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8_MAT_CHS - Economia e trabalho (1)

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2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto
Vice-governador do Estado de Minas Gerais
Mateus Simões de Almeida
Secretário de Estado de Educação
Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas
Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica
Kellen Silva Senra
Superintendente de Políticas Pedagógicas
Graziela Santos Trindade
Diretora de Ensino Médio
Rosely Lúcia de Lima
Coordenadora de Ações de Aprendizagem
Vanessa Nicoletti Gomes de Oliveira
Construção
Ademar Pinto do Carmo
Alexandre Marini
Anízio Viana da Silva
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Giselle de Oliveira Neves
Kátia de Laura Borges
Samira Maria Araújo
Laís Francini F. Américo (estagiária)
Parceria técnica
INSTITUTO IUNGO
Léa Camargo (coordenadora)
Dalvo Prado - Escola de Formação SEE/MG
Eduardo Dias - Escola de Formação SEE/MG
Fernando Lucas Figueiredo - Escola de Formação SEE/MG
Ricardo Falcão - Escola de Formação SEE/MG
Luciana Tenuta (coordenadora) – Mathema
Maria Ignez Diniz (coordenadora) - Mathema
Fernanda Saeme - Mathema
Marcio Lucio Cezar - Escola de Formação SEE/MG
Rodrigo Morozetti
Thiago Viana - Mathema
LEITURA CRÍTICA
Michele Borges
Carlos Gomes de Castro
Léa Camargo
2 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Sumário
APRESENTAÇÃO 3
Introdução 4
Ementa 4
Abordagem pedagógica 5
Objetivos de aprendizagem 6
Planejamento 7
Matemática e visão de finanças - MAT 11
1° Bimestre - Caracterização da vida financeira 12
2º Bimestre - Juros e impostos em parcelamentos 15
3º Bimestre - O status financeiro do Brasil 18
4º Bimestre - O planejamento financeiro do jovem e seu projeto de vida 20
Matemática para economia e trabalho - MAT 23
1º Bimestre - A economia e o jovem como consumidor 25
2º Bimestre - Economia: inflação, ofertas e demandas 28
3º Bimestre - A vida financeira após o trabalho 32
4º Bimestre - Eu e o trabalho daqui a 5 e 10 anos! 35
Humanidades para economia e trabalho - CHS 37
1º Bimestre - Economia: uma interpretação da realidade? 37
2º Bimestre - Afinal, e eu com a economia? 42
3º Bimestre - A economia explica o Brasil? 46
4º Bimestre - Economia, Trabalho e Juventudes 51
Desenvolvimento Econômico- CHS 55
1º Bimestre - O que é desenvolvimento? 55
2º Bimestre - O desenvolvimento econômico é uma questão de raça, gênero e classe? 59
3º Bimestre - O consumo consciente atrapalha a economia e as relações de trabalho? 64
4º Bimestre - Economia Solidária e Outras Possibilidades 68
REFERÊNCIAS 73
3 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
O Itinerário Formativo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas: aquelas
que são mantidas na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a
Preparação para o Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos
estudantes, como as Eletivas e o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O Itinerário Formativo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais,
tem uma função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo
com os contextos de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais
propósitos do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens
práticas e contextualizadas , valorizando os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia,
Filosofia, Química, Artes, Educação Física, Matemática etc.) e o Projeto de Vida dos
estudantes, o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como objetivos: produzir
conhecimentos, criar possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na
realidade sociocultural, incentivar a ação de empreender, como uma atividade profissional
ou ter a si mesmo como objeto desse empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é
composta por 4 Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas
Áreas do Conhecimento para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma
das 4 áreas para todas as turmas da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de
oferta de 4 componentes curriculares, porém organizados de formas diversas que
possibilitaram 9 arranjos distintos, assegurando que os estudantes possam, com as equipes
escolares, escolher qual dos Aprofundamentos é mais compatível com seu projeto de vida.
Neste documento, o professor encontrará as orientações para a implementação do
Aprofundamento em CHS e MAT, contendo a seguinte estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Objetivos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.
4 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Introdução
O que é considerado desenvolvimento econômico? Quais são os marcos históricos
nos modos de produção? Como ler as trajetórias familiares nesse processo e como
compreender-se nele? Quais problemas sociais impedem a plena participação do sujeito no
desenvolvimento social e no mundo do trabalho? Quais conhecimentos matemáticos podem
apoiar a “leitura” do mercado de trabalho e a autogestão financeira? Como as vivências do
indivíduo e os conhecimentos de Matemática e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem
contribuir para a construção de perspectivas sobre os desafios que se colocam para a
Economia e suas relações com o mundo do trabalho? Essas são questões que orientam o
percurso formativo do estudante, em situações de aprendizagem que permitem uma postura
crítica, analítica e reflexiva diante do macrotema Economia e Trabalho.
Ementa
Macrotema: “Economia e Trabalho”
O macrotema "Economia e Trabalho" propõe o desenvolvimento do pensar e agir
criticamente frente às questões atuais. As áreas de conhecimento Matemática e suas
Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas estão organizadas em quatro
componentes curriculares que mobilizam conhecimentos variados para contextualizar e
solidificar conceitos e práticas pela ótica das humanidades e a educação
matemático-financeira. Os conhecimentos propostos estão alinhados com a realidade social,
familiar e escolar presentes nas relações cotidianas.
Abordagem pedagógica
A Unidade Curricular de Aprofundamento em Matemática e suas Tecnologias e
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas divide-se em quatro componentes curriculares que se
inter-relacionam através do macrotema “Economia e Trabalho”. Portanto, os(as)
professores(as) deste Aprofundamento devem ter um planejamento construído em diálogo
que vise a complementaridade e o equilíbrio entre as perspectivas individuais e coletivas que
se relacionam com o tema.
O componente Matemática e Visão de Finanças - MAT intenta analisar, categorizar,
estimar e produzir conhecimentos para a abordagem das finanças no cotidiano, em ações
educativas que promovam habilidades financeiras e o desenvolvimento do senso crítico,
5 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
contextualizando a Matemática no arranjo das finanças pessoais e seu projeto de vida. O
aprendizado sobre finanças pode contribuir para o fortalecimento da cidadania, para
mudanças de hábitos e desenvolvimento da autonomia e consciência para tomada de
decisões mais assertivas.
O componente Matemática para Economia e Trabalho - MAT abordará os conceitos
essenciais da economia para compreensão e análise da relação entre economia e trabalho,
seus desdobramentos e consequências para a vida social. A utilização da matemática para o
domínio de índices, taxas, tabelas e gráficos contribui para o desenvolvimento de uma visão
ampliada das questões que influenciam diretamente nas suas escolhas e nas possibilidadesdo mundo do trabalho. Propõe-se a utilização de pesquisas que visem a explicar, estimar,
comparar, traçar e investigar cenários econômicos e seus impactos com consequências na
vida do(a) estudante.
O componente Humanidades para Economia e Trabalho - CHS propõe explicar como
a economia também pode oferecer caminhos para compreender a realidade contemporânea
de forma crítica e com base em valores éticos e humanistas. Por meio de contextualizações
históricas e culturais, serão aprofundados conhecimentos em economia, na abordagem de
temas como: modos de produção e a realidade brasileira, orçamento doméstico, direitos
trabalhistas, trabalho e juventudes. Pretende-se que o(a) estudante seja capaz de
compreender criticamente sua realidade local, regional e nacional por meio de análises
econômicas
O componente curricular Desenvolvimento Econômico - CHS representa a
oportunidade de vivenciar práticas relacionadas à compreensão da complexidade do debate
sobre desenvolvimento. Tendo em vista as relações estruturais e conjunturais presentes no
debate sobre desenvolvimento econômico, serão aprofundados temas como: democracia
racial no Brasil, eugenia e higienismo social, raça, gênero e classe. Pretende-se apresentar
pontos de vista distintos para os(as) estudantes se aprofundarem na questão do
desenvolvimento econômico enquanto processo histórico e social.
