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Resumo P1 - BECM Indutivismo - teses centrais Chalmers - Capítulo 1 1. Indutivismo: ciência como conhecimento derivado dos dados da experiência Visão popular do que é ciência: ● Conhecimento científico = conhecimento provado; ● Teorias científicas → derivam da obtenção dos dados da experiência adquiridos por observação e experimento; ● Ciência = objetiva, baseada no que podemos ver, ouvir, tocar e etc.; ○ Opiniões/preferências pessoais/suposições especulativas não têm lugar. ● Conhecimento científico = confiável, pois é conhecimento provado objetivamente. 2. Indutivismo ingênuo = ideia de que a ciência é baseada no princípio de indução. O corpo do conhecimento científico é construído pela indução a partir da base segura fornecida pela observação. ● Tentativa de formalizar a imagem popular da ciência. 1) Observação: o observador deve ter orgãos sensitivos normais e inalterados e deve registrar fielmente o que puder ver, ouvir e etc. e deve fazê-lo sem preconceitos; ● A observação deve ser, portanto, neutra - não depende da vontade, do gosto, da inclinação. É por meio dela que chegamos aos enunciados elementares e, destes, aos universais. 2) Afirmação: afirmações podem ser justificadas ou estabelecidas como verdadeiras de maneira direta pelo uso dos sentidos do observador não-preconceituoso; ● A verdade das afirmações deve ser conferida com cuidadosa observação e qualquer observador pode estabelecer ou confirmar sua verdade pelo uso direto de seus sentidos. 3) Base: fundamentada pelas afirmações, é a base a partir da qual as leis e teorias científicas que constituem o conhecimento científico devem ser derivadas. ● Afirmações ou enunciados singulares: referem-se a uma ocorrência específica ou a um estado de coisas num lugar específico, num tempo específico. Exemplo: “hoje, dia 27 de setembro de 2023, choveu em São Bernardo do Campo entre às 19h e às 19h30”. ● Afirmações ou enunciados universais: referem-se a todos os eventos de um tipo específico em todos os lugares e em todos os tempos. Tem que conter o quantificador “todo”, pois não se refere a um conjunto único de coisas, mas a todo e qualquer objeto daquele tipo. ● Exemplo: “Os planetas se movem em elipses em torno de seu SoL” ○ Não é possível observar todos os eventos que aconteceram, acontecem e acontecerão, nós inferimos para todos os outros certas características observadas em um grupo. ● As afirmações/enunciados universais constituem o conhecimento científico. Indutivismo: qual é o problema da questão? ● O conhecimento começa com a experiência; ● Enunciados singulares devem levar aos enunciados universais. Como realizar esse processo? Como alcançar os enunciados universais a partir dos enunciados singulares? ● De acordo com o pensamento indutivista, desde que algumas condições sejam satisfeitas, é legítimo generalizar a partir de uma lista finita de proposições de observação (afirmações) para uma lei universal. Condições: 1. (Necessária) O número de proposições de observação (afirmações) que forma a base de uma generalização deve ser grande; 2. (Necessária) As observações devem ser repetidas sob uma ampla variedade de condições; 3. (Essencial) Nenhuma proposição de observação deve conflitar com a lei universal derivada. Em um raciocínio indutivo, interessa-nos a probabilidade da conclusão, dadas as premissas (probabilidade indutiva do argumento). Argumentos prováveis a partir das premissas = indutivos. ● Premissa 1: O remédio R curou a gastrite do paciente A; ● Premissa 2: O remédio R curou a gastrite do paciente B; ● Premissa 3: O remédio R curou a gastrite do paciente C; ● Premissa 4: O remédio R curou a gastrite do paciente D; ● Premissa 5: O remédio R curou a gastrite do paciente E. ● Conclusão: O remédio R cura gastrite. 3. Raciocínio lógico e dedutivo ● Uma vez que um cientista tem leis e teorias universais à sua disposição, é possível derivar delas várias consequências que servem como explicações e previsões. O tipo de raciocínio envolvido em derivações dessa espécie chama-se raciocínio dedutivo. ● A lógica e a dedução por si só não podem estabelecer a verdade de afirmações factuais. Tudo o que a lógica pode oferecer a esse respeito é que, se as premissas são ou não verdadeiras, então a conclusão deve ser verdadeira, mas se as premissas são ou não verdadeiras é uma questão que não pode ser resolvida com um recurso lógico. ● Um argumento pode ser uma dedução perfeitamente lógica mesmo que envolva uma premissa que é de fato falsa 4. Previsão é explicação no relatório indutivista ● Para um indutivista, a fonte da verdade não é lógica, e sim a experiência. ● Observação - indução – dedução ● A forma geral de todas as explicações e previsões científicas pode ser assim resumida: 1. Leis e teorias; 2. Condições iniciais; 3. Previsões e explicações. 