Buscar

EducationTCFFatimaNelioMagalhaesCastelopor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MUST UNIVERSITY 
 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DAS TECNOLOGIAS EMERGENTES NO 
APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO ORGANIZACIONAL, POR MEIO DO 
PROCESSO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
 
Por: Fátima Nélia Magalhães Castelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Junho/2019
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD 
 370 Castelo, Fátima Nélia Magalhães A contribuição das tecnologias 
C348c emergentes no aperfeiçoamento da gestão organizacional, por 
meio 
 do processo de avaliação institucional / Fátima Nélia Magalhães 
 Castelo – 2019 55 f.: il. color. 
 
 Dissertação (Mestrado) – Must University, Curso de Tecnologias 
 Emergentes em Educação, Miami, 2019. 
 Orientador (a): Profa. Dra. Maria Elisa Ehrhardt Carbonari. 
1. Ensino superior. 2. Autoavaliação institucional. 3. Tecnologia 
educacional. 
 I. Carbonari, Maria Elisa Ehrhardt. (orient.). II. Título. 
 
 
3 
 
 
MUST UNIVERSITY 
 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DAS TECNOLOGIAS EMERGENTES NO 
APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO ORGANIZACIONAL, POR MEIO DO 
PROCESSO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
 
Fátima Nélia Magalhães Castelo
1
 
Orientadora: Profa. Dra. Maria Elisa Ehrhardt Carbonari 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão Final apresentado à 
MUST University, referente ao Mestrado em 
Tecnologias Emergentes em Educação, na área de 
concentração em Educação, e linha de pesquisa em 
Educação mediada por Tecnologia, para obtenção do 
título de Mestre. 
 
Junho/2019 
 
1
 Especialista: nelia.castelo@fbuni.edu.br 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu marido Nivardo, pelo apoio incondicional, 
sempre acreditando no meu potencial e 
incentivando a minha formação, me ajudando e 
contribuindo com excelentes ideias para redação 
de minha dissertação. Sem você nenhuma 
conquista valeria a pena. A ele dedico meu 
trabalho.
5 
 
RESUMO 
 
O objetivo desta pesquisa é contribuir para o aperfeiçoamento do modelo de avaliação 
institucional hoje utilizado na IES onde colaboramos, com foco na autoavaliação institucional 
como instrumento de melhoria da qualidade, através dos recursos tecnológicos. Nosso 
envolvimento profissional com o tema advém da experiência vivenciada em três Instituições 
de Ensino Superior privadas de médio porte, localizadas em Fortaleza – CE. Ao longo desses 
quinze anos, convivemos com essa atividade enquanto membro efetivo das diversas 
Comissões Próprias de Avaliação, tanto por meio de métodos tradicionais, como com a 
utilização das novas e recentes práticas. Em ambos os casos, foram observadas muitas 
peculiaridades específicas. Contudo, foi possível constatar que a avaliação em todas elas, é 
valorizada não só como uma etapa do processo de gestão, mas também como um instrumento 
de melhoria e de aperfeiçoamento contínuo, possibilitando um planejamento estratégico de 
qualidade. Essa pesquisa concentrou-se no processo de autoavaliação institucional buscando 
compreender tanto a origem e a lógica da autoavaliação como a contribuição das tecnologias 
emergentes que passaram a ser importantes neste processo. Conforme argumentam Laurindo 
et al. (2001), a tecnologia de informação “evoluiu de uma orientação tradicional de suporte 
administrativo para um papel estratégico dentro da organização” permitindo a viabilização de 
novas estratégias. Concluiu-se que o processo da autoavaliação institucional com a utilização 
das tecnologias emergentes, favorece a participação da comunidade acadêmica. Ressalte-se 
que as TIC’s são dotadas de recursos que facilitam essa participação, daí o uso generalizado 
de email´s, celulares, chats e outras ferramentas, proporcionando credibilidade e 
transparência, contribuindo de forma decisiva para a melhoria da qualidade dos processos de 
gestão. 
 
 
Palavras-Chaves: Autoavaliação Institucional, Ensino Superior, Tecnologia Educacional. 
 
6 
 
ABSTRAT 
 
The objective of this research is to contribute to the improvement of the institutional 
evaluation model now used in HEI, where we collaborate, focusing on institutional self-
assessment as an instrument for improving quality through technological resources. Our 
professional involvement with this theme stems from the experience of three medium-sized 
private higher education institutions, located in Fortaleza - CE. During these fifteen years, we 
have lived with activity as an active member of the various Evaluation Committees, both 
through traditional methods and through the use of new and recent practices. In both cases, 
many specific peculiarities were observed. However, it was possible to verify that the 
evaluation in all of them is valued not only as a step in the management process but also as an 
instrument of improvement and continuous improvement, enabling strategic quality planning. 
In this research, it focused on the process of institutional self-evaluation seeking to understand 
both the origin and logic of self-assessment and the contribution of emerging technologies 
that have become important in this process. According to Laurindo et al. (2001), information 
technology "evolved from a traditional orientation of administrative support to a strategic role 
within the organization," allowing the viability of new strategies. It was concluded that the 
process of institutional self-evaluation with the use of emerging technologies favors the 
participation of the academic community. It should emphasize that ICTs are endowed with 
resources that facilitate such engagement, hence the widespread use of email, cell phones, 
chat rooms, and other tools, providing credibility and transparency, contributing decisively to 
improving the quality of management processes. 
 
Keywords: Institutional Evaluation, Higher Education, Educational Technology. 
7 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
ABMES - Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior 
ACG – Avaliação de Cursos de Graduação 
AVALIES - Avaliação de Instituições de Ensino Superior 
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
CNE - Conselho Nacional de Educação 
CONAES - Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior 
CPA - Comissão Própria de Avaliação 
CPC – Conceito Preliminar de Curso 
EAD – Ensino a Distância 
ENADE - Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes 
ENC - Exame Nacional de Cursos 
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio 
GERES - Grupo Executivo para a Reformulação do Ensino Superior 
GIF - Graphics Interchange Forma 
GTRU - Grupo de Trabalho Universitário 
HTML - HyperText Markup Language 
ICP – Brasil – Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira 
IES - Instituição de Ensino Superior 
IGC – Índice Geral de Cursos 
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 
ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação 
LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
MEC – Ministério de Educação e Cultura 
ODBC - Open Database Connectivity 
PAIUB - Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras 
PARU - Programa de Avaliação da Reforma Universitária 
PDI – Projeto de Desenvolvimento Institucional 
PHP - Hypertext Prepocessor 
PNE - Plano Nacional da Educação 
PPC – Projeto Pedagógico de Curso 
8 
 
PPI - Projeto Político Institucional 
SESu – Secretaria de Ensino Superior 
SINAES - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior 
SQL - Structured Query Language 
TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação 
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
URL - Uniform Resource Locator 
 
9 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................11 
1. AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: CONCEITO, ORIGEM E 
TRAJETÓRIA ........................................................................................................................ 15 
1.1. CONCEITOS DE AVALIAÇÃO .............................................................................. 16 
1.1.1 – Conceituação Geral............................................................................................... 16 
1.1.2 – Conceituação Específica ....................................................................................... 17 
1.2. ORIGEM E TRAJETÓRIA ....................................................................................... 18 
1.2.1 – Origem .................................................................................................................. 18 
1.2.2 – Trajetória .............................................................................................................. 19 
Gráfico 1 - “TIMELINE” DA AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL ... 19 
1.3. O SINAES E SUA IMPORTÂNCIA ................................................................................. 20 
Figura 1 – Princípios do SINAES ............................................................................................... 21 
Figura 2 – Demonstrativo da composição da CPA .................................................................. 22 
2. O NOVO CENÁRIO DA AVALIAÇÃO ...................................................................... 25 
2.1. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR ................... 26 
2.2. A AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................. 29 
2.2.1. Objetivos ............................................................................................................. 30 
2.2.2. Eixos Avaliativos ................................................................................................ 31 
2.2.3. Procedimentos para Coleta de Informações ....................................................... 31 
2.2.4. Metodologia da Autoavaliação ........................................................................... 32 
2.2.5. Etapas da Autoavaliação ..................................................................................... 33 
2.3. EXAME DAS PRÁTICAS DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 
OBSERVADAS NAS IES PESQUISADAS ................................................................... 34 
2.3.1 – Conceituação Específica ....................................................................................... 34 
Quadro I – Comparativo da Participação Discente .................................................................. 37 
Quadro II – Comparativo da Participação Discente % ............................................................. 38 
Gráfico 2 – FLUXO DO PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO ....................................... 41 
Gráfico 3 – Comparativo da Sensibilização no Processo de Autoavaliação ...................... 42 
Gráfico 4 - FLUXO AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL COM AUXÍLIO DE 
TECNOLOGIAS .................................................................................................................... 43 
3. CARACTERÍSTICAS DAS TECNOLOGIAS EMERGENTES - INOVAÇÃO E 
TRANSFORMAÇÃO ............................................................................................................. 44 
3.1 IMPACTOS NA EDUCAÇÃO EM GERAL ............................................................ 45 
3.2. O IMPACTO NO PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........ 47 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 51 
10 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 54 
Anexo I: TABULAÇÃO MELHORIAS EFETUADAS/ PENDENTES RESULTANTES DA 
AUTOAVALIAÇÃO ............................................................................................................... 57 
Período: 2016 - 2018 ............................................................................................................... 57 
Anexo II: TABULAÇÃO GERAL - QUESTIONÁRIOS INSTITUCIONAIS 2018 .............. 58 
a) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL CORPO DISCENTE ................................... 58 
b) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL CORPO DOCENTE .................................... 64 
c) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL CORPO TÉCNICO- ........................................ 65 
ADMINISTRATIVO .......................................................................................................... 65 
d) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EGRESSOS .................................................. 66 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
“Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não sabem ler e 
escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender”. 
 
