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Apostila - Cultura Empreendedora e Ética Profissional (1)

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SUMÁRIO
MÓDULO 01
Introdução .............................................................................................................. 03
1.1 O Empreendedorismo como resposta ao novo conceito de Empregabilidade... 04
Leitura Complementar............................................................................................. 16
Ampliando o conhecimento .................................................................................... 19
Referências ............................................................................................................. 20
3.1 Conceito de ética e moral e sua influência na Gestão de RH............................ 31
3.2 Ética nas organizações e na Administração ..................................................... 33
3.3 Responsabilidade Social e Ambiental ............................................................... 36
Referências ............................................................................................................. 40
MÓDULO 03
0
1
MÓDULO 02
2.1 Empreendedorismo x Cultura Empreendedora .................................................. 22
2.2 O que é Competência Profissional ................................................................... 23
2.3 Como desenvolver as competências empreendedoras...................................... 25
2.4 Atitude empreendedora .................................................................................... 27
Referências .............................................................................................................. 29
Módulo I
Introdução ao Empreendedorismo e Empregabilidade
0
2
 Nos últimos anos, testemunhamos uma transformação
profunda no cenário global de empregabilidade. Fatores como
automação, avanços tecnológicos e mudanças nas
preferências do consumidor estão redefinindo as expectativas
tradicionais. Profissionais não podem mais depender apenas
de uma abordagem convencional de emprego para garantir
sua sustentabilidade no mercado de trabalho altamente
dinâmico. 
INTRODUÇÃO
0
3
O empreendedorismo, tradicionalmente associado à criação de negócios,
transcende as fronteiras empresariais para se tornar uma habilidade
essencial na trajetória profissional. Ser empreendedor, neste contexto,
significa abraçar a incerteza, buscar oportunidades além das atribuições
convencionais e assumir a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento. 
Esse conceito vem ao encontro da empregabilidade, quando
Oliveira; Tonail e Spuldaro (2019) apresentam sua definição como
uma ação marcada pela habilidade do profissional em se adaptar
ao mercado de trabalho, sendo alinhado com o seu desempenho no
ambiente profissional.
No complexo tabuleiro do mercado de trabalho contemporâneo, as
peças estão constantemente se movendo, e os profissionais são
desafiados a redefinir suas estratégias para se destacarem no jogo
da carreira. Transformações moldaram a dinâmica empregatícia,
impondo a necessidade de uma execução mais proativa e inovadora
na gestão das carreiras individuais. Neste contexto, a cultura
empreendedora emerge como um elemento de resposta ao novo
conceito de empregabilidade.
A "cultura empreendedora" refere-se ao conjunto de valores,
crenças, atitudes e práticas que permeiam uma organização ou
ambiente, promovendo e sustentando os princípios do
empreendedorismo. Essa cultura cria um ambiente propício para a
inovação, a proatividade e a busca constante por oportunidades de
crescimento e desenvolvimento.
0
4
1.1
O Empreendedorismo
como resposta ao
novo conceito de
Empregabilidade
02 Proatividade: Promoção da iniciativa e daabordagem proativa na identificação e
aproveitamento de oportunidades, em vez
de esperar por mudanças externas.
03 Riscos Calculados: Reconhecimento de queo empreendedorismo envolve a tomada de
decisões arriscadas, mas com base em
análises cuidadosas e avaliação de riscos.
01 Inovação: Estímulo à geração de novasideias, produtos e processos, encorajando a
criatividade e a busca por soluções originais.
Elementos-chave da cultura
empreendedora:
04 Orientação para Resultados: Foco emalcançar metas e resultados tangíveis,
buscando constantemente a eficiência e a
eficácia nas atividades.
05 Aprendizado Contínuo: Promoção de umamentalidade de aprendizado contínuo,
incentivando a busca constante por
conhecimento e o desenvolvimento de
habilidades
0
5
07 Colaboração e Trabalho em Equipe: Estímuloà colaboração, compartilhamento deconhecimento e trabalho em equipe,
reconhecendo que o sucesso muitas vezes
é resultado de esforços coletivos.
08 Empoderamento e Autonomia: Concessãode autonomia aos membros da equipe,
permitindo que tomem iniciativas e
assumam responsabilidades.
06 Adaptação a Mudanças: Aceitação dadinâmica do ambiente de negócios e
disposição para se adaptar rapidamente a
mudanças nas condições do mercado
 Elementos-chave da cultura
empreendedora:
09 Orientação para o Cliente: Foco nasatisfação do cliente, compreendendo suas
necessidades e buscando constantemente
maneiras de agregar valor aos produtos ou
serviços oferecidos.
10 Resiliência: Desenvolvimento da capacidadede superar desafios, aprender com as falhas
e continuar progredindo mesmo diante de
obstáculos.
0
6
 Uma cultura empreendedora é importante
em ambientes que buscam a excelência
através da inovação e da agilidade. Essa
cultura cria um terreno fértil para o
crescimento, a adaptação e a criação de
valor em um mundo de negócios em
constante evolução.
 De acordo com Bosquetti (2011), a
demanda por transformar ideias em ações
nunca foi tão evidente nas organizações.
A habilidade de concretizar os próprios
projetos, indo além do conceitual e
transformando-os em novos produtos,
processos ou serviços, tornou-se uma das
qualidades mais apreciadas no atual
mercado de trabalho. As empresas estão
mais interessadas do que nunca em
identificar funcionários - em todos os
níveis da organização - que possuam a
mentalidade empreendedora.
 A metamorfose do cenário laboral[1] tem
suas raízes na rápida evolução
tecnológica, na globalização e nas
mudanças socioculturais. Esses fatores têm
redefinido as expectativas das
organizações em relação aos profissionais,
demandando não apenas habilidades
técnicas, mas também uma postura
dinâmica e uma capacidade constante de
adaptação.
