RELATORIO DE ESTAGIO

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FARMÁCIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
ITABIRA – MG
2021
HEDELAINE DE CARVALHO DE SOUZA ASSUNÇÃO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANÁLISES CLÍNICAS- 240 HORAS 
LABORATÓRIO SANT’ANA 
Supervisor do Estágio: Renato Carlos Gonçalves Lage
Professor Supervisor: Marcelo Barbosa Motta
FERROS – MG
2021
1. INTRODUÇÃO
Uma das principais áreas de atuação do farmacêutico é a Análises Clínicas, que atua na execução de exames de laboratório, gerenciando unidades laboratoriais garantindo o controle de qualidade dos mesmos. O farmacêutico bioquímico está legalmente habilitado para assessoria e consultoria em laboratórios de análises clínicas, além de atuar em ensino e pesquisas. Segundo o Conselho Federal de Farmácia, o Farmacêutico Analista Clínico, sendo denominado também como Bioquímico, é responsável por garantir resultados seguros sempre prezando pela qualidade no prognóstico, diagnóstico, monitoramento e rastreamento das patologias. (CFF, 2013)
O presente trabalho é o relato das atividades realizadas como cumprimento obrigatório do estágio supervisionado em Análises Clínicas, realizado no Laboratório Sant’Ana, localizado à Av. Amir Soares de Carvalho, nº 68, Bairro São Cristóvão, Ferros/MG. O farmacêutico bioquímico responsável pela supervisão do cumprimento de 240 horas de estágio foi o Sr. Renato Carlos Gonçalves Lage, CRF 8035.
O objetivo do estágio obrigatório tem como objetivo a oportunidade de presenciar, na prática, todo conhecimento adquirido em sala de aula, além de vivenciar todas as etapas de realização dos exames, desde a fase pré-analítica que consiste na recepção, preparação coleta, manipulação e armazenamento das amostras; fase analítica que é a validação do sistema analítico, através do controle interno de qualidade; fase pós-analítica, que é a aprovação e liberação do resultado Geraldo e a emissão do laudo. Todas essas fases são de extrema importância para auxiliar no diagnóstico. 
A expectativa é grande e a perspectiva é boa e indispensável na vida de todo futuro profissional, pois essa é uma etapa muito importante, pois é através do estágio que é possível estabelecer a dinâmica entre a teoria e a prática, propiciando ao estagiário complementar e desenvolver habilidades exigidas para a formação profissional possibilitando a interação do acadêmico com a realidade do mercado de trabalho. A expectativa é grande e a perspectiva é boa e indispensável na vida de todo futuro profissional, pois é a oportunidade de ampliar os conhecimentos e enfrentar desafios que possivelmente serão encontrados no decorrer do exercício da profissão. 
2. LOCAL DO ESTÁGIO
O estágio supervisionado em Análises Clinica foi realizado no Laboratório Sant’Ana, CNPJ 00655776/0001-40 localizado na Av. Amir Soares de Carvalho, nº 68, Bairro São Cristóvão em Ferros, Minas Gerais. Foram cumpridas 240 horas, sendo seis horas diárias no período compreendido entre 05/10 a 01/12/2020 sob a supervisão do Farmacêutico Bioquímico e responsável técnico pela unidade, Sr. Renato Carlos Gonçalves Lage com registro no Conselho Regional de Farmácia sob o nº 8035. O laboratório funciona de segunda à sexta feira de 7:00 as 17 h com plantões noturnos no hospital de 19:00 às 7:00 da manhã e período integral aos finais de semana e feriados. Ao me apresentar na unidade laboratorial, falei do interesse em realizar o estágio naquele local e o Sr. Renato prontamente aceitou e me apresentou a parte física do prédio, os equipamentos e os demais funcionários. 
