Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS2 Expediente FICHA TÉCNICA INSTITUTO ALIANÇA SEDUC – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO CEARÁ DIRETOR EXECUTIVO EMILTON MOREIRA ROSA DIRETORAS ADENIL VIEIRA ILMA OLIVEIRA MÁRCIA CAMPOS MARIAH OLIVEIRA EQUIPE CEARÁ COORDENAÇÃO REGIONAL EVELINE CORRÊA COORDENAÇÃO LOCAL FRANCISCO CHAGAS PONTES NETO COORDENAÇÃO GESTÃO APARECIDA MARIA SILVEIRA CARVALHO COORDENADORES DE CAMPO ANA VERUSKA DE MELO MONTENEGRO CAROLINE PAIVA LIMA RODRIGUES ANTONIO RONDINELL COSTA MELO ANTONIO SÉRGIO DE OLIVEIRA JUNIOR DANNUTA ALBUQUERQUE NOGUEIRA ELAINE VASCONCELOS NUNES VIANA FLAVIA INGRYD VIEIRA PENAFORTE IVANA MARIA DE MELO CARNEIRO FERNANDES JOANA BRANDÃO DE MATOS LORENA VASCONCELOS DA SILVEIRA MAXMILLER LOIOLA LIMA OTAVIO MACHADO TEIXEIRA LIMA RENÊ VIEIRA DINELLI RODRIGO ADLER PRATA FREIRE GOVERNADOR CAMILO SOBREIRA DE SANTANA VICE-GOVERNADORA MARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO ANTONIO IDILVAN DE LIMA ALENCAR SECRETÁRIO ADJUNTO DA EDUCAÇÃO ROGERS VASCONCELOS MENDES SECRETÁRIA EXECUTIVA DA EDUCAÇÃO RITA DE CÁSSIA TAVARES COLARES ASSESSORIA ESPECIAL DE GABINETE ALDÍZIO ALVES VIEIRA FILHO PAULO MARCELO COELHO ARAÚJO DE NÓBREGA COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA E DA APRENDIZAGEM (CODEA) MARIA DA CONCEIÇÃO ÁVILA DE MISQUITA VINÃS GESTÃO ESCOLAR MARIA ELIZABETE DE ARAÚJO CÉLULA DE FORMAÇÃO DO DOCENTE HYLO LEAL PEREIRA PROTAGONISMO ESTUDANTIL MARIA JOSIMAR SARAIVA DO NASCIMENTO GESTÃO PEDAGÓGICA IANE TERCEIRO NOBRE DIVERSIDADE E INCLUSÃO EDUCACIONAL NOHEMY REZENDE IBANEZ PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS DA PUBLICAÇÃO COORDENAÇÃO GERAL E REVISÃO EVELINE CORRÊA FRANCISCO CHAGAS PONTES NETO ILMA OLIVEIRA EQUIPE DE PRODUÇÃO ANA VERUSKA DE MELO MONTENEGRO CAROLINE PAIVA LIMA RODRIGUES ANTONIO RONDINELL COSTA MELO ANTONIO SÉRGIO DE OLIVEIRA JUNIOR DANNUTA ALBUQUERQUE NOGUEIRA ELAINE VASCONCELOS NUNES VIANA FLAVIA INGRYD VIEIRA PENAFORTE IVANA CARNEIRO FERNANDES JOANA BRANDÃO DE MATOS LORENA VASCONCELOS DA SILVEIRA MAXMILLER LOIOLA LIMA OTAVIO MACHADO TEIXEIRA LIMA RENÊ VIEIRA DINELLI RODRIGO ADLER PRATA FREIRE PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 3 PLANOS DE AULA Núcleo de Trabalho, Pesquisa e Práticas Sociais SÉRIE PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS4 PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 5 SEQUÊNCIA DE AULAS NÚCLEO DE TRABALHO PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS – NTPPS 1º BIMESTRE – 2ª SÉRIE AULA TÍTULO CARGA HORÁRIA 1 ACOLHIDA AO NTPPS – 2ª SÉRIE 2 2 CONSTRUINDO NOSSO ACORDO DE CONVIVÊNCIA 2 3 RETOMANDO UMA PERGUNTA IMPORTANTE: QUEM SOU EU? 2 4 MEMÓRIA FOTOGRÁFICA 2 5 A IMPORTÂNCIA DA COOPERAÇÃO NO TRABALHO EM GRUPO 2 6 O QUE CARACTERIZA UMA LIDERANÇA POSITIVA 2 7 COMPARTILHANDO NOSSA EXPERIÊNCIA COM A 1ª SÉRIE - PREPARAÇÃO 2 8 RETROSPECTIVA DA 1ª SÉRIE COM O NTPPS (AULA-MÓVEL: A DEPENDER DE AJUSTE COM A TURMA DA 1ª SÉRIE) 2 9 PROJETO DE VIDA – VAMOS RELEMBRAR O QUE ELABORAMOS NA 1ª SÉRIE? 2 10 PROJETO DE VIDA: TEMPO DE PLANEJAR 2 11 PROJETO DE VIDA - MINHAS ESCOLHAS 2 12 COMO ESTÁ NOSSA ESTRADA? 2 13 ASSIM É O MEU LUGAR 2 14 CONSTRUINDO A NOSSA IDENTIDADE SOCIAL 2 15 MAPA DA VIDA COTIDIANA 2 16 OBSERVAÇÃO COMO TÉCNICA DE PESQUISA 2 17 VAMOS RECOMEÇAR NOSSAS INVESTIGAÇÕES? A PESQUISA NA 2ª SÉRIE! 2 18 DIAGNÓSTICO DO MACROCAMPO 1 – ELABORAÇÃO 2 19 DIAGNÓSTICO DO MACROCAMPO 2 - PESQUISANDO FONTES SECUNDÁRIAS 2 20 APRESENTAÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS DOS MACROCAMPOS 2 TOTAL 40 PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS6 AULA 1 ACOLHIDA AO NTPPS – 2ª SÉRIE OBJETIVOS TEMPO ATIVIDADE 30’ INTRODUÇÃO ■■ Acolher o grupo solicitando que os alunos formem um círculo. Dar as boas-vindas e, em seguida, perguntar aos “veteranos”, o que o círculo simboliza. Reforçar os significados de igualdade, de união, de solidariedade, de participação e de respeito à identidade de cada um. Em seguida, convidar os alunos para a realização da vivência Grupos Crescentes ao som da música Amizade é tudo – Jeito Moleque. ■■ Ao final, fazer o fechamento da atividade, explicando que o grupo vai continuar neste ano o caminho iniciado no primeiro ano, agora com uma atenção mais voltada para a relação com a Comunidade, e com as outras pessoas, de forma solidária. Será um novo campo de ação para as pesquisas, descobertas, investigações. ■■ Convidar cada grupo formado à 1ª ação da 2ª Série: montar o “Portfolio” = a pasta onde as produções de todo o ano serão organizadas! (ver orientações no anexo. Se não der para ser feito na 1ª aula, inclui-lo nas atividades das próximas aulas. Importante que ele seja confeccionado logo no início do ano) 60’ DESENVOLVIMENTO ■■ Retomar a perspectiva da 2ª série, enfatizando todo o sucesso que desejam alcançar, e iniciar a seguinte reflexão: ■■ Existe uma pequena plantinha, que se acredita trazer sorte... vocês sabem o nome dela? Alguém já viu uma? Com que se parece? Ela não é fácil de ser encontrada, como a sorte também... (aguardar contribuições). ■■ “Os antigos acreditavam que, quem possuísse um trevo de 4 folhas teria o dom da prosperidade. Assim, é com os melhores desejos que vamos iniciar nosso ano, fazendo surgir de uma folha de papel um TREVO de 4 FOLHAS! ”. (Ver o passo a passo no vídeo tutorial) ■■ Pedir que se mantenham os últimos grupos da atividade anterior e seguir as orientações anexas. 10’ ENCERRAMENTO ■■ Em seguida, abrir o círculo e falar que este trevo é um presente. “Nosso desejo é que ele passe a inspirar todos os alunos a construir um futuro de grandes realizações, associando o talento e a sorte, ao esforço e à competência. Por isso ele guarda as expectativas para esse ano”. ■■ Ao som da música “The Perfect Life”, convidar ao centro um aluno por vez, que irá escolher uma de suas expectativas para compartilhar com a turma. O aluno deve colocar o seu trevo dentro da Caixa dos Desejos, assinando ou deixando nela, a sua marca. Por fim, pedir que dois voluntários lacrem a caixa afirmando que dentro dela estão todas as expectativas desse grupo que hoje inicia sua trajetória do segundo ano. A Caixa dos Desejos tem um valor simbólico especial para essa turma e, por isso, libera energias positivas e todos os sentimentos de união, amizade, solidariedade e fraternidade. Ela deve ser bem guardada por todo esse ano para ser aberta somente no final do ano. MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Material para o Portfolio ■■ Papel ofício 1 folha por aluno / som / Música para o Rito de Iniciação /canetinhas coloridas / cola / fita gomada / uma caixa de sapato e uma fita decorativa. ■■ Música A amizade é tudo https://www.youtube.com/watch?- v=h5EofwRzit0 ■■ Vídeo Trevo de quatro folhas: http://www.youtube.com/watch?- v=ID6OujGQWyQ) ■■ Música “The Perfect Life” – Trilha Sonora (http://www.youtube. com/watch?v=F-kwATljRfQ) ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR ■■ Providenciar o material para o portfolio, a caixa para os trevos e a fita com antecedência. ■■ Acolher a turma para um novo ano de NTPPS ■■ Realizar o rito de iniciação com as expectativas do grupo para o ano. ■■ Preparar o Portfolio 2ª serie PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 7 ANEXO Vivência: grupos crescentes 1 Solicitar que os alunos caminhem pela sala se cumprimentando uns aos outros; 2 Em seguida pausa a música e pede que os alunos formem duplas, de preferência com quem ainda não conhecem. Orienta que as duplas conversem sobre os aprendizados da 1º série (2 minutos); 3 Novamente solta a música e os alunos se despedem e voltam a caminhar no ritmo da música, se cumprimentando. Pausar novamente e pedir que formem trios, solicitando que conversem sobre como pessoa e como colega de escola, percebo mudanças em mim? O que isso tem a ver com o NTPPS na 1° série? (3 minutos) 4 Novamente soltar a música e os alunos se despedem e voltam a caminhar no ritmoda música, se cumprimentando. Pausar novamente e pedir que formem trios, solicitando que conversem sobre os cientistas Da Vinci, Arquimedes, Einstein, o que eles têm em comum, ressaltando suas mentes inventivas e curiosas (3 minutos) 5 Novamente solta a música, os alunos se despedem e voltam a caminhar. Mais uma vez, pausar a mú- sica, pedir que formem quartetos e solicitar que conversem sobre suas pesquisas, o que aprenderam com elas e que importância podem ter para a escola (4 minutos); 6 Voltar a colocar a música, os alunos se despedem do grupo e voltam a caminhar. Por fim, pedir que formem grupos de 5 e orienta que conversem sobre as expectativas para a 2ª série (5 minutos); 7 Abrir o círculo e pede que um aluno por grupo fale das expectativas do seu grupo para a 2ª série. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS8 ANEXO Rito de iniciação – Trevo de quatro folhas 1PRODUÇÃO DO TREVO > Colocar como música de fundo: Trevo – Thiago Iorc > Distribuir para cada participante uma folha de papel ofício. > Solicitar que cada um corte sua folha de maneira a formar o maior quadrado possível, reservando o retalho que sobrou da folha. > Em seguida cortar esse quadrado em 4 quadrados iguais. > Exibir o Tutorial e solicitar que todos produzam seus trevos seguindo, atentamente o passo-a-passo. > Disponibilizar cola e canetinhas coloridas para que todos decorem seus trevos. > Quando todos tiverem concluído, explicar: vocês necessitaram de atenção, esforço, colaboração, disciplina, inspiração, para montar seus trevos. Assim também, a sorte em nossos destinos, não chega por acaso. Precisamos investir nossos conhecimentos, nossa determinação, para fazê-la florescer. > Pedir que todos peguem o retalho de papel que reservou e o dividam ao meio. Orienta que, em uma parte escrevam seu nome, turma e data e, em seguida colem no verso do trevo. 