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APOSTILA - EDU612 - TECNOLOGIAS E APLICAÇÕES NO ENSINO A DISTÂNCIA

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A educação a distância e seu público
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A educação a distância e seu público • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Conceituar educação a distância.
• Conhecer a nomenclatura da EaD no mundo.
• Descrever o público da EaD.
A educação a distância e seu público
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793505046
A educação a distância e seu público • 3/11
Introdução 
Sabemos que estamos vivenciando um novo contexto na educação. Não faz tanto 
tempo que nos deparamos, quase que exclusivamente, com uma modalidade de 
estudo apenas, a presencial. Até já tínhamos algumas possibilidades de ensino a 
distância, porém pensava-se nela apenas diante da impossibilidade de estudar de 
forma presencial. No entanto, com a explosão das diferentes tecnologias, com o avanço 
na capacidade do acesso à internet, e com a redução dos preços das ferramentas 
tecnológicas como smartphones, tablets e computadores (inclusive os móveis), dentre 
outras, ocorreu uma mudança muito significativa na forma de viver e de fazer educação.
Nessa ‘nova educação’, que está inserida nos ambientes web, conseguimos reunir 
diversas possibilidades de comunicação, de colaboração, de compartilhamento de 
informações e de interatividade globalizada como nunca se vivenciou antes.
Obviamente ainda há muita relutância, muita resistência à mudança e muitas 
dificuldades para a entrada definitiva e plena nessa forma de ensino e aprendizagem, 
ora pela falta de preparo e/ou de recursos e medo dos docentes, ora pela dificuldade, 
pela falta de recursos ou ainda por uma necessidade que o aluno tem de contar com 
a presença e explicações do seu professor, daquele personagem que ele encontra 
na escola quando está em sala de aula presencial, e o fato de não estar nesse local o 
deixa inseguro.
Cada vez mais é necessário que o estudante da modalidade EaD se aproprie de 
seu processo de aprendizagem, que aprenda a organizar seu tempo, a planejar seu 
estudo e a controlar as suas necessidades, mas ainda fica evidente que ele não está 
preparado 100% para isso. Ele ainda não compreendeu, verdadeiramente, o grau de 
responsabilidade que tem no estudo a distância.
Mesmo quando o aluno está inserido nessa modalidade, percebe-se que se sente 
perdido quando não tem o suporte constante do professor. A maior parte dos 
estudantes EaD ainda não compreende que a modalidade a distância não é uma 
forma diferente de ensino presencial (como foi o ensino remoto emergencial inserido 
no período de pandemia), mas sim uma modalidade completamente diferente, na 
qual ele é o protagonista absoluto do seu aprendizado.
A educação a distância e seu público • 4/11
Então, faço um convite, para que venha comigo nesta caminhada, para compreendermos, 
de fato, em que consiste a educação a distância, e como se dá o seu planejamento, 
estrutura e organização, e qual o papel dos estudantes, dos professores e da gestão 
institucional nessa modalidade. (Guarezi & Matos, 2012)
Conceito de ensino a distância
Para entendermos melhor em que consiste o ensino a distância, precisamos estudar 
o que os pesquisadores vêm dizendo ao longo do tempo. Também precisamos
conhecer quais são as caraterísticas inerentes e as perspectivas futuras. Comecemos,
então, fazendo um passeio pelas diversas conceituações que foram sendo abordadas
com o passar dos anos.
Vejamos se houve alguma mudança sobre o que se pensava no início e o que se pensa 
e se entende atualmente sobre a EaD e se esse conceito ainda está evoluindo.
Evidentemente nem sempre todos os autores concordam com o conceito desenvolvido 
sobre a educação a distância. Alguns concordam, porém outros divergem em alguns 
aspectos, apresentando sua definição conforme suas linhas de pesquisa.
Um primeiro paradigma traz a educação a distância com foco do Poder Público, 
caracterizando-a como um tipo de ensino no qual a mediação do processo de ensino 
e aprendizagem ocorre por meio de tecnologias de informação e comunicação (TIC), 
com alunos e professores desenvolvendo suas atividades em espaços e tempos 
diferentes. (Decreto nº 5.622, 2005 como citado em Sousa, 2015)
Um outro paradigma define a educação a distância como uma modalidade baseada em 
procedimentos que permitem que o ensino e a aprendizagem ocorram mesmo sem o 
contato face a face entre professores e estudantes, possibilitando uma aprendizagem 
individualizada. (Belloni, 2008 como citado em Sousa, 2015)
Há um terceiro paradigma, que está baseado no contexto direto do ensino, que 
conceitua a educação a distância como um processo que é dinâmico e interativo, 
que utiliza materiais impressos, preparados especialmente para o ensino individual 
e a distância e recursos das TICs que possibilitam o processo de ensino, pesquisa e 
aprendizado. (UNIUBE, como citado em Sousa, 2015)
A educação a distância e seu público • 5/11
Maia e Mattar (2007) conceituam a educação a distância como um tipo de educação 
no qual existe uma separação entre professores e estudantes no tempo e no espaço, 
e que é planejada por instituições de ensino que usam diversas tecnologias de 
comunicação. 
Eles explicam que nesse método o ensino não deve ocorrer apenas em sala de aula. 
Deve-se empregar atividades síncronas, nas quais alunos e docentes se conectam e 
interagem em determinada data e horário (como no caso dos chats e videoconferências), 
e atividades assíncronas, nas quais os estudantes escolhem o momento e o tempo 
mais oportuno para estudar (como nos fóruns).