A sociedade brasileira vem passando, nas últimas décadas, por um processo de 
reconhecimento da importância da educação como equalizador de oportunidades e uma 
possível solução para a desigualdade. 
De início, afirma-se que a avaliação aqui estudada está associada a um referencial de 
padrão de qualidade. Os diferentes modos de compreensão fazem parte, inclusive, das lutas do 
Movimento de Docentes das Universidades Brasileiras, desde a década de 1960. 
Contudo, a questão que se levanta é: “o que é avaliação”? O entendimento, buscado 
pelas IES e orientado pelo MEC define, em síntese: 
 analisar sistematicamente a prática pedagógica utilizada; 
 corrigir distorções encontradas; 
 repensar novas formas de gestão, 
tudo com o objetivo de que a aprendizagem ocorra. 
Os discentes, ao avaliarem as IES, estão avaliando concomitantemente a prática dos 
docentes, a gestão da IES, o curso com seu currículo e a infraestrutura oferecida (inclusive a 
tecnológica). Em suma, avalia-se o ensino como um todo. 
Mas, avaliar, também se refere a uma concepção de qualidade como ação formativa e 
democrática que contemple as dimensões estabelecidas pela Lei n
o
. 10.861/2004 do SINAES, 
conforme abaixo descrita: 
 “A melhoria da qualidade da educação superior, a orientação da expansão 
da sua oferta, o aumento permanente da sua eficácia institucional e 
efetividade acadêmica e social e, especialmente, a promoção do 
aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das 
instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão 
pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à 
diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional”. 
(SINAES, 2004, p.01) 
12 
 
Tudo isso foi estabelecido para atingir as finalidades educacionais de acordo com os 
princípios da legislação específica do Ensino Superior. 
Para a UNESCO, na Conferência Mundial sobre Ensino Superior em 2009, a 
qualidade e diversidade são os eixos das políticas educativas. A qualidade se transformou em 
um conceito dinâmico que deve se adaptar permanentemente a um mundo que experimenta 
profundas transformações sociais e econômicas. 
Faz-se necessário então perguntar: 
1. O que é um ensino superior de qualidade? 
2. Como vem sendo avaliada a qualidade do ensino oferecido pelas instituições? 
3. A que nos referimos quando falamos em qualidade da Educação Superior? 
4. Seria a qualidade, neste âmbito, aproximada aos princípios adotados pelas 
empresas cuja gestão é ditada pelas demandas de mercado? Ou, qualidade diz respeito ao 
processo educativo de excelência a ser revertido em bem comum? 
5. Como as tecnologias digitais podem contribuir e aprimorar os processos de 
autoavaliação das IES? 
Embora não haja respostas explícitas para essas questões, há pistas a serem explicadas, 
sobretudo em relação a um aspecto essencial recorrente, qual seja: o conceito abrangente do 
termo “qualidade”. 
Como a qualidade só pode ser medida por comparação, o papel da autoavaliação 
institucional é medir a qualidade do ensino prestada na forma instituída pela Lei do SINAES. 
É anorma principal para parametrizar os índices correspondentes aos coeficientes de 
qualidade prevista em cada dimensão de ensino. 
Avaliar uma IES implica desenvolver sistemas que considerem tanto os elementos 
quantitativos quanto os qualitativos, de forma contínua, valorizando a variedade de objetivos 
e a diversidade das ações que realizam, contribuindo para a formação integral do aluno. 
Uma vez que o foco desta pesquisa é a contribuição das tecnologias emergentes no 
aperfeiçoamento da gestão, e que tais tecnologias por serem digitais, além de contribuírem 
para o desenvolvimento de novos meios e métodos de conectividade o seu uso, facilitarão 
tanto o processo de ensino-aprendizagem como os processos administrativos de forma a 
serem efetivados com uma maior precisão. 
Em meio à abundância dos avanços tecnológicos, conhecer e avaliar todas as 
inovações que certamente podem e devem ser usadas no processo de Avaliação Institucional, 
13 
 
requer uma dedicação permanente, ou seja, testar sistematicamente, os novos métodos, 
acolhendo os oportunos e redefinindo ou eliminando os supérfluos. 
A autoavaliação institucional, ao se tornar uma atividade permanente, requer preparo e 
conhecimento técnico, elevada capacidade de observação, de forma a possibilitar mudanças 
institucionais e pedagógicas. Os indicadores indutores de qualidade como um instrumento de 
construção e consolidação de uma cultura de avaliação consolida as mudanças identificadas 
por necessárias. 
Conforme apontado por Azevedo (2005), emerge cada vez mais nesse cenário a 
necessidade de se estabelecer um processo de gestão desses resultados avaliativos. 
Para a abordagem metodológica, foram utilizados quatro tipos de pesquisa, 
respeitando as peculiaridades próprias de cada instituição examinada, tais como: 
 Pesquisa Explicativa: segundo Silva e Menezes (2001, p.20), “objetiva gerar 
conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas 
específicos. Envolve verdades e interesses locais”. 
 Pesquisa Bibliográfica, “desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído 
principalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 1991, p.48). Este 
delineamento é necessário para conhecer e analisar as contribuições científicas 
existentes sobre o assunto. 
 Pesquisa Descritiva: uma das características mais relevantes da pesquisa descritiva é o uso 
de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. 
Assume, geralmente, a forma de levantamento, porque é preciso entender e encontrar 
um formato para o aproveitamento dessas ferramentas. 
 Pesquisa Exploratória: como o próprio nome indica, a pesquisa exploratória permite uma 
maior familiaridade entre o pesquisador e o tema pesquisado, visto que este ainda é pouco 
conhecido, pouco explorado. Nesse sentido, será necessário que o pesquisador inicie um 
processo de sondagem, com vistas a aprimorar ideias, descobrir intuições e, 
posteriormente, construir hipóteses. 
O presente trabalho está sistematizado da seguinte forma: 
No primeiro capítulo é apresentado o conceito, a origem e a trajetória da avaliação no 
ensino superior de forma sequenciada. Ainda no capítulo inicial destaca-se a importância do 
SINAES como marco efetivo do sistema de avaliação do Ensino Superior. 
14 
 
No segundo capítulo apresenta-se o novo cenário da avaliação atualmente tratando, de 
forma detalhada, os diversos instrumentos de avaliação e autoavaliação, especificando desde 
os objetivos iniciais até as etapas de cada fase e anexando cópia da tabulação dos resultados 
da autoavaliação. Na pesquisa, comparamos as práticas de quatro IES a partir de 
conhecimento próprio. 
O terceiro capítulo trata das características das tecnologias emergentes – inovação e 
transformação, no qual apresenta-se os impactos tecnológicos tanto na educação em geral 
como no processo de autoavaliação institucional, em especial os ocorridos nas IES no final do 
ano de 2017 e implantados em 2018. 
Por fim, o capítulo IV apresenta as considerações finais com base na análise de 
experiências vivenciadas pela autora durante 11 anos, em quatro IES diferentes. A razão de 
ser do sistema de autoavaliação institucional, como executado nos moldes atuais, está 
constatada com advento das novas tecnologias de informação e comunicação, que oferecem a 
oportunidade de se obter dados mais rápidos, precisos e confiáveis, possibilitando o 
desenvolvimento do processo de forma científica, transparente, com dados confiáveis e com 
credibilidade. 
. 
 
 
15 
 
 
1. AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: 
CONCEITO, ORIGEM E TRAJETÓRIA 
 
Os estudiosos do campo da avaliação vêm destacando a indiscutível importância de se 
avaliar, de forma sistematizada, uma IES objetivando-se a construção de um conceito de 
qualidade de ensino mais condizente com a pós-modernidade. 
Os aspectos normativos, a dinâmica e a lógica processual que orientam a educação 
superior brasileira, no que se refere às avaliações de instituições e cursos de graduação, 
apontam a vinculação entre avaliação, regulação e supervisão
2
. Significa dizer: os resultados 
do SINAES, no seu conjunto ou em cada uma das dimensões que o integram, podem atender a 
finalidades diferenciadas, a depender das ações que serão implementadas com base nos seus 
resultados. De outra forma, independentemente do fim a que se destinam, as avaliações 
realizadas pelo INEP objetivam subsidiar o aprimoramento de instituições e cursos, além de 
informar a sociedade em geral. 
Esse aprimoramento, como resultado das avaliações, é um diferencial competitivo. 
Proporciona elementos para as correções e os ajustes necessários e evita o descumprimento 
dos objetivos institucionais. 
As próprias IES reconhecem e exploram os resultados das avaliações quando dão 
ênfase, por meio de propagandas/publicidades, que o bom índice alcançado é fator decisivo 
para a escolha dos alunos. A maioria deles opta pela IES de nível mais elevado. 
Trata-se de uma tendência, não só vista no Brasil. Universidades americanas, por 
exemplo, exploram os benefícios obtidos pelos alunos que frequentam universidades de 
qualidade reconhecida, ou seja, melhor avaliadas, conforme dados divulgados do Instituto 
Brookings e citado pela Revista VEJA “três vezes maior é o benefício financeiro trazido ao 
longo da vida pelo diploma de uma das faculdades mais disputadas dos Estados Unidos em 
relação às menos disputadas, na pesquisa em 850 escolas americanas”. (VEJA. 2015) 
 
2
 De acordo com o Decreto nº 9.235/2017 (MEC), a regulação será realizada por meio de atos autorizativos 
administrativos do funcionamento de IES e de cursos de graduação. Já a supervisão realiza-se por meio de ações 
preventivas ou corretivas, zelando pela regularidade e pela qualidade da oferta dos cursos de graduação e de pós-
graduação lato sensu e das IES que os ofertam. Ações são de responsabilidade exclusiva do MEC e efetivadas 
pela SERES. 
16 
 
 
A avaliação passou a ocupar cada vez mais o centro das discussões no ambiente 
acadêmico das IES quando da implementação de ações para atender às exigências do MEC. 
Na discussão de propostas para amenizar e enfrentar as resistências e as críticas por parte dos 
docentes, discentes, e dos técnicos, constatou-se um maior envolvimento de todos, inclusive 
gestores, objetivando tornar a avaliação fiável, eficiente e mais eficaz. 
 