Objetivos de aprendizagem
Ao final do ano letivo, espera-se que os(as) estudantes sejam capazes de:
● Propor soluções para diferentes problemas econômicos, com respeito aos direitos
humanos e buscando a justiça social, de forma sustentável, plural e democrática.
6 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
● Escolher e traçar decisões racionais, relativas à vida financeira, utilizando-se de
conhecimentos sobre financiamento, capitalização e planejamento, para fazer
escolhas conscientes mediante o poder de compra.
● Estabelecer relações entre conhecimentos sobre classes e poder, para compreender
aspectos da economia e do trabalho.
● Reconhecer e problematizar aspectos do contexto econômico atual do Brasil, para
compreender a complexidade da relação entre economia e trabalho, como base para
a tomada de decisões pessoais.
● Produzir análises referentes às relações entre economia e trabalho e se posicionar
diante de questões estruturantes em problemas, como racismo, desigualdade de
renda, classe e gênero, e precarização do trabalho.
Quadro-síntese da Unidade Curricular do Aprofundamento
Unidade Curricular Macrotema norteador Componente curricular n° de aulas
Aprofundamento em
Matemática e suas
Tecnologias e Ciências
Humanas e Sociais
Aplicadas
Economia e Trabalho
Matemática e visão de finanças
(MAT)
2 aulas semanais
Matemática para Economia e
Trabalho (MAT)
2 aulas semanais
Humanidades para Economia e
Trabalho (CHS)
2 aulas semanais
Desenvolvimento econômico (CHS) 2 aulas semanais
7 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Planejamento
Este plano de curso destina-se ao desenvolvimento da proposta integrada entre os
componentes curriculares Matemática e Visão de Finanças (MAT), Matemática para
Economia e Trabalho (MAT), Humanidades para Economia e Trabalho (CHSA) e
Desenvolvimento Econômico (CHSA) que compõem o aprofundamento integrado entre as
áreas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Este plano
apresenta sugestões de desenvolvimento do aprofundamento, sempre considerando os
ajustes e autoria docentes, em relação aos diferentes contextos educacionais e escolas da
rede mineira.
Durante o ano letivo, cada componente dispõe de 80 horas/aula distribuídas
igualmente em quatro bimestres, sendo dois tempos de aula semanais para cada um.
O trabalho proposto neste aprofundamento foi baseado, nas duas áreas do
conhecimento, em uma postura dialógica. Uma postura dialógica, promove o diálogo
igualitário entre o(a) professor(a) e o(a) estudante, respeita a inteligência cultural e o
protagonismo de todos os envolvidos no processo da construção da aprendizagem. Nesse
contexto, a aula assume o espaço de construção e transformação dos sujeitos (professor(a) e
jovens). A dinâmica é interacionista e ativa para que se estabeleça a criação de sentidos
diretamente conectados com a vida. O fazer pedagógico é coletivo para que os sujeitos
envolvidos nesse processo assumam a dimensão instrumental da operacionalização de seus
conhecimentos.
A construção e a vivência das aulas devem ter por objetivo a promoção e o
desenvolvimento das habilidades propostas em relação aos eixos de forma coletiva,
autônoma, participativa e proativa.
O ambiente sala de aula, é vivenciado pelo(a) professor(a) e os(as) alunos(as), de
forma criativa e inovadora, oportunizando e priorizando processos educacionais que
estimulem posturas ativas, coparticipativas, interacionais e assertivas. Os meios materiais e
os recursos pedagógicos para a aprendizagem devem possuir um significado simbólico que se
aproxime da realidade social dos estudantes. É produtivo, pertinente e enriquecedor que os
subtemas propostos neste aprofundamento sejam trabalhados de forma inter-relacional em
todas as aulas, a fim de estabelecer diferentes aprendizagens que impliquem novas
perspectivas sobre o tema “Economia e Trabalho”.
8 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
O trabalho integrado se dá pela mobilização de competências e habilidades comuns,
pela adoção conjunta de uma concepção de educação que valoriza o protagonismo dos
estudantes, bem como a capacidade de uso crítico dos conhecimentos das diferentes áreas,
para o posicionamento fundamentado frente a questões atuais e para a conscientização
do(a) jovem estudante sobre sua forma de pensar e enfrentar as mais diversas situações que
fazem parte da sua vida e de sua comunidade.
As aprendizagens são aprofundadas na medida em que os estudantes são convidados
a mobilizar habilidades dos eixos estruturantes de investigação científica, processos criativos,
empreendedorismo e mediação e intervenção sociocultural, além de trabalharem com
objetos e procedimentos das áreas que se aplicam em diversos contextos. Tudo para que
os(a) jovens se percebam responsáveis e assumam papéis ativos na construção de
sociedades mais pacíficas, tolerantes, inclusivas e seguras.
A centralidade do jovem e a flexibilidade, que caracterizam os aprofundamentos, se
concretizam em espaços de escolha e protagonismo das juventudes presentes nas sugestões
de estratégias de ensino. Os(as) estudantes, orientados pelo(a) professor(a), são convidados
e incentivados a se posicionar, criar, decidir, nos mais diversos momentos de cada percurso.
Para isso, as metodologias propostas priorizam a participação ativa do(a) estudante nos
processos de busca de informações, organização, planejamento e tomada de decisões, para
que se posicionem criticamente e busquem soluções em diferentes situações.
Os quatro componentes deste aprofundamento foram planejados de modo integrado,
ou seja, apesar de cada um ter um foco mais definido, a cada bimestre as sugestões deste
plano utilizam os mesmos processos fundamentais para o desenvolvimento de habilidades
que privilegiam abordagens contemporâneas da Matemática e das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas. A integração entre os componentes acontece também pela abordagem da
temática central, na proposta conjunta de uma atividade de acompanhamento e de
avaliação, pelo protagonismo dos(as) estudantes e pelo compromisso com a educação
integral.
Para além da temática e de subtemas em comum, a integração curricular proposta
neste aprofundamento também acontece por meio de uma integração analítica entre as
duas áreas do conhecimento, ou seja, em alguns bimestres os subtemas são similares e/ou
os mesmos e em outros, onde os subtemas não são os mesmos, a proposta de análise e
9 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
reflexão da temática “Economia e Trabalho” se complementaentre as áreas durante os
bimestres.
Além disso, a complementaridade entre os componentes se dá também na forma de
uma produção comum entre as duas áreas, denominada Glossário Crítico do
“Economiquês”. Esta produção deve ser uma vivência coletiva da turma, ou seja, o objetivo
é que haja apenas um glossário para a turma inteira, ficando como uma atividade integrada
também entre os e as estudantes. Desta forma, é importante promover um diálogo para que
eles(as) pactuem combinados acerca desses registros e das responsabilidades nesta
atividade. Os registros podem ser feitos utilizando diferentes formatos, como: desenho,
mapa mental, mapa conceitual, resumo criativo, cálculo, poesia, música, fotos, esquemas,
listas, gráficos, fluxogramas e etc., o objetivo é promover um espaço para que a turma
vivencie uma experiência criativa e autoral acerca desses registros de forma integrada.
Para que esse plano possa ser de fato um instrumento para a formação integral dos(a)
estudantes é aconselhável que ele seja estudado por todos os docentes responsáveis por
ele e que a coordenação pedagógica ou o professor coordenador do Ensino Médio
estabeleçam ações para favorecer a interlocução entre os docentes.