2 ESCRITA DAS EXPECTATIVAS > Solicitar que cada aluno pegue a outra metade do pedaço de papel que reservou e escreva três ex- pectativas para esse ano: 1º: Uma habilidade que pretende desenvolver; 2º: Um desejo pessoal e 3º: Um aprendizado a ser alcançado por toda turma. > Pedir, então, que cada aluno dobre bem o seu papel e guarde-o dentro do trevo, cuidando para que não se solte. > As expectativas do grupo estarão, portanto, envolvidas em desejos de prosperidade e sorte. 3 RITO DE INICIAÇÃO > Dar continuidade ao Rito de Iniciação, organizando a sala, com os alunos em círculo. No centro da sala uma toalha ou tapete, com uma caixa branca (caixa de sapato). > Colocar a música http://www.youtube.com/watch?v=F-kwATljRfQ e pede que a turma toda se con- centre em seus desejos. > Em seguida, pedir que um aluno por vez, se dirija ao centro, fale uma de suas expectativas e deposite o seu trevo dentro da caixa. > Depois que a caixa tiver guardando todos os trevos, solicitar dois voluntários para lacrar a caixa com barbante, lã ou fita e identifique com o nome da turma, a escola e o ano. > Por fim, pedir que cada aluno assine a caixa ou desenhe algo que o represente. > Ao final, falar que essa caixa será guardada e aberta no último dia de aula para que todos tenham a oportunidade de avaliar se suas expectativas foram alcançadas. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 9 ANEXO Orientações para a produção do portfolio 1 NO CASO DE PRODUÇÃO DO PORTFOLIO EM SALA CAPA > Utilizar meia folha de papel duplex, dobrada. > Utilizar materiais diversos para dar uma “cara” que tenha a ver com o aluno (disponibilizar canetas coloridas, pincéis, tintas, pedaços de tecido diversos, miscelâneas de diferentes texturas e revistas para colagens) > Deixar um espaço para colocação no nome/escola/ano escolar. ATENÇÃO PARA A PARTE INTERNA > Se feito com sacos plásticos, organizar por temas, conforme orientação do professor. > Se for feito com porta-folhas perfuradas, organizar os materiais armazenados, por se- quência de temas. > Sugere-se criar folhas diferenciadas para separação dos temas. 2 NO CASO DE PERSONALIZAÇÃO DO PORTFOLIO, ENTREGUE PELO PROFESSOR CAPA > Ao receber a pasta-portfolio, colar adesivo do programa, a ser disponibilizado pelo professor. > Complementar os espaços vazios com imagens, desenhos, cores que identifiquem seu dono. ATENÇÃO PARA A PARTE INTERNA: > Se feito com sacos plásticos, organizar por temas, conforme orientação do professor. > Se feito com porta-folhas perfuradas, organizar os materiais armazenados, por se- quência de temas. > Sugere-se criar folhas diferenciadas para separação dos temas. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS10 AULA 2 CONSTRUINDO NOSSO ACORDO DE CONVIVÊNCIA OBJETIVO TEMPO ATIVIDADE 10’ INTRODUÇÃO ■■ Convidar os alunos a participar da vivência “Limites como Possibilidades” (Anexo). 85’ DESENVOLVIMENTO ■■ Prosseguir comentando que, como o nome e a idade, cada pessoa tem outras características próprias que as identificam. Convidar, então, os alunos a realizar a atividade “Sob a sombra das árvores”. (anexo) ■■ Os grupos apresentam suas florestas para toda a turma. ■■ Reflexão final: Refletir sobre cada floresta apresentada, estabelecendo a sua relação com a identidade grupal. O grupo se caracteriza e é composto pelas individualidades e singularidades de cada componente. Cada um com suas diferenças e semelhanças (pluralidade), que devem ser reconhecidas e respeitadas. Para um bom convívio coletivo é preciso que se reconheça e valorize o papel de cada sujeito. ■■ Com base na reflexão final da atividade anterior levantar o questionamento: O que é importante para o convívio coletivo na nossa turma? ■■ Em seguida, propor a elaboração coletiva do Acordo de Convivência, como um instrumento importante para o bom convívio em grupo. ■■ Dividir, inicialmente em duplas, depois em quartetos, depois em grupos de 08. Pedir que conversem sobre formas de manter esse Contrato vivo e válido para todos. Incentivar a retirar o que está repetido e organizar as tarjetas, para apresentação ao grupo. ■■ Por fim, organizar em uma folha (de flip, papel sulfite ou cartolina) a redação final. (se possível, depois fazer uma cópia e em outra aula, pedir que todos a colem nos seus cadernos) 5’ ENCERRAMENTO ■■ Celebração do Acordo de Convivência: convidar os alunos a fazerem uma leitura coletiva do Acordo e pedir que os jovens o assinem. MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Atividade “Sob a sombra das árvores” /Papel Madeira / Cartolina / Canetinhas / pincel atômico ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR ■■ Na atividade da construção coletiva da floresta, lembrar aos alunos que todas as decisões devem ser tomadas em grupo. ■■ Atenção: articular com o Professor Diretor de Turma, para que o Contrato esteja também alinhado com essa atividade, na área do PPDT. ■■ Se não foi possível ainda confeccionar o Portfolio, é possível ajustar para fazê-lo nesta aula. ■■ Construir uma identidade grupal entre os alunos da turma PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 11 ANEXO Limites como possibilidades Solicitar que os alunos formem um círculo. Explica que, ao comando dele, os alunos devem formar uma fila, se organizando de acordo com a categoria sugerida. > 1º momento: devem se organizar pelo nome, em ordem alfabética. > 2º momento: devem se organizar, SEM USAR A FALA, por idade, através de gestos. Importante: neste momento terão apenas 02 minutos para se organizar. FECHAMENTO Questionar com o grupo: O que mais chamou sua atenção? O que foi fácil/difícil? Por quê? PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS12 ANEXO Atividade: sob a sombra das árvores 1 > Entregar aos alunos a relação de árvores abaixo com suas respectivas características. > Solicitar que cada aluno, individualmente, circule as características das árvores do texto com as quais mais se identifica (escolher no máximo três árvores). > Em seguida, pedir que os alunos formem grupos decinco. Nos grupos, cada aluno socializa as árvores que escolheu e o porquê da escolha. > Após a socialização, pedir que a equipe desenhe em cartolina ou papel madeira, uma floresta composta pelas árvores que representem o grupo. Escrever as características nas copas das respectivas árvores. DESCRIÇÕES 1 Fonte: Adaptado de: MAYER, Canísio. Dinâmicas de grupo: ampliando a capacidade de interação / Campinas, SP: Papirus, 2005. 1. Coqueiro, a inspiração. Vivaz, atrativo, elegante, amigável, sem falsas pretensões, modesto, não gosta de excessos, rechaça a vulgaridade, ama a natureza, é cheio de imaginação, tem pouca ambição, costuma criar uma atmosfera relaxada. 2. Juazeiro, a resiliência. De gosto extraordinário, tem muita dignidade, ar refinado, ama tudo, é caprichoso. Importa-se com as pessoas que o cercam. É modesto, solidário e talentoso. É um amante conformado, tem muitos amigos e é muito confiável. 3. Flamboyant, a incerteza. Usa muitos adornos. Não confia muito em si mesmo e só é valente se necessário; necessita de boa vontade e de ambiente agradável. Muito seletivo, quase sempre solitário, rancoroso, tem natureza artística, é bom organizador, tende a filosofar, é confiável em qualquer situação. Leva o companheirismo muito a sério. 4. Aroeira, independência mental. É uma pessoa fora do comum, com alta capacidade de regeneração. Cheia de imaginação e originalidade, é tímida e reservada, ambiciosa, orgulhosa, respeita a si mesma e sempre busca novas experiências. Às vezes nervosa, tem muitos complexos, boa memória, aprende com facilidade, é comprometida com o amor e com a vida, gosta de impressionar. 5. Mandacaru, a resistência. Não é exigente, é muito compreensivo, sabe como causar boa impressão, ativista de causas sociais. Popular, mal-humorado e amante caprichoso, companheiro, honesto e tolerante, necessita de juízo. 6. Castanholeira, a honestidade. De beleza fora do comum, não gosta de impressionar. De bons modos, vivaz, gosta da justiça. Diplomático nato, mas se irrita com facilidade. Acha-se superior aos demais e sente que ninguém o entende. Ama só uma vez, tem dificuldade para encontrar a pessoa ideal. 7. Aceroleira, o bom gosto. De beleza jovem, preocupa-se com a condição física. Bom gosto, tende ao egoísmo. Leva a vida de forma mais cômoda possível, sempre de maneira disciplinada. Ligado à razão, gosta de bondade, e é um amigo emotivo e agradecido. Sonha com amantes excepcionais, e raras vezes se contenta com seus sentimentos. Entende mal a maioria das pessoas e nunca está seguro de suas decisões. Muito consciente. 8. Cedro, a segurança. De uma beleza rara, sabe como se adaptar, gosta de luxo, tem boa saúde. Não é tímido e tende a menosprezar os demais. Muito talento, otimismo saudável, espera pelo amor verdadeiro. Capaz de tomar decisões rápidas. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 13 ANEXO ATIVIDADE: SOB A SOMBRA DAS ÁRVORES (Continuação) 9. Cajueiro, a confiabilidade. Forte, muscular, adaptado, toma da vida o que ela oferece. Feliz e cheio de conhecimento, odeia a solidão. Amante apaixonado, não se satisfaz. Confiável, temperamento explosivo, inquieto e despreocupado. 10. Cacto, a ambição. Atrativo fora do comum, vivaz, impulsivo, exigente, não se importa com a crítica. Ambicioso, inteligente, talentoso, gosta de jogar com o destino e pode ser egoísta. Confiável, amante leal e grudento. O cérebro comanda o coração, mas o companheirismo é levado a sério. 11. Pitombeira, a criatividade. Tem bom gosto, importa-se muito com a aparência. É materialista, bom organizador no trabalho e em casa, economiza, bom líder, não corre riscos desnecessários. Racional, companheiro esplêndido, disciplinado. 12. Mangueira, a acolhida. Muito forte, um pouco egocêntrico, independente, não permite que o contradigam. Ama a vida, a família, os filhos e os animais; gosta de liberdade. Possui um bom senso de humor e talentos úteis; é inteligente. 