5. A atração do indutivismo ingênuo ● A confiabilidade da ciência acompanha as afirmações do indutivista sobre a observação e a indução. As proposições de observação que formam a base da ciência são seguras e confiáveis porque sua verdade pode ser averiguada pelo uso direto dos sentidos. Além disso, a confiabilidade das proposições de observação será transmitida às leis e teorias delas derivadas, desde que as condições para a indução estejam satisfeitas. Isso é garantido pelo princípio de indução que forma a base da ciência de acordo com o indutivista ingênuo. As críticas à perspectiva indutivista Chalmers - Capítulos 2 e 3 Popper - Conhecimento conjectural minha solução problema da indução Chalmers - Capítulo 2 1. O princípio de indução pode ser justificado? Chalmers - caminhos de justificação: a) pela lógica; b) pela experiência. ● Justificação pela lógica ● Recusa: em razão da comparação com argumentos dedutivos; ● Argumento dedutivo = se o argumento é válido e suas premissas são verdadeiras, então a conclusão é necessariamente verdadeira. ○ O mesmo não ocorre com argumentos indutivos, haja vista que eles não são logicamente válidos, pois as premissas podem ser verdadeiras e sua conclusão pode se mostrar falsa. Exemplo: observou-se uma grande quantidade de corvos, sob uma ampla variedade de circunstâncias e identificou-se que todos são pretos. A inferência indutiva “Todos os corvos são pretos” é perfeitamente legítima, as premissas são afirmações do tipo “observou-se que o corvo x era preto no período p” e foram tomadas como verdadeiras, mas não há garantia lógica de que o próximo corvo observado também será preto. ● Justificação pela experiência ● Premissa: não podemos justificar a inferência indutiva de forma estritamente lógica, como argumentou David Hume. A experiência desempenha um papel crucial na formação de nossas crenças indutivas, as quais são formadas com base em uma ampla gama de experiências, incluindo observações, experimentos e resultados acumulados ao longo do tempo. Assim, a justificação da indução ocorre de forma mais pragmática e contextual, em vez de ser estritamente lógica, e a confiança na inferência indutiva é construída com base na confiabilidade histórica das generalizações que fazemos a partir de nossas experiências. Exemplo: Às leis da ótica, derivadas por indução dos resultados de experimentos de laboratório, têm sido usadas em numerosas ocasiões no projeto de instrumentos óticos, e esses instrumentos têm funcionado satisfatoriamente. Crítica de Hume: a justificação pela experiência é inaceitável, pois o argumento proposto para justificar a indução é circular porque emprega o próprio tipo de argumento indutivo cuja validade está supostamente precisando de justificação. Não se pode usar a indução para justificar a indução. Dificuldades adicionais: ● Necessário fundamentar uma generalização em um grande número de observações. Quantas observações constituem um grande número? ● Observações devem ser realizadas sob uma ampla variedade de condições? O que deve ser considerado como uma variação significativa nas circunstâncias? Exemplo: Na investigação do ponto de fervura da água é necessário variar a pressão, a purezada água, o método de aquecimento e a hora do dia? Variar a pressão: sim; Variar a pureza da água: sim; Variar o método do aquecimento: não; Variar a hora do dia: não. A resposta às primeiras duas questões é “Sim” e às duas seguintes é “Não”. Mas quais são as bases para estas respostas? Esta questão é importante porque a lista de variações pode ser estendida indefinidamente pelo acréscimo de uma quantidade de variações subsequentes tais como a cor do recipiente, a identidade do experimentador, a localização geográfica e assim por diante. A menos que tais variações “supérfluas” possam ser eliminadas, o número de observações necessárias para se chegar a uma inferência indutiva legítima será infinitamente grande. 2. O recuo para a probabilidade ● Ideia de conhecimento científico como conhecimento comprovado cai em desuso. ● Conhecimento científico = conhecimento provavelmente verdadeiro. ● Quanto maior o número de observações formando a base de uma indução e maior a variedade de condições sob as quais essas observações são feitas, maior será a probabilidade de que as generalizações resultantes sejam verdadeiras. 