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1- Anamnese e exame físico do RN 1 � 1- Anamnese e exame físico do RN Resumo História Obtenção inicia-se momentos antes do nascimento, de preferência com a chegada da mãe no hospital em TP. Muitos dados podem ser obtidos do cartão do acompanhamento do pré-natal. A história clínica do RN deverá conter os antecedentes dos pais, de outras gestações, partos e evoluções das crianças. Também deve conter a evolução do parto e da criança, do nascimento até o momento atual. Identificação Sobre o pai: nome, idade, escolaridade, local de trabalho e presença de doenças ou hábitos nocivos, como o tabagismo. Sobre a mãe: nome, idade, escolaridade, local de trabalho e presença de doenças ou hábitos nocivos, como o tabagismo, dados sobre a estabilidade do relacionamento do casal, endereço completo e telefone de contato. Tipo sanguíneo dos pais, consanguinidade, cirurgias e transfusões anteriores à gestação. Antecedentes obstétricos Números de gestações, evolução (incluindo abortos e natimortos), via de parto, internações anteriores e diagnósticos. Tempo de amamentação dos filhos anteriores. Dados sobre a gestação atual: Quando começou o pré-natal, quantas consultas foram feitas e local. 1- Anamnese e exame físico do RN 2 Data da última menstruação, idade gestacional aferida por exame ultrassonográfico e registro de quando esse exame foi realizado (maior precisão antes das 12 semanas). Questões percebidas durante os exames de ultrassonografia, como má formações e desenvolvimento fetal. Resultados dos exames sorológicos realizados durante as consultas de pré- natal, acompanhando tipo da reação, título e data. (Foco em sífilis, toxoplasmose, rubéola, hepatite B e C e HIV). Em partos de RN prematuros, deve-se buscar uma justificativa e anotar se a mãe recebeu corticosteroide antenatal???? Parto Duração do TP e expulsão Apresentação (cefálica ou pélvica) Alterações no foco fetal Tipo de parto e indicação, caso operatório Tempo de ruptura da bolsa e características do líquido amniótico Informações sobre analgesia (droga, doses, tempo de aplicação antes do nascimento) Características da placenta (peso, presença de calcificações, condições do cordão, número de vasos sanguíneos e tempo para a ligadura do cordão). Condições do nascimento Horário do nascimento Sexo Gemelaridade Peso e comprimento Tempo da primeira respiração e primeiro choro Momento da ligadura do cordão. Valores registrados na escala de Apgar (importantes ao 1° e 5° minutos) - imagem errada 1- Anamnese e exame físico do RN 3 Eventuais manobras, como aspiração de vias aéreas superiores, se recebeu oxigênio inalatório, ventilação por pressão positiva, intubação e drogas. Se o RN ficou pele a pele com a mãe, quanto tempo e quando ocorreu a primeira mamada. Exame físico Dependendo das condições de saúde da mãe e do bebê, o primeiro exame pode ser realizado no colo da mãe. O exame minucioso, se o RN tiver aparentemente saudável, deve ser feito após o parto, preferencialmente antes das 12 horas de vida. Importante atentar-se à temperatura do ambiente e das mãos para manipular o RN, visto que ele tem pouca tolerância à alterações térmicas. Registro escrito: Exame físico geral e depois especial descrito no sentido craniocaudal. → A coleta de informações geralmente não é feita nessa ordem. Externo para interno no sentido crânio caudal Inspeção, palpação, percussão e ausculta. 