A avaliação precisa ganhar todos os contornos para ser processual e formativa, uma
vez que ela é também um fator de integração entre os componentes. Sabendo que se trata
de um jovem sendo avaliado por quatro componentes de um mesmo aprofundamento e que
o papel de protagonismo dele é essencial para sua formação integral, o estudante precisa ser
o centro do processo de avaliação. Nas sugestões de estratégias de ensino, há indicações de
produções, apresentações, trabalhos de grupo para pesquisa, investigação, modelagem e
criações do estudante, que, observadas e analisadas pelos professores podem gerar
evidências dos avanços e necessidades de aprendizagem dos estudantes em direção às
competências e habilidades propostas nesse aprofundamento. Por isso é importante o
registro sistemático, pautado por rubricas construídas pelo professor, de modo que ele possa
acompanhar cada estudante ao longo do percurso de cada componente. Um caderno ou um
arquivo virtual pode organizar os registros, de modo que a cada momento de devolutiva
avaliativa, o docente possa trazer contribuições aos jovens, pautadas pelos objetivos de
aprendizagem.
10 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
A lógica de cada componente está descrita na Introdução deste plano, já a lógica da
jornada que será vivenciada pelos estudantes, ao longo do ano letivo, está presente no
quadro a seguir, no qual é possível entender o percurso do estudante, bimestre a bimestre. A
descrição de cada bimestre está na introdução e nos parágrafos que ligam os bimestres nos
quadros de cada componente.
Quadro síntese 2 da unidade curricular do Aprofundamento em CHS - MAT
ECONOMIA E TRABALHO
Matemática e
Visão de
Finanças
Matemática para
Economia e
Trabalho
Humanidades
para Economia e
Trabalho
Desenvolvimento
Econômico
1º bim
Caracterização da
vida financeira
A economia e o
jovem como
consumidor
Economia: uma
interpretação da
realidade?
O que é
desenvolvimento?
2º bim
Juros e impostos
em parcelamentos
Economia: inflação,
ofertas e demandas
Afinal, e eu com a
economia?
O desenvolvimento
econômico é uma
questão de raça,
gênero e classe?
3º bim
O status financeiro
do Brasil
A vida financeira
após o trabalho
A economia
explica o Brasil?
O capitalismo pode
ser verde
sustentável?
4º bim
O planejamento
financeiro do
jovem e seu
Projeto de Vida
Eu e o trabalho
daqui a 5 e 10
anos!
Economia,
Trabalho e
Juventudes.
Economia Solidária e
outras
possibilidades.
Produção transversal: Glossário Crítico do “Economiquês”
11 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Matemática e visão de finanças - MAT
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS E
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
ECONOMIA E TRABALHO
Matemática e Visão de Finanças
1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre
Caracterização da vida
financeira
Juros e impostos em
parcelamentos
O status financeiro do
Brasil
O planejamento
financeiro do jovem e seu
Projeto de Vida
No percurso dos bimestres deste componente os estudantes serão convidados a investigar
de modo crítico os conhecimentos matemáticos presentes no mundo financeiro. Não se trata
de matemática financeira, uma vez que ela está presente nas aulas de matemática da
Formação Geral Básica, mas sim de um aprofundamento pela investigação dos conceitos e
variáveis que envolvem as questões relativas à aquisição, ao uso e à administração do
dinheiro pessoal e global.
Nos dois primeiros bimestre vários termos conhecidos pelos jovens ganham novos
contornos, na medida em que conhecimentos da matemática se distinguem como
necessários à compreensão do mundo financeiro. No terceiro bimestre, o foco é analisar
alguns aspectos financeiros do Brasil, entre eles a inflação e alguns dos principais índices
econômicos como IPCA e INPC, enquanto outros componentes deste aprofundamento
analisam a economia e o trabalho em nosso País. No último bimestre o foco está nas
implicações da vida financeira no projeto de vida de cada jovem, sem esperar por uma
abordagem exaustiva do tema, a ideia é promover a reflexão para o caminho financeiro a ser
traçado entre suas finanças pessoais e seu projeto de futuro.
As produções e reflexões dos estudantes sobre os conceitos e procedimentos da área
financeira e da economia que aprendem nesse percurso devem compor o Glossário Crítico
do “Economiquês”, organizado e liderado pelo componente Desenvolvimento Econômico
desta unidade curricular, mas alimentado por todos os outros, processualmente. Espera-se
que você, professor, amplie ou complemente as propostas/sugestões a seguir, considerando
seu conhecimento, sua experiência e as características da turma de estudantes sob sua
orientação.
12 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
1° Bimestre - Caracterização da vida financeira
1º Bimestre - Economia e trabalho
Caracterização da vida financeira
Subtemas:
● Saberes do senso comum sobre o mundo financeiro;
● Finanças pessoais e globais de um sistema econômico;
● Conceitos da área financeira.
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Eixo Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Eixo Investigação Científica
(EMIFMAT02) - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de
uma situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua
adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem
ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos,
considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Levantar os conhecimentos que os estudantes possuem sobre o mundo financeiro. Em pequenos
grupos, eles podem inicialmente pensar sobre se existe diferença entre os conceitos de finanças e
economia. Com o objetivo de saber o que os jovens pensam a esse respeito é preciso assegurar um
momento de socialização das ideias.
2. Incentivar a busca em dicionários ou sites de buscas de informações sobre as definições e conceitos
que envolvem os termos economiae finanças. Reforçar que economia é uma ciência social que busca
entender e analisar as relações da sociedade com as variáveis e fatores que influenciam na produção,
distribuição e consumo de bens e serviços, enquanto que finanças é um subconjunto da economia que
atua na gestão do dinheiro.
3. Elaborar um painel em papel ou digital de ideias com o tema “O que eu sei do mundo financeiro?”,
para registrar as respostas dos estudantes que poderão ser frases, palavras, conceitos, senso comum,
entre outros. O painel deverá ser guardado ou salvo, pois será retomado em outro momento. Nesta
atividade, espera-se o registro de ideias sobre salário, rendimentos, renda, investimentos, juros,
inflação, financiamentos, orçamento, dinheiro, etc.
4. Com o objetivo de despertar interesse e curiosidades dos estudantes sobre o mundo financeiro,
promover uma leitura compartilhada de dados estatísticos, artigos ou notícias sobre a situação dos
jovens brasileiros a respeito de endividamentos e importância do planejamento financeiro. Algumas
possibilidades são: artigo “Jovens endividados”, do Portal Clique Diário, disponível em:
https://cliquediario.com.br/artigos/jovens-endividados, acesso em 16 nov. 2022, “Endividamento
13 Estado de Minas Gerais - 2024
https://cliquediario.com.br/artigos/jovens-endividados
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
entre jovens: como reverter esse crítico cenário”, Publicado em 05/11/2021 por Meu Acerto em
https://exame.com/colunistas/meu-acerto/endividamento-entre-jovens-como-reverter-esse-critico-ce
nario/ , acesso em 17 nov. 2022.
5. Para complementar o item anterior, propor que os estudantes, em duplas ou pequenos grupos,
resolvam algumas questões do Pisa sobre letramento financeiro. Antes disso, organizar uma roda de
conversa sobre o sentido de letramento financeiro que, de acordo com a OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico), é possuir o conhecimento e o entendimento de conceitos
de finanças e riscos e a capacidade, motivação e segurança para aplicar esse conhecimento para tomar
decisões em diferentes contextos financeiros, para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e da
sociedade e para permitir a participação na vida econômica. As questões para resolução pelos jovens,
podem ser obtidas no portal do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira), órgão vinculado ao Ministério da Educação, lá é possível fazer o download das questões
letramento financeiro, disponível em:
https://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/itens/2015/letramento_financeiro_portugues
_pisa.pdf , acesso em 16 nov. 2022. Selecionar questões como “Opções de gastos”, que aborda o
reconhecimento de prioridades de gastos, “Dinheiro para viajar”, solicita o cálculo do tempo
necessário para atingir o objetivo, “Nova oferta - Questão 1”, envolve a capacidade de efetuar cálculos
de juros, “No mercado - Questões 1 e 2”, para verificar o entendimento sobre realizar boas escolhas. É
importante disponibilizar apenas as questões, sem os objetivos da questão, e após os estudos
organizar uma socialização das respostas escolhidas e as expectativas de respostas esperadas.
