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Powerpoint - Nidal - Penal

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CEISC
1ª FASE
DIREITO PENAL
Prof. Nidal Ahmad
1) CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS
Art. 135 - DEIXAR de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida,
ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o
socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
2) CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS OU COMISSIVOS POR OMISSÃO
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a
qual o resultado não teria ocorrido.
(...)
Relevância da omissão
2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente DEVIA E PODIA
AGIR PARA EVITAR O RESULTADO. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha POR LEI obrigação de CUIDADO, PROTEÇÃO OU VIGILÂNCIA;
b) de outra forma, ASSUMIU A RESPONSABILIDADE de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, CRIOU O RISCO da ocorrência do
resultado.
XXI EXAME
Carlos presta serviço informal como salva-vidas de um clube, não sendo
regularmente contratado, apesar de receber uma gorjeta para observar os
sócios do clube na piscina, durante toda a semana. Em seu horário de
“serviço”, com várias crianças brincando na piscina, fica observando a beleza
física da mãe de uma das crianças e, ao mesmo tempo, falando no celular com
um amigo, acabando por ficar de costas para a piscina. Nesse momento, uma
criança vem a falecer por afogamento, fato que não foi notado por Carlos.
Sobre a conduta de Carlos, diante da situação narrada, assinale a afirmativa
correta.
A) Não praticou crime, tendo em vista que, apesar de garantidor, não podia
agir, já que concretamente não viu a criança se afogando.
B) Deve responder pelo crime de homicídio culposo, diante de sua
omissão culposa, violando o dever de garantidor.
C) Deve responder pelo crime de homicídio doloso, em razão de sua omissão
dolosa, violando o dever de garantidor.
D) Responde apenas pela omissão de socorro, mas não pelo resultado morte,
já que não havia contrato regular que o obrigasse a agir como garantido
XIV EXAME
61) Isadora, mãe da adolescente Larissa, de 12 anos de idade, saiu um pouco
mais cedo do trabalho e, ao chegar à sua casa, da janela da sala, vê seu
companheiro, Frederico, mantendo relações sexuais com sua filha no sofá.
Chocada com a cena, não teve qualquer reação. Não tendo sido vista por
ambos, Isadora decidiu, a partir de então, chegar à sua residência naquele
mesmo horário e verificou que o fato se repetia por semanas. Isadora tinha
efetiva ciência dos abusos perpetrados por Frederico, porém, muito
apaixonada por ele, nada fez. Assim, Isadora, sabendo dos abusos cometidos
por seu companheiro contra sua filha, deixa de agir para impedi-los. Nesse
caso, é correto afirmar que o crime cometido por Isadora é
A) omissivo impróprio.
B) omissivo próprio.
C) comissivo.
D) omissivo por comissão.
Questão 63 XII EXAME
Odete é diretora de um orfanato municipal, responsável por oitenta meninas
em idade de dois a onze anos. Certo dia Odete vê Elisabeth, uma das
recreadoras contratada pela Prefeitura para trabalhar na instituição, praticar ato
libidinoso com Poliana, criança de 9 anos, que ali estava abrigada. Mesmo
enojada pela situação que presenciava, Odete achou melhor não intervir,
porque não desejava criar qualquer problema para si. Nesse caso, tendo como
base apenas as informações descritas, assinale a opção correta.
A) Odete não pode ser responsabilizada penalmente, embora possa sê-lo no âmbito
cível e administrativo.
B) Odete pode ser responsabilizada pelo crime descrito no Art. 244-A, do
Estatuto da Criança e do Adolescente, verbis: “Submeter criança ou adolescente,
como tais definidos no caput do art. 2º desta Lei, à prostituição ou à exploração
sexual”.
C) ODETE PODE SER RESPONSABILIZADA PELO CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL,
PREVISTO NO ART. 217-A DO CP, VERBIS: “TER CONJUNÇÃO CARNAL OU
PRATICAR OUTRO ATO LIBIDINOSO COM MENOR DE 14 (CATORZE) ANOS”.
D) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de omissão de socorro, previsto no
Art. 135, do CP, verbis: “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida,
ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública”.
3) DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou
omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Superveniência de causa independente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os
fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
3.1) CAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES
3. 2) CAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES
XIV EXAME
62) Wallace, hemofílico, foi atingido por um golpe de faca EM UMA
REGIÃO NÃO LETAL DO CORPO. Júlio, autor da facada, QUE NÃO TINHA
DOLO DE MATAR, mas sabia da condição de saúde específica de Wallace,
sai da cena do crime sem desferir outros golpes, estando Wallace ainda
vivo. No entanto, algumas horas depois, Wallace morre, pois, apesar de a
lesão ser em local não letal, sua condição fisiológica agravou o seu estado
de saúde. Acerca do estudo da relação de causalidade, assinale a opção
correta.
A) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente
independente preexistente, e Júlio não deve responder por homicídio
culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte.
B) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa absolutamente independente
preexistente, e Júlio não deve responder por homicídio culposo, mas, sim, por lesão
corporal seguida de morte.
C) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa absolutamente independente
concomitante, e Júlio deve responder por homicídio culposo.
D) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente
concomitante, e Júlio não deve responder pela lesão corporal seguida de morte,
mas, sim, por homicídio culposo.
Questão 61 XII EXAME
Paula, COM INTENÇÃO DE MATAR MARIA, desfere contra ela quinze facadas,
todas na região do tórax. Cerca de duas horas após a ação de Paula, Maria
vem a falecer. Todavia, a causa mortis determinada pelo auto de exame
cadavérico foi envenenamento. Posteriormente, soube-se que Maria nutria
intenções suicidas e que, na manhã dos fatos, havia ingerido veneno. Com
base na situação descrita, assinale a afirmativa correta.
A) Paula responderá por homicídio doloso consumado.
B) Paula responderá por tentativa de homicídio.
C) O veneno, em relação às facadas, configura concausa relativamente
independente superveniente que por si só gerou o resultado.
D) O veneno, em relação às facadas, configura concausa absolutamente
independente concomitante.
Questão 61 – X EXAME
João, COM INTENÇÃO DE MATAR, efetua vários disparos de arma de
fogo contra Antônio, seu desafeto. Ferido, Antônio é internado em um
hospital, no qual vem a falecer, não em razão dos ferimentos, mas
queimado em um incêndio que destrói a enfermaria em que se
encontrava. Assinale a alternativa que indica o crime pelo qual João
será responsabilizado.
A) Homicídio consumado.
B) Homicídio tentado.
C) Lesão corporal.
D) Lesão corporal seguida de morte.
4) DO CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - DOLOSO, QUANDO O AGENTE QUIS O RESULTADO OU
ASSUMIU O RISCO DE PRODUZI-LO;
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode
ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente.
* dolo eventual # culpa consciente
Questão 62 XII EXAME
Wilson, competente professor de uma autoescola,guia seu carro por uma avenida à
beira-mar. No banco do carona está sua noiva, Ivana. No meio do percurso, Wilson e
Ivana começam a discutir: a moça reclama da alta velocidade empreendida.