Com relação ao uso das TICs, os autores comentam que o ensino a distância aposta em 
mídias que perpassam o mero uso das tecnologias tradicionais como a lousa e o giz, 
propiciando o uso de vários outros suportes como o telefone, o rádio, o vídeo, o áudio, 
a televisão, o e-mail, as redes sociais, as tecnologias interativas de telecomunicações, 
os grupos de discussão digital, dentre outros. (Maia & Mattar, 2007)
Saiba Mais
Se quiser conhecer um pouco mais sobre o conceito da educação a 
distância no Brasil e no mundo leia os seguintes textos e aprenda mais.
1. Alves, L.. (2011). Associação Brasileira de Educação a Distância. 
Disponível em http://seer.abed.net.br/index.php/RBAAD/article/
view/235. Acessado em 7 de janeiro de 2024.
2. Valente, J. A.; Moran, J. Manuel; & Arantes, V. A.. (2011). Educação 
a distância: pontos e contrapontos. Disponível em https://www. 
google.com.br/books/edition/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%
C3%A2ncia/5HymAgAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Educa%C 
3%A7%C3%A3o+a+dist%C3%A2ncia+Por+Jos%C3%A9+Manue 
l+Moran,+Jos%C3%A9+Armando+Valente&printsec=frontcover 
Acessado em 7 de janeiro de 2024.
http://seer.abed.net.br/index.php/RBAAD/article/view/235
http://seer.abed.net.br/index.php/RBAAD/article/view/235
https://www.google.com.br/books/edition/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia/5HymAgAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Educa%C3%A7%C3%A3o+a+dist%C3%A2ncia+Por+Jos%C3%A9+Manuel+Moran,+Jos%C3%A9+Armando+Valente&printsec=frontcover
https://www.google.com.br/books/edition/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia/5HymAgAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Educa%C3%A7%C3%A3o+a+dist%C3%A2ncia+Por+Jos%C3%A9+Manuel+Moran,+Jos%C3%A9+Armando+Valente&printsec=frontcover
https://www.google.com.br/books/edition/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia/5HymAgAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Educa%C3%A7%C3%A3o+a+dist%C3%A2ncia+Por+Jos%C3%A9+Manuel+Moran,+Jos%C3%A9+Armando+Valente&printsec=frontcover
https://www.google.com.br/books/edition/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia/5HymAgAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Educa%C3%A7%C3%A3o+a+dist%C3%A2ncia+Por+Jos%C3%A9+Manuel+Moran,+Jos%C3%A9+Armando+Valente&printsec=frontcover
https://www.google.com.br/books/edition/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia/5HymAgAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Educa%C3%A7%C3%A3o+a+dist%C3%A2ncia+Por+Jos%C3%A9+Manuel+Moran,+Jos%C3%A9+Armando+Valente&printsec=frontcoverA educação a distância e seu público • 6/11
Para Chaves (1999, como citado em Guarezi & Matos, 2012) o ensino a distância é 
aquele que ocorre quando ensinante e aprendente não estão juntos no mesmo tempo 
e espaço, e essa separação é superada por meio do uso de TICs e da transmissão de 
dados, de voz e de imagens.
Por sua vez Aretio (1994, como citado em Guarezi & Matos, 2012) afirma que é um 
sistema de comunicação bidirecional, que vem substituindo a interação pessoal que 
ocorre em sala de aula (física), entre docente e discente, e que se dá como meio 
preferencial de ensino, pela ação conjunta de diversos recursos didáticos digitais e com 
o apoio de um tutor, visando desenvolver a aprendizagem autônoma dos estudantes.
Em resumo, percebe-se que todos os conceitos apresentados mantêm em comum 
a separação física entre o docente e o estudante e a existência de tecnologias de 
informação e comunicação que propiciam que a aprendizagem aconteça.
Com o passar do tempo, o conceito evoluiu porque os processos de comunicação 
evoluíram, assim como inseriu-se a importância da interação entre professores e 
alunos, alunos e alunos, além da interação aluno-material.
https://player.vimeo.com/video/793505299
A educação a distância e seu público • 7/11
Nomenclatura da EaD no mundo
Há que se pensar também que os diversos países foram denominando a educação 
a distância de diferentes formas. No Reino Unido, é chamada de educação por 
correspondência; nos Estados Unidos, estudo em casa ou estudo independente; 
na Austrália, estudos externos; na França, é conhecida como telensino ou ensino a 
distância, como no Brasil; na Alemanha, estudo ou ensino a distância também, na 
Espanha, educação a distância, em Portugal, teleducação, dentre outras nomenclaturas. 
(Maia & Mattar, 2007)
Autonomia x interação 
Precisamos lembrar sempre que na educação a distância o aluno precisa ser 
independente, afinal, não é uma outra forma de ensinar presencialmente, mas uma 
modalidade bastante diferente da tradicional. 
O aluno não fica limitado a um tempo e a um espaço, aprendendo sozinho, de 
maneira privada na maior parte do tempo. É uma escolha feita pelo estudante e não 
uma obrigação, como ocorreu no período da pandemia da Covid-19 durante o qual 
alunos e professores tiveram que adequar o ensino presencial para o ensino remoto, 
com o principal objetivo de não parar a educação durante a crise sanitária mundial.
No ensino a distância, existe uma interação entre o estudante e o material didático 
e entre o estudante e o autor daquele material, como uma conversa didática guiada 
(guided didactic conversation), conforme afirma o alemão Börje Homberg, aliás, 
os materiais produzidos para esse tipo de ensino procuram espelhar, de fato, essa 
conversa entre o autor e o leitor.
Hoje em dia, é possível ensinar face a face mesmo a distância, porque é viável criar 
momentos síncronos de interação direta, porém eles não são a maioria, porque senão 
iriam contra a própria ideia de ensino a distância, que não limita ou determina o 
horário de estudo do aluno. Ele é livre para controlar o seu tempo e escolher os seus 
períodos de estudo.