1.1. CONCEITOS DE AVALIAÇÃO 
1.1.1 – Conceituação Geral 
Para Kraemer (2006), avaliação vem do latim a + valere, ou seja, atribuir valor e 
mérito. Avaliar, de forma geral, segundo o dicionário Houaiss, ano 2001 p. 353 significa “ter 
ideia de, conjecturar sobre ou determinar a qualidade, a extensão, a intensidade etc.de”. Sendo 
assim, a avaliação revela os objetivos de ensino já atingidos num determinado ponto de 
percurso e também as dificuldades no processo de ensino/aprendizagem.Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991, p.196) "a 
avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e 
aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho." 
Sob a ótica de Sant’Anna (1995, p.29-30), avaliação é: “um processo pelo qual se 
procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do comportamento e 
rendimento do aluno, do educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento 
se processou, seja este teórico (mental) ou prático”. 
Partindo desse pressuposto, avaliação não consiste, apenas, em avaliar o aluno, mas o 
contexto escolar na sua totalidade, permitindo fazer um diagnóstico para sanar as dificuldades 
do processo de aprendizagem, nos sentidos teórico e prático. 
A avaliação, na concepção de Both (2007), vem atrelada ao processo em que se 
direciona a qualidade do desempenho sobre a quantidade de atividades propostas, tanto para o 
aluno quanto para o professor, resultando em um processo comparativo. O autor destaca que o 
foco principal é a qualidade do ensino, ultrapassando os limites da verificação. 
A avaliação deve ser considerada parte integrante do processo ensino-aprendizagem, e 
não uma etapa isolada, por ser um elemento importante na organização escolar, estruturando o 
trabalho dos professores, alunos e direção. 
17 
 
 
Em síntese, a importância da avaliação nos diferentes ambientes educacionais é vista, 
dentro de uma perspectiva, como agregadora das tendências educacionais, representando um 
dos aspectos fundamentais do processo educacional. 
 
1.1.2 – Conceituação Específica 
Ao focar particularmente nas IES, a avaliação institucional está diretamente ligada à 
autoavaliação ou avaliação interna, constituindo-se no passo fundamental para a busca da 
qualidade. Requer permanente diálogo, com a participação de todos que compõem a 
comunidade educativa. 
Examinando a literatura disponível, embora haja variadas concepções e interpretações, 
o consenso mais recente menciona que “a avaliação é a identificação, esclarecimento e 
aplicação de critérios defensáveis para determinar o valor (ou mérito), a qualidade, a 
utilidade, a eficácia ou a importância do objeto avaliado em relação a esses critérios” 
(Worthen, Sanders e Fitzpatrick, 2004, p.35) 
De acordo com essa assertiva, a avaliação institucional comporta três grandes 
momentos estruturantes, essenciais ao processo: 
 O primeiro é a busca de informações de qualidade que denominamos de 
diagnóstico – Nesta etapa a utilização das TICs favorece uma maior participação da 
comunidade, englobando um volume considerável de informações. Os questionários 
são aplicados em ambiente virtual, possibilitando um número mais abrangente das 
informações; 
 O segundo momento envolve o levantamento, a organização e a análise dos 
dados que servirão de subsídios para a tomada de decisão em relação ao processo sob 
avaliação, no qual se determina o valor ou mérito. Sem o uso dessas tecnologias, o 
processo poderia se arrastar por semanas ou meses. Atualmente a tabulação desses 
resultados gravados no banco de dados, envolve questão de minutos, favorecendo a 
CPA com informações rápidas e precisas para esta análise; 
 O terceiro momento envolve além da análise dos dados quantitativos, os 
comentários e as sugestões da própria comunidade. Muitas dessas sugestões são 
aproveitadas ensejando a tomada de decisões no sentido da melhoria do processo. 
18 
 
 
A utilização das tecnologias de informação e comunicação, associadas à captação, 
armazenamento, tratamento e divulgação de dados é de extrema importância, cuja 
colaboração possibilita as mudanças necessárias, num curto espaço de tempo. 
A avaliação de uma Instituição de Ensino Superior permite identificar as 
potencialidades e fragilidades, destacando-se os pontos fortes e fracos nos processos 
acadêmicos e administrativos, tendo como referenciais os indutores de qualidade educacional, 
a legislação, os atos normativos e os documentos institucionais, quais sejam: Regimento, 
Estatuto, Planos, Projeto Político Pedagógico, Projeto de Desenvolvimento Institucional, 
incluindo-se ainda os relacionados como os Projetos Pedagógicos dos cursos. 
 
1.2. ORIGEM E TRAJETÓRIA 
1.2.1 – Origem 
A partir das discussões sobre a condução do ensino educacional brasileiro, tema 
sempre presente entre os profissionais envolvidos, chegou-se à conclusão de que, no caso das 
IES, o melhor método é o de avaliar de forma científica. A tecnologia colabora por meio de 
sistemas interconectados através de links, aumentando em larga escala as informações nos 
bancos de dados e nas redes 
Nos anos 60, com as demandas advindas da fase do capitalismo, deu-se início à 
racionalização das práticas universitárias como meio de obtenção da eficiência, da 
produtividade e do controle de processos e resultados. Nos anos 70, no polo tecnológico 
localizado no estado da Califórnia, conhecido como “Vale do Silício”, iniciou-se, nos Estados 
Unidos, uma revolução tecnológica, modificando de forma repentina os diversos aspectos da 
vida cotidiana. Em resumo, essas tecnologias mudaram a quantidade, a qualidade e a 
velocidade das informações nos dias. 
Essa evolução tecnológica resulta da influência de vários fatores institucionais, 
econômicos e culturais. Segundo Lévy (1996), a era atual das tecnologias da informação e 
comunicação estabelece uma nova forma de pensar sobre o mundo que vem substituindo 
princípios, valores, processos, produtos e instrumentos que mediam a ação do homem com o 
meio. 
Inicialmente, as primeiras avaliações institucionais para o ensino superior se voltaram 
para o controle das universidades, com foco voltado para a qualidade. Buscava-se prestar 
19 
 
 
contas à sociedade para justificar sua função social. O Plano Atcon constitui uma das 
primeiras experiências de avaliação do ensino superior sob a égide do governo militar. 
(FÁVERO, 2006). 
O consultor norte-americano Rudolph Atcon apresentou um documento, em 1966, 
com sugestões e recomendações, adequando as instituições universitárias às necessidades do 
capitalismo. A maioria dessas recomendações foi absorvida no projeto da Reforma 
Universitária. 
Segundo Tenório e ArgolIo (2009), em se tratando de avaliação institucional, a 
comparação do Brasil com a experiência de outros países demonstra que, apesar de ser 
estudada desde os anos 70, o processo passou por longos períodos de estagnação. Nesse lapso 
de tempo, observa-se a ocorrência de apenas ações isoladas que não contribuíram para a 
consolidação de um sistema nacional de avaliação educacional. 
 
1.2.2 – Trajetória 
 
Conquanto a Avaliação do Ensino Superior tenha se concentrado no estabelecido na 
Lei do SINAES – considerado o efetivo marco regulatório da avaliação institucional – é 
possível verificar, no gráfico 1, abaixo, a cronologia dos principais eventos relacionados ao 
tema. 
Gráfico 1 - “TIMELINE” DA AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL 
 
 
Fonte: Elaboração própria, com base nas diversas avaliações no Brasil, 2019. 
20 
 
 
Faz-se necessário registrar que a regulação ao longo do tempo se efetiva por atos 
autorizativos, com pouca participação dos realmente interessados. Daí a ênfase em avaliar e 
regular ao mesmo tempo. Com efeito “aspectos normativos, a dinâmica e a lógica processual 
que orientam a educação superior brasileira, no que se refere às avaliações de instituições e 
cursos de graduação, apontam a vinculação entre avaliação, regulação e supervisão” (SINAES, 
2008, vol. IV, p. 16.) 
Contudo, os resultados da avaliação institucional estabelecida pelo SINAES, em seu 
conjunto ou em cada uma das dimensões que o integram, visavam atender a finalidades 
diferenciadas e dependiam das ações que eram implementadas a partir dos seus resultados. 
Objetiva-se subsidiar o aprimoramento das IES, dos cursos e levar as informaçõesà sociedade 
geral. 
Com isso, pode-se dizer que, o principal alicerce da política de avaliação do ensino 
superior tem no tripé “avaliação – regulação – supervisão” a busca de uma contribuição para a 
qualidade do ensino. 
Como não se garantiu, como desejado, a qualidade do ensino, que caminhou em 
sentido inverso, surgiu questionamentos sobre a qualidade dos resultados, gerando a 
necessidade de políticas de “acompanhamento e controle” do que se avaliava. 
A partir do século XXI, a avaliação ganhou um papel relevante num cenário de grande 
expansão da oferta, elevada diversificação de cursos e aumento positivo do acesso ao ensino 
superior predominantemente no setor privado. 
Em 2014, após a implantação da Lei n
o
. 10.861, de 14.04.2004 – denominada de Lei 
do SINAES, a avaliação institucional passou a ser vista como uma das ações estratégicas mais 
relevantes a serem desenvolvidas nas IES. 
 
