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RECEITUÁRIO AGRONÔMICO

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ACESSE AQUI ESTE 
MATERIAL DIGITAL!
ARIADNE WAURECK
DIEGO FERNANDO ROTERS
LUANA MARIA ALVES DA SILVA
LEGISLAÇÃO 
AGRÁRIA, 
CONTROLE 
INTEGRADO E 
RECEITUÁRIO 
AGRONÔMICO
Coordenador(a) de Conteúdo 
Maquiel Duarte Vidal
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Camila Luiza Nardelli
Caroline Casarotto Andujar
Isabella Santos Magalhães
Lavignia da Silva Santos
Design Educacional
Patrícia Ramos Peteck
Curadoria
Gisele da Silva Porto
Revisão Textual
Harry Wiese
Meyre Aparecida Barbosa
Ilustração
André Luis Azevedo da Silva
Eduardo Aparecido Alves
Fotos
Shutterstock e Envato
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. WAURECK, Ariadne; ROTERS, Diego 
Fernando; SILVA, Luana Maria Alves da.
Legislação Agrária, Controle Integrado e Receituário 
Agronômico/ Ariadne Waureck, Diego Fernando Roters, Luana Maria 
Alves da Silva. - Florianópolis, SC: Arqué, 2023.
216 p.
ISBN papel 978-65-6083-097-4
ISBN digital 978-65-6083-098-1
“Graduação - EaD”. 
1. Legislação Agrária 2. Controle Integrado 3. Receituário Agronômico 
4. EaD. I. Título. 
CDD - 342.1243 
EXPEDIENTE
Centro Universitário Leonardo da Vinci.C397
FICHA CATALOGRÁFICA
19426
RECURSOS DE IMERSÃO
Utilizado para temas, assuntos ou 
conceitos avançados, levando ao 
aprofundamento do que está sendo 
trabalhado naquele momento do texto. 
APROFUNDANDO
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de filmes 
que se conectam com o 
tema do conteúdo.
INDICAÇÃO DE FILME
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de livros 
que agregarão muito na 
sua vida profissional.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Utilizado para desmistificar pontos 
que possam gerar confusão sobre o 
tema. Após o texto trazer a explicação, 
essa interlocução pode trazer pontos 
adicionais que contribuam para que 
o estudante não fique com dúvidas 
sobre o tema. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Este item corresponde a uma proposta 
de reflexão que pode ser apresentada 
por meio de uma frase, um trecho breve 
ou uma pergunta. 
PENSANDO JUNTOS
Utilizado para aprofundar o 
conhecimento em conteúdos 
relevantes utilizando uma 
linguagem audiovisual.
EM FOCO
Utilizado para agregar um 
conteúdo externo.
EU INDICO
Professores especialistas e 
convidados, ampliando as 
discussões sobre os temas por 
meio de fantásticos podcasts.
PLAY NO CONHECIMENTO
PRODUTOS AUDIOVISUAIS
Os elementos abaixo possuem recursos 
audiovisuais. Recursos de mídia 
disponíveis no conteúdo digital do 
ambiente virtual de aprendizagem.
143
7
73
4
143 U N I D A D E 3
ÉTICA, MEIO AMBIENTE E LEGISLAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
FORMULAÇÃO DO RECEITUÁRIO AGRONÔMICO E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO . . . . 170
ELABORAÇÃO DO RECEITUÁRIO AGRONÔMICO E ETAPAS . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
7 U N I D A D E 1
LEGISLAÇÃO FITOSSANITÁRIA: PANORAMA DE LEIS NO CENÁRIO NACIONAL E 
ESTADUAL E, EXEMPLOS COM APLICAÇÃO DE LEIS NO CENÁRIO REGIONAL . . . . . . 8
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS AGROTÓXICOS E SEUS COMPONENTES . . . . . . . . . . .30
LEGISLAÇÃO APLICADA A FISCALIZAÇÃO DE AGROTÓXICOS E SEUS COMPONENTES . .50
73 U N I D A D E 2
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DOS DANOS PROVOCADOS PELAS PRAGAS . . . . . . . . . . . 74
CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .96
MÉTODOS DE CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
5
SUMÁRIO
UNIDADE 1
MINHAS METAS
LEGISLAÇÃO FITOSSANITÁRIA: 
PANORAMA DE LEIS NO CENÁRIO 
NACIONAL E ESTADUAL . E 
EXEMPLOS COM APLICAÇÃO DE 
LEIS NO CENÁRIO REGIONAL
Revisar a legislação fitossanitária nacional para adequá-la às demandas e avanços 
tecnológicos atuais.
Promover a harmonização das leis fitossanitárias entre os estados, buscando evitar 
disparidades e garantir um padrão de controle eficiente e equitativo em todo o país.
Fortalecer o entendimento quanto à fiscalização e o monitoramento do comércio, uso e 
transporte de agrotóxicos.
Fomentar a conscientização e compreensão sobre o papel crucial da legislação fitossanitária. 
Estimular o conhecimento sobre as medidas de proteção fitossanitária.
Importância legislação fitossanitárias para a agricultura sustentável e a segurança alimentar
Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis de controle de 
pragas e doenças.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1
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INICIE SUA JORNADA
Imagine-se você, estudante, preocupado com a crescente ameaça de pragas e 
doenças que afetam os cultivos agrícolas em sua região. Você se depara com 
uma complexa teia de leis e regulamentações fitossanitárias em âmbito nacional, 
estadual e regional. Como você pode entender e navegar por essa intrincada rede 
de regulamentos para proteger os cultivos e o meio ambiente de forma eficaz? 
Qual é o papel das leis fitossanitárias na segurança alimentar, na sustentabilidade 
agrícola e na preservação da biodiversidade?
No contexto nacional, a legislação fitossanitária assume uma relevância 
significativa, e um exemplo notável é a Lei nº 7.802/1989, que regulamenta a 
pesquisa, experimentação, produção, embalagem e rotulagem de agrotóxicos e 
seus componentes. Tal legislação estabelece critérios rigorosos para o registro, 
comercialização e uso responsável de produtos fitossanitários, com o objetivo de 
proteger tanto os produtores quanto os consumidores e o meio ambiente.
Paralelamente, cada estado brasileiro tem a prerrogativa de estabelecer suas 
próprias leis complementares e regulamentações específicas para a fitossanidade. 
Essas legislações estaduais adaptam-se às particularidades regionais e visam 
mitigar os riscos fitossanitários específicos de cada localidade.
Ao analisar os exemplos de aplicação das leis fitossanitárias no cenário 
regional, identifica-se uma variedade de iniciativas que visam ao controle 
de pragas e doenças. Dentre essas aplicações, destaca-se a implementação 
de programas de monitoramento intensivo de pragas em regiões específicas, 
com o objetivo de detectar surtos precocemente e adotar medidas de controle 
adequadas. Além disso, a criação de redes de laboratórios especializados em 
diagnóstico fitossanitário possibilita a rápida identificação de problemas e o 
desenvolvimento de estratégias específicas de controle.
A promoção de parcerias público-privadas é outra vertente importante no ce-
nário regional, permitindo o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias de 
controle de pragas, com foco na sustentabilidade agrícola. Além disso, a aplicação 
de incentivos fiscais para produtores que adotam práticas de manejo integrado 
de pragas e a implementação de barreiras fitossanitárias em pontos estratégicos 
também exemplificam a busca pela efetiva proteção das áreas agrícolas regionais.
UNIASSELVI
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Neste contexto, torna-se essencial compreender a complexidade da Legislação 
Fitossanitária e suas múltiplas aplicações no cenário nacional, estadual e regional. 
A busca por um equilíbrio entre a proteção fitossanitária, a segurança alimentar 
e a sustentabilidade agrícola é fundamental para garantir uma agricultura mais 
segura, produtiva e ambientalmente responsável.
Conheça um exemplo de sucesso da legislação fitossanitária no monitoramento 
das pragas quarentenárias, que é o caso da erradicação da mosca-da-fruta 
(Ceratitis capitata) na região do Vale do São Francisco, no Nordeste do Brasil.
PLAY NO CONHECIMENTO
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A fitossanidade é um campo da ciência agrícola que se dedica ao estudo e ao con-
trole de pragas e doenças que afetam plantas cultivadas. A importância da fitossani-
dade na agricultura é indiscutível.A proteção das plantas cultivadas é essencial para 
garantir colheitas saudáveis, abundantes e de qualidade. Pragas e doenças podem 
reduzir drasticamente a produtividade das lavouras, levando à perda de alimentos 
e ao aumento dos preços dos produtos agrícolas (AMORIM et al., 2018). Isso pode 
afetar diretamente a segurança alimentar, uma vez que o abastecimento adequado 
de alimentos depende, em grande parte, do sucesso da produção agrícola. 
VAMOS RECORDAR?
Biotecnologias revolucionaram a agricultura nos últimos 20 anos, provendo muitos 
benefícios ao agricultor. Mas você sabe como utilizar essas práticas para evitar o 
desperdício dessas ferramentas? Assista ao vídeo e entenda as perspectivas de 
biotecnologias e sustentabilidade agrícola para o Brasil com a Analiza Alves, líder 
de manejo, resistência e biotecnologia e crop protection da Corteva Agriscience 
para a América Latina.
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1
A legislação fitossanitária é um instrumento fundamental para alcançar os objetivos 
de proteção dos cultivos, segurança alimentar e preservação da biodiversidade 
(CAMPANHOLA; BETTIOL, 2003). Pode ser definida como um conjunto de normas, 
leis e regulamentações criadas com o propósito de proteger a agricultura e o meio 
ambiente contra a disseminação de pragas e doenças que afetam cultivos agrícolas 
e florestais.