Portanto, a interação entre alunos e professores não é considerada como uma 
condição necessária para que o ensino a distância ocorra, visto limitar a autonomia e 
independência do aluno. (Maia & Mattar, 2007)
A educação a distância e seu público • 8/11
E o público?
Maia e Mattar (2007) comentam que o público que pode ter acesso ao ensino a 
distância é ilimitado, visto as limitações terem a ver apenas (e geralmente) com 
questões tecnológicas, como ter uma boa conexão de internet e uma boa ferramenta 
para poder acessar os conteúdos e interagir.
Não é mais uma limitação geográfica ou financeira, visto o aluno poder estar em 
qualquer lugar do mundo e também pelo fato de, ao não precisar despender todos 
os custos inerentes a uma instituição com toda a estrutura física necessária para o 
ensino presencial, poder oferecer valores mais acessíveis. 
Vale ressaltar que também não exclui aquelas pessoas que apresentam algum tipo 
de limitação física, por deficiência. E ainda inclui pessoas que moram em lugares 
mais isolados, assim como pessoas que têm limitações de horários em função de suas 
atividades profissionais.
Em Resumo
Ao longo desta aula, conhecemos um pouco sobre o conceito da educação a 
distância. Aprendemos que boa parte dos autores concorda que é um estilo de 
aprendizagem no qual professores e alunos não estão ao mesmo tempo e no 
mesmo local ensinando e aprendendo, e que os alunos são os responsáveis 
diretos por seu processo de aprendizagem, desenvolvendo uma atitude ativa 
e autônoma, compreendendo que a aquisição de conhecimento depende dele, 
com o suporte de um tutor, e por meio do material didático oferecido pela 
instituição. Vimos ainda que os diversos países do mundo dão nomes diferentes 
para o ensino a distância e que essa metodologia de ensino extrapola fronteiras 
e insere um público ilimitado.
A educação a distância e seu público • 9/11
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/793505484
A educação a distância e seu público • 10/11
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
Sousa, Jaqueline Andréa Furtado de. (2015). O planejamento de estudo na educação 
a distância como prática discente no combate ao insucesso das avaliações acadêmicas. 
Um estudo de caso. [livro eletrônico] São Paulo:Blucher
A educação a distância e seu público • 11/11
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
Características e Perspectivas da EaD
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Características e Perspectivas da EaD • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Características do ensino a distância.
Características e Perspectivas da EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793505560
Características e Perspectivas da EaD • 3/12
Introdução 
Está cada vez mais evidente o crescimento explosivo do ensino a distância no mundo. 
O número de alunos matriculados cresce exponencialmente, assim como o número de 
instituições de ensino que oferece essa modalidade de estudo, a variedade de cursos 
e disciplinas oferecidos, o número de professores que se oferecem e se capacitam 
para desenvolver conteúdos e ministrar aulas on-line, como também cresce o número 
de empresas preparadas para prestar serviços e oferecer insumos para esse mercado, 
isso sem contar nas tecnologias disponíveis para que o ensino a distância possa ocorrer 
efetivamente.
Isso está muito claro. Ainda é possível dizer que nenhuma outra novidade moderna 
causou um impacto tão profundo na história da educação como o desenvolvimento 
da educação a distância, especialmente a educação on-line.
Temos, portanto, um número cada vez mais crescente de pessoas envolvidas nesse 
processo, assumindo as mais diferentes funções, como professores, tutores, estudantes, 
conteudistas, designers instrucionais, web designers, pedagogos, gestores, curadores, 
dentre outras.
Porém, apesar desse boom, os recursos humanos não estão se desenvolvendo e 
capacitando na mesma velocidade, ao contrário, os diferentes atores da educação 
a distância ainda não entendem completamente os seus papéis, direitos, deveres e 
responsabilidades. 
Professores, tutores e autores acabam não sendo preparados, de forma adequada, 
para assumir sua função pedagógica. 
Os aprendentes desconhecemseus novos papéis e responsabilidades, pois não 
estão acostumados a participar ativa e independentemente de seu processo de 
aprendizagem, sempre esperando o posicionamento do professor para dizer-lhe o 
quê e como deve fazer a sua parte. São personagens que não conseguem dar uma 
resposta efetiva quando lhes exigem disciplina e autogerenciamento de sua própria 
aprendizagem.
Os produtores de conteúdo (conteudistas) continuam mais presos ao assunto que 
precisam desenvolver do que à aprendizagem e ao design instrucional.
Características e Perspectivas da EaD • 4/12
Os pedagogos não estão conseguindo acompanhar a evolução e o surgimento de tantas 
tecnologias educacionais, e os tecnólogos ignoram e detestam pedagogia, andragogia 
(que é a educação dos adultos) e heutagogia (processo no qual o estudante é o único 
responsável pela aprendizagem), desconhecendo seus significados, inclusive. (Maia 
& Mattar, 2007)
Torna-se importante, então, entendermos um pouco mais sobre as características e 
perspectivas da educação a distância. Vamos a elas.
Características da EaD
Vamos conversar sobre o ensino a distância, com relação à autonomia necessária 
aos estudantes, à comunicação e ao processo tecnológico. Vamos começar com os 
aspectos voltados para a autonomia.
