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Cultivo e controle de microrganismos

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ESTUDO DIRIGIDO 1 PARTE 2
	Curso:
	Enfermagem
	Período:
	3º 
	Disciplina:
	Microbiologia e Parasitologia (ENF-106)
	Tema:
	Cultivo de controle de microorganismos 
.
	Professor:
	Fabrício Oliveira Ramos
	Início:
	08/03/2021
	Final:
	20/03/2021
	Prova:
	18/03/2021
	Link para aula
	https://meet.google.com/qcq-gnmz-jum
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Neste módulo será explicado sobre os métodos químicos e físicos de controle do crescimento microbiano
TALVEZ SEJA NECESSÁRIO RELEMBRAR 
2
2
· Citologia bacteriana
· Fisiologia de procariontes
· 
Cultura de Microrganismos 
Introdução 
Os microrganismos tais como outros organismos vivos necessitam de obter os nutrientes apropriados do seu meio ambiente. Assim se queremos cultivar e manter microrganismos vivos em laboratório, necessitamos de os colocar em meios de cultura, contendo os nutrientes apropriados para o seu crescimento. Para além de nutrientes é igualmente necessário que as condições de oxigénio (presença ou ausência), pH e pressão osmótica sejam adequadas ao crescimento desses microrganismos. Na preparação dos meios e na manutenção das culturas de microrganismos é importante observar as necessárias condições de assepsia, de modo a se evitarem contaminações com outros microrganismos. Os meios de cultura dividem-se primeiramente em meios sólidos, aqueles que contêm ágar, e meios líquidos, sem ágar. Ambos os meios são preparados com água destilada, aquecidos até que se dissolvam completamente e posteriormente esterilizados por autoclavagem a 121oC. Nos meios sólidos o crescimento para por exaustão de nutrientes, devendo realizar-se a transferência de colónias para novo meio. No entanto estes meios permitem a individualização das colónias. Os meios líquidos permitem melhor difusão de metabólitos, mas não o isolamento de colónias. Após autoclavagem, os meios sólidos vertem-se em caixas de Petri de forma a cobrir uniformemente o fundo da caixa e após solidificação guardam-se por 24h na estufa a 37oC para testar a sua esterilidade e em seguida no frigorifico até à altura das sementeiras. Os meios sólidos podem também ser vertidos em tubos de ensaio de vidro. Os meios líquidos são mantidos em tubos de ensaio de vidro (os meios ditos sólidos estão líquidos quando saem do autoclave e solidificam após o arrefecimento). 
Quanto ao grau nutritivo dos meios de cultura consideram-se:
meios nutritivos gerais: contendo elementos minerais e metabólitos orgânicos. Ex. Agar Nutriente, Caldo Nutriente 
meios enriquecidos: contendo produtos biológicos (sangue, soro), vitaminas. Ex: Agar Sangue, meio geral não seletivo. 
meios complexos: contêm todos os ingredientes necessários para o crescimento de um determinado microrganismo, mas não se conhecem as quantidades exatas de todos os componentes. 
meios definidos: aqueles em que se sabe a concentração exata dos seus componentes. A composição destes meios varia consoante os requisitos dos organismos a cultivar. 
Classificam-se ainda os meios em:
Seletivos, meios para seleção de determinados grupos de bactérias, os quais contêm substâncias que inibem o crescimento de outras bactérias distintas daquelas que nos interessam (meios sólidos). Ex: Agar Pseudomonas, Tiossulfato-citrato-bilis-sacarose (TCBS) para Vibrio, Agar MacConkey para coliformes. 
Diferenciais, para identificação de microrganismos, meios sólidos com a composição química adequada para evidenciar uma característica bioquímica (meios sólidos). Ex: MacConkey Agar para isolamento de coliformes, patógenos intestinais na água produtos derivados do leite, e espécimes biológicos. Neste ágar após 24h a 35oC as colónias de Escherichia coli são vermelhas e mucoides, enquanto que as colónias de Salmonella e Shigella são brancas. 
