organização dos conteúdos no plano de ensino inicia-se com breves noções da evolução da química ao longo tempo, em seguida com propriedades da matéria (densidade, ponto de ebulição, ponto de fusão, massa, volume, etc.), misturas, separação de misturas, conceitos de reações químicas, modelos atômicos, equação química, entre outros. A Proposta Curricular de Santa Catarina (2005) recomenda que seja trabalhado com os estudantes os aspectos macroscópicos da matéria e em seguida as interpretações microscópicas: Iniciar a primeira série pelo estudo dos materiais e suas propriedades macroscópicas, estas entendidas como uma resposta, uma vez que os materiais são submetidos a agentes perturbadores externos. Por exemplo, o calor, incidindo sobre o material, pode aquecer, iluminar, dilatar, fundir, etc. No 10 cotidiano ocorrem muitos fatos que mostram materiais em transformações.” (SANTA CATARINA, 2005, p. 153) De acordo com o PCN+ (Brasil, 2002, pg. 93): O aprendizado de Química no ensino médio “[...] deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas. Possivelmente o método desenvolvido pelo professor para o ensino de química, poderá favorecer a compreensão requerida pelo PCN+, quanto à construção de um conhecimento científico e suas implicações na sociedade de maneira geral. Desta forma, são diversificadas as formas de avaliações utilizadas, assim como, as estratégias de ensino, englobando questões problemas, apreciação de aulas com suporte multimídia, aulas experimentais, interdisciplinar e contextualizado. Conforme aponta Eduardo Mortimer (1999, pg. 110): A linguagem, talvez seja o mais importante instrumento de trabalho que nós, professoras e professores, utilizamos na prática cotidiana de sala de aula. Lidamos com a interação entre a linguagem científica escolar e a linguagem cotidiana do aluno de forma não automática e irrefletida que, às vezes, esquecemo-nos de que qualquer fato científico, por mais objetivo que seja só adquire significado quando reconstruído no discurso científico escolar. Assim, é necessário por parte do professor uma boa habilidade comunicativa e estratégia de ensino, de maneira a facilitar o processo de ensino-aprendizagem do estudante, favorecendo este a alcançar uma aprendizagem significativa a sua realidade. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (BRASIL, 1999), a proposta apresentada para o ensino de química se contrapõe à velha ênfase na memorização de informações, nomes, fórmulas e conhecimentos como fragmentos desligados da realidade dos alunos. Ainda, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, atualmente o plano de ensino pressupõe uma grande quantidade de conteúdos a serem abordados, e pela falta de tempo, o aluno acaba não tendo uma participação efetiva no diálogo mediador da construção do conhecimento. Os Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam: “... mais uma vez, que a simples transmissão de informações não é suficiente para que os alunos elaborem suas ideias de forma significativa. É imprescindível que o processo de ensino-aprendizagem decorra de atividades que contribuam para que o aluno possa construir e utilizar o conhecimento.” (BRASIL, 2000, p. 93) É de grande importância, de acordo com a Proposta Curricular de Santa Catarina, que o professor guie a compreensão do conhecimento químico com os 11 conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula. Essa mediação visa desencadear mudanças conceituais nos conhecimentos que o aluno possui. Quanto à avaliação, foi observado no plano de ensino, que em todos os bimestres são utilizados os diversos recursos avaliativos, sendo estes, observar a resolução dos exercícios dados pelo professor; quanto ao interesse, participação e responsabilidade; analisar a resolução dos exercícios, práticas de laboratório, arguição oral; testes objetivos e subjetivos; relatórios. 2.3 PROFESSOR O professor da disciplina de Química na escola, faz parte do corpo efetivo da escola desde 2002, sendo formado em Licenciatura em Física com habilitação em Química pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) em 1992. Na escola atua em todas as turmas do ensino médio da escola nas disciplinas de química e apenas para o 1º ano do ensino médio Inovador leciona física. 12 3 ATIVIDADES DOCENTES 3.1 REGÊNCIA COMPARTILHADA Um período da prática do estágio é destinado à observações e regências compartilhadas de aulas de química, o que possibilita adquirir experiência em dadas situações através do método de ensino desenvolvido pelo professor. Realizar observações neste período quanto a validade e aplicabilidade das estratégias de ensino desenvolvidas pelo professor, é imprescindível para um bom aprendizado quanto as práticas e estratégias de ensino adotadas pelo professor acompanhado. De maneira geral, a turma é um pouco agitada, com alguns alunos se sobressaindo mais que outros na postura em sala de aula. Acompanhou-se ao total 24 aulas da disciplina de Química, ministradas pelos professores supervisores Júlio César Michels e Jeferson Peixe Lima, que estão descritas no diário de atividades docentes (Anexo E). Ao observar as aulas e acompanha-las, surgiram atividades que puderam ser auxiliadas pela estagiária, como por exemplo: sanar dúvidas dos alunos durante as aulas de exercícios e auxiliar os alunos em atividade experimental. Essas atividades realizadas estão citadas na Tabela 1. Durante o período de regência compartilhada, se verificou que os alunos de ambas as escolas não demonstravam em sua maioria prática de estudo em casa, executando muitas vezes momentos antes da realização de provas e atividades avaliativas. O professor da atual escola de estágio possui boa dicção e desenvoltura, durante a explicação da matéria e exercícios, expondo exemplos do cotidiano dos alunos para facilitar o entendimento dos mesmos, assim como realizando atividades experimentais. No entanto, o professor acompanhado no período inicial de estágio, não possuía bom domíniodo conteúdo de química, tornando desta forma, o entendimento do assunto por Escola Série Nº aulas Conteúdo Atividade Giovani Faraco 1º05 3 Estados da Matéria Trabalho, Prova Giovani Faraco 2º05 5 Soluções Trabalho, Prova Giovani Faraco 2º06 4 Soluções Trabalho, Prova Giovani Faraco 3º04 4 Cálculo de massa, fórmula mínima e composição centesimal Trabalho, Prova Giovani Faraco 1º05 2 Densidade Aula teórica Arnaldo Douat 1º03 7 Densidade Aula teórica. Experimental, atividades e prova 13 parte dos alunos muito complexo, refletindo em seu aprendizado e consequentemente nas avaliações realizadas. As avaliações foram acompanhas em todas as séries do noturno (Regência compartilhada Giovani Faraco), sendo as provas em sua maioria de múltipla escolha, com exceção de quando é necessário desenvolver cálculos e nomenclatura ou ainda descrever algum exemplo solicitado pelo professor, contemplando este método de prova apenas uma grande fração das avaliações aplicadas. Já, durante o período de regência compartilhada realizada na escola Arnaldo Douat, observou-se uma grande diferença quanto ao nível de aprendizado que os estudantes eram submetidos, em que as aulas eram bem elaboradas e com bastante atividades experimentais. Havia sempre estimulo ao aprendizado dos estudantes, seja por meio da experimentação, da investigação científica ou simplesmente uma boa aula realizada no quadro branco. Assim, é necessário por parte do professor uma boa habilidade comunicativa e estratégia de ensino, de maneira a facilitar o processo de ensino-aprendizagem do estudante, favorecendo este a alcançar uma aprendizagem significativa a sua realidade. De acordo com o PCN+ (Brasil, 2002): O aprendizado de Química no ensino médio “[...] deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas”. Possivelmente o método desenvolvido na escola Giovani Faraco para o ensino de química, poderá limitar a compreensão requerida pelo PCN+, quanto a construção de um conhecimento científico e suas implicações na sociedade num geral. Desta forma, poderia ser diversificada as formas de avaliação, assim como, a estratégia de ensino, englobando questões problemas, apreciação de aulas com suporte multimídia, interdisciplinar e contextualizar os temas abordados. No entanto, o método desenvolvido na escola Arnaldo Douat, poderá possibilitar aos alunos uma verdadeira apropriação do conhecimento de química, por meio de método de aula elaborada na escola. Portanto, a sociedade necessita de pessoas com capacidades cada vez mais desenvolvidas, desta maneira, pessoas menos ‘antenadas’ tecnologicamente serão deixadas de lado na disputa por empregos melhores. Incentivar e despertar o desejo pelo estudo, amplia os horizontes e favorece uma melhor possibilidade de desenvolvimento pessoal. Ao acompanhar as aulas observou-se a veracidade do que foi proposto no plano de ensino quanto à avaliação, em que o professor não utiliza somente a prova escrita como forma única de avaliação. Estudando o plano de ensino de química para o 1º ano do ensino médio inovador, é possível observar que o professor procura cumprir os objetivos gerais propostos em seu plano de ensino, como por exemplo, fazer os alunos analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de ciências e tecnologia e 14 elaborar argumentações consistentes. O professor faz uso dos instrumentos de avaliação, promovendo debates durante a exposição oral do assunto, resoluções de exercícios no quadro branco, trabalho em equipe e relatório de experiências de laboratório de química. Observou-se ao acompanhar as aulas de química da escola que o mesmo segue o que foi proposto no seu plano de ensino quanto à avaliação, onde não faz uso apenas de provas como nota avaliativa, mas também do interesse, participação e responsabilidade do aluno bem como análise de resoluções dos exercícios, relatórios e demais atividades elaboradas ao longo das aulas. De modo geral, verificou-se que o ensino de química para o primeiro ano do ensino médio segue a Proposta Curricular de Santa Catarina. O professor, de maneira geral, consegue formular seus objetivos de aula de maneira clara e própria para o Ensino de Química, demonstrando conhecimento dos conteúdos de acordo com o PCN + (Brasil, 2002). Através do acompanhamento realizado, é possível afirmar que as atividades são articuladas de forma coerente, oportunizando a participação dos alunos sempre que possível. As aulas, de modo geral, são expositivas e bem dialogadas permitindo um bom entendimento do conteúdo pelos estudantes. A prática da contextualização durante as aulas, foi observada em alguns momentos, sendo observado também por vezes a exemplificação por meio do uso de exemplos aplicáveis a realidade do aluno. Um grande benefício para o desenvolvimento de aulas de vídeo, ou com apresentação de PowerPoint, é a disponibilidade equipamentos de projeção multimídia, na escola, inclusive na sala utilizada para a prática de atividades experimentais, facilitando o trabalho com os alunos. 3.2 REGÊNCIAS O período do regência foi realizado no 1º ano do ensino médio inovador no período matutino e vespertino. As atividades realizadas estão registradas no diário de atividades docentes (Anexo E, F e G). As aulas tanto no período matutino quanto no vespertino tem duração de 45 minutos. No acompanhamento das aulas do professor da disciplina de química, foi possível conhecer os conteúdos que estavam sendo estudados pelos alunos. Sendo assim, os planos de aula (Apêndice A e B) foram construídos previamente sob orientação do docente da disciplina de química e da professora e orientadora de estágio, com o intuito de prosseguir as aulas com as turmas. Após o término da confecção dos planos de aula, as aulas foram ministradas de acordo com os mesmos e sob supervisão do professor de química da escola. Foram ministradas 28 aulas no total, os assuntos trabalhados com os estudantes foram estados físicos da matéria, curvas de aquecimento e resfriamento, substâncias puras, misturas comuns, eutéticas e azeotrópicas. De acordo com Campos (1998), o estágio supervisionado proporciona ao licenciado o domínio de instrumentos teóricos e práticos imprescindíveis à execução de suas funções. Busca-se, por meio desse exercício beneficiar a experiência e promover o desenvolvimento, no campo profissional, dos conhecimentos teóricos e práticos 15 adquiridos durante o curso nas instituições superiores de ensino, bem como, favorecer por meio de diversos espaços educacionais, a ampliação do universo cultural dos acadêmicos, futuros professores. Outros fins previstos nessa proposta são desenvolver habilidades, hábitos e atitudes relacionados ao exercício da docência e criar condições para que os estagiários atuem com maior segurança e visão crítica em seu espaço de trabalho. 