1- Anamnese e exame físico do RN 4 Criança dormindo Fq respiratória e cardíaca, pois tem significado clínico prejudicado com RN chorando. Palpação do abdome À medida que a oportunidade aparece, outras partes são examinadas, por exemplo quando abre o olho, examina-se o olho e, quando abre a boca, examina-se a boca. Pode ser que seja necessário complementar o exame em outro momento, devido a, por exemplo, choro excessivo. → Procura-se detectar causas em choros prolongados. Exame físico geral Sem tocar o RN já é possível obter várias informações, como observação de respiração, de postura, de presença de características relacionadas à síndromes, etc. Devem contar ainda: aspecto geral, atividade, intensidade do choro, movimentação e estado de hidratação. Choros fracos: Infecções e desconfortos respiratórios Choro monótono, agudo e intermitente: lesão neurológica grave. Pele Textura e umidade Pré termo: pele fina e gelatinosa A termo: lisa, brilhante, úmida e fina Pós termo ou com insuficiência placentária: pele seca, enrugada, apergaminhada e com descamação acentuada. Hipotireoidismo congênito: Pele seca e áspera. Cor Pele clara: Rosados Eritema tóxico: Aparece nos primeiros dias de vida Pápulas, máculas e até vesículas Exame microscópico: migração eosinofilica Causa desconhecida Pode ser desencadeado por estímulos mecânicos de atrito ou pressão. Impetigo Staphylococcus aereus 1- Anamnese e exame físico do RN 5 Pele negra: Cor clara, mas com depósitos de melanina na região periumgeal, mamilos e genitais. Pletora (aumento de volume de sangue no organismo, que provoca inturgescência vascular): RN policitêmicos (aumento do hematócrito), hiperoxigenados ou com hipertermia. Palidez: Anemia, vasocontrição periférica ou choque (GRAVE) Fenômeno Arlequim: Linha delimitando hemicorpo com eritema de um lado → Benigno e sugere instabilidade vasomotora. Cianose: Coloração azulada devido a presença de pelo menos 5g de hemoglobina não saturada. É comum nas extremidades e que elas estejam frias ao toque → Costuma regredir com aquecimento Lesões puntiformes que evoluem para vesículas e depois tornam-se bolhas Contagioso Soluções antissépticas e cremes antibióticos. Em casos mais severos, antibioticoterapia sistêmica. Máculas vasculares Manchas cor salmão que desaparecem com pressão. Nuca, pálpebra superior e fronte Desaparecem em alguns meses ou permanecem até à idade adulta (principalmente as da nuca) Sem importância clínica. Hemangiomas Formas vasculares mais intensas e elevadas e podem ter significado patológico. Em segmento cefálico e face com coloração vinhosa: angiomas e leptomeninges 1- Anamnese e exame físico do RN 6 Central é preocupante → Doenças cardiorrespiratórias Cor esverdeada: Impregnação de líquido amniótico meconiado na pele e coto umbilical. Presença de milium: Sem repercussão clínica Pontos brancos devido à distensão e obstrução de glândulas sebáceas, decorrentes do estrógeno materno. Desaparecem em poucas semanas. Presença de lanugo: Sem repercussão clínica Pelos finas. Comum em RN prematuros. Desaparecem em alguns dias. Presença de vérnix: Sem repercussão clínica Os prematuros de 34 a 36 semanas costumam estar cobertos desse material gordurosos que protegem a pele e fazem o isolamento térmico. Nos RN a termo, costumam ter pouca quantidade em locais específicos, como dobras de membros e genitália feminina. Presença de mancha mongólica Manchas azul acinzentadas localizadas, principalmente, no (síndrome de Sturge-Weber) → Convulsões e hemiplegia. Presença de icterícia Cor amarelada devido a impregnação por bilirrubina. Normal em RN de 48 a 120 hrs de vida. Exame a luz natural. Descrever intensidade e distribuição Evolui no sentido crânio caudal Sempre deve ter a sua causa investigada nas primeiras 24 hrs de vida ou quando de forma intensa. Após as 24hrs, pode ser fisiológica ou patológica. Equimoses Traumas sofridos durante o parto Descrever localização Comum em prematuros Petéquias Se restritas ao rosto ou localizadas, não devem ser motivo de preocupação. Quando generalizadas, devem ser investigadas. A reabsorção do sangue extravasado pode contribuir para o aumento tardio dos níveis de bilirrubina. 