Indicadores, meios líquidos, com a mesma função dos diferenciais, servem para evidenciar uma característica bioquímica, mas não para separar as colónias positivas e as negativas. O pH do meio é ajustado antes de autoclavar. A cultura de bactérias é iniciada num meio estéril por transferência de inoculo para o meio estéril através de uma ansa. Essa ansa é esterilizada à chama antes e depois desta operação. Após a inoculação de um meio com bactérias, é necessário incubar o meio num ambiente adequado aos requisitos de crescimento dos microrganismos. O crescimento de bactérias num meio liquido identifica-se por turvação do meio, formação de uma película na sua superfície, ou aparecimento de sedimento, enquanto que num meio sólido por aparecimento de colónias. Os meios líquidos são designados de caldos (broth). Os meios sólidos podem ainda ser vertidos em tubos de ensaio de vidro, os quais são inclinados, de modo a que, durante a solidificação do meio, se forme um slope ou slant (Fig.1). Este slant oferece uma superfície adequada ao cultivo de microrganismos aeróbios e anaeróbios facultativos. Para inoculação de microrganismos nestes slants, utiliza-se uma ansa reta e o tipo de sementeira chama-se por picada (agar stab) (Fig.1). A sementeira por picada faz-se também em meios sólidos mantidos em tubos de vidro sem slant. Este tipo de cultura utiliza-se para a manutenção de cultura stocks, em meios designados de conservação (3g de Tryptose Soy Broth, TSB; 3g de BactoAgar em 100 ml de água destilada, acrescentar 1.5g de NaCl para Vibrio). Estas culturas stock são mantidas em laboratório, podendo ser utilizadas para experiências. As culturas em meio sólido são convenientes para isolamento de colónias de bactérias. As colónias de diferentes espécies de bactérias diferem no tamanho, forma, textura e cor. A cultura de bactérias em meio sólido faz-se por sementeira por "streak" (esgotamento) ou por "pour plate" (incorporação). No tipo de cultura por streak, utilizam-se placas de petri com meio sólido e faz-se a sementeira com uma ansa esterilizada arrastando a ansa levemente sobre o meio (Fig. 2). O objetivo é a obtenção de colônias isoladas para se poderem posteriormente identificar. Após a incubação e havendo crescimento devemos observar a forma da colónia, os seus bordos, a cor, se houve hemólise (caso de cultura em meios com sangue). Na técnica de pour plate, a inoculação do agar é feita antes da sua solidificação (no entanto após retirada do meio da autoclave é necessário deixá-lo arrefecer até 45oC). Nesta técnica o meio de cultura arrefecido, mas ainda liquido é misturado com inóculo de bactérias, posteriormente vertido em caixas de Petri e incubado. Assim as colónias podem desenvolver-se por todo o meio (Fig. 3) 
Material e Métodos 
-Balões de fundo chato e pescoço curto 
-Tubos de ensaio de vidro 
-Algodão cardado, gaze, papel de embrulho e fio 
-Caixas Petri esterilizadas 
-Balança 
-Placa de aquecimento 
-Goblets e provetas 
-Agar nutriente e caldo nutriente desidratados 
-Água destilada. 
Para a preparação dos meios Agar e Caldo Nutriente proceder do seguinte modo:
1- Pesar as quantidades dos meios desidratados de acordo com as instruções do seu orientador. Diluir o meio desidratado em água destilada, mexer bem até dissolver todo o pó. 
2- Cozinhar os meios tendo o cuidado de agitar os balões de quando em quando, de modo a que permanecem com aspecto homogéneo e não se formem grânulos. 
3- Após o cozimento rolhar os balões de Agar Nutriente com rolha confeccionada com algodão cardado e gaze. Envolver a rolha após colocada com papel de embrulho e amarrar bem com o fio de embrulho. 
4- Dispender o Caldo Nutriente por tubos de ensaio até metade do tubo e igualmente rolhar os tubos com algodão cardado. 
5- Leve os balões de Agar Nutriente e os tubos do Caldo Nutriente a autoclavar por 15 minutos à temperatura de 121ºC. 