Autonomia
Em se tratando de autonomia, está evidente que ela se destaca em diferentes 
momentos do estudo a distância. Ao definir qual o melhor horário para estudar, o 
estudante determina, conforme a sua necessidade, qual o período ideal para separar 
um tempo destinado para sua aprendizagem, assim como ao definir qual o melhor 
local, ele identifica um ambiente agradável ou viável para focar nos ensinamentos que 
serão passados, e ao estudar de acordo com o seu ritmo e seu estilo, ele determina a 
forma ideal para seu aprendizado. Isso tem a ver com a autonomia que o estudante 
desenvolve ao optar pela modalidade a distância.
Um outro ponto que deve ser ressaltado diz respeito ao planejamento e gerenciamento 
de seu aprendizado, visto que é ele o responsável por organizar a forma como 
estruturará o seu estudo. Esse aprendizado depende muito mais do aluno do que da 
intervenção do tutor.
A autonomia e independência do aprendente são importantes características do 
ensino a distância, visto que estão capacitados para decidirem o que querem aprender, 
em qual momento e ritmo. 
Características e Perspectivas da EaD • 5/12
1. Público-alvo com predomínio do adulto
Sabe-se que na maior parte do público que escolhe (porque essa metodologia
tem muito mais a ver com uma escolha do estudante do que com a obrigatoriedade 
de estudo) estudar a distância é de adultos, com idade, geralmente, entre 20 e
30 anos, não se limitando aos 30 anos de idade.
Sendo assim, os princípios da andragogia são muito relevantes nas práticas
pedagógicas da EaD.
2. Autoaprendizagem
Uma das características marcantes da EaD é criar e oferecer materiais didáticos
especialmente elaborados para essa modalidade de ensino. São materiais que
facilitam a mediatização dos saberes, propiciando a autoaprendizagem.
São materiais elaborados por pessoas especialistas, e são preparados por equipes
multidisciplinares e transdisciplinares (como veremos mais adiante) que inserem
as técnicas mais adequadas para a auto instrução. Nesse sentido, o centro do
processo de ensino passa a ser o aluno. (Guarezi & Matos, 2012)
Saiba Mais
Para conhecer um pouco mais sobre as características da educação a 
distância leia os seguintes artigos sobre o assunto.
1. Costa, V. M. F.; Schaurich, A.; Stefanan A.; Sales, E.; & Richter A.
(2014). Educação a distância x educação presencial: como os 
alunos percebem as diferentes características. Disponível 
em http://esud2014.nute.ufsc.br/anais-esud2014/files/
pdf/126878. pdf Acessado em 7 de janeiro de 2024.
http://esud2014.nute.ufsc.br/anais-esud2014/files/pdf/126878.pdf
http://esud2014.nute.ufsc.br/anais-esud2014/files/pdf/126878.pdf
Características e Perspectivas da EaD • 6/12
Aspectos da comunicação
1. Processo de comunicação
Sem sombra de dúvidas, o processo de comunicação é uma característica inerente 
à EaD, visto que a comunicação é sempre mediatizada e ocorre ora de forma 
síncrona, ora de forma assíncrona.
Sabe-se que, nessa modalidade, professor e aluno não se encontram 
presencialmente, e portanto, é necessário o uso de meios que propiciem a 
comunicação entre eles de forma eficiente. Esses meios podem ser síncronos 
como os chats, as webconferências, as audioconferências e o telefone, e também 
assíncronos como por meios postais, correspondência eletrônica e os fóruns.
https://player.vimeo.com/video/793505733
Características e Perspectivas da EaD • 7/12
2. Dispersão geográfica
Normalmente as turmas do ensino a distância são organizadas com alunos de 
diferentes lugares, visto que não se limitam a determinado espaço físico. Em um 
mesmo curso, é possível ter alunos de diversos municípios de um estado, de 
diversos estados de um país, e de diversos países do mundo, reunidos em um 
mesmo grupo, que irão interagir e multiplicar aspectos culturais diferenciados, 
aprendendo individual e coletivamente.
3. Flexibilização
Também é necessário enfatizar que o ensino a distância apresente flexibilidade de 
acesso, de horário, de lugar, de ritmo, que possibilitam ao estudante começar seus 
estudos e parar, caso ocorra algo que lhe tire a concentração ou sua prioridade. 
Dessa forma, cabe a ele estipular tudo no seu processo de aprendizagem, 
conforme suas necessidades.
4. Larga escala
Uma vez completamente preparado e adequadamente destinado, as instituições 
de ensino podem oferecer o curso para um grande número de alunos, o que faz 
com que seja economicamente conveniente e interessante, no entanto, precisa 
estar realmente bem estruturado para conseguir atender ao seu público de 
forma efetiva. (Guarezi & Matos, 2012)
Aspectos do processo tecnológico
1. Mediatização
O fato de estudantes e professores não estarem face a face, faz com que a 
mediatização de conhecimentos seja necessária, portanto diversas tecnologias 
são utilizadas, e elas podem reunir em apenas um meio de comunicação as 
vantagens das diferentes maneiras de comunicar, de forma mais interativa, com 
menos custos e com a possibilidade do auto-descobrimento. 
Características e Perspectivas da EaD • 8/12
2. Custos menores
Quando o ensino a distância é oferecido em larga escala, apresenta menores 
custos para as instituições que o oferecem, mas também para os alunos. Isso sem 
contar que para o aluno inexiste o custo com deslocamento, o que causa uma 
diminuição a mais nesse gasto, além do tempo do deslocamento que também 
termina contando como custo, porque é um tempo que o estudante pode usar 
para fazer outras coisas.
Vale relembrar, no entanto, que a instituição precisa elaborar material didático 
específico para esse fim, e essa criação é mais cara, porque precisa ser um material 
adequado, que exige uma equipe multi ou transdisciplinar, que envolve professor 
conteudista, designer pedagógico e a equipe de produção. (Guarezi & Matos, 2012)
E o estudante precisa contar com dispositivos que funcionem de forma adequada 
e com uma boa internet, o que pode causar um aumento de gastos para a aquisição 
desses recursos.