Ela estabelece normas e regulamentos que visam controlar a introdução, a 
disseminação e o manejo de pragas e doenças em áreas agrícolas. Através da 
legislação, são estabelecidos critérios para o registro, o uso e o descarte de 
agrotóxicos e defensivos agrícolas, bem como para a adoção de práticas de 
manejo integrado de pragas e doenças, que promovam o equilíbrio ecológico 
nos agroecossistemas.
PANORAMA DE LEIS NO 
CENÁRIO NACIONAL 
O Brasil é reconhecido como 
o terceiro maior exportador 
agrícola do mundo, perdendo 
apenas para os Estados Unidos e 
a Europa, de acordo com dados 
da Organização das Nações 
Unidas para Alimentação 
e Agricultura. Essa posição 
de destaque nas exportações agrícolas ressalta a importância da legislação 
fitossanitária, que desempenha um papel imprescindível na regulamentação do 
trânsito de vegetais, tanto em âmbito nacional como internacional.
Para garantir a sanidade e a qualidade dos produtos agrícolas, o Brasil conta 
com a atuação da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF), 
representada pelo Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Essa entidade tem a missão 
de programar e executar ações estratégicas para prevenir a entrada de pragas no 
país, protegendo, assim, a produção agrícola nacional.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
A legislação fitossanitária desempenha um papel fundamental nesse contexto, 
estabelecendo normas e regulamentações que orientam o controle fitossanitário 
em todo o território brasileiro. Ela assegura que as práticas adotadas na agricultura 
estejam alinhadas com os padrões internacionais de segurança, garantindo a 
competitividade dos produtos brasileiros no mercado global.
Através da ONPF e do Departamento de Sanidade Vegetal, o MAPA desempenha 
um importante papel na coordenação das atividades de fiscalização fitossanitária 
em portos, aeroportos e postos de fronteira. Essas ações têm como objetivo evitar 
a introdução de pragas e doenças que possam prejudicar a produção agrícola e a 
segurança alimentar do país. Isso fortalece a imagem do Brasil como fornecedor 
confiável de produtos agrícolas no mercado internacional.
A Legislação Fitossanitária Nacional, regida pela Lei nº 7.802/1989, desempenha 
um papel crucial na proteção da agricultura brasileira contra as ameaças 
representadas por pragas e doenças que podem afetar as plantações. Essa lei 
estabelece as principais diretrizes e regulamentações para o controle, registro, 
comercialização e uso responsável de agrotóxicos e defensivos agrícolas em 
território nacional.
CATEGORIAS DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS 
Uma das diretrizes fundamentais da Lei nº 7.802/1989 é a definição das categorias de 
produtos fitossanitários e suas classificações, permitindo a diferenciação adequada 
entre agrotóxicos, seus componentes e afins. Essa classificação é essencial para reg-
ulamentar o uso de cada tipo de produto e garantir a segurança tanto dos agricultores 
quanto dos consumidores finais.
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1
Além da Lei nº 7.802/1989, que é uma das principais leis relacionadas à legis-
lação fitossanitária no Brasil, existem outras normas e regulamentações que di-
zem respeito à fiscalização fitossanitária no país. Algumas das principais leis que 
abordam esse tema são: A Lei nº 9.974/2000, que altera a lei nº 7.802/1989, que 
dispõe sobre a autorização para produção, comercialização e uso de organismos 
geneticamente modificados 
(OGMs) e seus derivados, 
incluindo ações de fiscaliza-
ção e monitoramento para 
garantir a biossegurança 
desses produtos. 
REGISTRO E A FISCALIZAÇÃO DOS AGROTÓXICOS
A legislação também determina os procedimentos e critérios para o registro e a 
fiscalização dos agrotóxicos no Brasil. Antes de serem comercializados e utilizados no 
campo, os produtos fitossanitários precisam passar por uma rigorosa análise técnica e 
científica para assegurar sua eficácia, segurança e impactos ambientais controlados. 
Essa etapa de registro é conduzida por órgãos competentes, como o MAPA, a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
RESPONSABILIDADE TÉCNICA
A Lei nº 7.802/1989 também aborda a questão da responsabilidade técnica sobre o 
uso dos agrotóxicos, estabelecendo que a aplicação desses produtos deve ser real-
izada por profissionais capacitados e autorizados. Essa medida busca garantir que os 
agrotóxicos sejam aplicados de forma adequada, minimizando os riscos de contami-
nação e assegurando o uso seguro dos insumos agrícolas. 
PROIBIÇÃO DE AGROTÓXICOS
Além disso, a Lei nº 7.802/1989 prevê a proibição da importação, produção, comer-
cialização e uso de agrotóxicos não registrados no Brasil. Essa medida visa evitar a 
circulação de produtos desconhecidos e sem a devida avaliação dos órgãos compe-
tentes, protegendo a saúde da população e o meio ambiente.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
As principais alterações estão relacionadas aos critérios para registro e co-
mercialização de agrotóxicos e defensivos agrícolas, mudanças nas diretrizes para 
o uso responsável de agrotóxicos e defensivos agrícolas, incluindo a proteção 
da saúde humana e do meio ambiente, modificações nas normas de controle 
e fiscalização da produção, transporte e aplicação de agrotóxicos, ajustes nos 
procedimentos para a classificação e rotulagem de agrotóxicos e adaptações nas 
regras para o monitoramento e controle de pragas e doenças nas lavouras.
É importante observar que a legislação é um pro-
cesso contínuo e pode sofrer alterações e atualizações 
para atender às necessidades e exigências da socie-
dade, bem como acompanhar o desenvolvimento da 
ciência e da tecnologia.
Outra lei importante no cenário da fiscalização fitossanitária é a Lei nº 
7.661/1988, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) 
e estabelece diretrizes para o uso sustentável dos recursos costeiros, incluindo 
medidas de fiscalização para prevenir a introdução de pragas e doenças por meio 
de vegetais e produtos vegetais. 
A lei estabelece a importância da gestão integrada das áreas costeiras, que 
envolve a atuação coordenada dos governos federal, estaduais e municipais, assim 
como a participação da sociedade civil e das comunidades locais nas decisões 
sobre o uso e ocupação do litoral.
O PNGC prevê a elaboração de planos de zoneamento costeiro, que definem 
as diferentes zonas e suas respectivas vocações e restrições, levando em consi-
deração as características ambientais, sociais e econômicas de cada área. A lei 
estabelece diversos instrumentos para a gestão das áreas costeiras, como a criação 
de unidadesde conservação, o estabelecimento de normas de uso e ocupação do 
solo e o controle das atividades que possam causar impactos negativos ao meio 
ambiente.
A participação da sociedade civil e das comunidades locais é incentivada na 
elaboração e implementação do PNGC, garantindo que suas necessidades 
e interesses sejam considerados nas decisões sobre o desenvolvimento e a 
conservação das áreas costeiras. O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro 
é uma importante ferramenta para a preservação dos ecossistemas costeiros, a 
A legislação é um 
processo contínuo 
e pode sofrer 
alterações
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promoção do desenvolvimento sustentável e o equilíbrio entre a conservação 
ambiental e as atividades socioeconômicas nas regiões litorâneas do Brasil.
A Instrução Normativa nº 39/2018, que estabelece o Programa Nacional de Con-
trole da Ferrugem Asiática da Soja (Phakopsora pachyrhizi) e define as diretrizes 
e procedimentos para o controle dessa praga também representa instrumento 
importante na fiscalização fitossanitária. A Instrução Normativa nº 39/2018, 
que é uma regulamentação emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA) do Brasil e estabelece o Programa Nacional de Controle 
da Ferrugem Asiática da Soja (Phakopsora pachyrhizi). 
A ferrugem asiática é uma doença causada por um fungo que pode causar 
danos significativos às plantações de soja, e o programa tem como objetivo con-
trolar e prevenir a disseminação dessa doença, buscando preservar a produtivi-
dade e a segurança da produção agrícola do país. Ela foi introduzida no Brasil por 
meio da importação de sementes de soja contaminadas ou de outros materiais 
vegetais infectados. A doença foi inicialmente detectada no país em 2001 e desde 
então tem representado uma séria preocupação para a agricultura brasileira.
Figura 1 - Folhas de soja infectadas com ferrugem da soja
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Soybean_rust.jpg.
Descrição da Imagem: fotografia de folhas de soja com ferrugem de soja. Na imagem há três folhas de soja na 
cor verde focadas, há partes das folhas que estão na cor amarela. Ao fundo, percebemos mais algumas folhas e 
parte do chão de terra escura. Fim da descrição.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
A fiscalização é parte fundamental para o cumprimento dessa norma, isso é fei-
to através de programas que estabelece a obrigatoriedade de monitoramento 
e vigilância constante das lavouras de soja em todo o território nacional. Esse 
monitoramento visa identificar precocemente a presença da ferrugem asiática e 
possibilitar a tomada de medidas rápidas de controle. 
A normativa determina a adoção de medidas fitossanitárias, como a aplicação 
adequada de fungicidas, a utilização de variedades de soja resistentes ou toleran-
tes à doença, e a destruição de plantas voluntárias nas áreas de cultivo.
O programa destaca ainda a importância do controle químico responsável, 
com o uso adequado de fungicidas registrados no MAPA, seguindo as recomen-
dações técnicas e dosagens recomendadas. Isso visa minimizar os riscos de resis-
tência do fungo aos fungicidas e reduzir impactos negativos ao meio ambiente. 
A instrução normativa prevê ainda a disseminação de informações técnicas 
sobre a ferrugem asiática, seu ciclo de vida, as melhores práticas de controle e o 
manejo adequado da doença. Além disso, incentiva a capacitação de produtores, 
técnicos agrícolas e demais profissionais envolvidos na cadeia produtiva da soja. 