6- Após a esterilização retire os meios da autoclave. Deixe arrefecer o Agar Nutriente até cerca de 450C. Em seguida dispense o meio em caixas de Petri esterilizadas, cerca de 20ml em cada uma delas. O procedimento será o seguinte: abra a tampa ligeiramente, verta a quantidade necessária de meio, feche a tampa e movimente a caixa de modo a espalhar o meio homogeneamente por todo o seu fundo. Deixe o meio solidificar. 
7-Inverta as caixas, identifique-as com data e tipo de meio e incube por 48h a 370C para a prova de esterilidade. Incube também os tubos de Caldo Nutriente. 
8- Guarde todos os meios após a prova de esterilidade no frigorífico, até a próxima aula prática. 
9- Trabalhe sempre junto da chama da lamparina ou Bunsen Na aula seguinte poderá analisar os meios e verificar se efetivamente estão estéreis. Será então possível elaborar o seu relatório sobre preparação de meios de cultura e esterilização.
Figura 1 & 2: (1) “Slope” ou “Slant de Agar”; (2) Sementeira por esgotamento (Streak Plate) (a). Retirado de Black, 2002. 
Figura 3: Sementeira por incorporação (Pour-Plate) e por espalhamento (Spread-Plate). Retirado de Black, 2002.
Métodos físicos e químicos de controle do crescimento microbiano
Introdução
Há cerca de 100 anos iniciou-se esse controle, a partir de estudos feitos por Louis Pasteur e Joseph Lister, sendo aplicado a indústria, área laboratorial e hospitalar. A escolha do método de controle microbiano depende do material e do nível de controle que se deseja obter. O controle de microrganismos significa redução da carga microbiana e até mesmo morte e perda da capacidade reprodutiva, tendo como alvos celulares, a parede celular; membranas citoplásmicas; enzimas e proteínas; RNA e DNA
Métodos de controle do crescimento microbiano
O crescimento celular pode ser controlado por diferentes métodos:
Métodos físicos: Temperatura, radiação, filtração. Dessecação, remoção de oxigênio e Vibração ultrassônica.
Métodos químicos: Desinfetantes, antissépticos preservativos usados em alimentos.
Existe uma variação muito grande em termos de sensibilidade entre os microrganismos e os endósporos dos procariotos aos métodos físicos e químicos de controle.
Príon é uma proteína simples. Não são considerados seres vivos, porque não tem genoma, mas são infecciosos, causando sérios distúrbios, e, portanto, é alvo dos processos de desinfecção e esterilização.
Métodos físicos: Os métodos físicos são muito utilizados para promover a descontaminação a desinfecção e a esterilização. Os métodos mais utilizados para atingir estes objetivos usam como princípio o calor, as radiações e a filtração.
Temperatura: Calor seco e úmido
O calor é um dos mais importantes métodos para o controle do crescimento para eliminar os microrganismos. Acima da temperatura ideal de crescimento o calor vai promover a desnaturação de proteínas estruturais e enzimas, levando a perda da integridade celular à morte.
O calor seco elimina os microrganismos também por processo de oxidação. O calor úmido na forma de vapor tem o maior poder de penetração e eliminar as formas vegetativas dos procarióticos, vírus e fungos e seus esporos. A morte pelo o calor é uma função exponencial que ocorre à medida que a temperatura menor será o valor D (maior temperatura, menor D). Deste modo, são necessárias rápidas exposições à temperatura alta para grande redução no número dos microrganismos viáveis.
Métodos que empregam o calor úmido
Autoclave: Equipamento que emprega vapor d’água sob processo que produz a temperatura mínima de 121ºC. Quanto maior a pressão da autoclave mais a temperatura. Estes métodos destroem as formas vegetativas e esporuladas a procariotos e fungos, promovendo a esterilização: Os príons são uma exceção por serem agentes extremamente resistentes aos métodos de desinfecção e esterilização. A autoclavação é uma um método muito usado em laboratórios e hospitais. O ar normalmente impede direto do agente esterilizando vapor com material, o que torna menos eficiente.