1- Anamnese e exame físico do RN 7 dorso e glúteo. Imaturidade da pele e migração de melanócito Ligado a fatores raciais e regridem até os 4 anos. Subcutâneo Prega cutânea de aproximadamente 1 cm nos RN a termo. Indica depósito de gordurae turgor da pele. Turgor firme: Bom estado nutricional Turgor frouxo: Crianças emagrecidas Turgor pastoso: Caracterizado pelo lento retorno de tecido após o pinçamento da pele = Em crianças: desidratação Em RN: Desnutrição no final da gestação, geralmente por insuficiência placentária. Locais relacionados à apresentação fetal: edema, sobretudo pálpebras Em RN prematuros, costuma ter edema duro, em MI e região genital, que regride em alguns dias (linfedema) Edema acentuado no dorso das mãos e pés: Considerar síndrome de Turner. Gânglios 1- Anamnese e exame físico do RN 8 Palpar cadeias ganglionares e descrever número de gânglios palpáveis, tamanho, consistência, mobilidade e sinais inflamatórios. Cervicais, occipitais, submandibulares, axilares e inguinais. Infecções congênitas: hipertrofia ganglionar. Mucosas Cor, umidade e presença de lesões Mucosa ocular: pode estar prejudicado devido a irritação por solução de nitrato de prata Mucosa oral: Examinar durante choro Musculatura Tônus e trofismo RN a termo apresenta hipertonia em flexão dos membros Em decúbito dorsal: MS fletidos, inferiores semifletidos, cabeça lateralizada, mãos cerradas. Quanto mais próximo do temro, maior o tônus flexor. Trofismo pode ser averiguado por meio de palpação do músculo peitoral. Devido ao tônus flexor, quando há leve extensão do braço, o peitoral apresenta-se fácil à palpação. Considera-se a espessura em torno de 1cm como trofismo adequado. Esqueleto e articulações Avaliar presença de deformidades ósseas, inadequações de mobilidade e dor à palpação em todas as articulações do RN Achados comuns: Polidactilia Sindactilia (dedos unidos) Aracnodactilia (dedos longos) Clinodactilia (dedos desviados do eixo) Agenesias ( Falta ) (Rádio, fêmur, tíbia, úmero, etc) 1- Anamnese e exame físico do RN 9 Simetria e a adequação da movimentação dos membros devem ser bem avaliadas. → MS pode estar comprometidos por lesões do parto. Paralisia decorrente do estiramento exagerado do plexo braquial durante o parto → MS em rotação interna, devendo descartadas fraturas de clavícula ou da região proximal do úmero, que podem coexistir com a lesão neurológica ou simulá-la. Lesão neurológica leve: neuropraxia - distúrbio motor devido ao edema da raiz nervosa, e desaparece entre uma e duas semanas, com recuperação completa da função. Ruptura de fibras nervosas: axonotmese - recuperação mais lenta e incompleta Ruptura completa da raiz: neurotmese - recuperação espontânea nunca ocorre. C5-C6 (paralisia de Erb-Duchenne) - afeta músculos do ombro e cotovelo, preservando a mão C7-C8-T1 (paralisia de Klumpke) - mão afetada e musculatura do ombro preservada. Lesão total - todas as raízes lesadas e o membro superior é balouçante, podendo inclusive haver paralisia diafragmática. Fratura de clavícula - intercorrência mais frequente que as paralisias Restrições de movimento por dor → Mimetiza paralisia obstétrica Palpação da clavícula - Se tiver fratura: crepitação local e manifestação de dor no RN. Evolução benigna - Uso de tipoia e manipulação cuidadosa → SEM NECESSIDADE DE RAIO X Articulação coxo-femural Acetábulo mais raso e cápsula