Buscar

SISTEMA RENAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Débora Rodrigues – MED XXX 
 
 
 
 
HISTOLOGIA ..................................................................................................................................................................................... 
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL 
Constitui o local inicial e principal de reabsorção. Recebe o ultrafiltrado da capsula de Bowman. As células cuboides são 
caracterizadas pela absorção e transporte de líquidos. 
Apresenta algumas características: 
• Epitélio simples cubico. 
➔ Epitélio Leaky → permite maior passagem de substancias. 
• Células cuboides com citoplasma acidófilo em razão das numerosas mitocôndrias no polo basal. 
• Borda em escova, composta por microvilosidades. 
• Complexo juncional → (1) zona de oclusão estreita que veda o espaço intercelular do lúmen do túbulo; (2) zona de 
oclusão que mantêm a adesão entre as células vizinhas. 
• Pregas. 
• Interdigitações dos prolongamentos basais das células adjacentes. 
• Estrias basais orientadas verticalmente em relação à superfície basal. 
 
Duas proteínas são responsáveis pela reabsorção de líquido no TCP: 
• Bomba de Na+/K+ ATPase: proteínas transmembranas localizadas nas pregas laterais da membrana plasmática. São 
responsáveis pela reabsorção de sódio, principal força de impulsão para reabsorção de água. O transporte ativo do 
influxo de sódio é seguido pela difusão de Cl-, mantendo uma neutralidade. O acúmulo de NaCl cria um gradiente 
osmótico que atrai água do lúmen para o espaço intercelular. 
• Aquaporinas: pequena proteína transmembrana que atua como canal molecular de água. 
A pressão hidrostática aumentada no espaço intercelular distendido impulsiona o líquido através da membrana basal para o 
túbulo conjuntivo renal. Nesse local, o líquido é reabsorvido pela rede de capilares peritubulares. 
Apresenta capacidade reabsortiva de glicose, aminoácidos e pequenos polipeptídios. A glicose, os aminoácidos e os íons são 
reabsorvidos por proteínas transportadoras e por transporte ativo, sendo que a água acompanha passivamente o transporte dessas 
substâncias. O transporte de água depende, em grande parte, de moléculas da família das aquaporinas. Todas essas substâncias 
são transportadas através das células dos túbulos e colocadas no interstício renal (o tecido conjuntivo situado entre os 
componentes dos néfrons), de onde passam para a circulação sanguínea. 
OBS: Quando a quantidade de glicose no filtrado excede a capacidade de reabsorção dos túbulos proximais, a urina se torna 
mais abundante e contém glicose. 
 
 
 
 
 