13. Bananeira, a dúvida. Odeia a luta, o estresse e o trabalho; brando e aplacado, faz sacrifícios pelos amigos. Possui muitos talentos, mas não tem tenacidade suficiente para fazê-los florescer. Sempre se queixa. Muito zeloso e leal. 14. Ipê, o amor. Muito carisma, encanto e atração. Aura amável, aventureiro, sensível. Imaginação. 15. Goiabeira, a paixão. Tenaz, carinhoso e cheio de contrastes, egoísta, nobre, busca novos horizontes. Tem reações inesperadas, é espontâneo, possui ambição sem limites, é inflexível. Companheiro fora do comum é estrategista, engenhoso, muito zeloso e apaixonado. Não se compromete. 16. Carnaubeira, a sabedoria. Encanta-se com o sol, possui sentimentos amáveis. É racional, centrado, evita violência e a agressão, é tolerante, calmo, possui forte sentido de justiça, é sensível e empático. Não é invejoso, gosta de ler e da companhia de gente sofisticada. 17. Jambeiro, a nobreza. Disponibilidade de formas agradáveis, com senso de moda, modéstia. Tende a não poder perdoar os erros, é otimista, gosta de mandar, mas não de obedecer. Companheiro honesto e confiável, tem atitude de saber tudo e toma decisões pelos demais. É generoso, possui um bom senso de humor, gosta de ser útil. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS14 AULA 3 RETOMANDO UMA PERGUNTA IMPORTANTE: QUEM SOU EU? OBJETIVO TEMPO ATIVIDADE 5’ INTRODUÇÃO ■■ Iniciar falando que hoje o grupo irá trabalhar misturando “inteligências”. Isso é, irão associar a capacidade de interpretação, com a escuta de uma música. “O que sentimos ao ouvir músicas?” (Diversos sentimentos. Anotar). ■■ Pedir então que escutem a música “Fé na Luta” (Gabriel o Pensador). ■■ Incentivar os alunos a observar a letra. Após ouvirem a música, levantar o questionamento: que mensagem essa música traz? Quem conhecia? Quem é o autor? 80’ DESENVOLVIMENTO ■■ Vivência “Quem somos” (Fonte – Adaptado do livro “Dinâmicas de Grupo”) ■■ Distribuir pelo chão, tarjetas com frases (anexas) e pedir que os jovens caminhem pela sala, observando e lendo o que está escrito em cada tarjeta (deixar a música tocando em volume baixo). Em seguida, pedir que cada um escolha uma frase que o represente e a recolha do chão. ■■ Solicitar que, individualmente, registrem em uma folha de papel ofício os seguintes questionamentos, a partir da frase que escolheram: Por que escolhi esta frase? Qual a relação dela comigo? (anotar as perguntas no quadro) ■■ Formar duplas para que socializem entre si suas respostas. Depois, socializar em grupos de 04. ■■ Em seguida, abrir a plenária para que os alunos relatem como foi a experiência desta atividade. Que descobertas foram feitas? Foi difícil compartilhar suas impressões pessoais? Qual a importância de se conhecer? Qual a importância de conhecer o outro? ■■ Relacionar as frases escolhidas à características fortes que cada um reconhece em si. Elas são claras – para mim e para os outros? ■■ Fechamento: fazer a leitura e discussão coletiva do texto: “Investir no autoconhecimento é abrir as portas para a evolução pessoal: veja como chegar lá”. 15’ ENCERRAMENTO ■■ Para finalizar, pedir que rapidamente recoloquem as frases no chão, no círculo e elejam, dentre elas, a que melhor representa o grupo e todos, de mãos dadas, a leiam em voz alta. ■■ Solicitar que tragam uma foto significativa para cada um, na próxima aula. MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Tarjetas com frases / Texto “Investir no autoconhecimento é abrir as portas para a evolução pessoal: veja como chegar lá”. ■■ Música “Fé na Luta” (Gabriel o Pensador) https://www.ouvirmusica.com.br/gabriel-pensador/fe-na-luta/ ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR ■■ Lembrar os alunos de levarem as fotos suas (em papel) para a próxima oficina. Informar aos alunos que eles irão produzir um Making Of com as atividades do NTPPS do ano anterior e que eles já devem ir separando as fotos, escolhendo as músicas para a criação desse vídeo. ■■ Retomar com o grupo a reflexão acerca de sua identidade e característicaspessoais PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 15 ANEXO Frases 1. O sim é mais forte que o não em tudo nessa vida 2. Pode acreditar que sim e duvidar de quem duvida 3. Hoje eu me vi sorridente escovando os dentes na frente do espelho 4. Minha imagem me disse: Hoje é dia de luta, escuta o conselho 5. Entra com foco no ringue, não perde o swing, protege a cabeça 6. Guarda o que é bom no seu peito e o que for ruim ou suspeito, esqueça! 7. Pensa no tempo, não esquece do tempo, não há tesouro maior 8. Lembra dos outros, não esquece dos outros, tem muita vida ao redor 9. Leva o amor onde for, espalha esse amor da maneira mais pura 10. Fala a verdade porque ela é a chave que abre em qualquer fechadura 11. Tira a armadura para dar um abraço naqueles que querem o seu bem 12. Fala o que pensa, evita a ofensa e aceita as palavras que vem 13. Olha a paisagem, aproveita a viagem 14. Minha imagem no espelho já sabe que não sabe nada e por isso me ensina 15. Meu rosto no espelho, meu filho, minha mãe, meu pai 16. Todos que me amam me dizem: Levanta e vai! 17. Se todo mundo cai, eu também caí um dia 18. Pra toda ferida tem uma cicatrização 19. Todo estranho é um irmão 20. Hoje eu sei que dividindo eu faço a multiplicação 21. Em qualquer situação eu sempre chego pra somar 22. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come 23. Tenho a mente livre e a paz no coração 24. Garra pra seguir em frente com disposição 25. Guarda fechada contra o ódio e a traição 26. Base preparada pra buscar superação 27. O certo é certo, o errado é errado, nem esculachar, nem ser esculachado 28. Meu papo é bem reto, eu não mando recado, respeito pra ser respeitado 29. Planto amizade, colho esperança, o verdadeiro guerreiro não cansa 30. Sei o que eu quero, o que eu quero eu posso (SE A TURMA TIVER MAIS QUE 30 PARTICIPANTES, REPETIR ALGUMAS FRASES) PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS16 AULA 4 MEMÓRIA FOTOGRÁFICA OBJETIVOS TEMPO ATIVIDADE 20’ INTRODUÇÃO ■■ Convidar a todos para sentarem-se em círculo (no chão ou nas cadeiras). Explicar que a foto tem uma razão especial de ser, na aula de hoje: cada um vai falar sobre MEMÓRIA. ■■ Perguntar: “vocês se dão conta da quantidade de memórias que tem aí guardadas? Essas fotografias hoje vão nos ajudar a resgatar algumas...” orientar então, para que os alunos façam exercícios de respiração e de contato consigo mesmo, ao som de uma música suave (facilitador conduz). 70’ DESENVOLVIMENTO ■■ Após o momento do relaxamento, pedir que cada aluno coloque na sua frente a foto que trouxe e fique em contato com ela, lembrando o momento em que foi tirada ou do que ela representa. ■■ Sem quebrar o clima, os alunos em duplas, passam a compartilhar o significado da foto e a memória associada a ela (com a pessoa sentada ao lado). ■■ Em seguida, cada um, voluntariamente, inicia a explicação da razão da escolha daquela foto para compartilhar. ■■ Ao concluir a última participação, comentar o sentido do compartilhamento destes “fragmentos de vida”, tão importantes para cada um. ■■ Obs. Ressaltar com o grupo a questão do sigilo. O que foi compartilhado pertence somente ao grupo, não deve ser levado ao ambiente exterior. 10’ ENCERRAMENTO ■■ Solicitar que alguns voluntários comentem como foi a vivência dessa atividade. ■■ Caso sobre tempo, fica a seguinte atividade, a ser vivida: ■■ Alunos em círculo, pedir que 10 voluntários deem um passo à frente e distribuir, para os alunos do círculo de dentro, uma frase de Clarice Lispector (anexo). Pedir para um aluno do círculo de dentro ler e um que está no círculo de fora comentar. Fechar a vivência perguntando se os alunos sabem quem foi Clarice Lispector. Em seguida passar à leitura de sua biografia. MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Fotografias (Cada aluno traz uma foto, não precisa ser necessariamente da própria pessoa, basta que seja significativa para ele/a) / Aparelho de som, Música suave/ Frases de Clarice Lispector. ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR ■■ Reforçar a solicitação para que os alunos já organizem o material para a criação do Making Of que será produzido ■■ Estimular o grupo a resgatar memórias, valorizando as histórias pessoais ■■ Promover maior conhecimento e entrosamento grupal e uma convivência mais solidária e cooperativa PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 17 ANEXO Frases de Clarice Lispector 1. “Não suporto meios termos. Por isso, não me doo pela metade. Não sou sua meio amiga nem seu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada.” Clarice Lispector 2. "Eu sou uma eterna apaixonada por palavras, música e pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso.” Clarice Lispector 3. “Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre.” Clarice Lispector 4. “Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. ” Clarice Lispector 5. “Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão." Clarice Lispector 6. “Decifra-me, mas não me conclua, eu posso te surpreender.” Clarice Lispector 7. "É necessário abrir os olhos e perceber as coisas boas dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.” Clarice Lispector 8. “Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: acolha-me.” Clarice Lispector 9. “Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar.” Clarice Lispector 10. "Ignore, supere, esqueça. Mas jamais pense em desistir de você por causa de alguém.” Clarice Lispector PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS18 ANEXO Biografia de Clarice Lispector 2 Clarice Lispector, (1920-1977) foi uma escritora e jornalista brasileira, de origem judia, foi reconhe- cida como uma das mais importantes escritoras