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TEORIA E PRÁTICA DA 
RECREAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. SOBRE A RECREAÇÃO 
 
 
 
 
De acordo com Leandro (2009, s/p) a recreação teve sua origem na pré-
história, quando o homem primitivo se divertia festejando o início da temporada de 
caça, ou a habitação de uma nova caverna. As atividades se caracterizavam por 
festas de adoração, celebrações fúnebres, invocação de Deuses, com alegria, 
caracterizando assim um dos principais intuitos da recreação moderna, e também, o 
vencimento de um obstáculo. As atividades (jogos coletivos) dos adultos em caráter 
religiosas foram passadas de geração em geração às crianças em forma de 
brincadeiras. 
 
O movimento da recreação sistematizada iniciou-se na Alemanha em 1774 
com a criação do Philantropinum por J. B. Basedow, professor das escolas nobres 
da Dinamarca. Na Dinamarca, as atividades intelectuais ficavam lado a lado às 
atividades físicas, como equitação, lutas, corridas e esgrima. Na Fundação 
Philantropinum havia cinco horas de matérias teóricas, duas horas de trabalhos 
manuais, e três de recreação, incluindo a esgrima, equitação, as lutas, a caça, a 
pesca, excursões e danças. A concepção Basedowiana contribuía para a execução 
de atividades a fim de preparação física e mental para as classes escolares maiores. 
Contribuindo, Froebel criou os Jardins de Infância onde as crianças brincavam na 
terra. (LEANDRO, 2009, s/p) 
 
Ainda segundo Leandro (2009, s/p) nos Estados Unidos da América o 
movimento iniciou em 1885 com a criação de jardins de areia pra as crianças se 
recrearem. Com o tempo, o espaço tornou-se pequeno visto que os irmãos mais 
velhos vinham também se recrearem nos jardins. Criavam-se então os Playgrounds 
em prédios escolares, chamados também de pátios de recreio. O primeiro Hull 
House - Chicago, em 1892. Área para jogos, aparelhos de ginástica e caixa de areia. 
 
Prevendo a necessidade de atender as diversas faixas etárias, foram criados 
os Centros Recreativos, que funcionavam o ano todo. Eram casas campestres com 
sala de teatro, de reuniões, clubes, bibliotecas e refeitórios. Havia estruturas 
semelhantes ao que temos hoje em dia: Caixas de areia, escorregadores, quadras e 
ginásio para ambos os sexos com vestiários e banheiros, balanços, gangorra, etc. 
 
 
 
 
 
Para orientação das atividades existiam os líderes especialmente treinados. Em 
1906 foi criado um órgão responsável pela recreação, o Playground Association Of 
America, hoje mundialmente conhecido com National Recreation Association. O 
termo playground foi mudado para “recreação” devido à necessidade de atingir um 
público de diferente faixa etária, como os jovens e adultos. E devido a crescente 
importância do tempo de lazer dos indivíduos da sociedade. 
 
No Brasil a criação de praças públicas iniciou-se em 1927, no Rio Grande do 
Sul com o Professor Frederico Guilherme Gaelzer. O evento chamava “Ato de 
Bronze”, onde foram improvisadas as mais rudimentares aparelhagens. Pneus 
velhos amarrados em árvores construíam um excelente meio de recreação para a 
garotada. Em 1929, aparecem as praças para a Educação Física, orientadas por 
instrutores, pois não havia professores especializados. Surgia a partir daí, Centros 
Comunitários Municipais. Em 1972, foi criado o “Projeto RECOM” (Recreação - 
Educação - Comunicação), pelo prefeito Telmo Flores juntamente com Gaelzer. 
Porto Alegre (a pioneira desse tipo de projeto) realizou atividades recreativas e 
físicas promovendo o aproveitamento sadio das horas de lazer e a integração do 
homem com sua comunidade. 
 
Funcionavam no RECOM uma Tenda de Cultura e um Carrossel de Cultura, 
desmontáveis e de fácil remoção. A Tenda é uma casa de espetáculos. O Carrossel 
 
foi criado para apresentações externas, espetáculos ao ar livre. Façamos a ressalva, 
pela importância da recreação, a Alemanha a introduziu nas escolas e criando os 
parques infantis. Os EUA, criando os playgrounds equipados revolucionando a 
recreação pública. O Rio Grande do Sul pelo pioneirismo e a implantação do 
RECOM com a recreação móvel. (LEANDRO, 2009, s/p) 
 
 
 
 
 
2. AS VIVÊNCIAS: TEORIA E PRÁTICA EM RECREAÇÃO 
 
 
 
 
Conforme Vieira (2009, s/p) no dia-a-dia das aulas para a prática da 
Educação Física, tem se observado que o número de alunos que dispensa das aulas 
de Educação Física, sendo também um dos fatores que também caracterizam a falta 
de motivação dos alunos para a prática das aulas de Educação Física Escolar. 
 
A recreação é muito importante para o ser humano não só para a criança. 
Todos nos precisamos dos nossos momentos de lazer. A palavra recreação vem do 
latim, recreare, cujo significado é recrear. Portanto as atividades recreativas devem 
ser espontâneas, criativas e que nos traga prazer. Devem ser praticadas de maneira 
espontânea, diminuindo as tensões e preocupações. Com a atividade recreativa, os 
corpos expressam a ordem interna da vivência lúdica, cujo ritmo e harmonia são 
construídos pelos jogadores em clima envolvente, que desafia a todos como 
parceiros: uns assumem-se aos outros e a realidade onde acontece a ação 
brincante. 
 
A recreação possui como principais objetivos: 
 
Integrar o indivíduo ao meio social; 
 
Desenvolver o conhecimento mútuo e a participação grupal; 
 
Facilitar o agrupamento por idade ou afinidades; 
 
Desenvolver ocupação para o tempo ocioso; 
 
Adquirir hábitos de relações interpessoais; 
 
Desinibir e desbloquear; 
 
Desenvolver a comunicação verbal e não verbal; 
 
Descobrir habilidades lúdicas; 
 
Desenvolver adaptação emocional; 
 
Descobrir sistemas de valores; 
 
 
 
 
 
Dar vazão ao excesso de energia e aumentar a capacidade mental 
do indivíduo. 
 
Infelizmente na Educação Física Escolar, vários fatores contribuem para a 
falta de motivação dos alunos para a prática das aulas de Educação Física, porém, o 
professor é o maior responsável em motivar o aluno a praticar as aulas, fazendo com 
que o aluno leve este hábito para a vida toda, pois toda pessoa passa pela escola 
para se tornar um cidadão digno e com responsabilidade. A recreação não deve ser 
vista como simples brincadeiras sejam elas infantis ou para adultos. Deve ser 
analisada e respeitada, principalmente como formadores de opinião e como 
cidadãos. (VIEIRA, 2009, s/p) 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. CARACTERIZAÇÃO E CONCEITUAÇÃO DA RECREAÇÃO 
 
 
 
 
Para Nogueira, Martinez (2008, s/p) a recreação é uma prática prazerosa em 
que os alunos participam de atividades descontraídas. Ela pode ser uma importante 
estratégia de inclusão e socialização, além de desenvolver as habilidades 
psicomotoras das crianças. Assim, a recreação transfere-se para o cotidiano e 
aproxima-se de uma vida permeada de informações. Esse processo de educação se 
dá através da convivência de diversos desses indivíduos, mais especificamente 
crianças, dentro de locais especializados que transmitem tais valores indiretamente, 
por meio da recreação. (...) Recreação designa recreio ou prazer; sentir satisfação 
divertir-se, numa atividade esportiva de acordo com Ferreira (2000). Por meio da 
recreação é possível educar. As crianças buscam em seu interior algo estimulante, 
que saia da rotina diária, podendo a recreação ser utilizada, até mesmo dentro da 
sala de aula. Hoje, o que se vê é uma sociedade totalmente voltada para o bem 
comum, que continua em transformação, mas que busca maneiras alternativas que 
contribuam no processo de reestruturação social. Os pais estão muito preocupados 
com a educação de seus filhos, que necessitam de uma contribuição externa, ou 
seja, novas alternativas na busca de melhor qualidade de vida em vários aspectos, 
tais como, psicológico, afetivo e social, já que os valores atuais são outros e foram 
transferidos, também, a outras pessoas. A responsabilidade de educar um indivíduo 
e transformá-lo é peça fundamental numa sociedade;deixou de ser apenas papel da 
família e passou a ser de responsabilidade da escola. De acordo com Brotto (2001), 
a recreação é uma forma específica de atividade, uma atitude ou disposição, uma 
área de vida rica e abundante, a vida fora das horas de trabalho. (NOGUEIRA, 
MARTINEZ, 2008, s/p) 
 
Segundo Nogueira, Martinez (2008, s/p) a recreação é uma ferramenta muito 
importante no desenvolvimento humano: afetivo, cognitivo, motor, linguístico e moral. 
Dentro de um contexto social, quando um indivíduo está em recreação significa que 
está sentindo prazer em realizar alguma coisa. Os seres humanos são movidos, 
principalmente, pela emoção e pelo prazer; sendo assim, fica muito mais 
 
 
 
 
 
fácil assimilar alguma coisa a partir daquilo nos faz bem, sendo possível englobar os 
mais altos níveis de conhecimentos e, com crianças, é importante desenvolver e 
estimular atividades diferentes da vida cotidiana, mas que façam parte da natureza 
humana, já que é na infância o período de aprendizado e da assimilação que 
julgamos necessária para a vida adulta. O mais importante desse contexto é permitir 
que diferentes grupos de pessoas, principalmente crianças, se integrem, 
esquecendo o preconceito de valores, distinção de raça, estrutura familiar; pelo 
contrário, é possível estruturar todos esses tópicos. 
 