 A proatividade, um dos pilares do
empreendedorismo, torna-se uma peça-
chave na busca pela empregabilidade.
Profissionais que não esperam por
oportunidades, mas as criam, estão mais
aptos a prosperar em ambientes voláteis
(mundo VUCA – explicação no Quadro 1).
A inovação, por sua vez, não se limita à
geração de novas ideias, mas à
capacidade de implementá-las e adaptá-
las aos desafios em constante mutação.
[1] “Cenário laboral” refere-se ao ambiente ou contexto em que as
atividades relacionadas ao trabalho e emprego ocorrem. É uma
expressão que descreve o conjunto de condições, características e
elementos que influenciam o mercado de trabalho em uma
determinada área, setor, região ou período específico. O cenário
laboral engloba fatores como a oferta e demanda por mão de obra,
as condições econômicas, as tendências de empregabilidade, as
práticas de recrutamento, as políticas governamentais relacionadas
ao trabalho e outras variáveis que impactam as relações de trabalho
em uma comunidade ou sociedade. 
0
7
CURIOSIDADE:
MUNDO VUCA
PARA AMPLIAR SEU
CONHECIMENTO LEIA O ARTIGO:
DESCOMPLICANDO O VUCA
(VOLATILITY, UNCERTAINTY,
COMPLEXITY AND AMBIGUITY).
INVESTIGAÇÃO E
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS
PUBLICAÇÕES A1 DA ÁREA 27 DO
QUALIS/CAPES.
LINK:
HTTPS://ANPAD.COM.BR/UPLOAD
S/ARTICLES/120/APPROVED/21C2
C25487B9F30AF6C4A9F6F10B09
B2.PDF
 O TERMO "VUCA" É UM ACRÔNIMO UTILIZADO PARA DESCREVER A NATUREZA VOLÁTIL,
INCERTA, COMPLEXA E AMBÍGUA DO AMBIENTE EM QUE MUITAS ORGANIZAÇÕES E SISTEMAS
OPERAM ATUALMENTE. ESSE CONCEITO FOI ORIGINALMENTE CUNHADO NA DÉCADA DE 1990
PELO U.S. ARMY WAR COLLEGE PARA DESCREVER O CENÁRIO GEOPOLÍTICO PÓS-GUERRA FRIA.
NO ENTANTO, AO LONGO DO TEMPO, O TERMO SE EXPANDIUALÉM DO ÂMBITO MILITAR E É
AMPLAMENTE UTILIZADO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS E EM OUTROS CONTEXTOS.
 A EXPRESSÃO "MUNDO VUCA" TORNOU-SE UM TERMO POPULAR PARA DESCREVER UM
AMBIENTE CARACTERIZADO POR:
VOLATILIDADE (VOLATILITY): MUDANÇAS RÁPIDAS E IMPREVISÍVEIS NO AMBIENTE.
INCERTEZA (UNCERTAINTY): FALTA DE CLAREZA SOBRE O FUTURO E A IMPOSSIBILIDADE
DE PREVER EVENTOS.
COMPLEXIDADE (COMPLEXITY): SITUAÇÕES QUE ENVOLVEM NUMEROSOS FATORES
INTERCONECTADOS QUE PODEM SER DIFÍCEIS DE ENTENDER E GERENCIAR.
AMBIGUIDADE (AMBIGUITY): FALTA DE CLAREZA SOBRE A INTERPRETAÇÃO DE EVENTOS E
A DIFICULDADE DE ENTENDER SEU SIGNIFICADO.
NUM MUNDO VUCA, ORGANIZAÇÕES E PESSOAS PRECISAM SER ÁGEIS, ADAPTÁVEIS E CAPAZES
DE GERENCIAR MUDANÇAS DE MANEIRA EFICAZ. A CAPACIDADE DE APRENDER RAPIDAMENTE,
TOMAR DECISÕES INFORMADAS EM CONDIÇÕES DE INCERTEZA E COLABORAR DE MANEIRA
EFICIENTE SÃO CONSIDERADAS HABILIDADES-CHAVE NESSE AMBIENTE. A COMPREENSÃO E O
GERENCIAMENTO DA COMPLEXIDADE TAMBÉM SÃO ASPECTOS CRÍTICOS PARA NAVEGAR COM
SUCESSO PELO MUNDO VUCA.
→
Figura 1 - Mundo VUCA
Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/voc%C3%AA-sabe-o-que-significa-mundo-vuca-marcela-carvalho 
0
8
https://anpad.com.br/uploads/articles/120/approved/21c2c25487b9f30af6c4a9f6f10b09b2.pdf
https://anpad.com.br/uploads/articles/120/approved/21c2c25487b9f30af6c4a9f6f10b09b2.pdf
https://anpad.com.br/uploads/articles/120/approved/21c2c25487b9f30af6c4a9f6f10b09b2.pdf
https://anpad.com.br/uploads/articles/120/approved/21c2c25487b9f30af6c4a9f6f10b09b2.pdf
 O novo conceito de empregabilidade
não se restringe à mera obtenção de
emprego, mas sim à criação de uma
carreira sustentável[2] e satisfatória. O
profissional empreendedor é aquele
que constrói pontes entre suas
habilidades, aspirações e as demandas
do mercado. Ele entende que a
empregabilidade é uma jornada
contínua de aprendizado,
autodesenvolvimento e busca
constante por oportunidades de
crescimento.
 Ao abraçar o empreendedorismo
como resposta a esse desafio, os
profissionais não apenas se tornam
mais resilientes às mudanças, mas
também se posicionam como agentes
ativos na construção de seu futuro
profissional. Em última análise, a
conjunção entre empregabilidade e
empreendedorismo não apenas
impulsiona o indivíduo, mas contribui
para a dinâmica e evolução do próprio
mercado de trabalho. Assim, cada
profissional se torna um arquiteto de
sua carreira, moldando seu destino em
um cenário laboral em constante
transformação.
