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LOGISTICA-REVERSA-4

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1 
 
 
 
 
LOGÍSTICA REVERSA 
 
2 
 
 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO 4 
Questões ambientais 5 
O processo de logística reversa e o conceito de ciclo de vida 6 
Caracterização da Logística Reversa 8 
Fatores críticos que influenciam a eficiência do processo de logística reversa
 10 
Uma breve história da Logística Reversa 12 
Conceito de Logística Reversa 14 
A importância da Logística Reversa 15 
Logística Reversa para Empresa 18 
Alguns fatores para a aplicação da Logística Reversa 19 
A Logística Reversa está relacionada somente com meio ambiente? 23 
A Logística Reversa no Brasil 24 
Influência da Logística Reversa no desempenho empresarial 28 
Medição de desempenho na Logística Reversa 30 
Modelo de Gerenciamento da Logística Reversa 32 
Como projetar um sistema de Logística Reversa 34 
Fluxos de distribuições reversas 39 
Rede de distribuição reversa 40 
Impactos da Logística Reversa na Gestão da Logística 41 
Tendências 42 
CONCLUSÃO 44 
REFERENCIAS 45 
 
 
3 
 
 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de 
um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz 
de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua 
formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de 
publicações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de 
forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma 
base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de 
uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O termo Logística Reversa - LR, assim como os estudos iniciais desta temática, 
podem ser encontrados já na literatura dos anos 70 e 80, tendo seu foco principal 
relacionado com o retorno de bens para serem processados em reciclagem dos 
materiais, sendo denominados e analisados como canais de distribuição reversos. 
Segundo Rogers e Tibben-Lembke (1999), a LR pode ser definida como a área 
da Logística Empresarial responsável pelo planejamento, operação e controle dos 
fluxos reversos de matérias-primas, estoques de processo, produtos acabados e as 
respectivas informações desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o 
propósito de recapturar valor ou adequar seu destino, podendo gerar diversos 
benefícios que originam ganhos de competitividade e se refletem nas esferas 
econômica, social e ambiental. 
Usualmente pensamos em logística como o gerenciamento do fluxo de 
materiais do seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. No entanto, existe 
também um fluxo logístico reverso, do ponto de consumo até o ponto de origem, que 
precisa ser gerenciado. Este fluxo logístico reverso é comum para uma boa parte das 
empresas. Por exemplo, fabricantes de bebidas têm que gerenciar todo o retorno de 
embalagens (garrafas) dos pontos de venda até seus centros de distribuição. As 
siderúrgicas usam como insumo de produção em grande parte a sucata gerada por 
seus clientes e para isso usam centros coletores de carga. A indústria de latas de 
alumínio é notável no seu grande aproveitamento de matéria prima reciclada, tendo 
desenvolvido meios inovadores na coleta de latas descartadas. Existem ainda outros 
setores da indústria onde o processo de gerenciamento da logística reversa é mais 
recente como na indústria de eletrônicos, varejo e automobilística. Estes setores 
também têm que lidar com o fluxo de retorno de embalagens, de devoluções de 
clientes ou do reaproveitamento de materiais para produção. Este não é nenhum 
fenômeno novo e exemplos como o do uso de sucata na produção e reciclagem de 
vidro tem sido praticado há bastante tempo. Por outro lado, tem-se observado que o 
5 
 
 
 
escopo e a escala das atividades de reciclagem e reaproveitamento de produtos e 
embalagens têm aumentado consideravelmente nos últimos anos. 
 
Questões ambientais 
 
Existe uma clara tendência de que a legislação ambiental caminhe no sentido 
de tornar as empresas cada vez mais responsáveis por todo ciclo de vida de seus 
produtos. Isto significa ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega 
dos produtos aos clientes e do impacto que estes produzem no meio ambiente. Um 
segundo aspecto diz respeito ao aumento de consciência ecológica dos 
consumidores que esperam que as empresas reduzam os impactos negativos de sua 
atividade ao meio ambiente. Isto tem gerado ações por parte de algumas empresas 
que visam comunicar ao público uma imagem institucional “ecologicamente correta”. 
Concorrência – Diferenciação por serviço 
Os varejistas acreditam que os clientes valorizam as empresas que possuem 
políticas mais liberais de retorno de produtos. Esta é uma vantagem percebida onde 
os fornecedores ou varejistas assumem os riscos pela existência de produtos 
danificados. Isto envolve, é claro, uma estrutura para recebimento, classificação e 
expedição de produtos retornados. Esta é uma tendência que se reforça pela 
existência de legislação de defesa dos consumidores, garantindo-lhes o direito de 
devolução ou troca. 
Redução de Custo 
As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis 
retornos para as empresas. Economias com a utilização de embalagens retornáveis 
ou com o reaproveitamento de materiais para produção têm trazido ganhos que 
estimulam cada vez mais novas iniciativas. Além disto, os esforços em 
desenvolvimento e melhorias nos processos de logística reversa podem produzir 
também retornos consideráveis, que justificam os investimentos realizados. Nas 
seções seguintes deste artigo serão apresentados conceitos básicos relacionados à 
6 
 
 
 
logística reversa e discutidos alguns dos fatores críticos que influenciam a eficiência 
dos processos de logística reversa. 
 
 
O processo de logística reversa e o conceito de ciclo 
de vida 
 
Por traz do conceito de logística reversa está um conceito mais amplo que é o 
do “ciclo de vida”. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com 
sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam 
e deve retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, 
reparados ou reaproveitados. Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos 
custos de compra de matéria-prima, de produção, de armazenagem e estocagem, o 
ciclo de vida de um produto inclui também outros custos que estão relacionados a 
7 
 
 
 
todo o gerenciamento do seu fluxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esta é uma 
forma de avaliar qual o impacto que um produto sobre o meio ambiente durante toda 
a sua vida. Esta abordagem sistêmica é fundamental para planejar a utilização dos 
recursos logísticos de forma contemplar todas as etapas do ciclo de vida dos 
produtos. Neste contexto, podemos então definir logística reversa como sendo o 
processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, 
estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de 
consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um 
descarte adequado. 
 
 
 
O processo de logística reversa gera materiais reaproveitados que retornam 
aoprocesso tradicional de suprimento, produção e distribuição, conforme indicado na 
figura. Este processo é geralmente composto por um conjunto de atividades que uma 
empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou 
obsoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda ou de 
descarte. Existem variantes com relação ao tipo de reprocessamento que os materiais 
podem ter, dependendo das condições em que estes entram no sistema de logística 
8 
 
 
 
reversa. Os materiais podem retornar ao fornecedor quando houver acordos neste 
sentido. Podem ser revendidos se ainda estiverem em condições adequadas de 
comercialização. Podem ser recondicionados, desde que haja justificativa econômica. 
Podem ser reciclados se não houver possibilidade de recuperação. Todas estas 
alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema logístico 
direto. Em último caso, o destino pode ser a seu descarte final (Figura). 
 
 
 
Caracterização da Logística Reversa 
 
A natureza do processo de logística reversa, ou seja, quais as atividades que 
serão realizadas dependem do tipo de material e do motivo pelo qual estes entram no 
sistema. Os materiais podem ser divididos em dois grandes grupos: produtos e 
embalagens. No caso de produtos, os fluxos de logística reversa se darão pela 
necessidade de reparo, reciclagem, ou porque simplesmente os clientes os retornam. 
Na tabela 1 abaixo mostra taxas de retorno devido a clientes, típicas de algumas 
indústrias. Note que as taxas de retorno são bastante variáveis por indústria e que, 
em algumas delas, como na venda por catálogos, o gerenciamento eficiente do fluxo 
reverso é fundamental para o negócio. 
9 
 
 
 
 
 
 
O fluxo reverso de produtos também pode ser usado para manter os estoques 
reduzidos, diminuindo o risco com a manutenção de itens de baixo giro. Esta é uma 
prática comum na indústria fonográfica. Como esta indústria trabalha com grande 
número de itens e grande número de lançamentos, o risco dos varejistas ao adquirir 
estoque se torna muito alto. Para incentivar a compra de todo o mix de produtos 
algumas empresas aceitam a devolução de itens que não tiverem bom 
comportamento de venda. Embora este custo da devolução seja significativo, 
acredita-se que as perdas de vendas seriam bem maiores caso não se adotasse esta 
prática. No caso de embalagens, os fluxos de logística reversa acontecem 
basicamente em função da sua reutilização ou devido a restrições legais como na 
Alemanha, por exemplo, que impede seu descarte no meio ambiente. Como as 
restrições ambientais no Brasil com relação a embalagens de transporte não são tão 
rígidas, a decisão sobre a utilização de embalagens retornáveis ou reutilizáveis se 
restringe aos fatores econômicos. Existe uma grande variedade de containeres e 
embalagens retornáveis, mas que tem um custo de aquisição consideravelmente 
maior que as embalagens oneway. Entretanto, quanto maior o número de vezes que 
se usa a embalagem retornável, menor o custo por viagem que tende a ficar menor 
que o custo da embalagem oneway. 
 