A recreação, nessa perspectiva, deve ser pautada em três pilares básicos de 
desenvolvimento: o biofisiológico, o social e o cultural, desenvolvendo o indivíduo 
com harmonia na realidade do seu cotidiano. Vygotsky (1991) defende uma relação 
de constituição recíproca, pois a criança se desenvolve no contexto das interações 
sociais e quando as informações ou experiências são internalizadas reestrutura a 
organização das ações sobre os objetos, reorganizando o plano do desenvolvimento 
interno e, consequentemente obtendo transformações nos processos mentais. 
Assim, pode-se observar que a informação e a conivência no meio social, 
interpretando os seus vários significados, são necessárias para o desenvolvimento 
da criança. Por sua vez, a Educação Física deve ser entendida numa perspectiva 
político-filosófica. (NOGUEIRA, MARTINEZ, 2008, s/p) 
 
Ainda conforme Nogueira, Martinez (2008, s/p) existem vários estudos 
significativos e, de ainda com o critério cronológico, os principais são: 
 
Segundo Bourdieu (1979), o indivíduo expressa no seu corpo a sua história, 
marcada como tatuagem; o monge veste o hábito da mesma forma que o hábito 
veste o monge, pois este expressa a sua representação na hexis corporal. Nesse 
percurso, nota-se que o caminho da primeira concepção parte da sociedade mais 
ampla em direção ao indivíduo; em consequência, a segunda parte do indivíduo para 
a sociedade. Assim, é possível analisar os condicionantes no grupo social ou frações 
de classes (análise micro-social), objetivando observar a cultura expressa por esses 
indivíduos pertencentes a essas camadas especiais. Assim, pode-se contribuir, 
através dessas análises, para uma reestruturação do Habitus do indivíduo, 
procurando ampliar o seu capital cultural e proporcionando uma reorganização de 
conhecimentos. Uma reformulação de conteúdos que deverá estar 
 
 
 
 
 
em consonância com a realidade do educando, a fim de ser abordada. Nessa nova 
abordagem, deve-se procurar desenvolver no estudante meio para que ele possa 
utilizar suas experiências, sua realidade e o seu cotidiano para, enfim, ampliar suas 
informações e sua formação cultural. 
 
O desporto participação deve ter como princípio norteador à formação de 
habitus, segundo Bourdieu (1997): reestruturação de valores, crenças, habilidades e 
conduta humana que deve ser trabalhada na instituição de lazer no decorrer da vida 
do indivíduo, atribuindo ao mesmo uma valorização na prática da atividade física e a 
necessidade do tempo livre, ou seja, o lazer. Bourdieu (1979) expressa em seus 
textos que educandos oriundos de meios sociais desiguais possuem heranças 
culturais diferenciadas e tendem a agir de acordo com essa cultura já interiorizada. 
Ele ainda acrescenta que, para difundir a cultura socialmente legitima e valorizada 
universalmente é necessário que esses indivíduos tenham contato com os 
conhecimentos e com práticas culturais. Assim reestruturarão seus habitus. Este é o 
conceito principal da Teoria Bourdiniana. Segundo ele, o habitus pode ser entendido 
como: (...) sistemas de disposições duráveis, estruturas estruturadas predispostas a 
funcionar como estruturas estruturantes, isto é, como princípio gerador e 
estruturador das práticas e das representações que podem ser objetivamente 
“reguladas” e “regulares” sem ser o produto da obediência a regras, objetivamente 
adaptado a seu fim, sem supor a intenção consciente dos fins e o domínio expresso 
das operações necessárias, para atingi-los e coletivamente orquestradas, sem ser o 
produto da ação organizadora de um regente (BOURDIEU in ORTIZ, 1983, p. 60-61, 
apud NOGUEIRA, MARTINEZ, 2008, s/p). 
 
Para Cavallari, Zacharias (2008, s/p) recreação é uma forma de passar o 
tempo para obter distração, ou seja, relaxamento mental ou físico. Enquanto o lazer 
é uma forma de entretenimento ou descanso, a recreação exige empenho em 
atividades de forma a obter diversão. Os jogos de recreação visam apenas o 
divertimento dos jogadores, não sendo assim um jogo desportivo, onde ocorre 
competição. A recreação apresenta cinco características básicas, as quais deverão 
ser observadas, pois uma vez quebradas fazem com que o praticante não 
desenvolva sua recreação na forma mais ampla. São elas: 
 
 
 
 
 
A recreação deve ser encarada pelo praticante como um fim em si mesmo, 
sem que espere benefícios ou resultados específicos. A pessoa que busca 
recreação nunca terá outro objetivo com sua prática que não apenas o fato de 
se recrear. Há um total descompromisso e uma total gratuidade. Não busca 
qualquer tipo de retorno. 
 
 
A recreação deve ser escolhida livremente e praticada espontaneamente, 
segundo os interesses de cada um. Cada pessoa terá oportunidade de opção 
quanto àquilo que pretenda fazer uma função de sua recreação e, se preferir, 
ainda optar por não tê-la naquele ou em qualquer outro momento. Os 
profissionais de recreação apenas criam circunstâncias propícias para que 
cada pessoa se recrie. 
 
 
A prática da recreação busca levar os praticantes a estados psicológicos 
positivos. É necessário tomar-se cuidado com a prática de determinadas 
atividades lúdicas que durante seu desenrolar poderão desviar-se e acarretar 
nos praticantes sensações indesejadas e negativas. 
 
 
A recreação dever ser de natureza a propiciar à pessoa o exercício da 
criatividade. Na medida em que se ofereça estimulação, essa criatividade 
deve ser plenamente desenvolvida. A importância da criatividade para a 
pessoa é enorme, pois engrandece a personalidade e prepara para uma 
condição melhor de vida. O trabalho será muito melhor e apresentará 
resultados muito mais satisfatórios se desenvolvido desde a infância. 
 
Nas características de organização da sociedade nos níveis econômicos, 
sociais, políticos e culturais em geral, a recreação de cada grupo é escolhida de 
acordo com os interesses comuns dos participantes. Pessoas com as mesmas 
características têm uma tendência natural de se procurarem e se agrupem. Seu 
comportamento é semelhante. Essas pessoas formam os chamados grupos de 
iguais. Cada grupo de iguais, de acordo com suas características, busca um 
determinado tipo de recreação. (CAVALLARI, ZACHARIAS, 2008, s/p) 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. A MODERNIDADE: A RECREAÇÃO E O LAZER 
 
 
 
 
Para Aguiar (2003, s/p) Werneck (2000), resgatando a trajetória histórica dos 
significados do lazer; demonstra que os distintos contextos sociopolíticos imprimem 
diversificados sentidos ao termo. 
 
Na civilização greco-romana o lazer estava relacionado ao ócio, significando 
repouso, prazer, liberdadee reflexão, noção ligada aos sentidos de cultura e 
educação da aristocracia grega, que com seu ideal de educação do homem integral 
estabelecia com o trabalho uma distante relação, caracterizando a vida produtiva 
como um fator/elemento impeditivo à possibilidade de criação, satisfação, 
emancipação do espírito e contemplação oferecidos pelo lazer. Considerado como 
um privilégio de classe exigia certas condições educacionais, socioeconômicas e 
políticas para seu usufruto. 
 