[2] Uma "carreira sustentável" refere-se a uma trajetória
profissional que é gerenciada de maneira equilibrada e
responsável, considerando não apenas o sucesso imediato, mas
também o bem-estar a longo prazo do indivíduo e seu impacto
no ambiente ao redor.
N
.º
0
9
N
.º
DEFINIÇÃO DE EMPREENDEDORISMO COM ENFOQUE NA
EMPREGABILIDADE:
 Shumpeter (1982) e Dornelas (2016),
corroboram ao trazer que o
empreendedorismo, muitas vezes
associado à criação de novos negócios,
vai além da esfera empresarial,
revelando-se como uma mentalidade e
um conjunto de habilidades valiosas
que transcendem os limites das
organizações. Trata-se de um enfoque
que permeia o cenário profissional,
envolvendo a identificação de
oportunidades, a tomada de iniciativas
e a gestão eficaz de recursos para
alcançar objetivos ambiciosos.
 
Em um mercado de trabalho cada vez mais
competitivo e sujeito a mudanças rápidas, a
mentalidade empreendedora se revela como
um diferencial.
 
 No contexto da empregabilidade, os
profissionais empreendedores
emergem como figuras proeminentes,
destacando-se pela sua capacidade
inata de adaptação a ambientes
dinâmicos e pela incessante busca
por soluções inovadoras. 
10
N
.º
A identificação de oportunidades é uma das pedras angulares do
empreendedorismo. Profissionais que possuem essa mentalidade
aguçada não apenas enxergam desafios, mas também visualizam neles
possibilidades de crescimento e aprimoramento. Ao identificar lacunas no
mercado ou maneiras mais eficientes de realizar tarefas, esses indivíduos
se destacam por sua capacidade de transformar obstáculos em
oportunidades de inovação.
A tomada de iniciativas é outra faceta do empreendedorismo no âmbito
da empregabilidade. Profissionais empreendedores não esperam por
oportunidades caírem em seus colos; em vez disso, eles agem
proativamente para criar suas próprias oportunidades. Essa atitude não
apenas demonstra liderança, mas também coloca esses profissionais em
uma posição de influência, destacando-se como agentes de mudança
positiva.
A gestão eficaz de recursos é uma habilidade que permeia todas as fases
de uma empreitada empreendedora. Seja gerenciando tempo, finanças ou
talentos, os profissionais empreendedores são mestres na arte de
otimizar recursos para atingir metas. Essa habilidade não apenas aumenta
a eficiência individual, mas também contribui para um ambiente de
trabalho mais eficaz e sustentável.
A capacidade de adaptação é uma característica distintiva dos
profissionais empreendedores no cenário da empregabilidade. Diante das
rápidas mudanças no mercado e nas demandas dos consumidores, esses
indivíduos não apenas sobrevivem, mas prosperam. A flexibilidade para se
ajustar a novos cenários e a disposição para aprender continuamente são
fatores que garantem a relevância e o sucesso desses profissionais ao
longo do tempo.
 
11
MENTALIDADE EMPREENDEDORA:
Em síntese, o empreendedorismo no âmbito da empregabilidade ultrapassa a
simples criação de novos negócios, mas representa uma mentalidade e um
conjunto de habilidades valiosas que capacitam os profissionais a identificar
oportunidades, agir proativamente, gerenciar recursos de forma eficaz e se
adaptar às mudanças. 
RELAÇÃO ENTRE EMPREENDEDORISMO E EMPREGABILIDADE:
 Vivemos em uma era de transformações aceleradas, cuja dinâmica do mercado
de trabalho está vinculada à capacidade de inovação e ao espírito empreendedor.
Essa relação simbiótica entre profissionais e organizações redefine as
expectativas da empregabilidade contemporânea, destacando a necessidade de
uma visão proativa e visionária.
 De acordo com Bosquetti (2011, p. 37), “a busca pelo empreendedor
corporativo[3], ou intraempreendedor, acontece pela maior necessidade de inovar
e se diferenciar em um mercado global cada vez mais competitivo”. A
empregabilidade, outrora centrada nas habilidades técnicas isoladas, evoluiu para
suprimir uma gama mais ampla de competências, em que a inovação e o
empreendedorismo desempenham papéis fundamentais. As organizações não
buscam apenas funcionários que cumpram tarefas, mas indivíduos que sejam
agentes de mudança, capazes de contribuir ativamente para o crescimento e a
sustentabilidade do negócio.
 O profissional empreendedor, neste cenário, é uma peça-chave na engrenagem
do sucesso organizacional. Valorizado não apenas por suas habilidades técnicas,
mas também por sua mentalidade voltada para a busca constante de melhorias e
soluções inovadoras. Esses profissionais têm a capacidade não apenas de reagir
às mudanças, mas de antecipá-las, transformando desafios em oportunidades.
 A antecipação de mudanças, característica intrínseca ao profissional
empreendedor, é como uma bússola que orienta o indivíduo em direção ao futuro.
Esses profissionais não apenas seguem as tendências, mas as moldam, sendo os
pioneiros na adoção de novas tecnologias, métodos de trabalho e práticas
sustentáveis. Essa postura proativa não apenas mantém a relevância individual,
mas também impulsiona a organização para a vanguarda do mercado.
[3] O "empreendedor corporativo" refere-se a um profissional dentro de uma organização que demonstra
características empreendedoras, como inovação, proatividade, disposição para assumir riscos e a busca por
oportunidades de crescimento e melhoria dentro do contexto empresarial.
 
12
N
.º
 A identificação de oportunidades é outra habilidade distintiva do profissional
empreendedor. Enxergar além das tarefas cotidianas, buscar soluções
inovadoras e contribuir para a criação de valor são características que se
destacam em um ambiente de trabalhodinâmico. Esse profissional não
apenas segue o fluxo, mas cria correntes próprias, aproveitando
oportunidades antes mesmo que elas se tornem evidentes para outros.