3.3 ANÁLISE DA REGÊNCIA Antes do período de regência é necessário preparar o plano de aula de modo a pensar nas estratégias de ensino adequadas ao ambiente escolar, as aulas devem ser organizadas de maneira que o aluno possa perceber a importância do que está sendo ensinado, seja num contexto histórico, para o seu dia-a-dia ou para seu futuro. O processo de planejamento e confecção do plano de aula é uma etapa fundamental que é necessária antes de ministrar as aulas, onde exige do discente o que o mesmo aprendeu durante todo o percurso enquanto estudante de licenciatura. Esse planejamento esteve presente em todo o período de estágio. Segundo Camargo et. al. (1997, p. 4), “Na concepção democrática da educação, o ato de planejar não é meramente fabricar planos;ele é um processo ininterrupto, permanente, cujo desafio é lançar-se na reelaboração diária de novos planejamentos”. Para Ostetto (2000, p.177), Planejar é essa atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro para empreender uma viagem de conhecimento, de interação, de experiências múltiplas e significativas para/com o grupo de alunos. Planejamento é a atitude crítica do educador diante de seu trabalho docente. Por isso não é uma forma! Ao contrário, é flexível e, como tal, permite ao educador repensar, revisando, buscando novos significados para sua prática pedagógica. Sendo assim, o planejamento é um conjunto de ações que são preparadas projetando um determinado objetivo, em outras palavras é “um conjunto de ações coordenadas visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente e econômica”. (Luckesi, 1992, p.121). Pode-se afirmar que o planejamento é também uma ação de organização, fundamental a toda ação educacional. O ato de planejar as futuras aulas, possibilitou refletir sobre quais estratégias de ensino seriam adequadas a cada etapa de aula baseado nas observações anteriormente feitas na turma. Esta reflexão mostrou-se importante e necessária, visto a influência que uma estratégia inadequada poderia implicar na qualidade da aprendizagem dos estudantes. Os métodos de uma pedagogia crítico-social dos conteúdos não partem, então, de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo, mas de uma 16 relação direta com a experiência do aluno, confrontada com o saber trazido de fora. O trabalho docente relaciona a prática vivida pelos alunos com os conteúdos propostos pelo professor, momento em que se dará a “ruptura” em relação à experiência pouco elaborada (LUCKESI, 1994, p. 71). Ao longo das regências, observou-se que os estudantes formulavam melhor seus questionamentos, conseguindo relacionar de forma adequada o assunto estudado em aula, como, por exemplo ao final do estudo de estados físicos das substâncias em que inicialmente foi realizado um questionário com os alunos pertinentes ao tema. Durante a última aula desta temática em que uma revisão foi realizada, uma das estudantes decidiu retomar uma pergunta anteriormente respondida por todos no questionário sobre “a secagem da roupa no varal”, a estudante disse que este fenômeno acontecia através da vaporização. De acordo com Carvalho (2012), o estágio curricular supervisionado deve servir de experimentação didática para o aluno-estagiário, criando condições para que o licenciando seja o pesquisador de sua própria prática pedagógica. Ao longo das regências houve uma melhor interação com os estudantes, observando que os mesmos participavam mais durante as aulas e respeitavam mais os momentos de explicação do conteúdo. Esta maior interação com os estudantes, possibilitou trabalhar de forma harmoniosa em sala de aula, sendo possível até identificar quando os estudantes estavam com dúvida durante a explicação do assunto. 3.3.1 ANÁLISE DAS PERGUNTAS DO LICENCIANDO E RESPOSTAS DOS ESTUDANTES São inúmeras as questões que os professores podem elaborar para seus alunos de acordo com o conteúdo trabalhado, e cada uma exige uma resposta diferente, uma atividade de pensamento distinta de seus alunos. Assim, os 10 primeiros minutos da aula são geralmente utilizados para fazer a chamada e revisar com os alunos as aulas anteriores ou fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes. Um exemplo de levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos na turma do 1º ano do ensino médio foi ao se trabalhar as mudanças de estados físicos em que inicialmente se questionou: Como as roupas secam no varal? Algumas pessoas usam bolinhas de naftalina no armário para afastar traças. Depois de algum tempo, essas bolinhas ‘somem’. Qual o estado físico que se encontram as bolinhas de naftalina antes de ‘sumirem’? E depois de ‘sumirem’? O que será que acontecem com elas? Quando colocamos uma chaleira com água no fogão e a tampamos, observa-se depois de um período que a tampa da chaleira está molhada. Como poderíamos explicar esta observação? Essas perguntas foram realizadas a fim de facilitar a compreensão dos alunos sobre os diferentes estados físicos em que podemos encontrar numa mesma substância. De acordo com Carvalho (2012), um tipo de pergunta muito comum são as perguntas retóricas, na qual o professor faz questões e ele mesmo responde. Esse artifício foi utilizado em momento específicos como, durante a explicação do conteúdo ou para chamar a atenção de algum aluno, como por exemplo, “Porque mesmo em dias chuvosos a roupa seca no varal?”. Outro tipo de pergunta que foi feita: “Vocês 17 entenderam?” ou então “Vocês possuem alguma dúvida até agora?”, que geralmente era utilizada ao final de alguma explicação, permitindo principalmente no período inicial de regência (em que não se conhecia muito bem os alunos) que os estudantes apontassem suas dúvidas ao longo de uma explicação, sendo por vezes utilizado métodos alternativos de explicação e por meio destes solucionadas as dúvidas dos alunos. Buscou-se no decorrer das aulas levantar questionamentos que fizessem os alunos refletir, querer investigar mais profundamente, estimulando-os, por meio de perguntas de caráter investigativo, como por exemplo: “Do que dependem as mudanças de estados físicos?”. Frequentemente a resposta do professor afeta o nível de participação dos estudantes. Desse forma, buscou-se através das perguntas e das respostas dos alunos lhes incentivar positivamente: “Exatamente!”, “Boa pergunta!”, antes de continuar com a aula. Durante o período de regência, percebeu-se que os estudantes participavam mais quanto direcionava os questionamentos diretos para os mesmos. De acordo com Freire (1981), o educador dialógico tem dificuldade de atuar coerentemente em uma estrutura educacional que nega o diálogo. Desse modo, acredita- se que o aluno é um sujeito capaz de pensar, agir, dialogar, ouvir, participar, interagir, colaborar, manifestar o que pensa e de alguma maneira contribuir em sala de aula. Portanto, “o trabalho escolar não se assenta, prioritariamente, nos conteúdos de ensino já sistematizados, mas no processo de participação ativa nas discussões e nas práticas sobre questões da realidade social imediata” (LIBÂNEO, 1994, p.69). No decorrer das aulas observou-se que os alunos foram participativos, respondendo geralmente os questionamentos da estagiária, onde foi dada total liberdade para os mesmos expressar suas dúvidas. 3.3.2 RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO Navarro (2011), afirma que a relação professor-aluno é uma forma de interação que dá sentido ao processo educativo, uma vez que é no coletivo que os sujeitos elaboram conhecimentos. Desta forma, o professor deve refletir a todo o momento sobre sua prática. Durante as regências, houve uma boa relação com os estudantes, sendo acessível e flexível com estes, sempre possibilitando questionamentos pertinentes ou não as suas aulas. Apesar da acessibilidade, sempre houve uma postura firme em sala de aula, buscando, em momentos de tumulto da turma a ordem em sala de aula. 18 3.3.3 ANÁLISE DAS REGÊNCIAS PRIORIZANDO OS CONTEÚDOS CONCEITUAIS E EXPERIMENTAIS Como complementação ao tema estudado em aula com os estudantes, foi proposto o experimento intitulado ‘mudanças de estados físicos da água’ (Apêndice B), no qual, pode ser verificado a variação do estado físico da água de acordo com seu aquecimento. Francisco Junior, Ferreira e Hartwig (2008, p.34) afirmam que Basicamente, a experimentação pode ser conduzida de duas formas: ilustrativa e investigativamente. [...]. A experimentação ilustrativa geralmente é mais fácil de ser conduzida. Ela é empregada para demonstrar conceitos discutidos anteriormente, sem muita problematizaçãoe discussão dos resultados experimentais. Já a experimentação investigativa [...] visa obter informações que subsidiem a discussão, a reflexão, as ponderações e as explicações, de forma que o aluno compreenda não só os conceitos, mas a diferente forma de pensar e falar sobre o mundo por meio da ciência. Assim, os experimentos facilitam a compreensão da natureza da ciência e dos seus conceitos, auxiliam no desenvolvimento de atitudes científicas e no diagnóstico de concepções não-científicas. Além disso, contribuem para despertar o interesse pela ciência. O experimento realizado com os alunos foi um instrumento para compreensão do assunto estudado pelos discentes, em que, estes se mostraram muito interessados durante sua realização, efetuando sempre que possível de acordo com a progressão do experimento, perguntas pertinentes aos fenômenos observados pela turma. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, “O emprego de atividades experimentais como mera confirmação de ideias apresentadas anteriormente pelo professor reduz o valor desse instrumento pedagógico”. Ainda segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, as atividades experimentais necessitam de uma atenção especial, pois a “Sua escolha depende de objetivos específicos do problema em estudo, das competências que se quer desenvolver e dos recursos materiais disponíveis (BRASIL, 2000, p. 108)”. A Proposta Curricular de Santa Catarina recomenda: “... a abordagem a partir de fatos observáveis (macroscópico) qualitativos, seguindo-se o tratamento das relações quantitativas e terminado com os modelos explicativos, que desenvolveriam a capacidade de abstração do educando”. (SANTA CATARINA, 2005, p. 154) Assim, a elaboração da atividade experimental da mudança de estado físico da água, se mostrou de grande utilidade à uma melhor compreensão do tema proposto em sala de aula para estudo, o qual pode ser melhor entendido pelos estudantes ao fazer a medição da temperatura do gelo logo após ser retirado do freezer e ao longo do tempo até seu degelo e consequente aquecimento até sua evaporação. Realizando está atividade com os estudantes, foi possível despertar nestes um senso crítico quanto ao que estava 19 sendo observado ao longo da prática, permitindo realizar discussões com e entre os estudantes sobre os fenômenos observados durante a medição da temperatura. De acordo com Maldaner (1998), a construção do conhecimento químico é feita por meio de manipulações orientadas e controladas de materiais, iniciando os assuntos a partir de algum acontecimento recente ou do próprio cotidiano ou ainda adquirido através deste ou de outro componente curricular, propiciando ao aluno acumular, organizar e relacionar as