Com ascensão da sociedade romana e o nascimento do cristianismo outros 
valores são incorporados pelo lazer. A moral cristã reconhecia no trabalho um meio 
de salvação e purificação da alma, até mesmo o lazer, ainda não caracterizado 
como um “tempo livre”, deveria ser destinado às tarefas religiosas. Nesse sentido, as 
práticas culturais e as manifestações festivas eram controladas pela Igreja e 
deveriam findar em um objetivo religioso, sendo a alegria e a diversão perniciosas à 
moral do homem. O protestantismo corroborou com este entendimento de lazer, um 
vício que possibilitava a degradação moral, e fortaleceu o sentido de trabalho como 
um dever, um modo de servir a Deus. A virtude do trabalho e sua dimensão 
humanizadora e regeneradora era capaz de avaliar a condição existencial do 
homem. (LENHARO, 1986, apud AGUIAR, 2003, s/p) 
 
Esta concepção de trabalho segundo Aguiar (2003, s/p) foi paulatinamente 
sendo revestida de princípios capitalistas e, na modernidade, influenciou a 
construção de outros sentidos para o lazer. (WERNECK, 2000) Nesse bojo, segundo 
Bracht (2001, p. 72), “(...) a partir da ética do trabalho com uma ética fundamental 
para o desenvolvimento do capitalismo, a população tinha que assumir a ideia de o 
 
 
 
 
 
que realiza o homem é o trabalho sendo o lazer mera recompensa. O lazer aparece 
como referência apenas numa visão moralista, de ocupação saudável do tempo 
ocioso, ou seja, o lazer é digno porque é coadjuvante do trabalho.” Além disso, outro 
aspecto que releva a importância alcançada pelo lazer na era moderna vincula-se, 
mormente, “(...) a descoberta do lazer como essência de um fecundo e promissor 
mercado, capaz de gerar lucros significativos para aqueles que detêm as regras 
desse jogo de poder social e político praticado em nosso contexto.” (WERNECK, 
2000, p. 69) Nesse sentido, o lazer assume o papel de produto a ser consumido e 
com estreitas relações com a indústria cultural do entretenimento; esta, de forma 
paradoxal, “(...) determina tão profundamente a fabricação das mercadorias 
destinadas à diversão, que (a) pessoa não pode mais perceber outra coisa senão as 
cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho.” (ADORNO, HORKHEIMER, 
1985, p. 128, apud AGUIAR, 2003, s/p) 
 
Ainda segundo Aguiar (2003, s/p) no contexto brasileiro, de acordo com Pinto, 
et al (1999), o lazer, a recreação e a Educação Física interagem entre si, atuando 
em consonância com medidas sociopolíticas e culturais de cada época. Num 
primeiro momento, as práticas recreativas, tais como jogos, danças ou 
manifestações culturais diversas, revestiam-se de uma rigorosa disciplina de cunho 
religioso. Com o advento da industrialização e consequente urbanização brasileira, 
as práticas recreativas são orientadas para crianças e adultos com a finalidade de 
aprimorar forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais, bem como funcionar 
como instrumento de controle das massas. Decca (1987, p. 89), referindo-se a tal 
questão, entende que “(...) há uma retórica que se mantém em grande parte 
inalterada quanto à necessidade de um „lazer mais saudável e produtivo‟ para o 
operariado no sentido de torná-lo mais „disciplinado e ordeiro‟, esboçam-se 
iniciativas, até certo ponto frequentes, de „disciplinar seu lazer‟.” Dessa forma, e 
ainda na esteira de Decca (1987, p. 91), essa disciplina do lazer, “(...) em função de 
uma maior adequação ao trabalho e à vida em um centro urbano que se 
industrializava (...), foi buscada pelos poderes públicos de forma „idealizada‟ nos 
cuidados formativos com a criança, principalmente com a dos meios proletários (...).” 
Segundo Bercito (1991), partem das fábricas e de órgãos oficiais iniciativas de ações 
que visavam o controle do trabalhador, desde sua utilidade/produtividade até seu 
viver fora do seu ambiente de trabalho. Ainda em Goellner (1992, p. 36) 
 
 
 
 
 
encontramos argumentos que corroboram com essa ideia: “(...) Instalou-se, assim, 
toda uma dimensão de disciplinação da sociedade em função do „mundo do 
trabalho‟, que passava a exigir do individuo uma redefinição de sua própria vida com 
hábitos, valores, crenças, e outros, uma vez que, o capitalismo e a consequente 
exaltação ao trabalhador não encontrou o trabalhador feito, teve de formá-lo.” 
(AGUIAR, 2006, s/p) 
 
Principalmente a partir da década de 60, segundo Aguiar (2003, s/p) o 
contexto político influenciou fortemente a relação estabelecida entre recreação, lazer 
e Educação Física. O desenvolvimento esportivo e seus aspectos, o desporto 
escolar, de competição e o de participação (lazer) foram priorizados e grandes 
campanhas governamentais serviram para a difusão sobretudo do esporte (PINTO, 
et al, 1999, p. 107). A partir dos anos 80, “(...) a recreação e o lazer conquistaram 
espaços em toda a sociedade e ganham força econômica com o avanço da indústria 
cultural e as exigências do estilo de vida capitalista”, sendo este em voga o quadro 
hegemônico quando nos referimos a tal temática. 
 
No contexto hodierno, de acordo com Bracht (2001), podemos perceber, sem 
profundas análises, que a base de sustentação do modelo que legitimava a 
Educação Física na escola passa por profundas transformações. Interessa-nos, de 
perto, dentre aqueles elementos legitimadores, a relação estabelecida entre o 
trabalho, o lazer e a Educação Física. 
 
A ideia do trabalho como um dever e o lazer como mera recompensa vem 
sofrendo uma profunda reordenação. De acordo com Lipovetsky (1994, p. 198), “o 
advento da sociedade de consumo de massas e das suas normas de felicidade 
individualista desempenharam um papel essencial: o evangelho do trabalho foi 
destronado pela valorização social do bem-estar, do lazer e do tempo livre, as 
aspirações coletivas orientaram-se maciçamente para os bens materiais, as férias, a 
redução do tempo de trabalho. O dito espirituoso de Tristan Bernard, „o homem não 
foi feito para trabalhar, a prova é que o trabalho fadiga‟, tornou-se, num certo 
sentido, um credo das massas da era pós-moralista.” Em outras palavras, “(...) (o) 
tempo livre (tornou-se) tão importante para a realização do homem quanto o 
trabalho. Tendo sido o trabalho como dever, direta ou indiretamente, a referência do 
modelo que sustentava a Educação Física, a perda desse caráter a afeta. O 
 
 
 
 
 
problema é que, quando a referência passa a ser o lazer na perspectiva 
conservadora ou liberal-burguesa, ele se refere a uma esfera de consumo, a um 
espaço para o exercício da (pseudo) liberdade individual para fazer opções, portanto 
cai no espaço do privado.” (BRACHT, 2001, p. 75) Nesse sentido, que novos 
significados/funções o lazer assume diante de uma possível perda de centralidade 
do trabalho? Que possibilidades de intervenção cabe à Educação Física? “(...) Como 
a Educação Física escolar e o lazer interagem? O que eles têm em comum e o que 
os diferencia? O que um pode esperar do outro? O fenômeno do lazer, ou 
simplesmente, o lazer é ou deve ser uma referência fundamental para a teoria e 
prática da Educação Física enquanto componente curricular?” (BRACHT, 2003, p. 
147, apud AGUIAR, 2003, s/p) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. A RECREAÇÃO E O LAZER NOS ESPAÇOS PÚBLICOS 
 
 
 
 
Conforme Saboya (2007, s/p) os espaços públicos desempenham diversas 
funções para a cidade. Entre elas, estão: 
 
 
Recreação; 
 
“Respiro” para o ambiente urbano densificado; 
 
Identidade para bairros ou até mesmocidades inteiras; 
 
Embelezamento do espaço urbano; 
 
Possibilidade de interação e convívio social; 
 
Uma classificação possível dos espaços públicos. 
 
Os espaços públicos podem ser classificados segundo seu porte, raio de 
abrangência e tipos de usos que abriga. Kelly, Becker (2000) apresentam a 
classificação proposta pela National Recreation and Park Association. Uma possível 
classificação, mais simples, adaptada desta última seria: 
 
1. Espaços públicos de vizinhança, que são aqueles de pequeno porte e que 
atendem a um pequeno conjunto de quadras e lotes, servindo como unidade básica 
do sistema de espaços públicos e abrigando especialmente atividades relacionadas 
ao convívio e ao lazer cotidianos; 
 
2. Espaços públicos de bairro, que são aqueles de médio porte e que atendem a um 
escopo maior de atividades, incluindo aquelas de interesse comunitário, de 
conservação ambiental e de recreação, entre outros; 
 
3. Espaços públicos municipais, que são aqueles de grande porte e que atendem a 
todo o Município, podendo abrigar uma grande diversidade de atividades, 
especialmente aquelas relacionadas ao lazer esporádico e à preservação e 
conservação ambiental. 
 