 
 Débora Rodrigues – MED XXX 
ALÇA DE HENLE 
Estrutura em forma de U que consiste em um segmento delgado interposto a dois segmentos espessos (descendente e 
ascendente). 
Participa da retenção de água. Isso é capaz de produzir urina hipertônica e assim, poupar agua no corpo, evitando a necessidade 
de beber água continuamente. 
(1) Ramo descendente/túbulo reto proximal: 
As células não são tão especializadas em termos de absorção. São mais curtas e com borda em escova menos desenvolvida e 
possuem poucos prolongamentos. 
As células são estruturadas para recuperar a glicose que escapou dos túbulos proximais antes de entrar no segmento delgado. 
Essas células estão equipadas com cotransportadores de Na+ e glicose (SGLT1) de alta afinidade, que absorvem 
simultaneamente o Na+ e a glicose a partir do lúmen do túbulo. Apresentam também transportadores de glicose GLUT1 
complementares em sua membrana basolateral para transportar a glicose da célula para dentro da matriz extracelular. 
(2) Ramo delgado: 
- Descendente: totalmente permeável à água → favorece a reabsorção de água. Isso ocorre devido a existência de aquaporinas. 
Esse ramo é pouco permeável à Na+ e ureia. As células desse ramo não transportam íons ativamente; por conseguinte, a 
osmolalidade aumentada do líquido tubular que ocorre nesse segmento do néfron é causada, em grande parte, pelo movimento 
passivo de água para dentro do tecido conjuntivo peritubular. 
O ultrafiltrado que entra nesse segmento é isosmótico em relação ao plasma. 
- Ascendente: impermeável à água e altamente permeável ao sódio e cloreto devido à existência de cotransportadores nas 
membranas apicais. Enquanto o sódio é bombeado para fora das células, o cloreto e o potássio sofrem difusão passiva para 
dentro da medula. 
O ultrafiltrado que sai desse segmento é hiperosmótico em relação ao plasma. 
(3) Ramo ascendente/túbulo reto distal: 
Inclui as porções medular e cortical. Nesse segmento há simportadores, que possibilitam a entrada de Cl-, Na+ e K+ do lúmen 
para a célula. Esse movimento significativo de íons ocorre sem que haja movimento de água através da parede do túbulo reto 
distal, resultando na separação entre a água e seus solutos. 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
Está localizado no labirinto cortical e estende-se até o túbulo conector. 
Revestido por epitélio simples cubico → epitélio Tight → menor passagem de substancias. 
Diferença para o túbulo proximal: 
• Mais curto que o proximal. 
• As células dos túbulos distais são mais 
estreitas; em consequência, observam-se mais 
núcleos em cortes transversais desses túbulos. 
• Suas células não têm borda em escova e são 
menos acidófilas, pois contêm menor 
quantidade de mitocôndrias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Também é relativamente impermeável à água. Constitui o principal local de absorção de Ca2+. Suas células exibem maior 
atividade de Na+/K+ ATPase nas membranas basolaterais, proporcionando a força propulsora para o transporte de íons. 
Funções: 
• Reabsorção de Na+ e secreção de K+ no ultrafiltrado para conservar Na+. 
• Reabsorção de íons bicarbonato, com secreção concomitante de íons H+, resultando em maior acidificação da urina. 
• Reabsorção de cloreto (Cl–), mediada por transportadores de Na+/Cl– sensíveis aos tiazídicos. 
• Secreção de amônia em resposta à necessidade dos rins de excretar ácido e gerar bicarbonato. 
DUCTOS COLETORES 
Revestidos por epitélio simples cubico. Se caracterizam por citoplasma pouco corado e pela superfície apical em forma de 
abóbodas. 
• Células claras ou principais: possui um cílio isolado, que pode estar relacionado com a detecção de fluxo de liquido no 
interior do ducto e na indução de excreção de potássio. Possuem grandes quantidades de aquaporinas → regulada pelo 
ADH. 
• Células escuras ou intercaladas: 
 Débora Rodrigues – MED XXX 
Os TCD se unem por meio de túbulos de conexão para formar os ductos coletores corticais. Eles e unem para formar ductos 
mais calibrosos denominados ductos coletores medulares, que distinguem por possui um halo mais claro. Os ductos medulares 
se unem para formar os ductos papilares, que se dirigem para as papilas renais e terminam nos orifícios das papilas, pelos quais 
a urina é transferida para os cálices renais. 
MÁCULA DENSA 
Os núcleos das células epiteliais da parede do TCD na região de grande proximidade se situam muito próximos, e por esse 
motivo, esse segmento se cora com mais intensidade, sendo denominado mácula densa. 
As células da mácula densa são sensíveis ao conteúdo iônico e ao volume de água do fluido presente no lúmen do túbulo. Seu 
complexo de Golgi se situa na região basal das células e elas produzem moléculas sinalizadoras que promovem a liberação da 
enzima renina na circulação. A mácula densa faz parte do aparelho justaglomerular. 
 