informações necessárias na elaboração dos conceitos fundamentais da disciplina, os quais são trabalhados através de uma linguagem própria dos químicos, como símbolos, fórmulas, diagramas, equações químicas e nome correto das substâncias. Partindo desse pressuposto, vemos como é importante a experimentação nas aulas de química, uma vez que essas aulas possibilitam uma interação estudante e professor, desenvolvendo assim uma nova maneira de transmitir o conhecimento científico. Desta forma, durante a prática experimental e a construção do gráfico da temperatura da água pelo tempo que foi registrada ao longo das medições pelos estudantes, foi possível trabalhar o assunto de estados físicos utilizando outras estratégias de ensino para fortificar o assunto já visto em sala de aula. 3.3.4. ANÁLISE DAS AULAS PRIORIZANDO AS HABILIDADES DE ENSINO DO LICENCIANDO De acordo com Pimenta (1996), a licenciatura tem como objetivo desenvolver nos futuros professores, conhecimentos, habilidades, atitudes, valores que lhes permitam elaborar permanentemente seus saberes docentes, através das realidades de ensino vivenciadas. No primeiro ano do ensino médio inovador realizou-se o experimento da mudança de estado físico da água, a qual foi retirada do refrigerador e medida sua temperatura com o passar do tempo (a cada 2 minutos), até seu degelo completo e após, a mesma foi submetida ao aquecimento até sua temperatura de ebulição. Para explicar os fenômenos observados (fusão e ebulição), realizou-se vários questionamentos aos estudantes afim de lhes instigar a refletir sobre o tema estudado até o momento do experimento. Verificou-se que os alunos tiveram um pouco de dificuldade para relacionar a prática experimental com o conteúdo visto em sala, sendo necessário auxiliá-los na reflexão. A aula seguinte ao experimento foi utilizada para construir junto com os estudantes a curva de aquecimento da prática realizada na aula anterior, no qual foi possível observar que os estudantes conseguiram relacionar os diferentes patamares de aquecimento com a prática realizada. Uma habilidade muita usada na sala de aula é a de ouvir os alunos, sendo esta utilizada ao questionar os estudantes nas aulas teóricas e nas aulas no laboratório, na qual os estudantes faziam conclusões acerca do que era perguntado, tendo como principal objetivo proporciona- los a produção de conhecimentos através do pensar. Por meio do desenvolvimento do pensamento e o pensar por si próprio, de acordo com Lorieri (2002), estamos tornando as pessoas mais capazes de investigar, de refletir, criticar, ser rigorosa, profunda e abrangente em seus pensamentos e atitudes. Porém, para isso, segundo Freire (2007, 20 p.19), “O professor precisa ser um aprendiz ativo e cético na sala de aula, que convida os alunos a serem curiosos e críticos... e criativos”. 3.3.5. PROCESSO DE AVALIAÇÃO De acordo com Luckesi (1995), a avaliação da aprendizagem não é e não pode continuar sendo a tirana da prática educativa, que ameaça e submete a todos. Não se pode confundir avaliação da aprendizagem com exames. A avaliação da aprendizagem, por ser avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva, diversa dos exames, que não são amorosos, são excludentes, não são construtivos, mas classificatórios. A avaliação inclui, traz para dentro; os exames selecionam, excluem, marginalizam. Assim, segundo o documento os Parâmetros Curriculares Nacionais, “o professor ao elaborar os instrumentos de avaliação deve considerar que o objetivo maior é o desenvolvimento de competências com as quais os alunos possam interpretar linguagens e se servir de conhecimentos adquiridos, para tomar decisões autônomas e relevantes”. Ainda de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, “as provas são de suma importância para o professor acompanhar o aprendizado dos alunos e visualizar a progressão dos mesmos” (BRASIL, 2000, p.137). Durante o período de regência, destacou-se aos alunos, que os mesmos seriam avaliados durante todo o processo, sendo a participação nas atividades desenvolvidas, pontualidade e etc. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais: À medida que os conteúdos são desenvolvidos, o professor deve adaptar os procedimentos de avaliação do processo, acompanhando e valorizando todas as atividades dos alunos, como os trabalhos individuais, os trabalhos coletivos, a participação espontânea ou mediada pelo professor, o espírito de cooperação, e mesmo a pontualidade e a assiduidade (BRASIL, 2000, p.136). Os recursos avaliativos utilizados no 1º ano foram: elaboração de relatório, apresentação oral das atividades desenvolvidas, construção de gráficos, prova e atividades avaliativas. Segundo Carvalho (2012): Infelizmente, é bastante comum, e acontece com todos os professores, utilizar um instrumento de avaliação (prova, lista de exercícios, entendimento de um texto) em que a maioria dos alunos não consegue um bom resultado. Durante as avaliações realizadas na turma observou-se que os estudantes não demonstravam pratica de estudo em casa, por vezes, estudando rapidamente momentosantes da avaliação, o que em alguns momentos dificultava o processo de avaliação, que demonstrava-se ineficiente para avaliar corretamente o aluno. De maneira geral, a turma conseguiu atingir a média em boa parte das avaliações, no entanto, sempre havia a necessidade de realizar atividades de recuperação para as notas baixas. Acredita-se que 21 as notas baixas foram devido à falta de atenção, pois no período de regência dessa turma observou-se que os alunos entregaram as atividades propostas tirando notas no geral acima de 6,0 e no decorrer da aula quando eram questionados, os mesmos respondiam corretamente. De maneira geral, os alunos tiveram um bom desempenho na prova, onde foi levado em consideração que “o instrumento avaliativo tem como função um juízo de qualidade referente a dados relevantes” (LUCKESI,1995, p. 69). Depois de corrigir as provas, as mesmas foram entregues aos estudantes. Ao questionar os alunos sobre a dificuldade das questões da prova, se esta estava de acordo com o que haviam estudado no decorrer das aulas, os mesmos afirmaram que a prova não estava difícil e que muitas questões foram exemplos discutidos na sala de aula. 3.4 APLICAÇÃO DE PROJETO O projeto (Apêndice C) teve duração de 16 horas, no entanto ainda será trabalhado pelo professor da disciplina de química ao longo do ano mais profundamente. O projeto foi desenvolvido em parceria com o professor da disciplina de química na escola, o qual já é desenvolvido há alguns anos com todas as turmas do ensino médio da escola. O projeto Farmácia Viva na Escola, engloba os três anos, no qual o 1º ano é responsável em pesquisar, desenvolver e pintar os muros da escola com tinta à base de argila, projeto este intitulado Tintas da Terra que foi desenvolvido durante o período de estágio e que continuará a desenvolvido pelo professor da disciplina durante o restante do ano escolar. Já o 2º e 3 ano, são responsáveis pelo estudo das calorias presentes nos alimentos e estudos de plantas medicinais, o projeto desenvolvido por estas duas séries não foi acompanhado, sendo, desta forma, trabalhado e desenvolvido exclusivamente o projeto com o 1º ano. Sendo assim, o projeto foi aplicado com o objetivo de proporcionar aos estudantes uma aprendizagem significativa através de uma abordagem contextualizada no tema Tinta da Terra na escola no estudo da produção de tinta à base de argila, associando a questão econômica e ambiental, consequentemente os levando a reconhecer a importância da utilização da tinta à base de argila para a pintura de paredes e muros. Para que se possa ter uma visão mais específica, apresenta-se as tintas à base de argila como um exemplo de abordagem de temas, objetivando o desenvolvimento das competências e habilidades que levam ao estudo de óxidos. Assim, no primeiro momento, focalizou-se a produção de tintas no Brasil. O segmento de Tintas Imobiliárias representa, em média, 77% da produção e 60% do faturamento anual da indústria nacional de tinta, o que corresponde ao consumo de 662 milhões de litros e ao faturamento de 792 milhões de dólares (ANGHINETTI, 2012). Na sequência, um resgate histórico foi feito, ao discutir como eram produzidas as tintas pelos primitivos e qual seu significado. A produção de tintas à base de argila foi ainda examinada no contexto de um estudo mais amplo, quanto as implicações sociais, econômicas e ambientais decorrentes da obtenção e do seu uso. Esses estudos foram estruturados de tal forma a permitir o desenvolvimento das competências e habilidades nos três campos 22 (representação e comunicação, compreensão e investigação e percepção social e histórica). Os métodos de avaliação do projeto se deram por inicialmente na apresentação do projeto, e a partir do questionamento inicial, sendo um método avaliativo de investigação do conhecimento dos estudantes. Assim deste modo, durante o projeto os estudantes foram avaliados, quanto ao comprometimento nas aulas, participação nas atividades, organização, etc. E como fechamento das atividades foi realizado um debate e questionário no qual se avaliou os estudantes no que diz respeito ao comprometimento, participação, conteúdo aprendido e colocação das suas ideias. As Figuras 1 e 2 abaixo apresentam algumas das etapas do projeto trabalhados com os estudantes no período de estágio. Na Figura 1, temos a fase inicial do projeto, a qual mostra os alunos macerando alguns tipos de argila para a posterior pintura do muro da escola (Figura 2). Por questão de segurança, se achou conveniente que os estudantes apenas acompanhassem o processo de produção da tinta, ou seja, sendo apenas espectadores durante a fabricação da tinta. Porém, durante este processo realizou discussões quanto as quantidades necessárias para a correta produção da tinta de acordo os estudos inicialmente realizados. Fonte: a autora, 2017. 23 O projeto Tintas da Terra desenvolvido com os estudantes alcançou os seguintes resultados, permitiu o trabalho em grupo desenvolvido pelos alunos, quanto na participação, comprometimento, pró-atividade e bibliografia sobre o tema. Acredita-se que ao final do ano com a conclusão do projeto pelo professor, os estudantes terão uma grande apropriação sobre o processo de produção de tintas à base de argila, visto que trabalharam ao longo do ano o conteúdo, chegando ao final do ano num estudo mais aprofundado sobre os óxidos presentes na composição da argila, relacionando com o conteúdo previsto para ser estudado pelos alunos do 1º ano do ensino médio inovador. 3.5 ATIVIDADES EXTRA CLASSE As atividades extraclasse tem como objetivo inserir o licenciado no contexto escolar, dando oportunidade ao mesmo de socializar com as atividades na qual o professor está inserido. De acordo com Candau (1986, p.12-22), a monitoria pode ser entendida como procedimento pedagógico, que demonstra sua utilidade, à medida que atende às dimensões “política, técnica e humana da prática pedagógica. A monitoria teve por objetivo auxiliar os alunos do ensino médio em dúvidas decorrentes da sala de aula sobre resolução de exercícios e desenvolvimento de trabalhos. Através da monitoria foi possível esclarecer as dúvidas dos alunos, além de colocar em prática o que foi aprendido na graduação. O período disponibilizado para monitoria foi de 3 à 4 horas semanais, que variavam de acordo com a quantidade de estudantes que compareciam durante o horário disponibilizado no período de abril à junho de 2017. Houve uma grande procura por auxílio de muitas séries do ensino Fonte: a autora, 2017. 24 fundamental e ensino médio, sendo atendido ao final deste período um grande número de alunos de estudantes acima de 50 alunos. Os alunos que compareceram na monitoria sanaram suas dúvidas na resolução de exercícios, comparecendo em sua maioria mais de uma vez ao atendimento. A monitoria proporcionou aos alunos uma maior compreensão do conteúdo que estavam estudando em sala de aula, sendo incentivados a elucidar dúvidas de matemática, química e física, instigando-os através dos conhecimentos prévios e não dando a resposta pronta. No período da monitoria observou-se que os alunos que procuravam monitoria, tinham muitas dúvidas na resolução dos cálculos matemáticos e não na química e que os dias que compareciam na monitoria eram próximos de datas de avaliações. 