E o que essas características representam?
Essas características mostram claramente que o ensino a distância precisa de um novo 
espaço de aprendizagem para os estudantes, visto que ele acontece em situações 
que não são convencionais porque ocorrem em tempo e espaço diferentes.
Portanto, é preciso reforçar que usar metodologias do ensino presencial convencional 
e seus recursos sem fazer previamente uma readequação para o ensino a distância 
é ir contra as características dessa modalidade. Não podemos esquecer disso. (Guarezi 
& Matos, 2012)
Características e Perspectivas da EaD • 9/12
Em Resumo
Pudemos conhecer melhor sobre as características inerentes ao ensino a distância. 
Sob a ótica da autonomia, analisamos opúblico alvo e a autoaprendizagem. Sob o 
ponto de vista da comunicação, analisamos o processo de comunicação, a 
dispersão geográfica, a flexibilização e a larga escala, e sob a perspectiva da 
tecnologia, analisamos a mediatização e os menores custos, e finalmente 
enfatizamos que usar as metodologias do ensino presencial, bem como seus 
recursos sem fazer uma adaptação para a EaD é ir contra a estrutura e base do 
ensino a distância, de fato. Precisamos estar atentos a isso.
Características e Perspectivas da EaD • 10/12
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/793505911
Características e Perspectivas da EaD • 11/12
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
Características e Perspectivas da EaD • 12/12
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
Contextualização e histórico do ensino a 
distância
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Objetivos de Aprendizagem
• Contextualizar a passagem do ensino da sala de aula para o ciberespaço.
• Conhecer o histórico da EaD no mundo.
Contextualização e histórico do ensino a distância
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793505996
Contextualização e histórico do ensino a distância • 3/11
Introdução 
Podemos dizer que a escola presencial é polifônica, visto que os sons se propagam 
por todos os ambientes. Alunos, professores e gestores se espalham pelas salas de 
aulas e pelos corredores e os sons ecoam. Os corpos se movimentam em constante 
dispersão. Misturam-se os barulhos dos pés circulando e dos gritos nos momentos de 
recreio e de competições nas quadras poliesportivas. Há momentos inesquecíveis de 
recuperação, festas, formaturas e férias.
Pode-se dizer que o espaço da escola é mágico, no qual se realiza o milagre e 
aprender a cada instante, de transformar o pensamento racional em sentimentos e 
de sentir saudades.
O espaço condiciona a proposta de ensino e de pesquisa que será desenvolvida. A 
existência de lugares por onde as pessoas circulam, as cores das paredes, a distribuição 
dos ambientes dentro do espaço físico, projetam-se no estímulo de lá estar e na 
qualidade do ensino.
A disposição e o uso dos móveis e equipamentos determinam a ação pedagógica a 
ser realizada. A biblioteca, as salas de aula, os auditórios, as quadras esportivas, os 
pátios, os jardins comunicam visualmente a filosofia da escola.
Claro que conseguiu perceber que este foi um relato do ambiente escolar presencial 
e tudo que ele representa para uma sociedade mais tradicional, acostumada ao calor 
de estar com outras pessoas nesse importante local de estudo.
Por outro lado, a escola virtual é aquela que está na tela do computador ou outra 
ferramenta digital de comunicação. É fluida e mutante, representando um novo 
tempo, uma nova realidade, novas necessidades em uma sociedade mais global e 
conectada.
As escolas nas redes apagam as distâncias e reúnem pessoas em lugares não-assinaláveis. 
É o local onde se compartilham mensagens, fomentando a disseminação de saberes. É 
um ambiente que se estrutura baseado no estímulo à realização de tarefas colaborativas 
para que o aluno não se sinta só, apenas dialogando com máquinas ou com um tutor-
mediador, também virtual.
Contextualização e histórico do ensino a distância • 4/11
Ao contrário, é um espaço no qual se constroem novas formas de comunicação, 
estruturando um ambiente on-line, onde alunos e professores dialogam 
permanentemente, a qualquer tempo ( já seja em momentos síncronos ou assíncronos), 
mediados pelo conhecimento.
As escolas virtuais propiciam o encontro no ciberespaço, sem lugar ou tempo 
definidos, reunindo pessoas de diferentes lugares e perfis que se inserem em uma 
inteligência coletiva, representando uma nova forma de cultura e de linguagem, de 
trocas de informações e de interações, características do momento atual da sociedade. 
(Kenski, 2015)
Da sala de aula ao ciberespaço
Essa breve introdução procurou trazer para esta aula um pouco sobre a passagem de 
uma sala de aula presencial para uma virtual, e vale ressaltar que essa transição não 
é nada fácil.
Mudar de uma sala de aula na qual alunos e professores encontram-se face a face 
para os ambientes virtuais requer aprender uma nova linguagem comunicacional, 
visto que muitas vezes o aluno encontra-se sozinho. Em geral, não é possível ver as 
expressões faciais e ouvir a fala dos demais, portanto, um dos grandes desafios das 
escolas virtuais é criar ambientes de ensino interessantes e estimulantes, partindo de 
programas e processos, quase que exclusivamente textuais.
Portanto, é importante tentar criar a sensação de ‘presença sincrônica’, em um espaço 
em que geralmente os alunos não estão reunidos no mesmo momento. Torna-se, então, 
relevante que os estudantes possam se apresentar, mostrar suas personalidades, seus 
interesses, estabelecendo relações mesmo não estando fisicamente próximos.
Para tanto podem-se criar páginas pessoais, com convites para que os colegas e 
professores as visitem, ação que com certeza facilitará a ‘aproximação’ virtual da turma. 