O programa enfatiza a importância da comunicação entre órgãos de defesa 
fitossanitária, instituições de pesquisa, associações de produtores e demais envol-
vidos, a fim de promover uma ação conjunta e eficiente no combate à ferrugem 
asiática e busca reduzir os riscos econômicos e ambientais causados pela ferru-
gem asiática, protegendo a produção de soja no Brasil. 
A introdução da ferrugem asiática no Brasil é um lembrete importante da 
importância da vigilância fitossanitária e do controle adequado de fronteiras para 
evitar a disseminação de pragas e doenças agrícolas. É fundamental tomar medidas 
preventivas para proteger nossas culturas e garantir a segurança e a produtividade 
do setor agrícola.
A Lei nº 9.294, promulgada em 15 de julho de 1996, é de grande importância 
no cenário da fiscalização fitossanitária e diz respeito à propaganda comercial 
de produtos fumígenos, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos 
agrícolas. No Brasil, essa lei tem como objetivo regulamentar a publicidade de 
produtos que podem representar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. 
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1
Dentre as principais determinações da Lei nº 9.294, que abrangem diretamente 
a área agrícola estão as restrições à propaganda de defensivos agrícolas: a lei impõe 
regulamentações específicas para a publicidade de defensivos agrícolas, buscando 
garantir que as informações transmitidas sejam verdadeiras e não levem a práticas 
prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. O descumprimento das dispo-
sições da Lei nº 9.294 pode acarretar em sanções administrativas e penais para as 
empresas e pessoas responsáveis pela publicidade irregular desses produtos.
Essas são apenas algumas das principais leis e normas que dizem respeito à 
fiscalização fitossanitária no Brasil. A legislação fitossanitária é um campo amplo 
e em constante evolução, buscando garantir a segurança, a sustentabilidade e a 
sanidade dos vegetais cultivados e do meio ambiente como um todo. O cumpri-
mento e a atualização dessas leis são essenciais para o controle efetivo de pragas 
e doenças agrícolas, bem como para a proteção dos interesses econômicos e am-
bientais do país.
PANORAMA DE LEIS NO CENÁRIO ESTADUAL
Além da legislação fitossanitária nacional, a legislação estadual desempenha um 
papel fundamental na proteção da agricultura e do meio ambiente em nível re-
gional, complementando as normas e regulamentações federais. Cada estado 
brasileiro possui suas competências e legislações específicas para o controle de 
pragas e doenças agrícolas, adequando as medidas de acordo com as particula-
ridades e demandas locais.
Um exemplo de legislação esta-
dual é a Lei nº 10.478/1999, do Es-
tado de São Paulo. Essa lei dispõe 
sobre a prevenção e o controle de 
pragas e doenças dos vegetais no 
estado paulista. Ela estabelece dire-
trizes para o manejo integrado de 
pragas, promovendo a utilização de 
métodos alternativos e sustentáveis 
de controle, além da regulamen-
tação do uso de agrotóxicos e tem 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
como objetivo principal garantir a sanidade e a segurança das culturas agrícolas, 
evitando a disseminação de pragas e doenças vegetais que podem causar danos 
significativos à produção e à economia agrícola.
Essa legislação é essencial para a proteção da agricultura e do meio ambiente 
no Estado de São Paulo, buscando evitar a disseminação de pragas e doenças que 
podem prejudicar a produtividade das culturas e a segurança alimentar. Além 
disso, ela também contribui para o desenvolvimento sustentável do setor agrí-
cola, assegurando a adoção de práticas seguras e responsáveis na proteção das 
culturas vegetais.
Outro estado que possui uma legislação específica é o Paraná, com a Lei nº 
19.727/2018, que institui a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. 
Essa lei tem como objetivo promover a produção sustentável de alimentos, com 
ênfase na preservação do meio ambiente e no uso racional de insumos agrícolas. 
Esta lei do Estado do Paraná representa um marco importante na promoção 
da agroecologia e da produção orgânica no estado. A legislação busca incentivar 
a adoção de práticas agroecológicas, que se baseiam nos princípios da ecologia, 
visando à produção de alimentos de forma sustentável, respeitando os ciclos 
naturais, a biodiversidade e os recursos naturais. 
A lei também busca incentivar a produção orgânica de alimentos, que se caracteriza 
pelo não uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos, priorizando o uso de recursos 
naturaise práticas de manejo sustentáveis, para isso a Lei nº 19.727/2018 estabelece 
a necessidade de um uso racional de insumos agrícolas, com a redução do uso de 
agrotóxicos e fertilizantes químicos, visando à redução dos impactos ambientais e à 
promoção da saúde dos agricultores e consumidores.
No Rio Grande do Sul, a Lei nº 7.747/1982 institui o Programa Estadual de Con-
trole de Pragas, que estabelece diretrizes e ações para o controle integrado de 
pragas agrícolas no estado, visando à proteção da agricultura e à promoção da 
sustentabilidade no setor agrícola. A legislação adota o conceito de controle inte-
grado de pragas, que busca utilizar diferentes estratégias e práticas para o manejo 
adequado das pragas agrícolas. 
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Essa abordagem envolve o uso de métodos biológicos, culturais, mecânicos 
e químicos de forma combinada, visando a reduzir os impactos negativos das 
pragas na agricultura. O principal objetivo do programa é proteger as culturas 
agrícolas das pragas que podem causar danos significativos à produção e à eco-
nomia rural. O controle eficiente das pragas ajuda a garantir a produtividade 
e a qualidade dos alimentos produzidos, além de contribuir para a segurança 
alimentar da população.
O programa prevê ações coordenadas entre os órgãos estaduais e demais 
entidades envolvidas no setor agrícola, para que haja uma atuação integrada no 
controle de pragas. A cooperação entre os diferentes atores é fundamental para 
o sucesso das estratégias adotadas. A legislação também incentiva a pesquisa 
científica na área de controle de pragas e a capacitação dos agricultores e técnicos 
agrícolas, buscando disseminar conhecimentos atualizados sobre as melhores 
práticas para o manejo das pragas.
A Lei nº 7.747/1982 representa um importante marco na proteção da agri-
cultura no Estado do Rio Grande do Sul, buscando o equilíbrio entre a produção 
agrícola e a preservação do meio ambiente. Através do controle integrado de 
pragas, a lei contribui para a promoção da sustentabilidade no setor agrícola, 
assegurando a produção de alimentos de forma responsável e em harmonia com 
o meio ambiente.
Além das leis específicas, diversos estados brasileiros também contam com 
órgãos e instituições voltados para a fiscalização e o controle fitossanitário em 
nível regional. Esses órgãos atuam em conjunto com os órgãos federais, como 
o MAPA, e com os produtores rurais para garantir a sanidade dos vegetais e a 
segurança alimentar.
EU INDICO
Tenho uma indicação muito enriquecedora para você que certamente irá am-
pliar seus conhecimentos na área da fiscalização fitossanitária. Trata-se do site 
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que aborda di-
versos assuntos relacionados aos insumos agropecuários, com destaque para os 
agrotóxicos. O link para acessar o site está a seguir.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
É importante ressaltar que cada estado pode ter suas particularidades e neces-
sidades específicas em relação ao controle de pragas e doenças agrícolas, o que 
torna a Legislação Fitossanitária Estadual essencial para adequar as medidas de 
controle às demandas regionais. A atuação conjunta entre os órgãos federais e 
estaduais é fundamental para promover uma agricultura mais sustentável, segura 
e responsável em todo o país.
APLICAÇÃO DE LEIS NO CENÁRIO REGIONAL
A aplicação de leis no cenário regional, especialmente no contexto da fiscalização 
fitossanitária, é uma etapa fundamental para garantir a proteção da agricultura, 
do meio ambiente e da economia de uma determinada região. 
Dentro desse contexto, destacam-se algumas considerações importantes so-
bre a aplicação de leis na fiscalização fitossanitária em nível regional, como nor-
mativas e regulamentações Regionais, no qual cada região pode ter particulari-
dades em relação às pragas e doenças presentes e aos tipos de culturas cultivadas. 
Por isso, é comum que existam normativas e regulamentações específicas 
para cada área, estabelecidas por órgãos governamentais competentes. Essas nor-
mas têm como base a legislação nacional, mas podem conter adaptações para 
atender às necessidades locais.
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Esse trabalho de monitoramento e inspeção é realizado por equipes de fiscais 
e especialistas que são responsáveis por verificar a conformidade dos produtores 
com as normas, identificar possíveis pragas ou doenças e tomar medidas corre-
tivas quando necessário. 
Devem ser levadas em consideração as regiões com acesso a portos e frontei-
ras internacionais. Esses pontos de entrada podem ser os principais meios de in-
trodução de pragas e doenças exóticas, portanto, é fundamental que a fiscalização 
seja reforçada nesses locais, com inspeções detalhadas de cargas e embalagens.
Através de uma abordagem integrada, baseada em normativas específicas para 
cada região e uma fiscalização eficiente, é possível prevenir a introdução e disse-
minação de pragas e doenças, exemplo disso é o monitoramento que ocorre das 
pragas quarentenárias, auxiliadas por normativas em diferentes regiões do Brasil.
PRAGAS QUARENTENÁRIAS
A presença de pragas quarentenárias representa uma ameaça significativa para a 
agricultura e os ecossistemas, podendo causar danos econômicos e ambientais ir-
reparáveis. Para mitigar esses riscos, o Brasil possui normativas e regulamentações fi-
tossanitárias específicas para prevenir a introdução e disseminação dessas pragas em 
diferentes regiões do país. A seguir, apresentamos alguns exemplos de pragas quaren-
tenárias relevantes e suas respectivas normativas em diferentes regiões do Brasil.
MOSCA-DA-CARAMBOLA
A mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) é uma praga quarentenária de grande 
relevância para a região Nordeste do Brasil, onde a carambola é uma fruta cultivada 
comercialmente. A Instrução Normativa nº 28, de 20 de julho de 2017, estabelece as 
medidas fitossanitárias para prevenir a disseminação dessa praga. 
