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Ferramentas para gerenciamento de projetos: o guia PMBOK SST TOTTI, Flaviana Ferramentas para gerenciamento de projetos: o guia PMBOK / Flaviana Totti Florianópolis, 2019. Copyright © 2019. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados. 3 Ferramentas para gerenciamento de projetos: o guia PMBOK Apresentação Você conhecerá a metodologia que poderá ajudá-lo no gerenciamento de projetos: as práticas do PMI descritas no Guia PMBOK 6ª edição. Verá, em detalhes, dos cinco processos propostos na 6ª edição do Guia PMBOK: iniciação, planejamento, execução, monitoramento/controle e encerramento. GERENCIAMENTO DE PROJETOS À LUZ DO PMBOK Historicamente, podemos perceber que o homem já se utilizava de alguma forma de gestão de projetos, a exemplo da construção das pirâmides do Egito, dos templos religiosos, da construção de hidrelétricas, entre tantas outras coisas. As abordagens de gerenciamento de projetos vêm sendo cada dia mais enfatizadas, visto que delas dependem a criação de produtos ou processos, sobretudo em um mundo cada vez mais globalizado. Para se compreender como se dá o gerenciamento de projetos, é fundamental entender o que é um projeto. De acordo com Carvalho (2015, p. 4), projeto pode ser definido como: um processo único, que contém atividades e operações coordenadas e controladas, com datas de início e término, visando alcançar um único objetivo. Esse objetivo a ser alcançado segue os requisitos especificados pelo cliente, com limitações e restrições de tempo, custo e recursos (CARVALHO, 2015, p. 4). O PMI (Project Management Institute) define projeto como um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A natureza temporária dos projetos indica que eles têm um início e um término definidos (PMI, 2013). 4 Podemos perceber dois conceitos intrínsecos nessas definições: um referente à temporalidade, ou seja, todo projeto tem um começo e um fim bem determinados, e outro que se refere à unicidade ou singularidade, ou seja, que o produto e/ou serviço do projeto é, de algum modo, diferente de todos os similares feitos anteriormente (RABECHINI JUNIOR, 2015, p. 20). Por buscarem resultados únicos, inéditos ou inovadores, projetos são uma atividade organizacional que pode ser estabelecida temporariamente para “mudar o rumo” da empresa, seja desenvolvendo novos produtos ou serviços, implementando um novo sistema de gestão ou, simplesmente, desenvolvendo o conteúdo para um programa de treinamento de seus funcionários (CAVALCANTI, 2016). Assim, podemos concluir que projetos devem ser únicos, dispor de início e fim e estar focados no cliente e sujeitos a restrições de prazos, custos e recursos. Seria impossível gerir um projeto sem o insumo humano, uma vez que as pessoas são os elementos basilares para o gerenciamento de projetos. TRIPÉ DO PROJETO: GESTOR-EQUIPE-CLIENTE Carvalho (2015) aponta como elementos basilares de projetos o tripé gestor-equipe- cliente, assim identificados pelo autor: Gestor do projeto responsável por conduzir o projeto e coordenar os trabalhos da(s) equipe(s) do projeto. Ou seja, cabe ao gestor alinhar o que deve ser feito, gerenciar o cumprimento de cada etapa do projeto e a comunicação com a equipe do projeto. O papel do gestor é primordial para que o projeto atenda às expectativas do(s) cliente(s). Equipe do projeto de acordo com cada projeto, a equipe caracteriza-se de diferentes maneiras. Equipes menores enquadram-se melhor em projetos menores e menos complexos; já em projetos mais robustos e de maior duração, são necessárias equipes maiores e de várias áreas e especialidades. Para coordená-las, é fundamental a presença de gestores. 5 Cliente é aquele ou aquela que tem expectativas e desejos sobre o projeto e que irá receber o produto ou serviço fruto do projeto. Observe, na Figura a seguir, que, para o gerenciamento de projetos, deve haver uma interseção entre os três elementos, ou seja, há um envolvimento de todas as partes. Figura: Tripé gestor-equipe-cliente Fonte: elaborado pela autora (2020). Assim, compreendemos um pouco mais a esfera do gerenciamento de um projeto que, segundo Vargas (2018), é o meio para se alcançar os resultados desejados dentro do prazo e orçamento predeterminados pelos três elementos basilares, gestor-equipe-cliente. Vargas (2018, p. 39) destaca, ainda, os principais benefícios do gerenciamento de projetos: Evita surpresas durante a execução dos trabalhos; permite desenvolver diferenciais competitivos e novas técnicas, uma vez que toda a metodologia está sendo estruturada; antecipa as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas, para que ações preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que essas situações se consolidem como