mais frouxa → mobilização inadequada da cabeça do fêmur, que fica parcialmente desencaixada do acetábulo. Quando não tratada leva a graves limitações de deambulação Teste de Barlow e Ortalani - Percebe-se um click 1- Anamnese e exame físico do RN 10 https://www.youtube.com/watc h?v=mEUqxUjU_Cw&ab_chan nel=EdsonFreitas-MédicodeFa mília Pés Pé torno posicional ou congênito Posicional → Possível corrigir para postura fisiológica → Fisioterapia Pé torno congênito → Tratamento ortopédico Coluna Palpação da linha média na busca de espinha bífida, meningocele e outros defeitos, sobretudo lombossacrais. Discrafismos ocultos da espinha → Lesões de coluna não óbvias ao exame do RN. Manifestações cutâneas associadas Exame físico especial Crânio Verificar assimetrias Podem ser devida a apresentação fetal Palpação de suturas Cavalgamentos - sobreposições → Não patológico Disjunções de suturas → Não patológico Craniossinostose → Fusão intrauterina das suturas, que para de crescer e ocorre afundamento local com assimetria → Tratamento cirúrgico https://www.youtube.com/watch?v=mEUqxUjU_Cw&ab_channel=EdsonFreitas-M%C3%A9dicodeFam%C3%ADlia https://www.youtube.com/watch?v=mEUqxUjU_Cw&ab_channel=EdsonFreitas-M%C3%A9dicodeFam%C3%ADlia https://www.youtube.com/watch?v=mEUqxUjU_Cw&ab_channel=EdsonFreitas-M%C3%A9dicodeFam%C3%ADlia https://www.youtube.com/watch?v=mEUqxUjU_Cw&ab_channel=EdsonFreitas-M%C3%A9dicodeFam%C3%ADlia 1- Anamnese e exame físico do RN 11 Fontanelas Tamanho, tensão, abaulamentos, depressões e pulsações Bregmática Entre os frontal e parietais Quando abaulada: Aumento da pressão intracraniana: meningite, hidrocefalia, edema cerebral, hemorragia intracraniana. Quando deprimida: Desidratação Lambdóidea Entre parietais e occipital É pequena, quando grande: Hipotireoidismo e síndrome de Donw. Craniotabes Áreas depressíveis na palpação dos ossos do crânio que se assemelham à palpação de uma bola de pingue pongue Desaparece nos primeiros meses de vida. Couro cabeludo Bossa serossanguínea: edema de parte moles sem respeitar o limite dos ossos do crânio Céfalo-hematoma: rompimento de vaso subperiosteal secundário ao traumatismo do parto → restrige-se ao osso, geralmente parietal. Deve ser acompanhado, mas é raríssimo a necessidade de intervenção Perímetro craniano Passa pela glabela e proeminência occipital A termo vai de 33 a 37 semanas Olhos Distancia entre olhos Distância entre os cantos internos das pálpebras 1- Anamnese e exame físico do RN 12 Posição da fenda palpebral Normal Oblícua Para cima: Síndrome de Donw Para baixo: Apert Abertura dos olhos Pode ser conseguida a partir da elevação do RN para a posição semissentada para a verificação de mobilidade de pálpebras Esclera branca ou levemente azulada Azulado intenso: osteogênese imperfeita Comuns hemorragias benignas em decorrência do parto Estrabismo transitório e nistagmo horizontal podem ser verificados Pesquisar exoftalmia, microftalmia, opacificação córnea, catarata, glaucoma congênito (córnea maior que 11mm) lacrimejamento anormal por obstrução de canal lacrimal (dacrioestenose) Oftalmoscópio em quarto escuro - teste do olhinho Pesquisar reflexo vermelho do fundo do olho que indica transparência da córnea e do cristalino. Ajuda a identificar massas esbranquiçadas intraoculates Simetria entre pupilas (isocoria ou anisocoria) Reatividade a estímulo luminoso Presença de midríase ou miose Ouvidos Forma, consistência e implantação dos pavilhões auriculares Presença de condutos auditivos Presença fístulas retroauriculares e apêndices pré auriculares Orelha menos cartilaginosa nos RN pré termo, o pavilhão não retorna ao inicial ao ser dobrado. Implantação