Entre as ações previstas estão o monitoramento constante, a utilização de armadilhas 
e a certificação de pomares livres da mosca-da-carambola. Essa certificação é impor-
tante para permitir o trânsito seguro de frutas para mercados nacionais e internacionais, 
garantindo que elas não estejam contaminadas pela praga.
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Os pomares com alta incidência da doença e sem o adequado controle do inseto 
vetor representam uma séria ameaça aos pomares vizinhos, porque as plantas 
doentes servem como fonte da bactéria, que será adquirida pelos psilídeos ao se 
alimentarem ou se reproduzirem nelas. Ao se alimentarem em plantas sadias, 
os insetos disseminam a bactéria e a doença pelo próprio pomar e para outras 
propriedades da região.
SIGATOKA-NEGRA
A Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis) é uma doença fúngica que afeta as plan-
tações de banana em diversas regiões tropicais, incluindo o estado do Amazonas, no 
norte do Brasil. A Instrução Normativa nº 17, de 31 de maio de 2005, estabelece medidas 
fitossanitárias específicas para a produção e comercialização de mudas de bananeiras, 
visando evitar a disseminação do fungo que atualmente se encontra disseminado em 
21 unidades da federação, sendo as mais recentes detecções ocorridas nos estados de 
Alagoas e Pernambuco.
HUANGLONGBING OU GREENING
Huanglongbing (HLB) ou Greening (Candidatus Liberibacter spp.) é uma das mais dev-
astadoras doenças dos citros em todo o mundo. Encontrado pela primeira vez na Ásia 
há mais de 100 anos, o greening foi identificado no Brasil em 2004, nas regiões Centro 
e Leste do Estado de São Paulo, o maior produtor de citros do país. Hoje, está pre-
sente em todas as regiões citrícolas paulistas e pomares de Minas Gerais, Paraná e 
Mato Grosso do Sul. 
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Essa praga quarentenária é regulamentada pela Portaria 317, de 21 de maio 
de 2021. Essa normativa estabelece medidas fitossanitárias de controle, como a 
erradicação de plantas contaminadas, o controle do inseto vetor e a fiscalização 
nas áreas de produção.
A portaria proíbe a circulaçãode mudas, plantas, partes de plantas e material 
de propagação de citros em áreas onde a praga já esteja presente, a fim de evitar 
sua disseminação para novas regiões. Prevê ainda a implementação de programas 
de monitoramento e controle do psilídeo vetor da bactéria causadora do HLB. 
Essas medidas permitem detectar a presença da praga precocemente e adotar 
ações para evitar sua disseminação. O HLB representa uma ameaça grave para a 
citricultura brasileira, que é uma das principais atividades agrícolas do país. Por 
isso, é essencial que sejam adotadas medidas eficazes para prevenir e controlar 
a disseminação da doença.
A chegada de uma nova praga ao Brasil causou preocupação e grandes prejuízos 
em 2013. A lagarta Helicoverpa armigera provocou danos em lavouras de diversas 
culturas e alarmou produtores de várias regiões. A H. armigera é uma praga que 
afeta diversas culturas, como soja, milho e algodão.
Após a detecção no Brasil, as autoridades fitossanitárias e os produtores agrícolas 
mobilizaram-se para adotar medidas de controle e prevenção. Foram realizados 
programas de monitoramento para acompanhar a disseminação da praga, 
pesquisas foram conduzidas para identificar melhores estratégias de manejo e 
o uso responsável de inseticidas e outras práticas agrícolas sustentáveis foram 
incentivadas para mitigar os danos causados pela lagarta.
Ela está presente em diferentes regiões do Brasil e é regulamentada por 
diferentes instruções normativas, como é o caso de Goiás, que é regulamentado 
pela Instrução Normativa nº 1166, de 26 de novembro de 2013, e estabelece 
medidas para o manejo integrado da praga, incluindo o uso de controle biológico, 
práticas culturais e monitoramento constante.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Esses são apenas alguns exemplos de pragas quarentenárias relevantes e suas 
respectivas normativas em diferentes regiões do Brasil. É importante destacar 
que a eficácia no controle e prevenção dessas pragas depende da colaboração 
entre produtores, pesquisadores, entidades reguladoras e órgãos governamen-
tais, buscando ações conjuntas para proteger a agricultura e o meio ambiente de 
possíveis danos causados por essas pragas invasoras.
Para melhor compreensão do texto abordado, recomendo a 
leitura do livro Elementos da Defesa Agropecuária, escrito por 
Evaldo Ferreira Vilela e Geraldo Magela Callegaro. Nesta obra, 
os autores mergulham em um tema crucial para a agricultura 
e a pecuária, revelando os principais desafios enfrentados por 
essas atividades vitais para nossa sociedade. Ao longo de suas 
272 páginas, o livro explora o conceito e a aplicação da defe-
sa agropecuária, destacando sua importância na preservação 
da segurança alimentar e na sustentabilidade do setor agro-
pecuário, fazendo um diagnóstico e uma compilação da leg-
islação básica, indicando as principais instituições do Sistema 
de Defesa Agropecuário nacional e internacional, bem como os 
desafios e as oportunidades para seu aperfeiçoamento.
Por meio de uma linguagem clara e acessível, os autores apre-
sentam os elementos fundamentais que compõem a defesa 
agropecuária, incluindo a proteção contra pragas, doenças, 
agentes invasores e outros riscos que podem ameaçar a 
produção agrícola e pecuária. O livro também aborda as es-
tratégias de prevenção, controle e erradicação de problemas 
fitossanitários e zoossanitários, fundamentais para garantir a 
qualidade e a segurança dos produtos agropecuários.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Olá! Agora quero convidar você a assistir nosso vídeo e enriquecer seus estudos. 
Neste vídeo, nós vamos falar a respeito de temas relevantes para a área.
EM FOCO
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NOVOS DESAFIOS
No mercado de trabalho, a conexão entre a teoria e a prática da legislação fitos-
sanitária é fundamental. Profissionais que compreendem a legislação nacional e 
a harmonização das leis estaduais são essenciais para assegurar a conformidade 
com as regulamentações e evitar penalidades legais. 
Além disso, a aplicação eficaz da legislação fitossanitária contribui para a melhoria 
dos processos produtivos, a redução de perdas agrícolas e o cumprimento de 
padrões de segurança alimentar, o que é altamente valorizado pelos empregadores 
no setor agrícola. 
Em resumo, a legislação fitossanitária desempenha um papel crucial na agricultu-
ra brasileira, promovendo a sustentabilidade, a segurança alimentar e a conformi-
dade legal. Os profissionais que compreendem e aplicam essas regulamentações 
são essenciais para um setor agrícola cada vez mais responsável e competitivo, 
abrindo perspectivas promissoras no mercado de trabalho para aqueles que bus-
cam uma carreira relacionada à fitossanidade.
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1. No cenário fitossanitário, a legislação tem um papel fundamental na proteção da agricultura 
e do meio ambiente contra pragas e doenças que afetam cultivos agrícolas e florestais.
Dentre as legislações relevantes sobre a temática estudada, a Lei nº 7.802/1989 se destaca 
por:
a) Regular exclusivamente a pesquisa e produção de agrotóxicos no âmbito nacional.
b) Estabelecer critérios rigorosos para o registro, comercialização e uso responsável de 
produtos fitossanitários.
c) Focar na sustentabilidade da produção agrícola, sem considerar a proteção do meio 
ambiente.
d) Adotar uma abordagem regional, sem preocupação com a segurança alimentar em 
nível nacional.
e) Promover a aplicação de agrotóxicos sem restrições, visando aumentar a produtividade 
agrícola.
2. A legislação fitossanitária é um instrumento fundamental para alcançar os objetivos de 
proteção dos cultivos, segurança alimentar e preservação da biodiversidade. 
Com base no texto apresentado sobre a legislação fitossanitária, julgue as informações:
I - A Lei nº 7.802/1989 é uma das principais leis relacionadas à legislação fitossanitária no 
Brasil e estabelece as principais diretrizes e regulamentações para o controle, registro, 
comercialização e uso responsável de agrotóxicos e defensivos agrícolas em território 
nacional.
II - A fiscalização fitossanitária no Brasil é realizada exclusivamente pelo Departamento de 
Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), res-
ponsável por coordenar as ações de prevenção de entrada de pragas no país.
III - A legislação fitossanitária estabelece normas e regulamentos para o controle da introdu-
ção, disseminação e manejo de pragas e doenças em áreas agrícolas, com o objetivo de 
garantir a segurança alimentar, a sustentabilidade da produção agrícola e a preservação 
da biodiversidade.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
AUTOATIVIDADE
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3. A Instrução Normativa nº 39/2018, emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento (MAPA) do Brasil, estabelece o Programa Nacional de Controle da Ferrugem 
Asiática da Soja (Phakopsora pachyrhizi) com o objetivo de prevenir e controlar essa doença 
que pode causar danos significativos às plantações de soja.
Considerando o embasamento apresentado, assinale a alternativa correta sobre o programa 
de controle da ferrugem asiática:
a) A normativa prevê a adoção de medidas fitossanitárias como a aplicação adequada de 
herbicidas e a utilização de variedades de soja resistentes à doença.
b) O programa enfatiza a importância da capacitação de produtores, técnicos agrícolas e 
profissionais envolvidos na produção de soja, mas não incentiva a comunicação entre 
órgãos de defesa fitossanitária e instituições de pesquisa.
c) A fiscalização fitossanitária é dispensável para o cumprimento da normativa, pois o con-
trole da ferrugem asiática é de responsabilidade exclusiva dos produtores de soja.
d) A normativa destaca a importância do controle químico responsável, mas não aborda 
a necessidade de seguir as recomendações técnicas e dosagens recomendadas para 
minimizar os riscos de resistência do fungo aos fungicidas.
e) A introdução da ferrugem asiática no Brasil foi causada pela importaçãode sementes 
de soja contaminadas e foi detectada no país em 2001.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M. BERGAMIN FILHO, A. (eds.) Manual de fitopatologia: princípios e 
conceitos. São Paulo: Editora Agronômica Ceres. 5. ed., 2018.