Assustada, Ivana grita com Wilson, dizendo que, se ele continuasse naquela
velocidade, poderia facilmente perder o controle do carro e atropelar alguém. WILSON,
POR SUA VEZ, RESPONDE QUE IVANA DEVERIA DEIXAR DE SER MEDROSA E QUE NADA
ACONTECERIA, POIS SE SUA PROFISSÃO ERA ENSINAR OS OUTROS A DIRIGIR,
NINGUÉM PODERIA SER MAIS COMPETENTE DO QUE ELE NA CONDUÇÃO DE UM
VEÍCULO. Todavia, ao fazer uma curva, o automóvel derrapa na areia trazida para
o asfalto por conta dos ventos do litoral, o carro fica desgovernado e acaba
ocorrendo o atropelamento de uma pessoa que passava pelo local. A vítima do
atropelamento falece instantaneamente. Wilson e Ivana sofrem pequenas
escoriações. Cumpre destacar que a perícia feita no local constatou excesso de
velocidade. Nesse sentido, com base no caso narrado, é correto afirmar que, em
relação à vítima do atropelamento, Wilson agiu com
A) dolo direto.
B) dolo eventual.
C) culpa consciente.
D) culpa inconsciente.
5) DA CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
II - tentado, quando, INICIADA A EXECUÇÃO, não se consuma por
CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime
6) DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede
que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
XIX EXAME - Questão 59
Durante uma discussão, Theodoro, inimigo declarado de Valentim, seu cunhado, golpeou a barriga de seu rival com
uma faca, com intenção de matá-lo. Ocorre que, após o primeiro golpe, pensando em seus sobrinhos, Theodoro
percebeu a incorreção de seus atos e optou por não mais continuar golpeando Valentim, apesar de saber que
aquela única facada não seria suficiente para matá-lo. Neste caso, Theodoro
A) não responderá por crime algum, diante de seu arrependimento.
B) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de sua desistência voluntária.
C) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de seu arrependimento eficaz.
D) responderá por tentativa de homicídio.
XII EXAME – Questão 59
Lúcia, objetivando conseguir dinheiro, sequestra Marcos, jovem cego. Quando estava escrevendo um bilhete para
a família de Marcos, estipulando o valor do resgate, Lúcia fica sabendo, pela própria vítima, que sua família não
possui dinheiro algum. Assim, verificando que nunca conseguiria obter qualquer ganho, Lúcia desiste da
empreitada criminosa e coloca Marcos dentro de um ônibus, orientando-o a descer do coletivo em determinado
ponto. Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
A) Lúcia deve responder pelo delito de sequestro ou cárcere privado, apenas.
B) Lúcia não praticou crime algum, pois beneficiada pelo instituto da desistência voluntária.
C) Lúcia deve responder pelo delito de extorsão mediante sequestro em sua modalidade consumada.
D) Lúcia não praticou crime algum, pois beneficiada pelo instituto do arrependimento eficaz.
Questão 62 VII
Filolau, querendo estuprar Filomena, deu início à execução do crime de estupro,
empregando grave ameaça à vítima. Ocorre que ao se preparar para o coito
vagínico, que era sua única intenção, não conseguiu manter seu pênis ereto em
virtude de falha fisiológica alheia à sua vontade. Por conta disso, desistiu de
prosseguir na execução do crime e abandonou o local. Nesse caso, é correto
afirmar que
A) trata‐se de caso de desistência voluntária, razão pela qual Filolau não responderá pelo
crime de estupro.
B) trata‐se de arrependimento eficaz, fazendo com que Filolau responda tão somente pelos
atos praticados.
C) a conduta de Filolau é atípica.
D) Filolau deve responder por tentativa de estupro.
07) ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Art. 16 - Nos crimes cometidos SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA À PESSOA,
reparado o dano ou restituída a coisa, ATÉ O RECEBIMENTO da denúncia ou da queixa,
por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Questão 59 XVIII EXAME
Mário subtraiu uma TV do seu local de trabalho. Ao chegar em casa com a coisa subtraída,
é convencido pela esposa a devolvê-la, o que efetivamente vem a fazer no dia seguinte,
quando o fato já havia sido registrado na delegacia. O comportamento de Mário, de acordo
com a teoria do delito, configura
A) desistência voluntária, não podendo responder por furto.
B) arrependimento eficaz, não podendo responder por furto.
C) arrependimento posterior, com reflexo exclusivamente no processo dosimétrico da
pena.
D) furto, sendo totalmente irrelevante a devolução do bem a partir de convencimento da esposa.
08) CRIME IMPOSSÍVEL
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por INEFICÁCIA ABSOLUTA DO
MEIO ou por ABSOLUTA IMPROPRIEDADE DO OBJETO, é impossível
consumar-se o crime.
Questão 64 XVII EXAME
Cristiane, revoltada com a traição de seu marido, Pedro, decide matá-lo. Para tanto, resolve
esperar que ele adormeça para, durante a madrugada, acabar com sua vida. Por volta das 22h,
Pedro deita para ver futebol na sala da residência do casal. Quando chega à sala, Cristiane
percebe que Pedro estava deitado sem se mexer no sofá. Acreditando estar dormindo, desfere
10 facadas em seu peito. Nervosa e arrependida, liga para o hospital e, com a chegada dos
médicos, é informada que o marido faleceu. O laudo de exame cadavérico, porém, constatou
que Pedro havia falecido momentos antes das facadas em razão de um infarto fulminante.
Cristiane, então, foi denunciada por tentativa de homicídio. Você, advogado(a) de Cristiane,
deverá alegar em seu favor a ocorrência de
A) crime impossível por absoluta impropriedade do objeto.
B) desistência voluntária.
C) arrependimento eficaz.
D) crime impossível por ineficácia do meio.
09) ERRO DE TIPO ESSENCIAL
Art. 20 - O erro sobre ELEMENTO CONSTITUTIVO DO
TIPO legal de crime exclui o dolo, mas permite
a punição por crime culposo, se previsto
em lei.
(...)
a) INVENCÍVEL (OU ESCUSÁVEL)
b) ERRO VENCÍVEL (OU INESCUSÁVEL)
Questão 64 - XII EXAME
Bráulio, rapaz de 18 anos, conhece Paula em um show de rock, em uma
casa noturna. Os dois, após conversarem um pouco, resolvem dirigir-se a
um motel e ali, de forma consentida, o jovem mantém relações
sexuais com Paula. Após, Bráulio descobre que a moça, na verdade, tinha
apenas 13 anos e que somente conseguira entrar no show mediante
apresentação de carteira de identidade falsa.
A partir da situação narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável doloso.
B) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável culposo.
C) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de tipo
essencial.
D) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de proibição direto.