1.3. O SINAES E SUA IMPORTÂNCIA 
 
O Sistema de Avaliação Nacional do Ensino Superior, mais conhecido como SINAES, 
enquanto sistema, avalia de forma global e integrada as atividades acadêmicas a partir de três 
grandes pilares: Avaliação de Instituição de Ensino Superior, Avaliação de Desempenho de 
Estudante e Avaliação de Cursos de Graduação. 
21 
 
 
Esses elementos integrados são constitutivos do ciclo avaliativo, conforme mostra a 
figura 1. 
Figura 1 – Princípios do SINAES 
 
 
Fonte: Elaboração própria com base no SINAES, 2004. 
 
Partes de um mesmo sistema de avaliação, cada um desses processos é desenvolvido 
em situações e momentos distintos, fazendo uso de instrumentos próprios, mas articulados 
entre si. Aborda dimensões e indicadores específicos com o objetivo de identificar as 
potencialidades e insuficiências dos cursos e instituições, promovendo a melhoria da sua 
qualidade e relevância – e, por consequência, da formação dos estudantes – e, ainda, 
fornecendo à sociedade informações sobre a educação superior no país. 
Nesse entendimento, destaca-se que a maior contribuição emanada pela lei é a 
obrigatoriedade de criação de uma Comissão Própria de Avaliação – CPA. Essa comissão é 
responsável pela coordenação dos processos internos de autoavaliação, de sistematização e de 
prestação das informações solicitadas pelo INEP, com autonomia e constituída por 
representantes de todos os segmentos da comunidade acadêmica (docente, discente e técnico-
administrativo) e de representantes da sociedade civil organizada, paritariamente, de acordo 
com a figura 2. 
22 
 
 
 
 
Figura 2 – Demonstrativo da composição da CPA 
 
Fonte: Elaboração própria, com base na Lei do SINAES, 2019. 
 
A partir da sua criação, o processo avaliativo passa a constituir um sistema que 
permite a integração das dimensões avaliadas, assegurando as coerências conceitual, 
epistemológica e prática, bem como o alcance dos objetivos dos diversos instrumentos e 
modalidades. 
Os resultados são o principal indicador de qualidade dos serviços educacionais 
prestados, sendo utilizados no recredenciamento da IES e reconhecimento dos cursos feitos 
pelo MEC. Tal prática provoca mudanças de comportamento nas instituições. 
Por sua vez a utilização das tecnologias emergentes permitiu o acesso dos alunos 
ao site da CPA ou da IES para responder a autoavaliação institucional on line por meio 
de aplicativos móveis ou computadores de uso pessoal desde que o local disponha de 
rede WiFi, permitindo uma maior participação da comunidade acadêmica. As referidas 
tecnologias oferecem ferramentas para repensar e acompanhar os progressos institucionais, 
modernizando o sistema de mensuração dos resultados como um instrumento de busca 
incessante de inovação e da qualidade. Podemos citar, como exemplo, o gerenciador de dados 
utilizado para gerenciamento de portais, conhecido de forma abreviada como SQL. Por ser 
um banco mais robusto, trabalha com grandes volumes de dados de forma eficiente e rápida. 
23 
 
 
Mudanças, contudo, geram resistências, e essas resistências podem ser percebidas até 
mesmo nas organizações que a preconizam. 
 “As pessoas resistem à mudança quando consideram que suas consequências são 
negativas. Embora as pessoas sejam diferentes em termos de sua disposição em 
antever consequências negativas, e mesmo quando suas razões pareçam lógicas ou 
até equivocadas a quem está de fora, as pessoas não resistem automaticamente às 
mudanças. As pessoas resistem às mudanças por alguma razão e a tarefa do gerente 
é tentar identificar essas razões e, quando possível, planejar a mudança de modo a 
reduzir ou eliminar os efeitos negativos e corrigir as percepções errôneas” (COHEN 
& FINK, 2003, p. 350). 
De modo geral, as mudanças têm caráter semelhante para as pessoas, embora em cada 
profissão alguma coisa peculiar seja requerida. 
Não parece restar dúvida de que com a avaliação institucional não foi diferente. As 
necessidades de uma mudança cultural envolvendo todos os segmentos universitários: corpo 
docente, corpo discente e corpo técnico-administrativo quando bem administrada, reduz as 
resistências e cria adeptos. Nas palavras de Schein
3
, cultura organizacional “é a união das 
características que diferenciam uma empresa ou instituição da outra. Assim a cultura 
representa para grupos e organizações o mesmo que caráter para indivíduos”. (SCHEIN, 2009, 
pág. 16) 
Nas universidades, sempre se conviveu com as divisões: as disciplinas estudadas eram 
segmentadas e o início do uso da tecnologia se concentrava nas áreas de exatas com evidentes 
prejuízos para as demais. 
As necessidades oriundas da avaliação institucional continuam desencadeando 
estudos, reflexões e propostas numa busca de modelos e programas educacionais apropriados, 
em consonância com o contexto a que se destinam e agora voltados para a utilização das 
tecnologias de informação e comunicação. 
A relevância que as instituições de educação superior assumem, em virtude de sua 
vinculação com o desenvolvimento tecnológico, econômico e cultural, somada à 
responsabilidade de formar o homem cidadão e profissionalmente competente, exige o 
comprometimento com os princípios da qualidade. 
 
3
 Edgar Schein foi um professor e escritor famoso por seu apoio à área de gestão de pessoas e desenvolvimento 
organizacional. Ficou mundialmente conhecido por ser um dos principais precursores da definição de cultura 
organizacional. 
24 
 
 
A tendência mundial da avaliação in causo é valorizar a autonomia e, por conseguinte, 
a liberdade acadêmica das instituições de ensino, incentivando a criatividade e a inovação. 
Isso propicia a formação de profissionais com competências e habilidades tecnológicas e 
culturais para atuarem como protagonistas de forma sustentável e igualitária no mundo 
globalizado. 
A avaliação institucional divide-se em duas vertentes: interna e externa: 
1. Avaliação Interna (autoavaliação) – Coordenada pela Comissão Própria 
de Avaliação de cada instituição, seguindo as diretrizes e os roteiros da autoavaliação 
institucional da CONAES. 
2. Avaliação externa – Realizada por comissões designadas pelo INEP. A 
avaliação externa vai comparar os objetivos, resultados e dificuldades declarados pela 
instituição em sua auto-avaliação e o que os avaliadores externos observarem acerca 
da realidade institucional. Os mesmos dez quesitos considerados pela auto-avaliação 
— que envolvem desde infra-estrutura, gestão, corpo docente, pesquisa e até 
responsabilidade social da instituição na região onde atua — serão verificados pela 
avaliação externa. 
25 
 
 
2. O NOVO CENÁRIO DA AVALIAÇÃO 
 
Ao se considerar a promulgação da Lei do SINAES como o marco regulatório da 
avaliação das IES, o momento atual constitui-se como o início de um novo cenário para a 
educação superior no Brasil, fornecendo ao egresso competências, habilidades e atitudes 
indispensáveis para o perfildo profissional atual, voltados para uma formação acadêmica que 
promove a autonomia com responsabilidade ética, com currículos flexíveis e inovadores. 
As metodologias ativas devem compor os modelos pedagógicos criativos e inovadores 
que integram, articulam e conjugam as modalidades presencial, semipresencial e a distância. 
A utilização das tecnologias como ferramentas aliadas aos princípios da aprendizagem 
multidisciplinar centrada no aluno e com a profissionalização da gestão exige o incremento 
dos recursos digitais. 
As demandas da sociedade por uma educação de qualidade inserem-se na era do 
conhecimento. Incorporam inovações científicas e tecnológicas, empreendedorismo, 
empregabilidade e sustentabilidade, vindo ao encontro dos desafios da legislação renovada em 
2017. 
As instituições do século XXI, efetivamente comprometidas com os princípios da 
qualidade e flexibilidade dos processos de aprendizagem, permitem a experimentação 
concreta de construção do conhecimento por meio das interações virtuais com laboratórios, 
acervos, conteúdos digitais e outros. 
Na revista ESTUDOS publicada pela ABMES (ano 31 número 43 de junho/2019) 
Conforme DINIZ at al (2018, p.39) 
esse novo marco regulatório trouxe impactos nas políticas públicas do 
setor, entre os quais podemos mencionar: o aperfeiçoamento dos 
procedimentos e a desburocratização dos fluxos; os incrementos na 
utilização de bônus regulatório e o aumento de autonomia às IES; a 
previsão de acervos acadêmicos e bibliotecas digitais; e o maior equilíbrio 
entre critérios objetivos e subjetivos das avaliações in loco (DINIZ, at al 
2018, p.39). 
Com a chegada das novas tecnologias de informação e comunicação, a difusão da 
internet surge um novo modelo de comunicação no qual todos podem ser ouvidos, interagir, 
26 
 