do século XX. "A Hora da Estrela" foi seu último roman- ce, publicado em vida. Clarice Lispector (1920-1977) nasceu em Tchet- chelnik, na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. Filha de família de origem judaica, seu pai Pinkouss e sua mãe Mania Lispector emigraram para o Brasil em março de 1922, para a cidade de Maceió, Alagoas, onde morava Zaina, irmã de sua mãe. Nascida Haia Pinkhasovna Lispector, por ini- ciativa do seu pai todos mudam de nome e Haia passa a se chamar Clarice. Em 1925 muda-se com a família para a cidade do Recife onde Clarice passa sua infância no Bairro da Boa Vista. Aprendeu a ler e escrever muito nova. Estudou inglês e francês e cresceu ouvindo o idio- ma dos seus pais o iídiche. Com 9 anos fica órfã de mãe. Em 1931 ingressa no Ginásio Pernambucano, o melhor colégio público da cidade. Em 1937 muda-se com a família para o Rio de Janeiro, indo morar no Bairro da Tijuca. Ingressa no Colégio Sílvio Leite, onde era frequentadora as- sídua da biblioteca. Ingressa no curso de Direito. Com 19 anos publica seu primeiro conto "Triunfo" no semanário Pan. Em 1943 forma-se em Direito e casa-se com o amigo de turma Maury Gurgel Valen- te. Nesse mesmo ano estreou na literatura com o romance "Perto do Coração Selvagem", que retrata uma visão interiorizada do mundo da adolescência e teve calorosa acolhida da crítica, recebendo o Prê- mio Graça Aranha. Clarice Lispector acompanha seu marido em viagens, na carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores. Em sua primeira viagem para Nápoles, Clarice trabalha como voluntária de assistente de enfermagem no hospital da Força Expedicionária Brasileira. Também morou na In- glaterra, Estados Unidos e Suíça, sempre acompa- nhando seu marido. Em 1949 nasce na Suíça seu primeirofilho, Pe- dro e em 1953 nasce nos Estados Unidos o segundo filho, Paulo. Em 1959 Clarice se separa do marido e retorna ao Rio de Janeiro acompanhada de seus fi- lhos. Logo começa a trabalhar no Jornal Correio da Manhã, assumindo a coluna "Correio Feminino". Em 1960 trabalha no Diário da Noite com a coluna "Só Para Mulheres" e nesse mesmo ano lança "Laços de Família", livro de contos que recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Em 1961 publi- ca "A Maçã no Escuro" pelo qual recebe o prêmio de melhor livro do ano em 1962. Em 1966 Clarice Lispector sofre várias queima- duras no corpo e na mão direita enquanto dormia com um cigarro aceso. Passa por várias cirurgias e vive isolada, sempre escrevendo. No ano seguinte publica crônicas no Jornal do Brasil e lança "O Mis- tério do Coelho Pensante". Passa a integrar o Con- selho Consultivo do Instituto Nacional do Livro. Em 1969 já tinha perto de doze volumes publicados. Recebeu o prêmio do X Concurso Literário Nacio- nal de Brasília. As melhores prosas da autora se mostram nos contos de "Laços de Família" (1960) e de "A Le- gião Estrangeira" (1964). Em obras como "A Maçã no Escuro" (1961), "A Paixão Segundo G.H." (1961) e "Água-Viva" (1973), os personagens alienados e em busca de um sentido para a vida, adquirem gra- dualmente consciência de si mesmos e aceitam seu lugar num universo arbitrário e eterno. Em 1977 Clarice Lispector escreveu "Hora da Estrela" onde conta a história de Macabéa, uma moça do interior em busca de sobreviver na cidade grande. A versão cinematográfica desse romance, dirigida por Suzana Amaral em 1985, conquistou os maiores prêmios do festival de cinema de Brasília e deu à atriz Marcélia Cartaxo, que fez o papel princi- pal, o troféu Urso de Prata em Berlim em 1986. Clarice Lispector morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de dezembro de 1977. Seu corpo foi sepulta- do no cemitério Israelita do Caju. 2 Fonte: https://www.ebiografia.com/clarice_lispector/ Acesso em 23.10.17 PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 19 AULA 5 A IMPORTÂNCIA DA COOPERAÇÃO NO TRABALHO EM GRUPO OBJETIVO TEMPO ATIVIDADE 10’ INTRODUÇÃO Atividade: Equilíbrio: solitário x coletivo ■■ Iniciar a aula solicitando que todos os alunos fiquem de pé: Vocês já tentaram se equilibrar em um só pé? Vamos tentar? Todos levantem o pé direito! ■■ Com os pés levantados (espera-se que os alunos comecem a se desequilibrar e cansar), lançar o questionamento: Está sendo fácil? O que estão sentindo? Como vocês acham que poderia melhorar o conforto? ■■ Em seguida, pedir aos alunos para se aproximarem e apoiar no colega ao lado: E agora? Continuam cansados? Ficou mais fácil se equilibrar com o apoio do colega? ■■ Fechar a atividade explicitando a importância do ‘contar com o outro’, ‘estar junto’, ‘confiar no outro’, para o desenvolvimento pessoal de cada um de nós. 20’ DESENVOLVIMENTO 1 Atividade: Jogo dos Quadrados ■■ Lembrar as primeiras aulas, quando o grupo focou a discussão em aspectos pessoais e em temas, tais como, papéis sociais e funções em um grupo. ■■ Provocar: é possível, em uma sociedade, realizarmos tudo sozinhos? É positiva a autonomia total, no sentido de não se precisar de ninguém para realizar as demandas do dia-a-dia? e que benefícios podem trazer as tarefas e trabalhos realizados em grupo, em equipe? ■■ Dar sequência então, perguntando o que os alunos acham importante para a realização de um trabalho em equipe. Em seguida, realizar com a turma a atividade Jogo dos Quadrados (anexo). 50’ DESENVOLVIMENTO 2 ■■ Partindo do fechamento da atividade anterior, propor aos alunos a leitura coletiva do texto “A Rebelião contra o Estômago” ■■ Em seguida, provocar a reflexão a partir das perguntas: o que é cooperação? Comparando com a atividade realizada, o que encontramos de semelhança? Quais as vantagens de uma equipe cooperativa? Quais as características? ■■ Aproveitar para falar sobre a Aprendizagem cooperativa, metodologia central na Escola e nos planos de aula do NTPPS. O que conhecem? Qual a opinião sobre essa metodologia? Revisão dos 05 elementos, a partir do PPT. ■■ Dar especial ênfase aos pontos: “Interdependência positiva” e “Habilidades interpessoais” ■■ Fortalecer posturas cooperativas no trabalho em equipe CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS20 AULA 5 A IMPORTÂNCIA DA COOPERAÇÃO NO TRABALHO EM GRUPO OBJETIVO TEMPO ATIVIDADE 15’ DESENVOLVIMENTO 3 Atividade: Equipes de Função ■■ Fixar na sala quatro cartolinas com cores diferentes e solicitar um voluntário para ficar em cada cartolina. Quando os quatro voluntários estiverem em seus postos, cada um chamará um amigo para compor a dupla. As duplas podem escolher um trio. Após a última composição, cada trio deverá permutar um dos componentes com a outra equipe. Após realizadas as trocas, os alunos que mudaram de equipe escolherão mais um componente para suas equipes atuais. Com a finalização da formação dos quartetos, explicar que grupo corresponderá a uma equipe de função e apresenta as responsabilidades de cada grupo EQUIPE 01 – ACOLHIMENTO ■■ Receber sua turma em momentos diferenciados de acolhida na sala: frases, pensamentos, músicas, poemas, etc. Ex: quando houver alguém novo, ou uma visita, ficar responsável pelo acolhimento. Articular com o professor diretor de turma para suporte a colegas. (Formação de um Grupo Base) EQUIPE 02 – LOGÍSTICA ■■ Estar atento à: organização da sala, cadeiras em círculo, frequência, limpeza, etc. ■■ Providenciar, quando identificar necessidade de equipamentos – som, datashow, microfone, etc. ■■ Apoiar as atividades com a organização dos materiais das aulas; ■■ Propor e garantir atitudes coletivas de organização e limpeza do ambiente EQUIPE 03 – COMUNICAÇÃO E EVENTOS ■■ Dar informes referentes às atividades do Núcleo/ Escola ■■ Prover suporte à: organização/preparação/ cerimonial dos eventos (palestras, feiras, exposições, etc...) ■■ Visibilizar os aniversariantes do mês. EQUIPE 04 – AVALIAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO ■■ Propor pequenos exercícios para avaliação de eventos, fins de Tema/ bimestre, etc. ■■ Registrar com fotos, vídeos, depoimentos todos os eventos de pesquisa da Escola; ■■ Reunir as imagens produzidas pelas equipes em suas pesquisas; ■■ Produzir o making of no final do ano. ■■ É importante lembrar que este é um exercício de PROTAGONISMO (responsabilidade, liderança, participação, compartilhamento e avaliação), assim já comunicar que as equipes de função serão bimestrais e que no próximo bimestre, novos quartetos serão formados. 10’ ENCERRAMENTO ■■ Mídia Pinguins: Trabalho em equipe ■■ Pedir a voluntários que comentem a mídia, relacionando com os principais aprendizados do dia de hoje. ■■ Fortalecer posturas cooperativas no trabalho em equipe CONTINUAÇÃO MATERIAL NECESSÁRIO ■■ 4 envelopes com peças (cartolina) para o jogo dos quadrados; ■■ Mídia: Pinguins – trabalho em equipe http://www.youtube.com/watch?v=PjkCvADl4Bk ■■ Texto “A Rebelião contra o Estômago” ■■ PPT – Aprendizagem Cooperativa PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 21 ANEXO Jogo dos quadrados Objetivos: Reelaborar posturas individualistas e cooperativas no trabalho em equipe; e fortalecer o processo de comunicação Material 04 envelopes com peças (em EVA ou cartolina) do jogo dos quadrados. DESENVOLVIMENTO 1. Dividir a turma em 4 subgrupos e distribui os envelo- pes aleatoriamente (se a turma for muito grande, formar 04 equipes de 6-8 integrantes e convidar o restante a ficar como observador). 2. Solicita aos participantes que, porventura, conheçam o exercício não revelem aos colegas. 3. Informa aos grupos que o desafio é formar um qua- drado perfeito com as peças, seguindo as regras. Quem terminar, informar à turma que já terminou. 4. Em seguida, apresenta as regras para a turma: 5. Regra Única: não pode rasgar,dobrar, amassar ou ris- car nenhuma das peças do envelope. 6. Solicita que os grupos iniciem suas tarefas. 7. Aguardar até que os grupos percebam que precisam interagir uns com os outros, de forma cooperativa, e con- cluírem a tarefa. 