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1 FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II RELATÓRIO NO 04: ELUTRIAÇÃO Profa. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez Data da experiência: 03/10/2020 Data da entrega do relatório: 17/10/2020 Turma: A Grupo: 6 Preparado por R.A. Revisado e aprovado por (assinatura) Christian Garcia Leão 032915 Henrick Stevan Fernandes 031355 Laís Cassaro 031312 Letícia Silva de Moura 036013 2 1 OBJETIVO Aplicar os conhecimentos teóricos estudados sobre elutriadores, no laboratório de engenharia química. Separar a amostra inserida no elutriador. Calcular seu diâmetro médio, coeficiente de arraste, velocidade terminal e Reynolds. 3 2 INTRODUÇÃO TEÓRICA A separação hidráulica requer movimentação das partículas através de um fluido no qual os sólidos são postos em suspensão. A separação é conseguida graças à diferença de velocidade diversas partículas causada pela diferença de tamanho e densidade. (GOMIDE, 1980, p.4) O método de elutriação foi introduzido por Bolsseau (1957). Nos anos seguintes, este método foi usado para sedimentos arenosos por vários autores e o equipamento sofreu uma ligeira redução. A ideia geral é a partição das partículas por suas diferentes características em resposta a um fluxo contínuo de água. As partículas "mais leves", são eliminados da amostra e coletados em uma peneira. (UHLIG, 1973, p. 175) As partículas maiores, que se sedimentam com velocidade maior que a do fluido ascendente são coletadas no fundo da coluna e as menores são arrastadas pelo topo, juntamente com o fluido. Podem-se usar diversas colunas de diâmetros diferentes, em série, para se conseguir melhor separação (FOUST, 1980). 4 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O experimento foi realizado no aparelho contendo 5 elutriadores (ilustração 1). Ilustração 1 - Elutriador FONTE: Profª. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. No aparelho foram abertas as válvulas 4 e 5 e foi ligado a bomba. A válvula 4 do by pass foi fechada lentamente para regular a vazão e foi observado o nível de água no alimentador para que não transbordasse. Aumentou-se a vazão da água com cuidado e mediu-se a temperatura da mesma. Foi pesado, em uma balança semi-analítica, 50 g de areia em um béquer. E introduziu a amostra pesada lentamente no alimentador com o auxílio de um funil de papel e lavou o tubo do alimentador com uma pisseta de água. Esperou o sistema executar a classificação das partículas por aproximadamente 5 minutos. Após isso, desligou a bomba e retirou as partículas retidas em cada elutriador com o auxílio de béqueres devidamente identificados. 5 Pesou e registrou as massas dos 5 papéis de filtro e filtrou as amostras de cada elutriador em um kitasato com o funil de buchner, e identificou os vidros de relógio com as amostras filtradas. Esperou as amostras secarem naturalmente por alguns dias e pesou quando estavam secas. Peneirou cada uma das amostras para estimar os diâmetros médios das partículas retidas em cada elutriador. 6 4 DADOS 4.1 DADOS COLETADOS NO LABORATÓRIO Tabela 1 - Dados coletados no laboratório para o cálculo da vazão Ensaio Volume (mL) Tempo (s) 1 550 7,66 2 590 8,12 2 500 6,7 FONTE: Profª. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. Tabela 2 - Dados coletados dos tubos do elutriador Tubo Diâmetro Externo (mm) Altura (mm) Parede (mm) 1 20 612 2,5 2 26 606 2,8 3 32 606 2,8 4 50 606 5 5 60 572 5 FONTE: Profª. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. Tabela 3 - Dados adicionais coletados Massa específica da areia (g/cm³) Temperaturas (°C) Massa de amostra inicial (g) 2,34 22,5 23 23,5 50,15 FONTE: Profª. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. 7 Tabela 4 - Dados coletados das partículas de areia Elutriador Diâmetro médio de partículas (mm) 1 0,667 2 0,601 3 0,467 4 0,409 5 0,333 FONTE: Profª. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. 4.2 DADOS DA LITERATURA CIENTÍFICA Tabela 5 - Viscosidade e densidade da água à 1 atm em diferentes temperaturas FONTE: WHITE, 2011, p. 828. 8 5 TRATAMENTOS DE DADOS 9 10 11 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES Para a análise da correlação entre o número de Reynolds da partícula (Rep) e o fator de atrito (CD), foi necessário esboçar o o diagrama de Comings, e para tanto necessitou calcular Rep e CD. Ao término da experiência foram calculados os dados apresentados na Tabela 6, que foram utilizados para determinar o fator de atrito. A vazão média foi calculada pela média das 3 medidas de vazões que por sua vez foram calculadas pela razão entre o volume e o tempo que levou para ser preenchido este volume (medido com o auxílio de um cronômetro), conforme pode-se observar pela Tabela 1 no Tópico 4 deste relatório. A densidade e viscosidade do fluido (neste caso a água) foram obtidos através da literatura, levando em consideração a temperatura média da mesma medida em termômetro, que foi igual a 