6. Como finalização da atividade, propor uma autoavaliação, para que os estudantes reconheçam pontos
a serem melhorados no letramento financeiro, e verificar a necessidade de retomar conceitos básicos,
como capital, juros simples, taxas de juros e período de aplicação.
7. Incentivar a troca entre estudantes da resolução desses problemas, em um movimento construtivo de
apreciação das resoluções e de colaboração com a melhoria dos registros dos colegas e, se necessário,
reflexão sobre eventuais erros.
8. Complementar o painel de ideias construído anteriormente, propondo e realizando com os estudantes
uma nuvem de palavras sobre “O que eu sei do mundo financeiro?", para verificar as novas percepções
adquiridas durante os estudos propostos até o momento. Nesta atividade, espera-se termos como:
dinheiro, orçamento, salário, rendimentos, renda, gastos, preços, empréstimos, financiamentos, juros,
inflação, fluxos de caixa, investimentos, mercados financeiros, fundos de reserva, riscos de
investimentos etc. Socializar o resultado da nuvem de palavras, para que todos possam verificar os
termos com mais ou menos ocorrências.
9. Organizar pequenos grupos e solicitar que identifiquem, dentre as palavras da nuvem, quais
consideram importantes conhecer, por influenciar e impactar a vida deles, seja na atualidade, seja no
futuro. Tais palavras podem iniciar a composição do Glossário Crítico do “Economiquês”, que será
produzido ao longo da unidade curricular, como instrumento processual de registros e de estudos.
Proposta de Avaliação
A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da
metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
14 Estado de Minas Gerais - 2024
https://exame.com/colunistas/meu-acerto/endividamento-entre-jovens-como-reverter-esse-critico-cenario/
https://exame.com/colunistas/meu-acerto/endividamento-entre-jovens-como-reverter-esse-critico-cenario/
https://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/itens/2015/letramento_financeiro_portugues_pisa.pdf
https://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/itens/2015/letramento_financeiro_portugues_pisa.pdf
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Uma autoavaliação simples pode ser feita nesse final, solicitando aos estudantes que registrem
uma rotina de pensamento: o que eu sabia sobre mundo financeiro e agora o que eu sei sobre mundo
financeiro e finanças pessoais. Essa produção pode ser comparada pelo próprio estudante, em outros
momentos de autoavaliação, na medida em que os demais bimestres deste componente forem
desenvolvidos.
Nos momentos de trabalho em duplas ou pequenos grupos, realização de pesquisas, leituras
compartilhadas, socialização das ideias dos grupos, reflexões e identificação de eventuais lacunas nos
conhecimentos básicos, com a utilização ou não de recursos digitais, você professor pode registrar o que
observa no desempenho dos estudantes em relação às habilidades gerais da BNCC e, em especial, à
competência EMIFCG01. Esta última competência e a habilidade podem ser observadas na medida em que
cada estudante seleciona e analisa dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade e ética. Já
a habilidade (EMIFMAT02) se evidencia quando o estudante, com base em estudos e pesquisas, é capaz de
explicar conceitos financeiros, utilizando conhecimentos da matemática, e de resolver ou explicar a
resolução dos problemas do PISA sobre letramento financeiro.
Ainda nos momentos de trabalho colaborativo, é possível observar o jovem estudante em relação à
competência EMIFCG10, quando ele demonstra persistência e confiança na busca de novos conhecimentos
e no enfrentamento positivo de conflitos com os colegas.
15 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
2º Bimestre - Juros e impostos em parcelamentos
Completada a etapa de levantamento dos conhecimentos dos estudantes sobre o mundo
financeiro, o foco será um estudo de caso para identificar as variáveis que existem e
influenciam relações de transações financeiras, como juros embutidos. Nesta etapa novos
conceitos financeiros serão apresentados aos jovens e a presença e a importância do
conhecimento matemáticoficarão mais evidentes.
2º Bimestre - Economia e trabalho
Juros e impostos em parcelamentos
Subtemas:
● Juros embutidos em vendas parceladas;
● Impostos do sistema financeiro;
● Valor presente em vendas ou financiamentos parcelados (função exponencial).
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Eixo Investigação científica
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Mediação e Intervenção sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Eixo Investigação científica
(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua
adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Mediação e Intervenção sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e
habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
16 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias
disponíveis e os impactos socioambientais.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Organizar os estudantes em pequenos grupos, para realizar um estudo de caso e refletir sobre ações
a serem tomadas diante de problemas que envolvam: a relação com o dinheiro, influência de
publicidade, propaganda e estímulos de marketing, com reconhecimento de variáveis financeiras
envolvidas. Por exemplo, solicitar que os estudantes pesquisem uma propaganda de lançamento de
um smartphone, façam uma cotação de preços do aparelho e identifiquem as oportunidades de
parcelamento, ou seja, analisar que ao realizar uma compra do aparelho a dívida será uma despesa
fixa em qual valor e por quanto tempo. Em seguida, propor a reflexão sobre duas questões: Existem
juros embutidos nessa oportunidade de parcelamento? Algum imposto deverá ser pago nesta
transação financeira?
2. Promover um momento de socialização das conclusões dos grupos, incluindo questões como: Foram
usadas imagens de pessoas famosas? Que recursos essa propaganda ou anúncio utilizou para
convencer a compra do aparelho de modo parcelado? Houve destaque em letras ou números em
maior tamanho, como estratégia para destacar o valor “pequeno” das parcelas? O número de
parcelas evidencia, de fato, a duração de tempo em que o comprador terá essa despesa fixa em seu
orçamento pessoal?
3. Solicitar uma pesquisa sobre os conceitos de “juros embutidos” e “impostos pagos em transações
financeiras”. A ideia é que a análise concorra para a compreensão de que os juros embutidos são os
encargos cobrados em uma compra parcelada ou financiamento e que, geralmente, já estão incluídos
no valor das parcelas do produto ou serviço. Além disso, espera-se que os estudantes analisem
estratégias do discurso de marketing, tais como: não divulgar as taxas nas ofertas, omitindo-se que o
valor do produto à vista é o mesmo quando parcelado; omitir que existem impostos a serem pagos,
de acordo com a natureza e tipo de transações financeiras.
4. Por grupo ou dupla, propor que investiguem os tributos mais comuns: Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), que é um imposto sobre transações e práticas de crédito como empréstimo,
compras em cartão e financiamentos; Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços (ICMS), pago sobre qualquer circulação de mercadoria, sejam nacionais ou importadas ;
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), tanto para produtos industrializados nacionais como
para os importados que estão retidos pela alfândega; Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e
Custódia), que corresponde à taxa de juros básica da economia brasileira para linhas de crédito entre
instituições financeiras; Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice oficial da
inflação no país. Os conceitos de cada imposto, as informações sobre de quem é a responsabilidade
pelo pagamento e qual o valor de cada um podem ser inseridos no Glossário Crítico do
“Economiquês”.
5. Promover leitura colaborativa de artigos e notícias sobre a cobrança de impostos em diversos
produtos. No portal do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) estão disponibilizadas
publicações como “Imposto de brinquedos e eletrônicos ultrapassa70%, disponível em:
https://ibpt.com.br/imposto-de-brinquedos-e-eletronicos-ultrapassa-70/ , acesso em 17 nov. 2022, e
projetos como “Impostômetro” e “De olho no imposto”, disponíveis em:
https://ibpt.com.br/projetos/ , acesso em 17 nov. 2022. Solicitar uma rotina de pensamento dos
estudantes sobre as informações apresentadas nos textos lidos do tipo: O que eu já sabia antes da
leitura sobre a cobrança de impostos? O que eu sei agora? O que mais eu quero saber?