 
fazer parte do processo e produzir informação gerando opinião. O uso das TICs nos processos 
humanos, quer sejam sociais, econômicos, políticos, legais ou afetivos, tomaram um ritmo 
progressivo com impactos observados em todos os campos sociais, desde o judiciário até as 
relações familiares. As TICs são consideradas vias de mão dupla permitindo que todos 
escutem e sejam ouvidos. 
Paradoxalmente, o sistema educacional revelou-se um dos espaços mais refratários às 
mudanças, continuando e resistindo a essas transformações. Por isso, concluiu-se que as 
alterações no marco regulatório podem vir a representar uma transformação com impactos 
expressivos na gestão logística e financeira das IES. 
A inserção dos cursos de EAD, ainda embrionário em muitas IES, tende a se fortalecer 
e competir de forma igualitária. Consolidado, o EAD exige uma tecnologia bem mais efetiva 
que o ensino presencial. A herança do modelo anterior precisa dar lugar a um novo jeito de 
pensar, para vencer no futuro. 
“o atual currículo, com sua divisão em compartimentos estanques, não se 
baseia em nenhuma concepção bem refletida sob as necessidades humanas 
contemporâneas. Baseia-se ainda menos em alguma observação do futuro, 
alguma compreensão de que técnicas um menino precisará para viver no 
olho do furacão das mudanças. Ele se baseia na inércia e num desacordo 
infernal entre as associações acadêmicas, cada qual tentando aumentar seu 
orçamento, seus níveis salarias e seu status” (Toffler, 1970 p.329) 
A composição dos acervos de biblioteca, o sistema híbrido no EAD, laboratórios e 
equipamentos digitais diversos com seus ganhos e benefícios serão estendidos para toda a 
IES, ampliando os recursos didáticos na formação dos discentes, reduzindo barreiras que hoje 
separam a educação a distância da presencial. 
Os perfis dos discentes recebidos atualmente nos cursos de graduação são diferentes 
dos de há cerca de três anos. São mais conectados, mais independentes e questionadores dos 
modelos. 
 
2.1. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA 
EDUCAÇÃO SUPERIOR 
27 
 
 
Até a consolidação dos novos instrumentos, existiam doze instrumentos de avaliação 
externa vigentes para o ensino superior, sendo cinco para autorizações de funcionamento, seis 
para reconhecimentos de cursos e um para as renovações de reconhecimentos de cursos. 
Embora possuísse cada instrumento uma lógica própria, eram pautados na concepção que 
apontava para linha de punição e controle, baseando-se em dimensões valorativas e 
utilizando-se de “pesos” indiferenciados. 
Na dimensão institucional, o valor mais elevado vinculava-se aos métodos 
pedagógicos clássicos de transmissão do conhecimento e dos conteúdos descontextualizados, 
priorizava a memorização, a sala de aula como cenário principal e distante dos problemas 
reais existentes. 
A gestão era verticalizada e centrada nas estruturas hierarquizadas, com sua missão 
restrita ao ensino. O egresso era preparado exclusivamente para atuar no mercado 
profissional. 
As avaliações externas realizadas pelas comissões de avaliação in loco nomeadas pelo 
MEC, gerava tensão. É possível que tal postura advinha de orientações ultrapassadas e da 
subjetividade dos instrumentos anteriores. 
Em dezembro/2017, o MEC alterou a forma (concepção) do sistema de avaliação, 
publicando novos instrumentos, em busca de uma maior efetividade. Esses instrumentos, 
“de avaliação externa, institucional e de curso, possuem caráter matricial, que 
agrega em cada um deles as condições pertinentes a cada ato, as modalidades e 
a organização acadêmica e administrativa permitindo a apreensão geral dos 
resultados ligados à identificação das instituições de educação superior e dos 
cursos de graduação”. (MEC, 2017, p. 01) 
Na Nota Técnica, ressalta: 
“Sem desconsiderar essa forma de organização e seus benefícios, os instrumentos 
que ora se apresentam mantêm o mesmo caráter, porém divididos de acordo com a 
natureza do ato autorizativo: atos de entrada (credenciamento; autorização) e atos de 
permanência (recredenciamento e transformação de organização acadêmica; 
reconhecimento e renovação de reconhecimento).” (MEC, 2017, p. 01) 
 
Com essa legislação, foram criados quatro instrumentos: 
1) Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação – Presencial e a 
Distância – Autorização; 
28 
 
 
2) Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação – Presencial e a 
Distância – Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento; 
3) Instrumento de Avaliação Institucional Externa – Presencial e a Distância 
– Credenciamento; 
4) Instrumento de Avaliação Institucional Externa – Presencial e a Distância 
– Recredenciamento e Transformação de Organização Acadêmica. 
Por meio dos métodos adotados surge a utilização de tecnologias emergentes 
associadas à tecnologia para gestão. A inovação tornou-se o caminho para desenvolver 
algo que fará a diferença para a qualidade e a produtividade. 
Pode-se afirmar a mudança clara na postura dos avaliadores recebidos na IES a 
partir do ano de 2018, após a implantação dos novos instrumentos. Foram quatro 
comissões, conduzindo todo o processo avaliativo com ética e seriedade, contribuindo para 
que toda a avaliação transcorresse num ambiente transparente e harmônico, com caráter 
formativo, como deve ser. 
Os novos instrumentos mudaram a linha de concepção formativa, síntese integradora 
das modalidades avaliativas e do SINAES, com base nos Indicadores de Qualidade, e 
respeitando a identidade e a diversidade das instituições e dos cursos. 
Valorizando a sua evolução, o ensino/aprendizagem pautou-se em competências, 
habilidades e atitudes. Os novos métodos pedagógicos ativos e críticos, conteúdos 
contextualizados e problematizados, priorizaram o raciocínio e a dúvida. O conceito da “sala 
de aula invertida” reflete muito bem uma das diversidades de cenários utilizados atualmente. 
Como sugere o nome, é o método de ensino que consiste em inverter por completo a sala de 
aula. O aluno absorve inicialmente o conteúdo da aula por meio virtual e a sala de aula 
presencial se torna num espaço de interação professor-aluno.Propicia grande integração da teoria e da prática com foco nos problemas reais da 
Sociedade e do Estado, contribuindo positivamente no processo de ensino-aprendizagem. 
O aluno ao adquirir capacidade crítica de análise e reflexão, participa da autoavaliação 
institucional, entendendo que suas críticas e sugestões, estarão contribuindo para melhoria 
contínua da IES. O aluno assume uma postura ativa em seu processo de aprendizagem. 
A inclusão das metodologias que oportunizam a capacidade crítica, de análise e de 
reflexão nos discentes. é um processo de mudança lento. Seu reflexo embora lento permite a 
incorporação da empregabilidade, do empreendedorismo e da internacionalização nos 
29 
 
 
documentos institucionais ajustou-se à gestão institucional centrada nas lideranças e nas 
estruturas em formato de redes com forte apoio tecnológico, com sistemas que utilizam 
algoritmos, permitindo em curto espaço o aperfeiçoamento contínuo de seus instrumentos de 
autoavaliação. Os aplicativos para dispositivos móveis tem sido uma saída bastante eficiente 
para garantir maior engajamento dos alunos. 
Assim, a Missão Institucional abrangente, contextualizada, voltada para transformação 
e para a cidadania e dirigida à aprendizagem, resulta num perfil de egresso generalista, ético, 
crítico, humanista e com formação profissional cidadã. O tripé ensino, pesquisa e extensão 
ganha força no ensino/aprendizagem articulando o PDI com a missão institucional e sua 
coerência com as Políticas Institucionais. 
As novas políticas de avaliação, estão em perfeita harmonia com questões relativas à 
diversidade, ao meio ambiente, à memória cultural, à produção artística, ao patrimônio 
cultural, à responsabilidade e inclusão social, à promoção dos direitos humanos, à igualdade 
étnico-racial e à internacionalização, tudo em prol do desenvolvimento econômico e social da 
região em que a IES está inserida. 
Tal política, busca também, a existência de reflexos tanto internos quanto externos em 
projetos de responsabilidade social, quer por meio de disciplinas ou em ações transversais, 
envolvendo todos os cursos ofertados pela instituição. O diferencial é a mobilização de toda a 
organização acadêmica em prol do cumprimento do PDI e, suas metas numa visão sistêmica e 
de inovação. 
A utilização das tecnologias em metodologias que privilegiem a interdisciplinaridade 
resulta numa construção com resultados efetivos na comunidade acadêmica, tanto de 
formação quanto de transformação social. 
Os resultados dos processos de avaliação produzem autoconhecimento acerca da 
Instituição, uma vez que, nos relatórios que elabora, são identificados pontos positivos e 
oportunidades de aprimoramento. Por meio dos relatórios elaborados pela CPA, a gestão da 
IES promove a melhoria, e a eficiente destinação orçamentária atende às necessidades da 
comunidade interna. 
 
2.2. A AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
30 
 
 
O processo de autoavaliação institucional, coordenado pela CPA, busca conduzir a 
IES ao aprimoramento de suas atividades, participativas, geradoras de novas ideias atreladas a 
ações de melhoria constante. 
A autoavaliação constitui um processo por meio do qual um curso ou uma instituição 
analisa internamente o que é e o que deseja ser, o que de fato realiza, como se organiza, 
administra e age, buscando sistematizar informações para analisá-las e interpretá-las com 
vistas à identificação de práticas exitosas, bem como a percepção de omissões e equívocos, a 
fim de evitá-los no futuro. 
É importante que os referidos processos avaliativos internos estejam 
institucionalizados e consolidados no Plano de Autoavaliação Institucional e de acordo com 
as orientações da CONAES (BRASIL, 2004) para a autoavaliação. 
 