 
 
 
 
A mesma National Recreation and Park Association sugere as seguintes 
medidas e parâmetros para os espaços públicos (BERKE, et al, 2006, apud, 
SABOYA, 2007, s/p): 
 
 
 
 
Tipo de espaço Raio de Área 
 
público 
abrangência 
 
 
 
 
 
Mini-parques 
 1000a 2000m
2 por 
 
Menos de 400m 1000 habitantes 
 
 
 
De Bairro 
400 a 800 m, de 4000 a 8000m
2 por 1000 
 
forma a servir até habitantes 
 
 5000 pessoas 
 
 
 
Municipais 
1600 a 3200m 20000 a 32000m
2 por 
 
 1000 habitantes 
 
 
 
 
 
Segundo Saboya (2007, s/p) é possível perceber que esses valores parecem 
um pouco superdimensionados para os padrões brasileiros. De qualquer forma, 
valem como referência. Alexander, et al (1977) defendem a necessidade de praças 
pequenas, para que não fiquem ou pareçam desertas aos usuários. Segundo ele, 
duas pessoas podem se comunicar com relativo conforto a até 23m de distância (ou 
seja, enxergar os rostos uma da outra e ouvirem-se). Por isso, as praças não devem 
ser maiores que isso no seu menor lado, para manter uma ambiência interessante. 
 
Com relação às áreas verdes, Alexander, et al (1977) defendem que estejam 
localizadas de forma que de qualquer habitação se tenha que caminhar no máximo 3 
minutos para alcançá-la, o que equivale a uma distância de 230m aproximadamente. 
Para criar um mínimo de ambiência em meio ao verde, sua menor dimensão não 
pode ser menor que 45m, e sua área deve ser no mínimo de 0,5 hectare. 
 
Jacobs (2000, apud Saboya, 2007, s/p) também argumenta que não é 
possível conferir animação para uma quantidade muito grande de espaços públicos. 
 
 
 
 
 
Por isso, as áreas verdes defendidas pelo Movimento Moderno não funcionaram, 
tornando-se áreas vazias e sem apropriação por parte da população. Assim, ela 
recomenda implantar os espaços públicos naqueles lugares onde já exista vida, 
pessoas passando e usos variados. “Se for no centro da cidade, deve ter lojistas, 
visitantes e transeuntes, além de funcionários. Se não for no centro, deve situar-se 
onde a vida pulse, onde haja movimentação de escritórios, atividades culturais, 
residências e comércio”. (JACOBS, 2000, p. 110) Muitos bairros já têm esses 
lugares bem demarcados, mas é comum vermos duas situações: ou posicionam os 
espaços em lugares mais vazios, esperando dar-lhes animação, ou implementam 
nas áreas mais animadas, mas para isso acabam destruindo uma parte dessa 
diversidade, como por exemplo nas intervenções higienistas do século XX. 
(SABOYA, 2007, s/p) 
 
 
 
 
 
6. O RECREACIONISTA: FUNÇÃO NOS DIVERSOS CAMPOS DE ATUAÇÃO 
 
 
 
 
- Como professor: Para Santos (2006, s/p) esta vertente da educação física é 
apresentada por Darido (2005) e situa professor como um profissional de apoio no 
contexto pedagógico, permitindo ao aluno que determine a atividade que fará 
durante a aula. Os alunos têm liberdade para escolher atividades de sua preferência 
cabendo ao professor apenas cuidar de aspectos burocráticos, como fornecer 
material, controlar o tempo da aula, e em alguns momentos arbitrar a pelada. O 
professor não apresenta aspetos diretivos na sua aula. 
 
A partir das críticas ao modelo esportivizante, predominante nas décadas de 
60 e 70, surge esta tendência no ensino da Educação Física, na qual o professor 
tende a demonstrar passividade e apatia, contrastando com o estilo militar e 
autoritário característico de uma pratica que privilegia o esporte como conteúdo 
onipresente. A tendência recreacionista não possui nenhum arcabouço teórico. Não 
existem teóricos ou estudiosos que tenham pesquisado ou, refletido, sobre os 
aspectos que levam a uma atuação que não privilegia a intencionalidade. A autora 
também afirma que esta ausência de material conceitual não diminui sua 
predominância no dia-a-dia da escola e reputa as causas desta alternativa a 
interpretações equivocadas do papel do educador físico no contexto escolar e uma 
formação deficiente do professor. (SANTOS, 2006, s/p) 
 
Por analogia, continua Santos (2006, s/p) podemos comparar um regente de 
turma, cuja atuação se reduz a atitudes recreacionista, a um maestro que teria como 
principal função conduzir sua orquestra com as obras de sua escolha, mas permite 
que os músicos se auto-organizem e desenvolvam o repertório da apresentação. 
Dessa forma o maestro, que seria o regente do espetáculo se transforma em mais 
um espectador, não se diferenciando em quase nada do público que prestigia a 
atuação dos músicos. É o que acontece com o professor que torna sua prática 
docente um espaço superficial que poderia star sendo organizado por qualquer 
indivíduo sem conhecimentos e formação em Educação física que estivesse 
passando pela esquina da escola. 
 
A inexistência de pressupostos teóricos que corroboram e fundamentam a 
vertente recreacionista comprova que esse professor não tem a intenção de justificar 
sua prática cotidiana, a não ser através de subterfúgios. A postura acionada como 
recurso de argumentação é se ancorar, de forma equivocada, no discurso que 
defende a promoção do lazer na escola, porém sem a vinculação dos aspectos 
pedagógicos. Seu trabalho cotidiano se resume a atividades isoladas e sem conexão 
entre si, voltadas para o lazer, sem que visem nenhuma autonomia do aluno. Se a 
Educação Física assume este papel catártico através do lazer, perde a função como 
disciplina no panorama do ensino formal. O professor recreacionista parece 
argumentar em um terreno instável, a beira de um abismo ou em solo arenoso, ao 
constituir uma prática superficial no contexto pedagógico. (SANTOS, 2006, s/p) 
 
- A Educação Física e o lazer: Para Pimentel (2006, p. 7) historicamente, conforme 
apontam Melo, Fonseca (1997) a Educação Física vem se sedimentando no campo 
do tempo livre muito em função da recreação. A sociedade já referenda a área como 
a mais associada a atividades como: colônias de férias, gincanas, ruas de lazer, 
acampamentos, animação de festas, entre outras estratégias recreativas. Mas com o 
desenvolvimento do turismo, como mercado e área do lazer, os formados em 
Turismo (turismólogos), vêm buscando competências para terem inserção mais 
significativa no lazer e recreação. No âmbito da animação cultural e do planejamento 
do lazer, turismólogos ganham terreno devido à formação em ciências sociais 
aplicadas. Isso lhes fundamenta para uma intervenção mais no campo teleológico 
(diretrizes) enquanto o profissional de Educação Física, em geral, se preocupa com 
a questão instrumental (ações). 
 
Schreyer, Driver (1989, p. 413, apud Pimentel, 2006, p. 7), sobre mudanças 
nas perspectivas de profissionais do lazer na América do Norte, avalizam não haver 
uma única profissão do lazer. Isto porque há variaçãoconsiderável no 
conhecimento, valores, e capacidades de indivíduos que trabalham na provisão de 
serviços no lazer. Mesmo que, frequentemente, os especialistas tendam a enfatizar 
as preocupações mais imediatas de administração, os autores percebem um quadro 
claro da extensão desta perspectiva. O entendimento enfocado nas questões do dia 
a dia é, para Schreyer, Driver (1989), uma visão estreita que mantém o romantismo 
ingênuo sobre o lazer como algo maravilhoso capaz de reduzir criminalidade e curar 
enfermidades. Portanto, o problema na realidade deles não é somente a 
necessidade de uma articulação entre vários profissionais, mas a formação pouco 
crítica dos que atuam na área. Isto contribui à percepção que lazer é uma coisa 
trivial, sem necessidade dos especialistas possuírem educação profissional 
específica. Como não existe articulação séria da natureza de causa-efeito entre 
atividades de lazer e benefícios específicos, mesmo nos países ditos desenvolvidos 
não se prega como necessário, ou até mesmo desejável, que se faça pesquisa 
sistemática sobre a melhor forma de o lazer trazer benefícios para cada grupo em 
particular. Consequentemente, no mercado de trabalho se oferece um pacote de 
profissional/atividades, tido como apropriado para qualquer pessoa nas mais 
diversas realidades. (PIMENTEL, 2006, p. 7) 
 
Naturalmente, enfatiza Pimentel (2006, p. 8) estas são aproximações que 
ainda necessitam de melhor reflexão, mas que já são apontadas em estudos, como 
o realizado pela Confraria dos Profissionais do Lazer no Paraná (Pimentel, Pereira, 
Carvalho, et al, 2001). Tal pesquisa sobre a atuação profissional no lazer reforça que 
muitos graduados e acadêmicos da Educação Física, consideram a recreação como 
um „bico‟ e preferem mais serem vistos como professores que recreadores ou 
animadores. Apresentam pouca inserção em cargos de gerência ou planejamento, 
estando mais interessados em adquirir competências para trabalho direto com o 
público, executando a programação ao invés de construí-la. Ainda há aqueles que se 
refugiam na Educação Física escolar como „emprego institucionalizado‟, encarando 
a atuação no lazer como um mercado promissor, porém incerto, absorvente e 
subversivo quando comparado à escola. Enquanto setores como escola, iniciação 
desportiva e musculação envolvem muita rotina, o mercado do lazer requisita 
atenção e inovação constantes do trabalhador. 
 