6. Retornar ao estudo de caso dos preços do smartphone, propondo que os estudantes de
consumidores se coloquem agora na posição de proprietários do estabelecimento que venderá o
aparelho. Supondo que o aparelho custou ao vendedor R$ 1000,00, eles devem calcular qual deve
17 Estado de Minas Gerais - 2024
https://empreenderdinheiro.com.br/blog/taxa-selic/
https://empreenderdinheiro.com.br/blog/economia/
https://ibpt.com.br/imposto-de-brinquedos-e-eletronicos-ultrapassa-70/
https://ibpt.com.br/projetos/
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
ser o valor de venda na forma de “parcelamento sem juros” em 10, 12 ou 24 parcelas, tendo em vista
o pagamento de 68,76% de impostos, 5% com despesas gerais da empresa e 30% de lucro desejável.
Os grupos podem socializar as estratégias utilizadas nos cálculos para estabelecer o valor de venda do
aparelho. Neste caso, é importante observar se os estudantes recorrem a conhecimentos da
Formação Geral Básica sobre juros compostos e se aplicam fórmulas (Valor final = Valor inicial x (1 + i)t
, ou seja, Valor inicial = Valor final/(1 + i)t ) ou, ainda, se fazem cálculos mês a mês.
7. Para finalizar essa etapa, propor que, em novos agrupamentos, os estudantes investiguem e
sistematizem o conceito de “valor presente”, identificando essa função financeira, que nada mais é do
que a fórmula usada no item anterior. Eles deverão também levantar contextosem que ela deve ser
utilizada e identificar as variáveis que influenciam este cálculo.
8. No bimestre anterior sugerimos um painel inicial sobre “O que eu sei do mundo financeiro”.
Terminado este bimestre é interessante voltar a ele e analisar se é possível complementá-lo ou
aperfeiçoá-lo.
Proposta de Avaliação
Ao analisar os dois momentos do painel “O que eu sei do mundo financeiro”, que se iniciou no
primeiro bimestre e foi complementado ao final deste, e a construção do Glossário Crítico do
“Economiquês”, o professor certamente terá evidências de compreensões e aprendizagens que os
estudantes estão construindo em termos de habilidades, em especial em relação aos conhecimentos
específicos que devem ser mobilizados para o desenvolvimento das habilidades (EMIFMAT01),
(EMIFMAT02) e (EMIFMAT03).
Nesta etapa, a proposta de estratégias de ensino contém muitos momentos de troca entre
estudantes e deles com toda a turma, nos quais os jovens precisam argumentar, de modo claro e
consistente, para se posicionar em relação aos desafios trazidos, bem como negociar pontos de vista com
outros colegas, dessa forma está em desenvolvimento a habilidade (EMIFCG02), assim como eles se
deparam com suas fragilidades e precisam enfrentar o estresse e perseverar no diálogo com opiniões
diferentes ou até conflitantes, desenvolvendo-se em relação à habilidade (EMIFCG10) . O processo de
análise sobre juros embutidos em vendas parceladas, os cálculos de valores de venda parceladas, a
investigação sobre os impostos favorecem a mobilização dos estudantes nas habilidades (EMIFMAT01) e
(EMIFMAT02).
18 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
3º Bimestre - O status financeiro do Brasil
Completada uma primeira imersão na matemática, com sistematização e compreensão de
conceitos financeiros e com conscientização sobre como esses conhecimentos matemáticos
contribuem para entender um pouco mais sobre as instituições e setores que envolvem o
dinheiro, esta etapa traz como proposta analisar mais de perto a situação financeira do
Brasil. Sem a pretensão de esgotar ou aprofundar essa análise, o que requeriria um vasto
conhecimento de finanças e de economia, vamos nos deter em alguns indicadores que
interferem de perto na vida das pessoas, destacando o conceito de inflação e sua relação
com o dinheiro circulante, para derrubar o senso comum de que basta imprimir dinheiro
para recuperação do poder aquisitivo das pessoas.
3º Bimestre - Economia e trabalho
O status financeiro do Brasil
Subtemas:
● Inflação: todos devem compreender;
● Índices econômicos oficiais (IPCA e INPC);
● Correção de valores para manter o poder de compra;
● Por que um país com dívidas não pode imprimir dinheiro?
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Eixo Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais. (EMIFCG02) Posicionar-se com base em
critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões
e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando
valores universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG12) - Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Eixo Investigação Científica
(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação
em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da matemática na
19 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação com o cuidado de citar
fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos,considerando as diversas tecnologias
disponíveis e os impactos socioambientais.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Solicitar que os estudantes busquem informações sobre Inflação, tendo como objetivos: conhecer o
significado do conceito; as causas e consequências; investigar se inflação é uma questão do Brasil ou de
outros países.
2. Conhecer os índices IPCA e INPC, por meio do vídeo do IBGE Explica “O que é inflação - IBGE Explica
IPCA e INPC”, no YouTube, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=JVcDZOlIMBk , acesso em
18 nov. 2022. Espera-se a compreensão de que inflação é um nome atribuído ao aumento dos preços,
produtos e serviços, que IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice oficial de
inflação no Brasil aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40
salários mínimos, enquanto que INPC ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor) verifica a variação do
custo de vida médio apenas de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos. Ambos, IPCA e
INPC, possuem índices específicos para cada estado brasileiro.
3. Propor que os estudantes levantem informações sobre: os INPC e IPCA do mês anterior ao atual; IPCA
acumulado de 12 meses; maior e menor índices de inflação no Brasil e no mundo no ano corrente. Em
seguida apresentar alguns valores a serem corrigidos pelo IPCA e pelo INPC, por meio de calculadora
on-line, como disponibilizada no Portal do IBGE, https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.php , acesso
em 18 nov. 2022. Nessa ferramenta é possível verificar, por exemplo, que a correção de R$ 1000,00 entre
janeiro de 2022 a junho do mesmo ano, corresponde a R$ 1054,87, um percentual de 5,49%, ou seja,
para ter o mesmo poder de compra de R$ 1000,00 que o cidadão tinha em janeiro serão necessários R$
1054,87 em junho, devido aos aumentos de valores da inflação neste período.
4. Na vivência de cada uma das propostas de ensino aqui sugeridas, é interessante que os estudantes
voltem ao Glossário Crítico do “Economiquês” da turma e acrescentem os termos e os conceitos
correspondentes, com explicações claras e objetivas que possam auxiliar outras pessoas a compreender
os significados, usos e importância do conteúdo no dia a dia.
5. Promover brainstorming com o objetivo de coletar a maior quantidade possível de percepções ou ideias
para o seguinte problema: “Considerando que o país está com uma dívida muito grande, quais as
possibilidades existentes para efetuar o pagamento desta dívida?". É esperado que os estudantes
apresentem como sugestões aumentar impostos, privatização, impressão de mais dinheiro etc.. Após
este momento inicial, questionar “Por que um país com dívidas nãoimprime dinheiro para pagá-las?''.
Disponibilizar um momento para que a turma socialize suas ideias e mobilizar para a leitura da notícia
“Por que o Brasil simplesmente não imprime dinheiro para pagar as dívidas? que resume palestra de Ilan
Goldfajn responde e de Lara Rizério do Portal Infomoney, disponível em:
https://www.infomoney.com.br/mercados/por-que-o-brasil-simplesmente-nao-imprime-dinheiro-para-p
agar-as-dividas-ilan-goldfajn-responde/ , acesso em 18 nov. 2022, para fomentar a discussão “Por que
imprimir dinheiro gera inflação?”. Espera-se que os estudantes cheguem à conclusão de que a
disponibilização de muito dinheiro circulando pelo comércio gera desequilíbrio na oferta de produtos e
serviços, tendo como consequência o aumento dos preços, para atender a demanda da oferta e procura.