superior um pouco acima da linha palpebral 1- Anamnese e exame físico do RN 13 Observar se o RN pisca os olhos ao emitor ruído (reflexo cócleo-palpebral) Independente do resultado deve ser feito o teste da orelhinha. Nariz Obstrução nasal e espirros frequentes são comuns e muitas vezes decorrentes de trauma causado pela aspiração das vias aéreas superiores ao nascimento. Deformidades ou malformações podem ser causadas por defeitos intrínsecos do próprio nariz, como em trissomias 18 e 21, ou pressão extrínseca intraútero ou no momento do parto. Boca Sem necessidade de utilizar abaixador de língua Desvio da comissura labial durante o choro → paralisia facial decorrente de posturas anormais intraútero ou trauma de parte p.e. fórceps Saliva espessa: desidratação Sialorreia: atresia de esôfago Forma do palato: normal ou em ogiva e integridade Fenda palatina: associada ou não a lábio leporino Palato mole: úvula bífida e tumores Tamanho e mobilidade da língua Macroglossia: hipotireoidismo ou síndrome de Beckwith-Wiedemann Tamanho da mandíbulaMicrognatia com gloptose → obstrução de vias aéreas e cianose Pescoço Palpação de tireóide Verificar a presença de estase jugular e palpar o músculo esternocleidomastóideo para verificar presença de torcicolo congênito Pele redundante Nuca: Síndrome de Donw Parte lateral: Síndrome de Turner 1- Anamnese e exame físico do RN 14 Tórax Perímetro (linha dos mimilos) 2 cm menor que o cefálico Assimetria: má formação cardiaca, pulmonar, coluna. Mamilos no RN a termo: 1cm Hipertrofia: estímulo estrogênico materno Secreção de leite Aparelho respiratório RN deve3 estar calmo: parâmetros medidos em repouso Respiração costoabdominal Variação de frequência é comum → pausas curtas (5s) em RNs prematuros Apnéia → tempo de parada maior que 20 segundos ou menor com presença de cianose e bradcardia Freq normal → 40 a 60 incursões por minuto (contado em 1 min) Freq acima de 60 → taquipinéia → Requer investigação Palpação, percussão e ausculta em toda a área de extensão do parênquima pulmonar Percussão: som claro pulmonar característico, exceto na área do fígado (som maciço ou submaciço) Aparelho cardiocirculatório Ictus cordis (pulsação do coração) em geral não é visível e a palpação do precórdio é pouco perceptível Ictus, quando palpável: quarto espaço intercostal esquerdo, à esquerda da linha hemiclavicular Frêmito: sugestiva de cardiopatia, principalmente se associado a sopro Frequência cardíaca varia de 120 a 140 bpm. Taquicardia (>160) deve ser bem avaliada. Ausculta Primeira bulha: focos do ápice Segunda bulha: focos da base 1- Anamnese e exame físico do RN 15 Terceira e quarta bulha: sugestivos de cardiopatia Sopros e arritmias podem ser transitórios Sopro sistólico no terceiro ou quarto espeço intercostal, ao longo da borda esternal, pode ser detectado no RN a termo nas primeiras 48 horas de vida. Quando é um achado isolado, desaparece em até 3 meses de vida Palpação de pulsos periféricos Pulsos cheios em RN prematuros sugerem persistência do canal arterial Pulsos femorais débeis ou ausentes: coartação da aorta Abdome Inspeção Abdome semigloboso, com perímetro 2 a 3 cm menor que o cefálico Ondas peristálticas: sugestão de obstrução Abdome escavado: hérnia diafragmática Diástase é normal e regride após inicio da deambulação Coto umbilical Inicialmente gelatinoso Mumifica-se ao 3° ou 4° dia Desprende-se do 6° ao 15° dia Observar se há secreções e eritema ao redor. Higiene com álcool 70% Mecônio eliminado de 24 a 36 horas de vida até os 3, 4 primeiros dias. Depois do quarto dia: fezes de transição → confunde-se com diarréia. Reflexo gastrocólico → relaxamento do esfíncter anal com a distensão do estômago. Percussão Determinar tamanho do fígado → som submaciço no fígado e timpânico no resto do abdomen. 