3. Respostas possíveis ao problema da indução 1) Cética: podemos aceitar que a ciência se baseia na indução e aceitar também a demonstração de Hume de que a indução não pode ser justificada por apelo à lógica ou à experiência, e concluir que a ciência não pode ser justificada racionalmente. O próprio Hume adotou uma posição desse tipo. Ele sustentava que crenças em leis e teorias nada mais são que hábitos psicológicos que adquirimos como resultado de repetições das observações relevantes. 2) Enfraquecimento da exigência indutivista de que todo o conhecimento não-lógico deve ser derivado da experiência e argumentar pela racionalidade do princípio da indução sobre alguma outra base. Entretanto, ver o princípio de indução, ou algo semelhante, como “óbvio” não é aceitável. O que vemos como óbvio depende demais de nossa educação, nossos preconceitos e nossa cultura para ser um guia confiável para o que é razoável. 3) Negação de que a ciência se baseie em indução: o problema da indução será evitado se pudermos estabelecer que a ciência não envolve indução. Os falsificacionistas, notadamente Karl Popper, tentam fazer isto. Chalmers - Capítulo 3 1. A dependência que a observação tem da teoria ● A observação não é uma atividade neutra e objetiva, em vez disso, é influenciada pela teoria. Isso significa que nossas crenças e teorias prévias afetam o que observamos e como interpretamos os dados; ● "Observação teoria-laden": conceito que sugere que a observação é inseparável das estruturas conceituais que a moldam. Nossas teorias influenciam a forma como definimos conceitos, escolhemos o que observar e interpretamos os resultados; ● A teoria não está apenas envolvida na interpretação de dados, mas também no processo de coleta de dados. A escolha de instrumentos, técnicas de medição e métodos de observação é influenciada por pressupostos teóricos; ● A dependência da observação da teoria tem implicações significativas para a objetividade na ciência. Diferentes teorias podem levar a observações conflitantes e como os cientistas podem superar esses conflitos; ● Distinção entre fatos observacionais e fatos teóricos: essa distinção não é tão clara quanto pode parecer, uma vez que a observação está sempre imbuída de pressupostos teóricos. ● Interdependência entre observação e teoria: complexidade da prática científica e a necessidade de uma abordagem mais sofisticada para a análise da ciência, que leve em consideração a relação intrincada entre teoria e observação. Fatos observacionais: ● Eventos ou fenômenos que podem ser diretamente observados, registrados e medidos sem a necessidade de construir ou invocar uma teoria complexa; ● Frequentemente descritos como dados brutos ou informações empíricas que são coletadas através de observações, experimentos ou medições; ● Fatos observacionais são geralmente considerados como a base empírica sobre a qual as teorias científicas são construídas; ● Exemplos de fatos observacionais podem incluir medições de temperatura, registros de observações astronômicas ou resultados de experimentos de laboratório. Fatos teóricos: ● Conceitos, afirmações ou proposições que são influenciados ou moldados pelas estruturas teóricas e conceituais de uma determinada teoria; ● Não podem ser diretamente observados ou medidos de forma independente, pois sua interpretação depende da teoria que os enquadra; ● Os fatos teóricos estão intrinsecamente ligados a uma estrutura conceitual e são derivados das implicações teóricas de uma dada teoria; ● Exemplos de fatos teóricos incluem conceitos como "a gravidade é a curvatura do espaço-tempo" na teoria da relatividade de Einstein ou "a evolução das espécies por seleção natural" na teoria da evolução de Charles Darwin. Popper - Conhecimento conjectural minha solução problema da indução ● Problema da indução: Popper reconheceu o problema da indução, que se refere à dificuldade de justificar racionalmente a inferência indutiva, ou seja, tirar conclusões gerais com base em observações passadas. ● Falsificacionismo: Para resolver esse problema, Popper propôs que a ciência não se baseia na confirmação de teorias, mas na tentativa de falsificação delas. Ele argumentou que uma teoria científica deve ser formulada de maneira a ser passível de ser testada e refutada por meio de experimentos e observações. ● Conjecturas e refutações: Popper defendeu que o progresso científico ocorre por meio de conjecturas ousadas, ou seja, a proposição de teorias ou hipóteses