25 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização do estágio supervisionado IV na escola proporcionou a vivência com a rotina escolar, permitindo refletir sobre as regências, aplicação do projeto, a importância de um bom convívio com o núcleo escolar aliada ao desejo de fazer parte deste, visto que a comunidade escolar apresenta-se bastante satisfeita com a comunicação entretodos os membros. Os encontros realizados durante as aulas presenciais na universidade permitiram efetuar discussões e trocas de experiências entre todos os alunos da disciplina, sendo uma forma interessante de adquirir experiência com as discussões realizadas sobre a vivência de cada um na sua escola de estágio. O planejamento das aulas foi importante para o desenvolvimentos das regências, pois com o planejamento foi possível organizar-se e aplicar as propostas elaboradas para as aulas de maneira produtiva. De modo geral, a prática do estágio foi significativa para reflexões críticas, que são essenciais na formação do profissional da educação, abrindo espaço para críticas que futuramente iram contribuir para a prática profissional. Ao acompanhar e ministrar as aulas verificou-se que o professor às vezes necessita ter controle da turma, dominar bem o conteúdo, ser interativo, comunicativo e dinâmico. Observou-se que o docente deve respeitar o ritmo da turma e não apenas passar o conteúdo sem se importar se os alunos estão aprendendo ou não. Portanto o educador tem que ter paciência, pois o que pode ser fácil para um, pode ser difícil para outro. É através do conhecimento das etapas da aula que o professor poderá estabelecer os objetivos, bem como os conteúdos que serão ministrados e a forma que irá aplicar o conteúdo. A unidade concedente ofereceu e proporcionou experiências extremamente enriquecedoras tais como compreensão da realidade escolar e conhecimentos que foram adquiridos através das atividades docentes, permitindo ao estagiário refletir sobre a função do professor em sala de aula e na área escolar, sobre a importância de um bom planejamento para a sua aula, assim como, a reflexão crítica quanto à viabilidade da aula a ser lecionada. 26 5 REFERÊNCIAS ANGHINETTI, I. C. B. Tintas, suas propriedades e aplicações imobiliárias. 2012. 65 f. Monografia (Especialização) - Especialização em Construção Civil, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012. CAMARGO, F.; DAVINI, J.; FREIRE, M.; MARTINS, M. C.. Avaliação e planejamento – A prática educativa em questão. Feira de Santana: Espaço pedagógico, 1997. CAMPOS, L. M. O saber da experiência docente na formação inicial de professores: o estágio na Sala 14. 1998. Tese (Doutorado em Educação) -Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília, 1998. CANDAU, V. M. F. A didática em questão e a formação de educadores-exaltação à negação: a busca da relevância. In: CANDAU, V. M. F. (Org). A didática em questão. Petrópolis: Vozes, 1986, p. 12-22. CARVALHO, A. M. P. Os Estágios nos Cursos de Licenciatura. São Paulo: Cengage Learning, 2012. FRANCISCO J., W.E.; FERREIRA, L.H. e HARTWIG, D.R. Experimentação problematizadora: fundamentos teóricos e práticos para aplicações em salas de aula de ciências. Quím. Nova Esc. – São Paulo-SP, BR., n. 30, p. 34-41, 2008. FREIRE, P., Pedagogia do Oprimido, 9a edição, São Paulo, 1981. LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. LORIERI, M. A. Filosofia no ensino fundamental. São Paulo: Cortez, 2002. LUCKESI, C.C. Planejamento e Avaliação escolar: articulação e necessária determinação ideológica. IN: O diretor articulador do projeto da escola. Borges, Silva Abel. São Paulo, 1992. FDE. Diretoria Técnica. Série Idéias nº 15. LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. Cortez Editora. São Paulo, 1994. 27 LUCKESI, C. Avaliação e aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2008. MALDANER, O. A. A pesquisa como perspectiva de formação continuada do professor de química. Química Nova, v.2, n. 22, p. 289-292, jun. 1998. Ministério da Educação – MEC, Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Semtec. PCN + Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002. PIMENTA, S. G. Formação de professores – saberes da docência e identidade do professor. Revista da Faculdade de Educação de São Paulo, SP, v. 22, n. 2, p. 72-89, jul. / dez. 1996. SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia. Proposta Curricular de Santa Catarina: Estudos Temáticos. Florianópolis: IOESC, 2005. OSTETTO, L. E. Planejamento na Educação Infantil: mais que a atividade, a criança em foco. In: Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas, Papirus, 2000. 28 ANEXO A – PLANO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO IV 29 30 31 ANEXO B – TERMO DE COMPROMISSO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO IV 32 33 34 35 ANEXO C – PLANO DE ENSINO ESTADO DE SANTA CATARINA DECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL – JOINVILLE 23ªGERÊNCIA DE EDUCAÇÃO EEB ARNALDO MOREIRA DOUAT – MUNICÍPIO: JOINVILLE/SC PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: QUÍMICA PROFESOOR: JÚLIO CÉSAR MICHELS SÉRIE: 1º TURMAS: 36 PERÍODO LETIVO – 2017 I. OBJETIVOS DA DISCIPLINA Objetivos Gerais: Aprimorar valores e atitudes do indivíduo, capacitando-o a buscar, de maneira autônoma, o conhecimento de contexto científico e tecnológico em que está inserido. Ler, articular e interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e representações: sentenças, equações, esquemas, diagramas, tabelas, gráficas e representações geométricas. Elaborar comunicações orais ou escritas para relatar, analisar e sistematizar eventos, fenômenos, experimentos, questões, feiras e visitas. Aprimorar valores e atitudes do indivíduo, capacitando-o a buscar, de maneira autônoma, o conhecimento do contexto científico e tecnológico e enfrentar situações-problema. Reconhecer, utilizar, interpretar e propor modelos para situações-problema, fenômenos ou sistemas naturais ou tecnológicos e enfrentar situações-problema. Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, símbolos, códigos e nomenclatura da linguagem científica. Identificar as informações ou variáveis relevantes em uma situação-problema e elaborar possíveis estratégias para equacioná-las ou resolvê-la. Identificar fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do conhecimento científico, estabelecer relações, identificar regularidades, invariantes e transformações. Compreender a ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura humana contemporânea. ESPECÍFICOS: 1. Compreender que a palavra “química” é as vezes empregada incorretamente, num contexto diário, como sinônimo de “substância artificial potencialmente perigosa à saúde”. Conceituar matérias simples, puras e compostas. Distinguir os diferentes processos de separação dos componentes de uma mistura; Distinguir fase de componente; Distinguir sistemas de misturas; Diferenciar substâncias puras de misturas. 37 2. Experimentar técnicas de separação de misturas homogêneas e de misturas heterogêneas. Empregar um raciocínio de proporcionalidade direta para realizar conversão entre as principais unidades de massa e também entre as principais unidades de volume. Valorizar a observação como importante meio para obter informações. Interpretar corretamente a fórmula que representa uma molécula, distinguindo os elementos presentes e a quantidade de átomos de cada um; Caracterizar as três partículas fundamentais constituintes dos átomos; Perceber a noção e a evolução do conceito de modelo atômico. 3. Observar que, na história da ciência, teorias e modelos são substituídos por outros melhores. Reconhecer a estrutura geral da tabela periódica; Diferenciar períodos e famílias da tabela periódica; Elaborar a fórmula prevista para o composto iônico formado por um metal e uma não- metal fundamentando-se na posição dos elementos na tabela periódica; Diferenciar ligação iônica da covalente; Relacionar a ligação metálica às propriedades dos metais; Reconhecer os vários tipos de funções; Conceituar e classificar ácido, base, hidreto metálico, sal e óxido. 4. Elaborar a fórmula eletrônica e a fórmula estrutural para casos simples de substâncias moleculares, a partir da fórmula molecular e da posição dos elementos na tabela periódica. Obter um indicador ácido-base e utilizá-lo para testar algumas soluções visando classificá-los como ácidos ou básicos. Escrever e balancear uma reação; Conhecer as principais reações de análise e de síntese. II. TÉCNICAS DE ENSINO ( X ) Aula Expositiva ( ) Seminário ( X ) Leitura Dirigida ( ) Biblioteca ( X ) Demonstração ( prática realizada pelo professor) ( X ) Laboratório de informática (prática realizada pelo aluno) ( X )Trabalho de Campo ( X ) Execução de Pesquisa. 38 III. AVALIAÇÃO CRITÉRIOS Observar a resolução dos exercícios dados pelo professor, participação e responsabilidade. Analisar a resolução de exercícios chamando os alunos ao quadro de vidro e atribuindo conceitos individuais. Arguição oral. Testes objetivos e subjetivos. Relatórios. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Uso de quadro de vidro, auxiliando a exposição oral. Promoção de debates de curta duração durante a exposição oral do assunto. Resolução dos exercícios no quadro de vidro dados pelo professor. Trabalho em equipe. Relatórios de experiência de laboratório. RECUPERAÇÃO PARALELA Depois de diagnosticado a dificuldade e defasagem a estratégia de abordar o conteúdo será proposto situações-problema de maneira que o aluno internalize o conteúdo. IV. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1º Bimestre Breves noções da evolução da química ao longo tempo Química para exercício da cidadania Mudança de estado físico Experiência de laboratório Ponto de fusão (PF) Ponto de ebulição (PE) Matéria Massa e unidades de massa Volume e unidade de volume Densidade Experiência de laboratório Substância pura Mistura heterogênea Projeto Farmácia Viva na Escola; 39 2º Bimestre Sistema Exemplos de técnicas de separação de misturas Experiência de laboratório: cromatografia do papel e destilação simples Conceito de reação química Reagentes e produtos Reações de decomposição Distinção entre substâncias simples e compostas com base em informações sobre reações de decomposição Equação química Teoria atômica de Dalton Noções sobre a época em que foram descobertos elétrons, prótons e nêutrons Modelo atômico de Thompson 3º Bimestre Modelo atômico de Rutherford Número atômico Número de massa Isótopos, isóbaros e isótonos Modelo atômico de Bohr Experiência de laboratório teste da chama Breve histórico de como se chegou a tabela periódica atual Estrutura da tabela periódica atual Ligações química: regra do octeto, ligação iônica e ligação covalente; Geometria molecular Forças intermoleculares Ligações metálicas; Funções inorgânicas : Ácidos , Bases ou hidróxidos, Sais , reações de neutralização total e parcial e óxidos. Indicadores ácido-base 4º Bimestre Reações Químicas Balanceamento de equações químicas; Classificação das reações químicas; Condições para ocorrência de reação. 40 V. BIBLIOGRAFIAS Básica: Mortimer, Eduardo Fleury e Machado, Andréa Horta. Química Ensino Médio. Volume 1. 1ªEdição. Editora Scipione Complementares: Peruzzo, Francisco Miragaia e Canto, Eduardo Leite. Química geral e inorgânica. Volume 1. 3ºEdição. São Paulo 2003 Usberco, João e Salvador, Edgard. Química geral. Volume 1. 9ºEdição. São Paulo 2003. 