O espaço virtual não apaga o presencial, mas o amplia, visto que as diversas 
instituições e os diferentes cursos podem alcançar todos os níveis de ensino e todas 
as idades, sendo oferecido para estudantes de qualquer lugar do mundo (por meio 
das redes), criando novas dimensões, novas possibilidades de comunicação e novas 
oportunidades de formar cidadãos que habitam múltiplos espaços escolares e que 
apresentam múltiplas linguagens. (Kenski, 2015)
Contextualização e histórico do ensino a distância • 5/11
Saiba Mais
Para conhecer mais sobre as primeiras gerações do ensino a distância 
leia os seguintes textos.
1. 1- Gomes, M. J.. (2003). Gerações de inovação tecnológica no 
ensino a distância. Revista Portuguesa de Educação, 16(1), pp.
137-156. Disponível em https://repositorium.sdum.uminho.pt/
bitstream/1822/496/1/MariaJoaoGomes.pdf Acessado em 7 de 
janeiro de 2024.
2. 2- Faria, A. A.; & Salvadori, A. (2010). A educação a distância e seu 
movimento histórico no Brasil. Revista das Faculdades Santa Cruz,
v. 8, n. 1, janeiro/junho. Disponível em https://unisantacruz.edu. 
br/v4/download/revista-academica/14/08-educacao-a-distancia-
e-seu-movimento-historico-no-brasil.pdf Acessado em 7 de 
janeiro de 2024.
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/496/1/MariaJoaoGomes.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/496/1/MariaJoaoGomes.pdf
https://unisantacruz.edu.br/v4/download/revista-academica/14/08-educacao-a-distancia-e-seu-movimento-historico-no-brasil.pdf
https://unisantacruz.edu.br/v4/download/revista-academica/14/08-educacao-a-distancia-e-seu-movimento-historico-no-brasil.pdf
https://unisantacruz.edu.br/v4/download/revista-academica/14/08-educacao-a-distancia-e-seu-movimento-historico-no-brasil.pdf
https://player.vimeo.com/video/793506272
Contextualização e histórico do ensino a distância • 6/11
Histórico da EaD no mundo
Apesar de vários autores defenderem que a educação a distância é uma ideia 
moderna, o fato é que ela já possui uma longa trajetória, remontando à época em 
que teve origem a escrita. Nas sociedades orais, antes da escrita, a comunicação, sem 
dúvida era presencial, visto que emissor e receptor precisavam estar no mesmo local, 
no mesmo momento.
Com o advento da escrita, a comunicação passaa acontecer mesmo sem que as pessoas 
estejam presentes no mesmo momento e espaço. Maia e Mattar (2007) relembram 
que as primeiras manifestações escritas foram os desenhos, geralmente realizados nas 
pedras, que tentavam imitar objetos. Os homens das cavernas, ao desenhar nas paredes 
de pedras, de alguma forma já estavam realizando uma espécie de comunicação a 
distância, de modo muito incipiente.
Alguns autores consideram como exemplos antigos de educação a distância as cartas 
de Platão e as Epístolas de São Paulo, e outros defendem que a EaD foi possível apenas 
no século XV, quando da invenção da imprensa.
Mas, por que se defendem esses momentos como originários da educação a distância? 
Porque a escrita permitia que pessoas separadas no tempo e espaço pudessem se 
comunicar e documentar informações. 
Com o advento da imprensa, esse processo viu-se ampliado, porque permitiu que 
ideias fossem compartilhadas e transmitidas para mais pessoas, propiciando os 
debates, bem como a produção e a reprodução do conhecimento e das informações. 
(Maia & Mattar, 2007)
Sousa (2015) comenta que, desde a Grécia Antiga, as pessoas transmitiam 
conhecimentos entre os membros de suas comunidades e para regiões mais distantes 
mediante o envio de cartas e documentos escritos que continham relatos de situações 
da vida.
Mais adiante, no final da primeira grande guerra mundial houve muita busca por 
escolarização na Europa Ocidental. Com a falência dos Estados Unidos, a modalidade 
do ensino a distância ganhou ainda mais impulso.
Contextualização e histórico do ensino a distância • 7/11
Ainda sobre o período da EaD por correspondência, Guarezi e Matos (2012) afirmam 
que no período de 1728, quando surgiu a primeira experiência em EaD, até meados 
de 1970, dá-se a primeira geração do ensino a distância. Foi um período caracterizado 
pelo estudo por correspondência, com o envio pelo correio de material impresso 
com exercícios, o que possibilitava pouca interação entre o aluno e a instituição de 
ensino, limitada aos momentos de avaliação previamente estipulados.
Em 1920, predominava o fordismo como modelo forte do capitalismo, que propunha 
a produção em massa para os mercados de massa. Contextualizando a educação, o 
foco era atender às necessidades desse modelo. (Guarezi & Matos, 2012)
Durante as duas primeiras décadas do século XX, aconteceram vários eventos no 
mundo: a capacitação de professores na Austrália, a abertura de várias universidades 
nos Estados Unidos que mantinham cursos por correspondência, a 1ª Conferência 
Internacional sobre Correspondência no Canadá, e a criação do Centro Nacional de 
EaD, na França, visando atender refugiados de guerra.
Em 1946, a ‘Sudáfrica’ começou suas atividades por correspondência, transformando-
se, em 1951, na única Universidade da África a atender exclusivamente a distância, o 
que ocorre até os dias atuais.
Até 1950, todas as iniciativas tinham a ver com o ensino a distância por correspondência. 