8. A tarefa somente estará concluída quando todos for- marem – com os quatro quadrados menores – um qua- drado perfeito maior. 9. Ao final, indagar aos grupos: a) Alguém planejou o trabalho? b) Houve cooperação entre os grupos? Houve competição entre os grupos? c) Todos estavam empenhados em formar o qua- drado, ou alguém ficou indiferente? d) Alguém ofereceu peças? Alguém coordenou ou monopolizou o grupo? 10. Fechamento: Concluir refletindo com o grupo: > A comunicação, a cooperação e a solidariedade são con- dições básicas para que uma equipe atinja seus objetivos. > As posturas individualistas não fortalecem as outras pessoas e as equipes para realizarem seus objetivos. > Quando enxergamos somente a nossa tarefa separa- da das demais e temos posturas do tipo: “já fiz a minha parte!” perdemos a noção do todo e não colaboramos em nada para que a equipe atinja seus objetivos. > Os comportamentos que tivemos nesta atividade se re- petem no dia-a-dia. JOGO DE QUADRADOS ATENÇÃO! Para esta atividade, o professor deve preparar, previamente, 4 envelopes da seguinte forma: envelope 1, com 02 peças do Q1 e 01 do Q2. No segundo envelope – 02 peças do Q2 e uma do Q3 – e assim, sucessivamente. Cada envelope deve conter sempre três peças. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS22 ANEXO A Rebelião Contra o Estômago 3 Uma vez um homem sonhou que suas mãos, pés, boca e cérebro começaram todos a se rebelar contra estômago. - Sua lesma imprestável! - As mãos disseram - Nós trabalhamos o dia inteiro, serrando, martelando, levantando e carregando. De noite estamos cobertas de bolhas e arranhões, nossas juntas doem e fica- mos cheias de sujeira. Enquanto isso, você só fica aí sentado, pegando a comida toda! - Nós concordamos! - gritaram os pés - Pense só como nos desgastamos, andando para lá e para cá o dia inteiro. E só fica se entupindo, seu porco ganancioso, cada vez mais pesado para a gente carregar. - Isso mesmo! - Choramingou a boca - De onde você pensa que vem toda a comida que você tanto ama? Eu é que tenho que mastigar tudo; e logo que termino, você suga tudo aí para baixo, só para você. Você acha que isso é justo? - E eu? - Gritou o cérebro - Você acha que é fácil ficar aqui em cima, tendo que pensar de onde vai vir a sua próxima refeição? E ainda por cima, não ganho nada pelas minhas dores todas. Uma por uma, as partes do corpo aderiram às reclamações contra o estômago, que não disse coisa alguma. - Tenho uma ideia - o cérebro finalmente anunciou. - Vamos todos nos rebelar contra essa barriga preguiçosa e parar de trabalhar para ela. - Soberba ideia! - todos os outros membros e órgãos concordam - Vamos lhe ensinar como nós so- mos importantes, seu porco. Assim, talvez você também acabe fazendo algum trabalho. E todos pararam de trabalhar. As mãos se recusaram a levantar ou carregar coisas. Os pés se recusa- ram a andar. A boca prometeu não mastigar nem engolir nem um bocadinho. E o cérebro jurou que não teria mais nenhuma ideia brilhante. No começo, o estômago roncou um pouco, como sempre fazia quando estava com fome. Mas depois ficou quieto. Nesse ponto, para surpresa do homem que sonhava, ele descobriu que não conseguia andar. Não conseguia segurar nada nas mãos. Não conseguia nem abrir a boca. E de repente, começou a se sentir bem doente. O sonho pareceu durar vários dias. A cada dia que passava, o homem se sentia cada vez pior. - É melhor que essa rebelião não dure muito - ele pensou - senão vou morrer de inanição. Enquanto isso, mãos, pés, boca e cérebro só ficavam à toa, cada vez mais fracos. No início, se agita- vam só um pouquinho, para escarnecer do estômago de vez em quando; mas pouco depois não ti- nham mais energia nem para isso. Por fim, o homem ouviu uma vozinha fraca vinda da direção dos pés. - Pode ser que estivéssemos enganados - eles diziam. - Talvez o estômago estivesse trabalhando o tempo todo, ao jeito dele. - Estava pensando a mesma coisa - murmurou o cérebro. - É verdade que ele fica pegando a comida toda. Mas parece que ele manda a maior parte de volta para nós. - Devemos admitir nosso erro - disse aboca. - O estômago tem tanto trabalho a fazer quanto as mãos, os pés, o cérebro e os dentes. - Então, vamos todos voltar ao trabalho - gritaram juntos. E, nisso, o ho- mem acordou. Para seu alívio, descobriu que os pés estavam andando de novo. As mãos seguravam, a boca masti- gava e o cérebro agora conseguia pensar com clareza. Começou a se sentir muito melhor. - Bem, eis aí uma lição para mim - ele pensou, enquanto enchia o estômago de café e pão com manteiga, de manhã. - Ou funcionamos todos juntos, ou nada funciona mesmo!! 3 Fonte: http://metaforas.com.br/a-rebeliao-contra-o-estomago. Acesso em 12.02.17 PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 23 AULA 6 O QUE CARACTERIZA UMA LIDERANÇA POSITIVA OBJETIVOS TEMPO ATIVIDADE 5’ 25’ INTRODUÇÃO ■■ Dar as boas-vindas à turma, indicando que a aula de hoje dará continuidade ao fortalecimento do grupo, a capacidade de trabalhar em equipe, a cooperação e a liderança. ■■ Atividade: O Barco ■■ (Descrição anexa) REFLEXÃO: ■■ Observação: Fazer a reflexão com a turma em pé e ainda de mãos dadas. ■■ O que facilitou e o que dificultou a execução da atividade? Houve algum tipo de liderança? Como você (caso alguém afirme a pergunta anterior) identificou essa liderança? 10’ 40’ DESENVOLVIMENTO 1 ■■ Após o fechamento da reflexão anterior, determinar os pares previamente no círculo já formado e convida as duplas a lerem o texto: O Aquário ■■ Após a leitura em pares, formar sextetos, que deverão dramatizar tipos de liderança. Atentar a qual tendência os alunos irão apresentar (positiva ou negativa). O objetivo da atividade é refletir ao final das apresentações que existem diversos modelos de liderança (exigente, autocrático, liberal, visionário, democrático, leader coach, entre outros). ■■ Observação: Em anexo, texto de apoio sobre tipos de liderança. Dependendo do nível da turma, produzir tarjetas com os seis tipos de liderança e distribuir um para cada equipe. 15’ DESENVOLVIMENTO 2 ■■ Reservar um tempo ao final desta aula para envolver e estimular o grupo a realizar uma atividade de compartilhamento: eles irão apresentar sua experiência na 1ª série do NTPPS, para os novos alunos de 1° série! ■■ Roteiro em anexo. 5’ ENCERRAMENTO ■■ Em círculo, lançar a pergunta: Qual a função de um líder no grupo? ■■ Fechar correlacionado o papel de liderança que cada um desenvolve dentro de seus grupos de trabalho e reforçando a interdependência positiva que precisamos ter para execução de um produto final com sucesso. MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Textos: “O aquário” e “Quais os Tipos de Liderança?” ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR ■■ Preparar com antecedência a discussão sobre a aula de apresentação para as 1ªs séries, sobretudo sobre as decisões que dizem respeito aos gestores e professores da escola. Acompanhar o trabalho das equipes. Participação de professores. Definir público (qual(is) turma (s) da 1ª série), tempos, acordos com professores, gestores, etc. ■■ Motivar o grupo a desenvolver competências para uma boa liderança ■■ Conhecer alguns tipos de liderança PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS24 ANEXO O barco MATERIAL NECESSÁRIO > Uma folha onde estão desenhadas 04 formas geométricas diferentes: um quadrado, um círculo, um triangulo e um pentágono. Reunir grupos múltiplos de 04. Se houver mais gente, eles ficam como observadores. (OBS: importante identificar alguém para ser o assistente e preparar uma música de sus- pense). (Marcar, no chão, um espaço que represente um barco. Pode-se usar fita crepe, delimitan- do as bordasdo barco). 1 O mediador inicia contando uma história como se fosse fazer uma viagem de barco, em um barco enorme; onde foi possível levar todos os que ali estão. A entrada para o barco é um convite, com 04 formas geométricas, que eles apresentam ao entrar no Barco (Cada participante receberá uma forma geométrica antes). Conta que as pessoas passeavam pelo barco, cumprimentavam uns aos outros, en- contravam amigos, passam por ondas... (o assistentejunta o grupo, faz o movimento das ondas, de forma a que todos se confraternizem, se divirtam) 2 Num determinado momento eles escutam o alarme, o mediador manda que todos parem e comu- nica que teve um problema com o barco, bateu em pedras e ele vai afundar. Mas, que eles podem se salvar. Para isso precisam encontrar 4 formas geométricas iguais. E ir passando pela saída de emer- gência (o mediador organiza o espaço deixando uma parte da sala para eles irem passando, uma porta e um porteiro para conferir se estão com as quatro formas). Comunica que tem um tempo. 10 minutos). 3 Enquanto eles vão tentando encontrar as formas geométricas, o mediador vai repetindo num tom desesperado: “vamos! Precisamos nos salvar! O barco está afundando! Corram ...” 