6. Finalizar com um momento de reflexão dos estudantes sobre seus projetos de vida, iniciando com: “ E
você? Quais decisões você leva para sua vida, apoiado nos conhecimentos analisados até aqui (variáveis
de suas finanças pessoais, compras e vendas parceladas, inflação)?”
Propostas de Avaliação
20 Estado de Minas Gerais - 2024
https://www.youtube.com/watch?v=JVcDZOlIMBk
https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.php
https://www.infomoney.com.br/mercados/por-que-o-brasil-simplesmente-nao-imprime-dinheiro-para-pagar-as-dividas-ilan-goldfajn-responde/
https://www.infomoney.com.br/mercados/por-que-o-brasil-simplesmente-nao-imprime-dinheiro-para-pagar-as-dividas-ilan-goldfajn-responde/
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
No percurso deste bimestre as estratégias de ensino trazem várias possibilidades de avaliação,
utilizando-se os registros e as apresentações feitas pelos jovens. O registro sistemático do professor também é
de grande valia.
A realização de investigações, leitura do artigo, conhecer dados que impactam a economia da
sociedade, as discussões em grupo e as coletivas, reflexões relacionadas ao cotidiano são alguns dos
destaques que podem ser considerados no acompanhamento dos estudantes, em relação às habilidades
(EMIFMAT01), (EMIFMAT02), (EMIFMAT03) e (EMIFMAT10). Já nas relações durante o trabalho em grupo e
nas discussões coletivas é possível registrar o desenvolvimentos dos jovens nas habilidades (EMIFCG01),
(EMIFCG02) e (EMIFCG10).
21 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
4º Bimestre - O planejamento financeiro do jovem e seu projeto de vida
Nos bimestres anteriores o foco foi ampliar os conhecimentos dos estudantes sobre o
mundo financeiro, a proposta agora vai em duas direções. A primeira delas relacionada à
importância do letramento financeiro na gestão pessoal, para conduzir o estudante ao
alcance das metas de seu projeto de vida. A segunda busca conscientizar os jovens de suas
aprendizagens, por meio da resolução de questões sobre gestão financeira. Essas questões
poderão ser do ENEM e, se for o caso, de processos seletivos de ingresso no ensino superior,
em carreiras de interesse dos jovens. O Glossário Crítico do “Economiquês” chega ao fim, e
pode ser avaliado por todos os professores deste aprofundamento como um único e valioso
instrumento de avaliação das aprendizagens. Esse Glossário pode ser utilizado também para
orientar a autoavaliação dos jovens em relação a todo o percurso realizado neste
componente .
4º Bimestre - Economia e trabalho
O planejamento financeiro do jovem e seu projeto de vida
Subtemas:
● Planejamento financeiro pessoal;
● Perfil financeiro individual;
● Resolução de questões do ENEM;
● Gestão financeira e Projeto de vida.
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Eixo Investigação científica
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Eixo Investigação Científica
(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos
matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
22 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Paralelamente, ao desenvolvimento das estratégias propostas a seguir, a cada aula, podem ser propostas
questões do ENEM ou de exames seletivos ao ensino superior ou de ingresso em carreiras específicas,
envolvendo conceitos e objetos de conhecimento desenvolvidos ao longo dos bimestres anteriores.
Uma possibilidade é propor uma questão ao final de cada aula, para discussão de diferentes resoluções
no início da aula seguinte. Assim, os estudantes têm tempo para pensar na questão individualmente e,
ao mesmo tempo, ampliam suas estratégias de resolução, ao compartilhar com os colegas outras formas
de pensar e registrar as soluções. Os erros podem ser analisados, no sentido de identificar o que levou a
ele e os cuidados para não se enganar em situações semelhantes.
2. Antes de prosseguir é interessante reapresentar aos estudantes o objetivo deste componente na
Unidade Curricular: desenvolver conhecimentos para a abordagem do mundo das finanças no cotidiano,
em ações educativas que promovam habilidades financeiras; fomentar o senso crítico, contribuir para o
fortalecimento de exercício da cidadania, com conscientização e mudanças de hábitos; auxiliar no
desenvolvimento da autonomia e consciência para tomada de decisões mais assertivas. Isso para que se
percebam fortalecidos para analisar e se posicionar em relação a sua própria gestão financeira e as
implicações desses conhecimento na projeção de suas metas futuras.
3. Com objetivo de abordar o planejamento financeiro pessoal, a proposta é apresentar exemplos de tipos
de perfil financeiro, a partir da característica que cada indivíduo tem ao lidar com o próprio dinheiro:
gastador, devedor, poupador e investidor. Em seguida pode-se traçar os perfis dos estudantes, existem
enquetes, quizzes e aplicativos que auxiliam a traçar o perfil financeiro a partir das respostas obtidas,
como por exemplo, “Perfil financeiro” , disponível em:
https://www.infomoney.com.br/colunistas/financas-em-casa/faca-o-teste-e-descubra-qual-a-sua-situaca
o-financeira/, acesso em 16 nov. 2022, “Como você lida com as suas finanças?”, disponível em:
https://educacaofinanceira.coop.br/teste-de-perfil-financeiro/ , acesso em 14 nov. 2022 e os aplicativos
citados no artigo “Os 10 Melhores Apps de Controle Financeiro Gratuitos para 2023”, de Carlos Terceiro,
publicado em 14 de Novembro de 2022 em:
https://www.mobills.com.br/blog/aplicativos/apps-de-controle-financeiro/ , acesso em 16 nov. 2022.
4. Organizar um momento de reflexão individual e posterior roda de conversa, para que os jovens possam
discutir formas de aplicar o que aprenderam sobre seus perfis financeiros em seus projetos de vida,
tendo como foco as possibilidades de atuações no mercado de trabalho e projeções profissionais. Neste
momentoé possível retomar a reflexão que os jovens fizeram ao final do bimestre anterior e ampliá-la,
considerando o mundo das finanças e a relação com planejamento financeiro individual, para realização
do sonho almejado para seu futuro de vida.
5. Incentivar os estudantes a revisitar o Glossário crítico do “Economiquês” para verificar a possibilidade de
inserção de novos termos, além de ler toda sua composição, de modo a refletir sobre o que aprenderam
e o que ainda precisa ser aperfeiçoado nessa produção. Nessa etapa final, sob orientação do professor,
os estudantes podem construir alguns critérios de avaliação desse material, de modo que a análise não
seja subjetiva e que possa contribuir para o aperfeiçoamento dessa produção que é de todos eles.
Propostas de Avaliação
Neste bimestre, as produções e registros dos jovens podem pautar a avaliação: a resolução de
questões de provas do ENEM; os critérios para análise do Glossário de "Economiques"; e, as reflexões pessoais
sobre gestão financeira individual, na qual podem ser identificados os conhecimentos estudados ao longo das
aulas de todos os bimestres.
Os registros do professor sobre o desenvolvimento dos estudantes, durante este percurso, e as
produções dos estudantes podem trazer evidências de desenvolvimento em direção às habilidades propostas
para o bimestre.
Há, ainda, espaço para uma autoavaliação final, na qual os estudantes podem se posicionar sobre o
que aprenderam e trazer sugestões para a melhoria das aulas e do conteúdo deste componente, pensando
em outras turmas de jovens. Após esta autoavaliação e análise do professor sobre o desenvolvimento de cada
23 Estado de Minas Gerais - 2024
https://www.infomoney.com.br/colunistas/financas-em-casa/faca-o-teste-e-descubra-qual-a-sua-situacao-financeira/
https://www.infomoney.com.br/colunistas/financas-em-casa/faca-o-teste-e-descubra-qual-a-sua-situacao-financeira/
https://educacaofinanceira.coop.br/teste-de-perfil-financeiro/
https://www.mobills.com.br/blog/aplicativos/apps-de-controle-financeiro/
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
um, mas com o cuidado de não expor ninguém, o professor pode preparar um devolutiva à turma e destacar
a importância das aprendizagens feitas para o enfrentamento de situações problema na escola e fora dela,
especialmente, as conquistas em termos de autoconhecimento, autoconfiança e persistência, que certamente
estiveram presentes nos diversos momentos deste percurso.