41 ANEXO D – AVALIAÇÃO PELO PROFESSOR SUPERVISOR 42 ANEXO E - AVALIAÇÃO PROFESSORA ORIENTADORA 43 ANEXO F- DIÁRIO DE ESTÁGIO 44 45 46 47 ANEXO G – DIÁRIO DE ATIVIDADE DOCENTE (REGÊNCIA COMPARTILHADA) 48 49 50 51 52 ANEXO H – DIÁRIO DE ATIVIDADE DOCENTE (REGÊNCIAS) 53 54 55 56 57 ANEXO I – DIÁRIO DE ATIVIDADE DOCENTE (PROJETO) 58 59 60 61 APÊNDICE – A CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC Plano de Aula de Estágio IV: Matéria Nome: Ângela G. L. L. Andrade Série destinada: 1 ano Duração da aula: 10 aulas 1) Tema da aula: Classificação da matéria Aspectos relativos a matéria, sendo discutido quando surgiu a primeira ideia sobre o tema até os dias atuais. Desta forma, será dado prosseguimento ao conteúdo por meio do estudo da classificação da matéria, misturas e sistemas. 2) Conteúdos curriculares abordados: Matéria; Classificação da matéria; Misturas e sistemas. 3) Objetivos da aula: Leitura, interpretação e debate sobre a matéria. Compreensão do que é matéria e os estudos desenvolvidos que levaram a sua formulação. 4) Competências e habilidades requeridas e/ou a serem desenvolvidas: Compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual. Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química e vice-versa. Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações. 5) Etapas da aula: A matéria; Debate do texto distribuídos aos alunos, Apresentação de PowerPoint do tema proposto, exemplificando o assunto por meio de imagens que auxiliaram na compreensão do estudante; 62 Utilização de experimentos demonstrativos sobre fases, misturas e composição; Resolução de exercícios (Anexo 1). 6) Estratégias de ensino: A partir da discussão do texto sobre matéria realizado no início da aula, tem-se o objetivo de proporcionar aos alunos uma busca e reforço de novos conceitos e de conceitos já sabidos. Ao apresentar o conceito de matéria, dá-se a possibilidade para o aluno relacionar este conceito com os assuntos anteriormente estudados. A atividade tem o objetivo de analisar a percepção que os alunos obtiveram com a estratégia didática adotada, permitindo com esta realizar ao final da sequência didática um debate com os alunos das suas dificuldades de aprendizado ou não sobre a temática de aula sugerida. 7) Recursos didático-metodológicos: A utilização do equipamento de multimídia em que é exposto os conceitos a serem revisados e aprendidos, possibilita de maneira objetiva um melhor entendimento aos alunos sobre o tema estudado. Os exercícios propostos aos alunos, possibilitam uma compreensão mais elaborada sobre o assunto aprendido em sala, possibilitando-lhes uma visão mais aguçada e a consequente apropriação do assunto. No final da aula, a correção dos exercícios será efetuada afim de discutir com os alunos as suas principais dúvidas e a verificação da aprendizagem dos alunos com o tema poderá ser verificada. 8) Avaliação: Como instrumento de avaliação será utilizado o seguinte aspecto: a atividade realizada em aula, no qual será proposto aos alunos trabalharem com os demais colegas de sala para a resolução dos exercícios. Com o auxílio deste instrumento, será avaliado: a habilidade de relacionar o conteúdo proposto com o que está sendo perguntado, a competência de se utilizar o que foi apreendido para a resolução dos atividade, habilidade de organização de ideias nas respostas, competência de argumentação dentro do tema discutido em sala. 63 9) Referências Bibliográficas: SOUSA, A.B. A resolução de problemas como estratégiapara didática para o ensino da matemática. Universidade Católica de Brasília, 2005. BRASIL. PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da Educação, 2002. USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química: Volume Único. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 672 p. 64 A matéria Constituição da matéria: Atualmente não há dúvidas de que toda matéria seja formada por minúsculas partículas, denominadas átomos. Essa ideia, foi proposta pelos filósofos gregos Leucipo e Demócrito (400 a.C.). Em 1808, baseado em fatos experimentais, o cientista britânico John Dalton (1766-1844) formula uma teoria atômica para explicar a constituição da matéria. Teoria atômica de Dalton Essa teoria possibilitaria, posteriormente, a criação do primeiro modelo do átomo, a qual expressa, em termos gerais, o seguinte: 1. A matéria é constituída de pequenas partículas esféricas maciças e indivisíveis denominadas átomos. 2. Um conjunto de átomos com as mesmas massas e tamanhos apresenta as mesmas propriedades e constitui um elemento químico. 3. Elementos químicos diferentes apresentam átomos com massas, tamanhos e propriedades diferentes. 4. A combinação de átomos de elementos diferentes, numa proporção de números inteiros, origina substâncias diferentes. 5. Os átomos não são criados nem destruídos: são simplesmente rearranjados, originando novas substâncias. Representação dos elementos químicos Até 1808, quando surgiu a teoria atômica de Dalton, eram conhecidos aproximadamente 50 elementos químicos. Por volta de 1810, o químico sueco Berzelius (1779-1848) organizou a notação química utilizada até essa data, introduzindo como símbolo dos elementos as iniciais de seus nomes em latim. Para indicar a proporção com que cada elemento entra na formação de determinada substância, Dalton associou um índice numérico aos símbolos. A representação gráfica de uma substância em que são utilizados os símbolos e os índices numéricos é denominada fórmula e representa a constituição de cada unidade formadora da substância. Essas unidades são denominadas moléculas. 65 Classificação da matéria Substâncias Substância Pura: Tipo de matéria formada por unidades químicas iguais, sejam átomos, sejam moléculas, e por esse motivo apresentando propriedades químicas e físicas próprias. As substâncias puras podem ser classificadas como simples ou compostas. Substância Simples: A substância formada por um ou mais átomos de um mesmo elemento químico é classificada como substância pura simples ou, simplesmente, substância simples. Substância composta: Quando as moléculas de determinada substância são formadas por dois ou mais elementos químicos, ela é classificada como substância pura composta ou, simplesmente, substância composta. Misturas Mistura é formada por duas ou mais substâncias,cada uma delas sendo denominada componente. A maioria dos materiais que nos cercam são misturas. O ar que respiramos, por exemplo, é formado por uma mistura de três tipos principais de gases: 66 Gás nitrogênio (N2) = 78%; Gás argônio (Ar) ≈ 1%; Gás oxigênio (O2) = 21%; Gás carbônico (CO2) ≈ 0,03%. Tipos de mistura De acordo com o aspecto visual de uma mistura, podemos classificá-la em função do seu número de fases: Fase cada uma das porções que apresenta aspecto visual homogêneo (uniforme), o qual pode ser contínuo ou não, mesmo quando observado ao microscópio comum. Considere as seguintes misturas: Dessa maneira, as misturas são classificadas em função de seu número de fases: Mistura homogênea: toda mistura que apresenta uma única fase. As misturas homogêneas são chamadas soluções. Alguns exemplos: água de torneira, vinagre, ar, álcool hidratado e algumas ligas metálicas. Além dessas, todas as misturas de quaisquer gases são sempre misturas homogêneas. Mistura heterogênea: toda mistura que apresenta pelo menos duas fases. Alguns exemplos de misturas heterogêneas: água e óleo, areia, granito, madeira, sangue, leite, água com gás. As misturas formadas por n sólidos apresentam n fases, desde que estes sólidos não formem uma liga ou um cristal misto. Independentemente de uma amostra de qualquer material ser uma substância ou uma mistura, ela será denominada um sistema — tudo que é objeto da observação humana — e também poderá ser classificada em função do seu aspecto visual. Sistemas Sistema homogêneo: apresenta aspecto contínuo, ou seja, é constituído por uma única fase. Sistema heterogêneo: apresenta um aspecto descontínuo, ou seja, é constituído por mais de uma fase. 67 68 Exercícios Slides da aula 2 3 APÊNDICE B – PLANO DE AULA ESTADOS FÍSICOS CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC Plano de Aula de Estágio IV: Estados Físicos da Matéria Nome: Ângela G. L. L. Andrade Série destinada: 1 ano Duração da aula: 18 10) Tema da aula: Estados físicos da matéria Aspectos relativos aos estados físicos da matéria, sendo discutido as mudanças de estado e diagramas de mudança de estado físico. Desta forma, por meio da utilização de exemplos de substâncias presentes no cotidiano dos estudantes o assunto será abordado. 11) Conteúdos curriculares abordados: Mudança de estado físico; Diagramas de mudanças de estado físico. 12) Objetivos da aula: Interpretação dos diagramas de mudança de estado e compreensão sobre os processos de mudanças de estados que determinada substância pode sofrer. 13) Competências e habilidades requeridas e/ou a serem desenvolvidas: Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas. Compreender dados quantitativos, estimativa e medidas, compreender relações proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional). Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural. Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química: gráficos, tabelas e relações matemáticas. 4 14) Etapas da aula: Atividade em grupo (Anexo 1): Nesta etapa da aula a turma será dividida em 5 grupos, os quais receberão 2 perguntas cada. Será pedido aos estudantes que elaborem hipóteses quanto ao processo descrito em cada pergunta e ao final do tempo disponibilizado para a atividade apresente suas hipóteses aos demais colegas. Estados físicos, mudança de estados físicos, diagramas de mudança de estados físicos: Utilizando como ponto de partida a atividade inicialmente realizada com os alunos, será dado prosseguimento a aula. A matéria é constituída de pequenas partículas e, dependendo do maior ou menor grau de agregação entre elas, pode ser encontrada em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Cada um destes três estados de agregação (Figura 1) apresenta características próprias como o volume, a densidade e a forma, que podem ser alteradas pela variação de temperatura. Assim, quando uma substância muda de estado, sofre alterações nas suas características macroscópicas e microscópicas, não havendo, contudo, alteração em sua composição. Figura 1. Mudanças de estados Quando aquecemos uma amostra de substância pura, como a água no estado sólido e verificamos as temperaturas nas quais ocorrem as mudanças de estado, ao nível do mar, obtemos o seguinte gráfico. t1= início da fusão t3 = início da ebulição t2 = fim da fusão t4 = fim da ebulição t1 = t2 = 0 °C t3 = t4 = 100 °C Pelo gráfico (Figura 2) nota-se que a temperatura de fusão (TF) da água é 0 °C e a sua temperaturade ebulição (TE) é de 100 °C. O gráfico de aquecimento da água apresenta dois patamares, os quais indicam que, durante as mudanças de estado, a temperatura 5 permanece constante. Durante as mudanças de estado de misturas, as temperaturas de fusão e ebulição não permanecem constantes, sendo observado variações nestas temperaturas. Figura 2. Diagrama de mudança de estado físico As temperaturas de fusão (TF) e ebulição (TE) são duas propriedades utilizadas para caracterizar e identificar substâncias puras. Além das TF e TE, é necessário o conhecimento de uma outra propriedade para se identificar uma substância: a densidade. Resolução de exercícios (Anexo 2): Desenvolvimento da atividade proposta (em Anexo) durante 1hora aula, realizando ao final desta aula a correção com os alunos dos exercícios. Utilização de experimentos demonstrativos sobre mudança de estados (Anexo 3): Realização do experimento “Mudança de estado da água”, sendo realizado ao longo de todo o procedimento discussões com os alunos quanto as alterações do estado da água observadas e após será elaborado com os alunos a construção do gráfico do estado físico da água. 15) Estratégias de ensino: A partir da atividade realizada na primeira aula, os exercícios propostos e o procedimento experimental demonstrativo, tem-se o objetivo de proporcionar aos alunos uma busca e reforço de novos conceitos e de conceitos já sabidos, estimulando o trabalho em equipe. Ao elaborar o conceito dos estados da matéria, dá-se a possibilidade 6 para o aluno de relacionar este conceito com os assuntos anteriormente estudados. As atividades tem o objetivo de analisar a percepção que os alunos inicialmente possuíam e analisar ao final da sequência de aulas se houve alteração nesta percepção dos estudantes sobre o tema. 16) Recursos didático-metodológicos: A utilização do quadro branco em que é exposto os conceitos a serem aprendidos, possibilita de maneira objetiva um melhor entendimento aos alunos sobre o tema estudado. A atividade inicial proposta e os exercícios elaborados, possibilitam uma compreensão mais elaborada sobre o assunto, possibilitando-lhes uma visão mais aguçada e a consequente apropriação do assunto. O experimento demonstrativo tem o objetivo de estimular o senso de análise do aluno, permitindo ao mesmo elaborar hipóteses quanto as observações feitas na prática. No final da aula, a discussão da atividade e os exercícios, permitirá que os alunos esclareçam as suas dúvidas, permitindo uma melhor qualidade na aprendizagem dos alunos. 