Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE De acordo com o Código Civil brasileiro, CAPACIDADE é o atributo da personalidade que confere às pessoas. a possibilidade de contrair direitos e assumir obrigações na ordem jurídica Essa CAPACIDADE divide-se em: Capacidade de Direito ou de Gozo e Capacidade de Fato ou de Exercício. PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO: A capacidade de direito ou de gozo é ínsita à condição humana, estando presente desde o início da personalidade da pessoa natural, isto é, desde o seu nascimento com vida. CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO: A capacidade de fato ou de exercício é a aptidão de exercer por si só os atos da vida civil. PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE O Código Civil trata da incapacidade das pessoas naturais, ou seja, impõe algumas restrições para a prática de certos atos jurídicos, limitando a capacidade de fato ou de exercício. PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. O estudo do Direito deve começar pelo conhecimento e compreensão das pessoas, os sujeitos de Direito, porque são elas que se relacionam dentro da sociedade. Então, toda pessoa é suscetível de direitos e obrigações. Consideram-se pessoas tanto o homem, pessoa física ou natural como também às pessoas jurídicas. PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Basta que a pessoa tenha nascido com vida para que se lhe atribua personalidade, passando a ser sujeito de direito. PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE O nascituro não tem personalidade, mas a lei resguarda os seus direitos desde a concepção. Os direitos do nascituro ficam sob condição suspensiva. Assim, o nascituro pode ser objeto de reconhecimento voluntário de filiação (art. 1609, parágrafo único do CC); deve ser nomeado a ele um curador se o pai falecer e estando a mulher grávida não tiver esta o poder familiar (art. 1779 do CC); pode adquirir bens por testamento. Esses direitos ficam sob condição suspensiva, isto é , ganharão forma com o nascimento com vida. INCAPACIDADES Capacidade de fato é a aptidão que as pessoas têm para exercerem por si mesmas os atos da vida civil. Essa aptidão exige certos requisitos, sem as quais o indivíduo será considerado incapaz Portanto, a incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil. A incapacidade civil é classificada em absoluta e relativa. - Incapacidade absoluta: a pessoa está impossibilitada de exprimir a sua vontade. Deve dessa forma ser representada em juízo. - Incapacidade relativa: é possível observar um certo discernimento, mesmo que reduzido, o que o impossibilita de exercer o direito por si só, fazendo jus à assistência de uma pessoa. PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) II - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) III - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE Cessa a incapacidade ao atingirmos a maioridade que se completa com 18 anos ou com a emancipação. EMANCIPAÇÃO: É a aquisição da capacidade civil antes da idade legal. Consiste na antecipação da maioridade. Pode decorrer de concessão dos pais ou de sentença do juiz, bem como de determinados fatos que a lei atribui esse efeito PESSOAS NATURAIS – PERSONALIDADE E CAPACIDADE EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. A morte real extingue a capacidade e dissolve tudo, não sendo mais o morto sujeito de direitos e obrigações. EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. A comoriência ocorre, quando não é possível identificar o momento das mortes dos envolvidos, num evento fático, com morte de duas ou mais pessoas, reciprocamente herdeiras umas das outras, presumindo-se então que falecerem no mesmo evento, e no mesmo momento, por presunção legal de comoriência. EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. A comoriência ocorre, quando não é possível identificar o momento das mortes dos envolvidos, num evento fático, com morte de duas ou mais pessoas, reciprocamenteherdeiras umas das outras, presumindo-se então que falecerem no mesmo evento, e no mesmo momento, por presunção legal de comoriência. ATOS PASSÍVEIS DE REGISTRO Art. 9o Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. ATOS PASSÍVEIS DE AVERBAÇÃO Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; III - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm DIREITOS DA PERSONALIDADE CONCEITO: Direitos da Personalidade são direitos que integram a condição essencial da pessoa humana, como pressupostos de sua existência e de sua dignidade. São atributos inerentes a nossa própria condição humana. Os direitos da personalidade são normalmente definidos como o direito irrenunciável e intransmissível de que todo indivíduo tem de controlar o uso de seu corpo, nome, imagem, aparência ou quaisquer outros aspectos constitutivos de sua identidade, pode ser entendido então como direitos atinentes à promoção da pessoa na defesa de sua essencialidade e dignidade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Indiv%C3%ADduo https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo https://pt.wikipedia.org/wiki/Nome https://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade DIREITOS DA PERSONALIDADE CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: 1- Generalidade - se aplicam a todas as pessoas. 2- Extrapatrimonialidade - ausência de cunho econômico. No entanto, tem efeitos econômicos. 3- Absolutos: erga omnes (oponível contra todos). 4- Indisponíveis: o próprio titular encontra limites na disposição. 5- Intransmissíveis: são inatos até a morte. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. DIREITOS DA PERSONALIDADE A regra geral é a proibição de ato de disposição do próprio corpo quando importar diminuição permanente da integridade física, porém há duas exceções: 1) não havendo diminuição permanente da integridade física o ato é permitido, exemplo, tatuagem e piercing; e 2) se permite o ato de disposição corporal, mesmo havendo diminuição permanente da integridade física, quando há exigência médica, por exemplo, amputação e transplante. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. O dever de informação, previsto no art. 6, II do Código de Defesa do Consumidor aplica-se também ao médico. Assim, o paciente ou alguém que lhe seja próximo deve ser sempre informado sobre os procedimentos médicos que sofrerá, com todas as suas vantagens e vicissitudes. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. O nome é, portanto, uma forma de individualização do ser humano na sociedade, mesmo após a morte. Trata-se da manifestação mais expressiva da personalidade. O nome é essencial para o exercício regular dos direitos e do cumprimento das obrigações. Tendo em vista essa importância, o Estado vela pela respectiva permanência do nome, permitindo que apenas sob determinadas condições seja alterado. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Assim, para nosso legislador é essencial a existência de: - PRENOME: que vulgarmente denominamos de primeiro nome ou nome de batismo; - NOME: vulgarmente chamado de sobrenome (patronímico). DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. A publicidade comercial só pode veicular nome de pessoa física ou jurídica, bem como marca, se houver expressa autorização do titular do direito. A exploração econômica do nome alheio não pode ser feita sem que o proveito possa reverter em favor do titular do nome ou da marca. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815) Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815 DIREITOS DA PERSONALIDADE Este artigo do Código Civil trata da possibilidade do interessado pleitear a proibição da divulgação de escritos, transmissão da palavra ou a publicação, exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa, sem prejuízo de indenização que couber, se for atingida a honra, a boa fama ou a respeitabilidade ou se destinarem a fins comerciais. A regra geral é de que qualquer pessoa pode impedir tais formas de divulgação. DIREITOS DA PERSONALIDADE Importante mencionar que o STF afastou a exigência de autorização prévia para biografias na ADIN 4815. Assim, por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4815 e declarou inexigível a autorização prévia para a publicação de biografias. Seguindo o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, a decisão dá interpretação conforme a Constituição da República aos artigos 20 e 21 do Código Civil, em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença de pessoa biografada, relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas). http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ADI4815relatora.pdf DIREITOS DA PERSONALIDADE DIREITOS DA PERSONALIDADE Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotaráas providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815) http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815
Compartilhar