Tipos de autoclaves:
Autoclave gravitacional: O ar é removido por gravidade e sai por um ralo na parte inferior da câmera à medida que o vapor é injetado. O aquecimento é feito de fora para dentro.
Autoclave com sistema de vácuo: O ar é previamente removido por vácuo. Quando o vapor entra penetra instantaneamente os artigos na ausência de ar residual.
Pasteurização: Métodos muito usados na indústria de alimentos que só podem ser submetidos ao calor em condições controlados para não desnaturar os nutrientes. Na pasteurização ocorre uma redução no número dos microrganismos pela exposição breve a uma temperatura relativamente alta. Não esteriliza. Existem basicamente três tipos:
- Ultra alta temperatura
- Alta temperatura
- Baixa temperatura
Água em ebulição: É o vapor d’água livre (100ºc/20 min.). Destrói as formas vegetativas e alguns endósporos (dependendo da temperatura e da espécie de bactérias). A maioria dos endósporos e alguns vírus, como o da hepatite podem sobreviver 30 minutos na fervura. Não é um método de esterilização apenas permite o controle do crescimento microbiano.
Métodos que empregam calor seco
Estufa e formo: Tem menor poder de penetração do que calor úmido usam temperatura e tempos maiores. A característica em comum entre os métodos é ausência de umidade, o que torna o processo menos eficiente e demorado.
Flambagem: Ocorre combustão completa dos microrganismos em alças e agulhas microbiológicas, as quais são aquecidas diretamente na cama do bico de Bunsen até ficarem rubras.
Incineração: É a combustão completa para descontaminação de material hospitalar de uso descartável (luvas, material plástico) e lixo contaminado em geral.
Baixas temperaturas: A baixa temperatura é um método de controle dos microrganismos porque causa diminuição na taxa de crescimento e na atividade enzimática. Pode não causar a morte celular. Os microrganismos patogênicos são geralmente mesofilos (não crescem a 5º C), embora existam exceções como certas amostras de Clostridium botulinum que crescem a 5ºC.
Métodos que empregam baixa temperatura
O efeito das baixas temperaturas sobre os microrganismos e da intensidade da aplicação.
Refrigeração: Nos os microrganismos comuns (0-7ºC) a taxa metabólica da maioria dos microrganismos é tão reduzida que eles não podem se reproduzir. A refrigeração comum tem mais efeito bacteriostático, entretanto, microrganismos psicrófilos crescem lentamente em baixas temperaturas, alterando o sabor dos alimentos após algum tempo, como, por exemplo, as pseudômonas. O método é usado para a preservação de alimentos durante período limitado de tempo.
Congelamento: Usado para preservar alimentos nas residências e na indústria alimentícia. As temperaturas abaixo do congelamento obtidas rapidamente tendem a tornar os micróbios dormentes, mas não necessariamente os matam. O congelamento lento faz com que cristais de gelo se formem e cresçam rompendo as estruturas celular e molecular das bactérias.
Radiação: As radiações constituem um método eficaz para reduzir ou eliminar os microrganismos. Existem vários tipos de radiações, eletromagnéticas como o raio x e outras radiações ionizantes, ultravioletas feixes de elétrons e micro-ondas.
Radiação ionizante: Raio x como comprimento de onda de 0,1-40nm e radiação gama (y) com comprimentos até menores são radiações ionizantes porque possuem energia para retirada dos elétrons das moléculas, ionizando-as (formando íons)
A principal molécula ionizada é água, com a formação das radicais livres. A ação mais prejudicial é no DNA, mas atinge outras moléculas como proteínas. Leva a morte celular.
A radiação é rotineiramente usada para processos de esterilização e descontaminação de suprimentos médicos e de produtos alimentícios.
Radiação Ultravioleta: Esta radiação não ionizante tem sua atividade microbicida na faixa de comprimento de onda 240-280nm, sendo 260nm o comprimento mais efetivo para eliminar microrganismo.