17) Avaliação: Como instrumento de avaliação será utilizado o seguinte aspecto: a atividade, os exercícios realizados em aula e o procedimento experimental no qual será proposto aos alunos trabalharem com os demais colegas de sala para a resolução destes. Com o auxílio deste instrumento, será avaliado: a habilidade de relacionar o conteúdo proposto com o que está sendo perguntado, a competência de se utilizar o que foi apreendido para a resolução dos atividade, habilidade de organização de ideias nas respostas, competência de argumentação dentro do tema discutido em sala. 18) Referências Bibliográficas: SOUSA, A.B. A resolução de problemas como estratégia para didática para o ensino da matemática. Universidade Católica de Brasília, 2005. BRASIL. PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da Educação, 2002. USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química: Volume Único. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 672 p. 7 ANEXO 1 Equipe: Data: 25/04/2017 Atividade em grupo: 1) Algumas pessoas usam bolinhas de naftalina no armário para afastar traças. Depois de algum tempo, essas bolinhas ‘somem’. Qual o estado físico que se encontram as bolinhas de naftalina antes de ‘sumirem’? E depois de ‘sumirem’? O que será que acontecem com elas? R: 2) Descreva o processo que ocorre quando retiramos do refrigerado um cubo de gelo e o deixamos exposto ao meio ambiente? R: 3) Quando colocamos roupas molhadas no varal em dias quentes, percebemos que as roupas, depois de um tempo, ficam secas. Como podemos descrever o processo que ocorre com a água para a secagem da roupa depois de lavada? R: 4) Quando colocamos uma chaleira com água no fogão e a tampamos, observa-se depois de um período que a tampa da chaleira está molhada. Como poderíamos explicar esta observação? R: 5) Quando fornecemos uma grande quantidade de calor a uma peça de ferro, é possível observar que com o decorrer do tempo o material derrete. Assim, como podemos descrever o processo observado com o aquecimento do ferro? R: 6) A neblina ocorre quando há formação de nuvens muito baixas. Pensando nisso, qual o processo que melhor descreve a ocorrência da neblina? R: 8 Atividade - Estados Físicos da Matéria 9 Atividade experimental Mudança de estado da água Introdução Na natureza, podemos observar três estados principais de agregação da matéria: sólido, líquido e gasoso. As características principais de cada um são as seguintes, estado sólido: forças de coesão intensas entre as suas partículas; forma e volume bem definidos. Estado líquido: forças de coesão menos intensas entre as suas partículas, mas ainda apreciáveis; forma variável (na presença de forças externas) e volume bem definido. Estado gasoso: forças de coesão extremamente fracas entre as suas partículas; não apresenta forma nem volume definidos. Objetivo: Realizar experiências que demonstrem as diversas mudanças de estados que ocorrem com a matéria. Materiais e Métodos: I. Materiais Gelo; Termômetro; Bico de Bunsen Béquer; Recipiente com água; II. Métodos Colocar dentro de um béquer cubos de gelo. Em seguida utilizar o termômetro para verificar a temperatura do gelo e preenche na tabela 1. Após fazer o registro da temperatura do gelo, verificar a temperatura da água da torneira e anotar na tabela. Fazer a leitura da temperatura da água quando aquecida utilizando o bico de Bunsen para o aquecimento, registrando sua alteração até o início do processo de ebulição. Discussão da prática 1. Porque na fusão não haverá mudança na temperatura medida com o termômetro até o degelo completo? 2. Porque na ebulição não haverá mudança na temperatura medida com o termômetro até a evaporação de toda a água? 10 Ensino de química - 1ᵒ ano 2017 Aluno: 1.(Vunesp-SP) Qual o estado físico (sólido, líquido ou gasoso) dos materiais da tabela abaixo quando eles se encontram no deserto da Arábia, à temperatura de 50 °C e pressão de 1 atm? 2. (Enem) Por que o nível dos mares não sobe, mesmo recebendo continuamente as águas dos rios? Essa questão já foi formulada por sábios da Grécia antiga. Hoje responderíamos que: a) a evaporação da água dos oceanos e o deslocamento do vapor e das nuvens compensam as águas dos rios que deságuam no mar. b) a formação de geleiras com água dos oceanos, nos polos, contrabalança as águas dos rios que deságuam no mar. c) as águas dos rios provocam as marés, que as transferem para outras regiões mais rasas, durante a vazante. d) o volume de água dos rios é insignificante para os oceanos e a água doce diminui de volume ao receber sal marinho. e) a s águas dos rios afundam no mar devido a sua maior densidade (d = massa/volume), onde são comprimidas pela enorme pressão resultante da coluna de água. 03) A sequência na qual todas as substâncias simples apresentam atomicidades diferentes entre si é: a) H2, H2O, H2O2, O2. b) S8, Fe, O2, P4. c) F2, Al, N2, O3. e) Fe, N2, O3, Ag d) CH4, CCl4, H2SO4,HClO4. 04) O gás carbônico (CO2) é: a) uma substância simples. b) formado por dois elementos. c) elemento químico. d) uma mistura homogênea. e) mistura heterogênea. 05) Em que grupo tem apenas substâncias compostas: a) NaOH, H2 e HCl. b) H2O, H2SO4 e NaHCO3. c) Cl2, O2 e H2. d) Cl2, HCl e O2. e) Ag, Au e CO. 06) Representa uma mistura heterogênea o sistema: Material Fusão/ºC Ebulição/ºC Clorofórmio -63 61 Éter etílico -116 34 Etanol -117 78 Fenol 41 182 Pentano -130 36 11 a) gasolina e água. b) álcool e água. c) gasolina e álcool. d) água e sal de cozinha. e) açúcar e água. 07) Representa uma mistura homogênea e uma Substância simples o grupo: a) água + sal e H2. b) água + óleo e NaCl. c) ar atmosférico e H2O. d) água + álcool e H2O. e) água + gasolina e H2. 08) A água mineral filtrada (sem gás) é: a) uma substância pura. b) uma mistura heterogênea. c) uma mistura homogênea. d) uma substância composta. e) um elemento químico. 09) Indique a alternativa FALSA: a) Um sistema contendo apenas água e um pouco de açúcar forma uma mistura homogênea. b) Uma substância pura sempre constituirá um sistema monofásico. c) A água e o álcool etílico formam misturas homogêneas em quaisquer proporções. d) A água do filtro é uma mistura homogênea. e) Toda mistura homogênea tem uma única fase. 10) Fase pode ser definida como: a) uma parte homogênea de um sistema, separada das outras por limites bem definidos. b) qualquer porção da matéria de composição química conhecida. c) qualquer parte homogênea ou heterogênea de um sistema. d) qualquer das definições. e) uma mistura heterogênea. 11) Os termos substância simples, substância composta e mistura de substâncias se aplicam, respectivamente: a) à água, ao ar e ao cobre. b) ao cobre, à água e ao ar. c) ao ar, ao cobre e à água. d) a água, ao cobre e ao ar. e) ao ar, à água e ao cobre. 12) Todas as “águas” com denominações a seguir podem exemplificar soluções (misturas homogêneas) de sólidos em um líquido, exceto: a) água potável. b) água destilada. c) água açucarada. d) água mineral. 12 e) água do mar. 13) Um sistema formado por água, sal de cozinha dissolvido, álcool comum, limalha de ferro e gasolina apresenta... a) uma fase. b) duas fases. c) três fases. d) quatro fases. e) cinco fases. 14) No sistema representado pela figura a seguir, os números de fases e componentes são, respectivamente: a) 2 e 2 b) 2 e 3 c) 3 e 2 d) 3 e 3 e) 3 e 4 15) Considere um sistema constituído apenas por água e gelo. Pode-se afirmar corretamente que esse sistema: a) apresenta 2 componentes. b) apresenta 3 fases. c) apresenta 1 componente e 1 fase. d) é constituído por uma substância. e) é homogêneo. 16) Considere os sistemas: I. água líquida e gelo II. gás oxigênio (O2) III. álcool e areia IV. gás carbônico e gás oxigênio Relativo a esses sistemas pode-se afirmar que: a) III é uma substância pura b) II é uma substância composta c) III é uma mistura monofásica d) IV é uma mistura bifásica e) se misturarmos II com IV o sistema obtido é homogêneo. 17) Considere um sistema formado por água + álcool + granito. Excluindo-se o recipiente e o ar atmosférico, podemos afirmar que o sistema apresenta: a) três componentes e três fases; b) três componentes e duas fases; c) cinco componentes e cinco fases; d) cinco componentes e quatro fases; e) cinco componentes e duas fases. http://3.bp.blogspot.com/-FlCHXEf3bs4/UzCIdTKHrfI/AAAAAAAAE5k/XEsyRS7KMJY/s1600/Foto+Quest%C3%A3o+5+Subst%C3%A2ncia+qu%C3%ADmica.jpg 13 18) Considere as seguintes substâncias: I. H2O (ℓ) - água II. Hg (ℓ) - mercúrio III. C12H22O11(s) - sacarose (açúcar) IV.CO2(g) - gás carbônico V. N2 (g) - gás nitrogênio Quando misturadas em quaisquer proporções, sempre formarão um sistema homogêneo: a) somente I e II. b) somente I, II e III. e) somente III e IV. d) somente IV e V. e) todas. 19) Observe a representação dos sistemas I, II e III e seus componentes. O número de fases em cada um é, respectivamente: a) 3, 2 e 4 b) 3, 3 e 4 c) 2, 2 e 4 d) 3, 2 e 5 e) 3, 3 e 6 20- Em um sistema, bem misturado, constituído de areia, sal, açúcar, água e gasolina, o número de fases é: a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 http://1.bp.blogspot.com/-iINJdQddcPY/UzCM_SLYYYI/AAAAAAAAE6Q/xn3__xVdfRI/s1600/Foto+Quest%C3%A3o+14%C2%AA+Subst%C3%A2ncia+qu%C3%ADmica.jpg 14 E.E.B Arnaldo Moreira Douat ENSINO DE Química 1º ANO 2017 Professor: Júlio César Steiner Michels Turma: Data: Alunos (as): Nota: 1) Analise o gráfico a seguir: a) Esse gráfico é de aquecimento ou de resfriamento? b) Qual a faixa de tempo que a substancia permaneceu liquida? c) Qual a temperatura de solidificação? 2) Associe corretamente a segunda coluna com a primeira: A associação correta é: a) I-c, II-b, III-c, IV-a, V-a b) I-b, II-b, III-c, IV-c, V-b c) I-a, II-b, III-b, IV-c, V-c d) I-c, II-c, III-a, IV-a, V-b e) I-c, II-a, III-c, IV-c, V-b 3) Uma substância sólida é aquecida continuamente. O gráfico a seguir mostra a variação da temperatura (ordenada) com o tempo (abscissa): O ponto de fusão, o ponto de ebulição e o tempo durante o qual a substância permanece no estado líquido são, respectivamente: a) 150, 65 e 5 b) 5, 150 e 25 c) 65, 150 e 5 d) 65, 150 e 10 4) Uma mistura com 96% de álcool etílico e 4% de água apresenta temperatura de vaporização bem definida. Misturas como essa se comportam como substância pura 15 apenas durante a vaporização e recebem o nome de misturas azeotrópicas. O gráfico que melhor representa as transformações no estado físico ocorrido durante o resfriamento de vapores de uma mistura azeotrópica, até seu congelamento total, é: 5) Observe a representação dos sistemas I, II e III e seus componentes. O número de fases em cada um é, respectivamente: a) 3, 2 e 4 b) 3, 3 e4 c) 2, 2 e 4 d) 3, 2 e 5 e) 3, 3 e 6 6) Denominamos de mistura a uma porção da matéria que possui dois ou mais tipos de substâncias. Qual das misturas abaixo constitui sistema homogêneo? a) água e óleo de girassol. b) pedra granito. c) limalha de ferro e pó de enxofre. d) álcool e serragem. e) acetona e esmalte. 