10 
 
 
 
Fatores críticos que influenciam a eficiência do 
processo de logística reversa 
Dependendo de como o processo de logística reversa é planejado e 
controlado, este terá uma maior ou menor eficiência. Alguns dos fatores identificados 
como sendo críticos e que contribuem positivamente para o desempenho do sistema 
de logística reversa são comentados abaixo: 
 
 
 
 Bons controles de entrada 
No início do processo de logística reversa é preciso identificar corretamente o 
estado dos materiais que retornam para que estes possam seguir o fluxo reverso 
correto ou mesmo impedir que materiais que não devam entrar no fluxo o façam. Por 
exemplo, identificando produtos que poderão ser revendidos, produtos que poderão 
ser recondicionados ou que terão que ser totalmente reciclados. Sistemas de logística 
reversa que não possuem bons controles de entrada dificultam todo o processo 
subseqüente, gerando retrabalho. Podem também ser fonte de atritos entre 
fornecedores e clientes pela falta de confiança sobre as causas dos retornos. 
Treinamento de pessoal é questão chave para obtenção de bons controles de 
entrada. 
 
11 
 
 
 
 Processos padronizados e mapeados 
Uma das maiores dificuldades na logística reversa é que ela é tratada como 
um processo esporádico, contingencial e não como um processo regular. Ter 
processos corretamente mapeados e procedimentos formalizados é condição 
fundamental para se obter controle e conseguir melhorias. 
 Tempo de Ciclo reduzidos 
Tempo de ciclo se refere ao tempo entre a identificação da necessidade de 
reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu efetivo processamento. Tempos 
de ciclos longos adicionam custos desnecessários porque atrasam a geração de caixa 
(pela venda de sucata, por exemplo) e ocupam espaço, dentre outros aspectos. 
Fatores que levam a altos tempos de ciclo são controles de entrada ineficientes, falta 
de estrutura (equipamentos, pessoas) dedicada ao fluxo reverso e falta de 
procedimentos claros para tratar as “exceções” que são, na verdade, bastante 
frequentes. 
 Sistemas de informação 
A capacidade de rastreamento de retornos, medição dos tempos de ciclo, 
medição do desempenho de fornecedores (avarias nos produtos, por exemplo) 
permite obter informação crucial para negociação, melhoria de desempenho e 
identificação de abusos dos consumidores no retorno de produtos. Construir ou 
mesmo adquirir estes sistemas de informação é um grande desafio. Praticamente 
inexistem no mercado sistemas capazes de lidar com o nível de variações e 
flexibilidade exigida pelo processo de logística reversa. 
 Rede Logística Planejada 
Da mesma forma que no processo logístico direto, a implementação de 
processos logísticos reversos requer a definição de uma infraestrutura logística 
adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída 
de materiais processados. Instalações de processamento e armazenagem e sistemas 
de transporte devem desenvolvidos para ligar de forma eficiente os pontos de 
consumo onde os materiais usados devem ser coletados até as instalações onde 
serão utilizados no futuro. Questões de escala de movimentação e até mesmo falta 
12 
 
 
 
de correto planejamento podem levar com que as mesmas instalações usadas no 
fluxo direto sejam utilizadas no fluxo reverso, o que nem sempre é a melhor opção. 
Instalações centralizadas dedicadas ao recebimento, separação, armazenagem, 
processamento, embalagem e expedição de materiais retornados podem ser uma boa 
solução, desde que haja escala suficiente. 
 Relações colaborativas entre clientes e fornecedores 
No contexto dos fluxos reversos que existem entre varejistas e indústrias, onde 
ocorrem devoluções causadas por produtos danificados, surgem questões 
relacionadas ao nível de confiança entre as partes envolvidas. São comuns conflitos 
relacionados à interpretação de quem é a responsabilidade sobre os danos causados 
aos produtos. Os varejistas tendem a considerar que os danos são causados por 
problemas no transporte ou mesmo por defeitos de fabricação. Os fornecedores 
podem suspeitar que está havendo abuso por parte do varejista ou que isto é 
consequência de um mal planejamento. Em situações extremas, isto pode gerar 
disfunções como a recusa para aceitar devoluções, o atraso para creditar as 
devoluções e a adoção de medidas de controle dispendiosas. Fica claro que práticas 
mais avançadas de logística reversa só poderão ser implementadas se as 
organizações envolvidas na logística reversa desenvolverem relações mais 
colaborativas. 
 
Uma breve história da Logística Reversa 
 
Nas últimas décadas o mundo vivencia uma ânsia de lançamento de produtos 
e modelos em todos os setores do mercado, o que é fortemente influenciadopelos 
ideais capitalistas e pelo fortalecimento da economia e maior poder de compra da 
população menos favorecida. Para agradar os milhões de consumidores, as 
empresas põem em circulação grande variedade de produtos, com características 
diversas e especificações diferenciadas para atender os mais variados segmentos de 
consumo. Também abordará que com o pedido inicia-se o ciclo de vida do produto 
final que será entregue ao consumidor final, cujo retorno possibilitará a criação de um 
mesmo ou um novo produto. Será abordado que entre os componentes da empresa 
13 
 
 
 
varejista, o estoque, a armazenagem e a distribuição do produto são agilizadas pela 
logística, que também cuida do seu transporte, escolhendo o melhor modal, para um 
produto embalado de maneira peculiar e com atenção especial aos cuidados pós-
utilização, pois com seu retorno haverá a criação de um mesmo ou um outro conforme 
dito. 
A origem da palavra logística vem do grego logistikos, do qual o latim logisticus 
é derivado, que significa razão, cálculo, pensar e analisar. Segundo o Dicionário 
Aurélio, o termo logístico vem do francês logistique e tem como uma de suas 
definições: parte da arte militar que trata do planejamento e da realização de projetos 
de desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, 
manutenção e evacuação de materiais para fins operativos ou administrativos. 
Novaes (2014, p.35) adota o conceito de logística do Council of Logistics Management 
norte americano, que defini logística como: 
“Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de 
maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os 
serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem 
até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do 
consumidor. ” (NOVAES, 2014 p.35) 
A logística reversa é algo que vem chamando atenção de diferentes estudiosos 
nos dias atuais. De Brito e Bekker (2012) realizaram um estudo para destacar pontos 
táticos, estratégicos e operacionais da Logística Reversa, bem como para destacar 
seus conceitos e definições, de modo a clarear a compreensão do assunto. Conforme 
Brito e Ballou (2011) a logística reversa está relacionada a algumas atividades de 
tratamento e gestão de equipamentos, produtos, componentes, materiais ou até 
mesmo todo o sistema técnico a ser recuperado, o que pode simplesmente 
compreender a revenda de um produto ou então o recolhimento, inspeção, separação 
e outros relacionados a remanufatura e reciclagem. 
14 
 
 
 
 
 
Conceito de Logística Reversa 
 
Logística Reversa pode ser classificada como sendo apenas uma versão 
contrária da Logística como a conhecemos. O fato é que um planejamento reverso 
utiliza os mesmos processos que um planejamento convencional. Ambos tratam de 
nível de serviço, armazenagem, transporte, nível de estoque, fluxo de materiais e 
sistema de informação. No entanto a Logística Reversa deve ser vista como um novo 
recurso para a lucratividade. 
Na verdade, todas as empresas trabalham com o conceito de logística reversa, 
porém nem todas encaram esse processo como parte integrante e necessária para o 
bom andamento ou para o aumento nos custos das empresas. Apenas utilizam o 
processo e não dispensem maior importância e nem investem em pesquisas para o 
mesmo. Uma empresa que recebe um produto como fruto de devolução por qualquer 
motivo já está aplicando conceitos de logística reversa, bem como aquela que compra 
materiais recicláveis para transformá-los em matéria-prima novamente. 
15 
 