MECANISMO DE TRANSPORTE ................................................................................................................................................... 
.................. TÚBULO PROXIMAL................................................................................................................................................... 
É dividido em três segmentos: S1, S2 e S3. As porções iniciais possuem maior taxa de reabsorção de solutos. 
Há transporte transcelular, através das células, e paracelular, pelo espaço entre as células. O transporte transcelular é mais 
rápido. 
A energia para reabsorção proximal é derivada da bomba Na+/K+, localizada na membrana basolateral. 
A secreção proximal ocorre principalmente no segmento S2, cujo epitélio é rico em proteínas carreadoras. Em geral envolve três 
etapas: 
DIFUSAO: soluto do sangue para o interstício. (SEM GASTO DE ATP). 
TRANSPORTE ATIVO: soluto do interstício para o interior da célula, por meio de transportadores. (GASTO DE ATP). 
DIFUSÃO PASSIVA: soluto da célula para o lúmen. (SEM GASTO DE ATP; A FAVOR DO GRADIENTE). 
PRIMERIA FASE 
Ocorrem três mecanismos de transporte pela membrana luminal do segmento inicial: (a) Cotransporte eletrogênico de sódio com 
solutos orgânicos, como glicose e aminoácidos; (b) Cotransporte neutro de Sódio e Hidrogênio, responsável pela reabsorção de 
bicabornato pela membrana basolateral (associado a reabsorção de sódio e hidrogênio); (c) Cotransporte neutro de sódio com 
ânions orgânicos (como lactato). 
Por haver energia derivada da bomba de Na+/H+, o transporte é considerado ativo secundário. Desse modo, os solutos ficam 
com concentração intracelular elevada e deixam a célula por difusão, acoplados ou não ao sódio, para o capilar peritubular. 
Esse mecanismo permite que: glicose, aminoácidos, fosfato, acetato, lactato e bicabornato possam retornar a circulação 
sistêmica. 
O sódio sai da célula pela membrana basolateral, através da Na+/K+ ATPase. 
 Débora Rodrigues – MED XXX 
 
SEGUNDA FASE 
Corresponde, principalmente, à reabsorção de NaCl. Nesse segmento, a concentração luminal de cloreto é elevada e a de 
bicabornato baixa. O cloreto se encontra no lúmen tubular, pois no segmento inicial do proximal, há reabsorção preferencial de 
NaHCO3- com água, e não de NaCl. 
A reabsorção de sódio e cloreto pela membrana luminal 
pode ser tanto transcelular, como paracelular. 
TRANSCELULAR: 2/3 do transporte que inclui sódio não 
acoplado (bomba de Na+/K+) e transporte de NaCl neutro. 
O mecanismo de saída de cloreto da célula se dá por 
cotransporte K+-Cl-. 
PARACELULAR: pequena parte ocorre dessa forma 
favorecida pela elevada concentração de cloreto no lúmen 
tubular. A reabsorção de cloreto pode ser feita por difusão, 
devido a um gradiente eletroquímico que favorece o 
movimento desse sal do lúmen para o sangue ou pode ser 
feita por solvente drag, tipo de transporte passivo em que 
partículas são transferidas pelo fluxo de água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Débora Rodrigues – MED XXX 
A reabsorção de água não é ativa, indicando que a água segue passivamente o sódio. A reabsorção de água se dá pelo transporte 
transcelular e paracelular. A elevada passagem de água pelo epitélio proximal se dá à alta densidade de aquaporinas nas 
membranas apical e basolateral. 
Após serem reabsorvidos, soluto e água são depositados no espaço intercelular lateral, misturando-se rapidamente com o líquido 
intersticial. O movimento do reabsorbato, do espaço intercelular lateral para o sangue do capilar peritubular (originário da 
arteríola eferente), é governado pelas forças de Starling (pressão oncótica – pressão hidrostática). 
.................. ALÇA DE HENLE .. ................................................................................................................................................. 
 