2.2.1. Objetivos 
 
Respeitadas as diferentes missões institucionais, a autoavaliação institucional tem 
como objetivos: 
a – Melhorar a qualidade do ensino; 
b – Conhecer, numa atitude diagnóstica, como se realizam e se inter-relacionam na 
IES as tarefas acadêmicas em suas dimensões de ensino, pesquisa, extensão, serviços e 
administração; 
c – Identificar as potencialidades e fragilidades nas atividades da instituição, 
estabelecendo estratégias de superação dos problemas e aprimoramento de suas ações, 
coletivamente; 
d – Impulsionar o processo de autocrítica da instituição, proporcionando a seus 
atores uma cultura de avaliação; 
e – Subsidiar as várias instâncias da comunidade acadêmica na redefinição de 
prioridades, visando à melhoria da qualidade da formação, da produção de conhecimento e 
da extensão na IES; 
f – Construir conhecimentos sobre sua realidade e sua função social. 
31 
 
 
O pressuposto básico é a compreensão de que o êxito da instituição está condicionado 
pelo investimento que faz na avaliação de si mesma, de seus resultados e do realismo dos 
objetivos a que se propõe, respondendo às necessidades presentes e projetando caminhos para 
o futuro. 
 As TIC’s são uma excelente contribuição para que esse processo ocorra de forma 
fidedigna, rápida e modernizada, em todo o desenvolvimento do processo de avaliação, desde 
a elaboração dos instrumentos até a tabulação dos resultados e publicação. 
 
2.2.2. Eixos Avaliativos 
 
Para construção do processo de autoavaliação, os questionários avaliativos englobam 
as dez dimensões do SINAES, distribuídas em cinco eixos: 
 Eixo 1: Planejamento e Avaliação Institucional 
- Dimensão 8: Planejamento e Avaliação 
 Eixo 2: Desenvolvimento Institucional 
- Dimensão 1: Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional 
- Dimensão 3: Responsabilidade Social da Instituição 
 Eixo 3: Políticas Acadêmicas 
- Dimensão 2: Políticas para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão 
- Dimensão 4: Comunicação com a Sociedade 
- Dimensão 9: Política de Atendimento aos Discentes 
 Eixo 4: Políticas de Gestão 
- Dimensão 5: Políticas de Pessoal 
- Dimensão 6: Organização e Gestão da Instituição 
- Dimensão 10: Sustentabilidade Financeira 
 Eixo 5: Infraestrutura Física 
- Dimensão 7: Infraestrutura Física 
 
2.2.3. Procedimentos para Coleta de Informações 
 
Com a finalidade de obter informações fidedignas e representativas em cada um dos 
cinco eixos que envolvem as dez dimensões, as IES pesquisadas adotaram os procedimentos 
de coleta abaixo discriminado: 
32 
 
 
a) Análise documental, por meio dos documentos institucionais, como: Estatuto, 
PDI, PPI, PPC dos cursos, entre outros; 
b) Uso de dados do Censo de Educação Superior, relatórios fornecidos pela 
Ouvidoria e pelo Fale Conosco, pesquisas de empregabilidade com os egressos, além dos 
relatórios resultantes das avaliações in loco; 
c) Dados das autoavaliações contendo os resultados da aplicação dos 
questionários eletrônicos, realizada semestralmente em cada segmento da comunidade e 
suas observações. 
Para atender a nova legislação educacional e adaptar-se aos novos instrumentos de 
avaliação, as IEs promoveram a revisão do PDI, PPCs e demais documentos institucionais. 
Para dar cumprimento a essas medidas, emanadas no ano de 2017, procedeu-se um 
processo de análise e avaliação das metas e objetivos previstos nos PDIs então em vigor. As 
alterações foram feitas com base nas pesquisas e divulgação dos relatórios elaborados pela 
CPA, com decisões tratadas em reuniões com os colegiados dos diversos cursos, colegiado 
superior da IES e mantenedores. 
Todas as revisões foram propostas pelos Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs), e 
aprovados pelos colegiados dos respectivos cursos. 
Para essas atualizações o uso das TICs através dos formulários já utilizados pela CPA 
foi decisivo. Como envolver toda comunidade acadêmica, num curso espaço de tempo para 
cruzamento das informações da IES, dos resultados das avaliações in loco e dos resultados do 
ENADE, visando, a melhoria da qualidade dos cursos. 
 
2.2.4. Metodologia da Autoavaliação 
A metodologia utilizada no processo de autoavaliaçãoé composta por questionários 
estruturados, com base nos dez indicadores previstos pela lei do SINAES. 
Ocorre de forma contínua em todas as atividades pedagógicas e administrativas, 
contemplando as condições de ensino, a avaliação dos professores, a avaliação das instalações 
e a avaliação da imagem externa da IES. 
Os discentes avaliam os professores, os funcionários e a própria instituição; os 
docentes e técnicos-administrativos avaliam a instituição, as condições de ensino, a oferta de 
atividades, a coordenação e os serviços de apoio administrativo e acadêmico. 
33 
 
 
Esse tipo de avaliação, conhecida como avaliação em 360 graus, que abrange todos os 
segmentos, é aplicado por meio de questionários, com atribuições de “excelente”, “ótimo”, 
“bom”, “regular” e “ruim” para perguntas referentes ao curso, sob exame do discente, ao 
desempenho dos docentes, ao desempenho dos funcionários, às instalações físicas e, 
principalmente, se os objetivos do curso foram atingidos. Para o bom andamento da IES, faz-
se necessário e importante a integração da comunidade, atuando harmonicamente para a 
consecução desses objetivos. 
 
2.2.5. Etapas da Autoavaliação 
As etapas do processo de autoavaliação para acompanhamento e avaliação, interna e 
externa, das atividades de ensino, pesquisa, extensão, planejamento e a gestão da instituição 
são descritas a seguir: 
 Sensibilização: realização de palestras, workshops e reuniões 
sobre o conteúdo da avaliação, seu adequado preenchimento, a utilização dos 
resultados e uma conscientização ética sobre essa avaliação; 
 Planejamento participativo: realização de reuniões envolvendo 
os gestores da instituição, visando definir as linhas gerais do processo de 
avaliação institucional a ser implementado; 
 Aplicação dos questionários: etapa da coleta de dados, por meio 
da aplicação dos questionários e do recolhimento das respostas fornecidas 
pelos diversos agentes da avaliação; 
 Tratamento e análise dos dados: etapa de tabulação e tratamento 
estatístico dos dados, que deve resguardar os procedimentos científicos e 
imparciais exigidos por esse processo; 
 Elaboração de relatório: deverá refletir por escrito a realidade da 
instituição e conter uma análise crítica, com a finalidade de identificar os 
pontos fortes e pontos fracos a serem trabalhados, refletindo sobre a 
relevância social dos cursos e o nível adequado de desempenho; 
 Diagnóstico: análise descritiva da realidade de cada curso, a 
partir do levantamento de informações existentes na Instituição e sua 
adequação ao Projeto Pedagógico, aos procedimentos didáticos, às disciplinas 
34 
 
 
ministradas, aos gestores, aos coordenadores, ao corpo docente, aos discentes 
e aos técnico-administrativos; 
 Propostas de ações de melhoria: ações para direcionar o 
processo decisório de melhoria do desempenho institucional; 
 Implementação: execução das ações propostas, contendo prazos 
e responsáveis. 
A avaliação, no seu todo, deve refletir o compromisso com a sociedade e com as 
mudanças do mundo moderno, participando com ações que propiciem novas realidades, 
garantam o cumprimento de sua missão. 
Partindo da sensibilização da comunidade, o processo avaliativo torna-se claro para 
todos. A CPA deve elaborar um esquema que garanta a transparência do processo, a 
informação clara e fidedigna e as orientações necessárias aos responsáveis diretos pelas ações. 
O diagnóstico consiste na sondagem do ambiente interno. Identificam-se áreas 
vulneráveis, como, falta de docentes capacitados, inexistência de regime de dedicação e 
laboratórios defasados, entre outros. 
A construção de um modelo de ensino competente não se resolve artificialmente. 
Exige projeto de longa duração e impõe seriedade na leitura da realidade vigente. 
A reflexão, desencadeada pela avaliação, leva a instituição a assumir a 
responsabilidade efetiva da gestão política e da gestão acadêmica e científica. Ao se conhecer, 
a instituição volta-se sobre si própria, tomando o seu destino nas próprias mãos, longe das 
pressões externas ou das políticas que afetam suas prioridades e o seu cotidiano. 
 