23ºC. Porém estes dados são insuficientes para calcular o número de Reynolds, pois ainda falta o diâmetro médio da partícula (DP). Tabela 6 - Vazão, diâmetro interno, área transversal e velocidade terminal Elutriador Vazão (L/s) Diâmetro interno (mm) Área transversal (m²) Velocidade terminal (m/s) 1 0,0727 17,5 0,000241 0,3021 2 0,0727 23,2 0,000423 0,1719 3 0,0727 29,2 0,000670 0,1085 4 0,0727 45 0,001590 0,0457 5 0,0727 55 0,002376 0,0306 FONTE: Elaborado pelos autores do relatório. Conforme se observa na tabela 6, o diâmetro das partículas arrastadas é maior conforme aumenta a velocidade de saída do fluído. Esse fato está relacionado com a teoria da elutriação, que se baseia no arraste das partículas. Para a determinação de DP, foi necessário passar por um processo de peneiramento as amostras coletadas em cada um dos 5 elutriadores, o que resultou na Tabela 4, com as massas retidas em cada peneira para os respectivos elutriadores e as correspondentes diâmetro médio 12 das partículas. Devido ao fato do laboratório ser realizado a distância, o diâmetro foi fornecido pelo material do professor, sem a necessidade de realizar os cálculos através do peneiramento das amostras. Dispondo-se dos diâmetro médio das partículas de cada um dos elutriadores, por fim, foi possível calcular o número de Reynolds, e este juntamente com o fator de atrito estão demonstrados na Tabela 6. Tabela 6 - Re e Cd Elutriador Re Cd 1 2,13E+02 0,0901 2 1,09E+02 0,2507 3 5,37E+01 0,4889 4 1,98E+01 2,4152 5 1,08E+01 4,3880 FONTE: Elaborado pelos autores do relatório. Gráfico 1 - CD x RE em escala decimal FONTE: Elaborado pelos autores do relatório. 13 Gráfico 2 - CD x RE em escala logarítimica FONTE: Elaborado pelos autores do relatório. 14 Ilustração 2 - Representação gráfica de CD x RE em escala decimale em logarítmica FONTE: Elaborado pelos autores do relatório. Ao elaborar o gráfico 1 e 2, relacionando o CD com o Re, os dados calculados se ajustaram melhor na escala logarítmica. Isso ocorre pois como a amostragem dos dados apresentam uma amplitude muito grande entre sí, a escala logarítmica é benéfica neste caso. Comparando o gráfico 2, com o modelo apresentado em aula do gráfico de Comings, observa-se que os dados coletados em laboratório e posteriormente tratados no capítulo 5 deste relatório, se assemelham com os ensaios realizados na literatura. 15 7 CONCLUSÕES Ao final deste trabalho foi possível aplicar os conhecimentos teóricos sobre elutriadores com uma situação prática de separação da amostra neste equipamento. É importante conhecer as propriedades do fluido utilizado como a densidade, a viscosidade e a temperatura, sendo possível calcular o coeficiente de arraste, a velocidade terminar, o diâmetro médio e Reynolds. Foi observado que ao passo que a velocidade de saída do fluído aumenta, o diâmetro das partículas arrastadas é maior, de acordo com a teoria da elutriação. 16 8 RESPOSTAS ÀS QUESTÕES PROPOSTAS 1. NO CAPÍTULO DE DADOS: Inclua, de forma organizada as medidas de temperatura da água, os valores das massas as amostras coletadas e demais dados experimentais coletados. Não esqueça das dimensões relevantes das colunas de elutriação. Siga a tabela abaixo como guia da sua. Respondido no capítulo de dados. 2. NO CAPÍTULO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO: Complete a Tabela de velocidade terminal e propriedades do fluido e da partícula. Analise os resultados e relate as suas conclusões no capítulo correspondente. Respondido no capítulo de resultados e discussões. 3. NO CAPÍTULO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO: Complete a Tabela de coeficientes de arraste, número de Reynolds e de tamanhos de partículas determinados por peneiramento. Analise os resultados e relate as suas conclusões no capítulo correspondente. Respondido no capítulo de resultados e discussões. 4. NO CAPÍTULO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com os resultados obtidos por peneiramento e por elutriação, levante a curva característica do sistema de elutriação, CD em função de Re, em papel sulfite e em Excel, empregando escalas decimal e escala logarítmica. Comente e relate as suas conclusões. 5. NO CAPÍTULO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO Compare seu gráfico com o diagrama de Comings apresentado na parte teórica. Análise e relate as suas conclusões no capítulo correspondente. Respondido no capítulo de resultados e discussões. 17 REFERÊNCIAS WHITE, F.M. Mecânica dos Fluidos. 6. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. 880 p. Página 828. G. Uhlig, H. Thiel, J. S. Gray. The quantitative separation of meiofauna, Helgoland Marine Research, 1973, pp. 173-195, Volume 25 1980. 3- GOMIDE, Reynaldo. Operações Unitárias: operações mecânicas. Vol. 3 Principles of unit operations, 2nd Edition, A. S. Foust, L. A. Wenzel, C. W. Clump, L. Maus and L. B. Anderson, John Wiley & Sons, New York (1980).
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