.................. TÚBULO DISTAL .. ................................................................................................................................................. 
CONVOLUTO 
Há reabsorção de 5-10% de sódio filtrado. O sódio entra passivamente através de um cotransportador com o Cl-. Esse 
cotransportador é o local de ação de diuréticos tiazídicos. O sódio sai da célula ativamente, através da Na+/K+ ATPase, e o cloro 
passivamente, via canal especifico. 
Tanto o trocador Na+/H+ como a H+-ATPase são responsáveis pela secreção de H+ através da membrana luminal nesse 
segmento, pois seu epitélio é impermeável à água. Assim, o túbulo convoluto reabsorve soluto sem reabsorver água. 
FINAL 
Há despolarização da membrana luminal por canais de Na+, que permite a entrada de sódio para o interior da células. Essa 
porção apresenta secreção de K+, por canais localizados na membrana luminal. 
OBS: a aldosterona produzida nas adrenais por estímulo da angiotensina II e baixos níveis de Na+ e altos níveis de K+, age nas 
células do TCD. Ela ativa proteínas como: bombas de Na+/K+, canais de sódio e canais de potássio. 
.................. DUCTO COLETOR .. ................................................................................................................................................. 
A reabsorção de sódio em cada nível desse segmento se dá em proporção à quantidade oferecida pelo segmento anterior. 
Este segmento reabsorve sódio em atendimento às necessidades do organismo e não em função da quantidade de sódio que lhe é 
oferecida. Assim, o túbulo coletor tem importante papel na regulação final da excreção urinaria de Na+, K+, H+, ureia e água. 
CÉLULAS PRINCIPAIS: 
A reabsorção se sódio é eletrogênica, pois esse íon difunde-se do lúmen tubular para o interior da célula através de canais tipo 
ENaC localizado na membrana luminal. Esse canal é bloqueado por uma classe de diuréticos que inclui a amilorida e o 
triantereno. 
O sódio sai ativamente via Na+/K+ ATPase. O Cl- é 
reabsorvido passivamente, pela via paracelular. O K+ entra 
na célula pela Na+/K+ ATPase basolateral e deixa a célula via 
canais localizados na membrana luminal e membrana 
basolateral. Também pode sair da célula por meio do 
contransportador K+-Cl-. 
Como a concentração intracelular de K+ é elevada, o íon 
tende a se difundir para o lúmen, a favor de sua concentração. 
A reabsorção de água depende da concentração plasmática de 
ADH. Sua ação induz a incorporação de canais para água 
sequestrados em vesículas intracelulares. Esses canais são 
aquaporinas. 
 
 
 Débora Rodrigues – MED XXX 
CÉLULAS INTERCALARES TIPO α 
A membrana luminal destas células apresenta dois tipos de ATPases: H+ ATPase (secreção eletrogênica de H+ da célula para o 
lúmen) e H+/K+ ATPase (secreta H+ para o lúmen em troca de K+ do lúmen para a célula). 
Acredita-se que a bomba eletrogênica secretora de H+ libere íon para fluido intratubular e OH- no citoplasma celular. No 
interior da célula a anidrase carbônica acelera a reação do OH- com CO2, gerando HCO3-. O HCO3- sai da célula através do 
trocador HCO3-/Cl-, localizados na membrana basolateral. 
Absorvem K+ em situações em que há depleção de K+. O processo é transcelular e envolve captação ativa de K+ na membrana 
apical, através da H+/K+ ATPase, e saída passiva de K+ pela membrana basolateral, através de canais para K+. 
 
CÉLULAS INTERCALARES TIPO β 
Apresenta polaridade inversa à do tipo α, isto é, a H+/ ATPase está na membrana basolateral e o trocador HCO3-Cl- na 
membrana luminal. Logo, essas células secretam HCO3- para o lúmen tubular. 
Também apresentam canais de Cl- e o trocador Na+/H+ na membrana basolateral. Portanto, apresentamreabsorção de Cl- via 
transcelular. 
A proporção de células α e β que determina a existência de fluxo resultante de ácidos ou bases para o lúmen tubular. Na alcalose 
metabólica, há aumento do número de células intercalares β. 
O movimento de ureia do ducto coletor é sempre passivo, mas tanto o coletor cortical quanto o medular são pouco permeáveis a 
ela, impedindo a perda da ureia reciclada do córtex e assegurando sua chegada à papila. 
 
