Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Resumo P1 - BECM
Indutivismo - teses centrais
Chalmers - Capítulo 1
1. Indutivismo: ciência como conhecimento derivado dos dados da experiência
Visão popular do que é ciência:
● Conhecimento científico = conhecimento provado;
● Teorias científicas → derivam da obtenção dos dados da experiência adquiridos por
observação e experimento;
● Ciência = objetiva, baseada no que podemos ver, ouvir, tocar e etc.;
○ Opiniões/preferências pessoais/suposições especulativas não têm lugar.
● Conhecimento científico = confiável, pois é conhecimento provado objetivamente.
2. Indutivismo ingênuo = ideia de que a ciência é baseada no princípio de indução. O
corpo do conhecimento científico é construído pela indução a partir da base segura
fornecida pela observação.
● Tentativa de formalizar a imagem popular da ciência.
1) Observação: o observador deve ter orgãos sensitivos normais e inalterados e deve
registrar fielmente o que puder ver, ouvir e etc. e deve fazê-lo sem preconceitos;
● A observação deve ser, portanto, neutra - não depende da vontade, do gosto,
da inclinação. É por meio dela que chegamos aos enunciados elementares e,
destes, aos universais.
2) Afirmação: afirmações podem ser justificadas ou estabelecidas como verdadeiras
de maneira direta pelo uso dos sentidos do observador não-preconceituoso;
● A verdade das afirmações deve ser conferida com cuidadosa observação e
qualquer observador pode estabelecer ou confirmar sua verdade pelo uso
direto de seus sentidos.
3) Base: fundamentada pelas afirmações, é a base a partir da qual as leis e teorias
científicas que constituem o conhecimento científico devem ser derivadas.
● Afirmações ou enunciados singulares: referem-se a uma ocorrência específica ou
a um estado de coisas num lugar específico, num tempo específico.
Exemplo: “hoje, dia 27 de setembro de 2023, choveu em São Bernardo do Campo
entre às 19h e às 19h30”.
● Afirmações ou enunciados universais: referem-se a todos os eventos de um tipo
específico em todos os lugares e em todos os tempos. Tem que conter o
quantificador “todo”, pois não se refere a um conjunto único de coisas, mas a todo e
qualquer objeto daquele tipo.
● Exemplo: “Os planetas se movem em elipses em torno de seu SoL”
○ Não é possível observar todos os eventos que aconteceram, acontecem e
acontecerão, nós inferimos para todos os outros certas características
observadas em um grupo.
● As afirmações/enunciados universais constituem o conhecimento científico.
Indutivismo: qual é o problema da questão?
● O conhecimento começa com a experiência;
● Enunciados singulares devem levar aos enunciados universais.
Como realizar esse processo? Como alcançar os enunciados universais a
partir dos enunciados singulares?
● De acordo com o pensamento indutivista, desde que algumas condições sejam
satisfeitas, é legítimo generalizar a partir de uma lista finita de proposições de
observação (afirmações) para uma lei universal.
Condições:
1. (Necessária) O número de proposições de observação (afirmações) que
forma a base de uma generalização deve ser grande;
2. (Necessária) As observações devem ser repetidas sob uma ampla variedade
de condições;
3. (Essencial) Nenhuma proposição de observação deve conflitar com a lei
universal derivada.
Em um raciocínio indutivo, interessa-nos a probabilidade da conclusão, dadas as premissas
(probabilidade indutiva do argumento). Argumentos prováveis a partir das premissas =
indutivos.
● Premissa 1: O remédio R curou a gastrite do paciente A;
● Premissa 2: O remédio R curou a gastrite do paciente B;
● Premissa 3: O remédio R curou a gastrite do paciente C;
● Premissa 4: O remédio R curou a gastrite do paciente D;
● Premissa 5: O remédio R curou a gastrite do paciente E.
● Conclusão: O remédio R cura gastrite.
3. Raciocínio lógico e dedutivo
● Uma vez que um cientista tem leis e teorias universais à sua disposição, é possível
derivar delas várias consequências que servem como explicações e previsões. O
tipo de raciocínio envolvido em derivações dessa espécie chama-se raciocínio
dedutivo.
● A lógica e a dedução por si só não podem estabelecer a verdade de afirmações
factuais. Tudo o que a lógica pode oferecer a esse respeito é que, se as premissas
são ou não verdadeiras, então a conclusão deve ser verdadeira, mas se as
premissas são ou não verdadeiras é uma questão que não pode ser resolvida com
um recurso lógico.