 Além disso, o impacto positivo no ambiente de trabalho não se limita à esfera
individual. Profissionais empreendedores inspiram colegas, promovem uma
cultura de inovação e contribuem para um clima organizacional que favorece
a criatividade e a eficiência. Essa influência positiva não apenas eleva a
qualidade do trabalho, mas também fortalece a identidade e a reputação da
organização no mercado.
 
13
 Em conclusão, a empregabilidade contemporânea é uma jornada que vai além
das habilidades técnicas convencionais. As organizações estão em busca de
líderes, de agentes de mudança que não apenas acompanhem o ritmo do
mercado, mas que o liderem. O profissional empreendedor, com sua visão,
adaptabilidade e proatividade, não é apenas uma resposta ao ambiente de
trabalho moderno, mas é também o catalisador para um futuro profissional
vibrante e bem-sucedido.
 TENDÊNCIAS DO MERCADO DE TRABALHO:
 Vivemos em uma era em que a única constante é a mudança, e o mercado de
trabalho reflete essa realidade de forma inequívoca. As rápidas e constantes
transformações, impulsionadas por tecnologias emergentes, globalização e
evoluções sociais, demandam dos profissionais não apenas habilidades técnicas,
mas uma mentalidade empreendedora que abraça a flexibilidade e a resiliência.
 O surgimento e a adoção acelerada de tecnologias emergentes estão redefinindo
as fronteiras do mercado de trabalho. Profissões são transformadas, surgem novas
demandas por habilidades digitais e a automação redefine a natureza de muitas
tarefas. Nesse cenário, o profissional empreendedor destaca-se como um agente
adaptável, pronto para assimilar novas tecnologias e utilizar a automação como
uma aliada, liberando espaço para a inovação e a criação de valor.
 A globalização trouxe consigo a interconexão de mercados e culturas, expandindo
as oportunidades, mas também intensificando a competição. O profissional
empreendedor, acostumado a pensar de maneira global e a buscar oportunidades
além das fronteiras tradicionais, encontra-se em uma posição estratégica. Sua
capacidade de compreender e se adaptar a diferentes contextos culturais e
econômicos é uma vantagem valiosa em um mercado de trabalho cada vez mais
interligado.
 Além disso, as transformações sociais, como mudanças nas expectativas dos
colaboradores, o foco crescente em diversidade e inclusão, e a busca por
propósito no trabalho, têm impacto direto na dinâmica do emprego. O profissional
empreendedor, ao abraçar essas transformações, mostra-se capaz de navegar
por ambientes de trabalho diversificados, promover a inclusão e contribuir para a
construção de culturas organizacionais[4] mais conscientes e adaptáveis.
[4] A "cultura organizacional" refere-se ao conjunto de valores, crenças, normas, comportamentos e práticas
compartilhadas dentro de uma organização. Essa cultura influencia a maneira como os membros da organização
interagem entre si, tomam decisões, enfrentam desafios e realizam suas atividades diárias. A cultura organizacional é
uma força poderosa que molda a identidade e a imagem de uma empresa, influenciando diretamente seu ambiente
de trabalho e seu desempenho.
14
N
.º
 A flexibilidade é uma qualidade central do profissional empreendedor diante
dessas mudanças. Ele não vê a incerteza como uma ameaça, mas como uma
oportunidade para inovar. A adaptabilidade a novas realidades, a prontidão
para aprender continuamente e a disposição para sair da zona de conforto
são características que definem sua ação diante dos desafios.
 A resiliência, por sua vez, é a força motriz que impulsiona o profissional
empreendedor a superar obstáculos. Em um ambiente de trabalho dinâmico,
a capacidade de se recuperar rapidamente diante de falhas ou mudanças
inesperadas é inestimável. O profissional empreendedor compreende que o
caminho para o sucesso é muitas vezes marcado por desafios, e sua
resiliência é o que o capacita a transformar esses desafios em oportunidades
de aprendizado e crescimento.
 
15
 Em suma, o profissional empreendedor emerge como um protagonista no
contexto do mercado de trabalho contemporâneo. Sua flexibilidade para se
adaptar a mudanças e sua resiliência para superar desafios não apenas o
preparam para os cenários em constante evolução, mas também o capacitam
a liderar, inovar e prosperar em um mundo profissional que nunca para de se
reinventar.
 TEXTO 1 - DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS - HARD SKILLS E SOFT SKILLS
 No cenário dinâmico e competitivo do mercado de trabalho contemporâneo, o
desenvolvimento de competências profissionais é necesário para o sucesso e a progressão na
carreira. Duas categorias de habilidades desempenham papéis fundamentais na formação de
profissionais completos: as Hard Skills (habilidades técnicas) e as Soft Skills (habilidades
interpessoais).
 1. Hard Skills: A Especialização Técnica
 As Hard Skills são habilidades tangíveis[5] e mensuráveis[6], relacionadas ao conhecimento
técnico e específico para desempenhar tarefas e funções específicas. Elas são adquiridas por
meio de treinamento, educação formal e experiência prática. 
 
[5] "Tangíveis" é um termo que se refere a coisas ou elementos que são perceptíveis pelos sentidos físicos, especialmente o tato.
Tangíveis são objetos ou características que podem ser tocados, vistos, ou de alguma forma percebidos de maneira física. O oposto de
"tangível" é "intangível", que descreve coisas que não têm presença física ou não podem ser tocadas.
[6] "Mensuráveis" refere-se à capacidade de ser medido ou quantificado de forma objetiva e precisa. Quando algo é mensurável, é possível
aplicar instrumentos ou métodos de medição para determinar sua extensão, quantidade, grau ou outras características específicas. A
mensurabilidade é fundamental em diversas áreas, desde ciências exatas até avaliação de desempenho em contextos profissionais.