4 Quando acabar o tempo chama todos para a roda e inicia a discussão. O mediador pede para que eles falem o que sentiram... lembra que falou: “precisamos nos salvar” e não “você precisa se salvar”!!! Resolução do impasse: planejamento conjunto – no final, todos podem ter quatro elementos iguais!! REFLEXÃO: Sentimentos quando veio a notícia de que o barco afundaria Preocupação consigo ou com o grupo? Após resolver a sua parte, preocupou-se em ajudar os outros? Houve planejamento? Solidariedade? Liderança? PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 25 ANEXO O aquário 1 Em um lindo e enorme aquário havia muitos peixes de vários tipos e tamanhos. Na parte de cima do aquário estavam os peixes grandes, e quando a comida caía na água, eram eles que a comiam primeiro, por isso, os peixes grandes estavam sempre satisfeitos; nunca lhes faltava comida. Na parte interme- diária do aquário ficavam os peixes médios, que se alimentavam daquilo que os peixes grandes não comiam, e apesar de não haver comida suficiente para que pudessem ficar grandes, eles se sentiam satisfeitos. Finalmente, na parte de baixo estavam os pequenos peixes, onde a comida que lhes sobrava era suficiente apenas para mantê-los vivos. Neste ambiente nasceu um peixinho que não se conformava com toda aquela situação, e então come- çou a nadar por todo o aquário na esperança de encontrar algo que o ajudasse a mudar aquele quadro. Foi quando encontrou um pequeno buraco, por onde decidiu entrar e ver onde ele o levaria. Ele encon- trou um fio de água que o levou a um ralo, do ralo caiu em um encanamento, e foi parar em um rio. Era um lugar maravilhoso; não faltava comida, tinha espaço suficiente para nadar e ir onde quisesse. Mas o peixinho então pensou em seus amigos do aquário e resolveu fazer o caminho de volta para contar a respeito do lugar maravilhoso que havia encontrado. Quando chegou ao aquário e falou a todos sobre o lugar maravilhoso que havia encontrado, todos os peixes começaram a ficar curiosos e conversar sobre o que deveriam fazer para chegar a esse local. Foi quando o peixinho falou: - Bem, os peixes grandes da parte de cima deverão mudar de lugar; terão que vir para a parte de baixo, para perder peso e assim poder passar pelo pequeno buraco. Os peixes do meio deverão se alimentar menos, para perder um pouco mais de peso também. E os peixes de baixo, deverão se alimentar um pouco mais para ganharem forças para seguir viagem. E assim aconteceu, todos os peixinhos conseguiram seguir viagem graças ao grande líder deles. Autor desconhecido. 1 Fonte: http://www.blogdofabocla.com.br/2009/07/o-aquario-lideranca/Aceso em 11/09/2017 PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS26 MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR Quais os tipos de Liderança? 4 José Roberto Marques A liderança é a arte de conduzir pessoas a alcançar, com êxito, os resultados planejados. Essa habili- dade é uma das principais características que ajudam um indivíduo a destacar-se tanto na vida pessoal quanto no trabalho. Mas, afinal, essa capacidade de influenciar e direcionar os outros é um dom natural ou uma com- petência que pode ser desenvolvida ao longo da vida? Para muitos estudiosos, as duas coisas podem acontecer e, ainda que seja uma característica intrínseca, a liderança precisa ser aperfeiçoada no decor- rer do desenvolvimento da pessoa. Existem diversas teorias e modelos de lideranças que foram estudados, e nós vamos mostrar alguns deles para você: A Teoria dos Traços da Liderança, por exemplo, foi uma das primeiras a ser formulada e indicava que os líderes possuíam traços pessoais e físicos que os diferenciavam do resto da população. Já a Teoria dos Estilos de Decisão dos Líderes, estudou o comportamento do líder ao tomar decisões e indicou três tipos distintos: o liberal, o democrático e o autocrático. Por sua vez, a Teoria Situacional considera que existem milhares de situações dentro de um grupo liderado e muitos perfis de líderes ao redor do mundo. Desse modo, os padrões não se aplicam, pois a infinidade de combinações entre os tipos de liderança e as situações que podem ocorrer não permite que se trace um perfil exato. Existem ainda as teorias do Carisma, da Atribuição, da Liderança Transacio- nal e da Liderança Transformacional. TIPOS DE LÍDER Conhecer melhor alguns modelos de liderança também ajuda a compreender um pouco mais a arte de liderar: Exigente Observa todos os detalhes e não deixa nenhum deslize passar despercebido. Entende que para algo dar certo, “todos os buracos têm que estar tapados” e não há o menor espaço para pequenos erros. Muito crítico, observador e perfeccionista, esse líder acredita que a excelência é o caminho para a obtenção do sucesso. Autocrático Não promove a participação efetiva da equipe nos projetos, toma sozinho todas as decisões necessá- rias e costuma oprimir seus subordinados, enxergando neles concorrentes, e não, colaboradores. Ele sempre conduz os processos com muita energia e vigor, mas, como não valoriza as competências, os conhecimentos e os resultados dos subordinados, acaba criando um ambiente de trabalho no qual os profissionais são cobrados excessivamente. Isso causa certo desconforto e limita a performance do grupo. É mais conhecido como um chefe do que um líder. Segue abaixo texto para aprofundamento sobre alguns tipos de liderança. 4 Fonte: http://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/quais-tipos-lideranca/#. Acesso em 07.02.17. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 27 QUAIS OS TIPOS DE LIDERANÇA? (Continuação) Liberal Dá aos colaboradores liberdade para exercerem suas funções sem interferências diretas. Os próprios profissionais ficam responsáveis por gerenciar os resultados de seu trabalho. É uma forma de demons- trar confiança na capacidade dos colaboradores e de dar a eles mais autonomia. No entanto, o líder liberal precisa estar atento para que os colaboradores não fiquem sem condução nem cometam erros graves e prejudiquem o desempenho da empresa. Visionário Tem senso de oportunidade e um otimismo latente. Capaz de antecipar tendências, é empreendedor e tem disposição para correr riscos. Essa capacidade de prever as reações do mercado está sempre am- parada em pesquisas e análises de comportamento das pessoas sobre produtos ou serviços. Esse tipo de liderança reconhece a importância dos colaboradores para a obtenção de bons resultados e busca motivá-los constantemente. Democrático Permite que todos os liderados participem das decisões importantes do grupo e acredita em ideias, críticas e sugestões são importantes para aperfeiçoamento dos projetos, da equipee da organização como um todo. Essa abertura de espaço para diálogos, a comunicação efetiva e os feedbacks constan- tes facilitam a solução de problemas internos e garantem os bons resultados dessa liderança. De todo modo, o líder democrático precisa ter inteligência para encontrar o equilíbrio e não perder o controle, o foco e a objetividade. Leader Coach Sabe delegar com assertividade, uma vez que identifica as capacidades individuais de cada um de seus liderados e as utiliza para potencializar seus resultados. Ele apresenta desafios e novidades motivado- ras, que criam um ambiente colaborativo e empreendedor, favorável à evolução profissional e ao alcan- ce das metas da empresa. Modelada pelos princípios do Coaching, esse tipo de liderança estimula as competências, conduz projetos em parceria, leva em conta as opiniões dos colaboradores e os motiva a confiarem no trabalho desenvolvido. Como você pode observar, existem diversas teorias e modelos de liderança, além de diferentes perfis de líder. E, quando se analisa todos esses conceitos, chega-se a conclusão de que um bom líder sabe ser carismático e íntegro, ouvir e motivar os outros, compartilhar experiências e tomar decisões. Ele conquista o respeito dos liderados por seus exemplos e é dono de virtudes distintas que o ajudam a encarar desafios de forma otimista e criativa. É justamente esse tipo de líder, capaz de ensinar, delegar, acompanhar, inspirar e mobilizar os colaboradores que as empresas procuram. MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS28 ANEXO Roteiro de atividades da apresentação do núcleo para os primeiros anos Um dia importante neste nosso segundo ano juntos, é o da apresentação, para os colegas que estão na 1ª série do NTPPS, do que vocês compreendem como Núcleo de Trabalho, Pesquisa e Práticas Sociais. Nada como escutar de quem participou, vivenciou, aprendeu e cresceu. Fale de todos os bons momentos, mas conte também das dificuldades, do que você e seu grupo fizeram para superar os desafios que surgiram. Esse é um instante especial, de compartilhamento de Aprendizados. Preparem tudo com muito cari- nho, pois esperamos que os novos alunos também possam se sentir acolhidos e apoiados por vocês! Segue um pequeno roteiro, para organização deste momento: > Arrumação da sala (10’) – equipe de função “logística” > Acolhida (10’) – equipe de função “acolhida” > Apresentação do Making Of (15’) – equipe de função “comunicação” > Apresentação dos principais aprendizados (10’) - todos > Apresentação do Mapa das pesquisas (10’) - todos > Apresentação de 2 pesquisas (25’) - todos > Dicas para o próximo ano (10’) - todos > Dinâmica de encerramento (10’) – equipe de função “avaliação e documentação” > Ao final, os alunos apresentam o PowerPoint: “Oportunidades ligadas à educação científica – SEDUC” > Encerramento com a exibição do vídeo “Ceará faz Ciência” PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 29 AULA 7 COMPARTILHANDO NOSSA EXPERIÊNCIA COM A 1ª SÉRIE - PREPARAÇÃO OBJETIVOS TEMPO ATIVIDADE 10' INTRODUÇÃO ■■ Iniciar a aula falando que hoje se dedicarão à preparação da apresentação da experiência vivenciada no NTPPS no ano passado para as turmas de 1ª série deste ano. ■■ Destacar a importância do protagonismo dos alunos na condução da próxima aula. Para tanto, é necessário em primeiro lugar, resgatar toda a experiência. 