audaciosas. A partir disso, a ciência busca refutá-las por meio de testes empíricos. Se uma teoria sobrevive a muitas tentativas de falsificação, ela ganha credibilidade, mas nunca pode ser considerada definitivamente provada. ● Princípio da falseabilidade: Popper enfatizou que uma teoria científica deve ser formulada de maneira que seja possível identificar observações que a contradigam. Isso é conhecido como o princípio da falseabilidade. Se uma teoria não for falseável, ou seja, não houver maneira de testá-la empiricamente, ela não é considerada científica. ● Rejeição do verificacionismo: Popper rejeitou a ideia de que uma teoria pode ser verificada por meio da confirmação indutiva, argumentando que a confirmação não é uma base sólida para o conhecimento científico. O modelo hipotético-dedutivo Hempel - Filosofia da ciência natural - Capítulo 2 Abrantes - Método & ciência uma abordagem filosófica - Capítulo 5 Hempel - Filosofia da ciência natural - Capítulo 2 ● Teoria e observação: distinção entre teorias científicas e observações empíricas. As teorias são proposições gerais que explicam fenômenos, enquanto as observações são fatos empíricos específicos; ● Indução e dedução: ênfase na importância da dedução na ciência, pois as teorias científicas são usadas para derivar consequências que podem ser testadas empiricamente. Isso contrasta com a ideia de que a ciência é puramente indutiva, baseada apenas na generalização a partir de observações; ● Inventividade e verificação: o processo científico envolve tanto a invenção (ou formulação) de teorias como a verificação (ou teste) delas. A invenção requer criatividade e imaginação para propor teorias que expliquem os fenômenos observados. A verificação envolve a realização de experimentos ou observações para testar as previsões da teoria; ● Falsificação e testabilidade: aborda o princípio da falsificabilidade de Karl Popper, que destaca a importância de tornar as teorias científicas suscetíveis à refutação por meio de experimentos. Uma teoria que não pode ser falseada empiricamente não é considerada científica; ● Paradigmas e tradições de Investigação: como as teorias e métodos de investigação são influenciados por paradigmas e tradições dentro de uma disciplina científica. Esses paradigmas moldam a forma como os cientistas abordam os problemas e organizam sua pesquisa; ● Leis e explicações científicas: diferença entreleis científicas (que descrevem regularidades) e explicações científicas (que buscam entender por que essas regularidades ocorrem). A explicação é um objetivo fundamental da ciência. Abrantes - Método & ciência uma abordagem filosófica - Capítulo 5 ● Conexão entre metodologia e descoberta: a metodologia científica não é um conjunto rígido de regras que os cientistas seguem de maneira mecânica. Em vez disso, a metodologia interage com o processo de descoberta, influenciando e sendo influenciada por ele; ● Indução e dedução: Abrantes explora a relação entre a indução e a dedução na geração de hipóteses e teorias científicas. A dedução é comumente usada para derivar previsões a partir de teorias existentes, enquanto a indução desempenha um papel na formulação de novas hipóteses com base em observações; ● Criatividade e intuição científica: importância da criatividade e da intuição na descoberta científica. Muitas vezes as ideias científicas inovadoras surgem de insights não lineares e criativos; ● Papel da observação e da experimentação: Abrantes aborda o papel da observação e da experimentação no processo de descoberta. As observações cuidadosas e os experimentos são fundamentais para a formulação e a revisão de teorias científicas; ● Incerteza e erro na descoberta: reconhecimento da presença de incerteza e erro na pesquisa científica e discussão de como os cientistas lidam com esses desafios. Importância de uma abordagem crítica e autoquestionadora; ● Interdisciplinaridade e colaboração: aspectos importantes da descoberta científica. Muitas descobertas significativas ocorrem quando cientistas de diferentes campos colaboram e compartilham ideias. Introdução ao falsificacionismo: teses centrais sobre a natureza do conhecimento científico Chalmers - Capítulo 4 Abrantes - Método & ciência uma abordagem filosófica - Capítulo 6 Chalmers - Capítulo 4 ● Karl Popper e o falsificacionismo: Chalmers apresenta a figura de Karl Popper e seu conceito central de falsificacionismo. Popper argumentou que a demarcação entre ciência e pseudociência pode ser estabelecida por meio da falsificabilidade das teorias científicas; ● Teorias