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Questão 1 Respondida O conceito de “área cultural” era uma concepção “diacrônica”, pois levava em conta o desenvolvimento cultural de uma maneira dinâmica, isto é, através dos tempos. Por ser assim, preocupava-se em identificar o desenvolvimento cultural na história, e não apenas descrevê-lo. Assinale a alternativa que aponta para a escola antropológica que desenvolveu esse conceito: Escola difusionista alemã. Escola difusionista inglesa. Escola difusionista norte-americana. Escola culturalista norte-americana. CORRETA Escola estruturalista inglesa. Sua resposta Escola difusionista alemã. Do conceito de “círculo cultural” desenvolveu-se o conceito de “área cultural”, que é uma concepção “diacrônica”, pois leva em conta o desenvolvimento cultural de uma maneira dinâmica, isto é, através dos tempos. Por ser assim, preocupava-se em identificar o desenvolvimento cultural na história, e não apenas descrevê-lo. Se o conceito de “círculo cultural” nasce na escola alemã, o conceito de “área cultural” é desenvolvido nos Estados Unidos. É baseado em pressupostos da escola alemã e foi definido como “[...] unidades geográficas relativamente pequenas e baseadas na distribuição contígua de elementos culturais” (HARRIS, 1968, p. 373 apudSouza, 2007, p. 31). Questão 2 Respondida "Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam". Essa teoria evolucionista influenciou o campo da antropologia. Marque a alternativa que indica os antropólogos influenciados por essa teoria. Morgan, Malinowski, Boas. Ruth Benedict, Radcliffe-Brown, Lévi-Strauss. Frazer, Tylor, Evans Pritchard. Malinowshi, Evans Ritchard, Radcliffe-Brown. Morgan, Frazer, Tylor. Sua resposta Morgan, Frazer, Tylor. Questão 3 Respondida Laplantine (1988, p. 47) transcreve a percepção de Américo Vespúcio quando descobre a América: “As pessoas estão nuas, são bonitas, de pele escura, de corpo elegante... Nenhum possui qualquer coisa que seja, pois tudo é colocado em comum. E os homens tomam por mulheres aquelas que lhes agradam, sejam elas sua mãe, sua irmã, ou sua amiga, entre as quais eles não fazem diferença... eles vivem cinquenta anos. E não têm governo [...].". A percepção de Américo Vespúcio sobre os povos do Novo Mundo instaura uma maneira diferente de ver o nativo. No texto acima, identifica-se uma crítica aos selvagens e um elogio à civilização mais próxima da natureza. Assinale a alternativa que identifica essa postura: É uma crítica à ingenuidade dos selvagens que estavam próximos à natureza e um elogio à civilização, mais racional e distante da natureza. Constata-se uma crítica aos selvagens, que eram bárbaros e ignorantes, e um elogio subentendido ao europeu detentor da civilização. O texto traz uma crítica à “ingenuidade original” e um elogio à sociedade ocidental civilizada. É uma crítica à civilização e um elogio à “ingenuidade original”, pois eram puros e próximos à natureza. CORRETA No texto acima, há uma crítica aos selvagens porque eram próximos à natureza e um elogio à civilização devido a seu grau evolutivo. Sua resposta Constata-se uma crítica aos selvagens, que eram bárbaros e ignorantes, e um elogio subentendido ao europeu detentor da civilização. Percebe-se, no texto, que a estrutura de civilização versus barbárie e natureza continuava a mesma, que anteriormente julgava o selvagem como uma figura depreciativa e má. No entanto, apareceu na carta de Vespúcio a figura do bom selvagem. Instaura-se, nesse caso, uma crítica à civilização e um elogio à“ingenuidade original” do estado de natureza (LAPLANTINE, 1998). O próprio Montaigne considerava que os habitantes do Novo Mundo nada tinham de bárbaros. Entre os primeiros viajantes, também encontramos relatos que valorizavam positivamente esses homens, seus costumes e as terras onde viviam, como podemos constatar nas cartas de Cristóvão Colombo: “Eles são muito mansos e ignorantes do que é o mal, eles não sabem se matar uns aos outros [...]. Eu não penso que haja no mundo homens melhores, como também não há terra melhor” (LAPLANTINE, 1998, p. 47). Era o descobrimento do paraíso. Por isso, contrapondo-se aos nativos, os europeus foram, muitas vezes, considerados mais cruéis e mais bárbaros que os índios. Questão 4 Respondida Segundo Previtalli (2017) no século XVIII prevalecia entre os intelectuais a ideia de que “povos” e “nações” tinham uma origem igual e um caminho único. Esses diversos grupos não eram considerados como “raças diferentes em sua origem e conformação”. Foi somente a partir do século XIX que a herança física apareceu como constituinte de variados grupos humanos. Desse modo, surgiram vertentes que reuniram estudiosos com o intuito de desvendar a origem do homem. Baseados nos estudos que tinham por objetivo desvendar a origem do homem. Analise as colunas abaixo: 1. Frenologia. 