LEITURA
COMPLEMENTAR
Exemplos de Hard Skills incluem:
16
 TEXTO 1 - DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS - HARD SKILLS E SOFT SKILLS
LEITURA
COMPLEMENTAR
 Desenvolvimento de Hard Skills:
 2. Soft Skills: A Arte da Comunicação e Colaboração
 As Soft Skills referem-se às habilidades interpessoais e comportamentais que influenciam a
forma como interagimos com os outros, lidamos com desafios e contribuímos para o
ambiente de trabalho. Elas são fundamentais para o desenvolvimento de relacionamentos
profissionais e para o sucesso em equipes. 
 Exemplos de Soft Skills incluem:
17
 TEXTO 1 - DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS - HARD SKILLS E SOFT SKILLS
LEITURA
COMPLEMENTAR
 Desenvolvimento de Soft Skills:
 3. Equilíbrio entre Hard e Soft Skills:
 O profissional completo é aquele que equilibra habilidades técnicas (Hard Skills) com
habilidades interpessoais (Soft Skills). Enquanto as Hard Skills garantem a competência
técnica, as Soft Skills permitem a eficácia na comunicação, liderança e colaboração,
proporcionando um profissional diferenciado e adaptável.
 Os profissionais que buscam aprimorar tanto suas competências técnicas quanto
interpessoais estarão melhor preparados para enfrentar desafios, liderar equipes e contribuir
positivamente para o sucesso organizacional. 
18
 Taxa de Participação:
A taxa de participação é uma medida que expressa a proporção da população em idade ativa
(ou seja, pessoas em idade de trabalhar) que está participando ou fazendo parte da força de
trabalho.
A fórmula para calcular a taxa de participação é:
Nível de Emprego:
O nível de emprego refere-se à quantidade total de pessoas que estão empregadas em uma
determinada economia ou setor em um período específico.
Ele é um indicador direto do número de pessoas que estão contribuindo ativamente para a
produção de bens e serviços na economia.
Taxa de Desemprego:
A taxa de desemprego é uma medida que expressa a proporção da força detrabalho que está
desempregada e procurando ativamente por emprego.
A fórmula para calcular a taxa de desemprego é:
AMPLIANDO O
CONHECIMENTO
19
Os "desempregados" referem-se a pessoas que estão sem trabalho, disponíveis para
trabalhar e buscando ativamente oportunidades de emprego.
Esses indicadores são necessários para compreender a dinâmica do mercado de
trabalho e fornecem informações sobre o estado da economia de um país em relação
ao emprego e ao desemprego. 
BOSQUETTI, M. A. Cultura Empreendedora e Criatividade. Florianópolis: Departamento de
Ciências da Administração/UFSC, 2011. Disponível em:
http://arquivos.eadadm.ufsc.br/EaDADM/UAB_2011_1/Modulo_8/Cultura%20Empreendora%20
e%20Criatividade/material_didatico/LivroTexto.pdf. Acesso em: 14 dez. 2023.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 6ª edição. São
Paulo: Empreende/Atlas, 2016.
OLIVEIRA, M. de; TONIAL, G.; SPULDARO, J. D. O Perfil Do Egresso Do Curso De Administração E
A Empregabilidade: Um Estudo na Região Meio-Oeste de Santa Catarina. 2019. Disponível em:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/acsa/article/view/20217. Acesso em 15 out.
2019.
SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros,
capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural. 1982.
REFERÊNCIAS
20
Módulo II
Desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e
atitudes empreendedoras
21
22
2.1
EMPREENDEDORISMO
X 
CULTURA
EMPREENDEDORA
Diferenças Principais:
Escopo de Atuação:
O empreendedorismo refere-se à criação de novos empreendimentos, enquanto a cultura
empreendedora está relacionada à promoção de valores e práticas inovadoras em uma
organização existente.
Foco:
O empreendedorismo está centrado em indivíduos ou grupos que buscam oportunidades no
mercado, enquanto a cultura empreendedora foca nas características organizacionais que
promovem a inovação e a busca por oportunidades.
Natureza Individual vs. Organizacional:
O empreendedorismo é muitas vezes uma atividade individual ou de grupo específico,
enquanto a cultura empreendedora é um traço cultural compartilhado por toda a
organização.
Objetivos:
O empreendedorismo busca a criação de novos negócios ou empreendimentos, enquanto a
cultura empreendedora busca criar um ambiente propício à inovação e ao pensamento
criativo dentro de uma organização existente.
A competência profissional vai além do domínio técnico. Ela integra os
conhecimentos específicos da área, as habilidades interpessoais, a ética
profissional e capacidade de solucionar problemas.
Eugenio Mussak (2006) apresenta a concepção do CHA (Conhecimento,
Habilidade e Atitude) como uma estrutura destinada a esclarecer o
significado da competência profissional. Essa abordagem não apenas
facilita a definição da competência, mas também possibilita a
mensuração e a comparação com padrões internacionais. 
O CHA, conforme delineado pelo autor, se desdobra nas seguintes
dimensões:
23
2.2
O QUE É
COMPETÊNCIA
PROFISSIONAL?
Figura 2 - Competência (CHA)
Fonte: https://www.twygoead.com/site/blog/o-que-sao-competencias/
24
N
.º
CONHECIMENTO: 
Refere-se à proficiência de uma pessoa em
relação a um assunto específico. Essa
dimensão diz respeito ao domínio de um
“know-how” (“saber fazer”) para a organização
e para o próprio indivíduo. Em essência, é o
entendimento aprofundado ou o "saber" sobre
determinado tema.