CAMPANHOLA, C.; BETTIOL, W. Panorama sobre o uso de agrotóxicos no Brasil. Embrapa 
Meio Ambiente, 2003, 279p.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 28, de 
20 de julho de 2017. Estabelece as medidas fitossanitárias para prevenir a disseminação dessa 
praga. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 de julho de 2017. Seção 1, p. 35.
BRASIL. Lei nº 7 .802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a 
produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a 
propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e 
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, 
seus componentes e afins, e dá outras providências. Brasília, DF, 11 de julho de 1989.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 317, de 21 de maio de 
2021. Estabelece medidas fitossanitárias para o controle de praga quarentenária. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 24 de maio de 2021.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 39, de 6 
de dezembro de 2018. Estabelece o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da 
Soja (Phakopsora pachyrhizi). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 de dezembro de 2018.
BRASIL. Lei nº 9 .294, de 15 de julho de 1996. Dispõe sobre a propaganda comercial de produ-
tos fumígenos, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 16 de julho de 1996.
GOIÁS. Instrução Normativa nº 1166, de 26 de novembro de 2013. Regulamenta a implemen-
tação do plano de supressão da praga e adoção de medidas emergenciais. Diário Oficial do 
Estado de Goiás, 2013.
PARANÁ. Lei nº 19 .727, de 10 de dezembro de 2018. Institui a Política Estadual de Agroecologia 
e Produção Orgânica.
RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 7 .747, 22 de dezembro de 1982. Institui o Programa Estadual de 
Controle de Pragas.
SÃO PAULO. Lei nº 10 .478, de 22 de dezembro de 1999. Dispõe sobre a prevenção e o controle 
de pragas e doenças dos vegetais no Estado de São Paulo. Diário Oficial do Estado de São Pau-
lo, São Paulo, SP, 23 de dezembro de 1999. Seção 1, p. 7-8.
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1. A resposta correta é a alternativa “b”, visto que a Lei nº 7.802/1989 regulamenta a pesquisa, 
experimentação, produção, embalagem e rotulagem de agrotóxicos e seus componentes. 
Além disso, estabelece critérios rigorosos para o registro, comercialização e uso responsável 
de produtos fitossanitários, visando proteger tanto os produtores quanto os consumidores 
e o meio ambiente. As outras alternativas não refletem corretamente o conteúdo do texto 
ou são afirmativas generalizadas sem base no texto fornecido.
As outras alternativas não refletem corretamente o conteúdo da lei nº 7.802/1989 ou são 
afirmativas generalizadas sem base na lei em questão. A alternativa “a” afirma que a lei 
regula exclusivamente a pesquisa e produção de agrotóxicos, o que não é verdade, pois 
ela também aborda a comercialização e uso responsável desses produtos. As alternativas 
“c”, “d” e “e” também não são sustentadas pela lei estudada e apresentam informações 
imprecisas ou errôneas.
2 . Feedback: A assertiva II está incorreta, pois a fiscalização fitossanitária é realizada não apenas 
pelo Departamento de Sanidade Vegetal do MAPA. Existem outros órgãos envolvidos na 
fiscalização fitossanitária no Brasil. As demais alternativas estão corretas e são correntes, o 
que de fato representa a fiscalização fitossanitária.
3 . Feedback: A alternativa A está errada porque a normativa estabelece a adoção de medidas 
fitossanitárias para o controle da Ferrugem Asiática da Soja, incluindo a aplicação adequada 
de fungicidas e o uso de variedades de soja resistentes à doença, mas não de herbicidas.
A alternativa B está errada visto que o programa enfatiza a importância da capacitação 
dos profissionais envolvidos na produção de soja, mas também destaca a importância da 
comunicação entre órgãos de defesa fitossanitária, instituições de pesquisa, associações 
de produtores e demais envolvidos, a fim de promover uma ação conjunta e eficiente no 
combate à ferrugem asiática.
A alternativa C está errada pois a fiscalização fitossanitária é fundamental para o cumprimento 
da normativa, pois é responsável por monitorar e fiscalizar o controle da ferrugem asiática 
em todo o território nacional, visando prevenir a disseminação da doença.
GABARITO
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MINHAS METAS
LEGISLAÇÃO APLICADA 
AOS AGROTÓXICOS E SEUS 
COMPONENTES
Compreender a legislação relacionada aos agrotóxicos, incluindo suas diferentes etapas.
Destacar os principais requisitos legais relacionados à pesquisa, experimentação, 
produção, transporte, armazenamento, comercialização, utilização e importação/ 
exportação de agrotóxicos e seus componentes.
Aprofundar o entendimento dos riscos e impactos associados ao uso de agrotóxicos.
Identificar e difundir as leis que afetam o uso de agrotóxicos em produtos agrícolas.
Orientar quanto ao uso de alternativas mais seguras e sustentáveis ao uso de agrotóxicos.
Reforçar as leis de fiscalização e cumprimento da legislação de agrotóxicos.
Fomentar o envolvimento da sociedade na discussão e participação ativa da 
implementação e aprimoramento das políticas relacionadas aos agrotóxicos.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2
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INICIE SUA JORNADA
Após tanto avanço tecnológico e mudança direta na vida da sociedade, pelo 
uso de tecnologias, por que o assunto sobre os agrotóxicos até hoje (século 
XXI) tem sido tratado como vilão e não como um meio facilitador de incentivo 
à melhoria da saúde?
Os agrotóxicos têm como principal finalidade a proteção dos produtos agrí-
colas contra a ação de seres vivos nocivos, mas ao serem utilizados de maneira 
incorreta, podem representar riscos à saúde (TAVARES et al., 2020). Sua utiliza-
ção tem sido uma prática amplamente adotada na agricultura mundial, visando 
aumentar a produtividade e combater pragas e doenças que ameaçam as co-
lheitas. No entanto, o uso indiscriminado desses produtos químicos pode trazer 
sérios impactos à saúde humana e ao meio ambiente. 
Dessa forma, a legislação brasileira busca não apenas controlar a produção e 
utilização de agrotóxicos, mas também incentivar a adoção de práticas agrícolas 
mais sustentáveis e a pesquisa de novas tecnologias que reduzam a dependência 
desses produtos químicos. A educação e capacitação dos profissionais do setor 
agrícola são peças-chave para a promoção de uma agricultura mais segura e am-
bientalmente responsável.
Isso faz da legislação aplicada aos agrotóxicos um instrumento essencial para 
garantir a proteção da saúde pública e a preservação do meio ambiente. Contem-
plando uma série de aspectos fundamentais ao longo de toda a cadeia produtiva, 
ela representa um compromisso do Estado em buscar soluções equilibradas e 
eficazes para os desafios enfrentados pela agricultura moderna.
Compreenda melhor os desafios enfrentados na regulamentação de agrotóxicos na 
agricultura nos dias atuais. Momento no qual buscamos promover a conscientização 
sobre a complexidade dessa questão, destacando as dificuldades inerentes de 
encontrar um equilíbrio entre produtividade agrícola e sustentabilidade ambiental. 
Ao explorar as várias dimensões das regulamentações de agrotóxicos, vamos 
informar e inspirar os ouvintes a compreenderem a importância de práticas 
agrícolas responsáveis e a promover um diálogo construtivo sobre o futuro da 
agricultura.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A partir deste prévio entendimento e visualização de como funciona no Brasil as 
ações que tentam promover abusca por alternativas mais seguras e sustentáveis 
ao uso de agrotóxicos, bem como as leis vigentes e o incentivo ao reforço das ações 
de fiscalização. Convido você, agora, a refletir comigo: afinal, como nós, enquanto 
sociedade, podemos estar envolvidos nesta discussão? Como é possível participar 
ativamente na implementação e aprimoramento destas políticas?
A partir de agora entenderemos como a questão dos agrotóxicos está presente 
em nossas vidas, como as regulamentações existentes foram elaboradas, e qual 
é a importância da conscientização do público sobre os riscos potenciais dos 
produtos químicos que encontramos diariamente em nossas rotinas. 
VAMOS RECORDAR?
Para entender na realidade como nos envolvemos neste processo de uso de 
agrotóxicos no Brasil, onde encontramos estes agrotóxicos, e qual seu impacto 
nas vidas da sociedade geral, convido você a iniciar sua jornada neste assunto, 
assistindo ao vídeo do grupo Curso Enem gratuito, intitulado: AGROTÓXICOS NO 
BRASIL: IMPACTOS NA SAÚDE E NO MEIO AMBIENTE!
Para entender mais sobre como esses processos ocorrem no Brasil, e qual é o papel 
da sociedade, venha comigo no desenvolvimento deste tema de aprendizagem e 
ao final tire suas conclusões.
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
O CAMINHO DA REGULAMENTAÇÃO DOS AGROTÓXICOS
O Brasil possui, desde a década de 1970, legislações que regulamentam o re-
gistro, a produção, o uso e o comércio dessas substâncias em seu território 
(LOPES; ALBUQUERQUE, 2018). Em resposta a esse cenário, a legislação 
aplicada à pesquisa, experimentação, produção, embalagem e rotulagem, trans-
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porte, armazenamento, comercialização, propaganda comercial, utilização, im-
portação e exportação de agrotóxicos e seus componentes assume um papel 
fundamental na busca pelo equilíbrio entre o desenvolvimento agrícola e a 
proteção da saúde e do meio ambiente.