10) ERRO DE PROIBIÇÃO
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O ERRO SOBRE A
ILICITUDE DO FATO, SE INEVITÁVEL, ISENTA DE PENA; SE EVITÁVEL,
poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem
a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias,
ter ou atingir essa consciência.
a) ESCUSÁVEL OU INEVITÁVEL:
B) INESCUSÁVEL OU EVITÁVEL:
XIV EXAME
64) Eslow, holandês e usuário de maconha, que nunca antes havia feito uma
viagem internacional, veio ao Brasil para a Copa do Mundo. Assistindo ao jogo
Holanda x Brasil decidiu, diante da tensão, fumar um cigarro de maconha nas
arquibancadas do estádio. Imediatamente, os policiais militares de plantão o
prenderam e o conduziram à Delegacia de Polícia. Diante do Delegado de
Polícia, Eslow, completamente assustado, afirma que não sabia que no Brasil a
utilização de pequena quantidade de maconhaera proibida, pois, no seu país, é
um habito assistir a jogos de futebol fumando maconha. Sobre a hipótese
apresentada, assinale a opção que apresenta a principal tese defensiva.
A) Eslow está em erro de tipo essencial escusável, razão pela qual deve ser
absolvido.
B) Eslow está em erro de proibição direto inevitável, razão pela qual
deve ser isento de pena.
C) Eslow está em erro de tipo permissivo escusável, razão pela qual deve ser
punido pelo crime culposo.
D) Eslow está em erro de proibição, que importa em crime impossível, razão
pela qual deve ser absolvido.
Questão 64 IX EXAME
Jaime, brasileiro, passou a morar em um país estrangeiro no ano de 1999. Assim como seu falecido
pai, Jaime tinha por hábito sempre levar consigo acessórios de arma de fogo, o que não era
proibido, levando-se em conta a legislação vigente à época, a saber, a Lei n. 9.437/97. Tal hábito foi
mantido no país estrangeiro que, em sua legislação, não vedava a conduta. Todavia, em 2012, Jaime
resolve vir de férias ao Brasil. Além de matar as saudades dos familiares, Jaime também queria
apresentar o país aos seus dois filhos, ambos nascidos no estrangeiro. Ocorre que, dois dias após sua
chegada, Jaime foi preso em flagrante por portar ilegalmente acessório de arma de fogo, conduta
descrita no Art. 14 da Lei n. 10.826/2003, verbis: “Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar”. Nesse sentido, podemos afirmar que Jaime
agiu em hipótese de
A) erro de proibição direto.
B) erro de tipo essencial.
C) erro de tipo acidental.
D) erro sobre as descriminantes putativas.
11) ERRO DE TIPO ACIDENTAL
A) ERRO SOBRE PESSOA
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime
exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em
lei.
(...)
§ 3º - O ERRO QUANTO À PESSOA contra a qual o crime é praticado
não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as
condições ou qualidades da vítima, SENÃO AS DA PESSOA
CONTRA QUEM O AGENTE QUERIA PRATICAR O CRIME.
Questão 60 - XXI EXAME
Wellington pretendia matar Ronaldo, camisa 10 e melhor jogador de futebol
do time Bola Cheia, seu adversário no campeonato do bairro. No dia de um
jogo do Bola Cheia, Wellington vê, de costas, um jogador com a camisa 10 do
time rival. Acreditando ser Ronaldo, efetua diversos disparos de arma de
fogo, mas, na verdade, aquele que vestia a camisa 10 era Rodrigo,
adolescente que substituiria Ronaldo naquele jogo. Em virtude dos disparos,
Rodrigo faleceu. Considerando a situação narrada, assinale a opção que
indica o crime cometido por Wellington.
A) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro
na execução.
B) Homicídio consumado, considerando-se as características de Rodrigo.
C) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois
houve erro sobre a pessoa.
D) Tentativa de homicídio contra Ronaldo e homicídio culposo contra Rodrigo.
Questão 64 XVI EXAME
Paloma, sob o efeito do estado puerperal, logo após o parto, durante a
madrugada, vai até o berçário onde acredita encontrar-se seu filho
recém-nascido e o sufoca até a morte, retornando ao local de origem
sem ser notada. No dia seguinte, foi descoberta a morte da criança e,
pelo circuito interno do hospital, é verificado que Paloma foi a autora
do crime. Todavia, constatou-se que a criança morta não era o seu
filho, que se encontrava no berçário ao lado, tendo ela se equivocado
quanto à vítima desejada. Diante desse quadro, Paloma deverá
responder pelo crime de
A) homicídio culposo.
B) homicídio doloso simples.
C) infanticídio.
D) homicídio doloso qualificado.
Questão 60 – 2010-03
Joaquim, desejoso de tirar a vida da própria mãe, acaba causando a morte de uma tia
(por confundi-la com aquela). Tendo como referência a situação acima, é correto afirmar
que Joaquim incorre em erro
(A) de tipo essencial escusável – inevitável – e deverá responder pelo crime de homicídio sem a
incidência da agravante relativa ao crime praticado contra ascendente (haja vista que a vítima, de
fato, não era a sua genitora).
(B) de tipo acidental na modalidade error in persona e deverá responder pelo crime de
homicídio com a incidência da agravante relativa ao crime praticado contra ascendente
(mesmo que a vítima não seja, de fato, a sua genitora).
(C) de proibição e deverá responder pelo crime de homicídio qualificado pelo fato de ter objetivado
atingir ascendente (preserva-se o dolo, independente da identidade da vítima).
(D) de tipo essencial inescusável – evitável –, mas não deverá responder pelo crime de homicídio
qualificado, uma vez que a pessoa atingida não era a sua ascendente.
Questão 60 – 2010-02
Arlete, em estado puerperal, manifesta a intenção de matar o próprio filho
recém nascido. Após receber a criança no seu quarto para amamentá-la, a
criança é levada para o berçário. Durante a noite, Arlete vai até o berçário,
e, após conferir a identificação da criança, a asfixia, causando a sua morte.
Na manhã seguinte, é constatada a morte por asfixia de um recém nascido,
que não era o filho de Arlete.
Diante do caso concreto, assinale a alternativa que indique a responsabilidade penal
da mãe.
(A) Crime de homicídio, pois, o erro acidental não a isenta de responsabilidade.
(B) Crime de homicídio, pois, uma vez que o art. 123 do CP trata de matar o próprio
filho sob influência Do estado puerperal, não houve preenchimento dos elementos do
tipo.
(C) Crime de infanticídio, pois houve erro quanto à pessoa.
(D) Crime de infanticídio, pois houve erro essencial.
12) DA ANTIJURIDICIDADE
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou culposo.
12.1) ESTADO DE NECESSIDADE
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade
quem pratica o fato para salvar de PERIGO ATUAL,
que não provocou por sua vontade, nem podia de
outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do
direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a
dois terços.
12.2) LEGÍTIMA DEFESA
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, USANDO MODERADAMENTE dos MEIOS
NECESSÁRIOS, repele INJUSTA AGRESSÃO, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Questão 62 XVI EXAME
Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e
bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão
pitbull na direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a criança, Carlos, que
estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na
direção do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando
por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou
que ele fugira clandestinamente da casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando
constatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra
o seu filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. Diante desse quadro,
assinale a opção que apresenta a situação jurídica de Carlos:
A) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de Leandro.