Evidente, nem todo lazer se mostra criativo. Daí essa crise de identificação 
acadêmica com o lazer ser muitas vezes fruto do próprio encaminhamento 
equivocado que os trabalhadores da área dão à recreação. Primeiro porque os 
projetos são desenvolvidos desprovidos da devida análise de contexto. Sem 
inventário do local e da população alvo, são presumidas algumas características e 
montado um pacote de brincadeiras „infalíveis‟. Com o tempo, há o perigo desse 
trabalho de pouca qualidade fazer parecer ser o normal, o padrão. E por sempre as 
atividades serem feitas dessa maneira, vai sendo reproduzido o círculo vicioso: é 
oferecida „qualquer coisa‟, mas a comunidade vai se acostumando. Daí que ao 
solicitar serviços recreativos, não é cobrado o diagnóstico local para programar uma 
atividade personalizada, com participação efetiva da comunidade, numa perspectiva 
de desenvolvimento e cidadania cultural. Em projetos de extensão comunitária, por 
exemplo, é comum virem pedidos de evento com poucos dias de antecedência e ao 
se explicar da necessidade de um trabalho de preparação, ainda respondem: „nem é 
preciso isso não; é só ir lá e brincar com a criançada. (...)‟ (PIMENTEL, 2006, p. 8) 
 
O segundo motivo conforme Pimentel (2006, p. 8) que pode explicar a 
paradoxal relação de simpatia/rejeição do profissional de Educação Física com o 
lazer/recreação, é o caráter superficial e alienante das práticas de lazer na 
perspectiva tradicional da recreação. Para alguns, atuar com recreação se confunde 
com o próprio lazer pessoal, visto que exige uma aparente e constante negação da 
rotina. Por outro lado, muitos profissionais, municiados de um referencial mais 
denso, da licenciatura, percebem que ser professor, além de atrair mais 
reconhecimento, significa trabalhar numa perspectiva mais abrangente e 
transformadora quando comparada ao ofício do recreador. Nesse sentido, a 
recreação, por não se apresentar como contraponto à hegemonia, não despertaria 
nenhum interesse às perspectivas mais críticas da educação. De fato, como 
Werneck (2000, p. 109-121) é enfática ao dizer, a recreação está inserida em 
escolas, hospitais e clubes com diversos interesses, mas que redundam na mera 
conformação e controle social. Porém, a recreação não pode ser confundida com 
jogos e nem com o lazer. Este último, particularmente, deve ser entendido como 
direito social e possibilidade de produção cultural. Uma educação para o lazer 
facilitaria a apreensão desse tempo conquistado, através de múltiplas possibilidades. 
Neste sentido, lazer difere de recreação, o movimento de ocupar as horas vagas das 
massas populares. (PIMENTEL, 2006, p. 9) 
 
Sem preconceitos, o professor de Educação Física deve entender que muito 
do que faz está relacionado ao lazer (maior parte das atividades corporais 
significativas ocorre no tempo livre das pessoas ou tem reflexos nas opções de 
lazer). Também cabe a ele a crítica aos modelos vigentes, visando o 
desenvolvimento de novas possibilidades de consumir e produzir a cultura no tempo 
livre. Essa competência didático-pedagógica, aliada à consciência política, precisa 
ser entendida como necessária também na animação sociocultural, especialmente 
quando se entende o profissional do lazer como um educador. 
 
A esse respeito, Requixa (1980, p. 52-56, apud Pimentel, 2006, p. 9) ao tratar 
do “duplo aspecto educativo do lazer”, diz ser a educação para o lazer uma resposta 
ao sentimento de tédio e depressão experimentado por trabalhadores ao terem 
tempo livre. Para o autor, a falta de preparação para o lazer é sintoma de um tipo de 
sociedade no qual as pessoas consomem mais coisas e, paradoxalmente, sentem-
se com menos qualidade de vida. Técnicos de várias especialidades seriam 
necessários para cultivar múltiplos interesses no lazer e emancipar as pessoas da 
procura por fazer algo útil em seu tempo livre. O resultado esperado seria que a 
pessoa conseguisse “preparar para si mesma uma arte de viver.” 
 
Na esteira da educação informal, o lazer é um meio de desenvolvimento de 
diferentes aspectos do ser humano. Em complemento, é por meio da educação que 
muitas possibilidades de transformação das práticas de lazer se delineiam. Isto 
significa, entre outras coisas, que o profissional de Educação Física precisa 
redimensionar sua intervenção no lazer, buscando as interfaces de seus 
conhecimentos na educação com as práticas corporais no tempo livre. 
 
Por fim, é fundamental recordar a amálgama entre a educação para o lazer e 
o seu consumo/produção no tempo livre. O fato desses dois campos não serem 
pensados como interdependentes reflete a desconsideração dos educadores com a 
dinâmica cultural. Sobrevive ainda o paradigma de educar primordialmente para o 
trabalho. A escola tem de ser pensada como centro cultural, onde é possível 
construir vivências significativas para os vários campos lúdicos de realização 
humana (teatro, cinema, esportes, dança, ginástica, pintura, jardinagem, modelismo, 
viagem, associativismo, entre outros). Essas experiências permitiriam que o 
educando formasse uma sólida cultura geral, apontando para a cidadania. Neste 
sentido, o profissional escolar estaria formando o futuro cliente (não mais acéfalo) do 
profissional do lazer, nos vários campos de interesse no lazer. Pois uma vez 
enriquecidas de vivências, as pessoas poderiam se dedicar às manifestações 
lúdicas com mais autonomia, cientes das opções e, provavelmente, mais criteriosas 
quanto à qualidade dosagentes que irão acompanhá-las nesse processo. 
(PIMENTEL, 2006, p. 9) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. A RECREAÇÃO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
- Lazer: Para Maffei Junior (2004, p. 53) de acordo com a Carta Internacional de 
Educação para o Lazer, da Associação Mundial de Recreação e Lazer (World 
Leisure and Recreation Association – WLRA, 2004), a finalidade básica da educação 
é desenvolver os valores e atitudes das pessoas e provê-las com o conhecimento e 
aptidões que lhes permitirão sentirem-se mais seguras e obter mais prazer e 
satisfação na vida. Essa perspectiva subentende que a educação, além de ser 
importante para o trabalho e para a economia, é igualmente importante para o 
desenvolvimento do indivíduo como um membro plenamente participativo da 
sociedade e para a melhoria da qualidade de vida. A educação deve ser considerada 
como processo para o desenvolvimento humano integral. Para isso, ela deve 
organizar-se, segundo Délors (2001, p. 89-90), em torno de quatro aprendizagens 
fundamentais, que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada 
indivíduo, os pilares do conhecimento: 
 
 
Aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; 
 
Aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; 
 
Aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas 
as atividades humanas; 
 
 
Finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. 
 
Através dessas quatro aprendizagens, os indivíduos podem adquirir a 
consciência crítica que amplia a visão de mundo, ajudando-os na leitura 
interpretativa dos fatos sociais, das relações intrapessoais e interpessoais e com a 
natureza. Deve ser contextualizada, propiciando ao aluno a apropriação do 
conhecimento elaborado, tendo como referência a sua própria realidade. Libâneo 
(1998, p. 22) define a educação como “uma prática social que atua na configuração 
da existência humana individual e grupal.” Libâneo diz ainda que a educação tem 
função construtora e reconstrutora dos espaços de vida, e para isso utiliza 
“processos de comunicação e interação pelos quais os membros de uma sociedade 
assimilam saberes, habilidades, técnicas, atitudes, valores”. É nesse contexto que a 
escola precisa estar inserida, oferecendo uma formação geral na direção da 
educação integral. Segundo Gadotti (2000), cabe à escola: amar o conhecimento 
como espaço de realização humana, de alegria e de contentamento cultural; 
selecionar e rever criticamente a informação; formular hipóteses; ser criativa e 
inventiva (inovar); ser provocadora de mensagens e não pura receptora; produzir, 
construir e reconstruir conhecimento elaborado. (MAFFEI JUNIOR, 2204, p. 54). 
 