 
 
Esse interessante processo pode ser visto pelas empresas com enfoques 
diferentes, ou seja, para algumas, esse processo trará benefícios diversos, a começar 
pela redução de custos, enquanto que para outras pode ser um grande problema, 
pois representa custos que precisam ser controlados. No segundo caso, observamos 
que, nas empresas onde o processo de logística reversa representa custos, existe 
uma grande preocupação com o processo, para que ele seja extremamente 
controlado, a fim de que esses custos sejam reduzidos, uma vez que a extinção do 
processo de logística reversa numa empresa é praticamente impossível. 
A logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retornos de 
produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Mesmo sendo 
considerado um tema extremamente atual, esse processo já ocorria a alguns anos 
em indústrias de bebidas, de forma continua cessando aparentemente a partir do 
momento em que as embalagens passaram a ser descartáveis. 
Quando falamos em logística imaginamos um fluxo de produtos, desde o 
momento em que é gerada a necessidade de atendimento de um produto até sua 
entrega ao cliente que estará aguardando a sua chegada. Mas é importante ressaltar 
que existe um fluxo reverso, do ponto de consumo até o ponto onde este produto teve 
seu início de produção. No entanto notamos que a logística reversa traz novos 
desafios e oportunidades, sendo uma atividade básica principalmente quando cita-se 
empresa de grande porte industrial. 
 
 
A importância da Logística Reversa 
 
 O avanço tecnológico acelerou a introdução de novos produtos no mercado, 
levando a maiores condições de consumo e ao crescimento do descarte de produtos 
usados, aumentando o lixo urbano, principalmente em países com menor 
desenvolvimento econômico e social. Isto ocorre porque os canais reversos de 
distribuição, normalmente, não estão estruturados, havendo desequilíbrio entre as 
quantidades de material descartado e reaproveitado. Como exemplo, pode-se citar o 
16 
 
 
 
Brasil, onde a coleta seletiva do lixo urbano não é prática comum, dificultando o 
estabelecimento de um canal de distribuição reverso, porque produtos recicláveis, 
como as embalagens de PET, vidro, papelão, são descartados junto a quaisquer 
outros tipos de lixo, inviabilizando parte destes produtos para reaproveitamento. 
Os produtos descartados no meio ambiente trazem o que denomina-se 
poluição, fato gerador dos custos para a sociedade em termos de gastos para 
destinação final e, para as empresas como custo da repercussão negativa em sua 
imagem corporativa. Mas, para LEITE (2003), em uma análise mais profunda, revela 
um custo que ultrapassa essas duas dimensões: os custos ecológicos, gerados pelo 
impacto dos produtos no meio ambiente. O autor discorre sobre a revalorização 
ecológica dos bens de pós-consumo, como “a eliminação ou a mitigação desse 
somatório de custos dos impactos no meio ambiente provocados pela ação nociva de 
produtos perigosos à vida humana ou pelos excessos desses bens”. De modo que se 
agrega valor ecológico ao bem em fim de vida, através da logística reversa, no intuito 
de resgatar o valor correspondente a esses custos. Valor este nem sempre tangível. 
Para controlar este cenário de grande impacto ambiental, as empresas, o 
governo e a sociedade devem somar esforços para aplicar programas de reciclagem 
e, deste modo, conscientizar a população sobre sua importância. 
O governo vale-se de legislações ambientais que regulamentam o descarte e 
depósitos em aterros sanitários e, ainda, o regulamentam o uso de matérias-primas 
secundarias, entre outros. Os consumidores estão mais sensíveis a problemas 
ecológicos, principalmente em países desenvolvidos, onde consumidores estão 
dispostos a pagar mais por produtos manufaturados com tecnologias que não 
agridam o meio ambiente. Enquanto as empresas procuram elaborar canais reversos, 
no intuito de adequarem-se as exigências legislativas e dos consumidores, além de 
visarem um diferencial estratégico para imagem corporativa e alcançar novos 
mercados. 
Cabe mencionar que as atividades da LR para obter o reaproveitamento de 
produtos usados por meio da utilização do fluxo reverso podem agregar valor ao 
produto no mercado, pela imagem corporativa associada ao respeito ao meio 
ambiente,além de captar oportunidades econômicas para o processo produtivo, 
17 
 
 
 
como a redução de compra de matéria-prima virgem. Outros pontos a serem 
lembrados e que podem impulsionar a aplicação da Logística Reversa são: 
 Os custos de descarte em aterros sanitários têm aumentado; 
 Considerações econômicas e ambientais estão forçando as empresas 
a utilizarem embalagens retornáveis; 
 Maior consciência das empresas com relação a todo o ciclo de vida de 
seus produtos, ou seja, ser legalmente responsável pelo seu destino 
após a entrega dos produtos ao cliente, evitando a geração de impacto 
negativo ao meio ambiente; 
 A matéria-prima nova está se tornando menos abundante, e 
consequentemente, mais cara; 
 Economias geradas para a empresa devido ao reaproveitamento de 
materiais e componentes secundários. Além de apresentar 
diferenciação em serviço ao cliente a medida que o fabricante tem 
políticas mais liberais de retorno de produtos, apresentando uma 
vantagem em relação a concorrência; 
 Eliminação de produtos que se tornam obsoletos devido ao alto grau de 
desenvolvimento tecnológico. 
 Face as regulamentações, muitas empresas são obrigadas a 
recolherem seus produtos quando os mesmos atingem o final da vida 
útil; 
 As empresas devem desenvolver produtos “amigáveis ao meio 
ambiente”; 
 Técnicas para recuperação de produtos e gerenciamento do 
desperdício devem ser desenvolvidas. 
No Brasil, o governo federal está empenhado em estabelecer regulamentações 
para os segmentos que apresentam risco ao meio ambiente. Porém, algumas 
empresas e parte da sociedade brasileira, mesmo antes de imposições 
governamentais, estão se conscientizando quanto a importância da preservação do 
meio ambiente e dos ganhos que todos os envolvidos podem obter, sejam eles 
econômicos, sociais ou de imagem corporativa. 
 
18 
 
 
 
Logística Reversa para Empresa 
 
Cada vez mais a logística reversa tem se tornado importante para empresa, 
uma vez que as mercadorias devolvidas oferecem oportunidades para recuperação 
do valor, bem como economias de custo em potencial. Certamente o objetivo 
estratégico econômico, ou de agregação de valor monetário é o mais evidente na 
implementação da logística reversa nas empresas e varia entre os setores 
empresariais e em seus diversos segmentos de negócios tendo sempre como fator 
dominante a competitividade e o ecológico. Observando a Logística de pós-venda e 
pós-consumo notamos com relação aos custos envolvidos, toma-se a prática de: 
1. Reutilização de embalagens, que geralmente agrega alguns custos 
adicionais decorrentes da classificação, administração e transporte de retorno, mas 
que, por outro lado, pode implicar a redução dos custos de aquisição de embalagens; 
2. Utilização da reciclagem que reduz o custo de coleta e processamento, 
permitindo um avanço no mercado de produtos reciclados. O valor econômico 
movimentado pela logística reversa na cadeia do ferro/aço, por exemplo, é de mais 
de 30% do valor de venda do produto do setor (mais de US$2 bilhões por ano), cerca 
de 20% na indústria de alumínio e plástico. 
3. Produtos refabricados, ou de outra forma, convertidos em novos, mais uma 
vez o valor irá ser menor do que os dos produzidos pela primeira vez, entretanto, seu 
valor será substancialmente maior do que o dos produtos que são vendidos para 
refugo ou reciclagem. Ex.; computadores cujas peças são caras vão para desmanche 
e são reaproveitadas em outros computadores voltando ao mercado como novos. 
Contudo não podemos deixar de mencionar os problemas gerados pelos 
retornos: 
A quantidade de produtos que retorna é maior que a produzida na indústria; · 
Os produtos retornáveis ocupam espaço nos armazéns, o que gera custos, 
principalmente se a quantidade for grande; 
Retornos não identificados ou desautorizados – ou seja, embalagens de 
plástico, por exemplo, quando retornam, são acompanhadas de outros materiais 
19 
 