2. Monogenia. 3. Poligenia. I – Teoria que considera todas as raças humanas descendentes de um mesmo tipo primitivo, compartilhando com a história bíblica. PREVITALLI, 2017, p. 40). II – Os estudiosos dessa vertente acreditavam que “o homem teria se originado de uma fonte comum, sendo os diferentes tipos humanos apenas um produto da maior degeneração ou perfeição do Éden”. (PREVITALLI, 2017, p. 41). III - Conforme a antropologia é a teoria segundo a qual a diversidade das raças humanas é atribuída à descendência de vários troncos primitivos. (PREVITALLI, 2017, p. 41). IV – Os autores dessa vertente concebiam a existência de “vários centros de criação, que correspondiam, por sua vez, às diferenças raciais observadas”. (PREVITALLI, 2017, p. 42). V – Esse estudo relacionava o caráter e a capacidade intelectual de um homem com a constituição de seu crânio. VI – A análise do homem sob essa perspectiva era determinista, visto que tornava-se cada vez mais baseada na aparência física. Assinale a alternativa que associa corretamente a coluna da direita com a coluna da esquerda. I-1; II-3; III- 2; IV-1; V-2; VI-3. I-1; II-1; III-2; IV-2; V-3; VI-3. I-2; II-2; III-3; IV-3; V-1; VI-1. I-3; II-3; III-1; IV-1; V-2; VI-2. I-3; II-2; III-3; IV-1; V-1; VI-2. Sua resposta I-2; II-2; III-3; IV-3; V-1; VI-1. Questão 5 Respondida Os estudos antropológicos iniciados no século XIX, serviram de justificativa para os europeus colonizarem, sobretudo, o continente africano. Um missionário citado por Laplantine (2007, p. 69), chega a afirmar que: “Viemos entre eles enquanto membros de uma raça superior e servidores de um governo que deseja elevar as partes mais degradadas da família humana”. Analise as afirmações a seguir e verifique quais referem-se aos estudos antropológicos, que de certa forma justificaram o colonialismo. I – Estudos de caráter relativista, que afirmam que sociedades diferentes têm concepções de existência também diferentes, todas igualmente válidas. II - Estudos evolucionistas, nos quais os antropólogos consideravam que as sociedades passavam por estágios evolutivos: selvageria, barbárie e civilização. III – Visão etnocêntrica, ou seja, considerar que sua visão e de seu grupo é a única possível, por isso, a melhor, natural, superior, a certa. IV – Culturalismo que não aceita a cultura do “outro”, então passa a menosprezá-lo e discriminá-lo. Assinale a alternativa que traduz os estudos antropológicos do século XIX. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. Apenas as afirmativas I e III estão corretas. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.Sua resposta Apenas as afirmativas II e III estão corretas. Questão 1 Respondida “[...] o que acontece na maioria das vezes, quando se tem o humor baseado em trocadilhos, frases de duplo sentido, ditados populares ou referências culturais específicas. Embora contem, por vezes, com algum tipo de auxílio visual, tais situações exigem atenção e criatividade extras do tradutor; ao se procurar equivalentes linguísticos aos do idioma de origem, corre-se o risco de perder a piada.” (LEMOS, s/d, p. 6) Considerando o contexto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I. Um traço cultural pode ter diferentes maneiras de ser interpretado por culturas diferentes. Porque II. As diversidades culturais, até mesmo as nacionais, as classes sociais distintas têm sensos de humor específicos e, também, formas diferentes de expressar tal humor. (LEMOS, s/d, p. 4) Considerando o contexto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I é justificativa da II. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa da I. A asserção I é uma proposição falsa e a II é verdadeira, portanto inexiste uma justificativa. A asserção I é uma proposta verdadeira e a II é falsa, portanto inexiste uma relação entre elas. CORRETA As asserções I e II são falsas, portanto inexiste uma relação entre elas. Sua resposta As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I é justificativa da II. Como nos explica Benedict (2013), são inúmeras as motivações humanas que propiciam as diversas organizações sociais, independentemente de essa sociedade ser mais ou menos complexa culturalmente. Alguém de fora só compreenderá integralmente uma cultura se viver conforme suas práticas, pois as motivações humanas são muitas. Por isso, é muito difícil traduzir uma piada, uma vez que o sentido dos traços culturais que estão presentes na anedota podem ter interpretações diversas conforme o contexto cultural em que está inserido e, assim, não provocar o riso. Apesar de o humor não ser facilmente definido, “reconhecê-lo, na maioria das vezes, constitui tarefa fácil. Quanto mais instantâneo o riso, mais rápida sua identificação. Tal identificação só se faz possível por ser uma característica humana e grupal. Bergson (1987, p. 13 apud DUTRA, 2008, p. 35) aborda a questão ao dizer que o humor é algo propriamente ligado ao ser humano e às coisas a ele relacionadas, além de ser também social, já que nosso riso é sempre o riso de um grupo. Assim, a essência do humor não estaria em teorias a respeito, mas no efeito que ele tem no nosso comportamento. (LEMOS, s/d, p. 4) Questão 2 Respondida A adoção de crianças brasileiras feita por pais estrangeiros ocorre, de maneira geral, quando não foi encontrada uma família brasileira disponível para acolher o menor. Entre 2008 e 2015, ocorreram 657 adoções de crianças do Cadastro Nacional de Adoção - gerido pela Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) -, por pretendentes internacionais. A maioria das adoções internacionais ocorre por pais italianos. Dos 16 organismos estrangeiros credenciados junto à Autoridade Central Administrativa Federal (Acaf), 13 são da Itália. Conforme Ruth Benedict, quais comportamentos as crianças que são adotadas por casais estrangeiros, irão assimilar? Dos pais biológicos, pois o comportamento é transmitido geneticamente. Da família adotada, visto que não guardamos instintivamente o comportamento do grupo do qual pertencemos. De nenhum dos dois, já que o comportamento é um processo individual com pouca influência do meio. A criança só saberá falar a língua do país em que nasceu e não compreenderá os pais adotivos. A criança saberá instintivamente falar a língua do país em que nasceu e aprenderá a língua do país estrangeiro. Sua resposta Da família adotada, visto que não guardamos instintivamente o comportamento do grupo do qual pertencemos. 100% correta. Segundo a autora, não guardamos instintivamente a organização social, a língua, nem a religião do grupo do qual pertencemos. A cultura é elaborada pelo homem e não é transmitida biologicamente. Por isso, a criança irá assimilar o comportamento da família que o adotou. Para Benedict, o homem é regrado pelas normas e costumes que a sociedade lhe impõe desde seu nascimento. Questão 3 Respondida “Com seu famoso livro, A Mente do Homem Primitivo, contribuiu Boas, provavelmente, mais do que qualquer outra pessoa para um esclarecimento geral sobre a questão da raça; chamaram-lhe a “Carta Magna da igualdade racial” (KARDINER & PREBLE, 1961, p. 152). Com base nos estudos de Boas, assinale a afirmativa que mostra qual era a posição do autor quanto à relação entre raça e cultura: As raças são biologicamente diferentes e influenciam a cultura dos povos. As misturas das raças degeneram o ser humano e tornam as culturas inferiores. CORRETA Boas separa raça de cultura, pois raça é desvinculada da mentalidade ou de qualquer traço cultural. Raça e cultura caminham juntas na evolução do ser humano. A cultura é determinada pela história particular de cada povo, que é motivada pela raça. Sua resposta A cultura é determinada pela história particular de cada povo, que é motivada pela raça. Para Boas, a ideia de raça é uma ilusão teórica que não pode ser comprovada, pois, "Haveria uma enorme variabilidade genética, mesmo em uma população considerada 'racialmente homogênea', daí o absurdo científico de se pensar em 'raças puras'. Traços ou características que habitualmente se associavam a uma determinada raça estariam, na verdade, presentes em várias outras. (CASTRO, Celso. Apresentação. In___ BOAS, Franz. Antropologia cultural. Rio de Janeiro: Zahar. 