B) Carlos atuou em estado de necessidade defensivo, devendo responder, porém, pela morte de
Leandro.
C) Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de
Leandro.
D) Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder pela mortede Leandro
XIII EXAME
61) Jaime, objetivando proteger sua residência, instala uma cerca elétrica no
muro. Certo dia, Cláudio, com o intuito de furtar a casa de Jaime, resolve
pular o referido muro, acreditando que conseguiria escapar da cerca elétrica
ali instalada e bem visível para qualquer pessoa. Cláudio, entretanto, não
obtém sucesso e acaba levando um choque, inerente à atuação do mecanismo
de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença cardiovascular, o referido
ladrão falece quase instantaneamente. Após a análise pericial, ficou
constatado que a descarga elétrica não era suficiente para matar uma pessoa
em condições normais de saúde, mas suficiente para provocar o óbito de
Cláudio, em virtude de sua cardiopatia. Nessa hipótese é correto afirmar que
A) Jaime deve responder por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente.
B) Jaime deve responder por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual.
C) Pode ser aplicado à hipótese o instituto do resultado diverso do pretendido.
D) Pode ser aplicado à hipótese o instituto da legítima defesa preordenada.
12.3) ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
Art. 292 CPP. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em
flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que
o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para
vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas
testemunhas.
Art. 293 CPP. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu
entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à
vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor
convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando
as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se
não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e,
logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa
será levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de
direito.
12.4) EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
Questão 61 IX EXAME
Acerca das causas excludentes de ilicitude e extintivas de punibilidade,
assinale a afirmativa incorreta.
A) A coação moral irresistível exclui a culpabilidade, enquanto que a coação física
irresistível exclui a própria conduta, de modo que, nesta segunda hipótese, sequer
chegamos a analisar a tipicidade, pois não há conduta penalmente relevante.
B) Em um bar, Caio, por notar que Tício olhava maliciosamente para sua
namorada, desfere contra este um soco no rosto. Aturdido, Tício vai ao chão,
levantando-se em seguida, e vai atrás de Caio e o interpela quando este já
estava saindo do bar. Ao voltar-se para trás, atendendo ao chamado, Caio é
surpreendido com um soco no ventre. Tício praticou conduta típica, mas
amparada por uma causa excludente de ilicitude.
C) Mévio, atendendo a ordem dada por seu líder religioso e, com o intuito de converter
Rufus, permanece na residência deste à sua revelia, ou seja, sem o seu consentimento.
Neste caso, Mévio, mesmo cumprindo ordem de seu superior e mesmo sendo tal ordem
não manifestamente ilegal, pratica crime de violação de domicílio (Art. 150 do Código
Penal), não estando amparado pela obediência hierárquica.
D) O consentimento do ofendido não foi previsto pelo nosso ordenamento jurídico-penal
como uma causa de exclusão da ilicitude. Todavia, sua natureza justificante é
pacificamente aceita, desde que, entre outros requisitos, o ofendido seja capaz de
consentir e que tal consentimento recaia sobre bem disponível.
13) CULPABILIDADE
13.1) DA INIMPUTABILIDADE
I) DA INIMPUTABILIDADE POR DOENÇA MENTAL OU
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO OU RETARDADO
Art. 26 - É ISENTO DE PENA o agente que, por DOENÇA
MENTAL OU DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO OU
RETARDADO, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse entendimento.

XI EXAME OAB
60) Para aferição da inimputabilidade por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, assinale a
alternativa que indica o critério adotado pelo Código Penal
vigente.
A) Biológico.
B) Psicológico.
C) Psiquiátrico.
D) Biopsicológico.
III) EMBRIAGUEZ ACIDENTAL: CASOS DE EXCLUSÃO DA IMPUTABILIDADE
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
§ 1º - É ISENTO DE PENA o agente que, por EMBRIAGUEZ COMPLETA
(DEPRESSÃO E SONO), proveniente de CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR, era,
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
§ 2º - A PENA PODE SER REDUZIDA de um a dois terços, se o agente, por embriaguez,
proveniente de caso fortuito ou força maior, NÃO POSSUÍA, ao tempo da ação ou da
omissão, a PLENA CAPACIDADE de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento.
Questão 60 XVI EXAME
Patrício e Luiz estavam em um bar, quando o primeiro, mediante ameaça de arma de
fogo, obriga o último a beber dois copos de tequila. Luiz ficou inteiramente
embriagado. A dupla, então, deixou o local, sendo que Patrício conduzia Luiz, que
caminhava com muitas dificuldades. Ao encontrarem Juliana, que caminhava sozinha
pela calçada, Patrício e Luiz, se utilizando da arma que era portada pelo primeiro,
constrangeram-na a com eles praticar sexo oral, sendo flagrados por populares que
passavam ocasionalmente pelo local, ocorrendo a prisão em flagrante. Denunciados
pelo crime de estupro, no curso da instrução, mediante perícia, restou constatado
que Patrício era possuidor de doença mental grave e que, quando da prática do fato,
era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do seu comportamento,
situação, aliás, que permaneceu até o momento do julgamento. Também ficou
demonstrado que, no momento do crime, Luiz estava completamente embriagado. O
Ministério Público requereu a condenação dos acusados. Não havendo dúvida com
relação ao injusto, tecnicamente, a defesa técnica dos acusados deverá requerer, nas
alegações finais,
A) a absolvição dos acusados por força da inimputabilidade, aplicando, porém, medida de
segurança para ambos.
B) a absolvição de Luiz por ausência de culpabilidade em razão da embriaguez culposa e a
absolvição Patrício, com aplicação, para este, de medida de segurança.
C) a absolvição de Luiz por ausência de culpabilidade em razão da embriaguez
completa decorrente de força maior e a absolvição imprópria de Patrício, com
aplicação, para este, de medida de segurança.
D) a absolvição imprópria de Patrício, com a aplicação de medida de segurança, e a condenação
de Luiz na pena mínima, porque a embriaguez nunca exclui a culpabilidade.
13.2) FALTA DE POTENCIAL CONSCIÊNCIA DE ILICITUDE
• Erro de proibição – art. 21
13.3) INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
A) COAÇÃO MORAL IRRESTÍVEL
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a
ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da
coação ou da ordem.
B) OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a
ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o
autor da coação ou da ordem.
Questão 63 XVII EXAME
Durante um assalto a uma instituição bancária, Antônio e Francisco,
gerentes do estabelecimento, são feitos reféns. Tendo ciência da
condição deles de gerentes e da necessidade de que suas digitais fossem
inseridas em determinado sistema para abertura do cofre, os criminosos
colocam, à força, o dedo de Antônio no local necessário, abrindo, com
isso, o cofre e subtraindo determinada quantia em dinheiro. Além disso,
sob a ameaça de morte da esposa de Francisco, exigem que este saiado
banco, levando a sacola de dinheiro juntamente com eles, enquanto
apontam uma arma de fogo para os policiais que tentavam efetuar a
prisão dos agentes. Analisando as condutas de Antônio e Francisco, com
base no conceito tripartido de crime, é correto afirmar que
A) Antônio não responderá pelo crime por ausência de tipicidade, enquanto
Francisco não responderá por ausência de ilicitude em sua conduta.