Este tipo de radiação é mutagênico e leva a formação de dímeros de timina, que impedem a ação da DNA polimerase. Tem ação microbicida, mas baixo poder de penetração, por isso seu uso é recomendado apenas em superfícies (não atravessa sólidos muito pouco em líquidos). Muito eficaz na inativação dos vírus.
Micro-ondas: É a radiação com os maiores comprimentos de onda do espectro eletromagnético (1nm a 1m). As frequências dos fornos de micro-ondas são sincronizadas para combinar níveis de energia em moléculas de água. Noestado liquido as moléculas de águas absorvem rapidamente a energia do micro-ondas, liberando-a para alimento na forma de calor. Materiais que não contem água permanecem frios (papel, porcelana, plástico), enquanto os que a contem ficam quentes.
Filtração: A filtração pode ser usada para esterilizar gases e líquidos que são sensíveis ao calor. Os filtros são compostos por grande variedade de matérias sintéticos podendo ser filtros de celulose, acetado, amianto, policarbonato, teflon ou outro material sintético com poros de 0,2-0,25m. Impedem a passagem de bactérias menos Mycoplasma sp. Entretanto, existem diferentes tamanhos de poros de acordo com o tipo de filtragem que se deseja. O uso da filtração é recomendado para materiais termolábeis em solução e na descontaminação do ar, em fluxos laminares e sistemas de ventilação nos quais o controle microrganismo é especialmente importante como salas de cirurgias e enfermarias de tubérculos e unidades de queimados.
Dessecação: Os métodos que utilizam como principio a dessecação removem a água e, como os microrganismos necessitam dela para seu crescimento, estes procedimentos são eficazes para o controle do crescimento microbiano. O mais usado é a liofilização.
Liofilização: É o congelamento rápido do material sob N² e posterior remoção da água por sublimação, sendo convertida diretamente do estado solido para o gasoso. Este método bacteriostático e menos destrutivo que o congelamento. É usado na indústria de alimentos (café, leite) e na preservação de cultura bacterianas.
Defumação: Consiste na diminuição do teor de água por exposição de alimento (carnes, peixes) durante horas ou dias a fumaça de madeira em combustão.
Remoção do oxigênio: Previne o crescimento de microrganismo aeróbio. Muito usado na indústria de alimentos (café, enlatado). No caso do café, usa o empacotamento a vácuo. Entretanto, deve-se tomar cuidado com a presença de microrganismos anaeróbios capazes de esporular em alimentos enlatados. Neste caso é melhor esterilizar pelo calor antes da remoção de oxigênio (115ºC/5min)
Vibração ultrassônica: Consiste em vibrações sonoras de alta frequência que levam a rompimento de células, despolimerização de compostos quebras do DNA. Não esteriliza.
Métodos Químicos
São substâncias químicas de origem natural ou sintética usadas para eliminar ou inibir o crescimento dos microrganismos. A resposta dos microrganismos aos agentes químicos varia em relação a fatores tais como pH, temperatura, presença de matéria orgânica, fase de multiplicação e mesmo presença de outros agentes químicos. De acordo com seu efeito nos microrganismos podem apresentar:
Efeito estático (bacteriostático, fungistático ou virustático) - inibição do crescimento. Em condições normais os microrganismos voltam a crescer.
Efeito microbicida (bactericida, fungicida, viruscida) – morte do microrganismo.
Os agentes químicos podem ser usados para descontaminação, desinfecção, antissepsia ou esterilização. Têm maior efeito nas células vegetativas por terem metabolismo ativo. Ocorrem variações na sua ação de acordo com concentração da substância e tempo de contato, pH, temperatura, tipo de microrganismo e presença de material orgânico (possível inativação da substância)
Desinfetantes: Compostos químicos que podem matar ou inibir o crescimento dos microrganismos são usados em superfícies e objetos inanimados. Existem métodos para avaliar a eficácia destes desinfetantes que são o coeficiente fenólico e método da diluição de uso, atualmente é o mais usado.