problemas; adapta os trabalhos ao mercado consumidor e ao cliente; disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos; agiliza as decisões, já que as informações estão estruturadas e disponibilizadas; aumenta o controle gerencial de todas as fases a serem implementadas devido ao detalhamento ter sido realizado; facilita e orienta as revisões da estrutura do projeto que forem decorrentes de modificações no mercado ou no ambiente competitivo, melhorando a capacidade de adaptação do projeto; otimiza a alocação de pessoas, 6 equipamentos e materiais necessários; documenta e facilita as estimativas para futuros projetos (VARGAS, 2018, p. 39). Após o entendimento do que é um projeto e da compreensão dos benefícios do gerenciamento de um projeto, apresentamos uma das ferramentas de gerenciamento de projetos, a qual se estrutura em processos: o Guia PMBOK, detalhado a seguir. GUIA PMBOK O PMI (2017) é um organismo de referência global em gestão de projetos. Ele cria, propaga e atualiza o Guia PMBOK, um guia que ajuda no direcionamento de processos e melhores práticas na gestão de projetos, o qual já está em sua 6ª edição. A ideia do guia é ajudar você a gerenciar projetos com base em cinco macroprocessos: 1. Iniciação; 2. Planejamento; 3. Execução; 4. Monitoramento e Controle; 5. Encerramento. O PMI é um organismo que não preconiza fins lucrativos e sua função é promover o gerenciamento de projetos na esfera mundial. O instituto foi fundado em 1969, na Pensilvânia, Estados Unidos, fazendo-se presente em 185 países, além de dispor de mais de 500 mil associados (CARVALHO, 2015). No Brasil, o PMI procura ser reconhecido como uma organização de excelência na área de gerenciamento de projetos, tendo como missão servir o interesse profissional dos associados e contribuir com o desenvolvimento econômico e social do país (PMI, 2013), promovendo: O avanço do estado da arte na prática de gerenciar programas e projetos, e das organizações que estão envolvidas; o comportamento ético e a definição de responsabilidades em gerenciamento de programas e projetos; o apoio ao gerenciamento de projetos como uma disciplina profissional; a realização de programas de estímulo ao gerenciamento de projetos para o benefício da sociedade. (CARVALHO, 2015, p. 32). 7 A Figura a seguir representa os 49 processos para o gerenciamento de projetos, com base no Guia PMBOK 6ª edição. Figura: Processo de Gerenciamento de Projetos - Guia PMBOK 6ª edição Fonte: adaptado de Vargas (2018). 8 Note que cada macroprocesso apresenta um fluxo de subprocessos para cada etapa, os quais estratificam todos os 49 processos para gerenciamento de projetos. Carvalho (2015) ilustra muito bem o ciclo de vida de projetos e sua organização com base nesses cinco macroprocessos, conforme representado pela Figura a seguir: Figura: Ciclo de vida do projeto e sua organização Fonte: adaptada de Carvalho (2015, p. 40). Observa-se que o início de projetos se dá no macroprocesso Iniciação: a partir de suas primeiras evoluções, caminha-se para os processos de Planejamento e Execução. Os macroprocessos seguintes correspondem ao Monitoramento e Controle e, por fim,o de Encerramento, culminando na finalização do projeto. Assista ao vídeo e baixe todos os arquivos relacionados ao fluxo de processos de “Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) – 6ª Edição”. Acesse: <https://ricardo-vargas.com/pt/pmbok6-processes-flow/>. Acesso em: 10 jan. 2020. Saiba mais https://ricardo-vargas.com/pt/pmbok6-processes-flow/ 9 FECHAMENTO Aprendemos sobre o tripé que ampara um projeto: o GP, a equipe e o cliente. Conhecemos algumas premissas da metodologia para gerenciamento de projeto: o Guia PMBOK. Vimos que, por meio do Guia PMBOK, é possível gerenciar projetos com base em cinco macroprocessos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento/controle e encerramento. Por último, retomamos, com detalhes, os cinco macroprocessos do Guia PMBOK 6ª edição. 10 Referências CARVALHO, F. C. A. de. Gestão de projetos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. CAVALCANTI, F. R. P. Fundamentos de gestão de projetos. São Paulo: Atlas, 2016. PMI. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 5. ed. Pensilvânia, EUA: Project Management Institute, 2013. ______. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 6. ed. Pensilvânia, EUA: Project Management Institute, 2017. RABECHINI JUNIOR, R. Fundamentos em gestão de projetos: construindo competências para gerenciar projetos. São Paulo: Atlas, 2015. VARGAS, R. V. Fluxo de processos do PMBOK. 2018. Disponível em: <https://ricardo- vargas.com/pt/pmbok6-processes-flow/>. Acesso em: 14 nov. 2018. https://ricardo-vargas.com/pt/pmbok6-processes-flow/ https://ricardo-vargas.com/pt/pmbok6-processes-flow/