7) Com relação às substâncias O2, H2, H2O, Pb, CO2, O3, CaO e S8, podemos afirmar que: a) todas são substâncias simples. b) somente O2, H2 e O3 são substâncias simples. c) todas são substâncias compostas. d) somente CO2, CaO e S8 são substâncias compostas. e) as substâncias O2, H2, Pb, O3 e S8 são simples. 8) Considere um sistema formado por água + álcool + granito. Excluindo-se o recipiente e o ar atmosférico, podemos afirmar que o sistema apresenta: a) três componentes e três fases. b) três componentes e duas fases. c) cinco componentes e cinco fases. d) cinco componentes e quatro fases. e) cinco componentes e duas fases. 9) Dependendo do número de fases, os sistemas podem ser classificados em homogêneos e heterogêneos. Considere as afirmações: I. Todo sistema polifásico é uma mistura heterogênea. II. Todo sistema monofásico é um sistema homogêneo. III. Todo sistema monofásico é uma mistura homogênea. IV. A água é composta de hidrogênio e oxigênio. a) Apenas I é verdadeira. b) Apenas II e IV são verdadeiras. c) Apenas IV é verdadeira. http://1.bp.blogspot.com/-iINJdQddcPY/UzCM_SLYYYI/AAAAAAAAE6Q/xn3__xVdfRI/s1600/Foto+Quest%C3%A3o+14%C2%AA+Subst%C3%A2ncia+qu%C3%ADmica.jpg16 d) Apenas III e IV são verdadeiras. e) Todas são verdadeiras. 10) Considere a seguinte tabela, cujos dados foram obtidos à pressão de 1 atmosfera: Quais dessas substancias são líquidos a 25 º C e à pressão de 1 atmosfera? ______________________________________________________________________________ 11) Analise cada mistura e escreva quantos componentes (C) e quantas fases (F) existentes: a) Sal, carvão e areia. b) Água, cubo de gelo e óleo. c) Açúcar, sal, gasolina e água. d) Serragem, água e açúcar. e) Álcool, água e cubo de gelo. f) Água, óleo, sal e areia. g) Gasolina, óleo, areia e arroz. 17 Ensino de química - 1ᵒ ano 2017 Aluno: 1. (1 ponto) (Vunesp-SP) Qual o estado físico (sólido, líquido ou gasoso) dos materiais da tabela abaixo quando eles se encontram no deserto da Arábia, à temperatura de 50 °C e pressão de 1 atm? Material Fusão/ºC Ebulição/ºC Clorofórmio -63 61 Éter etílico -116 34 Etanol -117 78 Fenol 41 182 Pentano -130 36 2. (1 ponto) (Enem) Por que o nível dos mares não sobe, mesmo recebendo continuamente as águas dos rios? Essa questão já foi formulada por sábios da Grécia antiga. Hoje responderíamos que: a) a evaporação da água dos oceanos e o deslocamento do vapor e das nuvens compensam as águas dos rios que deságuam no mar. b) a formação de geleiras com água dos oceanos, nos polos, contrabalança as águas dos rios que deságuam no mar. c) as águas dos rios provocam as marés, que as transferem para outras regiões mais rasas, durante a vazante. d) o volume de água dos rios é insignificante para os oce anos e a água doce diminui de volume ao receber sal marinho. e) a s águas dos rios afundam no mar devido a sua maior densidade (d = massa/volume), onde são comprimidas pela enorme pressão resultante da coluna de água. 3. (1 ponto) Os gráficos a seguir indicam a variação da temperatura em função do tempo para a mudança de estado de agregação dos materiais A, B, C e D. Indique se esses materiais são substâncias, misturas comuns, misturas eutéticas ou misturas azeotrópicase se está ocorrendo aquecimento ou resfriamento. 18 4. (1 ponto) (UFG-GO) Os gráficos I e II esquematizados a seguir representam a variação de temperatura de dois sistemas distintos em função do tempo de aquecimento, mostrando as temperaturas em que ocorrem as transições de fases. Pela análise desses gráficos, é correto afirmar: 01. P ara temperaturas inferiores a T1, podem coexistir duas fases em ambos os sistemas. 02. No sistema II existe uma fase sólida, no ponto A, à temperatura T1, enquanto no ponto B existe uma fase líquida à mesma temperatura. 04. No sistema II só ocorrem duas fases às temperaturas T1 e T2. 08. Representam as transições de fases que podem ocorrer em sistemas que contêm duas substâncias pelo menos. 16. No ponto B, no ponto C e entre ambos, no sistema II, existe uma única fase líquida. 32. Acima do ponto D há uma única fase de vapor em aquecimento, em ambos os sistemas. 5. (1 ponto) (UPM-SP) É característica de substância pura: a) ser solúvel em água. b) ter constantes físicas definidas. c) ter ponto de fusão e ponto de ebulição variáveis. d) sofrer combustão. e) ser sólida à temperatura ambiente. 6. (1 ponto) (MACK-SP) Analisando o gráfico acima, referente ao aquecimento de uma substância sólida, podemos afirmar que: a) quando t = 2 minutos, tem-se um sistema monofásico. b) quando t = 4 minutos, coexistem substância sólida e substância líquida. c) em t = 1 inicia-se a liquefação da substância. d) a substância tem ponto de fusão igual a 40 °C. e) no intervalo de 5 a 8 minutos, a substância encontra-se totalmente na forma de vapor. 19 7. (1 ponto) Sabendo que o ouro 18 quilates é formado por 75% de ouro e 25% de prata e cobre, em massa, identifique o gráfico que melhor representaria sua fusão: Justifique sua escolha. 9. (1 ponto) Qual é o comportamento esperado do Diagrama de Mudança de Estado Físico de uma Mistura? Utilize um exemplo de diagrama para fornecer suporte à sua resposta. 20 APÊNDICE C – PROJETO TINTAS DA TERRA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC Título do projeto: Tintas da terra Situação geradora: Grande parte dos estudantes do ensino médio apresentam dificuldade em compreender os conhecimentos químicos de forma significativa, pois as aulas geralmente possuem abordagem tradicional com ênfase na memorização de informações, fórmulas e nomes o que resulta em conhecimentos fragmentados e distantes da realidade dos alunos. A atual proposta do ensino de química busca a formação plena do cidadão, em busca de pessoas alfabetizadas cientificamente que saibam compreender o mundo ao seu redor por meio da química, sendo críticas e com poder de argumentação. Os parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio (PCNEM, 1999) sugerem que o aprendizado de química “[...] deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas”. Assim, os estudantes podem “[...] julgar com fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos”. A proposta curricular de Santa Catarina (PC-SC) afirma que “a química não é um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, como geralmente é entendida, mas sim uma construção humana, em contínua mudança. A química no ensino médio deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos processos químicos em si e uma reflexão de sua relação com o social. A partir dessa apropriação supõe-se que o mesmo possa realizar abstrações e interações de maneira reflexiva e consciente.” Assim, propõe-se um projeto que a partir do tema Tinta da terra, trabalhe sob uma abordagem contextualizada que facilite a apreensão dos conhecimentos químicos referentes ao estudo dos óxidos. 21 Objetivos: a) Geral: Proporcionar aos estudantes uma aprendizagem significativa através de uma abordagem contextualizada no tema Tinta da Terra na escola no estudo da produção de tinta à base de argila, associando a questão econômica e ambiental, consequentemente os levando a reconhecer a importância da utilização da tinta à base de argila para a pintura de paredes e muros. b) Específicos: Desenvolver o conhecimento dos estudantes sobre o estudo das composições da argila – através do estudo sobre óxidos, relacionando-os com cada tipo de argila encontrada no solo, importância econômica e ambiental. Justificativa do projeto: Os PCNEM e a PC-SC trazem a importância de estudar Química de uma maneira contextualizada. Trabalhar o cotidiano pode ter diferentes sentidos, por exemplo, os estudantes podem trazer reportagens, através de exemplos e contra-exemplos que fazem a ponte entre o que é aprendido com o cotidiano, utilizando textos que iniciam capítulos, problematizando o ensino, utilização de projetos sem que sejam explorados aspectos sociais, políticos e tecnológicos e por fim o método de utilização de fatos comuns aos estudantes, como forma de explorar o que há de química nesses fatos (LUTFI, 2005). Para que se possa ter uma visão mais específica, apresenta-se as tintas à base de argila como um exemplo de abordagem de temas, objetivando o desenvolvimento das competências e habilidades que levam ao estudo de óxidos. Assim, no primeiromomento, será focalizada a produção de tintas no Brasil. O segmento de Tintas Imobiliárias representa, em média, 77% da produção e 60% do faturamento anual da indústria nacional de tinta, o que corresponde ao consumo de 662 milhões de litros e ao faturamento de 792 milhões de dólares (ANGHINETTI, 2012). Um resgate histórico será feito, ao discutir como as pinturas rupestres eram. A produção de tintas à base de argila pode ainda ser examinada no contexto de um estudo mais amplo, quanto as implicações sociais, econômicas e ambientais decorrentes da obtenção e do seu uso. 22 Esses estudos deverão ser estruturados de tal forma a permitir o desenvolvimento das competências e habilidades nos três campos (representação e comunicação, compreensão e investigação e percepção social e histórica). Resultados esperados: Trabalhando a partir de uma abordagem contextualizada sobre o tema tinta à base de argila, espera-se com o desenvolvimento deste projeto realizar o estudo e aprofundamento, quanto ao estudo dos óxidos e seu emprego não apenas nos sistemas industriais, mas também como eles são usados para benefício da sociedade no geral. O enfoque deste estudo está na compreensão da importância da presença dos óxidos na composição da argila, em que cada coloração de argila demonstra a presença de um óxido em específico. Além disso, ao decorrer do projeto espera-se aperfeiçoar competências e habilidades dentro das três grandes áreas de representação e comunicação, investigação e compreensão, e contextualização sociocultural, por exemplo, através da realização de debates, estudo das pinturas rupestres e o reconhecimento do papel do conhecimento químico no desenvolvimento tecnológico atual. Plano de ação: Para dar início, no primeiro momento o projeto será entregue aos estudantes texto com um questionário ao final sobre a confecção de tintas à base de argila, alguns artigos serão entregues aos alunos para auxiliá-los a responder o questionário. Após respondido o questionário, será realizada uma discussão com os alunos, procurando identificar possíveis duvidas e discuti-las mais profundamente. Posteriormente, o estudo sobre pinturas rupestres será realizado, abordando com a turma os métodos de confecção das tintas neste período. Como principal objetivo, será trabalhado na sequência a composição dos diferentes tipos de argila. Identificando-as por meio da presença de diferentes tipos de óxidos em sua composição, que implicam nas diversas colorações presentes. Em outro momento, se iniciará a maceração da argila para posterior pintura dos muros da escola, estimulando o trabalho em grupo, a conscientização social e o exercício de cidadania. Para encerrar o projeto, os alunos realizarão uma avaliação 23 sobre todo o tema estudado, possibilitando realizar a averiguação dos conhecimentos adquiridos durante a sequência didática. QUADRO 1 – PLANO DE AÇÃO Projeto de aprendizagem: Objetivo Específico: Resultados Esperados Ação Encaminhamento metodológico e pedagógico Função do professor em formação 1. Aula de campo Ida até a sala do projeto Tintas da terra Mostrar para os alunos os diferentes tipos de argila e discutir o objetivo do projeto 2. Atividade de pesquisa Texto Questionário de pesquisa e discussão Preparar texto sobre tintas à base de terra e questionário para debate e pesquisa. Selecionar artigos para auxiliar na resolução questionário 3. Atividade de pesquisa Questionário de pesquisa e discussão Questionário para debate e pesquisa, selecionar artigos para auxiliar na resolução questionário. 4. Debate Os estudantes serão divididos em grupos para realização de debate. Promover a discussão dos estudantes por meio de questionamentos aos mesmos. Avaliar a participação e o comprometimento dos estudantes. 