1- Anamnese e exame físico do RN 16 Eventualmente consegue detectar tamanho do baço, sobretudo quando aumentado. Palpação Mais fácil com o RN dormindo Suave e superficial no início, da fossa ilíaca em direção ao rebordo costal e depois palpação mais profunda. Borda do fígado pode ser palpada a cerca de 2 cm do rebordo costal direito na linha mamilar. Descrição de características do fígado: consistência (parenquimatosa, endurecida), superfície (lisa, granulada) e borda. Eventualmente pode-se palpar o polo inferior do baço no nível do rebordo costal esquerdo. → Sempre que palpar baço é necessário investigação pois pode se tratar de infecção ou incompatibilidade sanguínea. Rins pode ser palpados com manobras mais profundas, sobretudo em RN prematuro. Pode gerar dúvida se está palpando o baço ou o rim. Quando é o baço, não há depressão entre o rebordo e o órgão. Ausculta Ruídos hidroaéreos frequentes Se aumentados: obstrução Ausência de ruído: doença grave Aparelho genitourinário Primeira diurese → na sala de parto ou até 24h Manchas avermelhadas nas fraldas → presença de uratos na urina sem repercussão clínica. Exame da genitália → presença de responsáveis ou auxiliar Após inspeção geral, palpação do canal inguinal para detectar massas ou testículo. Sexo masculino Pênis de 2 a 3 cm 1- Anamnese e exame físico do RN 17 Glande não exposta, nem com tentativa de retração de prepúcio → Orifício prepucial estreito A visualização do meato urinário nem sempre é possível. Rafe peniana Quando a glande tiver exposta, se atentar para o diagnóstico de epispádia (saída na parte dorsal) ou hipospádia (saída na parte ventral). Bolsa escrotal rugosa no RN a termo Palpação para verificar presença de testículos, sensibilidade e tamanho. Não palpação dos testículos → criptoquirdia. Testículos firmes com tamanho de cerca de 1 cm. Aumento → hidrocele → transiluminação para confirmar diagnóstico A reabsorção se da nos primeiros meses de vida. Atentar para genitália ambígua (testículos não encontrados na bolsa nem no canal), torção testicular ( coloração azul e hipersensibilidade), assimetrias testiculares, malformações anorretais com fístula e eliminação de mecônio pela uretra ou pelo períneo. Sexo feminino Tamanho dos grandes lábios depende da idade gestacional e do depósito de gordura. Afastando grandes lábio verifica-se o sulco entre os grandes e pequenos lábios, geralmente possui vérnix. Afastando pequenos lábios vemos o himen → deve observar perfuração himenal, por onde sai uma secreção devido ao estrógeno materno até o final da primeira semana de vida. No segundo ou terceiro dia pode-se observar um discreto sangramento vaginal. Imperfuração do hímen → hidrocolpos → hímen em formato de bolsa. Hipertrofia do hímen com prolapso para fora dos grandes lábios é comum e não possui significado clínico. O tamanho do clítoris é pequeno, mas no RN pré termo pode se sobressair, dando a impressão de clitoromegalia pois os grandes lábios são pequenos. 1- Anamnese e exame físico do RN 18 Fusão posteiror dos grandes lábios ou hipertrofia clitoriana são achados que requerem investigação. É importante observar os orifícios uretral e vaginal. Anomalias anorretais podem levar à eliminação de mecônio pela vagina ou uretra. Anus O exame do orifício anal é obrigatório para detectar anomalias anorretais e fístulas. Habitualmente faz-se inspeção, podendo verificar por palpação delicada o tônus anal. Dista 1cm da implantação do escroto ou bolsa inferior da vulva. Sistema nervoso Durante o restante do