 
 
como pregos, pedaços de madeira, que precisam ser separados, no caso de uma 
reciclagem; 
O custo total do fluxo reverso é desconhecido, de difícil avaliação. (LIMA) 
Custos de transporte e armazenagem de produtos tóxicos; 
O custo de transporte a tarifa é a mesma para entregar e para buscar o produto; 
Os custos da operação de troca são elevados. 
Apesar dos problemas citados acima, se as empresas se estruturarem para as 
práticas reversas na cadeia de suprimentos e buscarem parceiros, a relação custo 
benefício será vantajosa. 
A estruturação das empresas no sentido de melhorar o atendimento aos 
clientes é de grande importância. A implantação de tecnologias de informação na 
logística reversa, centros de distribuição, faz com que as empresas obtenham 
enormes economias pela redução de perdas e pela possibilidade de redistribuição. 
A redução crescente da diferenciação entre produtos concorrentes faz com que 
a decisão de compra por parte do cliente fique influenciada não só pela relação entre 
o valor percebido do produto e seu preço, mas também pela comparação entre o valor 
do serviço oferecido e seu custo ao cliente. A satisfação que um produto proporciona 
não é relacionada apenas ao produto em si, mas também ao pacote de serviços que 
o acompanha e manter um bom relacionamento com os clientes é, hoje em dia, um 
fundamento básico no mundo dos negócios. 
Alguns fatores para a aplicação da Logística Reversa 
 
 Existem alguns fatores que levam à aplicação da logística reversa. FULLER & 
ALLEN (1995) apresentam cinco: 
 Econômicos: relacionam-se com o custo da produção, por 
necessidade de adaptação dos produtos e processos para evitar ou 
diminuir o impacto ao meio ambiente; 
 Governamentais: relacionam-se à legislação e à política de meio 
ambiente; 
20 
 
 
 
 Responsabilidade Corporativa: relacionam-se ao comprometimento 
das empresas fabricantes com a coleta de seus produtos ao final da vida 
útil; 
 Tecnológicos: ligam-se aos avanços tecnológicos da reciclagem e 
projetos de produtos com finalidade de reaproveitamento após descarte 
pela sociedade; 
 Logísticos: relacionam-se aos aspectos logísticos da cadeia reversa, 
como por exemplo, a coleta de produtos. 
 
 
Além destes fatores, existem, ainda, os fatores sociais, que abrangem o 
governo, as empresas, os intermediários no processo e as pessoas em geral. 
 
ECONÔMICOS 
A LR pode trazer ganhos diretos às empresas por meio da recuperação de 
produtos e redução de custos com o descarte adequado de materiais usados. Como 
exemplo, os equipamentos eletrônicos, que, normalmente, têm vida útil bastante 
curta, devido ao acelerado avanço tecnológico. Seus componentes, no entanto, 
podem ser reutilizados. 
A competição de mercado tem levado as empresas a desenvolverem o 
processo de recuperação de produtos objetivando evitar que terceiros tomem ciência 
sobre sua tecnologia de produção ou, até mesmo, para afastar a possibilidade de 
surgimento de novos competidores no mercado, situação que pode levar a redução 
do faturamento. Um exemplo, são as empresas de telefonia móvel situadas no Brasil, 
que por meio de suas revendas, oferecem a troca do aparelho telefônico usado por 
um novo, pagando o cliente somente a diferença de preço entre os aparelhos. 
Segundo o CLM (1993), a estruturação de um canal de distribuição reverso 
para o reaproveitamento de metais ferrosos e não ferrosos, papéis e gorduras de 
restaurantes foi realizada devido aos ganhos apresentados aos agentes envolvidos. 
21 
 
 
 
Algumas empresas estão praticando o processo de recuperação de produtos 
para prevenir-se contra futuras imposições governamentais. Deste modo, não estarão 
despreparadas ao ter que cumprir alguma lei, e, consequentemente, não irão efetuar 
gastos inesperados para atender às exigências impostas. Conforme menciona 
STOCK (1998), toda empresa, independentemente do ramo, tamanho, tipos de 
produtos ou localização geográfica,pode beneficiar-se do planejamento, 
implementação e controle de atividades da Logística Reversa, mesmo que não haja 
imposição governamental. 
Como pode ser observado, os fatores econômicos apresentam-se por meio de 
ganhos diretos e indiretos. São eles: 
 Ganhos Diretos: reaproveitamento de materiais, redução de custos, 
adição de valor na recuperação. 
 Ganhos Indiretos: antecipação a imposições legislativas, proteção 
contra a competição de mercado, imagem corporativa associada à 
proteção ambiental, melhora de relacionamento fornecedor/cliente. 
GOVERNAMENTAIS 
Referem-se a qualquer imposição governamental para que as empresas 
recuperem seus produtos ou os recolham ao final da vida útil ou após o descarte, 
objetivando evitar a degradação do meio ambiente. 
A legislação de diversos países, principalmente da Europa, tem sido bastante 
rigorosa com os fabricantes, impondo obrigações quanto ao recolhimento de seus 
produtos para que sejam recuperados ou descartados adequadamente. 
Para YOUNG (1996) as empresas que produzem ou distribuem produtos 
devem ser responsáveis por limpar o que foi produzido ou distribuído por elas 
mesmas. 
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA 
Está relacionada ao conjunto de valores ou princípios que levam a empresa a 
se tornar responsável perante a logística reversa. Por exemplo, as empresas que 
mantêm extensivo programa de recolhimento de seus produtos após o descarte - 
priorizando as responsabilidades social e ambiental. 
22 
 
 
 
De acordo com LEITE (2003) tem se observado, por pesquisas diretas, que 
empresas líderes em seus setores já apresentam posicionamento de acréscimo de 
valor a seus produtos e suas imagens corporativas por meio da logística reversa. 
SOCIAIS 
Envolvem os governos por meio de imposições governamentais, provimento 
de coleta seletiva urbana de resíduos sólidos – o que contribui para a geração de 
empregos - e instituição de incentivos para empresas praticantes da LR, as empresas 
por meio da preocupação em dar um destino adequado a seus produtos no final da 
vida útil e a sociedade em geral que praticando a rotina do descarte de forma 
adequada estará contribuindo para a preservação do meio ambiente e para a 
obtenção da melhoria contínua da qualidade de vida. 
 
23 
 
 
 
A Logística Reversa está relacionada somente com 
meio ambiente? 
 
 
Em todo o mundo, os elos entre desempenho ambiental, competitividade e 
resultados financeiros finais estão crescendo a cada dia. Empresas de ponta estão 
transformando o desempenho ambiental superior numa poderosa arma competitiva. 
O aumento da preocupação social está levando ao desenvolvimento de produtos 
ecologicamente corretos e à certificação nas normas internacionais, como ISO14000. 
Exigências de certificação estão transformando a relações entre ambiente e negócio. 
 
Constata-se que funcionários e acionistas sentem-se melhor por estarem 
associados a uma empresa ambientalmente responsável, e essa satisfação pode até 
24 
 
 
 
mesmo resultar em aumento de produtividade da empresa. Tal postura implica 
reduções de custos, uma vez que a poluição representa materiais mal aproveitados 
devolvidos ao meio ambiente, ou seja, a maior parte da poluição resulta de processos 
ineficientes, que não aproveitam completamente os materiais. 
Bancos e principalmente agências de fomento ( BNDES, BID, etc.) oferecem 
linhas de crédito específicas, maior prazo de carência e menores taxas de juros a 
empresas com projetos ligados ao meio ambiente. 
 
Resumidamente, a Logística Reversa relaciona-se com os seguintes aspectos 
do negócio: 
1. Proteção ao meio ambiente - uma vez que há aumento de reciclagem e 
reutilização de produtos há uma diminuição de resíduos; 
2. Diminuição dos custos – retorno de materiais ao ciclo produtivo; 
3. Melhora da imagem da empresa perante o mercado – empresas 
ambientalmente responsáveis, representa uma forte publicidade positiva; 
4. Relação custo/benefício vantajosa – apesar dos custos com a estruturação 
de uma logística reversa os benefícios (ambientais, boa imagem no mercado, etc.) 
são positivos; 
5. Aumento significativo nos lucros da empresa – uma vez bem estruturada a 
prática de reutilização de materiais (alumínio, aço, computadores, etc.) acarreta na 
redução de custos de compra de matéria-prima. 
 