 
 HABILIDADE:
Envolve a capacidade de colocar em prática o
conhecimento que se possui, produzindo
resultados tangíveis. Neste contexto,
habilidade refere-se à aptidão para aplicar
efetivamente o conhecimento,
transformando-o em ações concretas e
produtivas. É o "saber fazer".
 ATITUDE:
Refere-se a uma postura assertiva e pró-
ativa, caracterizada pela iniciativa. Essa
dimensão diz respeito à disposição do
indivíduo para não aguardar passivamente,
mas, em vez disso, tomar ações por conta
própria. Envolve a capacidade de identificar
oportunidades e agir de maneira
independente. Em resumo, é o "querer fazer".
 Desenvolver competências empreendedoras dentro de uma organização
é um processo que envolve estratégia, comprometimento e uma
abordagem sistêmica. 
 Aqui estão algumas práticas que podem ser adotadas para promover
essas competências:
25
2.3
COMO DESENVOLVER
AS COMPETÊNCIAS
EMPREENDEDORAS? 
Ao adotar essas práticas, as organizações podem criar um
ambiente propício ao desenvolvimento contínuo das
competências empreendedoras, contribuindo para a
inovação, a resiliência e a competitividade a longo prazo.
26
A atitude empreendedora é o motor que impulsiona indivíduos a superarem
as limitações do cotidiano, buscando soluções inteligentes e inovadoras
para os desafios que se apresentam, mesmo nas circunstâncias mais
adversas, tais como dificuldades, crises ou conflitos. É a capacidade de
enxergar oportunidades em meio à complexidade e de transformar
obstáculos em meios para o sucesso.
O comportamento empreendedor se distingue pela busca por soluções que
transcendam o convencional. Enquanto muitos se veem paralisados diante
de dificuldades, o empreendedor encara tais situações como terreno fértil
para o desenvolvimento de ideias inovadoras. É a mentalidade de que
cada problema é uma oportunidade disfarçada, um convite para pensar
de forma criativa e encontrar respostas fora da caixa.
--------------------------------
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--------------------------------
Que tal enriquecermos nosso entendimento 
 buscando casos concretos de 
atitudes empreendedoras na internet ou 
em nosso cotidiano? Coloque os exemplos nas
linhas ao lado.
27
2.4
O QUE É ATITUDE
EMPREENDEDORA?
A TRANSFORMAÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS:
Não se trata apenas de gerir tarefas e
processos, mas de catalisar mudanças
positivas, inspirar equipes e promover um
ambiente dinâmico e criativo. Essa
transformação parte da compreensão de que
cada colaborador é um ativo valioso, capaz de
contribuir de maneira única para os objetivos
da organização.
Aplicada à Gestão de Pessoas, significa buscar
constantemente novas abordagens para
desenvolver talentos, melhorar processos e
estimular a criatividade no ambiente de
trabalho. 
INOVAÇÃO COMO PILAR DA ATITUDE
EMPREENDEDORA:
"EMPREENDEDORISMO
NÃO É CIÊNCIA, NEM
ARTE. É PRÁTICA." 
PETER DRUCKER
N
.º
 A atitude empreendedora
no contexto de gestão de
pessoas transcende a mera
administração de recursos
humanos, focando na
criação de ambientes
propícios à inovação,
colaboração e
desenvolvimento individual e
coletivo.
28
COLABORAÇÃO COMO IMPULSIONADORA DO
DESENVOLVIMENTO:
A atitude empreendedora na Gestão de
Pessoas reconhece que o sucesso é um
esforço coletivo. Visa a promoção da
colaboração entre os membros da equipe,
incentivando a troca de ideias e a co-criação.
Essas equipes são diversificadas, pois há o
reconhecimento da importância da pluralidade
de perspectivas no desenvolvimento de
soluções inovadoras.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se
diferenciar na sua empresa. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2008.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 6ª edição. São
Paulo: Empreende/Atlas, 2016.
MUSSAK, E. Metacompetência: uma nova visão do Trabalho e da realização pessoal. São Paulo:
Gente, 2006.
OLIVEIRA, M. de; TONIAL, G.; SPULDARO, J. D. O Perfil Do Egresso Do Curso De Administração E
A Empregabilidade: Um Estudo na Região Meio-Oeste de Santa Catarina. 2019. Disponível em:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/acsa/article/view/20217. Acesso em 15 out.
2019.
SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros,
capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural. 1982.
REFERÊNCIAS
29
Módulo III
Ética e gestão
Ética nas organizações e na administração
Responsabilidade social e ambiental
30
 O trabalho do profissional Técnico em Recursos Humanos está veemente
ligado à ética e à moral, pois lida diretamentecom as relações
interpessoais, o bem-estar dos colaboradores e a construção de
ambientes de trabalho saudáveis. Neste capítulo, exploraremos a
interseção entre ética, moral e a condição humana no contexto específico
de Recursos Humanos, examinando como esses conceitos impactam as
práticas e decisões nessa área.
31
3.1
CONCEITO DE ÉTICA E
MORAL E SUA
INFLUÊNCIA NA
GESTÃO DOS
RECURSOS HUMANOS
Definições Fundamentais:
Ética: Refere-se aos princípios e valores que
orientam o comportamento humano,
estabelecendo o que é considerado certo
ou errado em uma determinada sociedade
ou contexto profissional.
Moral: Refere-se aos padrões de
comportamento que uma pessoa ou grupo
considera apropriados, com base em suas
crenças, valores e experiências pessoais.
Segundo dicionário Aurélio (1999), a ética é o “estudo
dos juízos de apreciação referentes a conduta humana
suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do
mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de
modo absoluto”.
Segundo Lisboa (2009, p.24), “A moral, como sinônimo de ética, pode ser conceituada
como o conjunto das normas que, em determinado meio, granjeiam a aprovação para o
comportamento dos homens”. 