B) Antônio não responderá pelo crime por ausência de ilicitude, enquanto Francisco
não responderá por ausência de culpabilidade em sua conduta.
C) Antônio não responderá pelo crime por ausência de tipicidade,
enquanto Francisco não responderá por ausência de culpabilidade em
sua conduta.
D) Ambos não responderão pelo crime por ausência de culpabilidade em suas
condutas.
Questão 62 VIII EXAME
Analise as hipóteses abaixo relacionadas e assinale a alternativa que apresenta somente
causas excludentes de culpabilidade.
A) Erro de proibição; embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou
força maior; coação moral irresistível.
B) Embriaguez culposa; erro de tipo permissivo; inimputabilidade por doença mental ou
por desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
C) Inimputabilidade por menoridade; estrito cumprimento do dever legal; embriaguez
incompleta.
D) Embriaguez incompleta proveniente de caso fortuito ou força maior; erro de proibição;
obediência hierárquica.
14) CONCURSO DE PESSOAS
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
I) CONCEITO
II) AUTORIA E PARTICIPAÇÃO
A) Teoria do domínio do fato
B) Teoria restritiva
III) Teoria unitária (ou monista)
IV) REQUISITOS
A) PLURALIDADE DE CONDUTAS
B) RELEVÂNCIA CAUSAL DAS CONDUTAS
C) DO LIAME SUBJETIVO E NORMATIVO (Vínculo subjetivo e normativo entre os participantes)
D) IDENTIDADE DE INFRAÇÃO PARA TODOS OS PARTICIPANTES
V) COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DE
CONDIÇÕES E, ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as
condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
XVI EXAME
Questão 59
Maria Joaquina, empregada doméstica de uma residência, profundamente
apaixonada pelo vizinho Fernando, sem que este soubesse, escuta sua
conversa com uma terceira pessoa acordando o furto da casa em que ela
trabalha durante os dias de semana à tarde. Para facilitar o sucesso da
operação de amado, ela deixa a porta aberta ao sair do trabalho. Durante a
empreitada criminosa, sem saber que a porta da frente se encontrava
destrancada, Fernando e seu comparsa arrombam a porta dos fundos,
ingressam na residência diversos objetos. Diante desse quadro fático, assinale
a opção que apresenta a correta responsabilidade penal de Maria Joaquina.
A) Deverá responder pelo mesmo crime de Fernando, na qualidade de partícipe, eis que
contribuiu de alguma forma para o sucesso da empreitada criminosa ao não denunciar o
plano.
B) Deverá responder pelo crime de furto qualificado pelo concurso de agentes, afastada a
qualificadora do rompimento de obstáculo, por esta não se encontrar na linha de seu
conhecimento.
C) Não deverá responder por qualquer infração penal, sendo a sua
participação irrelevante para o sucesso da empreitada criminosa.
D) Deverá responder pelo crime de omissão de socorro.
Questão 60 XII EXAME
Lucas, funcionário público do Tribunal de Justiça, e Laura, sua noiva, estudante de direito,
resolveram subtrair notebooks de última geração adquiridos pela serventia onde
Lucas exerce suas funções. Assim, para conseguir seu intento, combinaram dividir a
execução do delito. Lucas, em determinado feriado municipal, valendo-se da
facilidade que seu cargo lhe proporcionava, identificou-se na recepção e disse ao
segurança que precisava ir até a serventia para buscar alguns pertences que havia
esquecido. O segurança, que já conhecia Lucas de vista, não desconfiou de nada e
permitiu o acesso. Ressalte-se que, além de ser serventuário, Lucas conhecia
detalhadamente o prédio público, razão pela qual se dirigiu rapidamente ao local
desejado, subtraindo todos os notebooks. Após, foi a uma janela e, dali, os entregou a
Laura, que os colocou no carro e saiu. Ao final, Lucas conseguiu deixar o edifício
sem que ninguém suspeitasse de nada. Todavia, cerca de uma semana após, Laura e
Lucas têm uma discussão e terminam o noivado. Muito enraivecida, Laura procura a
polícia e noticia os fatos, ocasião em que devolve todos os notebooks subtraídos.
Com base nas informações do caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A) Laura e Lucas devem responder pelo delito de peculato furto praticado em
concurso de agentes.
B) Laura deve responder por furto qualificado e Lucas deve responder por peculato-furto,
dada à incomunicabilidade das circunstâncias.
C) Laura e Lucas serão beneficiados pela causa extintiva de punibilidade, uma vez que houve
reparação do dano ao erário anteriormente à denúncia.
D) Laura será beneficiada pelo instituto do arrependimento eficaz, mas Lucas não poderá valer-se
de tal benefício, pois a restituição dos bens, por parte dele, não foi voluntária.
64) XI EXAME
Sofia decide matar sua mãe. Para tanto, pede ajuda a Lara, amiga de longa data, com quem debate a
melhor maneira de executar o crime, o melhor horário, local etc. Após longas discussões de como
poderia executar seu intento da forma mais eficiente possível, a fim de não deixar nenhuma pista, Sofia
pede emprestado a Lara um facão. A amiga prontamente atende ao pedido. Sofia despede-se
agradecendo a ajuda e diz que, se tudo correr conforme o planejado, executará o homicídio naquele
mesmo dia e assim o faz. No entanto, apesar dos cuidados, tudo é descoberto pela polícia. A respeito do
caso narrado e de acordo com a teoria restritiva da autoria, assinale a afirmativa correta.
A) Sofia é a autora do delito e deve responder por homicídio com a agravante de o crime ter sido
praticado contra ascendente. Lara, por sua vez, é apenas partícipe do crime e deve responder por
homicídio, sem a presença da circunstância agravante.
B) Sofia e Lara devem ser consideradas coautoras do crime de homicídio, incidindo, para ambas, a circunstância
agravante de ter sido, o crime, praticado contra ascendente.
C) Sofia e Lara devem ser consideradas coautoras do crime de homicídio. Todavia, a agravante de ter sido, o crime,
praticado contra ascendente somente incide em relação à Sofia.
D) Sofia é a autora do delito e deve responder por homicídio com a agravante de ter sido, o crime, praticado contra
ascendente. Lara, por sua vez, é apenas partícipe do crime, mas a agravante também lhe será aplicada.
15) TEORIA DA PENA
1) CONCEITO
1.2) FINALIDADE
2) REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção,
em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado
§ 1º - Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais
rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito),
poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o
início, cumpri-la em regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios
previstos no art. 59 deste Código.
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública teráa progressão de regime do cumprimento da
pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os
acréscimos legais.