 
 
 
 
 
 
 Débora Rodrigues – MED XXX 
EXCREÇÃO RENAL ......................................................................................................................................................................... 
GLICOSE 
A reabsorção de glicose é transcelular. A glicose entra na célula por 
transporte ativo secundário, através da membrana apical pelo 
cotransportador Na+-glicose (SGLT). No citoplasma, a glicose se concentra 
e, então, sai da célula através da membrana basal, por difusão facilitada 
feita pelo transportador denominado GLUT. 
O tipo de transportador apical de glicose, segmento S1, é de alta capacidade 
e baixa afinidade, designado como SGLT2, e no segmento S3, o 
transportador é de baixa afinidade e alta capacidade, designado como 
SGLT1. 
A saída de glicose, no segmento S1, é feita pelo transportador GLUT2, e no 
segmento S3, GLUT1. Ambos são independentes de Na+ e movem a 
glicose por difusão facilitada. 
Cerca de 90% da glicose filtrada são reabsorvidos pelo SGLT2 (ativo 
secundário à gasto de energia) na parte inicial do tubo coletor (segmento 
S1) e os 10% residuais são transportados pelo SGLT1 (difusão facilitada do 
sódio) nos segmentos finais do túbulo coletor. 
 
 
 
OBS: DIABETES MELLITO 
Normalmente, não há clearance de glicose urina, porque quase toda a glicose filtrada é reabsorvida no túbulo proximal. No 
entanto, quando a carga filtrada excede a capacidade dos túbulos em reabsorver a glicose, há excreção urinária de glicose. 
Quando a concentração plasmática de glicose ultrapassa cerca de 200 mg/100 mL, aumentando a carga filtrada para até 
aproximadamente 250 mg/min, pequena quantidade de glicose começa a aparecer na urina. Esse ponto é denominado limiar para 
glicose. O transporte máximo global para os rins, que normalmente é em torno de 375 mg/min, é alcançado quando todos os 
néfrons já atingiram sua capacidade máxima para reabsorver glicose. No diabetes melito não controlado, a glicose plasmática 
pode atingir níveis elevados, fazendo com que a carga filtrada de glicose exceda o transporte máximo, o que ocasiona excreção 
urinária de glicose. 
UREIA 
CICLO DA UREIA 
A reabsorção proximal da ureia corresponde a cerca de 50% do total filtrado no glomérulo. Entretanto, no túbulo distal é 
encontrada uma quantidade maior de ureia do que a filtrada, cerca de 110%. Isto indica que há secreção na alça de Henle. A 
ureia vai ser reabsorvida ao longo do túbulo distal e no final desse segmento há uma quantidade de 70%. Passando pelo túbulo 
coletor, a ureia tem sua concentração aumentada devido à grande reabsorção de água. Apenas 13% da ureia é liberada na urina. 
EM RESUMO: a ureia é reabsorvida passivamente nos túbulos proximal, distal e coletor e secretado passivamente na alça de 
Henle. 
TCP: reabsorve 50% de ureia por difusão a favor de 
seu gradiente de concentração. 
Ramo fino descendente e ascendente da alça de Henle: 
reabsorção por difusão facilitada, pelo transportador 
UT2. 
Túbulo coletor: reabsorção estimulada pelo ADH → 
aumenta a concentração de ureia. 
Ducto coletor: reabsorção por difusão facilitada → (1) 
membrana apical, transportador UT1; (2) membrana 
basolateral, transportador UT4. 
Vasos retos: passagem por difusão facilitada, pelo 
transportador UT3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: o sódio é o principal fator concentrador da urina (aumento de osmolaridade), o segundo fator é a ureia. 
 Débora Rodrigues – MED XXX 
PEPTIDEOS 
O túbulo proximal reabsorve cerca de 99% de peptídeos filtrados. Existem, na borda em escova, enzimas que os hidrolisam. As 
células tubulares reabsorvem os peptídeos por meio de um cotransportador H+-peptídeo, existente na membrana apical. Esse 
cotransporte é guiado pelo trocador Na+/H+ na membrana luminal. Uma vez dentro da célula, sofrem hidrolise. 
AMINOACIDOS 
Após serem filtrados, são quase totalmente reabsorvidos. Ocorre principalmente (98%) no túbulo proximal inicial. Os aa entram 
na membrana apical por cotransporte de Na+, por transporte ativo secundário. Posteriormente, os aminoácidos deixam a célula 
por difusão facilitada, através da membrana basolateral. 
OBS: existem algumas exceções. 
PROTEÍNAS E POLIPEPTIDEOS 
São reabsorvidos preferencialmente pelo túbulo proximal por meio de endocitose mediada por receptor. Essas substancias se 
liga à membrana apical e são internalizadas em vesículas endocíticas. Essas vesículas de fundem com endossomos e o conteúdo 
vesicular se incorpora em lisossomos. No interior dos lisossomos essas substancias são digeridas por enzimas proteolíticas. 
Posteriormente, a células libera os produtos da digestão para a circulação peritubular. 
 