TOMADA DE DECISÕES ÉTICAS:
A ética e a moral desempenham um papel importante na
tomada de decisões em Recursos Humanos. Ao considerar as
implicações éticas de uma decisão, os profissionais de RH
avaliam se ela está alinhada com os valores da organização,
respeita os direitos dos colaboradores e promove um ambiente
de trabalho justo.
RELAÇÕES TRABALHISTAS E CONDIÇÕES DE
TRABALHO:
A ética é essencial nas relações trabalhistas, orientando a
maneira como as empresas tratam questões como salários,
benefícios, condições de trabalho e processos disciplinares. A
promoção de ambientes seguros, saudáveis e éticos reflete o
compromisso com a condição humana e o bem-estar dos
colaboradores.
No processo de contratação, a ética impulsiona a busca por
práticas justas e transparentes, evitando discriminação e
favorecendo a diversidade. Durante o desenvolvimento dos
colaboradores, a consideração ética garante que as
oportunidades de crescimento sejam distribuídas de maneira
equitativa.
PRÁTICAS DE CONTRATAÇÃO E DESENVOLVIMENTO:
Pn
Agora vamos explorar
como esses conceitos 
influenciam as diferentes
dimensões dessa área:
A ética desempenha um papel fundamental na
responsabilidade social corporativa em RH. As
práticas éticas refletem o compromisso da
organização com o impacto social positivo, seja por
meio de programas de voluntariado, investimentos na
comunidade ou práticas ambientalmente
sustentáveis.
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA:
IGUALDADE E INCLUSÃO:
O respeito à igualdade e à inclusão é uma expressão prática da
ética em RH. Esses princípios influenciam políticas e práticas
para garantir que todos os colaboradores tenham
oportunidades iguais, independentemente de sua origem,
gênero, orientação sexual ou outras características individuais.
SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR:
A ética orienta as iniciativas de RH relacionadas à saúde mental
e ao bem-estar. Ao reconhecer a condição humana e suas
complexidades, os profissionais de RH implementam programas
que promovem um equilíbrio saudável entre vida profissional e
pessoal, reduzindo o estigma em torno da saúde mental no local
de trabalho.
COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA:
A ética molda a comunicação interna e externa em
RH. As mensagens transmitidas devem ser
transparentes, honestas e respeitosas. A ética na
comunicação interna promove a confiança entre os
colaboradores, enquanto a ética na comunicação
externa contribui para a reputação da empresa.
32
 A ética é um alicerce necessário para o sucesso e a sustentabilidade de
qualquer organização. Reymão (2014), apresenta que na administração, o
código de conduta é observado desde a teoria clássica, evoluindo
especialmente na teoria burocrática e sendo reformulado na
administração contemporânea. Ele é considerado uma ferramenta
essencial para orientar as relações internas e externas de uma
organização, disciplinando seus colaboradores, independentemente de
suas atribuições e responsabilidades.
33
3.2
ÉTICA NAS
ORGANIZAÇÕES E NA
ADMINISTRAÇÃO
Definição e Importância:
A ética nas organizações refere-se aos
princípios morais que orientam o
comportamento organizacional,
influenciando a tomada de decisões e as
práticas empresariais. A importância
desse componente vai além da
conformidade legal, impactando
diretamente a percepção pública e a
relação com stakeholders[5].
[5] Stakeholders são indivíduos, grupos ou entidades que têm interesse ou são afetados de alguma forma
por uma organização, projeto ou atividade específica. Eles podem influenciar ou serem influenciados
pelas decisões, ações e resultados da entidade em questão. A relação entre uma organização e seus
stakeholders é fundamental para o sucesso e a sustentabilidade, pois reflete a interconexão e a
interdependência de interesses.
Há o cultivo de relações interpessoais
saudáveis, baseadas em respeito mútuo
e comunicação aberta. A liderança 
inspira confiança, promove a equidade e
serve como exemplo para toda a
organização.
Pn
TOMADA DE DECISÕES ÉTICAS:
Envolve a tomada de decisões baseada
em princípios morais sólidos. Não se
considera apenas os resultados
financeiros, mas também os impactos
sociais, ambientais e nos colaboradores.
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E
LIDERANÇA ÉTICA:
Importância da Ética na Administração:
INTEGRIDADE E CREDIBILIDADE:
A gestão mantêm altos padrões de
honestidade, agindo com transparência
e assumindo a responsabilidade por suas
ações.
Construindo uma Cultura Ética
POLÍTICAS E CÓDIGOS DE
ÉTICA:
Organizações éticas estabelecem
políticas e códigos de ética claros,
delineando as expectativas de conduta
para todos os membros da equipe. Esses
documentos servem como guias para
tomada de decisões e comportamento.
TREINAMENTO EM ÉTICA:
Programas de treinamento são
essenciais para conscientizar os
colaboradores sobre as práticas éticas
da empresa e fornecer orientação sobre
como lidar com dilemas éticos no
ambiente de trabalho.
FEEDBACK E MELHORIA CONTÍNUA:
A cultura ética é dinâmica e requer feedback
contínuo. As organizações incentivam a comunicação
aberta, recebendo feedback sobre práticas éticas e
implementando melhorias quando necessário.
34
AMPLIE SEU CONHECIMENTO
Conheça mais sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil iniciou-se
com a Lei nº 13.709/2018 e foi alterada pela Lei nº 13.853/2019.
Ela estabelece as regras sobre o tratamento de dados
pessoais por organizações públicas e privadas no país,
visando proteger a privacidade e a segurança das informações
dos cidadãos brasileiros.
Link: Lei nº 13.853/2019 -
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2019/Lei/L13853.htm#art1 
O uso de tecnologia levanta questões
éticas relacionadas à privacidade. É
necessário garantir a segurança e a
privacidade dos dados dos
colaboradores e clientes.