Súmula 269 do STJ: “É admissível a adoção do regime prisional semi-
aberto aos reincidentes condenados à pena igual ou inferior a 04 anos se
favoráveis as circunstâncias judiciais”.
Questão 63 VII EXAME
Pitágoras foi definitivamente condenado, com sentença penal
condenatória transitada em julgado, à pena de 6 (seis) anos de reclusão a
ser cumprida, inicialmente, em regime semi‐aberto. Cerca de quatro
meses após o início do cumprimento da pena privativa de liberdade,
sobreveio nova condenação definitiva, desta vez a 3 (três) anos de
reclusão no regime inicial aberto, em virtude da prática de crime
anterior. Atento ao caso narrado, bem como às disposições pertinentes ao
tema presentes tanto no código penal quanto na lei de execuções penais,
é correto afirmar que
A) Pitágoras poderá continuar a cumprir a pena no regime semiaberto.
B) Pitágoras deverá regredir para o regime fechado.
C) Pitágoras deverá regredir de regime porque a nova condenação significa
cometimento de falta grave.
D) prevalece o regime isolado de cada uma das condenações, devendo‐se
executar primeiro a pena mais grave.
3) SISTEMA PROGRESSIVO
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o
preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar
bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento,
respeitadas as normas que vedam a progressão.
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério
Público e do defensor.
§ 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional,
indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes.
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou
aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de
transferência a regime fechado.
(...)
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e
ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso
(...)
* PROGRESSÃO DE REGIME NOS CRIMES HEDIONDOS
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente
em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes
previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois
quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três
quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de
2007)
Questão 60 - X EXAME
Filipe foi condenado em janeiro de 2011 à pena de cinco anos de reclusão
pela prática do crime de tráfico de drogas, ocorrido em 2006. Considerando-
se que a Lei n. 11.464, que modificou o período para a progressão de regime
nos crimes hediondos para 2/5 (dois quintos) em caso de réu primário, foi
publicada em março de 2007, é correto afirmar que
A) se reputará cumprido o requisito objetivo para a progressão de regime
quando Felipe completar 1/6 (um sexto) do cumprimento da pena, uma vez
que o crime foi praticado antes da Lei n. 11.464.
B) se reputará cumprido o requisito objetivo para a progressão de regime quando Felipe
completar 2/5 (dois quintos) do cumprimento da pena, uma vez que a Lei n. 11.464 tem
caráter processual e, portanto, deve ser aplicada de imediato.
C) se reputará cumprido o requisito subjetivo para a progressão de regime quando Felipe
completar 1/6 (um sexto) do cumprimento da pena, uma vez que o crime foi praticado
antes da Lei n. 11.464.
D) se reputará cumprido o requisito subjetivo para a progressão de regime quando
Felipe completar 2/5 (dois quintos) do cumprimento da pena, uma vez que a Lei n.
11.464 tem caráter processual e, portanto, deve ser aplicada de imediato.
Questão 59 IX EXAME
O sistema punitivo brasileiro é progressivo. Por meio dele o condenado passa
o regime inicial de cumprimento de pena mais severo para regime mais
brando, até alcançar o livramento condicional ou a liberdade definitiva. A
respeito da progressão de regime, assinale a afirmativa correta.
A) O sistema progressivo brasileiro é compatível com a progressão “por saltos”,
consistente na possibilidade da passagem direta do regime fechado para o aberto.
B) O cumprimento da pena privativa de liberdade nos crimes hediondos é uma exceção
ao sistema progressivo. O condenado nesta modalidade criminosa deve iniciar e encerrar
o cumprimento da pena no regime fechado, sem possibilidade de passagem para regime
mais brando.
C) A progressão está condicionada, nos crimes contra a Administração
Pública, à reparação do dano causado ou à devolução do produto do ilícito
praticado com os acréscimos legais, além do cumprimento de 1/6 da pena no
regime anterior e do mérito do condenado.
D) O pedido de progressão deve ser endereçado ao juízo sentenciante, que decidirá
independente de manifestação do Ministério Público.
4) DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
I) REQUISITOS OBJETIVOS
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de
liberdade, quando:
I - aplicada pena privativa de liberdade NÃO SUPERIOR A
QUATRO ANOS e o crime não for cometido com violência ou
grave ameaça à pessoa ou, QUALQUER QUE SEJA A
PENA APLICADA, SE O CRIME FOR CULPOSO;
II) REQUISITOS SUBJETIVOS
b.1) Réu não reincidente em crime doloso
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
(...)
II - o réu NÃO FOR REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO;
(...)
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação
anterior, a medida SEJA SOCIALMENTE RECOMENDÁVEL e a REINCIDÊNCIA NÃO SE
TENHA OPERADO EM VIRTUDE DA PRÁTICA DO MESMO CRIME.
b.2) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta ou a personalidade ou ainda os motivos e circunstâncias recomendarem
a substituição.
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
(...)
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as
circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
5) PENA RESTRITIVA DE DIREITOS X TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 2012.
Suspende, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução
de parte do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
O Senado Federal resolve:
Art. 1º É suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas
restritivas de direitos" do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de
2006, declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal
Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, em 15 de fevereiro de 2012.
Senador JOSÉ SARNEY Presidente do Senado Federal
Questão 60 XXI EXAME
Carlos, 21 anos, foi condenado a cumprir pena de prestação de serviços à
comunidade pela prática de um crime de lesão corporal culposa no trânsito. Em
01/01/2014, seis meses após cumprir a pena restritiva de direitos aplicada,
praticou novo crime de natureza culposa, vindo a ser denunciado. Carlos, após
não aceitar qualquer benefício previsto na Lei nº 9.099/95 e ser realizada
audiência de instrução e julgamento, é novamente condenado em 17/02/2016.
O juiz aplica pena de 11 meses de detenção, não admitindo a substituição por
restritiva de direitos em razão da reincidência. Considerando que os fatos são
verdadeiros e que o Ministério Público não apelou, o(a) advogado(a) de Carlos,
sob o ponto de vista técnico, deverá requerer, em recurso,A) a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos.
B) a suspensão condicional da pena.
C) o afastamento do reconhecimento da reincidência.
D) a prescrição da pretensão punitiva.
6) DA APLICAÇÃO DA PENA
6.1) SISTEMA DE FIXAÇÃO OU DOSIMETRIA DA PENA – Art. 68
Art. 68 - A PENA-BASE será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em
seguida serão consideradas as CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES E AGRAVANTES; por último,
as CAUSAS DE DIMINUIÇÃO E DE AUMENTO.
(...)
XVII EXAME Questão 59
Reconhecida a prática de um injusto culpável, o juiz realiza o processo de individualização da pena, de
acordo com o Art. 68 do Código Penal. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,
assinale a afirmativa correta.
A) A condenação com trânsito em julgado por crime praticado em data posterior ao delito pelo qual o
agente está sendo julgado pode funcionar como maus antecedentes.