No Brasil, a regulamentação dos agrotóxicos é ampla e detalhada, estabelecendo 
normas e diretrizes que abrangem todas as etapas da cadeia produtiva desses pro-
dutos. Desde a pesquisa e experimentação de novos princípios ativos até a comer-
cialização e utilização nas lavouras, a base legal busca assegurar que os agrotóxicos 
sejam produzidos, manipulados e aplicados de forma segura e responsável.
A legislação prevê a realização de estudos técnicos e científicos rigorosos, a 
fim de avaliar a eficácia e segurança dos agrotóxicos antes que sejam disponibi-
lizados no mercado. Além disso, estabelece requisitos específicos para a rotula-
gem adequada desses produtos, com informações claras e detalhadas sobre suas 
propriedades e modo de utilização, permitindo que agricultores e trabalhadores 
rurais utilizem os agrotóxicos de forma consciente e segura.
O transporte e armazenamento também são aspectos cruciais contempla-
dos pela legislação. Normas rigorosas são estabelecidas para garantir que esses 
produtos sejam manuseados e acondicionados corretamente, reduzindo o risco 
de vazamentos e contaminações acidentais. Além disso, a propaganda comercial 
de agrotóxicos é regulamentada para evitar informações enganosas e promover 
o uso adequado desses produtos. Isso é fundamental para que os agricultores 
tenham acesso a informações confiáveis e embasadas em evidências científicas 
ao tomar decisões sobre quais agrotóxicos utilizar em suas plantações.
A Lei dos Agrotóxicos, promulgada em 1989 (Lei nº 7802/1989), representa 
um marco regulatório fundamental para o controle e a segurança na utilização 
de produtos agrotóxicos no Brasil. Naquela época, a legislação representou um 
ponto crucial para o agronegócio, marcando um progresso significativo no ge-
renciamento do uso de agrotóxicos no país. Com o passar dos anos, houve ajustes 
na lei, e em 2002, o Decreto nº 4.074 entrou em vigor para regulamentá-la.
A legislação abrange de forma ampla todas as etapas da cadeia produtiva des-
ses produtos, estabelecendo diretrizes rigorosas que visam proteger tanto a saúde 
humana quanto o meio ambiente. Neste texto, discorreremos como a lei traz cada 
uma das seguintes etapas: pesquisa, experimentação, produção, embalagem e 
rotulagem, transporte, armazenamento, comercialização, propaganda comercial, 
utilização, importação e exportação de agrotóxicos e seus componentes.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Dentre os diversos aspectos contemplados pela lei, os artigos relacionados à 
Pesquisa e Experimentação desempenham um papel essencial na garantia da 
segurança e eficácia desses produtos utilizados na agricultura.
PESQUISA, EXPERIMENTAÇÃO E PRODUÇÃO
Vamos viajar através de uma jornada reveladora além das embalagens coloridas 
e dos rótulos atrativos. Agora vamos refletir sobre o que realmente consumimos e 
respiramos, dentro de casa, na rua, já que vivemos em um mundo onde os produ-
tos químicos estão presentes em todos os cantos de nossas vidas.
PENSANDO JUNTOS
VOCÊ SABE RESPONDER?
Quem é responsável pelo registro do agrotóxico? 
A Lei dos Agrotóxicos estabelece a obrigatoriedade de que os produtos agrotóxi-
cos passem por uma rigorosa avaliação técnica e científica antes de serem regis-
trados no país. Isso fica claro no Artigo 3º da Lei nº 7.802 (BRASIL, 1989), em 
que se estabelece que todo agrotóxico, antes de ser produzido e comercializado, 
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deve ser devidamente registrado junto ao órgão competente, que hoje é repre-
sentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Esse 
registro é concedido após a análise de estudos e experimentos que comprovem 
a eficácia do produto contra as pragas e doenças alvo, bem como a avaliação de 
sua segurança para a saúde humana e o meio ambiente. 
A lei diz ainda, que a pessoa ou empresa que possui os direitos sobre o agro-
tóxico é quem precisa solicitar o registro. Essa pessoa ou empresa é chamada de 
“requerente” e tem a responsabilidade de fornecer ao Ministério da Agricultura 
(MAPA) todas as informações importantes sobre o agrotóxico. Isso inclui de-
talhes sobre de que o produto é feito, quais são suas propriedades e também os 
resultados de estudos e experimentos que mostram que o agrotóxico é eficiente 
e seguro de usar.
Quanto aos estudos e experimentos necessários para o registro de um agro-
tóxico, o Artigo 7º diz que devem ser conduzidos de acordo com as normas e 
padrões estabelecidos pelo órgão federal responsável (BRASIL, 1989), o MAPA. 
Esses estudos devem abranger a caracterização química do produto, sua toxici-
dade para seres humanos e animais, seu comportamento no meio ambiente e sua 
eficácia no combate às pragas e doenças agrícolas. A avaliação é conduzida por 
uma equipe de especialistas do MAPA, que analisam minuciosamente os dados 
apresentados pelo requerente do registro. A avaliação visa verificar se o agrotóxico 
atende aos critérios de eficácia e segurança estabelecidos pela legislação. 
É importante salientar que os agrotóxicos registrados estão sujeitos à reava-
liação periódica e ao monitoramento contínuo após sua liberação no mercado. 
Essa reavaliação é feita com base em novas informações científicas e tecnológicas, 
podendo levar à revisão ou cancelamento do registro caso sejam identificados 
riscos não previstos anteriormente.
Embalagem e rotulagem
A legislação que aborda a embalagem e rotulagem de agrotóxicos desempenha 
um papel crucial na garantia da segurança dos usuários, na prevenção de riscos 
à saúde pública e no cuidado com o meio ambiente. Essas regulamentações são 
projetadas para fornecer informações claras e precisas sobre os agrotóxicos, per-
mitindo que os usuários tomem decisões informadas e apliquem os produtos de 
maneira segura e eficaz. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A produção dos agrotóxicos é regulamentada de forma a garantir que sejam 
fabricados de acordo com padrões de qualidade e segurança. Além disso, impõe 
requisitos rigorosos para a embalagem e rotulagem dos produtos, garantindo 
que os rótulos contenham informações claras e precisas sobre sua composição, 
instruções de uso, cuidados e riscos associados.As embalagens dos agrotóxicos devem ser projetadas de forma a evitar va-
zamentos e contaminações, garantindo que o produto seja armazenado e trans-
portado de maneira segura. A legislação determina que o requerente do registro 
seja o responsável por fornecer ao MAPA todas as informações necessárias sobre 
o agrotóxico, incluindo os dados relativos à embalagem e rotulagem. As embala-
gens são projetadas para minimizar o risco de exposição acidental, tanto para os 
manipuladores quanto para o meio ambiente.
O fabricante é obrigado a assegurar que os agrotóxicos comercializados es-
tejam devidamente acondicionados em embalagens adequadas e que possuam 
rótulos contendo todas as informações obrigatórias (BRASIL, 1989).
Os rótulos dos agrotóxicos são peças fundamentais para a comunicação de 
informações importantes aos usuários e trabalhadores rurais. A Lei dos Agrotó-
xicos (BRASIL, 1989) estabelece que os rótulos devem conter informações claras 
e precisas sobre a composição do produto, instruções de uso, advertências sobre 
possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente e ainda a identificação do fabrican-
te. Essas informações são essenciais para garantir o uso seguro e adequado dos 
agrotóxicos, evitando exposições indevidas e acidentes.
Além das informações básicas, a rotulagem também deve conter símbolos, 
avisos e frases de advertência que destaquem os perigos associados ao agrotóxi-
co. Esses elementos visuais ajudam a chamar a atenção para possíveis riscos e a 
instruir os usuários sobre como minimizá-los. Em muitos casos, as regulamen-
tações também exigem a inclusão de informações sobre o descarte adequado de 
embalagens vazias e resíduos (GOULART, 2016).
As regulamentações de rotulagem frequentemente proíbem afirmações enga-
nosas ou exageradas nos rótulos. Isso é feito para evitar a promoção inadequada 
dos produtos e garantir que as informações sejam baseadas em dados científicos 
confiáveis. A rotulagem clara e honesta é essencial para garantir que os usuários 
compreendam os riscos e benefícios dos agrotóxicos, permitindo que eles tomem 
decisões informadas e responsáveis (BRASIL, 2021).
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No geral, a legislação que regula a embalagem e rotulagem de agrotóxicos 
busca garantir que esses produtos sejam manuseados, aplicados e descartados de 
forma segura (GOULART, 2016). Ao fornecer informações detalhadas, instruções 
de uso e alertas de segurança, as regulamentações contribuem para a redução 
de riscos para a saúde humana, para os trabalhadores agrícolas e para o meio 
ambiente, mantendo um equilíbrio entre a produtividade agrícola e a proteção 
da sociedade e dos ecossistemas.
Transporte e armazenamento
A legislação que aborda o transporte e armazenamento de agrotóxicos é funda-
mental para garantir a segurança durante todo o ciclo de vida desses produtos 
químicos, desde sua fabricação até sua aplicação final. Essas regulamentações 
visam minimizar os riscos associados ao manuseio, transporte inadequado e 
armazenamento incorreto de agrotóxicos.
A lei estabelece normas para o transporte e o armazenamento dos agrotó-
xicos, visando evitar vazamentos, contaminações e acidentes. São estabelecidos 
critérios de segurança e procedimentos específicos para garantir o manuseio 
adequado desses produtos ao longo da cadeia produtiva (BRASIL, 1989).