Continuando, Maffei Junior (2004, p. 94) afirma que para os alunos, as 
consequências dessa escola, de acordo com Gadotti, são enormes: ensinar a 
pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazer sínteses e 
elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para o 
trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com a 
prática; ser aprendiz autônomo e a distância. Com isso se quer dizer que a escola 
constitui um pilar básico na sociedade para a formação dos indivíduos e, 
indiretamente, da própria comunidade em que se integram. Este atributo da escola é 
inegável, pois a maioria das crianças e dos adolescentes cresce dentro dela. A 
escola representa o espaço onde se criam condições para promover, de maneira 
organizada, as aquisições consideradas fundamentais para o normal 
desenvolvimento humano. É essa a função da escola: dar conta do desenvolvimento 
pleno dos educandos – a escola tem que se preocupar com a formação em todas as 
dimensões. Isso inclui proporcionar aos alunos conhecimentos e oportunidades para 
que eles possam viver, conviver e trabalhar, dando sentido às suas vidas. E, o que 
muito se discute hoje é que não se pode alcançar estes objetivos olhando a escola 
simplesmente pela ótica da educação para o trabalho; deve-se olhar, sim, pela ótica 
de uma educação para a vida, que envolve trabalho, lazer, relações, 
desenvolvimento artístico e profissional. 
 
Para Requixa (1977, p. 21), a educação é hoje entendida como o grande 
veículo para o desenvolvimento, e o lazer, um excelente e suave instrumento para 
impulsionar o indivíduo a se desenvolver, a se aperfeiçoar, a ampliar os seus 
interesses e a sua esfera de responsabilidades. Requixa (1980, p. 72) sugere um 
duplo aspecto educativo do lazer: o lazer como veículo de educação – educação 
pelo lazer; o lazer como objeto de educação – educação para o lazer. Este autor diz 
que o indivíduo, ao participar em atividades de lazer, desenvolve-se tanto individual 
como socialmente, condições estas indispensáveis para garantir o seu bem-estar e a 
participação mais ativa no atendimento de necessidades e aspirações de ordem 
individual, familiar, cultural e comunitária. Marques (1998) entende que o objetivo da 
educação para o lazer é formar o indivíduo para que viva o seu tempo disponível da 
forma mais positiva. Através desse processo o indivíduo amplia o conhecimento de 
si próprio, do lazer e das relações do lazer com a vida e com o tecido social, e 
reconhece os valores do lazer, aprendendo a utilizar os conhecimentos necessários 
para que possa organizar a sua vida, tanto do ponto de vista laboral como do 
aproveitamento do seu tempo livre. Para Dumazedier (1979), os objetivos da 
educação e do lazer se harmonizam, haja vista que uma das funções do lazer é o 
desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Requixa (1976, p. 38) 
complementa, dizendo do papel preponderante da educação para o lazer para o 
aluno: a família, a escola e todos os educadores têm papel determinante a 
desempenhar quando da iniciação da criança numa atividade lúdica e ativa de lazer, 
na qual a frequente contradição entre o ensino e a realidade necessita ser eliminada. 
(MAFFEI JUNIOR, 2004, p. 56) 
 
Segundo a Carta Internacional de Educação para o Lazer, a educação para o 
lazer há muito tem sido reconhecida como parte da área da educação, mas não tem 
sido amplamente implementada. Tem sido entendida como parte importante do 
processo de socialização no qual uma variedade de agentes desempenha um papel 
importante, sendo que se pode destacar como principais agentes os alunos e o 
professor de educação física. Mas, por que implementar a educação para o lazer na 
escola? Porque a meta geral da educação para o lazer é ajudar estudantes em seus 
diversos níveis a alcançarem uma qualidade de vida desejável através do lazer. Isto 
pode ser obtido pelo desenvolvimento e promoção de valores, atitudes, 
conhecimento e aptidões de lazer através do desenvolvimento pessoal, social, físico, 
emocional e intelectual. Diz Vaz (2003): a escola deve atender às necessidades, 
interesses e motivações de seus alunos, onde o aspecto recreativo, base da 
concepção utilitária e social da educação física, deve ser levado em consideração 
quando do planejamento das atividades a serem desenvolvida, pois, trabalho e lazer, 
tal como a educação intelectual e a educação física, não podem ser consideradas 
como partes separadas. Isso deve ser ensinado aos alunos. 
 
Em relação aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, MEC, 
1996), este documento somente cita o lazer na escola, não aprofundando e nem 
explicitando o tema. Os PCNs apontam a importância de se educar para o lazer, 
mas não indicam como fazer isso. Afirmam que, ao final do ensino fundamental, os 
alunos devem estar capacitados a conhecer, organizar e interferir no espaço de 
forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promover atividades 
corporais de lazer, reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser humano 
e um direito do cidadão. Entretanto, isso não ocorre, porque são rarosos 
professores de educação física que incluem em seu planejamento de aula conteúdos 
sobre o lazer. Um dos motivos pode ser a má formação que este professor recebeu 
sobre o lazer quando cursou a faculdade. São poucas as instituições que oferecem 
embasamento sobre o lazer. Isayama (2002, p. 121), analisando os currículos, 
observou que com relação à importância atribuída à recreação e ao lazer nos 
currículos desses cursos, existe contradição entre o que se propõe como objetivo e o 
que realmente se realiza no interior dos currículos. Nesse sentido, muitos cursos 
afirmam em seus objetivos que a recreação e o lazer são campos de atuação do 
profissional de Educação Física, além do treinamento desportivo e da escola, e que 
o seu currículo irá privilegiar esses três enfoques. No entanto, fica difícil formar 
profissionais qualificados para atuar nos campos da recreação e do lazer, se esses 
conhecimentos são trabalhados de forma rápida e superficial, em virtude da pequena 
abertura que têm, em termos de carga horária, número de disciplinas e abordagem 
dentro de outras disciplinas do currículo. (MAFFEI JUNIOR, 2004, p. 57) 
Ainda Maffei Junior (2004, p. 57) aponta que Bramante (1998, p. 42) se refere 
ao duplo aspecto educativo do lazer (Requixa 1989) e diz que “a educação para e 
pelo lazer tem oscilado entre dois extremos: da inclusão de uma disciplina específica 
no currículo escolar desde o início do processo de escolarização” até a proposta de 
que “todo currículo escolar deveria ter como paradigma a ludicidade, explorando os 
conteúdos específicos de todas as disciplinas através de uma educação pelo lazer”. 
Segundo Le Boulch (1983, p. 23), a preparação dos alunos para o lazer é uma 
questão pedagógica: “ao assumir a nobre função de educar na plenitude do termo o 
cidadão, a escola esteja preocupada, em todos os níveis, em prepará-lo não apenas 
para o trabalho, mas também e cada vez mais para o lazer”. Opachowski citado por 
Vaz (2003) desenvolveu uma “pedagogia do lazer”, defendendo a necessidade de 
criar medidas e intenções educativas para o lazer, garantindo que o mesmo seja 
realmente um tempo livre para o indivíduo. A “pedagogia do lazer” apresenta oito 
características, resumidas por Haag (1981, p. 100-101), que podem ser plenamente 
utilizadas pelo professor de educação física para explicar aos alunos a importância 
do lazer: 
 
1. A pedagogia do lazer constitui uma forma culta de serviço especial que oferece ao 
indivíduo (desde a etapa pré-escolar até a formação do adulto) ajuda para aprender, 
desencadear e tolerar as trocas individuais e sociais. 
 
2. A pedagogia do lazer supõe uma atitude política ante um mundo não 
harmonizável. 
 
3. A pedagogia do lazer libera da identificação total com os afazeres (e com os 
afazeres desempenhados durante o tempo livre, porém determinados pelo trabalho e 
por terceiros), da consequente idealização do trabalho e do predomínio absoluto do 
princípio de rendimento. 
 
4. A pedagogia do lazer estimula ao indivíduo a autoanálise e a reflexão sobre si 
mesmo e sobre o lugar ocupado por ele no trabalho e no tempo livre. 
 
5. A pedagogia do lazer vence a angústia, a penúria e a repressão; está aberto ao 
bem estar, ao lazer e ao desfrute dele mesmo. 
 