30' DESENVOLVIMENTO 1 ■■ Convidar os alunos a fazer uma leitura coletiva do texto “O Prazer de Conhecer”. Indagando se os alunos se viram nesse texto, solicitar que formem duplas e conversem, a partir da experiência vivida da 1ª série, sobre esses 02 pontos centrais: ■■ o desenvolvimento de competências ■■ os aprendizados com a Pesquisa ■■ Cada dupla elege aspectos relacionados a estes itens que querem ressaltar. Em seguida, os pontos são apresentados, sendo a 1ª rodada apresentada por 1 integrante da dupla; e a 2ª rodada, pelo outro integrante. ■■ Fazer o fechamento, ressaltando a importância de estarmos conscientes dos desafios vencidos, dos avanços decorrentes das superações e da importância de partilhar esses aprendizados com outros colegas, que estão iniciando suas trajetórias neste ano. 50’ DESENVOLVIMENTO 2 ■■ Dedicar ao planejamento da aula de partilha com as 1as Séries. Divide a turma em equipes para desempenhar as seguintes atividades: ■■ Dinâmica de acolhida (10’) ■■ Apresentação do Making Of– elaborado pela equipe de função (15’) ■■ Apresentação do Mapa das pesquisas (10’) ■■ Apresentação de 2 pesquisas (20’) ■■ Apresentação dos principais aprendizados (10’) ■■ Dicas dos alunos da 2ª série para os da 1ª série (10’) 10’ ENCERRAMENTO ■■ Informar aos alunos que, além da experiência do NTPPS, é importante apresentar as oportunidades oferecidas pela SEDUC para o desenvolvimento científico na escola. ■■ Abrir para discussão das possibilidades de participação nesses eventos e da necessidade de informar os alunos da 1ª série – Se houver tempo projetar o vídeo O Ceará faz ciência. MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Texto – O prazer de conhecer /Computadores/ Internet. ■■ Apresentação: “oportunidades ligadas à educação científica – ■■ SEDUC” e o vídeo “o Ceará faz ciência” - http://goo.gl/6DB2TL ■■ Resgatar a experiência pessoal, grupal e com pesquisa realizada no ano anterior ■■ Orientar as equipes para a preparação da apresentação da experiência PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS30 ANEXO O prazer de conhecer Eureka1! O sentimento e a emoção que carrega essa palavrinha, certamente foram experimentados por muitos dos jovens alunos dos primeiros anos das escolas que aderiram à reorganização curricular, onde foram implantados os Núcleos de Trabalho Pesquisa e Práticas Sociais (NTPPS). Eureka, que significa “encontrei a resposta” ou “descobri a causa do problema” ou “matei a charada” é uma forma de celebrar, de comemorar as descobertas dos alunos que se aventuraram no delicioso e misterioso mundo da pes- quisa. No 1º ano, juntos, investimos nesse caminho de “descobertas”, de “aprender a fazer perguntas” e de tentar “encontrar respostas” de forma profunda... partimos da relação que estabelecemos conosco mesmo, com os colegas, com as pessoas da família e com a escola. Retomamos o “nosso espírito” de crianças curiosas, que buscam de forma inquietante o “por que” de tantas coisas. Aprendemos muito com este percurso!!! Dentre inúmeros aprendizados, nos tornamos mais tolerantes, perdemos o medo de falar em público e agora apresentamos trabalhos escolares com mais facilidade, nos tornamos mais abertos para aprender coisas novas, mudamos a maneira de ver coisas que eram tidas como verdades inquestionáveis e tantos outros. E nossas pesquisas? No começo, pensávamos que pesquisa era algo muito difícil e que não conseguiríamos realizar; lidamos também com as dificuldades de alguns colegas que consideravam o Núcleo uma coisa boba, sem grande importância. Porém, com o tempo, percebe- mos que este caminho pode ser o caminho de uma educação emancipadora, capaz de conjugar a pro- dução de conhecimento da pesquisa ao desenvolvimento de competências pessoais e sociais. Neste percurso estamos construindo nossa autonomia. Muitas dessas competências adquiridas no Núcleo são avaliadas pelo ENEM, como por exemplo: dominar linguagens, compreender fenômenos, enfrentar situações-problema, construir argumentação e elaborar propostas. Também desenvolvemos o gosto pela leitura, a capacidade de compreensão, interpretação e produção de texto. Eureka! as competências pessoais, sociais e acadêmicas são importantes para darmos conta dos desafios que temos que enfrentar no presente e no futuro Outras competências adquiridas são para a vida toda: com as pesquisas aprendemos a trabalhar em grupo e em equipe, a negociar pontos de vista, a ceder e construir consensos em prol da coletivida- de. Aprendemos ainda a ser mais generosos,compartilhando nossas descobertas e conhecimentos. Juntos, alunos-pesquisadores e professores-pesquisadores, todos tivemos a oportunidade de nos engajar numa pesquisa e experimentar o prazer de produzir e de aprofundar conhecimentos e, por- que não dizer, o prazer de conhecer. Fomos capazes de pensar, problematizar, escolher um objeto a ser investigado, de interesse da equipe, elaborar e apresentar um projeto de pesquisa, desenvolver as atividades com disciplina, fazer as leituras, as observações, a coleta e tabulação de dados, elabo- rar as tabelas e gráficos, analisar resultados, escrever o relatório final, produzir as apresentações em PowerPoint ou banners e apresentar para os professores, gestores e alunos. Quantas coisas fizemos! A escolha da escola como ambiente de aprendizagem acadêmica, de desenvolvimento nosso como PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 31 ANEXO pessoas funcionou como um palco onde as diversas vivências e pesquisas entraram em cena. Foram escolhidos objetos de pesquisa focados nas questões pertinentes ao cotidiano das escolas, sobre- tudo, nas problemáticas vivenciadas pelos alunos tivemos vez e voz, pudemos nos relacionar com colegas e professores de forma mais próxima e acolhedora, protagonizamos pesquisas e, ao mesmo tempo, fomos coadjuvantes das pesquisas dos colegas, na medida em que servimos como fontes de informação. A vida é assim: às vezes estamos à frente dos processos, assumimos “o leme” do barco. Outras vezes, outros estão nessa posição de liderança e continuamos com um papel essencial como integrantes do barco. Neste sentido, foram realizadas, por exemplo investigações sobre afetividade na escola, homofobia racismo e outros comportamentos intolerantes, uso abusivo de álcool e ou- tras drogas, gravidez na adolescência, evasão escolar, DSTs, afetividade e sexualidade, abuso sexual, aborto, água e energia (consumo e desperdício), produção e o destino fi nal do lixo (coleta seletiva, reaproveitamento e/ou reciclagem dos resíduos sólidos), poluição (visual e sonora) dentro da escola e sua interferência na aprendizagem dos alunos dentre muitas outras!!!! Tudo isso só foi possível por causa do envolvimento dos gestores e professores das escolas, tanto os do Núcleo quanto os das outras áreas de conhecimento. Esse é outro ganho do NTPPS: a orientação das pesquisas, realizada pelos professores e gestores das escolas, foi um elo de ligação de extrema relevância para o envolvimento das diversas pessoas que fazem a escola acontecer. Por compreender que o Núcleo é parte integrante da escola, e por isso mesmo é refl exo e se refl ete em sua totalidade, alguns gestores instituíram a avaliação das pesquisas como notas parciais em todas as disciplinas. E então, foi bom trilhar esse caminho? Como vocês se sentem hoje como alunos? E como pesquisado- res? Que aprendizados tiveram para a vida? E agora, estão todos animados para começar de novo? O PRAZER DE CONHECER (Continuação) ATIVIDADE Elaborar um texto-sentido sobre a experiência do 1º ano, enfocando os aprendizados como pessoas, como alunos- pesquisadores, como integrante de uma família e o que levarão para a vida. aprendizados como pessoas, como alunos- PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS32 AULA 8 RETROSPECTIVA DA 1ª SÉRIE COM O NTPPS (AULA-MÓVEL: A DEPENDER DE AJUSTE COM A TURMA DA 1ª SÉRIE) OBJETIVOS TEMPO ATIVIDADE 10' INTRODUÇÃO ■■ Arrumação da sala – cada turma de 2ª Série apresenta para uma turma de 1ª 80' DESENVOLVIMENTO ■■ Dinâmica de acolhida (10’) ■■ Apresentação do Making of – elaborado pela equipe de função (10’) ■■ Apresentação do Mapa das pesquisas (10’) ■■ Apresentação de 2 pesquisas (20’) ■■ Apresentação dos principais aprendizados (10’) ■■ Dicas dos alunos da 2ª série para os do 1º (10’) 10’ ENCERRAMENTO ■■ Ao encerrar, ressaltar e agradecer a dedicação e o cuidado dos alunos da 2ª ao preparar esta aula para dar as boas-vindas ao NTPPS, para os alunos de 1ª Série! MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Definir com as equipes encarregadas da apresentação para a 1ª série. ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR ■■ Assegurar que as turmas de 1ª Série participem como público da oficina ■■ Apoiar os alunos com a logística ■■ Garantir a participação do maior número de professores e gestores ■■ Se esta aula seguir como “08”, avisar aos alunos para trazerem uma foto sua, impressa, para a próxima aula. ■■ Dar suporte aos alunos de 2ª Série que irão compartilhar a experiência e os aprendizados do NTPPS na 1ª Série ■■ Incentivar o protagonismo dos alunos PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 33 AULA 9 PROJETO DE VIDA – VAMOS RELEMBRAR O QUE ELABORAMOS NA 1ª SÉRIE? OBJETIVO TEMPO ATIVIDADE 30' INTRODUÇÃO ■■ (Lembrar de na aula anterior, solicitar que tragam uma foto sua para esta aula, impressa) ■■ Iniciar a aula falando que nestas próximas 3 aulas, irão retomar um tema muito importante para todos: o Projeto de Vida! Quem poderia sintetizar o que compreende sobre este, que é nosso mais importante Projeto? Aguardar contribuições. ■■ Ressaltar que, ao longo deste ano, a turma já fortaleceu sua identidade, formou um grupo, reconheceu a importância da integração em suas vidas, conheceu melhor as suas comunidades e já puderam se perceber como pessoas importantes dentro delas. Agora é a hora de refletir um pouco sobre suas projeções para o futuro, lembrando o quanto é importante, neste espaço do Núcleo, reservar este tempo para organizar, de forma consciente, os próximos passos e metas para sua Vida. ■■ Solicitar que os alunos formem um círculo para realizar a atividade do Carrossel (descrição do passo a passo - anexo). Colocar a música “É Preciso saber viver”. 