CREATININA 
Quase nada da creatinina filtrada é reabsorvida, de modo que praticamente toda creatinina filtrada pelo glomérulo é excretada na 
ureia. 
FLUIDO TUBULAR .... ....................................................................................................................................... 
A composição do fluido tubular e a concentração de cada substância varia de acordo com a localização, pois o que determina se 
o um soluto será concentrado no líquido ou diluído é o seu grau relativo de reabsorção e o grau de reabsorção de água. 
Se uma porcentagem maior de água for reabsorvida, como ocorre no túbulo proximal, o fluido ficará mais concentrado de 
solutos; enquanto em locais onde a reabsorção de água é menor do que a de solutos, como ocorre na alça ascendente de Henle e 
nos túbulos coletores (que tem a reabsorção de água variando de acordo com a presença de ADH), o líquido ficará mais diluído 
com menor concentração de solutos. 
 
Concentração de soluto estiver acima de 1: 
água é mais reabsorvida do que o soluto; Se 
uma porcentagem maior de água for 
reabsorvida, como ocorre no túbulo proximal, 
o fluido ficará mais concentrado de solutos. 
Concentração de soluto estiver abaixo de 1: 
água é menos reabsorvida do que o soluto; Se 
uma porcentagem menor de água for 
reabsorvida, como ocorre na alça de Henle e 
nos túbulos coletores, o fluido ficará mais 
diluído, com menor concentração de solutos 
 Débora Rodrigues – MED XXX 
BALANÇO GLOMERULOTUBULAR ....................................................................................................................................... .... 
Trata- se de um mecanismo dos rins para garantir a manutenção do líquido extracelular à visto que modificações no ritmo de 
filtração glomerular acarretam alterações na reabsorção tubular. 
O balanço glomerulotubular juntamente com a autorregulação renal e o balanço tubuloglomerular são os mecanismos que atuam 
no sentido de prevenir que a quantidade de fluido que chegue ao túbulo coletor ultrapasse sua capacidade de reabsorção. 
FATORES ENVOLVIDOS: 
• Modificações da fração de filtração, com consequentes variações da pressão oncótica nos capilares peritubulares. 
➔ Se houver aumento do ritmo de filtração glomerular enquanto o fluxoplasmático renal permanece constante, 
haverá um aumento da concentração proteica no plasma dos capilares peritubulares (devido à perda de mais 
filtrado livre de proteína) à A resultante elevação da pressão oncótica no capilar peritubular determinará um 
aumento da reabsorção proximal; 
• Aumento da quantidade de solutos no filtrado glomerular, com consequente elevação da reabsorção de sódio e água. 
➔ Bicarbonato, glicose e aminoácidos aumentam a reabsorção de sódio, tanto por meio dos mecanismos de 
cotransporte com Na+, como pela criação de gradientes para a reabsorção passiva de Na+. A elevação do ritmo 
de filtração glomerular provocará aumento da carga filtrada de solutos, e o consequente aumento de suas 
reabsorções manterá o balanço glomerulotubular para sódio e água. 
DIURÉTICOS ..................................................................................................................................................................................... 
TIAZÍDICOS: 
Os tiazídicos agem por competição pelo sítio de ligação do cloro nos cotransportadores (Na-Cl, Na-H e Cl-HCO) que 