exame físico, postura, movimentação espontânea, resposta ao manuseio e choro são parâmetros importantes da avaliação neurológica. Deve evitar a realização do exame neurológico nas primeiras 12 horas de vida para minimizar a influência do estresse pós parto. Avaliar estado de alerta com a criança acordada. Tônus em flexão é relacionado à idade gestacional → RNs a termo: hipertonia em flexão dos membros Reflexos primitivos que podem ser encontrados e não requerem avaliação: Sucção → após as 32 semanas Voracidade → deslocamento da face para a bochecha que foi tocada, perto da boca. Não deve ser procurado após a amamentação Preensão → se obtém com leve pressão do dedo do examinador na palma das mãos da criança e abaixo dos dedos do pé. Marcha reflexa → criança segurada pelas axilas em posição ortostática → o contato das plantas dos pés coma superfície faz com que as pernas que estavam fletidas fiquem estendidas. Se inclinada para frente, inicia marcha reflexa. 1- Anamnese e exame físico do RN 19 Fuga à asfixia → quando em decúbito ventral no leito com a face virada para o colchão, a criança vira o rosto para respirar. Cutâneo plantar (em extensão) → Faz-se um estímulo contínuo da planta do pé a partir do calcâneo no sentido dos artelhos. Os dedos adquirem postura em extensão. Moro → um dos mais importantes a serem avaliados. → após estímulo brusco, a criança estende abduz MS e depois flete aduz, retornando à posição inicial. Reflexos tendinosos, como o patelar. Aula prática Para querer engravidar: suplementar ácido fólico Fechar as vértebras e não deixar a medula expostaMeningomielocele é evitável com ácido fólico. Histórico obstétrico e ginecológico Idades mais perigosas <18 e >35 (gravidez geriátrica) Idade do pai >50 anos - Síndrome de Down (cardiopatia mais importante - defeito no septo AV) Perguntar sobre consanguinidade Hábitos inadequados durante a gravidez, como tabagismo, uso de drogas Maconha e outras drogas: Má formação cardíaca, no palato, renal, etc. Antidepressivo: Alguns não podem ser utilizados na gravidez. Tipo sanguíneo dos pais - eritroblastose fetal Depósito de bilirrubina nos núcleos da base do feto, pois o SI da mãe tenta destruir os glóbulos vermelhos do feto, visto que libera bilirrubina nessa destruição e deposita-se. Diabetes → Diabetes gestacional → RN grande e causa hipoglicemia quando nasce pois a fonte insulina acaba. Coração do RN é hipertrófico 1- Anamnese e exame físico do RN 20 ISTs AIDS (não pode amamentar), sífilis (perguntar sobre controles de cura), hepatite B (não pode amamentar), Torches Rubéola (RN com síndrome da rubéola congênita - exantema morbiliforme, persistência do canal arterial) Toxoplasmose Calcificações cerebrais, corioretinite e microcefalia Citomegalovírus (CMV) Herpes simples Medicamentos Pré parto Número de consultas de pré natal (mínimo 7) Escolaridade (menos de 8 anos de escolaridade - parto prematuro) Gengivite (problema dental aumenta parto prematuro devido a citocinas pró inflamatórias Infecção de urina (sepse neonatal) - perguntar qual o semestre e se foi tratada adequadamente com urocultura de controle. Tempo de aleitamento dos filhos anteriores Data da última menstruação (como calcular DPP?) - estudar para próxima aula) 💡 A DPP é com 40 semanas e 1 dia. Soma-se 7 ao dia correspondente ao da data da última menstruação e retira-se 3 do mês correspondente à data da última menstruação. Por exemplo: se a DUM for 12/11, a data provável do parto será no dia 12+7 e mês 11-3, ou seja, dia 19/08. Histórico familiar Morte abaixo de 1 anos e 5 anos Microcefalia 1- Anamnese e exame físico do RN 21 Síndromes Doenças hereditárias Exame do bebê