6. A pedagogia do lazer assume uma atitude positiva frente à abundância e 
variedade das ofertas de consumo, evitando, ao mesmo tempo, um permanente 
autocontrole, vigilância e distância crítica permanentes frente à indústria de lazer. 
 
7. A pedagogia do lazer proporciona segurança física, psíquica e social e uma nova 
economia da saúde. 
 
8. A pedagogia do lazer melhora o estado de ânimo, e assim contribui a atingir o 
otimismo frente à vida e a fortalecer a autoconsciência. 
 
Kraus (1972, p. 1-2) afirma que o principal propósito da educação para o 
lazer, assim como em outras formas de educação, é “promover certas mudanças 
individuais desejáveis nos estudantes que estão expostas a ela”. Este autor trabalha 
com algumas metas que podem ser estabelecidas: 
 
 
Atitude: é essencial que o estudante desenvolva um conhecimento da 
importância do lazer na sociedade e reconheça os valores significativos que 
eles podem trazer à sua vida; 
 
 
Conhecimento: atitudes positivas bem fundadas devem ser suplementadas 
pelo conhecimento individual; saber “como”, “por que”, e “onde” deve ocorrer 
a participação recreativa; 
 
 
Habilidades: o objetivo de ensinar técnicas não é somente o de conseguir que 
o estudante domine um certo número de atividades específicas, com a ideia 
de que ele necessariamente participará delas, em sua vida recreativa, na 
juventude e idade adulta; e ainda proporcionar certas habilidades básicas, 
para que ele possa participar dessas habilidades com um certo grau de 
competência, sucesso e prazer; 
 
 
Comportamento: qualquer das metas acima, atitude, conhecimento e 
habilidades, leva a esse último propósito que é o comportamento. A 
consequência da educação para o lazer dever ser a existência de um 
comportamento que seja marcado pela capacidade de um bom julgamento 
pessoal, quando da seleção de atividades recreativas. 
 
Segundo Kraus (apud Gaelzer, 1979, p. 2), a escola tem a responsabilidade 
de proporcionar experiências vivas, tanto pela assistência direta ao corpo discente 
como pela colaboração com a comunidade que também deve proporcionar 
atividades recreativas para a intensificação de seu programa de educação para o 
lazer. O comportamento de lazer pode ser firmado e os hábitos de participação 
efetiva podem ser solidamente implantados se a escola se esforçar em ensinar uma 
real participação nas atividades de lazer. Como diz M'Bow citado por Vaz (2003), 
“que cada um seja, daqui por diante, preparado para uma educação física e 
esportiva que lhe permita manter a saúde ao longo da vida, ou simplesmente ocupar 
o seu lazer”. (MAFFEI JUNIOR, 2004, p. 58-59) 
 
- Recreação: de acordo com Graciano, Silva (2009, s/p) a palavra recreação vem 
do latim recreare e significa “criar novamente” no sentido positivo, ascendente e 
dinâmico (Ferreira 2003). Silva (1959) informa que a definição de recreação pode 
ser achada no termo inglês play significado que o homem encontra uma verdadeira 
satisfação e alegria no que esta fazendo. Representa uma atividade que é livre e 
espontânea na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma compulsão 
interna ou externa de forma obrigatória ou opressora. Para Mian (2003) recreação 
significa satisfação e alegria naquilo que faz. Retrata uma atividade que é livre e 
espontânea e na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma coação 
interna ou externa de forma obrigatória ou opressora, afora e prazer. Schimit (apud 
Frietzen, 1995) define a recreação como sendo o relaxamento do organismo e da 
mente. É diversão, renovação, recuperação. È a atividade livremente escolhida 
exercida nas horas de lazer ativa ou passiva, individualmente ou em grupo, 
organizada ou espontânea. 
 
A recreação tem o objetivo de criar condições ótimas para o desenvolvimento 
integral das pessoas, promovendo a sua participação individual e coletiva em ações 
que melhorem a qualidade de vida a preservação da natureza e afirmação dos 
valores essências da humanidade. Segundo Gouvêa (1963) recrear é educar, pois a 
recreação permite criar e satisfazer o espírito estético do ser humano ricas 
possibilidades culturais, permite escapar do desagradável, utilizando excesso de 
energia ou diminuindo tensão emocional; é experiência, complementa atividade 
compensadora, descarrega impulsos agressivos, fuga de pressão social que provoca 
frustração, monotonia ou ansiedade. Já Kishimoto (1997) define recreação, como 
atividade física ou mental a que o indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer 
as necessidades físicas, psíquicas, ou sociais, de cujas realizações lhe advêm 
prazer, e que é aprovada pela sociedade. (GRACIANO, SILVA, 2009, s/p)Ainda de acordo com Graciano, Silva (2009, s/p) o entretenimento em si 
mesmo não é, sempre recreação. Muitas diversões, muitos passatempos 
catalogados ou tidos como recreadores, não passam de atividades, nocivas a 
formação do caráter, responsáveis por grande número de problemas morais e 
sociais. A verdadeira recreação contém todos os elementos citados - entretenimento, 
diversões, passatempos e distração - mas em um nível construtivo. Atividades feitas 
apenas com o sentido de “matar o tempo” não podem ser classificadas como 
recreação relata Silva (1959). Infelizmente, nossas crianças na maioria das escolas 
recebem regras prontas, não significações. Elas devem aceitá-las para poder 
transformar num bom adulto. E o mesmo acontece com os professores. (MIAN, 
2003) Nem todo passatempo é recreação, nem toda diversão é uma atividade 
recreativa. (FERREIRA, 2003, apud GRACIANO, SILVA, 2009, s/p). 
 
- Jogos e brincadeiras: os jogos surgiram na Grécia como forma de diversão 
passando mais tarde a serem aperfeiçoados e estudados por grandes mestres a fim 
de torná-lo parte do desenvolvimento educacional da criança. Depois da segunda 
guerra mundial e com a criação da (A. C. M.) Associação Cristã de Moços em vários 
países, o jogo como um fator educacional, começou a ocupar espaço (Ferreira 
2003). Segundo Cavallari, Zacharias (2008) se uma atividade recreativa permite 
alcançar vitória, ou seja, pode haver um vencedor, estamos tratando de um jogo. 
 
O jogo busca um vencedor, Ferreira (2003) jogo é uma atividade física, e/ou 
mental que favorece a sociabilização obedecendo a um sistema de regras, visando 
um determinado objetivo, sendo uma atividade que tem começo, meio e fim, regras a 
seguir e um provável vencedor. O jogo educativo é um elemento de observação e 
conhecimento metodológico da psicologia da criança, suas tendências, qualidades, 
aptidões, lacunas e defeitos. Jogo é uma das experiências mais ricas e polivalentes 
e, uma necessidade básica para a idade infantil. A revalorização do tempo livre, nos 
últimos tempos, e a continuidade do ensino de expressão dinâmica, vão despertando 
uma renovada atenção em direção ao aspecto lúdico, a psicomotricidade e suas 
grandes possibilidades (SILVA, 1999). Cavallari, Zacharias (2008) dizem que todo 
jogo apresenta uma evolução regular, ele tem começo meio e fim. 
Consequentemente existem maneiras formais de se proceder. 
 
A maneira como se joga pode tornar o jogo mais importante o que 
imaginamos, pois significa nada menos que a maneira como, estamos no mundo. Os 
jogos de que as crianças participam tornam-se seus jogos de vida. Participando 
destes jogos tocamos uns aos outros pelo coração. Desfazemos a ilusão de sermos 
separados e isolados. E percebemos o quanto é bom e importante será respeitar a 
singularidade do outro. (BROTTO, 2003) O professor tem seu papel nos jogos, ele 
representa e projeta a maneira de jogar, ele é quem comunicar-se através de voz 
audível e gestos harmoniosos, a fim de promover uma atmosfera agradável sua 
experiência é fundamental, pois através de seus exemplos conquista a confiança e 
cria uma relação de atividade criativa e amigável (SILVA, 1959, apud GRACIANO, 
SILVA, 2009, s/p). 
 
- Brincadeiras: Para Graciano, Silva (2009, s/p) Cavallari e Zacharias (2008) definem 
como a principal diferença entre jogo e brincadeira é o vencedor, na brincadeira não 
há como ter um vencedor. Ela simplesmente acontece e segue-se se desenvolvendo 
enquanto houver motivação e interesse por ela. Para a criança brincar é a coisa 
mais séria do mundo, é tão necessária ao seu desenvolvimento quanto o alimento e 
o descanso. É o meio que a criança tem de travar conhecimento com o mundo e 
adaptar-se ao que rodeia (FRITZEN, 1995). É por meio de brincar que a criança 
torna-se intermediária entre a realidade interna e externa, participando, entendendo 
e percebendo-se como membro integrante do seu meio social. É brincando também, 
que a criança deixa de ser passiva para tornar-se responsável pela a ação realizada, 
decidindo os rumos das situações socioculturais por ela criadas é vivenciada 
sentimentos diversos, que contribui para a formação da sua personalidade (MIAN, 
2002). 
 