e hipóteses falsificáveis: de acordo com o falsificacionismo, uma teoria científica deve ser formulada de maneira que seja possível conceber testes empíricos que, se produzirem resultados que contradizem a teoria, possam falsificá-la. Isso significa que uma teoria deve estar sujeita a refutação por meio de evidência empírica; ● Crítica ao indutivismo: o falsificacionismo se opõe à visão indutivista de que a ciência se baseia na acumulação de evidências positivas para a confirmação de teorias. O indutivismo é criticado por não fornecer uma base lógica sólida para a validação das teorias científicas; ● Princípio da falseabilidade: princípio de Popper, que estabelece que uma teoria deve ser formulada de maneira a tornar possível a identificação de evidência que a contraria. Isso torna a teoria suscetível à refutação e, portanto, passível de ser considerada científica; ● Progresso científico e coragem científica: ênfase em como o falsificacionismo promove o progresso científico, pois a tentativa de falsificação leva a uma revisão e aprimoramento das teorias à medida que novas evidências surgem. Importância da "coragem científica" para os cientistas estarem dispostos a aceitar a refutação e revisar teorias quando necessário; ● Limitações do falsificacionismo: reconhecimento de que o falsificacionismo não é uma visão definitiva da filosofia da ciência e que possui limitações, como a complexidade da prática científica real, que muitas vezes envolve múltiplas hipóteses e experimentos. Abrantes - Método & ciência uma abordagem filosófica - Capítulo 6 ??? O falsificacionismo sofisticado e o progresso científico Chalmers - Capítulo 5 1. Falsificacionismo sofisticado, novas previsões e o crescimento da ciência “Uma hipótese deve ser falsificável e quanto mais ela o for, melhor, mas, no entanto, não deve ser falsificada” ● Condição extra do falsificacionismo sofisticado: “uma hipótese deve ser mais falsificável do que aquela que ela se propõe a substituir” - diz mais coisas sobre o mundo (ampla), é mais testável e mais precisa. ● Por que escolher a teoria mais falsificável? Porque é mais audaciosa. ● Diferenças de foco: falsificacionistas ingênuos e sofisticados ● Falsificacionista ingênuo: toma as teorias isoladamente, e não pressupõe o crescimento ou progresso da ciência; ● Falsificacionista sofisticado: leva em conta teorias concorrentes e pressupõe o crescimento ou progresso da ciência; ○ Determinação do grau de falsificabilidade é interpretado pelo falsificacionista sofisticado a partir de séries ou conjuntos de teorias. Assim, não é obtida tendo em vista apenas uma teoria, mas teorias rivais ou concorrentes. 1. Teorias devem ter cada vez mais conteúdo; 2. As mais falsificáveis são mais informativas do que as menos falsificáveis; 3. Tais exigências eliminam a manutenção de teorias por meio de estratégias ad hoc, que têm em vista apenas a manutenção da teoria e a sua proteção do falseamento. ● Falsificacionismo sofisticado: introdução do conceito, uma versão aprimorada do falsificacionismo de Popper. Essa abordagem reconhece que as teorias científicas raramente são completamente refutadas por um único experimento. Em vez disso, as teorias são testadas em um contexto mais amplo e complexo; ● Corroboração: conceito de "corroboração" como uma medida mais flexível da aceitação de teorias científicas. A corroboração considera o grau em que uma teoria sobrevive a testes e a refutação, levando em conta o contexto e a complexidade dos testes; ● Novas previsões e crescimento da ciência: como o falsificacionismo sofisticado lida com a geração de novas previsões a partir de teorias existentes.Ao formular previsões inovadoras, as teorias podem ser corroboradas e, assim, contribuir para o crescimento da ciência; ● Problema da Duhem-Quine: se refere à dificuldade de isolar e falsificar uma única hipótese ou parte de uma teoria, uma vez que as teorias estão interconectadas. O falsificacionismo sofisticado lida com esse problema reconhecendo a complexidade da prática científica; ● Crescimento da ciência por meio de teorias conjecturais: a ciência avança por meio da proposição e teste de teorias conjecturais. As novas previsões dessas teorias, quando corroboradas, podem levar ao desenvolvimento do conhecimento científico; ● Crescimento por meio de refutações e revisões: o crescimento da ciência não ocorre apenas por meio da corroboração, mas também por meio da refutação e revisão de teorias. Esse processo de eliminação de teorias inadequadas é fundamental para o progresso científico.