● Um argumento pode ser uma dedução perfeitamente lógica mesmo que envolva
uma premissa que é de fato falsa
4. Previsão é explicação no relatório indutivista
● Para um indutivista, a fonte da verdade não é lógica, e sim a experiência.
● Observação - indução – dedução
● A forma geral de todas as explicações e previsões científicas pode ser assim
resumida:
1. Leis e teorias;
2. Condições iniciais;
3. Previsões e explicações.
5. A atração do indutivismo ingênuo
● A confiabilidade da ciência acompanha as afirmações do indutivista sobre a
observação e a indução. As proposições de observação que formam a base da
ciência são seguras e confiáveis porque sua verdade pode ser averiguada pelo uso
direto dos sentidos. Além disso, a confiabilidade das proposições de observação
será transmitida às leis e teorias delas derivadas, desde que as condições para a
indução estejam satisfeitas. Isso é garantido pelo princípio de indução que forma a
base da ciência de acordo com o indutivista ingênuo.
As críticas à perspectiva indutivista
Chalmers - Capítulos 2 e 3
Popper - Conhecimento conjectural minha solução problema da indução
Chalmers - Capítulo 2
1. O princípio de indução pode ser justificado?
Chalmers - caminhos de justificação:
a) pela lógica;
b) pela experiência.
● Justificação pela lógica
● Recusa: em razão da comparação com argumentos dedutivos;
● Argumento dedutivo = se o argumento é válido e suas premissas são verdadeiras,
então a conclusão é necessariamente verdadeira.
○ O mesmo não ocorre com argumentos indutivos, haja vista que eles não são
logicamente válidos, pois as premissas podem ser verdadeiras e sua
conclusão pode se mostrar falsa.
Exemplo: observou-se uma grande quantidade de corvos, sob uma ampla variedade de
circunstâncias e identificou-se que todos são pretos. A inferência indutiva “Todos os corvos
são pretos” é perfeitamente legítima, as premissas são afirmações do tipo “observou-se que
o corvo x era preto no período p” e foram tomadas como verdadeiras, mas não há garantia
lógica de que o próximo corvo observado também será preto.
● Justificação pela experiência
● Premissa: não podemos justificar a inferência indutiva de forma estritamente lógica,
como argumentou David Hume. A experiência desempenha um papel crucial na
formação de nossas crenças indutivas, as quais são formadas com base em uma
ampla gama de experiências, incluindo observações, experimentos e resultados
acumulados ao longo do tempo. Assim, a justificação da indução ocorre de forma
mais pragmática e contextual, em vez de ser estritamente lógica, e a confiança na
inferência indutiva é construída com base na confiabilidade histórica das
generalizações que fazemos a partir de nossas experiências.
Exemplo: Às leis da ótica, derivadas por indução dos resultados de experimentos de
laboratório, têm sido usadas em numerosas ocasiões no projeto de instrumentos
óticos, e esses instrumentos têm funcionado satisfatoriamente.
Crítica de Hume: a justificação pela experiência é inaceitável, pois o argumento
proposto para justificar a indução é circular porque emprega o próprio tipo de
argumento indutivo cuja validade está supostamente precisando de justificação. Não
se pode usar a indução para justificar a indução.
Dificuldades adicionais:
● Necessário fundamentar uma generalização em um grande número de observações.
Quantas observações constituem um grande número?
● Observações devem ser realizadas sob uma ampla variedade de condições? O que
deve ser considerado como uma variação significativa nas circunstâncias?
Exemplo: Na investigação do ponto de fervura da água é necessário variar a
pressão, a purezada água, o método de aquecimento e a hora do dia?
Variar a pressão: sim;
Variar a pureza da água: sim;
Variar o método do aquecimento: não;
Variar a hora do dia: não.
A resposta às primeiras duas questões é “Sim” e às duas seguintes é “Não”. Mas
quais são as bases para estas respostas?
Esta questão é importante porque a lista de variações pode ser estendida
indefinidamente pelo acréscimo de uma quantidade de variações subsequentes tais
como a cor do recipiente, a identidade do experimentador, a localização geográfica e
assim por diante. A menos que tais variações “supérfluas” possam ser eliminadas, o
número de observações necessárias para se chegar a uma inferência indutiva
legítima será infinitamente grande.
2. O recuo para a probabilidade
● Ideia de conhecimento científico como conhecimento comprovado cai em desuso.
● Conhecimento científico = conhecimento provavelmente verdadeiro.