Marcellino (1990, apud Graciano, Silva, 2009, s/p) informa que através do 
prazer, o brincar possibilita à criança a vivência de sua faixa etária e ainda contribui 
de modo significativo para sua formação como ser humano, participando da cultura 
da sociedade que vive, e não apenas como mero indivíduo requerido pelos padrões 
de produtividade social. Sendo assim a vivência do lúdico é imprescindível em 
termos de participação cultural e crítica e, principalmente criativa. Marcellino 
descreve também o quanto é fundamental assegurar a criança o tempo e o espaço 
para que o lúdico seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida da 
criatividade e da participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de 
viver. São os conteúdos e a forma (produtos e processo) da cultura da criança, que 
representam o antídoto a aceitação do “jogo” pré-estabelecido, da sociedade e 
mesmo a camuflagem das colocações individuais, justificando sua impotência frente 
a estrutura do mundo que receberam e são obrigadas a produzir. A criança que 
brinca vive a sua infância torna se um adulto muito mais equilibrado, física e 
emocionalmente suportará muito melhor as pressões das responsabilidades adultas 
e terá maior criatividade para solucionar os problemas que lhe surgem, sendo assim, 
a brincadeira é uma atividade não apenas natural, mas, sobretudo sociocultural já 
que, muitas crianças a cada dia, tem menos tempo para brincar, pois os pais se 
matriculam no maior número possível de atividades e como consequência elas são 
vítimas de estresse bem mais cedo. O brinquedo por sua vez tem seu papel 
importante nas brincadeiras sendo para criança um passaporte para o reino mágico 
de brincadeira (KISHIMOTO, 1997, apud GRACIANO, SILVA, 2009, s/p). 
 
Infelizmente, nossas crianças na maioria das escolas recebem regras prontas, 
não significações. Elas devem aceitá-las para poder transformar num bom adulto. E 
o mesmo acontece com os professores. (MIAN, 2003) Observa-se cada vez mais 
que o contato das crianças com jogos brinquedos e brincadeiras tradicionais vem 
perdendo espaço, possivelmente como consequência dos processos de urbanização 
e de produção consumo de equipamentos de alta tecnologia (videogames, 
computadores, televisores e brinquedos de controle remoto). (SCHWARTZ, 1958). 
 
Segundo Neto (apud Velasco, 1996) é um fato inquestionável que as 
oportunidades de jogo e atividade física tem vindo a degradar- se de forma 
considerável nas ultimas décadas aumentando substancialmente o sedentarismo na 
infância. A infância é uma época importante para a prática de várias atividades 
físicas e o desenvolvimento de habilidades motoras diversas a fim de promover 
atitudes saudáveis, melhorias na proficiência motora, maiores possibilidades de 
aderência a um estilo de vida ativo e melhor autoestima e confiança. Uma possível 
dinâmica de aula, em algumas ocasiões é iniciar conversando com os alunos, 
perguntando-lhes do que gostariam de brincar. Trata-se de uma forma de estimular a 
participação da criança e fazê-la sentir toda importância que tem favorecendo ainda, 
a rica troca de experiência entre elas e seus respectivos universos de jogos. Outra 
possibilidade é resgatar jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais, que os pais ou 
responsáveis e familiares dos alunos desenvolviam quando crianças pedindo ao 
aluno conversem com eles, perguntando-lhes a respeito de que e como brincavam 
na infância trazendo referências por escrito ou desenhada representação de uma 
pequena exposição (organizada pelos próprios alunos, professores, pais ou 
responsáveis familiares e comunidade, na escola) da memória da cultura de jogos, 
brinquedos e brincadeiras infantis.(SCHWARTZ, 1958, apud GRACIANO, SILVA, 
2009, s/p) 
 
Ainda de acordo com Graciano, Silva (2009, s/p) a alegria tem um efeito 
estimulante sobre o sistema nervoso e, sendo este o sistema que controla toda a 
 
 
 
 
 
atividade química que se processa no íntimo dos tecidos, é indiscutível os profundos 
efeitos das emoções de prazer sobre o organismo em geral e a estreita correlação 
entre saúde e bem estar. O treino nas diferentes atividades que se entrega a criança 
que se dispõe de espaço e estímulos naturais promove crescimento muscular, 
presteza em agir de acordo com a vontade, reserva de energia nervosa e maior 
resistência ao esforço físico. Cada momento de atividade recreativa envolve um 
estado emocional: de simples prazer ou alegria promovido pela satisfação de agir, 
de medo diante ao insucesso, da identificação real com um personagem mais fraco, 
ou ainda do perigo que possa enfrentar de raiva na luta contra obstáculos ou na 
personificação de elementos destruidores (GOUVÊA, apud KISHIMOTO, 1997). 
 
- Características das crianças de 6 a 8 anos: a criança de 6 a 7 anos para Ferreira 
(2003) pode ser definida como estando no estágio pré-operatório sendo a de 6 a 7 
onde aparece à linguagem oral. Pensamentos egocêntricos, rígidos, centrada em si 
mesma e com características de animismo (ciosas e animais). Não possui noção de 
conservação, quantidade, volume, massa, peso e não consegue retornar ao ponto 
de partida mentalmente (condição básica para a realização de operações). 
 
No período pré-operatório a assimilação, (isto é, a interpretação de novas formações 
baseada em interpretações presentes) é uma tarefa suprema para a criança. Nesta 
fase, a ênfase no por que e no “como” torna-se uma ferramenta básica para que a 
adaptação ocorra (GALLAHUE, OZMUN, 2005). 
 
Brincar serve como um importante meio de assimilação e ocupa maior parte 
das horas que a criança passa acordada. As brincadeiras imaginárias e as paralelas 
são importantes ferramentas para o aprendizado. Brincar também serve para 
demonstrar as regras e os valores dos familiares mais velhos do indivíduo. A 
ampliação do interesse social por seu mundo é característica da fase do 
pensamento pré–operatório da criança. Como resultado o egocentrismo é reduzido e 
a participação social aumenta. A criança começa a exibir interesse nos 
relacionamentos entre as pessoas. A compreensão dos papéis sociais de “mamãe”, 
“irmã” e “irmão” e seu relacionamento uns com os outros é importante para a criança 
nesta fase. A criança pequena demonstra crescente pensamento simbólico pela 
ligação do seu mundo com palavras e imagens. A assimilação é avançada usando a 
 
 
atividade física para realizar os processos cognitivos. (GALLAHUE, OZMUN, 
2005, apud GRACIANO, SILVA, 2009, s/p) 
 
Na fase operatório-concreta de 7 a 11 anos para Ferreira (2003) a criança 
começa a ter um pensamento mais lógico, menos egocêntrico, ações mentais mais 
reversíveis, móveis e flexíveis. Apesar de o pensamento basear-se mais no 
raciocínio, ainda precisa de materiais e exemplos concretos. Não pode ordenar, 
seriar e classificar. Nesta fase, as percepções são mais precisas, e a criança aplica 
a interpretação dessas percepções ambientais sabiamente. Ela examina as partes 
para obter conhecimento do todo e estabelece meios de classificação para organizar 
as partes em um sistema hierárquico. A criança brinca para compreender seu mundo 
físico. Regras e regulamento são de interesse da criança quando aplicadas a 
brincadeira. A criança raciocina logicamente sobre eventos concretos e consegue 
classificar objetos de seu mundo em vários ambientes, existindo a reversibilidade 
com experimentação intelectual através da brincadeira ativa. (GALLAHUE, OZMUN, 
2005, apud GRACIANO, SILVA, 2009, s/p) 
 
Finalizando Graciano, Silva (2009, s/p) afirmam que é de extrema importância 
a recreação na vida da criança, tanto no seu desenvolvimento motor, afetivo e social. 
E são os jogos e brincadeiras que tornam um facilitador para que tudo aconteça de 
forma natural e melhor ainda de forma “prazerosa”. É necessário ter um objetivo a 
ser trabalhado, para que assim elas se desenvolvam e mostrem seu potencial, não 
simplesmente “brincar” e sim educar, com essas ferramentas tão úteis e 
significativas que trazem sorrisos e mudam a vida das crianças. O brincar de forma 
construtiva abre a portas para a educação, e depende de nós deixá-la aberta. 
 
 
 
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