A Logística Reversa no Brasil 
 
Em 1998, surgiu no Brasil o Programa Brasileiro de Reciclagem, criado pelo 
Ministério da Indústria, Comércio e Turismo, cujo o objetivo é estudar o quadro da 
coleta de lixo domiciliar no Brasil e propor as linhas mestras para organizar e estimular 
a coleta seletiva, contemplando as cidades com mais de 50 mil habitantes com um 
sistema de gerenciamento integrado de seus resíduos sólidos, incluindo a separação 
25 
 
 
 
na fonte de triagem dos resíduos sólidos reaproveitáveis. Seu intuito é, também, 
oferecer consultoria e apoio técnico para a instalação de cooperativas de catadores. 
Existe no Congresso Nacional um projeto sobre resíduos sólidos a ser 
promulgado. Aborda diversos aspectos relacionados à logística reversa: classificação 
para os diversos tipos de resíduos sólidos como industriais, de saúde, perigosos, etc.; 
instituição da coleta seletiva domiciliar obrigatória em municípios com mais de 150 mil 
habitantes; tributação diferenciada às atividades de reciclagem de materiais; 
tributação diferenciada aos produtos em diferentes fases dos canais reversos, entre 
outros. Porém, enquanto este projeto não é promulgado, cabe aos fabricantes e à 
população conscientizarem-se dos benefícios oferecidos pela reciclagem ao País. 
No Brasil não há uma lei federal que trate da gestão ambientalmente segura 
dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos. O arcabouço legal federal da área de 
resíduos sólidos não se encontra consolidado em um único diploma, mas distribuído 
em leis, decretos, portarias, resoluções do CONAMA e da ANVISA. 
O CONAMA, por exemplo, vem, nos últimos anos, editando resoluções 
referentes a coleta e tratamento de resíduos sólidos de construção civil, pilhas e 
baterias, pneumáticos, lâmpadas de mercúrio e construção de aterros sanitários, 
estabelecendo obrigações diversas para a sociedade. Entretanto, esses diplomas são 
apenas resoluções, não leis e como tais não podem imputar obrigações. 
Muitas indústrias brasileiras vêm praticando a reciclagem de materiais, porque 
através desta prática podem obter grande economia de custos de produção, 
principalmente em relação a insumos como energia elétrica, matéria-prima e mão-de-
obra, o exemplo mais evidente é o da lata de alumínio que é 100% reciclável e pode 
ser reciclada inúmeras vezes. O Brasil, em 2005, reciclou 96% das latas de alumínio 
produzidas, superando os Estados Unidos, que as reciclam há mais de 30 anos. ABAL 
(2006). 
 
 
 
26 
 
 
 
A Figura abaixo apresenta as razões para aplicação da logística reversa no 
Brasil: 
 
Como pode ser observado na Figura o atendimento das exigências legais 
somado as devoluções de produtos por problemas de qualidade totalizam 49 % das 
razões para aplicação da logística reversa. 
Cabe lembrar que, muitas vezes, o lucro vem como consequência da aplicação 
do processo de reciclagem. Muitos são os exemplos de benefícios trazidos pela 
reciclagem e reaproveitamento dos materiais como insumos. A indústria de alumínio, 
por exemplo, tem tido grandes vantagens com a reciclagem das latas de alumínio, 
utilizadas para conter bebidas. A energia utilizada para a produção de alumínio 
reciclado chega a ser menor que 5% da energia usada na fabricação do alumínio 
primário, o que correspondeu, no ano de 2002, a uma economia próxima dos 1700 
GWh. Além disso, para cada tonelada de alumínio que se recicla, poupa-se também 
aproximadamente 5 toneladas do minério bruto (bauxita). Por poderem ser totalmente 
reaproveitadas inúmeras vezes, as latas de alumínio são bastante valorizadas na 
reciclageme pelos catadores. Na produção nacional de latas de alumínio são 
27 
 
 
 
utilizadas 64% de latas recicladas. No entanto, em termos ambientais, ela equivale 
apenas a 1,5% do lixo produzido nas cidades. 
No caso dos papéis de escritório os números de reaproveitamento são menos 
significativos, dos 75% dos papéis circulantes no país que podem ser reciclados, 
apenas 36% em média retornam à produção. Esse número talvez seja explicado pela 
falta de incentivo à reciclagem, pois o país é um dos maiores produtores de celulose 
virgem. Já no caso do papelão usado na confecção de caixas para transportar 
produtos, a reciclagem é cerca de 71% do que é consumido. De todo papel reciclado, 
18% é utilizado para a fabricação de papéis sanitários e 8% para papel de impressão 
e escrita. 
Os plásticos rígidos usados em recipientes para produtos de limpeza, potes de 
alimentos e garrafas plásticas têm um retorno como matéria-prima à produção de 
apenas 15%. Essa é também a porcentagem de reciclagem da resina PET usada em 
garrafas de refrigerantes e água. Esse valor corresponde a 30 mil toneladas da resina 
que retornam como matéria-prima. Além disso, 1000 toneladas por ano são 
recuperadas pela coleta seletiva e catadores. 
Além das vantagens econômicas trazidas com o fluxo reverso, existem os 
benefícios sociais. São mais de 152 mil pessoas que vivem exclusivamente da coleta 
de latas, vasilhames de vidro, garrafas PET, plástico rígido de produto de limpeza, 
papel de escritório, jornais velhos e papelão. 
 
28 
 
 
 
Influência da Logística Reversa no desempenho 
empresarial 
 
 
São vários os direcionadores estratégicos que justificam a implementação de 
programas de LR: fatores econômicos, legislações, cidadania corporativa, aspectos 
ambientais (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1999). Leite (2006) identifica cinco 
direcionadores e, a partir daí, estabelece cinco programas de LR adotados pelas 
empresas brasileiras: os programas econômicos (PE); de imagem (PI); cidadania 
(PC); serviço ao cliente (PS); e legais (PL). 
Inúmeros estudos práticos realizados dentro e fora do Brasil corroboram com 
o anteriormente dito: 
 Dowlatshahi (2000) aponta que ganhos de 40% a 60% no custo são 
reportados por empresas que utilizam remanufatura de componentes 
utilizando somente 20% do esforço de fabricação de um produto novo; 
 Mitra (2007) analisa diferentes estudos que reportam a economia de 
energia com processos de remanufatura se comparados com processos 
29 
 
 
 
de manufatura de novos produtos, evidenciando a diminuição de custos 
e os ganhos ao meio ambiente; 
 Souza, Vasconcelos e Pereira (2006) analisam o sistema de LR na 
reciclagem das latas de alumínio, mostrando os resultados econômicos 
alcançados, assim como a geração de empregos e renda mediante o 
desenvolvimento de projetos de caráter social voltados para a educação 
ambiental; 
 Cruz e Ballista (2006) fazem referência ao papel da LR na gestão eficaz 
dos resíduos sólidos como forma de satisfazer necessidades da 
sociedade na perspectiva socioambiental, sem perder de vista a 
eficiência, evitando desperdícios e o mau uso dos recursos; 
 Braga Junior, Merlo e Nagano (2008) demonstram como a LR pode ser 
fonte alternativa de renda, contribuindo para a sustentabilidade do 
negócio, reduzindo os desperdícios e os impactos social e ambiental; e 
 Hernández et al. (2007) analisam como a criação de um consórcio para 
a gestão de resíduos industriais melhorou indicadores de desempenho 
empresarial relacionados com aspectos econômico-financeiros devido à 
diminuição de despesas, mas também influenciou de forma positiva a 
imagem das empresas envolvidas frente à comunidade e governo, 
oferecendo emprego e melhores condições de vida à população. 
Embora sejam reconhecidos os benefícios de programas de LR, a realidade de 
muitas empresas, incluídas as brasileiras, mostra que, às vezes, é difícil verificar 
todas suas vantagens, porque existe a ideia de que o fluxo reverso somente 
representa custos e, como tal, recebe pouca ou nenhuma prioridade nas empresas 
(QUINN, 2001), e há dificuldade em medir seu desempenho (ROGERS; TIBBEN-
LEMBKE, 1999). 
Portanto, devem ser identificadas as formas de mensurar o impacto da LR por 
meio de indicadores de desempenho; sendo estes os parâmetros mais utilizados, pois 
fornecem informações sobre a atividade que se deseja monitorar e os padrões de 
comparação para tal fim (CHAVES; ASSUMÇÃO, 2008). 
 