(Guarezi & Matos, 2021)
A EaD a partir de 1960
A partir de 1960, percebe-se um período de transição tanto do modelo econômico 
(queda do fordismo que não mais conseguia atender às necessidades do processo 
operacional, surgindo modelos de produção industrial), quanto com relação às 
concepções da educação, principalmente por causa da evolução da tecnologia.
Surge, então, uma nova geração da EaD, que vai até 1990, que integra os meios de 
comunicação audiovisuais ao ensino. 
No período pós guerras, com o surgimento de meios de comunicação inovadores, o 
rádio passou a ser muito usado, principalmente no ambiente rural, para possibilitar o 
ensino para esses locais. (Sousa, 2015)
Contextualização e histórico do ensino a distância • 8/11
Foi um período de desenvolvimento não só do rádio, mas também da televisão, das 
fitas de áudio e de vídeo e do telefone. Surgem algumas experiências inovadoras 
como a Beijing Television College, na China, o Bacharelado Radiofônico, na Espanha, e 
a Open University, na Inglaterra.
Passam a coexistir, na educação, duas tendências: por um lado um estilo ainda 
fordista de ensino de massa, e por outro uma proposta mais flexível, mais focada nas 
necessidades sociais. (Belloni, 1999 como citado em Guarezi & Matos, 2012)
Na década de 1970, surgem diversas universidades em vários países como Espanha, 
Inglaterra, Israel, Alemanha e Portugal.
Reforça-se que a tendência dessa segunda geração do ensino a distância procurava 
oferecer um ensino mais personalizado, com diversidade de temática.
Em Resumo
Caro aluno, nesta aula foi possível relembrarmos sobre a passagem de uma sala de 
aula presencial para uma virtual. Vimos que o espaço virtual não apaga o presencial, 
mas o amplia, visto que as diversas instituições e os diferentes cursos podem 
alcançar todos os níveis de ensino e todas as idades, sendo oferecido para 
estudantes de qualquer lugar do mundo. Com relação ao histórico, vimos que 
apesar de muitos autores defenderem que a educação a distância é uma ideia 
moderna, o fato é que ela já possui uma longa trajetória, remontando à época em 
que teve origem a escrita. Aprendemos que houve um período de educação a 
distância por correspondência, e um segundo período por rádio, televisão e 
outras mídias, que aos poucos foi se transformando e chegando à educação on-
line como conhecemos nos dias atuais.
Aplicação prática
Procure se imaginar vivendo nessa época, em que as tecnologias eram 
de rádio, televisão, etc. Escreva três vantagens e três desvantagens que 
você enxerga nessa nova geração de ensino EaD, como se vivesse nesse 
período. Reflita sobre os motivos dessa escolha.
Contextualização e histórico do ensino a distância • 9/11
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/793506547
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Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Kenski, Vani Moreira. (2015). Tecnologias e ensino presencial e a distância. [livro 
eletrônico]. Campinas, SP: Papirus.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
Sousa, Jaqueline Andréa Furtado de. (2015). O planejamento de estudo na educação 
a distância como prática discente no combate ao insucesso das avaliações acadêmicas. 
Um estudo de caso. [livro eletrônico] São Paulo:Blucher
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
Evolução da EaD no século XXI
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Objetivos de Aprendizagem
• Compreender como se deu a evolução da educação a distância no século
XXI.
• Decifrar a nova lógica do ensino.
Evolução da EaD no século XXI
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793506639
Evolução da EaD no século XXI • 3/11
Introdução 
A partir de 1990, pode-se dizer que surge a 3ª geração do ensino a distância, o 
período que mais nos interessa, que é o da EaD on-line. É uma geração que inseriu o 
uso do videotexto, do computador, da tecnologia da multimídia, do hipertexto e das 
comunicações em redes, integrando esses diversos meios.
Nos dias atuais, todos os cursos que oferecem educação a distância ainda oferecem 
esses meios, porém com predomínio do uso da internet. 
Por volta de 1995, no momento da explosão do uso da internet, surge um novo 
contexto para a educação, o espaço virtual, digital e inserido na rede.
Nesse período, surgem diversas instituições que oferecem essa modalidadede estudo, 
dando início a um espaço de ensino aberto, centrado no aluno, focado no resultado, 
um ambiente interativo, colaborativo, participativo, de mediação, com currículo mais 
flexível, novas estratégias de aprendizagem e livre, visto que estudantes podem ‘estar 
presentes’ de qualquer lugar. (Maia & Mattar, 2007)
A evolução da Ead
Esse novo modelo pós-fordista focava na alta inovação do produto, na variação do 
processo de produção e na responsabilização pelo trabalho, formando um novo perfil 
profissional, que precisava estar muito mais qualificado. Foi o momento de ruptura 
com as estruturas industriais com rígidas hierarquias e super burocratizadas.
Passam a coexistir três modelos de produção capitalista: o fordismo, o neofordismo e o 
pós-fordismo. Na educação, não foi diferente, critica-se o ‘industrialismo instrucional’ 
e passa-se a defender o diálogo entre professores e estudantes, explorando novas 
maneiras de educação, mais abertas, flexíveis, que representam o acesso livre aos 
sistemas de ensino, tanto no tempo, quanto no espaço e no ritmo de estudo.
Existe um cuidado em atender às diversidades dos currículos e dos estudantes, que 
procuram responder às necessidades nacionais, regionais e locais, mas sem esquecer 
as questões econômicas.
Evolução da EaD no século XXI • 4/11
Aretio (1994 como citado em Guarezi & Matos, 2012) explicita as experiências da 
França e da Austrália, que, apesar de não terem Universidades Abertas possuíam, na 
época, mais de 30 centros de educação superior usando programas de EaD. Cita a 
Índia com cerca de 20 universidades convencionais oferecendo cursos a distância e a 
América Latina com o desenvolvimento de centros e programas de ensino a distância 
como a Argentina, o Brasil, a Bolívia, a Colômbia, o Equador e o México, dentre outros.