● Quanto maior o número de observações formando a base de uma indução e maior a
variedade de condições sob as quais essas observações são feitas, maior será a
probabilidade de que as generalizações resultantes sejam verdadeiras.
3. Respostas possíveis ao problema da indução
1) Cética: podemos aceitar que a ciência se baseia na indução e aceitar também a
demonstração de Hume de que a indução não pode ser justificada por apelo à lógica ou à
experiência, e concluir que a ciência não pode ser justificada racionalmente. O próprio
Hume adotou uma posição desse tipo. Ele sustentava que crenças em leis e teorias nada
mais são que hábitos psicológicos que adquirimos como resultado de repetições das
observações relevantes.
2) Enfraquecimento da exigência indutivista de que todo o conhecimento não-lógico
deve ser derivado da experiência e argumentar pela racionalidade do princípio da indução
sobre alguma outra base. Entretanto, ver o princípio de indução, ou algo semelhante, como
“óbvio” não é aceitável. O que vemos como óbvio depende demais de nossa educação,
nossos preconceitos e nossa cultura para ser um guia confiável para o que é razoável.
3) Negação de que a ciência se baseie em indução: o problema da indução será
evitado se pudermos estabelecer que a ciência não envolve indução. Os falsificacionistas,
notadamente Karl Popper, tentam fazer isto.
Chalmers - Capítulo 3
1. A dependência que a observação tem da teoria
● A observação não é uma atividade neutra e objetiva, em vez disso, é influenciada
pela teoria. Isso significa que nossas crenças e teorias prévias afetam o que
observamos e como interpretamos os dados;
● "Observação teoria-laden": conceito que sugere que a observação é inseparável
das estruturas conceituais que a moldam. Nossas teorias influenciam a forma como
definimos conceitos, escolhemos o que observar e interpretamos os resultados;
● A teoria não está apenas envolvida na interpretação de dados, mas também no
processo de coleta de dados. A escolha de instrumentos, técnicas de medição e
métodos de observação é influenciada por pressupostos teóricos;
● A dependência da observação da teoria tem implicações significativas para a
objetividade na ciência. Diferentes teorias podem levar a observações conflitantes
e como os cientistas podem superar esses conflitos;
● Distinção entre fatos observacionais e fatos teóricos: essa distinção não é tão
clara quanto pode parecer, uma vez que a observação está sempre imbuída de
pressupostos teóricos.
● Interdependência entre observação e teoria: complexidade da prática científica e
a necessidade de uma abordagem mais sofisticada para a análise da ciência, que
leve em consideração a relação intrincada entre teoria e observação.
Fatos observacionais:
● Eventos ou fenômenos que podem ser diretamente observados, registrados e
medidos sem a necessidade de construir ou invocar uma teoria complexa;
● Frequentemente descritos como dados brutos ou informações empíricas que são
coletadas através de observações, experimentos ou medições;
● Fatos observacionais são geralmente considerados como a base empírica sobre a
qual as teorias científicas são construídas;
● Exemplos de fatos observacionais podem incluir medições de temperatura, registros
de observações astronômicas ou resultados de experimentos de laboratório.
Fatos teóricos:
● Conceitos, afirmações ou proposições que são influenciados ou moldados pelas
estruturas teóricas e conceituais de uma determinada teoria;
● Não podem ser diretamente observados ou medidos de forma independente, pois
sua interpretação depende da teoria que os enquadra;
● Os fatos teóricos estão intrinsecamente ligados a uma estrutura conceitual e são
derivados das implicações teóricas de uma dada teoria;
● Exemplos de fatos teóricos incluem conceitos como "a gravidade é a curvatura do
espaço-tempo" na teoria da relatividade de Einstein ou "a evolução das espécies por
seleção natural" na teoria da evolução de Charles Darwin.
Popper - Conhecimento conjectural minha solução problema da indução
● Problema da indução: Popper reconheceu o problema da indução, que se refere à
dificuldade de justificar racionalmente a inferência indutiva, ou seja, tirar conclusões
gerais com base em observações passadas.
● Falsificacionismo: Para resolver esse problema, Popper propôs que a ciência não
se baseia na confirmação de teorias, mas na tentativa de falsificação delas. Ele
argumentou que uma teoria científica deve ser formulada de maneira a ser passível
de ser testada e refutada por meio de experimentos e observações.
● Conjecturas e refutações: Popper defendeu que o progresso científico ocorre por
meio de conjecturas ousadas, ou seja, a proposição de teorias ou hipóteses
audaciosas. A partir disso, a ciência busca refutá-las por meio de testes empíricos.