24 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Matemática para economia e trabalho - MAT
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS E
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
ECONOMIA E TRABALHO
Matemática para economia e trabalho
1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre
A economia e o jovem
como consumidor
Economia: inflação,
ofertas e demandas.
A vida financeira após o
trabalho
Eu e o trabalho daqui a 5
e 10 anos!
No percurso dos bimestres deste componente os estudantes serão convidados a investigar
e conhecer alguns aspectos sobre economia, a influência da inflação nos preços e consumo
de produtos, bens e serviços, refletir sobre o mercado de trabalho e vida financeira após o
trabalho, com planejamentos e projeções para o futuro. Diferentemente da matemática
presente nas aulas da Formação Geral Básica, o aprofundamento foi elaborado visando o
protagonismo dos estudantes e sua atuação como agente responsável no processo de
aprendizagem que colabora na promoção do desenvolvimento das habilidades propostas nos
Referenciais Curriculares para a elaboração de itinerários formativos do MEC (2019).
No primeiro bimestre os estudantes são convidados a conhecer alguns modelos
econômicos e as relações com preços de produtos, bens e serviços. Verificar e compreender
a variação dos preços dos produtos sob a perspectiva econômica. Outro ponto de estudo
será a percepção do jovem estudante consumidor como um agente econômico.
No bimestre seguinte, a proposta é estudar a influência da inflação nas relações de oferta
e demanda na economia e trabalho. É esperado o desenvolvimento de um pensamento
crítico dos modelos econômicos de oferta e demanda, com compreensão da utilização e
limitações da Curva de Phillips, e realização de simulações de investimentos em calculadora
online para analisar boas oportunidades de ganhos.
O foco do terceiro bimestre é discutir a relação entre previdência pública brasileira,
previdência em outros países e previdência privada, para que os estudantes possam refletir
sobre planejamento econômico e possibilidades de rendas para a vida após o trabalho.
25 Estado de Minas Gerais - 2024
2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Já o cenário de estudos do quarto bimestre estabelece relações com as perspectivas de
futuro e os projetos de vida dos estudantes, de modo que eles são incentivados a considerar
a vida financeira de diferentes ramos do trabalho e profissões. Espera-se que, ao final do
percurso, eles identifiquem o valor do conhecimento matemático envolvido na elaboração
de uma vida financeira sustentável.
Ao longo das propostas, os estudantes são orientados a contribuir para a criação do
Glossário Crítico do “Economiquês” da turma com implementação de termos, definições e
conceitos estudados ao longo do processo, com explicações claras e objetivas que possam
auxiliar outras pessoas a compreender os significados, os usos e a importância do conteúdo
de cada item que o compõe. A liderança na organização deste glossário cabe ao componente
Desenvolvimento Econômico desta unidade curricular, mas vale combinar, se possível,
oportunidades de mediação e contribuições conjuntas entre os demais docentes envolvidos
na condução do aprofundamento.
1º Bimestre - A economia e o jovem como consumidor
1º Bimestre - Matemática para economia e trabalho
A economia e o jovem como consumidor
Subtemas:
● Estudo de alguns modelos econômicos;
● Aplicabilidade dos modelos econômicos nas relações comerciais cotidianas;
● Jovem consumidor como agente econômico.
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Eixo Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse,frustração, fracasso e adversidade.
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2º ano e 3º ano - Ensino Médio
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Eixo Investigação Científica
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar a sua
adequação em termos de possíveis limitações, eficiências e possibilidades de generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimentaletc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação com o cuidado de citar
fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e
habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos
matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Propor uma conversa inicial com os estudantes para levantamento de conhecimentos prévios sobre
modelos econômicos. Para essa atividade utilize o questionamento: Quais são as frutas dessa estação,
ou seja, aquelas que estão em alta temporada de colheita para consumo? Qual é o preço de mercado,
para o consumidor, dessas frutas hoje? Esse preço é constante o ano todo? Qual(is) o(s) motivo(s) da
mudança do preço? Espera-se que os estudantes percebam que quando o produto está em abundância
no mercado, o preço é baixo e, quando o produto está em escassez, o preço é alto. Orientar os
estudantes que esse fato observável caracteriza o modelo econômico da oferta e demanda que é
composto por três elementos principais: a oferta, a demanda e o preço de equilíbrio, representados por
duas curvas que indicam o comportamento do consumidor em relação ao preço: preço baixo tem como
consequência maior consumo, curva negativa, enquanto que com preços altos o consumo diminui
representado por uma curva positiva. O preço de equilíbrio do produto no mercado dá-se no ponto em
que a curva de oferta intercepta a curva de demanda, demonstrando que a quantidade ofertada é
exatamente igual à quantidade demandada.
2. Solicitar que os estudantes pesquisem o que são modelos econômicos e quais os principais tipos de
modelos econômicos adotados por economistas, como da elasticidade-preço, em que se estuda a
viabilidade de alteração dos preços a serem cobrados pelos produtos, esse modelo mede quanto a
quantidade de demanda varia com o preço. Ressaltar que os modelos econômicos possibilitam elencar
ações a partir das conclusões que impactam os negócios na vida real. Em sala, elaborar um seminário,
para que os jovens construam um painel coletivo (com recursos analógicos e/ou digitais), com todas as
respostas pesquisadas. Esse painel poderá servir como fonte de informação para todas as outras
discussões do bimestre.
3. Propor algumas situações para calcular a elasticidade-produto por meio da razão entre a variação da
quantidade e a variação do preço, ambos em percentuais . Analisando se o produto é𝐸 = ∆𝑄∆𝑃
considerado elástico (E < -1) ou inelástico (-1 < E < 0). Como por exemplo: O preço do tomate varia
durante o ano de modo que o produtor consegue vender 5 mil caixas de 20 kg de tomates por R$90,00,
cada uma, na época de baixa demanda. Em alta colheita a produção passa para 10 mil caixas com vendas
por R$ 60,00 cada caixa de 20 kg. Realizando o cálculo da razão tem-se que a elasticidade é de
aproximadamente -1,67, confirmando que é um produto elástico já que -1,66 < -1. Abordar também um
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2º ano e 3º ano - Ensino Médio
exemplo de produto inelástico, como um cenário em que são vendidas 100 unidades mensais de
fórmulas infantis, como leites em latas, por R$ 95,00 cada unidade, e que após um reajuste de preços
com aumento de R$ 20,00 por lata, o mesmo estabelecimento vendeu 98 latas mensais. Ao calcular a
elasticidade, tem-se aproximadamente -0,10.
4. Incentivar que os estudantes, em pequenos grupos, construam listas de produtos encontrados no
comércio em geral em que é perceptível a elasticidade-preço. Para em seguida, para cada produto
identificado busquem possíveis justificativas para as variações dos preços de cada produto. Neste caso,
espera-se que identifiquem entre outras razões, por exemplo, a falta de matéria prima, fenômenos
naturais como excesso de chuvas, seca, geadas, baixa/alta exportação ou importação.
5. Propor uma breve pesquisa censitária na sala de aula para as seguintes questões: “Você ou seus
familiares substituem a compra de produtos tendo como justificativa o preço alto? Fazem escolhas de
alimentos que são sazonais por ter preços mais acessíveis?, Você se considera um agente econômico? De
alguma maneira, você impacta a economia nacional?”. Incentivar os estudantes para que se organizem e
registrem os dados obtidos, em especial sobre a percepção deles como sendo ou não agentes da
economia.