Como recursos humanos o laboratório conta, além do proprietário, uma farmacêutica bioquímica que trabalha no período da tarde, uma técnica de laboratório, três auxiliares e uma secretária. A parte física é composta por uma sala de espera/recepção, duas salas de coleta, sendo uma com duas cadeiras e outra com uma maca, dois banheiros, sendo um para os pacientes e outro para funcionários, uma sala de preparo de fezes, uma sala para manipulação das amostras e microscopia, uma sala para cultura, uma sala para digitação e emissão de laudos, expurgo e uma pequena cozinha. Quanto aos equipamentos o laboratório possui dois aparelhos de hematologia automatizados, dois aparelhos de bioquímica, duas centrifugas, dois microscópios, homogeneizador para tubos, homogeneizador tipo kline. 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Na primeira semana só observei as atividades desenvolvidas e recebi orientação do supervisor sobre o funcionamento do laboratório. Primeiramente os pacientes são recebidos e cadastrados conforme a solicitação de exames. O recepcionista faz o cadastro recebe as amostras dos pacientes, que traz de casa, sendo orientados previamente sobre os cuidados quanto a coleta, armazenamento e transporte. Após o paciente é chamado para a coleta de sangue, quando for o caso. As amostras feitas à vácuo com tubos diferenciados por cores com tipos específicos de anticoagulantes para diferentes testes. As cores são as seguintes:
· Tampa amarela: conhecido também como tubo seco, usado para soro, pois não possui anticoagulantes, podendo conter gel separador e partículas de sílica que aumentam a superfície de contato. Geralmente esse tipo de tubo é utilizado para dosagem de exames bioquímicos e obtenção de plasma;
· Tampa azul: usado para realização de coagulograma possui citrato trissódico 3,2 a 3,8%, as amostras coletadas nesse tubo são específicas para exames de atividade de protrombina, tempo de tromboplastina e anti protrombina III;
· Tampa roxa: usado para exames hematológicos e contém EDTA. Destinado a contagem de plaquetas, eletroforeses e hemoglobina entre outros;
· Tampa cinza: esse tubo contém oxalato de potássio, estabilizador ou fluoreto de sódio, usado para teste de tolerância à glicose, prova de sobrecarga de lactose, teste de tolerância da insulina. 
Paciente preparado para coleta
Coleta à vácuo
 
 Imunologia
Após o período de conhecer todo o funcionamento e estrutura do laboratório e as devidas orientações e supervisão, comecei as atividades na prática. Na área de imunologia, os testes são realizados na bancada, realizei testes de Anti Estreptolisina O, Proteína C Reativa e Fator Reumatóide, além dos testes rápidos para Beta HCG, Hepatite B e C, HIV, Sífilis, Covid 19 e Dengue. 
Hematologia
Na área hematológica, fiz esfregações sanguíneos, fiz tipagem sanguínea, manipulei o aparelho de hematologia e para VHS o teste é feito manualmente, colocando o sangue em uma pipeta de Westergreen para medir a velocidade da hemossedimentação. Tive a oportunidade de examinar lâminas para contagem de células sanguíneas no microscópio.
Amostra hematológica sendo analisada
Tipagem sanguínea
Bioquimica
No setor de bioquímica aprendi a cadastrar os pacientes que são identificados por números sequenciais iniciados todo primeiro dia útil do mês, para realização dos testes. A calibração do equipamento é feita diariamente, antes da rotina diária. São realizados controles no momento em é inserido um lote de kits disponíveis, sendo um tipo de controle e calibração para cada kit. Sempre obtendo dois tipos de amostras patológicas é feito esse procedimento para liberação de exames corretos. Caso haja algum desequilíbrio, mesmo após os procedimentos padrões, os exames são repetidos até a manutenção e liberação do equipamento para funcionar corretamente. O equipamento libera resultados de glicemia, proteínas plasmáticas como albumina, lipídeos plasmáticos como colesterol total e frações, provas de função hepática como bilirrubinas, TGO, TGP, Gama GT, provas de função renal, como creatinina e ureia e ácido úrico. 