Se uma teoria sobrevive a muitas tentativas de falsificação, ela ganha credibilidade,
mas nunca pode ser considerada definitivamente provada.
● Princípio da falseabilidade: Popper enfatizou que uma teoria científica deve ser
formulada de maneira que seja possível identificar observações que a contradigam.
Isso é conhecido como o princípio da falseabilidade. Se uma teoria não for falseável,
ou seja, não houver maneira de testá-la empiricamente, ela não é considerada
científica.
● Rejeição do verificacionismo: Popper rejeitou a ideia de que uma teoria pode ser
verificada por meio da confirmação indutiva, argumentando que a confirmação não é
uma base sólida para o conhecimento científico.
O modelo hipotético-dedutivo
Hempel - Filosofia da ciência natural - Capítulo 2
Abrantes - Método & ciência uma abordagem filosófica - Capítulo 5
Hempel - Filosofia da ciência natural - Capítulo 2
● Teoria e observação: distinção entre teorias científicas e observações empíricas.
As teorias são proposições gerais que explicam fenômenos, enquanto as
observações são fatos empíricos específicos;
● Indução e dedução: ênfase na importância da dedução na ciência, pois as teorias
científicas são usadas para derivar consequências que podem ser testadas
empiricamente. Isso contrasta com a ideia de que a ciência é puramente indutiva,
baseada apenas na generalização a partir de observações;
● Inventividade e verificação: o processo científico envolve tanto a invenção (ou
formulação) de teorias como a verificação (ou teste) delas. A invenção requer
criatividade e imaginação para propor teorias que expliquem os fenômenos
observados. A verificação envolve a realização de experimentos ou observações
para testar as previsões da teoria;
● Falsificação e testabilidade: aborda o princípio da falsificabilidade de Karl Popper,
que destaca a importância de tornar as teorias científicas suscetíveis à refutação por
meio de experimentos. Uma teoria que não pode ser falseada empiricamente não é
considerada científica;
● Paradigmas e tradições de Investigação: como as teorias e métodos de
investigação são influenciados por paradigmas e tradições dentro de uma disciplina
científica. Esses paradigmas moldam a forma como os cientistas abordam os
problemas e organizam sua pesquisa;
● Leis e explicações científicas: diferença entreleis científicas (que descrevem
regularidades) e explicações científicas (que buscam entender por que essas
regularidades ocorrem). A explicação é um objetivo fundamental da ciência.
Abrantes - Método & ciência uma abordagem filosófica - Capítulo 5
● Conexão entre metodologia e descoberta: a metodologia científica não é um
conjunto rígido de regras que os cientistas seguem de maneira mecânica. Em vez
disso, a metodologia interage com o processo de descoberta, influenciando e sendo
influenciada por ele;
● Indução e dedução: Abrantes explora a relação entre a indução e a dedução na
geração de hipóteses e teorias científicas. A dedução é comumente usada para
derivar previsões a partir de teorias existentes, enquanto a indução desempenha um
papel na formulação de novas hipóteses com base em observações;
● Criatividade e intuição científica: importância da criatividade e da intuição na
descoberta científica. Muitas vezes as ideias científicas inovadoras surgem de
insights não lineares e criativos;
● Papel da observação e da experimentação: Abrantes aborda o papel da
observação e da experimentação no processo de descoberta. As observações
cuidadosas e os experimentos são fundamentais para a formulação e a revisão de
teorias científicas;
● Incerteza e erro na descoberta: reconhecimento da presença de incerteza e erro
na pesquisa científica e discussão de como os cientistas lidam com esses desafios.
Importância de uma abordagem crítica e autoquestionadora;
● Interdisciplinaridade e colaboração: aspectos importantes da descoberta
científica. Muitas descobertas significativas ocorrem quando cientistas de diferentes
campos colaboram e compartilham ideias.