 
30 
 
 
 
Medição de desempenho na Logística Reversa 
 
A LR, se devidamente gerenciada, pode se constituir numa forma de criação 
de valor para a empresa (HERNÁNDEZ et al., 2007). No entanto, os mecanismos até 
o momento utilizados buscam essa agregação de valor de forma isolada e não 
integrada à estratégia global da empresa. 
No cenário atual, caracterizado por ambiente de alta competitividade, as 
empresas precisam satisfazer interesses de diferentes agentes, acionistas, 
funcionários, clientes, governo, comunidade local e outros (stakeholders) específicos 
que requerem estratégias contraditórias. 
A LR insere-se neste contexto de satisfação de múltiplos interesses 
estratégicos. Seus programas devem ser desenvolvidos tendo como base diferentes 
direcionadores, mas com o objetivo comum de satisfazer os diversos agentes 
envolvidos, e para agregar valor à empresa (LEITE, 2006). 
Este valor agregado não precisa ser definido apenas por indicadores de 
desempenho financeiros, mas também pode incluir indicadores ou medidas não 
financeiras. A etapa de definição dos indicadores de desempenho é a mais crítica do 
processo, pois define a eficiência do processo de medição. Determinar quais as 
medidas que devem ser utilizadas dependem da complexidade do processo que se 
deseja avaliar e da sua importância em relação às metas estabelecidas pela empresa, 
assim como da expectativa de uso desses dados por parte da gerência. Muitas são 
as variáveis que podem ser medidas e avaliadas (CHAVES; ASSUMÇÃO, 2008), 
portanto, depende-se do bom senso e experiência dos gerentes, mas, principalmente, 
do método utilizado. 
Embora existam pesquisas sobre análise de desempenho, não existe uma 
definição única sobre as melhores medidas ou metodologia mais adequada para 
avaliar o desempenho de uma atividade (CHAVES; ASSUMÇÃO, 2008). A tendência 
atual no mundo empresarial é incluir aqueles indicadores que agregam valor por 
fornecer informações sobre o relacionamento da empresa com o meio ambiente, 
como seus clientes e a comunidade em geral, além dos indicadores sobre os aspectos 
econômicos que garantem a sobrevivência das empresas. 
31 
 
 
 
Neste sentido, o Balanced Scorecard (BSC) tem-se mostrado uma ferramenta 
útil e muito usada (KAPLAN; NORTON, 2001) e pode ser uma boa escolha determinar 
os indicadores de desempenho da LR, seguindo a lógica do BSC, o que significa 
estabelecer medidas de desempenho associadas às diferentes perspectivas - 
financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento (CASTRO et al., 
2010). 
Além disso, o BSC reúne um conjunto de vantagens, destacando-se a 
flexibilidade para selecionar os atributos que devem ser gerenciados, o que faz dele 
uma ferramenta adequada para tratar a sustentabilidade empresarial - aspecto este 
importante na LR (MACEDO; QUEIROZ, 2007), além de ele poder ser utilizado em 
conjunto com outras ferramentas que auxiliem no processo da tomada de decisão, 
aspecto este importante para a presente pesquisa. Sobre isto há importantes 
trabalhos correlatos, como: 
 Hervani, Helms e Sarkis (2006) relatam estudos realizados sobre gestão 
e medição do desempenho em operações internas da organização com 
ênfases na cadeia de suprimentos direta, utilizando o BSC. Além disso, 
estabelecem que pesquisas futuras devam contemplar aspectos 
relevantes sobre a gestão ecológica das cadeias com fluxos diretos e 
reversos, sendo esta ferramenta útilpara este fim; e 
 Ravi, Shankar e Tiwari (2005) têm usado o BSC de forma conjunta com 
o Analytic Network Process (ANP) de Saaty (1996), para definir 
atuações estratégicas de LR no que se refere às parcerias e 
relacionamentos no canal reverso, estabelecendo também as 
vantagens do ANP com respeito a outra ferramenta, o Analytic 
Hierarchy Process (AHP) de Saaty (1980). 
 
 
32 
 
 
 
Modelo de Gerenciamento da Logística Reversa 
 
A seguir, passa-se a detalhar cada parte do modelo e seu funcionamento: 
Canais de distribuição reversos – são as portas de entrada ao modelo. A 
literatura identifica, basicamente, os canais reversos de pós-venda, os de pós-
consumo e outros, mais gerais, conhecidos como canais de resíduos industriais, que 
incluem as atividades internas que a empresa faz para reaproveitar materiais, 
recuperar valor ou diminuir a contaminação de seu próprio processo produtivo. 
Estes canais devem ser projetados para atender aos objetivos específicos da 
organização, portanto, deve-se medir o resultado das atividades desenvolvidas neles, 
que é onde começa a funcionar a parte interna do modelo. 
Indicadores de desempenho de LR – Como resultado das entrevistas 
realizadas, foi obtido um conjunto de indicadores de desempenho de LR que, depois 
de uma análise criteriosa, foi reduzido a um número menor. Este aspecto foi 
importante na aplicação dos métodos de MCDM para estabelecer a importância, ou 
peso, de cada um dos indicadores nos programas de LR. Formaram-se assim grupos 
de indicadores genéricos que possibilitassem a incorporação de aspectos mais 
específicos (que podem ser definidos posteriormente nas métricas). 
Métricas de desempenho da LR – variam em número e tipo em função das 
estratégias da organização e dos indicadores de desempenho de LR selecionados. 
Correspondem à energia necessária para o funcionamento do modelo de 
gerenciamento. 
Uma empresa deve estabelecer metas ou padrões de comparabilidade para 
estas métricas, como, por exemplo, a evolução histórica, benchmarking, a forma 
como a empresa está em relação à média do mercado e em relação aos concorrentes. 
Recomenda-se que as métricas a serem adotadas pela empresa levem em conta a 
disponibilidade e facilidade de acesso às informações. Sob a ótica do BSC, o 
processo de formular metas deve estar dirigido a quantificar os resultados desejados 
em longo prazo e estabelecer referenciais de curto prazo para as medidas financeiras 
e não financeiras. 
33 
 
 
 
Programas de LR – com a medição do desempenho de LR ativada, métricas 
e indicadores exerceram influência em determinados programas de LR que foram 
classificados na pesquisa como: econômicos, de imagem, cidadania, serviço ao 
cliente e legais. 
Indicadores de desempenho empresarial – são a principal saída do modelo 
e estão representados num conjunto de indicadores, agrupados nas perspectivas do 
BSC. 
Estes indicadores foram definidos durante o desenvolvimento da pesquisa, 
com base tanto em critérios da bibliografia consultada como na experiência dos 
entrevistados. 
Neste trabalho, preocupou-se em identificar apenas aqueles indicadores de 
desempenho empresarial que podiam ser influenciados por práticas de LR, 
considerando que todos tenham a mesma importância e que representem práticas 
sustentáveis por parte das empresas. 
Métodos MDCM – são a chave do funcionamento ou execução do modelo 
proposto. A seleção dos indicadores de desempenho de LR - com suas respectivas 
métricas - é feita a partir do peso ou influência que estes exercem sobre os 
indicadores de desempenho da organização, o que é calculado por métodos MDCM, 
sendo que, especificamente, foi utilizado o ANP. 
Relações com o ambiente: 
Ambiente externo – o funcionamento correto da LR envolve relacionamentos 
com diversos stakeholders, assim, precisa de relações de alianças e de 
compromissos. Dois pontos chaves para conseguir este relacionamento são: 
Considerar a LR como um problema estratégico das organizações; e 
Estabelecer políticas de retorno coerentes e liberais de maneira formalizada e 
documentada para evitar conflitos no canal reverso de distribuição. 
Neste ambiente externo também estão identificadas as regulamentações e 
legislações que obrigam as empresas a desenvolver atividades de LR, relações com 
organizações e comunidade local onde estão inseridas as empresas, e que são de 
vital importância para o seu bom funcionamento. 
34 
 
 
 
Ambiente interno – refere-se aos processos internos da organização 
relacionados com a LR. O maior sucesso da LR envolve o trabalho de outras áreas 
funcionais, como compras, vendas, operações, logística, marketing e meio ambiente, 
e, dentre estas, as mais importantes são: 
As áreas de Logística, pelas atividades que desenvolvem; e 
As de Compras, por ter interface direta com outras áreas, e, especificamente, 
com o sistema de gestão ambiental, na procura por materiais amigáveis com o meio 
ambiente. 
Controle das atividades: 
Controle interno – a bibliografia consultada destaca que, geralmente, quando 
o canal reverso tem relevância do ponto de vista econômico, as atividades de LR 
passam a ter importância e são geridas de forma independente, em caso contrário, 
as áreas de Compras, Vendas e de Logística são as encarregadas pelo controle da 
atividade. 
Terceirização – Rogers e Tibben-Lembke (1999) discutem as vantagens de se 
terceirizar a área de LR da empresa. Eles apresentam razões estratégicas para a 
terceirização de operações da logística tradicional (direta) que são válidas para a LR. 
Segundo Vick (2009), sempre que possível, a decisão deve ser terceirizar, 
porque, mesmo que os custos iniciais pareçam elevados a longo prazo, isto permite 
benefícios. Em pesquisa realizada por Leite (2009) em empresas brasileiras, ficou 
evidente que a prática mais comum, quando utilizada a terceirização, é dividir o canal 
reverso por atividades, algumas delas terceirizadas e outras não. 
 