Coeficiente Fenólico: É um processo clássico, cujo objetivo é realizar uma comparação da atividade germicida de determinado desinfetante-teste como a atividade do fenol em condições padronizadas
Método da diluição de uso
Usado atualmente, determina a concentração apropriada do desinfetante e não compara com nenhum outro desinfetante-padrão como o método do fenol.
Antissépticos: Antissépticos são agentes químicos para uso tópico em tecidos vivos. Não podem ser ingeridos. Existe teste de toxicidade que são feitos em culturas de células para verificar o nível de toxicidade.
Índice de toxicidade (I): É uma medida da toxicidade seletiva do antisséptico. Os testes são feitos em culturas de células e visam a verificar a toxicidade do agente químico.
Agentes químicos: Desinfetantes e antissépticos
Agentes Alquilantes: Promovem a alquilação de grupos –COOH, -OH, -SH e –NH de enzimas e ácidos nucléicos inativando-os. Em virtude da capacidade de romperem ácidos nucléicos, podem causar câncer e não devem ser usados em situações nas quais possam afetar células humanas.
Glutaraldeído: O mecanismo de ação é a alquilação (entra como substituto) dos grupos sulfidrila, hidroxila, carbonila e grupo amino, alterando o DNA e a síntese proteica.
Formaldeído (CH20): Pode ser um agente esterilizante ou desinfetante. Ter ação sobre Gram-positivas e negativas, fungos, vírus, microbactérias e endósporos bacterianos. Para fins de esterilização, o tempo mínimo é de 18 horas tanto em solução alcoólica a 8% como aquosa a 10%.
Oxido de etileno (ETO): Gás incolor, com grande poder de penetração e mutagênico, o óxido de etileno é misturado com gases inertes liquefeitos como freon (difluormetano) e o CO para diminuir o risco de inflamabilidade. Os vapores do óxido etileno são tóxicos para pele, olhos e membranas mucosas, além se serem cancerígenos. Exige treinamento do pessoal com controle de exames bioquímicos de sangue. Existe monitoração biológica para este tipo de esterilização. O indicador usado é o Bacillus subtilis var niger.
Fenol: O fenol (ácido carbólico) e seus derivados fenólicos são agentes desnaturantes de proteínas. Os derivados possuem alterações na estrutura do fenol que aumentam a ação antimicrobiana e diminuem a toxicidade. Por exemplo: alqui-fenois (orto, metade paracresóis).
O fenol é mais usado para desinfetar superfícies e culturas que serão descartadas. Entretanto, dependendo da sua concentração, pode ter diferentes níveis de ação:
- Fenol 0,5-1% - anti-séptico
- Fenol 5%- desinfetante
O fenol promove uma desinfecção de nível médio ou intermediário oi baixo. Podem ser usados para descontaminação de superfícies hospitalares, artigos metálicos e de vidro.
Binguanida: A clorexidina é um composto clorado, semelhante ao hexaclorofeno, que é eficaz contra vários micróbios, mesmo na presença de matéria orgânica. Muito sado no controle da densidade microbiana em pele e mucosas. Combinada com detergente ou álcool, também é usada para escovação cirúrgica das mãos e na preparação pré-operatória de pacientes
Halogênios: Hipoclorito de sódio, cloro e Iodo
Cloro e compostos clorados: Agentes oxidantes, que oxidam grupos-SH e _NH de enzimas, inibindo-as e inativando ácidos nucléicos são eficazes contra vírus, bactérias Gram-positivas e negativas, fungos, micobactérias, todos os tipos de vírus e endósporos.
Usado na desinfecção hospitalar e de água (alimentação, piscinas). Em hospital é indicado para desinfecção de nível médio de artigos e superfícies e também para descontaminação de superfícies durante 10 minutos com 1% de cloro ativo.
Solução de Iodo: Agente químico usado com desinfetante ou anti-séptico, é uma forte agente oxidante (completa e inativa proteínas) e pode ser usado na forma de álcool iodado. Têm ação contra células vegetativas, endósporos, vários fungos e alguns vírus. Um mecanismo proposto é aquele em que o iodo se combina com o aminoácido tirosina, aminoácido encontrado em várias proteínas e enzimas inibido suas funções.