5. Pinturas rupestres Reflexão com estudantes sobre as pinturas realizadas pelo primitivos no passado. Preparar ppt sobre histórico das pinturas rupestres. 6. Aula de campo Início maceração argila Orientar, preparar, organizar, argila para início maceração. Divisão dos estudantes em grupos. 7. Aula de campo Maceração argila Orientar, preparar, organizar, argila para início maceração. Divisão dos estudantes em grupos. 8. Aula de campo Maceração argila Orientar, preparar, organizar, argila para início maceração. Divisão dos estudantes em grupos. 24 9. Métodos de produção de tinta à base de argila Informar e motivar os alunos sobre os métodos de confecção de tinta à base de argila. Preparar, organizar, elaborar, ppt sobre métodos de produção de tinta à base de argila. 10. Início pintura muro escola Pintura muro escola Orientar, organizar e auxiliar os estudantes para pintura muro da escola. 11. Pintura muro da escola Pintura muro escola Orientar, organizar e auxiliar os estudantes para pintura muro da escola. 12. Pintura muro da escola Pintura muro escola Orientar, organizar e auxiliar os estudantes para pintura muro da escola. 13. Pintura muro da escola Pintura muro escola Orientar, organizar e auxiliar os estudantes para pintura muro da escola. 14. Pintura muro da escola Pintura muro escola Orientar, organizar e auxiliar os estudantes para pintura muro da escola. 15. Avaliação Realização de questionário com os estudantes sobre toda a temática de aula estudada. Avaliar a aprendizagem dos alunos envolvidos por meio de suas respostas ao questionário. 16. Debate Realização de debate e reflexão entre os estudantes sobre o desenvolvimento do projeto. Avaliar a aprendizagem dos alunos envolvidos e comunicar o encerramento das atividades do projeto. Descrição das atividades a serem realizadas e sua articulação com a abordagem conceitual: Aula 1 - Inicialmente pretende-se apresentar o projeto de ensino aos estudantes. Em seguida, a partir de questionamentos identificar as concepções prévias dos alunos sobre tintas à base de argila. Levá-los até a sala de artes para mostrar os diferentes tipos de argila e discutir o objetivo do projeto. Aula 2 - Em primeiro momento, será entregue aos estudantes um texto sobre argila, procedido de um questionário sobre o tema. Em seguida, pretende-se desenvolver as competências de compreensão e investigação, através do questionário no qual os estudantes iniciarão uma pesquisa para responder o questionário. Artigos serão entregues aos alunos para auxiliá-los na resolução do questionário. 25 Aula 3 – Dando continuidade, os estudantes continuarão com a resolução do questionário. Aula 4 – A turma será dividida em pequenos grupos, nos quais cada grupo deve realizar a discussão sobre o questionário anteriormente respondido, intervindo quando necessário para melhor compreensão sobre o tema. Aula 5 – Neste encontro, a discussão sobre pinturas rupestres será colocada em pauta, apresentando os métodos utilizados o passado para registro de fatos, que ainda hoje permanecem registradas em rochas e cavernas. Aula 6 – A divisão da turma será feita em pequenos grupos e na sequência alguns tipos de argila serão entregues aos alunos para que se inicie a maceração da argila para a posterior pintura do muro da escola. Aula 7 - Continuação do trabalho de maceração da argila, nos grupos inicialmente formados. Aula 8 – Continuação do trabalho de maceração da argila, nos grupos inicialmente formados. Aula 9 – Neste encontro, a discussão sobre a confecção de tintas à base de argila será realizada com os alunos. Discussões ambientais também serão realizadas, quanto a importância de usar métodos alternativos para a pintura de paredes e muros que não agridam o meio ambiente. Aula 10 – Será iniciado o trabalho de pintura dos muros da escola, no qual os estudantes serão divididos empequenos grupos para uma facilidade no trabalho de pintura. Aula 11 – Continuação do trabalho de pintura dos muros da escola, no qual os estudantes serão divididos em pequenos grupos para uma facilidade no trabalho de pintura. Aula 12 – Continuação do trabalho de pintura dos muros da escola, no qual os estudantes serão divididos em pequenos grupos para uma facilidade no trabalho de pintura. 26 Aula 13 – Continuação do trabalho de pintura dos muros da escola, no qual os estudantes serão divididos em pequenos grupos para uma facilidade no trabalho de pintura. Aula 14 – Continuação do trabalho de pintura dos muros da escola, no qual os estudantes serão divididos em pequenos grupos para uma facilidade no trabalho de pintura. Aula 15 – Avaliação, entrega de pequeno questionário aos alunos sobre o tema, para averiguação de todo o processo de aprendizagem ao longo da sequência didática. Aula 16 – Debate com os estudantes sobre toda a sequência didática realizada. Avaliando-se a aprendizagem apresentada pelos alunos. Planejamento das aulas do projeto: QUADRO 2 – PLANEJAMENTO Aulas/Semana Objetivos Atividade Descrição Aula 1 Introduzir o tema do projeto e discutir a sua importância Levar os alunos até a sala de artes para mostrar os diferentes tipos de argila e conversar sobre o objetivo do projeto. Aula 2 Desenvolver as competências de Compreensão e Investigação; Identificar as concepções prévias dos estudantes; Pesquisa e discussão sobre tintas à base de argila Texto: Tinta à base de Questionário de pesquisa e discussão Entrega de artigos para pesquisa e discussão do texto e perguntas entregues 27 Aula 3 Desenvolver as competências de Compreensão e Investigação; Identificar as concepções prévias dos estudantes; Pesquisa e discussão sobre tintas à base de argila Texto: Tinta à base de terra Questionário de pesquisa e discussão Entrega de artigos para pesquisa e discussão do texto e perguntas entregues Aula 4 Realizar a discussão sobre a pesquisa realizada pelos estudantes, referente ao questionário e texto trabalhado Os estudantes serão divididos em grupos, nos quais cada grupo discutirá uma pergunta do questionário proposto com os demais colegas. Artigos Aula 5 Pinturas rupestres Métodos de pinturas rupestres Apresentação de PowerPoint Aula 6 Início do trabalho com argila Divisão da turma em grupos para maceração de diferentes tipos de argila Maceração argila Aula 7 Continuação do trabalho com argila Divisão da turma em grupos para maceração de diferentes tipos de argila Maceração argila Aula 8 Continuação do trabalho com argila Divisão da turma em grupos para maceração de diferentes tipos de argila Maceração argila Aula 9 Apresentar métodos de produção de tinta à base de argila Diferentes tipos de produção de tinta à base de argila PowerPoint 28 Aula 10 Início pintura muro escola Divisão da turma em grupos para pintura muro escola Pintura muro escola Aula 11 Continuação pintura muro escola Divisão da turma em grupos para pintura muro escola Pintura muro escola Aula 12 Continuação pintura muro escola Divisão da turma em grupos para pintura muro escola Pintura muro escola Aula 13 Continuação pintura muro escola Divisão da turma em grupos para pintura muro escola Pintura muro escola Aula 14 Continuação pintura muro escola Divisão da turma em grupos para pintura muro escola Pintura muro escola Aula 15 Avaliação Questionário sobre trabalho desenvolvido na escola Entrega de questionário sobre sequência didática aplicada Aula 16 Avaliação DEBATE Discussão com os alunos Avaliação: De acordo com Luckesi (1996, p. 33), "é como um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão". Ou seja, expressa qualidade do objeto, obrigando, consequentemente, a um posicionamento efetivo sobre o mesmo. Inicialmente na apresentação do projeto, e a partir do questionamento inicial, se terá um método avaliativo de investigação do conhecimento dos estudantes. Assim deste modo, durante o projeto os estudantes serão avaliados, quanto ao comprometimento nas aulas, participação nas atividades, organização, etc. 29 E como fechamento das atividades será realizado um debate e questionário no qual se estará avaliando os estudantes no que diz respeito ao comprometimento, participação, conteúdo aprendido e colocação das suas ideias. Referências: 1. ANGHINETTI, Izabel Cristina Barbosa. Tintas, suas propriedades e aplicações imobiliárias. 2012. 65 f. Monografia (Especialização) - Curso de Especialização em Construção Civil, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012. 2. BRASIL, Ministério da Educação – MEC, Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Semtec. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec, 1999a. 3. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo : Cortez, 1996. 4. LUTFI, Mansur. Os Ferrados e os Cromados: Produção social e apropriação privada do conhecimento químico. 2ed, Unijuí, 2005. 5. SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia. Proposta Curricular de Santa Catarina: Estudos Temáticos. Florianópolis: IOESC, 2005. 6. SANTOS, Wildson; et al. Química Cidadã. Vol3. 1ªed. São Paulo: Nova Geração, 2010. 30 E.E.B. Arnando Moreira Douat Professor: Júlio César Steiner Michels Turma: _________ Data: __________ Aluno(a): ___________________________________________. Tema da aula experimental: Tinta a base de argila Objetivos Produzir tintas de diferentes cores à base de argila, de forma que torne-se possível a observação e análise do que ocorreu com os reagentes ao misturá-los e posteriormente, relacionar a prática com o contexto histórico do desenvolvimento de tintas com pigmentos. Introdução Tintas são compostas basicamente por: resina que é o que confere aderência, liga os pigmentos e influência nas características das tintas, por exemplo brilho ou durabilidade. Pigmento é outro componente da tinta que é o que dá a cor, opacidade, textura entre outros fatores e por último têm-se o solvente, que é utilizado nas tintas para dissolver a resina, no nosso caso usaremos a água. Em tempos atuais, é possível saber um pouco mais sobre a história do desenvolvimento e hábitos dos homens da pré história, por meio de seus desenhos nas cavernas. O que faz com que esses desenhos durem por tantos anos é o que será abordado neste experimento. Materiais e reagentes Água Bacias Cola branca Peneiras Argila de diferentes cores Pistilos 31 Procedimento experimental - Macerar e peneirar as diferentes tonalidades de terra até ficarem como pó. - Pesar a cola, a água e a terra nas seguintes proporções: para cada 100g de terra, adiciona-se 100g de água e 50g de cola branca. - Após a pesagem, misturar os três componentes até que a tinta fique bem homogênea. Questionário 1) O que foi utilizado na prática como resina, solvente e pigmento? 2) Quais são os possíveis materiais utilizados pelos homens das cavernas como resina para garantir a durabilidade? 3) Qual a função da cola branca após a aplicação da tinta em qualquer objeto? 4) Quais são os principais componentes da terra para garantir a pigmentação? 5) Porque é necessário o uso da água na tinta? ● PESQUISA E DISCUSSÃO 1. O que é pintura rupestre? Faça uma descrição do período da pré-história ao antigo Egito. 2. Como e com que material os homens da pré-história faziam esse tipo de arte nas paredes? 3. O que é tinta? E qual sua composição? 4. Na composição químicade tintas qual a diferença de pigmento e corante? 5. Qual a composição da tinta à base de terra? 6. Qual a função da “cola branca” na tinta? 7. Qual a composição química “cola branca”? Escreva sua fórmula e estrutura. 8. As diferentes cores das argilas justifica composição diferenciada? Escreva sua pesquisa. 9. A argila na nossa tinta é considerada pigmento ou corante? justifique sua resposta. 10. Quais são os principais componentes da terra para garantir a pigmentação diferenciada? 11. Porque é necessário o uso da água na tinta? 12. A composição química da “cola branca” é a mesma após uma semana de aplicação? 13. Existe alguma interação química entre a tinta e a superfície a ser aplicada? 32 SLIDES PROJETO 33 34 35