50' DESENVOLVIMENTO ■■ De forma resumida, “recuperar” com os alunos algumas das principais atividades relacionadas ao Projeto de Vida, feitas no 1ª Série (quem sou eu, bandeira pessoal, árvore dos sonhos, o futuro de desejo). ■■ Solicitar voluntários para comentar metas que desejaram ver realizadas, ainda no ano passado e ao longo deste ano. O que foi possível alcançar? Por quê? ■■ Alguns sonhos, desejos, metas foram alterados? Por quê? O que cada um tem feito, no sentido de torná-los realidade? ■■ Convidar então, todo o grupo a refletir um pouco, em silêncio, sobre suas principais aspirações para este ano (podem continuar sendo as mesmas do ano anterior) e distribui o instrumental anexo. Pedir que preencham com toda a concentração e foco possíveis, pois estas metas serão IMPORTANTES para a continuidade da elaboração deste Projeto que tem como centro: VOCÊ!! (Alunos colam suas fotos e podem colorir, se quiser) ■■ Em seguida, solicitar voluntários para apresentar suas METAS e pede que cada um relate um pouco o processo para elegê-las como principais. ■■ Concluir este momento pedindo que coloquem no portfolio, pois, como o TREVO, ele será mantido até o final do ano e retomado sempre que necessário. 20’ ENCERRAMENTO ■■ Alunos em círculo, propor aos alunos a uma leitura coletiva do texto: Morrer é preciso. Abre para comentários de 10 alunos. MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Música – É preciso saber viver / Instrumental: METAS /Texto Morrer é preciso ■■ Lápis coloridos/ cola/ 01 envelope grande. ■■ Retomar com os alunos a reflexão das atividades de projetos de vida PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS34 ATIVIDADE É PRECISO SABER VIVER Carrossel 1 Carrossel: Convidar o grupo a fazer uma grande roda e pedir que todos se deem as mãos. Distribuir números 1 e 2 para todo o grupo. Pede que os números 1 deem um passo à frente. Em seguida, forma dois círculos, um dentro do outro, sendo que o de dentro fi ca voltado para fora, de modo a formar duplas, frente a frente, com o de fora. Solicita que ambos os círculos girem para a direita, dançando no ritmo da música. 2 Colocar a música É preciso saber viver - versão Titãs. Quando a música parar, ofacilitador fala um trecho da música, e o aluno do círculo de dentro conversa com o aluno à sua frente do círculo de fora sobre os trechos: > “Quem espera que a vida seja feita de ilusão pode até fi car maluco ou morrer na solidão” > “Toda pedra do caminho você pode retirar” > “Numa fl or que tem espinhos você pode se arranhar” > “Se o bem e o mal existem você pode escolher” > “É preciso saber viver” > Como você percebe esses trechos em seu projeto de vida? Circula várias vezes. Na última, os pares formam uma grande roda e apresentam o que conversaram sobre a última pergunta (Como você percebe esses trechos em seu projeto de vida?). Escrever os trechos da música que serão discutidos, em tarjetas, e pregá-los no quadro, na medida em que for apresentando ao grupo, para discussão. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 35 ANEXO NOME: DATA: TURMA: METAS PARA ESTE ANO Lugar reservado para sua foto 1 2 4 3 5 PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS36 AULA 10 PROJETO DE VIDA: TEMPO DE PLANEJAR OBJETIVOS TEMPO ATIVIDADE 20' INTRODUÇÃO ■■ Iniciar ressaltando que na aula anterior, foi feito um movimento importante, de identificação de algumas prioridades na vida de cada um. ■■ Na aula de hoje, a proposta é associar algumas destas prioridades ao momento e ao contexto de Vida, de forma a que cada um identifique como suas escolhas geram ganhos e perdas – em nível pessoal, escolar, profissional. ■■ Como é, para cada um, sentir-se adolescente ou “jovem adulto” em seu dia a dia? ■■ Anotar respostas no quadro, chamar atenção para participações que associam às mudanças, às transformações. ■■ Como é sentir-se aluno de uma Escola de Tempo Integral? O que isso trouxe de mudanças em sua vida? ■■ Com o grupo em círculo, solicitar que fechem os olhos e ao som de uma música suave, solicitar que pensem no último ano até o dia de hoje, reconhecendo os ganhos e as perdas vivenciadas até o momento. 50' DESENVOLVIMENTO ■■ Entregar 1 folha de papel A4 para cada aluno. Orientar que cada um dobre a folha de papel ao meio, sem parti- la, escrevendo de um lado, as perdas e do outro, os ganhos que considera ter vivenciado neste último ano. ■■ Depois em duplas, os alunos partilham e comentam os escritos individuais. ■■ A seguir em quartetos, os alunos socializam suas reflexões e desenham em uma cartolina uma balança (tradicional) colocando em seus pratos as perdas e os ganhos comuns encontrados a partir da discussão. ■■ Em seguida, identificam atividades que poderão – a partir da vivência de um Ensino Médio em uma Escola de Tempo Integral – ser transformadas (se negativas ou ainda incertas) ou potencializadas (se já identificadas como competências adquiridas). ■■ Após o desenho concluído, cada equipe apresenta para uma outra equipe seus resultados e fazem uma síntese a ser apresentada para o grande grupo (Formam equipes de 8 alunos). ■■ Finalizam a atividade com as apresentações das equipes para o grupo. (Em média 5 subgrupos por sala) 10’ ENCERRAMENTO ■■ Avaliação: Após ouvir o grupo, solicitar que 20 alunos falem sobre: ■■ Quais perdas foram mais significativas? Por quê? (5 alunos) ■■ Quais ganhos foram mais interessantes? Por quê? (5 alunos) ■■ O que pode ser transformado e/ou potencializado pelas disciplinas Eletivas? Como minha Escola pode impactar nos rumos de minhas próximas escolhas? (5 alunos) ■■ Quais os sentimentos que a atividade despertou? (5 alunos) MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Cartolinas, pincéis ■■ Dar suporte à estruturação de próximos passos na elaboração do Projeto de Vida, identificando habilidades e competências ■■ Associar este momento de planejamento com os itinerários das EEMTIs ■■ Estimular os alunos a incluir a escolha das Eletivas no planejamento de seus Projetos de Vida PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 37 AULA 11 PROJETO DE VIDA - MINHAS ESCOLHAS OBJETIVO TEMPO ATIVIDADE 20' INTRODUÇÃO ■■ Escrever a frase: “Aquilo que uma pessoa se torna ao longo da vida depende basicamente de duas coisas: das oportunidades que teve e das escolhas que fez. ” – Antônio Carlos Gomes da Costa. ■■ Solicitar que os alunos reflitam e comentem sobre a frase. 70' DESENVOLVIMENTO ■■ A partir das reflexões dos alunos, destacar o que foi falado sobre o que significa fazer escolhas e encaminha a realização da vivência das prioridades. ■■ Vivência das Prioridades (Anexo). ■■ Perguntar aos alunos: o que pode influenciar as nossas escolhas? Estamos preparados para fazer as escolhas certas? ■■ Lançar a pergunta: O que eu quero ser? ■■ Realizar a leitura do texto: O que quero ser quando eu crescer. ■■ Solicitar que, em silêncio, reflitam sobre as escolhas que já fizeram e sobre as habilidades que foram trabalhadas na oficina anterior. ■■ Solicitar que todos, individualmente escrevam um texto-sentido com o título “O que eu quero ser”. 10’ ENCERRAMENTO ■■ Explicar que neste momento, eles concluíram a PRIMEIRA PARTE da Elaboração do Projeto de Vida neste 2° Ano. Ele já é um desdobramento de tudo o que foi experienciado até aqui, se estruturando de forma mais pensada, mais madura. No 2° Semestre, o grupo voltará a ele. ■■ Para finalizar, convidar o grupo para assistir à mídia de Clarice Falcão: O que faz você feliz. ■■ Solicitar que dez alunos completem a frase: O que me faz feliz é ... MATERIAL NECESSÁRIO ■■ Folhas de ofício ■■ Mídia: O que faz você feliz - http://www.youtube.com/watch?v=oqq0bCNVGxc ■■ Levar o grupo a refletir sobre as escolhas de caminhos na construção do Projeto de Vida PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS38 ANEXO Vivência das prioridades 1 Entregar uma folha de papel A4 para cada aluno e solicita que cada um dobre a folha em 8 partes; 2 Informa que cada dobra corresponderá a uma coisa sem a qual a pessoa não pode viver; 3 Dar tempo suficiente para que todos escrevam nos espaços; 4 Após todos terem preenchido, dizer: Há muitas coisas na vida que são dispensáveis, portanto, pode- mos viver com menos. 5 Pedir para que reflitam se podem eliminar dois dos elementos que puseram no papel. Chamar a atenção para a responsabilidade do aluno ao assumir suas escolhas. Pergunta novamente se podem retirar mais outros dois e assim sucessivamente. Os alunos aos poucos vão expressando seus limites e se recusando a continuar. OBS: Essa vivência mexe com o que há de mais importante para as pessoas, então é preciso cuidado ao executá-la. Com muito jeito leve-os a realizar a tarefa, mas sem forçá-los. Muitos dirão que não dá mais para eliminar nada; perguntarão se podem deixar esse ou aquele elemento, dentre outras ques- tões, mas esses comentários devem ser ignorados, pois qualquer informação a mais poderá estragar o desfecho da vivência. 6 Ao final, o educador dirá que ninguém era obrigado a eliminar nada, que ele estava ali apenas para orientar a vivência e que só cada pessoa tem a condição de avaliar o que é importante em sua vida. Sempre teremos em nossa vida gente dizendo que as coisas “devem ser assim ou assado”, mas que só nós mesmos poderemos dar a resposta final. Relacionar essas questões com o projeto de vida de cada um, das opções e decisões que teremos que tomar na vida. PLANOS DE AULA - 2ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 39 ANEXO O que quero ser quando eu crescer 5 Quando eu era pequena, eu pegava um quadro negro que eu tinha e ficava dando aula para alguém que não existia. Não fisicamente. Mas na minha ima- ginação, meus alunos estavam sentados ali. E eu so- nhava em ter um quadro enorme com um monte de giz colorido para dar aulas. Sonhava ser professora. Seria a professora mais legal do mundo. Mas mudei de ideia. O tempo passou e percebi o quanto eu amo animais. E que tal ser veterinária? Mas como? Meu estômago bri- garia feio comigo. Sangue, definitivamente, não pode- ria fazer parte da minha profissão.
Compartilhar