Quaternários de Amônio (QUATS): São desinfetantes surfactantes, detergentes iônicos, derivados da amônia. Possuem quatro grupos orgânicos ligados a um átomo de nitrogênio do íon amônio NH+. Considerados desinfetantes de baixa toxicidade e classificados com atividade de baixo nível, é mais efetivo contra bactérias Gram-positivas do que Gram-negativas P. aeruginosa, E. coli e Salmonella typhimurium são resistentes a sua ação. Ativos contra alguns fungos e vírus não-lipídicos.
Sabões: Agentes tensoativos ou surfactantes são capazesde reduzir a tensão de superfície entre as moléculas de um liquido. São os detergentes e sabões. O sabão tem pouco valos com anti-séptico, mas remove mecanicamente os micróbios pela esfregação.
Peroxigênio: Peróxido de hidrogênio, ácido peracético e ozônio
São agentes químicos oxidantes
Peróxido de hidrogênio: O peróxido de hidrogênio é usado como agente esterilizante na indústria de alimentos para filtros e tubulações há muito tempo e, em ração de sua eficácia, passou a ser usado em outras áreas, inclusive na prática hospitalar para antisséptico. É um agente antimicrobiano eficaz, quando utilizado isoladamente.
Gás plasma ou plasma esterilizante de peróxido de hidrogênio: Definido como o quarto estágio da matéria, o plasma é produzido altas temperaturas e em decorrência de um campo eletromagnético. É composto por nuvens de elétrons, íons e moléculas neutras. O sistema de esterilização utiliza o peróxido de hidrogênio como gás substrato. É um processo rápido que ocorre a baixa temperatura.
Ácido peracético: Este agente pode ser usado em baixas concentrações, possui rápida atividade contra microrganismos, procariotos, inclusive endósporos, fungos e vírus. Considerado desinfetante de níveis intermediários e altos. Decompõem-se produtos não tóxicos (água, oxigênio e peróxido de hidrogênio). É efetivo na presença de matérias orgânica.
Ozônio: Forma altamente reativa do oxigênio que é gerada passando o oxigênio através de descargas elétricas de alta voltagem. É frequentemente usado para suplementar o cloro na desinfecção da água. Apresenta a vantagem de ser microbicida sem contaminantes. A desvantagem é ser mais caro que o cloro, sem atividade residual.
Álcoois: Promovem a desnaturação de proteína e desorganização dos lipídeos de membrana. São indicados para desinfecção de níveis abaixo ou intermediário. Os álcoois na contração 60-90% são excelentes bactericidas, principalmente paras as formas vegetativas. Atuam também sobre células de Mycobacterium tuberculosis, alguns fungos e vírus lipofílicos. Sua indicação é para desinfecção de artigos e superfícies; e o tempo de exposição recomendado é 10 minutos. O álcool etílico possui maior ação germicida, menores custo e toxicidade do que o isopropílico, que por sua vez, tem maior ação para vírus hidrofílicos.
Metais pesados: Os metais pesados usado em agentes químicos são o selênio, o mercúrio, e cobre e a prata. O nitrato de prata já foi muito usado para prevenir infecções oftálmicas por gonococos em bebês na hora do parto, mas depois foi substituído por antibióticos.
Corantes: alguns corantes podem ser usados, como o azul de metileno, que inibe o crescimento de algumas bactérias, e o cristal violeta, conhecido como violeta de genciana, que bloqueia a síntese de parede celular, impedindo o crescimento do bactérias Gram-positivas.
Testes de validação, indicadores químicos e indicadores biológicos
Teste de validação programas desenvolvidos para assegurar a reprodutibilidade e confiabilidade do processo, garantindo resultado satisfatório e segurança. A validação verifica a eficiência do equipamento para ele exigida.
Substâncias químicas usadas como preservativos de alimentos: O uso de preservativos químico nos alimentos é um método para prevenir a decomposição dos alimentos e o crescimento de patógenos.