Como projetar um sistema de Logística Reversa 
 
A Logística Reversa não é nenhum fenômeno novo e exemplos como o do uso 
de sucata na produção e reciclagem de vidro tem sido praticado há bastante tempo. 
Entretanto, observa-se que a complexidade dos projetos de Logística Reversa tem 
aumentado consideravelmente pelos aspectos ambientais envolvidos. 
35 
 
 
 
O processo de logística reversa gera materiais reaproveitáveis ou não que 
retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição, e 
geralmente é composto por um conjunto de atividades que uma empresa realiza para 
coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou obsoletos ou 
descartes, dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda, 
consumo ou destino final. 
Existem variantes com relação ao tipo de reutilização que os materiais podem 
ter – retorno ao fornecedor, revenda, recondicionamento ou reciclagem, dependendo 
das condições em que estes entram no sistema de logística reversa. 
Todas estas alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo 
no sistema logístico direto, posteriormente. Em último caso, o destino pode ser a seu 
descarte final. 
O projeto de Logística Reversa deve seguir as mesmas etapas de qualquer 
projeto de Logísticas tais como: 
 Objetivos a serem atingidos; 
 Definição do escopo; 
 Sequência das atividades; 
 Orçamento; 
 Planejamento dos recursos; 
 Planejamento das etapas; 
 Cronograma; 
 Mapeamento dos riscos. 
Com as particularidades da coleta dos materiais, riscos ambientais e de saúde 
e higiene. No planejamento do projeto é necessário caracterizar corretamente as 
atividades que serão realizadas em função do tipo de material e do motivo pelo qual 
estes entram no sistema de logística reversa. 
Fatores críticos que influenciam o projeto de logística reversa. 
O sucesso do projeto depende de como o processo de logística reversa foi 
projetado e os controles disponíveis.36 
 
 
 
Alguns dos fatores identificados como sendo críticos e que contribuem 
positivamente para o desempenho do sistema de logística reversa são comentados 
abaixo: 
a) Bons controles de entrada É necessário identificar corretamente o estado 
dos materiais que serão reciclados e as causas dos retornos para planejar o fluxo 
reverso correto ou mesmo impedir que materiais que não devam entrar no fluxo o 
façam. Por exemplo, identificando produtos que poderão ser revendidos, produtos 
que poderão ser recondicionados ou que terão que ser totalmente reciclados. 
Treinamento de pessoal é questão chave para obtenção de bons controles de 
entrada. 
b) Tempo de Ciclo reduzidos Tempo de ciclo se refere ao tempo entre a 
identificação da necessidade de reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu 
efetivo processamento. Tempos de ciclos longos adicionam custos desnecessários 
porque atrasam a geração de caixa (pela venda de sucata, por exemplo) e ocupam 
espaço, dentre outros aspectos. A consideração correta deste item é fator de redução 
de custos e melhoria do nível de serviço. Fatores que levam a altos tempos de ciclo 
são controles de entrada ineficientes, falta de estrutura (equipamentos, pessoas) 
dedicada ao fluxo reverso e falta de procedimentos claros para tratar as "exceções" 
que são, na verdade, bastante frequentes. 
c) Processos padronizados e mapeados Uma das maiores dificuldades na 
logística reversa é que ela é tratada como um processo esporádico, contingencial e 
não como um processo regular. Efetuar corretamente o mapeamento do processo e 
o estabelecimento de procedimentos formalizados são condições fundamentais para 
se obter controle e a melhor performance do projeto. 
d) Sistemas de informação A capacidade de rastreamento de retornos, 
medição dos tempos de ciclo, medição do desempenho de fornecedores (avarias nos 
produtos, por exemplo) permite obter informação crucial para negociação, melhoria 
de desempenho e identificação de abusos no retorno de produtos. Projetar estes 
sistemas de informação é um grande desafio, devido a inexistência no mercado de 
sistemas capazes de lidar com o nível de variações e flexibilidade exigida pelo 
processo de logística reversa. 
37 
 
 
 
e) Rede Logística Planejada Ao contrário da Logística normal, cuja filosofia é 
consolidar os centros de distribuição, a logística reversa tem de ampliar a rede de 
coleta e ter capilaridade, porque essa é a essência da logística reversa. A 
implementação de processos logísticos reversos requer a definição de uma 
infraestrutura logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais 
usados e fluxos de saída de materiais processados. Instalações de processamento e 
armazenagem e sistemas de transporte devem ser desenvolvidos para ligar de forma 
eficiente os pontos de fornecimento, onde os materiais a serem reciclados devem ser 
coletados, até as instalações onde serão processados. 
Questões de escala de movimentação e até mesmo falta de correto 
planejamento devem ser enfocadas na fase do projeto. 
Instalações centralizadas dedicadas ao recebimento, separação, 
armazenagem, processamento, embalagem e expedição de materiais retornados 
podem ser uma boa solução, desde que haja escala suficiente. 
Deverão ser aplicados também os mesmos conceitos de planejamento 
utilizados no fluxo logístico direto, tais como estudos de localização de instalações e 
aplicações de sistemas de apoio à decisão (roteirização, programação de entregas 
etc.) 
f) Relações Colaborativas Um tópico a ser explorado na fase de projeto de 
logística reversa é a utilização de prestadores de serviço e de estabelecimento de 
parcerias ou alianças com outras organizações envolvidas em programas ambientais 
e/ou de logística reversa. Como esta é uma atividade onde a economia de escala é 
fator relevante e onde os volumes do fluxo reverso são normalmente menores, uma 
opção viável dar-se-á através da terceirização e alianças. 
Deste modo, a concepção de um projeto eficiente de Logística Reversa deve 
levar em consideração os seguintes pontos: 
Viabilidade 
Linhas de crédito específicas para projetos ligados ao meio ambiente; 
Análises dos fatores Competitividade e Ecologia; 
Identificação de possíveis parceiros ou alianças; 
38 
 
 
 
Coleta 
A localizações atuais e alternativas dos postos de recepção, das centrais de 
reciclagem, incineradores e recicladores; 
Quantidade de produtos que retorna; 
Identificação e quantificação de retornos de materiais não identificados ou 
desautorizados; 
Rede consistente de coleta; 
Otimização de fretes. 
Processamento 
Sistema de gerenciamento Ambiental; 
Processamento do material coletado; 
Aspectos de Saúde e Higiene no manuseio e transporte dos materiais; · 
Automação do processo de separação dos materiais (secundários e de 
descarte) 
Programas educacionais para os membros da cadeia de abastecimento e para 
as comunidades envolvidas; 
Levantamento do ciclo de vida dos produtos ou embalagens envolvidas no 
projeto; 
Nível de reciclagem desejado no projeto; 
Legislação Ambiental (classificação do material reciclado, disposição de 
materiais perigosos). 
Reutilização 
Destino a ser dado aos materiais gerados no reprocessamento; 
Identificação do mercado consumidor e dos canais de comercialização; 
Divisão de responsabilidade quanto ao destino entre governo, consumidores e 
a cadeia produtiva. 
39 
 
 
 
Fluxos de distribuições reversas 
 
Tendo como ponto de partida os bens finais para se iniciar a análise do fluxo 
reverso, Leite (2002) dividiu esses bens em dois tipos: bens de pós-consumo e bens 
de pós-venda. A distribuição física de ambos se utiliza dos mesmos canais, tendo 
como origem a cadeia de distribuição e como destino o consumidor. Os fluxos 
reversos desses dois tipos de bens retornam do consumidor (origem) à cadeia de 
distribuição (destino), porém, por meio de diferentes canais intermediários. 
 