Os agrotóxicos devem ser transportados em embalagens adequadas, que este-
jam devidamente lacradas e em conformidade com as normas técnicas estabeleci-
das. Os veículos utilizados para o transporte também devem ser adequados e devi-
damente identificados, indicando que estão transportando produtos perigosos. A 
regulamentação também pode impor restrições quanto à quantidade máxima que 
pode ser transportada e aos veículos apropriados para essa finalidade. A legislação 
frequentemente exige que os transportadores recebam treinamento especializado 
sobre o manuseio correto dos agrotóxicos durante o transporte, incluindo medidas 
de segurança e procedimentos de emergência em caso de acidentes (BRASIL, 1989).
A legislação determina que os locais de armazenamento de agrotóxicos de-
vem seguir critérios rigorosos de segurança e conformidade (GOULART, 2016). 
Esses espaços devem ser projetados e construídos de forma a prevenir riscos de 
vazamentos, contaminações e incêndios. Além disso, é fundamental que o arma-
zenamento seja feito longe de fontes de calor, alimentos, rações e outros produtos, 
a fim de evitar a contaminação cruzada (BRASIL, 2002).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A Lei dos Agrotóxicos ressalta ainda a impor-
tância da capacitação adequada dos profissionais en-
volvidos no transporte e armazenamento dos agrotó-
xicos. Esses profissionais devem receber treinamento 
específico para lidar com os produtos de forma se-
gura, garantindo o cumprimento dos procedimentos 
corretos de manuseio, armazenamento e transporte, e estabelece ainda, a neces-
sidade de manter registros detalhados sobre o transporte e o armazenamento de 
agrotóxicos, incluindo informações sobre a quantidade, o tipo de produto e o 
destino. Esses registros devem estar disponíveis para as autoridades fiscalizadoras 
sempre que necessário (BRASIL, 2002). A fiscalização é conduzida pelos órgãos 
competentes para garantir que as normas e regulamentos sejam cumpridos, e que 
todas as medidas de segurança sejam adequadamente aplicadas.
Em suma, o cuidado e o seguimento rigoroso das orientações ao transporte e 
ao armazenamento de agrotóxicos é essencial para prevenir acidentes, vazamen-
tos e contaminações que possam afetar a saúde das pessoas e o meio ambiente. 
Elas garantem que os agrotóxicos sejam manuseados, transportados e armazena-
dos de maneira segura e responsável, minimizando os riscos associados a esses 
produtos químicos altamente especializados e potencialmente perigosos.
Comercialização e propaganda comercial
Quanto à comercialização e propaganda comercial de agrotóxicos é uma parte 
essencial das regulamentações relacionadas a esses produtos químicos, e é muito 
bem redesenhada no Decreto nº 4.074, em seu capítulo 4º (BRASIL, 2002), e tem 
como objetivo assegurar que a venda e promoção de agrotóxicos sejam feitas de 
maneira responsável, transparente e que não coloque em risco a saúde pública, 
o meio ambiente e a segurança dos trabalhadores agrícolas. A legislação contro-
la a propaganda comercial desses produtos, assegurando que a divulgação seja 
baseada em informações corretas e que não induzam a utilização inadequada.
A responsabilidade atribuída aos comerciantes de agrotóxicos assegura que 
os produtos comercializados estejam devidamente registrados e autorizados pelo 
MAPA. Os comerciantes devem garantir que os agrotóxicos sejam fornecidos em 
embalagens adequadas, com rótulos contendo informações claras e precisas sobre 
sua composição, modo de uso, cuidados e riscos associados (BRASIL, 2021). Além 
registros devem 
estar disponíveis 
para as autoridades 
fiscalizadoras
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disso, os comerciantes devem manter registros detalhados das vendas realizadas, 
fornecendo as informações necessárias às autoridades fiscalizadoras.
Pode ainda haver inclusão de restrições sobre a venda de agrotóxicos, muitas 
vezes exigindo licenças ou autorizações específicas para os vendedores. Isso ajuda 
a garantir que apenas pessoas qualificadas e bem informadas estejam envolvi-
das na comercialização desses produtos. Além disso, a legislação pode abordar 
questões de armazenamento adequado, embalagem segura e rastreabilidade dos 
agrotóxicos, para evitar vazamentos, contaminações acidentais e uso indevido.
A Lei dos Agrotóxicos proíbe a propaganda comercial que induza ao uso inde-
vido ou indiscriminado dos agrotóxicos. As propagandas devem ser pautadas por 
informações verdadeiras e responsáveis, evitando qualquer tipo de informação 
enganosa que possa levar ao uso inadequado dos produtos. É vedada a utilização 
de expressões, imagens ou slogans que sugiram benefícios milagrosos ou resultados 
excepcionais não comprovados cientificamente.Muitas regulamentações proíbem 
a promoção direta aos consumidores finais, direcionando a publicidade principal-
mente para profissionais qualificados, como agricultores ou técnicos agrícolas. Isso 
é feito para evitar o uso indiscriminado dos agrotóxicos e para garantir que seu uso 
seja supervisionado por pessoas com conhecimento adequado.
Existem restrições específicas à propaganda de agrotóxicos em veículos de 
comunicação, como rádio, televisão e internet, sendo proibida a veiculação de 
propagandas em horários destinados ao público infantil, bem como em espaços 
que possam atingir pessoas que não sejam aptas a fazer o uso desses produtos 
(BRASIL, 1996), como agricultores não capacitados ou desprovidos de Equipa-
mentos de Proteção Individual (EPIs).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A fiscalização do cumprimento das normas de Comercialização e Propaganda 
Comercial de agrotóxicos é realizada pelos órgãos competentes (BRASIL, 1996), 
como o MAPA e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Em caso 
de infrações à lei, são aplicadas penalidades que podem incluir multas, suspensão 
da comercialização ou até mesmo o cancelamento do registro do produto.
As regulamentações referentes à comercialização e propaganda comercial 
de agrotóxicos são fundamentais para garantir a segurança e o uso responsável 
desses produtos. Elas visam proteger tanto aqueles que aplicam os agrotóxicos 
quanto o público em geral, ao mesmo tempo em que garantem a disponibilidade 
de informações confiáveis para tomar decisões informadas sobre a compra e uso 
desses produtos químicos.
Nossos Venenos Cotidianos
Autor/ano: Marie-Monique Robin / 2010 
Resumo: o livro aborda como uma ampla gama de produtos 
químicos, incluindo agrotóxicos e substâncias estão presentes 
em alimentos industrializados e o que estudiosos do tema es-
tão pesquisando sobre os efeitos desses produtos químicos 
em nosso corpo e meio ambiente, além de explorar a relação 
entre esses produtos e doenças crônicas, como câncer, prob-
lemas neurológicos e distúrbios hormonais.
INDICAÇÃO DE LIVRO
A UTILIZAÇÃO E CONSUMO DE AGROTÓXICOS
A utilização de agrotóxicos é uma etapa crítica e delicada do processo agrícola, 
e a legislação relacionada a essa área tem o objetivo de regulamentar como esses 
produtos químicos devem ser aplicados de maneira segura e eficaz, minimizando 
os riscos para a saúde humana, o meio ambiente e a segurança alimentar. A Lei 
dos Agrotóxicos (Lei nº 7802/1989) estabelece critérios e limites para a utilização 
desses produtos, buscando garantir que sejam aplicados de forma responsável e 
segura, e estabelece ainda uma série de normas e regulamentos com o objetivo 
de garantir que a utilização desses produtos seja realizada de forma segura e 
responsável (BRASIL, 1989).
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A legislação enfatiza a importância de que os agrotóxicos sejam utilizados 
somente por pessoas capacitadas e treinadas, como agricultores e aplicadores 
devidamente habilitados,e seu uso deve estar em conformidade com as instruções 
presentes nos rótulos das embalagens, garantindo que as doses e aplicações sejam 
adequadas para o controle das pragas e doenças alvo.
A formação e certificação de aplicadores são frequentemente exigidas pelas 
legislações, garantindo que eles compreendam os riscos associados aos agrotó-
xicos e estejam cientes das melhores práticas de aplicação. O registro detalhado 
do uso de agrotóxicos, incluindo datas, locais e quantidades aplicadas, é uma 
prática comum para permitir um monitoramento eficaz dos níveis de exposição 
e possíveis efeitos adversos.
A Lei dos Agrotóxicos também preconiza o uso dos Equipamentos de Prote-
ção Individual (EPIs) durante a manipulação e aplicação dos agrotóxicos. Esses 
equipamentos, como luvas, máscaras, óculos de proteção e vestimentas apro-
priadas, visam reduzir o risco de exposição aos produtos químicos, protegendo 
a saúde dos usuários (BRASIL, 1989).
O uso de agrotóxicos conforme a Lei nº 7802/1989 abrange uma série de 
diretrizes específicas, e estabelece, as dosagens corretas dos agrotóxicos e as dilui-
ções necessárias para assegurar que a quantidade aplicada seja suficiente para o 
controle de pragas, mas não represente um risco excessivo. Especificam também 
os tipos de equipamentos de aplicação que devem ser utilizados para evitar pul-
verizações inadequadas, vazamentos e a dispersão descontrolada dos agrotóxicos.
É determinado ainda que a utilização de agrotóxicos deve seguir as boas práti-
cas agrícolas, evitando a 
aplicação em condições 
climáticas desfavorá-
veis, como ventos fortes 
ou chuvas, que podem 
dispersar os produtos e 
contaminar áreas não 
alvo. Também é proi-
bido o uso de agrotóxi-
cos próximos a corpos 
d’água e outros ecossis-
temas sensíveis, a fim de 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
proteger a biodiversidade e a qualidade da água (BRASIL, 1989). A fiscalização do 
cumprimento dessas normas é realizada pelos órgãos competentes, garantindo a 
aplicação correta da legislação. Infrações podem acarretar em penalidades, como 
multas e suspensão do direito de comercializar ou utilizar agrotóxicos.