Ácidos orgânico: Ácidos acético, cítrico, lático, propiônico, benzoico sórbico ou seus sais são efetivos no controle do crescimento. Ácido propiônico é eficaz contra fungos filamentosos e usados em bolos, cafés e vários tipos de queijos.
Nitrato e Nitritos: Combina-se com prótons e formam ácido nitroso e óxido nítrico, substâncias fortemente oxidantes, desestabilizando proteínas e a membrana. Causa a inibição de várias bactérias, inclusive Clostridium botulinum. Desvantagem: reações com grupos amina e formação de nitrosamina (cancerígeno). São usados na “cura” e carnes como bacon e presunto. Preservam o tom vermelho da carne.
Gás sulfeto, metabissulfito: Causam a redução de pontes dissulfeto. Usados em sucos, vinhos e frutas secas.
Adição de sal e açúcar: O meio hipertônico provoca a redução da qualidade intracelular de água. Altas concentrações de açucares, sais ou outras substâncias criam este meio que retira a água dos microrganismos por osmose, A perda da água interfere na função celular e, eventualmente, acarreta a morte celular.
Conclusão
Sendo de suma importância o controle do crescimento microbiano em qualquer área profissional, na enfermagem não poderia ser diferente, a manipulação do paciente, o local de trabalho, objetos e equipamentos utilizados no tratamento de pessoas devem ser higienizados de forma adequada, a fim de evitar a propagação de micróbios existentes no meio, no profissional e até mesmo no paciente, proporcionando a descontaminação e combatendo a disseminação de doenças.
FIXAÇÃO BILINGUE
Considerations in Microbial Control
Ever since microbes were shown to cause diseases, people have invented different techniques to control their spread. Controlling microbial growth is important in the medical field, pharmaceutical and biotechnology industries, academic research, and food industry. Each antimicrobial substance or agent achieves a different level of microbial elimination by a certain mechanism.
.
VOCABULARY
	Pequeno dicionário de jargões ou expressões idiomáticas para auxiliar o aluno na compreensão do texto, assim como o exemplo abaixo.
academic research = pesquisas acadêmicas.
diseases = Doenças
Growth = crescimento
medical field = campo médico
PARA APRENDER MAIS
Dicas de links interessantes:
https://courses.lumenlearning.com/boundless-microbiology/chapter/control-of-microbial-growth/
https://www.youtube.com/watch?v=1xsZBBNbigg (esse vídeo apresenta algumas perguntas e respostas ao final, não deixem de assistir)
https://www.youtube.com/watch?v=49xWsZaGmOM&list=PLapLNQwGMr8tj7hhk3vAC527ter1dkiuN&index=4&t=3s
https://www.youtube.com/watch?v=4jpQXLKULVI
https://slideplayer.com.br/slide/9542715/
Algumas questões para reforçar o aprendizado 
1) Com relação aos antimicrobianos e suas características, julgue os itens subsecutivos.
Os antimicrobianos bacteriostáticos destroem as bactérias de forma eficiente, enquanto os antimicrobianos com ação bactericida inibem seu crescimento.
C. Certo
E. Errado
2) justifique sua resposta da questão 1: 
3) Julgue os próximos itens, que versam sobre meios de cultura.
a) A composição do meio de cultura independe da exigência nutricional do microrganismo.
C. Certo
E. Errado
 
b) Em geral, é necessário proceder o ajuste do pH dos meios de cultura, para adequá-lo à necessidade dos microrganismos.
C. Certo
E. Errado
REFERÊNCIA(S) BIBLIOGRÁFICA(S)
1. BLACK, J. G. Microbiologia, Fundamentos e Perspectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
2. TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Porto Alegre: Artmed, 2017.
3. PELCZAR Jr., Michael J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, Noel R. Microbiologia: conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1996
4. Seeley, H.W. Jr., VanDemark, P.J., Lee, J.J.. Microbes in action. W.H. Freeman & Company, New York: chapter 8 & 9, 1991.

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