 Aparelho de bioquimicos
Urinálise
O processo da urinálise acontece em duas etapas: reações químicas através e análise microscópica. Para as reações químicas, as urinas são colocadas em tubos, devidamente identificados com nome e número de registro do paciente. Em seguida, as amostras são colocadas nestes tubos e são introduzidas fitas de reação onde são analisados os seguintes parâmetros: densidade, PH, proteínas,glicose, nitritos, corpos cetônicos, urobilinogênio e hemoglobina. Esses parâmetros identificados, junto ao exame físico da urina, onde são analisados a cor, odor, volume e o aspecto. Em seguida esse material é centrifugado e é feito o descarte do sobrenadante ficando o sedimento para análise em lâmina no microscópio. 
Parasitologia
A técnica utilizada é Hoffmann (sedimentação espontânea). O procedimento consiste em dissolver 2 a 5 g de fezes no béquer com um fio de água. A suspensão é coada em gaze sobre um cálice de sedimentação. A amostra é deixada em repouso por 2 horas e após esse período o sobrenadante é descartado. Esse procedimento é chamado de "lavar fezes” e é feito por, pelo menos, 3 vezes. Feito isso, a lâmina é preparada com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, que é colocado parte do material sedimentado e o exame microscópico é feito.
Esterilização
Todos os instrumentais, materiais e utensílios de vidro que são utilizados submetidos ao processo de limpeza, desinfecção e esterilização em autoclave. 
CONLUSÃO
Ter realizado o estágio supervisionado foi de muito aprendizado, pois tive a oportunidade de presenciar e participar de toda rotina de um laboratório. Foi uma experiência única, desde o supervisor até os colegas de trabalho foram todos muito pacientes em me explicar cada detalhe e percebi o quanto são responsáveis e compromissados com o que fazem. 
No início foi tenso, a expectativa, o medo de tamanha responsabilidade por estar lidando com material biológico, além do volume de informações a serem assimiladas para cada procedimento. Percebi o quanto é importante o uso dos EPIs a calma e tranquilidade para manusear as amostras. Aprendi que imprescindível o cuidado ao receber um paciente, que chega angustiado e ansioso, muitas vezes passando mal e o médico depende do resultado dos exames para fechar um diagnóstico e tratar a doença.
Concluo essa fase do curso mais confiante e segura que fiz a escolha certa, me identifiquei bastante com o trabalho realizado e sinto grata a todos que participaram comigo desse amadurecimento. Portanto, estou certa que estarei mais preparada para concluir o curso e seguir firme para o mercado de trabalho.
REFERÊNCIAS
WALLAC H, Jacques. Interpretação de exames laboratoriais .8ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2015 
LIMA, A. Oliveira; SOARES , J. Benjamin; GREC O , J.P; GALEZ ZI, João, CANÇADO , J. Romeu. Métodos de Laboratórios Aplicados à Clínica . 5ªed. Guanabara Koogan, Rio de J a ne iro. 2014. 
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Acesso e m: 03/12/2020. 
RO ITT, Ivan M., DELVES, Peter J. Fundamentos de Imunologia . 11 ed. Rio de Jane iro : Ed. Guanabara Koogan, 2013 . 
STR ASING E R, Susan K .; DI LORENZO , Marjorie S . Urinálise e fluídos corporais .5 ed. São Paulo : Editora LMP –Livrar ia Médica Paulista, 2012. 
TORTOR A, J. Microbiologia. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014 . 
SANTOS, Alessandra P. et al. Comparação entre diversos métodos de contagem diferencial de leucócitos em pacientes leucopênicos. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia , v. 31, n. 3, 2010 . 
Confecção do esfregaço sanguíneo ideal. 
Disponível em: <http://www6. ufrgs.br/favet/lacvet/esfregaco. htm> 
 Acesso e m: 07/12/2020.