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
A regulamentação da importação e exportação de agrotóxicos e seus compo-
nentes, garantiria que os produtos importados estejam em conformidade com 
os padrões nacionais de qualidade e segurança, e que os produtos exportados 
atendam às exigências dos países destinatários.
A importação de agrotóxicos no Brasil segundo a Lei dos Agrotóxicos, que 
determina que esses produtos só podem ser importados se devidamente regis-
trados e autorizados pelo órgão competente (BRASIL, 1989), que é o Ministério 
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O processo de importação 
requer a apresentação de documentos e informações que comprovem a eficácia e 
segurança do agrotóxico, além de detalhes sobre sua composição e modo de uso. 
Os agrotóxicos importados devem estar em conformidade com as normas e 
regulamentos técnicos brasileiros, assegurando que os produtos atendam aos re-
quisitos estabelecidos para sua utilização segura e adequada na agricultura brasi-
leira. A fiscalização é conduzida pelo MAPA e pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA), visando garantir a legalidade e a qualidade dos agrotóxicos 
importados. Estes regulamentos geralmente exigem que os importadores obtenham 
autorizações prévias para importar agrotóxicos. Isso pode envolver a apresentação 
de informações detalhadas sobre os produtos, incluindo suas composições quími-
cas, níveis de toxicidade, informações de rótulo e folheto informativo, entre outros. 
Os órgãos reguladores revisam essas informações para garantir que os agrotóxicos 
a serem importados atendam aos critérios de segurança estabelecidos.
Além disso, a importação também pode estar sujeita a taxas e tarifas especí-
ficas, dependendo das políticas adotadas pelo país importador. A ideia por trás 
dessas regulamentações é assegurar que os agrotóxicos que entram no país não 
representem riscos inaceitáveis para a saúde pública e o meio ambiente.
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A Lei dos Agrotóxicos também regulamenta a exportação desses produtos, 
estabelecendo que os agrotóxicos só podem ser exportados se devidamente regis-
trados no Brasil e autorizados para esse fim pelo MAPA. A exportação requer o 
cumprimento das exigências legais e regulatórias dos países de destino, bem como 
o atendimento aos padrões de qualidade e segurança internacionais, e preconiza 
ainda, que os agrotóxicos exportados devem ser embalados e rotulados de acor-
do com as normas internacionais aplicáveis, fornecendo informações precisas e 
claras para os usuários finais nos países de destino. 
A exportação de agrotóxicos também é regulada para garantir que os pro-
dutos cumpram os padrões de segurança não apenas no país de origem, mas 
também nos países para os quais estão sendo exportados. Isso é crucial para 
evitar a exportação de agrotóxicos proibidos, altamente tóxicos ou que não 
atendam aos padrões internacionais.Muitos países exigem que os exportadores 
obtenham licenças ou autorizações específicas para exportar agrotóxicos. Isso 
pode envolver a apresentação de informações semelhantes às exigidas para 
importação, incluindo detalhes sobre a composição, toxicidade e informações 
de rótulos. Os reguladores verificam essas informações para garantir que os 
agrotóxicos a serem exportados estejam em conformidade com as regulamen-
tações tanto no país de origem quanto no destino.
A fiscalização desses produtos para exportação é realizada pelos órgãos 
competentes, garantindo que os agrotóxicos exportados estejam em confor-
midade com as normas e regulamentos nacionais e internacionais. O cum-
primento dessas diretrizes é fundamental para promover uma agricultura 
sustentável, segura e comprometida com a proteção de todos os envolvidos 
na cadeia produtiva.
É importante notar que, em muitos casos, os padrões de regulamentação para 
importação e exportação de agrotóxicos também podem ser influenciados por 
acordos e convenções internacionais, como o Acordo sobre a Aplicação de Me-
didas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC, 
2023) e a Convenção de Roterdã sobre o Procedimento de Consentimento Prévio 
Informado (BRASIL, 2004). Esses acordos visam facilitar o comércio interna-
cional de produtos químicos, incluindo agrotóxicos, ao mesmo tempo em que 
garantem a segurança para a saúde e o meio ambiente em todo o mundo.
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O veneno está na mesa
Direção/ano: Sílvio Tendler, 2011
Sinopse: “O veneno está na mesa” examina os diferentes as-
pectos da produção de alimentos, desde a influência da in-
dústria química na regulamentação até os riscos associados ao 
consumo de alimentos contaminados por agrotóxicos. O filme 
apresenta entrevistas com especialistas, agricultores e outros 
envolvidos na discussão sobre os agrotóxicos. O documentário 
levanta questões importantes sobre a necessidade de regula-
mentações mais rigorosas, a transição para práticas agrícolas 
mais sustentáveis e os impactos na saúde pública e no meio 
ambiente. Ele oferece uma visão crítica sobre a regulamenta-
ção dos agrotóxicos no Brasil e em outros lugares, promoven-
do a conscientização sobre os desafios enfrentados na busca 
por uma agricultura mais segura e sustentável. 
INDICAÇÃO DE FILME
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NOVOS DESAFIOS
O objetivo final de todas essas regulamentações é garantir que a utilização de 
agrotóxicos seja conduzida de maneira segura e responsável e é imperativo que 
todos os envolvidos na aplicação de agrotóxicos sigam rigorosamente as diretrizes 
estabelecidas para garantir a segurança e a integridade de todo o sistema agrícola.
Afinal, todos os dias, em quase todos os alimentos que consumimos, inge-
rimos, produtos que utilizam de algum tipo de tratamento que utiliza de subs-
tâncias químico-agrotóxicas, para o manejo e controle de pragas e afins. Apesar 
das leis serem claras, devemos ainda ter muita atenção e cuidado nas escolhas, 
principalmente quando se trata de alimentos industrializados ou minimamente 
processados, aos quais não temos visualização ou muitas vezes nenhuma noção 
dos processos envolvidos, para a produção daquele alimento.
A partir de todas estas informações e entendimentos sobre as legislações vi-
gentes ao uso de agrotóxicos no Brasil, é importante atentar-se que o profissional, 
que trabalha na área legislativa, de saúde, e/ou ambiental, agronômica, é neces-
sário entender um pouco mais de como funcionam os processos de aprovação 
e utilização deste químicos, sua importação e exportação, até o seu descarte, pois 
são determinantes essenciais na vida da sociedade, pois fazem parte das rotinas e 
hábitos de quase todo cidadão do mundo, e assim durante sua atuação saber orien-
tar e executar sobre os processos atrás de qualquer alimento ou bem de consumo.
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1. A legislação que envolve a comercialização e propaganda comercial de com base em es-
tatísticas da Anvisa, os ministérios da Agricultura e da Saúde, entre outros, cada brasileiro 
ingere por ano mais de 5 litros de venenos presentes de forma residual em frutas, verduras 
e cereais que são cultivados de norte a sul do país com o uso de pesticidas, fungicidas e 
herbicidas. São venenos banidos por outros países, mas que continuam sendo importados 
e utilizados em larga escala nas extensões de terras do agronegócio. Agrotóxicos são uma 
parte essencial das regulamentações relacionadas a esses produtos químicos. Ela tem 
como objetivo assegurar que a venda e promoção de agrotóxicos sejam feitas de maneira 
responsável, transparente e que não coloque em risco a saúde pública, o meio ambiente 
e a segurança dos trabalhadores agrícolas.Sobre o que diz respeito à legislação sobre 
comercialização e propaganda de agrotóxicos, julgue os itens a seguir.
I - A legislação exige que os comerciantes de agrotóxicos sejam responsáveis por assegurar 
que os produtos comercializados estejam devidamente registrados e autorizados pelo 
MAPA.
II - As regulamentações podem permitir a promoção direta aos consumidores finais, incen-
tivando o uso indiscriminado dos agrotóxicos.
III - A fiscalização do cumprimento das normas de comercialização e propaganda comercial 
de agrotóxicos é conduzida pelo Ministério da Agricultura e ANVISA.
IV - As propagandas de agrotóxicos podem ser veiculadas em horários destinados ao público 
infantil, desde que sejam baseadas em informações corretas.
 
É correto o que se afirma em:
a) I e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
AUTOATIVIDADE
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2. A legislação regulamenta a produção dos agrotóxicos, garantindo que sejam fabricados 
de acordo com padrões de qualidade e segurança e impõe requisitos para a embalagem e 
rotulagem dos produtos visando à segurança quanto aos riscos associados. Qual é a função 
da legislação quanto às embalagens e rotulagem de agrotóxicos?
a) Promover a produção de agrotóxicos sem restrições quanto à qualidade e segurança.
b) Garantir que os agrotóxicos sejam produzidos sem considerar os riscos associados.
c) Impor requisitos rigorosos para a embalagem e rotulagem, fornecendo informações 
claras e precisas sobre os produtos.
d) Permitir que os agrotóxicos sejam comercializados sem embalagens adequadas para 
minimizar custos.
e) Reduzir a importância da informação sobre os riscos associados aos agrotóxicos.
3. Os procedimentos de registro de agrotóxicos incluem a apresentação de detalhes sobre a 
composição do produto, suas propriedades, assim como os resultados de estudos e experi-
mentos que demonstrem a eficácia e segurança do agrotóxico. Qual entidade é responsável 
pelo registro de agrotóxicos no Brasil, de acordo com a legislação?
a) A empresa que fabrica o agrotóxico.
b) O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
c) O órgão de saúde pública do governo.
d) Organizações de defesa do meio ambiente.
e) Agricultores que utilizam o agrotóxico.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 7 .802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a 
produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a pro-
paganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e em-
balagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus 
componentes e afins, e dá outras providências. Brasília, DF, 11 de julho de 1989.
BRASIL. Decreto nº 4 .074, de 4 de janeiro de 2002. Regulamenta a Lei nº 7.802, de 11 de julho 
de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotula-
gem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a 
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, 
o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União,

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