promovem a entrada de sódio, sensível aos tiazídicos, no néfron distal. 
Seu uso crônico, por induzir a diminuição do volume líquido extracelular, resulta no aumento da reabsorção proximal de água e 
de alguns solutos como bicarbonato, cálcio, ácido úrico, entre outros. 
ALÇAS: 
Os diuréticos de alça, como são genericamente denominados, são excretados ao nível dos túbulos proximais pelos mesmos 
mecanismos de transporte que servem à eliminação de ácidos orgânicos. Por essa razão são ativo mesmo nos casos em que 
ocorre redução importante da TFG. Causam diurese de solutos e interferem no mecanismo fisiológico de concentração urinária, 
agindo nas porções medular e cortical do ramo espesso ascendente por competição pelo sítio de ligação do cloro no carreador 
Na-K-2Cl, tornando-o inativo. Outro membro desse grupo chama-se torazemida, que difere dos demais por ser 80% 
eliminado pelo fígado e 20% pelos rins. 
 A furosemida, ácido etacrínico, bumetanida e mercuriais orgânicos inibem o cotransportador Na+:K+:2Cl- por se ligarem ao 
sítio do Cl-. Como resultado, há inibição da reabsorção do NaCl, levando ao aumento da excreção urinária desses íons e da 
água. 
Como o ramo grosso ascendente é impermeável à água, a reabsorção de NaCl faz com que o fluido remanescente no seu interior 
fique hiposmótico, sendo 200 mOsm mais diluído que o interstício que o envolve, causa excreção de potássio. 
POUPADOR DE POTÁSSIO: 
Os diuréticos poupadores de potássio agem nas células principais do túbulo coletor cortical, inibindo a reabsorção de íons 
sódio e impedindo que se estabeleça um gradiente eletroquímico para a troca com íons potássio e hidrogênio. A entrada de 
sódio nesses sítios ocorre através de canais de sódio sensíveis à aldosterona. 
A amilorida e o triantereno promovem o fechamento desses canais, portanto com ação independente da aldosterona, e a 
espironolactona atua por competição inibitória do efeito desta. Esses diuréticos têm capacidade natriurética e podem levar ao 
desenvolvimento de hiperpotassemia e acidose metabólica. 
OSMÓTICO: 
A injeção na corrente sanguínea de substâncias que não são facilmente reabsorvidas pelos túbulos renais, como ureia, manitol e 
sacarose, produz aumento acentuado da concentração de moléculas osmoticamente ativas nos túbulos. 
A pressão osmótica desses solutos, então, reduz, por muito, a reabsorção de água, eliminando grande quantidade de líquido 
tubular para a urina. 
OBS: altas concentrações de glicose, como no caso de pacientes com DM, age como diurético osmótico. 
INIBIDOR DA ANIDRASE CARBÔNICA 
A acetazolamida inibe a enzima anidrase carbônica essencial para a reabsorção de bicarbonato (HCO3 −) no túbulo proximal. 
Na medida em que a secreção de íons hidrogênio (H+) e a reabsorção de HCO3 − nos túbulos proximais estão acopladas à 
reabsorção de sódio pelo mecanismo de cotransporte dos íons sódio-hidrogênio da membrana luminal, a menor reabsorção de 
HCO3 − também reduz a reabsorção de sódio. O bloqueio da reabsorção de sódio e de HCO3 − do líquido tubular faz com que 
esses íons permaneçam nos túbulos e atuem como um diurético osmótico 
OBS:. Uma das desvantagens previsíveis dos inibidores da anidrase carbônica é a de que causem certo grau de acidose devido à 
perda excessiva de HCO3 − na urina. 
 Débora Rodrigues – MED XXX

Outros materiais