2005, p.19) Portanto, considerar que um tipo físico determina um certo tipo de cultura era um erro. Para Boas, a raça não poderia ser determinante da cultura como queriam os evolucionistas. Boas escreve: "Não acredito que se tenha dado até hoje qualquer prova convincente de uma relação direta entre raça e cultura. É verdade que as culturas humanas e os tipos raciais são tão distribuídos, que toda área tem seu próprio tipo e sua própria cultura; mas isso não prova que um determine a forma da outra. Igualmente é verdade que toda área geográfica tem sua própria formação geológica e sua própria flora e fauna, mas as camadas geológicas não determinam diretamente as espécies de plantas e animais q Questão 4 Respondida http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2012/03/saiba-mais-sobre-o-povo-brasileiro.html “Gilberto Freyre (1900-1987) ensaísta, antropólogo e sociólogo, foi um dos maiores intérpretes da cultura brasileira. Baseando-se teoricamente no culturalismo, inventou uma nova maneira de entender o Brasil. Freyre mostrou o Brasil como uma terra de contrastes e mestiçagem” (PREVITALLI, 2017, p. 40). A imagem acima ilustra a formação do povo brasileiro, que também fez parte dos estudos de Freyre. Baseando-se na Antropologia de Gilberto Freyre verifique quais afirmativas sintetizam as ideias do autor: I – A sociedade brasileira foi formada por brancos, negros e índios de forma harmônica, sem conflitos e antagonismos sociais. II – Para Freyre, diferente dos evolucionistas, a mestiçagem não levava à degeneração. III – Freyre acreditava que as características físicas tais como a deficiência do crescimento, a apatia e a pouca disposição para o trabalho não era fruto da miscigenação, mas de uma alimentação pouco saudável. IV – O autor defendia a ideia da “raça pura” e da degeneração como resultado da miscigenação. Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas: Apenas as afirmativas I – III – IV estão corretas. Apenas as afirmativas II – III estão corretas. Apenas as afirmativas I – II – III estão corretas. Apenas as afirmativas III – IV estão corretas. Apenas a afirmativa IV está correta. Sua resposta Apenas as afirmativas I – II – III estão corretas. 100% correta. Em seu livro Casa-grande e Senzala, Freyre mostra que as relações estabelecidas entre brancos, negros e índios foi sem conflitos e pressupunha a existência de uma sociedade harmoniosa. O autor também defendia que a mestiçagem não levava à degeneração. Freyre acreditava que as características físicas tais como a deficiência do crescimento, a apatia e a pouca disposição para o trabalho não era fruto da miscigenação, mas de uma alimentação pouco saudável. A IV está incorreta, pois é um pressuposto evolucionista e Freyre tinha formação culturalista. Questão 5 Respondida Previtalli (2017) destaca que a mestiçagem era uma preocupação dos pensadores do século XIX. Entretanto, Ortiz (2006) chama a atenção para o duplo sentido de que se reveste a mestiçagem, já que o povo brasileiro, como resultado das três raças, o branco, o negro e o índio, evidenciava a pluralidade: “ética cultural e física”. Gilberto Freyre é o exemplo de um pensador que tratou dessas questões. A partir da teoria elaborada por Freyre, preencha as lacunas. O ____________ de Freyre se preocupava em dar positividade à plasticidade brasileira. Da ____________ doentia e degenerativa da eugenia, ele procurou dar um ar sadio, adoçado à mestiçagem à moda brasileira. É diverso o sentido em que Freyre elimina os ____________ e ____________ sociais, e pressupõe a existência de uma sociedade harmoniosa. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: Relativismo, ideia, acordos, cumplicidades. Proposta, evolução, conflitos, animosidades. Culturalismo, proposta, protagonismos, igualdades. Relativismo, miscigenação, conflitos, cumplicidades. Culturalismo, miscigenação, conflitos, antagonismos. CORRETA Sua resposta Relativismo, miscigenação, conflitos, cumplicidades. 50% correta. Apenas as palavras miscigenação e conflitos estão corretas. O correto: O culturalismo de Freyre se preocupava em dar positividade à plasticidade brasileira. Da miscigenação doentia e degenerativa da eugenia, ele procurou dar um ar sadio, adoçado à mestiçagem à moda brasileira. É diverso o sentido em que Freyre elimina os conflitos e antagonismos sociais, e pressupõe a existência de uma sociedade harmoniosa. Questão 1 Respondida “O homem é um ser biológico ao mesmo tempo que um indivíduo social. Entre as respostas que dá as citações exteriores ou interiores algumas dependem inteiramente de sua natureza, outras de sua condição. Por isso não há dificuldade alguma em encontrar a origem respectiva do reflexo pupilar e da posição tomada pela mão do cavaleiro ao simples contato das rédeas. Mas nem sempre a distinção é tão fácil assim. Frequentemente o estimulo físico-biológico e o estimulo psicossocial