B) Não se mostra possível a compensação da agravante da reincidência com a atenuante da confissão
espontânea.
C) Nada impede que a pena intermediária, na segunda fase do critério trifásico, fique acomodada
abaixo do mínimo legal.
D) O aumento da pena na terceira fase no roubo circunstanciado exige fundamentação
concreta, sendo insuficiente a simples menção ao número de majorantes.
6.2) SEGUNDA FASE DE FIXAÇÃO DA PENA - CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES – Art. 61
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não CONSTITUEM ou
QUALIFICAM o crime:
I - a reincidência;
II - ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou
impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica;
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça
particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
6.3) DA REINCIDÊNCIA – Art. 63
I) CONCEITO
II) PRESSUPOSTO
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente COMETE NOVO crime,
DEPOIS DE TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA que,
no País ou no estrangeiro, oTENHA CONDENADO POR CRIME ANTERIOR.
Decreto-lei 3688/41
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de
passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por
qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
III) EFICÁCIA TEMPORAL DA CONDENAÇÃO ANTERIOR PARA EFEITO DA REINCIDÊNCIA
Art. 64 - Para efeito de reincidência:
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou
extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo
superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação;
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.
Questão 61 - XXI EXAME
Rafael foi condenado pela prática de crime a pena privativa de liberdade de 04 anos e 06
meses, tendo a sentença transitado em julgado em 10/02/2008. Após cumprir 02 anos e
06 meses de pena, obteve livramento condicional em 10/08/2010, sendo o mesmo
cumprido com correção e a pena extinta em 10/08/2012. Em 15/09/2015, Rafael
pratica novo crime, dessa vez de roubo, tendo como vítima senhora de 60 anos de idade,
circunstância que era do seu conhecimento. Dois dias depois, arrependido, antes da
denúncia, reparou integralmente o dano causado. Na sentença, o magistrado condenou
o acusado, reconhecendo a existência de duas agravantes pela reincidência e idade da
vítima, além de não reconhecer o arrependimento posterior. O advogado de Rafael deve
pleitear
A) reconhecimento do arrependimento posterior.
B) reconhecimento da tentativa.
C) afastamento da agravante pela idade da vítima.
D) afastamento da agravante da reincidência.
6.4) REINCIDÊNCIA X MAUS ANTECEDENTES
Súmula 241 do STJ: “A reincidência penal não pode ser considerada como
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial”.
Súmula 444 STJ: “É VEDADA A UTILIZAÇÃO DE INQUÉRITOS POLICIAIS E
AÇÕES PENAIS EM CURSO PARA AGRAVAR A PENA-BASE”.
XV EXAME - Questão 59
59) José cometeu, em 10/11/2008, delito de roubo. Foi denunciado, processado e
condenado, com sentença condenatória publicada em 18/10/2009. A referida sentença
transitou definitivamente em julgado no dia 29/08/2010. No dia 15/05/2010, José
cometeu novo delito sido condenado, por tal conduta, no dia 07/04/2012. Nesse sentido,
levando em conta a situação narrada e a disciplina acerca da reincidência, assinale a
afirmativa correta.
A) Na sentença relativa ao delito de roubo, José deveria ser considerado reincidente.
B) Na sentença relativa ao delito de furto, José deveria ser considerado reincidente.
C) Na sentença relativa ao delito de furto, José deveria ser considerado primário.
D) Considera-se reincidente aquele que pratica crime após publicação de sentença que, no Brasil ou no
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Questão 63 – IX EXAME
Guilherme praticou, em 18/02/2009, contravenção penal de vias de fato (Art. 21 do
Decreto Lei n. 3.688/41), tendo sido condenado à pena de multa. A sentença transitou
definitivamente em julgado no dia 15/03/2010, mas Guilherme não pagou a multa. No dia
10/07/2010, Guilherme praticou crime de ato obsceno (Art. 233 do CP). Com base na
situação descrita e na legislação, assinale a afirmativa correta.
A) Guilherme não pode ser considerado reincidente por conta de uma omissão legislativa.
B) Guilherme deve ter a pena de multa não paga da primeira condenação convertida em pena privativa
de liberdade.
C) Guilherme é reincidente, pois praticou novo crime após condenação transitada em julgado.
D) A pena de multa não gera reincidência.
IV EXAME
Tício praticou um crime de furto (art. 155 do Código Penal) no dia
10/01/2000, um crime de roubo (art. 157 do Código Penal) no dia
25/11/2001 e um crime de extorsão (art. 158 do Código Penal) no dia
30/5/2003. Tício foi condenado pelo crime de furto em 20/11/2001, e a
sentença penal condenatória transitou definitivamente em julgado no dia
31/3/2002. Pelo crime de roubo, foi condenado em 30/01/2002, com
sentença transitada em julgado definitivamente em 10/06/2003 e, pelo crime
de extorsão, foi condenado em 20/8/2004, com sentença transitando
definitivamente em julgado no dia 10/6/2006. Com base nos dados acima,
bem como nos estudos acerca da reincidência e dos maus antecedentes, é
correto afirmar que:
(A) na sentença do crime de furto, Tício é considerado portador de maus antecedentes
e, na sentença do crime de roubo, é considerado reincidente.
(B) na sentença do crime de extorsão, Tício possui maus antecedentes em
relação ao crime de roubo e é reincidente em relação ao crime de furto.
(C) cinco anos após o trânsito em julgado definitivo da última condenação, Tício será
considerado primário, mas os maus antecedentes persistem.
(D) nosso ordenamento jurídico-penal prevê como tempo máximo para configuração dos
maus antecedentes o prazo de cinco anos a contar do cumprimento ou extinção da pena
e eventual infração posterior.
6.5) CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES (Art. 65)
A) CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES PREVISTAS EM LEI
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos,
na data da sentença;
II - o desconhecimentoda lei;
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou
minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Súmula 231 do STJ: “A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir
à redução da pena abaixo do mínimo legal”.
7) CONCURSO DE CRIMES
7.1) CONCURSO MATERIAL – Art. 69
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou
omissão,pratica dois ou mais crimes, idênticos ou
não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa
de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a
substituição de que trata o art. 44 deste Código.
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá
simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
I) CONCEITO
II) APLICAÇÃO DA PENA
7.2) CONCURSO FORMAL – Art. 70
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou
omissão,pratica dois ou mais crimes, idênticos ou
não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente
uma delas, MAS AUMENTADA, EM QUALQUER CASO, DE UM
SEXTO ATÉ METADE. AS PENAS APLICAM-SE, ENTRETANTO,
CUMULATIVAMENTE, SE A AÇÃO OU OMISSÃO É DOLOSA E
OS CRIMES CONCORRENTES RESULTAM DE DESÍGNIOS
AUTÔNOMOS, CONSOANTE O DISPOSTO NO ARTIGO ANTERIOR.