Introdução ao falsificacionismo: teses centrais sobre a natureza do conhecimento
científico
Chalmers - Capítulo 4
Abrantes - Método & ciência uma abordagem filosófica - Capítulo 6
Chalmers - Capítulo 4
● Karl Popper e o falsificacionismo: Chalmers apresenta a figura de Karl Popper e
seu conceito central de falsificacionismo. Popper argumentou que a demarcação
entre ciência e pseudociência pode ser estabelecida por meio da falsificabilidade das
teorias científicas;
● Teorias e hipóteses falsificáveis: de acordo com o falsificacionismo, uma teoria
científica deve ser formulada de maneira que seja possível conceber testes
empíricos que, se produzirem resultados que contradizem a teoria, possam
falsificá-la. Isso significa que uma teoria deve estar sujeita a refutação por meio de
evidência empírica;
● Crítica ao indutivismo: o falsificacionismo se opõe à visão indutivista de que a
ciência se baseia na acumulação de evidências positivas para a confirmação de
teorias. O indutivismo é criticado por não fornecer uma base lógica sólida para a
validação das teorias científicas;
● Princípio da falseabilidade: princípio de Popper, que estabelece que uma teoria
deve ser formulada de maneira a tornar possível a identificação de evidência que a
contraria. Isso torna a teoria suscetível à refutação e, portanto, passível de ser
considerada científica;
● Progresso científico e coragem científica: ênfase em como o falsificacionismo
promove o progresso científico, pois a tentativa de falsificação leva a uma revisão e
aprimoramento das teorias à medida que novas evidências surgem. Importância da
"coragem científica" para os cientistas estarem dispostos a aceitar a refutação e
revisar teorias quando necessário;
● Limitações do falsificacionismo: reconhecimento de que o falsificacionismo não é
uma visão definitiva da filosofia da ciência e que possui limitações, como a
complexidade da prática científica real, que muitas vezes envolve múltiplas
hipóteses e experimentos.
Abrantes - Método & ciência uma abordagem filosófica - Capítulo 6
???
O falsificacionismo sofisticado e o progresso científico
Chalmers - Capítulo 5
1. Falsificacionismo sofisticado, novas previsões e o crescimento da ciência
“Uma hipótese deve ser falsificável e quanto mais ela o for, melhor, mas, no
entanto, não deve ser falsificada”
● Condição extra do falsificacionismo sofisticado: “uma hipótese deve ser mais
falsificável do que aquela que ela se propõe a substituir” - diz mais coisas sobre o
mundo (ampla), é mais testável e mais precisa.
● Por que escolher a teoria mais falsificável?
Porque é mais audaciosa.
● Diferenças de foco: falsificacionistas ingênuos e sofisticados
● Falsificacionista ingênuo: toma as teorias isoladamente, e não pressupõe o
crescimento ou progresso da ciência;
● Falsificacionista sofisticado: leva em conta teorias concorrentes e pressupõe o
crescimento ou progresso da ciência;
○ Determinação do grau de falsificabilidade é interpretado pelo falsificacionista
sofisticado a partir de séries ou conjuntos de teorias. Assim, não é obtida
tendo em vista apenas uma teoria, mas teorias rivais ou concorrentes.
1. Teorias devem ter cada vez mais conteúdo;
2. As mais falsificáveis são mais informativas do que as menos
falsificáveis;
3. Tais exigências eliminam a manutenção de teorias por meio de
estratégias ad hoc, que têm em vista apenas a manutenção da teoria
e a sua proteção do falseamento.
● Falsificacionismo sofisticado: introdução do conceito, uma versão aprimorada do
falsificacionismo de Popper. Essa abordagem reconhece que as teorias científicas
raramente são completamente refutadas por um único experimento. Em vez disso,
as teorias são testadas em um contexto mais amplo e complexo;
● Corroboração: conceito de "corroboração" como uma medida mais flexível da
aceitação de teorias científicas. A corroboração considera o grau em que uma teoria
sobrevive a testes e a refutação, levando em conta o contexto e a complexidade dos
testes;
● Novas previsões e crescimento da ciência: como o falsificacionismo sofisticado
lida com a geração de novas previsões a partir de teorias existentes.Ao formular
previsões inovadoras, as teorias podem ser corroboradas e, assim, contribuir para o
crescimento da ciência;
● Problema da Duhem-Quine: se refere à dificuldade de isolar e falsificar uma única
hipótese ou parte de uma teoria, uma vez que as teorias estão interconectadas. O
falsificacionismo sofisticado lida com esse problema reconhecendo a complexidade
da prática científica;
● Crescimento da ciência por meio de teorias conjecturais: a ciência avança por
meio da proposição e teste de teorias conjecturais. As novas previsões dessas
teorias, quando corroboradas, podem levar ao desenvolvimento do conhecimento
científico;
● Crescimento por meio de refutações e revisões: o crescimento da ciência não
ocorre apenas por meio da corroboração, mas também por meio da refutação e
revisão de teorias. Esse processo de eliminação de teorias inadequadas é
fundamental para o progresso científico.

Mais conteúdos dessa disciplina