despertam reações do mesmo tipo, sendo possível perguntar, como já fazia Locke, se o medo da criança na escuridão explica-se como manifestação de sua natureza animal ou como resultado das histórias contada pela ama. ” (LÉVI-STRAUSS, 2009, p.17) Marque a alternativa que define como Lévi-Strauss identifica o estado de natureza e o estado de cultura. Percebemos que onde há regras encontramos o estado de natureza e o que é universal está presente no estado de cultura. Reconhecemos o que é universal no estado de natureza e onde há regras encontramos o estado de cultura. CORRETO O estado de cultura é percebido nos macacos antropoides e no homem e o estado de natureza nos outros animais. O estado de cultura é percebido nos animais sociais e o estado de natureza nas outras categorias animais. O estado de natureza é manifestado em todos os Homens e o estado de cultura em todas as sociedades. Sua resposta O estado de natureza é manifestado em todos os Homens e o estado de cultura em todas as sociedades. O que Lévi-Strauss nos coloca é que podemos reconhecer no ‘universal’ no critério da ‘natureza’. Isso quer dizer que aquilo que é universal é constante em todos os homens e escapa ao domínio dos costumes, das técnicas e das instituições pelas quais os grupos se diferenciam e se opõem. Por outro lado, em toda a parte onde se manifesta uma REGRA podemos ter certeza de estar numa etapa da Cultura. Questão 2 Respondida “Se, como cremos, a atividade inconsciente do espírito consiste em impor formas a um conteúdo, e se essas formas são fundamentalmente as mesmas para todos os espíritos, antigos e modernos, primitivos e civilizados (como mostra tão claramente o estudo da função simbólica tal como expressa na linguagem), é necessário e suficiente atingir a estrutura inconsciente, subjacente a cada instituição e a cada costume, para obter um princípio de interpretação válido para outras instituições e outros costumes, contanto, evidentemente, que se avance o suficiente na análise”. (LÉVI-STRAUSS, 2008, p. 35) Assinale a alternativa que explicita o que é a função simbólica para Lévi-Strauss. A função simbólica está atrelada às necessidades básicas dos indivíduos e é o motor da vida social. A função simbólica é formada pelos mecanismos de adaptação e evolução dos homens. A função simbólica é a reflexão e construção de conceitos e ideias, em busca do entendimento da vida indígena. A função simbólica se refere às leis estruturais do inconsciente que dão sentido para o mundo que nos rodeia. A função simbólica é o relacionamento entre dois conjuntos distintos de comportamentos, porém é desvinculada da estrutura social. Sua resposta A função simbólica se refere às leis estruturais do inconsciente que dão sentido para o mundo que nos rodeia. A função simbólica se refere às leis estruturais do inconsciente. A cultura é um sistema simbólico e o social só existe por causa desse sistema. Os homens elaboram inconscientemente suas estruturas de casamentos, familiares, seus mitos, totens etc., e aos antropólogos cabe descobrir este inconsciente. São essas estruturas que formam o inconsciente, entendido como um termo com a qual se designa a função simbólica. Na famosa definição do autor: O inconsciente (…) é sempre vazio. Ou, mais precisamente, é tão alheio às imagens quanto o estômago aos alimentos que o atravessam. Órgão de função específica, limita-se a impor leis estruturais, que lhe esgotam a realidade, a elementos esparsos que lhe vêm de fora – pulsões, emoções, representações, lembranças. (LÉVI- STRAUSS, 2008, p. 219, apud FRÓES, 2013, p.44). Questão 3 Respondida “A língua é sincrônica e seu tempo é reversível. O mito é fala, é diacrônico, seu tempo é irreversível, alude ao que passou, ao mesmo tempo é idioma, uma estrutura que se atualiza cada vez que é contada a história. Para comparar mito e linguagem, Lévi-Strauss busca os elementos constitutivos do mito: os mitemas[...]” (GAUER, 2009, p.115) Assinale a alternativa que explicita o que significa um mitema de um mito. Mitema é uma parte grande do mito que se refere à narrativa da mitológica. Mitema é a personificação de animais e plantas que aparecem no mito e não tem uma interpretação racional. Mitema é uma parte pouco significativa da narrativa mitológica que fica dispersa no mito. Mitema é a unidade mínima, orações ou frases, que descreve uma relação importante no mito. Mitema é uma parte do mito e reflete fatos de uma sociedade específica, tornando o mito unicamente entendido por aquela