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69
deste Código
I) CONCURSO FORMAL PERFEITO:
II) CONCURSO FORMAL IMPERFEITO
7.3) CONCURSO MATERIAL BENÉFICO – Art. 70, parágrafo único
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou,
se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto
até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou
omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos,
consoante o disposto no artigo anterior.
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela
regra do art. 69 deste Código
7.4) CRIME CONTINUADO - Art. 71
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições
de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem
os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-
lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, AUMENTADA, EM QUALQUER CASO, DE UM
SEXTO A DOIS TERÇOS.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente,
bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as
regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
XV EXAME
60) Roberto estava dirigindo seu automóvel quando perdeu o controle da direção e
subiu a calçada, atropelando dois pedestres que estavam parados num ponto de
ônibus. Nesse contexto, levando-se em consideração o concurso de crimes, assinale
a opção correta, que contempla a espécie em análise:
A) concurso material.
B) concurso formal próprio ou perfeito.
C) concurso formal impróprio ou imperfeito.
D) crime continuado.
VI EXAME
Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia
feito em seu favor. Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima,
causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda
atinge Iago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais. Considerando-
se que Otelo praticou crime de homicídio doloso qualificado em relação a
Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como que
praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2
meses de reclusão, é correto afirmar que
(A) o juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumentá-la de um sexto até a metade.
(B) o juiz deverá somar as penas.
(C) é caso de concurso formal homogêneo.
(D) é caso de concurso formal impróprio
V EXAME
As regras do concurso formal perfeito (em que se adota o sistema da exasperação da pena)
foram adotadas pelo Código Penal com o objetivo de beneficiar o agente que, mediante
uma só conduta, praticou dois ou mais crimes. No entanto, quando o sistema da
exasperação for prejudicial ao acusado, deverá prevalecer o sistema do cúmulo material
(em que a soma das penas será mais vantajosa do que o aumento de uma delas com
determinado percentual, ainda que no patamar mínimo). A essa hipótese, a doutrina deu o
nome de
(A) concurso material benéfico
(B) concurso formal imperfeito
(C) concurso formal heterogêneo
(D) exasperação sui generis
II EXAME
Com relação ao concurso de delitos, é correto afirmar que:
(A) no concurso de crimes as penas de multa são aplicadas distintamente, mas de forma reduzida.
(B) o concurso material ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes com dependência fática e jurídica entre estes.
(C) o concurso formal perfeito, também conhecido como próprio, ocorre quando o agente, por meio de
uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes idênticos, caso em que as penas serão somadas.
(D) o Código Penal Brasileiro adotou o sistema de aplicação de pena do cúmulo material
para os concursos material e formal imperfeito, e da exasperação para o concurso formal
perfeito e crime continuado.
8) ERRO NA EXECUÇÃO (aberratio ictus)
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a
pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime
contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também
atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Questão 60 XIX EXAME
Pedro e Paulo bebiam em um bar da cidade quando teve início uma discussão sobre futebol. Pedro, objetivando
atingir Paulo, desfere contra ele um disparo que atingiu o alvo desejado e também terceira pessoa que se
encontrava no local, certo que ambas as vítimas faleceram, inclusive aquela cuja morte não era querida pelo
agente. Para resolver a questão no campo jurídico, deve ser aplicada a seguinte modalidade de erro:
A) erro sobre a pessoa.
B) aberratio ictus.
C) aberratio criminis.
D) erro determinado por terceiro.
Questão 60 VI EXAME
José dispara cinco tiros de revólver contra Joaquim, jovem de 26 (vinte e seis) anos que acabara de estuprar sua
filha. Contudo, em decorrência de um problema na mira da arma, José erra seu alvo, vindo a atingir Rubem, senhor
de 80 (oitenta) anos, ceifando-lhe a vida. A esse respeito, é correto afirmar que José responderá
(A) pelo homicídio de Rubem, agravado por ser a vítima maior de 60 (sessenta) anos.
(B por tentativa de homicídio privilegiado de Joaquim e homicídio culposo de Rubem, agravado por ser a vítima maior de 60
(sessenta) anos
(C) apenas por tentativa de homicídio privilegiado, uma vez que ocorreu erro quanto à pessoa.
(D) apenas por homicídio privilegiado consumado, uma vez que ocorreu erro na execução.
9) RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (aberratio criminis)
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidenteou erro na execução do
crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o
fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido,
aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
XIII EXAME
59) Paulo tinha inveja da prosperidade de Gustavo e, certo dia, resolveu quebrar o carro
que este último havia acabado de comprar. Para tanto, assim que Gustavo estacionou o
veículo e dele saiu, Paulo, munido de uma barra de ferro, foi correndo em direção ao bem
para danificá-lo. Ao ver a cena, Gustavo colocou-se à frente do carro e acabou sendo
atingido por um golpe da barra de ferro, vindo a falecer em decorrência de traumatismo
craniano derivado da pancada. Sabe-se que Paulo não tinha a intenção de matar Gustavo e
que este somente recebeu o golpe porque se colocou à frente do carro quando Paulo já
estava com a barra de ferro no ar, em rápido movimento para atingir o veículo, que ficou
intacto. Com base no caso relatado, assinale a afirmativa correta.
A) Paulo responderá por tentativa de dano em concurso formal com homicídio culposo.
B) Paulo responderá por homicídio doloso, tendo agido com dolo eventual.
C) Paulo responderá por homicídio culposo.
D) Paulo responderá por tentativa de dano em concurso material com homicídio culposo.
10) LIMITE DAS PENAS – Art. 75
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade
não pode ser superior a 30 (trinta) anos.
§ 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja
soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para
atender ao limite máximo deste artigo.
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento
da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período
de pena já cumprido.
Súmula 715 do STF: “A pena unificada para atender ao limite de
trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código
Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios,
como o livramento condicional ou regime mais favorável de
execução”.
11) DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA EXECUÇÃO DA PENA (SURSIS) – Art. 77
11.1) REQUISITOS
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior
a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos,
desde que:
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem
como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste
Código.
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.(
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser
suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos
de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.
11.3) CAUSAS DE REVOGAÇÃO DO SURSIS – Art. 81
I) CAUSAS DE REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA
Revogação obrigatória
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo
justificado, a reparação do dano;
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código.
II) CAUSAS DE REVOGAÇÃO FACULTATIVA
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:
(...)
Revogação facultativa
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer
outra condição imposta ou é irrecorrivelmente
condenado, por crime culposo ou por contravenção, a
pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos
XIII EXAME
62) A respeito do benefício da suspensão condicional da execução da pena,
assinale a afirmativa incorreta.
A) Não exige que o crime praticado tenha sido cometido sem violência ou grave ameaça
à pessoa.
B) Não pode ser concedido ao reincidente em crime doloso, exceto se a condenação
anterior foi a pena de multa.
C) Somente pode ser concedido se não for indicada ou se for incabível a substituição da
pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos.
D) Sobrevindo, durante o período de prova, condenação irrecorrível por crime
doloso, o benefício será revogado, mas tal período será computado para
efeitos de detração.

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