O fluxo de retorno dos bens de pós-venda e dos bens de pós-consumo pode 
ser realizado por diferentes motivos: 
 Bens de Pós-Venda: 
° Retorno por qualidade ou por garantia: recall e devolução; 
° Redistribuição de produtos: prazo de validade próximo ao vencimento e 
sazonalidade de venda; 
° Lançamento de novos produtos: retorno dos produtos obsoletos do mesmo 
ramo dos novos; 
° Liberação de espaço em área de loja: limpeza (retorno) de estoques nos 
canais de distribuição. 
Bens de Pós-Consumo: 
40 
 
 
 
° Reaproveitamento de componentes/materiais: reutilização e reciclagem de 
produtos/ componentes ou materiais constituintes dos mesmos; 
° Incentivo à nova aquisição: benefício proposto na troca de um bem usado 
para aquisição de um novo; 
° Revalorização ecológica: decisão de responsabilidade ética empresarial a fim 
de promover sua imagem vinculada ao destino final adequado dos seus produtos. 
A escolha da maneira através da qual um fluxo de retorno irá seguir dependerá 
do negócio em que a empresa atua e dos seus objetivos. 
 
Rede de distribuição reversa 
 
A rede de distribuição reversa pode ser entendida como o mapeamento dos 
fluxos reversos, ou seja, que caminhos os produtos irão percorrer até a sua 
reintegração ao ciclo produtivo ou o seu descarte final. O desenvolvimento dessa rede 
requer a análise de alguns aspectos importantes citados por Leite (2000) como: vida 
útil do bem disponibilizado, ciclo, nível de integração da empresa e objetivo. 
Vida útil do bem disponibilizado 
° Durável: vida útil de alguns anos a algumas décadas; 
° Semidurável: vida útil de alguns meses a dois anos; 
° Descartável: vida útil de algumas semanas. 
Produtos duráveis poderão ter seus componentes ou materiais constituintes 
aproveitados ou serem reaproveitados em uma extensão de sua utilidade. Os bens 
descartáveis apresentam interesse na reciclagem dos materiais constituintes dos 
mesmos. Bens semiduráveis possuem característicasintermediárias entre os 
duráveis e os descartáveis. 
Além do tipo de bem disponibilizado, é preciso identificar o estado atual dos 
bens para que esses possam seguir o fluxo reverso correto ou mesmo impedir que 
41 
 
 
 
materiais que não devam entrar no fluxo o façam, facilitando o controle de entrada e 
evitando assim o retrabalho (Lacerda, 2002). 
Ciclo 
° Aberto: reintegração do produto ao ciclo produtivo, substituindo o uso de 
matérias-primas; 
° Fechado: os materiais servem para a fabricação de produtos similares. 
Nível de integração da empresa 
° Integrada: a empresa é responsável por todas as etapas do canal de 
distribuição reverso; 
° Não-Integrada: a empresa participa de algumas etapas do processo ou utiliza 
outros agentes para a consecução dessas. Segundo Lacerda (2002) já é comum no 
Brasil a operação de empresas que prestam serviço de gerenciamento do fluxo de 
retorno de pallets. 
Objetivo 
° Econômico: ganho financeiro na operação; 
° Mercadológico: diferenciação no serviço; 
° Legislação: obediência à legislação existente ou futura; 
° Ganho de imagem corporativa; entre outros. 
 
Impactos da Logística Reversa na Gestão da Logística 
 
O processo de logística reversa gera impactos na gestão da logística; pois 
muitos materiais são reaproveitados e retornam ao processo tradicional de 
suprimento, produção e distribuição. 
Este processo geralmente é composto por um conjunto de atividades que uma 
empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou 
42 
 
 
 
obsoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda ou 
descarte. 
Vários são os tipos de reprocessamento que os materiais podem ter, 
dependendo das condições que estes entram no sistema de logística reversa. Os 
materiais retornam ao fornecedor quando houver este acordo. Podem ser revendidos 
se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização. Podem ser 
reciclados se não houver possibilidade de recuperação. Todas estas alternativas 
geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema logístico direto. Em 
último caso, o destino pode ser a seu descarte final. 
Alguns dos processos de descarte final, como por exemplo, incineração de 
madeira, exige o serviço de empresa credenciada. Isto, além de demandar tempo na 
contratação de tal empresa, gera custo adicional no processo. 
Existe uma complexidade a verificar no que diz respeito a estoque de material. 
As empresas não têm a previsão da demanda, não sabem como o consumidor vai se 
comportar. E um evento externo, interfere no processo de armazenagem e 
distribuição em uma área limitada de estocagem. Significando, então, ocupação de 
área que não estava prevista e assim elevando o custo de estoque. É necessário 
monitorar diariamente o comportamento da coleta, para dar maior agilidade as 
operações e assim diminuir custos. 
O frete, também é um item importante e deve ser otimizado. Deve-se estudar 
uma maneira para que um mesmo transporte passe em diferentes lugares para coleta. 
 
Tendências 
 
A logística reversa, por ser ainda pouco estruturada, é uma área que há muito 
o que explorar. Algumas empresas já deram início a essas atividades e continuam a 
se desenvolver nesse ramo. Algumas tendências relevantes que foram identificadas 
deverão contribuir para o desenvolvimento desta prática são: 
43 
 
 
 
° Identificação dos intermediários do fluxo reverso: quais os canais que 
participam deste fluxo, atribuindo as responsabilidades e o seu grau de cooperação 
na cadeia; 
° Profissionalização das parcerias: aumentar a eficiência das funções de 
coleta, armazenagem, manuseio, processamento e transporte. 
° Aplicação de conceitos do planejamento da distribuição direta: estudos de 
localização das instalações, aplicação de sistemas de apoio à decisão - como a 
roteirização e programação de entregas – entre outros. 
° Novos mercados para a demanda de recicláveis: com a mudança de 
comportamento do consumidor, ele passará a ter uma nova percepção sobre a 
importância do desenvolvimento sustentável além das legislações ambientalistas e 
responsabilidades ecológicas. 
° Cada vez mais empresas multinacionais e locais estão introduzindo sistemas 
de gerenciamento ambiental e obtendo certificações na norma ambiental ISO 14001. 
 
44 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 A logística reversa é ainda, de maneira geral, uma área com baixa prioridade. 
Isto se reflete no pequeno número de empresas que tem gerências dedicadas ao 
assunto. Pode-se dizer que estamos em um estado inicial no que diz respeito ao 
desenvolvimento das práticas de logística reversa. Esta realidade, como vimos, está 
mudando em resposta a pressões externas como um maior rigor da legislação 
ambiental, a necessidade de reduzir custos e a necessidade de oferecer mais serviço 
através de políticas de devolução mais liberais. 
 Esta tendência deverá gerar um aumento do fluxo de carga reverso e, é claro, 
de seu custo. Por conseguinte, serão necessários esforços para aumento de 
eficiência, com iniciativas para melhor estruturar os sistemas de logística reversa. 
Deverão ser aplicados os mesmos conceitos de planejamento que no fluxo logístico 
direto tais como estudos de localização de instalações e aplicações de sistemas de 
apoio à decisão (roteirização, programação de entregas etc.) 
 Isto requer vencer desafios adicionais visto ainda a necessidade básica de 
desenvolvimento de procedimentos padronizados para a atividade de logística 
reversa. Principalmente quando nos referimos à relação indústria - varejo, notamos 
que este é um sistema caracterizado predominantemente pelas exceções, mais do 
que pela regra. Um dos sintomas desta situação é a praticamente inexistência de 
sistemas de informação voltados para o processo de logística reversa. 
 É possível verificar que a preocupação com a preservação do meio ambiente, 
junto a razões econômicas, governamentais, sociais e de responsabilidade 
corporativa, contribuiu para o crescimento da importância da LR. 
A aplicação da logística reversa oferece diversas vantagens à sociedade: 
preservação do meio ambiente, economia de energia e geração de empregos, mesmo 
sendo, em sua maioria, informais como catadores de lixo. Isso decorre do fato da 
logística reversa conseguir diminuir a descartabilidade de produtos implicando em 
uma redução dos custos para as empresas, amenizando impactos ambientais e 
diminuindo o consumo de matérias-primas. 
45 
 
 
 
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