2.3. EXAME DAS PRÁTICAS DE AUTOAVALIAÇÃO 
INSTITUCIONAL OBSERVADAS NAS IES 
PESQUISADAS 
2.3.1 – Conceituação Específica 
Considerando a familiaridade da autora com o tema pesquisado, ainda, que as quatro 
IES demonstradas, situam-se na região nordeste, especificamente na cidade de Fortaleza, 
35 
 
 
foram encontradas realidades próximas, possibilitando assim a presente pesquisa, com uma 
análise crítica dos atos e fatos praticados por trás da temática. 
Foi possível constatar os principais recursos utilizados e o foco dado por cada IES. Em 
todas, a utilização de questionários semiestruturados resultava na base de dados atinente. 
Inicialmente eram formulados questionários impressos, muitas vezes não respondidos e 
descartados. Mesmo disponíveis para alunos nos computadores localizados nos laboratórios 
de informática, esses formulários eram off line, e, em sua totalidade, as tabulações eram feitas 
manualmente, com o auxílio de algumas tabelas em Excel. 
Em 2008, aqueles instrumentos passaram a ser predominantemente formulários 
contendo questionários on line, apoiados no uso de ferramentas tecnológicas desenvolvidas 
especificamente para avaliação institucional. A partir de então, esses questionários 
informatizados e utilizando-se de portais, os instrumentos de coleta passaram a ser enviados a 
professores e alunos, atingindo um número maior de pessoas da comunidade acadêmica. 
Tornando a avaliação mais abrangente, as tecnologias se constituíram em um instrumento 
eficaz na autoavaliação institucional. 
Apesar do uso das TIC’s como ferramentas, que proporcionaria melhores condições de 
operacionalização dos dados coletados e possibilitaria maior agilidade e economia de tempo, 
a ausência de suporte tecnológico, ainda precário, dificultava essa atividade. Alguns 
aplicativos, a exemplo do “google docs”, onde ficavam hospedados os questionários 
institucionais e coletados os dados do processo eram utilizados com frequência, pouco 
contribuíam para a formação de um banco de dados permanentemente atualizados. Links 
enviados para o presidente da CPA era produto de um trabalho demorado, oneroso e de 
resultados duvidosos, com pouca consistência. 
Considerando que a Comissão Própria de Avaliação tem como objetivo o 
aperfeiçoamento institucional sugerindo ações para a melhoria da qualidade do ensino-
aprendizagem, produção de conhecimento e da extensão dos processos de formação e de 
gestão da IES, a maioria dos integrantes não tinham perfeita clareza para fazer uma coleta 
direcionada. Sua existência devia-se muito mais para o atendimento à legislação do que 
cumprir com esses objetivos. 
Atualmente é possível adequar a CPA nos moldes previstos nas leis do SINAES, de 
forma que os membros partícipes sejam capacitados, entendam e valorizem a importância da 
Comissão. 
36 
 
 
O exigido para composição de qualquer CPS é contar com participantes de todos os 
segmentos da comunidade escolar, entendida como o entorno da IES, para a obtenção de uma 
colaboração plural. As experiências pessoais, profissionais e culturais advinda de todos é que 
justifica e legitima qualquer CPA em face de sua formação multifacetada passa a ser um forte 
componente subjetivo do processo avaliatório. 
O Quadro I, apresenta-se os resultados aplicados em 4 IES diferentes consideradas 
como IES A, IES B, IES C e IES D). Na amostra foi apresentado apenas o segmento corpo 
discente, considerado sem dúvida, a razão de ser de uma Ies e o que apresenta maior 
representatividade. Este segmento sem dúvida é o maior desafio para a realização de uma 
autoavaliação. 
No quadro I, o comparativo refere-se as quatro IES examinadas, por número de 
participação discente nas autoavaliações institucionais - questionários impressos versus 
questionáriosvia web). 
A IES “A”, uma pequena instituição com 860 alunos (IES A) cuja aplicação foi 
efetuada em duas oportunidades, através de instrumento distintos. 
 Via questionários manuais: 
Participação total dos dissentes: 205 – representatividade: 23,8 
 
 Via questionários eletrônicos: 
Participação total dos dissentes: 695 – representatividade: 80,8% 
 Obs. Com a aplicação mediante formulários eletrônicos o crescimento da participação 
foi da ordem de 57% 
As IES “B” e “C”, por apresentarem, cada uma, números próximas da IES A, não 
justifica maior destaque. 
A IES “D”, embora possua uma quantidade de alunos bem superior ao das demais 
instituições (1.890 alunos), no resultado, nota-se determinada padronização na participação 
discente na autoavaliação. 
 Apenas questionários informatizados: 
Participação total dos dissentes: 1.690 – representatividade: 89,4% 
No quadro II, o demonstrativo é apresentado por IES, demonstrando o percentual de 
participação discente nos questionários de autoavaliação. Na IES D, a aplicação desses 
questionários foi unicamente informatizados. 
37 
 
 
 
Quadro I – Comparativo da Participação Discente 
 
(Questionários manuais x questionários eletrônicos) 
 
Fonte: elaboração própria, com base nas informações das IES pesquisadas 
No quadro II, apresenta-se apenas o percentual de participação discente nos 
questionários de autoavaliação, nas IES “A”, IES “B”, IES “C” E IES “D” considerando o 
universo de alunos pesquisados em cada IES, destacando-se que na IES “D”, foram aplicados 
apenas questionários informatizados. 
860 
690 
980 
1890 
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
IES A
IES B
IES C
IES D
COMPARATIVO PARTICIPAÇÃO DISCENTE 
AUTOAVALIAÇÃO 
Comparativo Participação Discente Autoavaliação CPA
Comparativo Participação Discente Autoavaliação CPA
Comparativo Participação Discente Autoavaliação CPA
38 
 
 
Quadro II – Comparativo da Participação Discente % 
(Questionários por IES) 
 
 
 
Fonte: elaboração própria, com base nas informações das IES pesquisadas 
860 
23,835 
80,81395 
IES A 
Total de Alunos IES A Manual % WEB %
690 
25,36231 78,26086 
IES B 
Total de Alunos Manual % WEB %
980 
9,693877 83,16326 
IES C 
Total de Alunos Manual % WEB %
1890 
0 89,4 
IES D 
Total de Alunos Manual % WEB %
39 
 
 
No início da implantação da CPA no Brasil, não era percebida, no geral, o a suja 
importância, considerando que as sugestões e as críticas formuladas pela comunidade 
acadêmica não eram devidamente acolhidas pelos administradores, nada obstante o 
envolvimento dos membros. Este o motivo porque as propostas de melhorias não eram 
incorporadas às ações das IES. 
A partir de 2013, começou-se a perceber mudanças de postura das IES em relação aos 
trabalhos desenvolvidos pelas CPAs. Nas pequenas IES, Empresas foram contratadas para 
executar a coleta e o processamento de dados de forma eletrônica. 
Essas empresas forneciam o suporte tecnológico necessário para que a autoavaliação 
fosse realizada de forma eletrônica, de acordo com os instrumentos de avaliação de cada 
segmento fornecido pela CPA, além da disponibilização dos resultados tabulados. Entretanto, 
o sistema não oferecia a flexibilidade e independência necessárias para que a autoavaliação 
fosse conduzida com total transparência. 
Além dos custos financeiros com a empresa contratada, a dependência da CPA em 
relação aos “terceirizados” interferia negativamente na qualidade final do resultado da 
autoavaliação. Podem-se citar como impactos negativos: a CPA não acompanhava as 
avaliações em tempo real, a limitação dos relatórios fornecidos, ainda demandando tempo e 
esforço adicional na produção de novos relatórios. Outro aspecto negativo, aumentando as 
dificuldades, era a ausência de mecanismos para a divulgação e socialização dos resultados. 
O efetivo reconhecimento da importância da CPA ocorreu a partir do ano de 2015. Os 
Núcleos de Tecnologia da Informação das IES passaram a oferecer o suporte tecnológico 
necessário e a capacitação dos seus membros resultou exitosa. A partir de então, os 
procedimentos para a coleta de informações foram sistematizados, dando como resposta 
informações válidas e confiáveis. 
A ferramenta eletrônica para coleta e processamento de dados, por ser uma ferramenta 
web completa disponibilizada para a CPA, em tempo real, na condução do processo 
avaliativo, surtiu efeitos positivos nos resultados. Realizada em dois momentos, nos finais do 
1º e 2º semestre, procede-se a coleta, adotando-se a seguinte sistematização: 
a) Avaliação documental; 
b) Uso dos dados primários; 
c) Uso dos dados secundários. 
40 
 
 
Essa ferramenta permite o armazenamento de vários instrumentos de avaliação, 
iniciando e encerrando mais de uma avaliação simultaneamente, acompanhando a taxa de 
participação dos segmentos em tempo real, gerando estatísticas, gráficos e relatórios 
customizáveis, com base nas dimensões avaliadas. Com isso, a CPA libera o acesso para a 
avaliação de acordo com o perfil específico (docente, discente, técnico-administrativo). 
A implementação no site das informações da CPA, permitindo a divulgação dos 
resultados, e melhorias apresentadas como resultado das autoavaliações configuram-se 
inovações no âmbito da IES. 
A tecnologia empregada no desenvolvimento do programa de autoavaliação 
institucional para programação dos códigos é a linguagem PHP. Por ser uma linguagem 
bastante conhecida e pela facilidade em aprendê-la e manuseá-la, tornou-se bastante utilizada 
por ser compatível com quase todos os sistemas operacionais existentes, tornando o custo 
menor. É uma linguagem comumente utilizada por programadores e desenvolvedores para 
construir sites dinâmicos, extensões de integração de aplicações e agilizar no 
desenvolvimento de um sistema. 
No caso do portal, foi utilizado o gerenciador de dados SQL. Trata-se de uma 
linguagem padrão, concebida para permitir que os usuários criem Bancos de Dados, 
adicionem novas informações, manipulem e recuperem partes selecionadas. Especificamente 
mais robusto, trabalha com maior volume, com respostas mais confiáveis. 
A atual ferramenta oferece um ambiente de relatórios, no qual a CPA libera os 
resultados para que sejam analisados e sirvam de subsídios para o aprimoramento dos 
trabalhos desenvolvidos em cada setor. Os coordenadores acessam as informações dos 
professores de seu curso, subsidiando o aprimoramento das práticas pedagógicas, visando a 
um planejamento mais eficaz das práticas pedagógicas, ofertando capacitações necessárias ao 
corpo docente, visando aos ajustes necessários para a qualidade do curso. 
Apesar de a avaliação ser absolutamente sigilosa, ao acessar o sistema, faz-se 
necessário acessar uma página onde deve ser respondida a avaliação, de acordo com o 
segmento ao qual pertence. Desta forma evidencia-se que as TICs, são utilizadas de forma 
recorrente em quase todos os momentos. Facilita a obtenção das devolutivas e 
acompanhamento em tempo real pela comissão, fato impossível de ocorrer sem a sua 
41 
 