sociedade. Sua resposta Mitema é a unidade mínima, orações ou frases, que descreve uma relação importante no mito. Mitema é a unidade mínima do mito que é composta por pequenos núcleos. É a partícula essencial de um mito, um elemento irredutível e imutável. Conforme Gauer (2009, p.115), os mitemas “são frases ou orações mínimas, que por sua posição no contexto, descrevem uma relação importante entre os diversos aspectos dorelato. Os mitemas são entrelaçados ou feixes de relações mínimas e operam em um nível superior ou puramente linguístico”. Questão 4 Respondida Para a Antropologia clássica, a mente racional era a civilizada e a mente primitiva era pré-lógica. No evolucionismo, pressupunha-se um caminho da humanidade que ia aos poucos descobrindo a lógica da racionalidade. Entretanto, Lévi-Strauss procurou superar essa contradição dizendo que o pensamento selvagem é concomitante ao pensamento racional. Assinale a alternativa que explica porque Lévi-Strauss chegou a essa conclusão. Porque o pensamento selvagem revela a mesma necessidade de ordem, o mesmo desejo de descobrir relações que o pensamento científico. CORRETO Porque o pensamento selvagem é tão aleatório quanto o pensamento científico, ambos tendo uma necessidade de realizar coisas úteis. Porque o pensamento selvagem é automatizado e entra nos mecanismos “associativos”, assim como o pensamento científico. Porque o pensamento selvagem é desorganizado, mas tem o mesmo desejo de descobrir relações que o pensamento científico. Porque o pensamento selvagem, apesar de pré-lógico, tem certa capacidade de agrupamento e classificação, aproximando-se do pensamento científico. Sua resposta Porque o pensamento selvagem, apesar de pré-lógico, tem certa capacidade de agrupamento e classificação, aproximando-se do pensamento científico. O pensamento selvagem é errático (aleatório), porém não podemos pensar que ele não tem regras, é apenas diferente do pensamento domesticado. Lévi-Strauss procurou superar essa contradição dizendo que o pensamento racional não é anterior ao pensamento selvagem, eles são concomitantes. “Lévi-Strauss nos demonstra que não há mentalidade pré-lógica e que, na realidade, o pensamento selvagem revela a mesma necessidade de ordem, o mesmo desejo de descobrir relações, que nosso pensamento científico” (LÉPINE, 1974, P.48). O selvagem é um exímio classificador, pois tem grande capacidade de agrupamento e classificação. Questão 5 Respondida Foi a partir das teorias do linguista austríaco Ferdnand de Saussure (1857 -1913) que foi elaborado o Estruturalismo. No final do século XIX, a língua passa a ser vista como um fato social integrado num sistema. A fonologia que estudava as funções linguísticas do som da fala foi a grande influência para o estruturalismo de Lévi-Strauss. Assinale a alternativa que evidencia porque é possível transpor a teoria saussuriana da linguística para a antropologia: Porque no sistema linguístico, assim como no sistema de parentesco, são bastante conscientes as regras que os regem. Porque nas estruturas sociais e nas estruturas das línguas encontramos sempre uma origem em comum. Porque tanto as estruturas das línguas como as estruturas sociais dos diferentes sistemas resultam do jogo de leis gerais, mas ocultas. CORRETO Porque tanto as estruturas das línguas como as estruturas sociais dos diferentes sistemas são entidades independentes de qualquer sistema. Porque tanto as estruturas das línguas como as estruturas sociais dos diferentes sistemas resultam do jogo de leis particulares e conscientes. Sua resposta Porque nas estruturas sociais e nas estruturas das línguas encontramos sempre uma origem em comum. Com base nessa teoria fonológica, Lévi-Strauss percebe que os sociólogos e os linguistas não precisam mais trabalhar cada qual em seu canto e propõe, ao estudo da sociologia, a mesma situação do linguista. No caso do parentesco, o antropólogo escreve: Como os fonemas, os termos de parentesco são elementos de significação; como eles, só adquirem esta significação sob a condição de se integrarem em sistemas; os ‘sistemas de parentesco’, como os ‘sistemas fonológicos’, são elaborados pelo espírito no estágio do pensamento inconsciente; enfim a recorrência, em regiões afastadas do mundo e em sociedades profundamente diferentes[...] faz crer que, em ambos os casos, os fenômenos observáveis resultam do jogo de leis gerais, mas ocultas. (LÉVI-STRAUSS, 1967, p.48,49)
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