Pn
GLOBALIZAÇÃO E DIVERSIDADE:
Administrar em um contexto global e
diversificado apresenta desafios éticos
únicos, exigindo sensibilidade cultural e a
adaptação de práticas para diferentes
realidades.
TECNOLOGIA E PRIVACIDADE:
Desafios Éticos na Administração:
PRESSÕES FINANCEIRAS:
A pressão por resultados financeiros
pode desafiar a integridade ética. . É
preciso equilibrar metas financeiras com
responsabilidade social e ambiental.
35
 A Responsabilidade Social e Ambiental (RSA) é um trabalho de gestão
que busca equilibrar os interesses econômicos com o bem-estar social e a
preservação ambiental. Empresas e organizações que adotam práticas de
RSA reconhecem sua responsabilidade para com a comunidade, os
colaboradores, os clientes, a sociedade e o meio ambiente. A seguir,
exploraremos os principais aspectos da Responsabilidade Social e
Ambiental e seu impacto positivo.
36
3.3
RESPONSABILIDADE
SOCIAL 
E AMBIENTAL
Definições Fundamentais:
Social: Inclui ações e políticas que buscam
melhorar as condições de vidada
comunidade local e da sociedade em geral.
Isso pode envolver investimentos em
educação, saúde, cultura, empregabilidade e
apoio a causas sociais.
Ambiental: Refere-se às práticas que visam
minimizar o impacto ambiental das
operações da empresa. Isso inclui a gestão
sustentável de recursos naturais, a redução
de emissões de gases de efeito estufa, a
eficiência energética e a gestão responsável
de resíduos.
------------------------------------
------------------------------------
------------------------------------
------------------------------------
Empresas socialmente responsáveis
adotam práticas éticas em todas as
transações comerciais. Isso envolve
transparência, integridade nas relações
comerciais e a recusa de participar em
atividades prejudiciais à sociedade.
RELAÇÕES COM A COMUNIDADE:
Empresas socialmente responsáveis
investem em iniciativas que beneficiam a
comunidade local, como programas
educacionais, de saúde, cultura e
esportivos. Essas ações fortalecem os
laços entre a organização e a sociedade.
ÉTICA NOS NEGÓCIOS:
Responsabilidade Social
DIREITOS HUMANOS E DIVERSIDADE:
Respeitar e promover os direitos
humanos é essencial. Isso inclui a
promoção da diversidade e igualdade no
local de trabalho, garantindo que todas
as pessoas sejam tratadas com justiça e
respeito, independentemente de sua
origem, gênero, orientação sexual ou
outras características.
37
INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO:
Contribuir financeiramente para causas
sociais e ambientais é uma prática
comum. Empresas podem destinar
recursos para projetos que visam
melhorar a qualidade de vida das
comunidades, como construção de
escolas, hospitais ou ações de
preservação cultural.
Que tal enriquecermos nosso entendimento 
 buscando casos concretos de 
de responsabilidade social na internet ou 
em nosso cotidiano? Coloque os exemplos
nas linhas ao lado.
------------------------------------
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------------------------------------
A busca por fontes de energia renovável,
a melhoria da eficiência energética e a
redução das emissões de gases de
efeito estufa são componentes da
responsabilidade ambiental. Isso
contribui para a luta contra as mudanças
climáticas.
SUSTENTABILIDADE E CONSERVAÇÃO:
Empresas ambientalmente responsáveis
buscam operar de maneira sustentável,
minimizando o impacto ambiental de
suas atividades. Isso inclui a adoção de
práticas que conservem recursos
naturais, reduzam resíduos e promovam
a eficiência energética.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E
REDUÇÃO DE EMISSÕES:
Responsabilidade Ambiental
GESTÃO DE RESÍDUOS E RECICLAGEM:
A responsabilidade ambiental contempla
a gestão adequada de resíduos.
Empresas adotam políticas de
reciclagem e redução de resíduos,
contribuindo para a preservação de
ecossistemas e a mitigação de
problemas ambientais.
38
CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS:
A obtenção de certificações, como a ISO
14001, evidencia o compromisso de uma
empresa com a gestão ambiental. Essas
certificações atestam que a organização
está adotando práticas responsáveis em
relação ao meio ambiente.
Que tal enriquecermos nosso entendimento 
 buscando casos concretos de 
de responsabilidade ambiental na internet ou 
em nosso cotidiano? Coloque os exemplos
nas linhas ao lado.
Em resumo, a Responsabilidade Social e Ambiental não é apenas
uma abordagem ética, mas também uma estratégia de negócios
inteligente. Empresas que integram a RSA em suas práticas
contribuem para um mundo mais sustentável, ao mesmo tempo
em que fortalecem sua posição no mercado e sua relação com a
sociedade.
Benefícios da Responsabilidade Social e Ambiental:
39
BRASIL. Lei nº 13.853/2019. Altera a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, para dispor sobre a
proteção de dados pessoais e para criar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados; e dá
outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2019/Lei/L13853.htm#art1. Acesso em: 27 dez. 2023.
DICIONÁRIO AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se
diferenciar na sua empresa. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2008.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 6ª edição. São
Paulo: Empreende/Atlas, 2016.
LISBOA, L. P. Ética Geral e Profissional em Contabilidade. São Paulo: Atlas S.A. 2009.
OLIVEIRA, M. de; TONIAL, G.; SPULDARO, J. D. O Perfil Do Egresso Do Curso De Administração E
A Empregabilidade: Um Estudo na Região Meio-Oeste de Santa Catarina. 2019. Disponível em:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/acsa/article/view/20217. Acesso em 15 out.
2019.
REYMÃO, G. A ética na administração, 2014. Disponível em:
http://www.cfa.org.br/acoescfa/artigos/usuarios/a-etica-na-administracao /. Acesso em: 27
dez. 2023.
SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros,
capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural. 1982.
REFERÊNCIAS
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Outros materiais