 
utilização. Após a autenticação, o acesso aos itens dos instrumentos fornece suas respostas, 
que são armazenadas no banco de dados de forma totalmente anônima. 
As ferramentas usadas são agrupadas em dimensões e o participante do processo pode 
navegar por elas, sair do ambiente de avaliação e retornar depois, alterar suas respostas, 
deixar comentários, críticas e sugestões, desde que dentro do período de avaliação. 
Após todo o processo avaliativo, é feito um relatório síntese. O documento é 
importante para fornecer subsídios sobre a visão que as pessoas envolvidas têm sobre os 
processos realizados em cada setor da instituição e para apontar os caminhos e descaminhos. 
Ele é resultado do trabalho dos diferentes setores envolvidos no processo avaliativo, Reitoria, 
diretor-geral, diretor acadêmico, coordenadores doscursos, professores e funcionários 
técnico-administrativos, e é uma das ferramentas que os gestores utilizam para direcionar o 
planejamento e mostrar as ações prioritárias. 
Atualmente, podemos afirmar que os resultados dos processos de autoavaliação 
oferecem sugestões de melhorias, utilizada no processo decisório da direção, contribuindo 
para a qualidade e melhoria constante da IES. Afinal, qualquer processo decisório é 
considerado como ponto crítico na gestão das organizações. 
Graficamente, podemos sintetizar o fluxo do processo como demonstrado abaixo: 
Gráfico 2 – FLUXO DO PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO 
 
 
Fonte: CPA IES D, 2019 
42 
 
 
A seguir, no gráfico 3, a título de exemplo, apresentamos um comparativo entre um 
dos processos (etapa de sensibilização) através da comunicação tradicional versus inserção de 
dados obtidos com a participação das TICs. 
Gráfico 3 – Comparativo da Sensibilização no Processo de Autoavaliação 
 
 
Fonte: CPA IES D, 2019 
 
O uso das tecnologias emergentes favorece: 
• Agilidade e organização do processo em todas as suas etapas: desde a sensibilização, coleta 
de dados, análise e socialização de resultados. 
• Confiabilidade e transparência. 
• Cruzamento de informações de múltiplas fontes em curto espaço de tempo, possibilitando a 
correção imediata dos problemas. 
No gráfico 4, o fluxo da autoavaliação institucional é demonstrado com o auxílio das 
TIC’s, observa-se que ainda resta muito a ser inserido por meio da tecnologia, permitindo-nos 
deduzir o que se ganharia com o seu completo envolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
Gráfico 4 - FLUXO AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL COM AUXÍLIO DE 
TECNOLOGIAS 
 
 
Fonte: CPA da IES D, 2018 
 
 
Legenda: CPA Direção Setores Comunidade TIC's
44 
 
 
3. CARACTERÍSTICAS DAS 
TECNOLOGIAS EMERGENTES - INOVAÇÃO E 
TRANSFORMAÇÃO 
 
O conceito de tecnologia vai além dos aparelhos digitais que utilizamos para 
acessarmos a informação, facilitando nossa comunicação, mas “é toda e qualquer produção 
que envolve um conhecimento e/ou um aprimoramento técnico, com o objetivo de viabilizar 
ou otimizar um processo”. (MUST, 2018) 
Os recursos computacionais são de extrema importância, considerando a grande 
influência da informática em qualquer ramo de atividade e em diferentes pessoas, 
independentes da classe social e escolaridade. 
Entretanto o computador não é ele em si mesmo, a dimensão mais importante, mas a 
capacidade de interligação, de formação de rede. Com o surgimento da internet no final dos 
anos 60, as ideias de liberdade e imaterialidade passam a revolucionar a leitura e a 
comunicação em rede, possibilitando arquivar, copiar, desmembrar, recompor, deslocar e 
construir textos, exibi-los e ter acesso a todo tipo de informação, de qualquer variedade, a 
todo instante. Hoje é comum que muitas informações e registros sejam efetuados em tempo 
real. 
Como as transformações pelas quais o mundo do trabalho vem passando são muitas, e 
a revolução digital está no meio dessas mudanças, aprender a lidar com a transformação 
digital e com este mundo de informação envolve uma adaptação do pensamento. 
Com a tecnologia digital, é possível descentralizar a informação, aumentar a segurança 
dos dados fundamentais e criar muitas outras tecnologias. Temos a tecnologia mediando 
praticamente tudo nas nossas vidas diárias. Somos pequenos universos centrados em 
nossos smartphones, na maior parte do tempo. 
O uso de celulares, através de aplicativos e outros recursos, já são usados na maior 
parte das IES. A maioria dos sistemas acadêmicos das IES divulgam: frequência, notas, 
materiais de aulas utilizados através das tecnologias digitais, tudo para facilitar e promover a 
interação com os alunos. 
A transformação digital e as tecnologias emergentes andam de mãos dadas e as 
tecnologias emergentes estão sempre em evolução. Para se compreender a importância da 
45 
 
 
influência das Tecnologias Emergentes, não só na educação, mas na sociedade como um todo, 
é fundamental que se compreenda seu conceito. 
Tecnologias emergentes são novas técnicas ainda não consolidadas, mas com 
capacidade de criar ou transformar aspectos relacionados a nossa vida, pelo seu rápido 
crescimento. São avanços contemporâneos e inovações. Embora ainda não haja um consenso 
sobre a definição de tais tecnologias, considerando a diversidade de aplicações nos negócios 
em geral. 
 O uso das tecnologias emergentes e os serviços a elas associadas no meio acadêmico 
podem ser um fator diferenciador criativo e inovador. O próprio desenvolvimento dessas 
tecnologias permitem que num futuro próximo o processo de ensino-aprendizagem seja 
desenvolvido com maior precisão. 
 Insisto que pode-se perceber seu conceito de uma maneira mais nítida no meio 
acadêmico, principalmente no EAD. Qualquer dispositivo dispositivo portátitil como laptop, 
tablet ou telefone celular que forneça acesso ao conteúdo educacional através de uma conexão 
com fio ou sem fio (Internet, 2G, 3G, 4G ou wifi fornece uma aprendizagem à distância 
utilizando-se de dispositivos móveis, ou seja por meio de tecnologias emergentes. 
Entre as tecnologias emergentes na educação e seus avanços podemos citar a flipped 
classroom, também conhecida como sala de aula invertida, que une a proposta do EAD 
(educação a distância) e o ensino tradicional em sala de aula, a utilização de impressoras 3D e 
por fim, o gamification uma grande tendência no aprendizado”. 
Se o uso da tecnologia, conquanto não represente o ideal, como mostrado no gráfico 
anterior, já nos permite visualizar sua efetiva importância por meio das TICs, não havendo 
como questionar o tamanho de sua contribuição vier a ser utilizada com todo o seu potencial, 
notadamente no processo avaliativo com o auxílio das tecnologias emergentes. 
Além das linguagens já citadas é importante mencionar, de igual forma, a BIG DATA 
e a ANALYT. São “plataformas que reúne, organiza e estrutura grandes volumes de dados 
para construir e retornar informações qualificadas e de apoio à tomada de decisão”, cujas 
soluções, devem ser aplicadas no setor educacional. 
 
3.1 IMPACTOS NA EDUCAÇÃO EM GERAL 
 
As tecnologias são recursos importantes, sendo um diferencial para as IES que visam 
aprimorar, avaliar e garantir uma qualidade na gestão e sua autonomia. Essas tecnologias 
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/03/21/1090080/infografico-sala-aula-invertida-e-tendencia-cada-vez-mais-proxima.html
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/03/20/1089598/infografico-entenda-forma-as-impressoras-3d-estimulam-aprendizado.html
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2013/05/29/1026728/4-coisas-todo-professor-deve-saber-conceito-gamification.html
46 
 
 
revolucionaram a indústria, a economia, a sociedade. Formas de armazenamento e divulgação 
de informação foram alteradas, gerando debates relacionados à humanidade, com seu passado, 
seu presente e seu futuro. 
Em 2015, o INEP lançou uma coleção organizada em cinco volumes, onde apresenta 
analiticamente os resultados do 2º. Ciclo Avaliativo do SINAES, a partir dos dados do 
ENADE 2005 a 2008. Através dos resultados apresentados indica a utilização das ferramentas 
de tecnologia de informação como elemento facilitados de implementação da autoavaliação 
institucional nas Instituições de Ensino Superior. 
Atualmente, o ambiente digital está abrangendo cada vez mais todos os setores do 
ensino. Por conta desse cenário e de todas as suas vantagens e seus benefícios, foi publicado o 
Decreto n
o
 9.235, que entrou em vigor em 15.12.2017, impactando na forma como as IES 
geram seus processos e documentos. 
O Decreto determina que “os documentos que compõem o acervo acadêmico das IES 
na data de publicação deste Decreto serão convertidos para o meio digital, mediante a 
utilização de métodos que garantam a integridade e a autenticidade de todas

Continue navegando