6. Apresentar a todos os principais agentes da economia: os indivíduos, também identificados como
família, que exercem o papel de consumidores, por adquirirem os diversos serviços e bens ofertados na
economia e, em alguns casos, serem produtoras e fornecedoras de bens e serviços; as empresas, que
viabilizam a comercialização dos bens e serviços, além de empregar trabalhadores; e, os governos, que
atuam na diminuição das desigualdades econômicas com programas de redistribuição de rendas e
fomento do bem-estar dos indivíduos e manutenção do sistema econômico. E, com esse conhecimento,
propor uma auto-reflexão e análise dos próprios comportamentos dos estudantes como consumidores
nas situações em que ocorrem as variações de preços. Ao final, em uma roda de conversa é importante
destacar que todos os indivíduos exercem influência sobre a economia e que os consumidores são tão
importantes para a economia quanto os empresários de modo que todos se reconheçam como agentes
econômicos.
7. Orientar os estudantes a retomar o Glossário Crítico do “Economiquês”, para acrescentar os termos e os
conceitos correspondentes aos estudos realizados neste bimestre, com explicações claras e objetivas que
possam auxiliar outras pessoas a compreender os significados, usos e importância do conteúdo de cada
item.
Propostas de Avaliação
A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da
metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
No percurso deste bimestre as estratégias de ensino trazem várias possibilidades de avaliação, como
o seminário das pesquisas sobre modelos econômicos, registros e reflexões sobre aspectos da economia,
além do engajamento dos jovens durante os estudos. O registro sistemático do professor também é de grande
valia.
Nos momentos de trabalho em duplas ou pequenos grupos, realização de pesquisas, leituras
compartilhadas, socialização das ideias dos grupos, reflexões e identificação de eventuais lacunas nos
conhecimentos básicos, com a utilização ou não de recursos digitais, você professor pode registrar o que
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2º ano e 3º ano - Ensino Médio
observa dos estudantes em relação às habilidades gerais da BNCC e, em especial, à competência (EMIFCG01).
Já as habilidades (EMIFMAT02) e (EMIFMAT03) se evidenciam quando o estudante, com base em estudos e
pesquisas é capaz de explicar conceitos financeiros utilizando conhecimentos da matemática e de resolver ou
explicara resolução dos problemas do PISA sobre letramento financeiro. Na medida em que os estudantes
analisam seus comportamentos enquanto consumidores tendo como base de decisão os preços dos bens,
produtos e serviços, são sugeridas habilidades correspondentes à (EMIFMAT07) e (EMIFMAT12).
Ainda nos momentos de trabalho colaborativo, é possível observar o jovem estudante em relação às
competências (EMIFCG07), (EMIFCG08) e ao refletir sobre si e o respectivo projeto de vida na proposição de
soluções demonstrando persistência e confiança na busca de novos conhecimentos e no enfrentamento
positivo de conflitos com os colegas as habilidades (EMIFMAT03), (EMIFCG10) e (EMIFCG12) estão auxiliando
no desenvolvimento dos jovens.
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2º ano e 3º ano - Ensino Médio
2º Bimestre - Economia: inflação, ofertas e demandas
No 2º bimestre, a proposta é explorar indicadores e índices das relações entre economia e
trabalho. Durante as aulas, recomenda-se conectar os processos de ensino e aprendizagem
desse componente com os temas que estão sendo estudados nos demais componentes.
Ao final deste bimestre, espera-se que os estudantes tenham desenvolvido um
pensamento crítico dos modelos econômicos de oferta e demanda, compreendam a
utilização e as limitações da Curva de Phillips, e sejam capazes de simular investimentos em
calculadora online para analisar boas oportunidades de ganhos.
2º Bimestre - Matemática para economia e trabalho
Economia: inflação, ofertas e demandas
Subtemas:
● Tipos de divisões existentes no mercado de trabalho, segundo IBGE;
● Índices de desocupação (desemprego) nos estados brasileiros e no mundo;
● Curva de Phillips, a relação entre desemprego e inflação.
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Eixo Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos
matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Eixo Investigação Científica
(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
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2º ano e 3º ano - Ensino Médio
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e
habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias
disponíveis e os impactos socioambientais.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Discutir a percepção dos estudantes sobre a situação do mercado de trabalho, por meio de uma roda
de conversa sobre o tema “Desemprego”, tendo como questões norteadoras: Qual é a definição de
desemprego? Toda pessoa que não possui emprego é automaticamente considerada um
desempregado? Um trabalhador autônomo está desempregado? E a dona de casa? Anotar
coletivamente as respostas das questões norteadoras, evitando julgamentos ou interferências sobre
essas percepções iniciais.
2. Solicitar aos estudantes a busca de informações sobre os tipos de divisões existentes no mercado de
trabalho para compreender a diferença entre os termos desempregados, ocupados, desocupados e
fora da força de trabalho; taxas de desocupação nos estados brasileiros, com enfoque no estado de
residência dos estudantes, além de dados de desemprego mundial. No site do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) é possível conhecer as divisões e acessar os quantitativos dos
referidos dados do PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua),
disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php , acesso em 23 nov. 2022. Para
complementar a busca sobre as taxas dos estados brasileiros, realizar a leitura da notícia
“Desemprego fica estável em 21 unidades da federação no terceiro trimestre”, divulgada em 17 de
novembro de 2022, no portal AgênciaIBGE Notícias, disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/35503-dese
mprego-fica-estavel-em-21-unidades-da-federacao-no-terceiro-trimestre , acesso em 23 nov. 2022, e
para comparar dados do mundo, consultar a tabela com as Taxas de Desemprego no Mundo,
disponível em: https://pt.tradingeconomics.com/country-list/unemployment-rate , acesso em 23 de
nov. 2022. Os estudantes poderão produzir anotações em linhas gerais dos dados em seus materiais
individuais.
3. Retomar as anotações coletivas oriundas da roda de conversa para validar ou desconstruir percepções
sobre o desemprego a partir dos conhecimentos adquiridos nas buscas de informações.
4. Realizar uma simulação em que os estudantes atuam como pessoas na força de trabalho,
desocupadas, buscando emprego em sites, redes sociais específicas para essa finalidade e anúncios
de jornais para verificar a existência de oferta de emprego que esteja relacionada ao projeto de vida
de cada um deles, com os perfis e exigências para ocupação do cargo além do salário oferecido e a
concorrência para as vagas. Após conhecer dados sobre salários e vagas, conversar com os estudantes
sobre o modelo econômico da oferta e demanda de empregos para que reconheçam a seguinte
relação, muita oferta de profissionais geram como consequência baixos salários enquanto que pouca
oferta de profissionais capacitados geram salários mais altos.
5. Promover uma leitura compartilhada da notícia “Lógica da oferta e demanda no mercado de trabalho:
quando faz sentido?” , disponível em:
https://administradores.com.br/noticias/logica-da-oferta-e-demanda-no-mercado-de-trabalho-quand
o-faz-sentido , acesso em 23 de nov. 2022. Organizar um momento de discussão e apresentação de
argumentos sobre o teor apresentado na notícia. Verificar se os estudantes concordam ou discordam
refletindo se ocorre a mesma lógica do modelo econômico da oferta e demanda.
6. Apresentar e explicar a utilização da Curva de Phillips para orientar a tomada de decisões, pois mostra
a relação entre a inflação e o desemprego, ou seja, o impacto do desemprego nos preços dos
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https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/35503-desemprego-fica-estavel-em-21-unidades-da-federacao-no-terceiro-trimestre
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/35503-desemprego-fica-estavel-em-21-unidades-da-federacao-no-terceiro-trimestre

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