Assim que o neném nasce: Chorou e respirou? Tônus em flexão? - Se for não em alguma dessas perguntas, ele vai pro carrinho e vejo a frequência cardíaca. O RN para devido a frequência respiratório RN frequência cardíaca não tolera abaixo de 100, neles vão até 200 APGAR no primeiro minuto acima de 7 - não teve sofrimento fetal APGAR do quinto minuto - prognóstico do RN décimo, décimo quinto e vigésimo Classificação do RN Peso Abaixo de 1000g (muito baixo peso) Abaixo de 2500g (baixo peso) - quanto mais baixo, faz hipoglicemia pois não tem reserva para fazer gliconeogênese. 3000g - normal Por idade gestacional Ate 36 semanas e 6 dias - prematuro 34 a 36 semanas - pré termo tardio Até 34 - pré termo Abaixo de 30 - pré termo extremo Teste New Ballar Peso por idade gestacional Adequado para a idade gestacional - IG PIG - Pequeno para a idade gestacional - Faz mais hipoglicemia (falta de substrato) e infecções. GIG - Grande para a idade gestacional - Faz mais hipoglicemia (excesso de insulina) 1- Anamnese e exame físico do RN 22 Aula teórica Anamnese e Exame Físico do RN - Fátima Guedes.pdf Presença do pediatra na sala de parto reduziu mortalidade neonatal. Introdução A maior parte das mortes dos neonatos ocorrem na primeira semana, principalmente primeiro dia. O atendimento à gestante deve englobar avaliação do risco, … RN de risco Baixo nível socioeconômico História de morte de menores de 5 anos na família Criança indesejada Mãe adolescente <20 anos RN pré-termo <37 semanas Baixa escolaridade <8 anos Necessidade de reanimação ao nascimento Ventilação com pressão positiva Intubação e massagem cardíaca Intubação, massagem e/ou medicações Quem comanda a reanimação é a FC que eles não suportam abaixo de 100 A principal causa de parada em RN é respiratória. Importância da anamnese gestacional e reconhecimento de fatores de risco: diminui morbimortalidade. RN de alto risco Asfixia grave ao nascer (APGAR <7 no quinto minuto) https://www.notion.so/signed/https%3A%2F%2Fprod-files-secure.s3.us-west-2.amazonaws.com%2F090fd3f2-8800-4810-9f14-85a255bca71b%2F874ab99a-0fbe-436c-a3e1-f81078403c20%2FAnamnese_e_Exame_Fsico_do_RN_-_Ftima_Guedes.pdf?table=block&id=1bbff2f8-2df8-45b1-9717-d40bf0f221fc&spaceId=090fd3f2-8800-4810-9f14-85a255bca71b&userId=17f19292-da38-41f6-b5c8-2085aa3f6c81&cache=v2 1- Anamnese e exame físico do RN 23 Pré-termo <2000g <35 semanas de idade gestacional RN com outras doenças graves Anamnese gestacional Nome completo, endereço e telefone Grupo sanguíneo, RH e consanguinidade Idade dos pais, saúde do pai Pai >50 anos → Síndrome de Donw Mãe <18 anos e >35 anos → Síndrome de Donw Número de consultas pré natal → Mínimo 7 Data da última menstruação Gestações anteriores Abortos Uso de medicamentos Patologias, como diabetes, hipertensão, epilepsia, zika vírus, etc. Sorologias (anotas datas) US morfológico e os subsequentes Fatores de risco de risco perinatais Febre materna Amnionite Cesárea de emergência Rotura prematura de membrana (+ de 18horas) Placenta prévia Trabalho de parto prolongado (mais de 24horas) Macrossomia fetal Bradicardia fetal Líquido meconial Prolapso de cordão 1- Anamnese e exame físico do RN 24 Uso materno de opióides nas 4h que antecedem o parto Descolamento prévio de membrana Condições de nascimento Condições do parto Horário de nascimento Peso, Controle de infecção Lavagem das mãos Exame físico Exame na sala de parto Sumário Se o neném nasceu vigoroso Respeitar condições da criança e atentar para as oportunidades apresentadas para obter informações Higroma cístico (linfagioma) Malformação congênita dos vasos linfáticos Massa cística e multilobulada Parte posterior do pescoço