E a que deveu-se esse crescimento repentino e substancial? Obviamente à evolução 
das tecnologias da informação e comunicação (TIC) e da importância que ganhou o 
conhecimento na sociedade moderna, muito mais conectada e atenta às novidades e 
inovações, e que espera a formação permanente e contínua.
Saiba Mais
Para compreender melhor como ocorreu a evolução do ensino a 
distância no século XXI leia o seguinte texto e na sequência veja o vídeo 
proposto. Bons estudos!
1. Santana, R. C. de. (2020). A Tecnologia educacional e a educação à 
distância no século XXI. Revista Scientia nº14, v. 5. n. 3. Disponível 
em https://www.revistas.uneb.br/index.php/scientia/article/
view/8157 Acessado em 7 de janeiro de 2024.
2. Lacerda, D. (2016). Documentário EAD: do surgimento até o 
século XXI. 20m47s. Disponível em https://youtu.be/FS1mAf8un-c 
Acessado em 7 de janeiro de 2024.
Nos dias atuais, são inúmeros os países que atendem seus alunos com educação a 
distância, independente do seu desenvolvimento econômico, ainda que nem todos 
consigam usar sistemas muito formais.
Alguns cursos são oferecidos por instituições que oferecem cursos presenciais 
também, mas algumas foram abertas para oferecer apenas cursos on-line, e outras 
não têm sequer campus, sendo estruturadas completamente on-line, são as chamadas 
clicks universities em oposição às brick universities. 
https://www.revistas.uneb.br/index.php/scientia/article/view/8157
https://www.revistas.uneb.br/index.php/scientia/article/view/8157
https://youtu.be/FS1mAf8un-c
Evolução da EaD no século XXI • 5/11
Na Europa, as universidades abertas só oferecem cursos EaD. Nos Estados Unidos, 
a EaD foi se desenvolvendo, principalmente tendo como base as International 
Correspondence Schools (ICS) com foco no estudo em casa.
Um outro ponto que merece destaque com relação ao ensino, são as empresas, nas 
chamadas ‘EaD corporativas’, que deram origem, na década de 1990, às universidades 
corporativas. Cada vez mais as empresas vêm investindo em cursos, treinamentos e 
capacitações para seus colaboradores de maneira remota, principalmente em função 
do período da pandemia da Covid-19 que estimulou, sobremaneira, esse tipo de 
estudo. (Maia & Mattar, 2007)
Resta-nos refletir agora sobre qual é a nova lógica do ensino nessa nova sociedade da 
informação. Venha comigo!
https://player.vimeo.com/video/793506811
Evolução da EaD no século XXI • 6/11
A nova lógica do ensino
Com o amplo desenvolvimento e multiplicação das TICs, ocorreram muitas mudanças 
nas ciências, novas oportunidades de acesso à informação e inúmeras reorganizações 
e reestruturações em todas as áreas do conhecimento.
Estamos vivendo em um momento de ampla transformação social que repercute 
mudanças muito significativas na forma como pensamos e como fazemos educação.
Hoje se compartilham múltiplas informações, em qualquer momento e local, em 
função da explosão de recursos tecnológicos que temos em mãos. Atualmente, há 
inúmeras possibilidades de comunicação e de interação que garantem que as diversas 
instituições de ensino (escolas, faculdades, universidades, instituições culturais e 
educacionais) e empresas e organizações no mundo todo possam produzir e usar 
conhecimentos, serviços e produtos de forma cooperativa.
O estilo de ensino existente até então contemplava o ensino rotineiro, repetitivo, 
passivo, que não tinha a ver com as necessidades reais da vida profissional e pessoal. 
Nesse contexto, muitas vezes o estudante recém formado, precisava fazer cursos de 
‘atualização’ para conseguir se inserir no mercado de trabalho, visto que o currículo 
não integrava esse tipo de conhecimento real, necessário.
Hoje, é preciso desenvolver e ampliar uma nova forma de pensar sobre a educação, 
inserindo novas metodologias, inclusive digitais no caso da EaD, e tecnologias que 
exigem uma reorganização curricular focada nessa nova forma de ensinar e aprender, 
e ainda requerem novas formas de gestão e de uso de metodologias na prática 
educativa.
São mudanças radicais. Não se trata de apenas adaptar metodologias e formas de 
gestão antigas para um novo formato, é preciso repensar, reestruturar, instaurar um 
novo estilo de pedagogia que possibilite e estimule aprendizagens personalizadas 
e cooperativas, em rede, e para tanto os docentes precisam estar minimamente 
familiarizados.
As novas atividades agora feitas em rede, como as teleconferências, videoconferências, 
os chats, as atividades virtuais em grupos, os fóruns, exigem que professores, tutores 
e estudantes tenham conhecimentos tecnológicos mínimos, assim como algumas 
habilidades específicas como o foco, a motivação para estudar sozinhos, disciplina, 
responsabilidade e poder de controle do tempo, dentre outras.
Evolução da EaD no século XXI • 7/11
O ponto fundamental dessa nova lógica de ensinar e aprender por meio das redes 
é redefinir o papel de professores e aprendentes, como veremos mais adiante nas 
aulas.
Por ora precisamos saber que os docentes precisam conhecer o mundo dos estudantes, 
entendendo esse novo momento como de ‘trabalho em equipe’ com novos desafios 
e responsabilidades para ambas as partes, com respeito mútuo e colaboração.
Passam a existir novos tipos de grupos: grupos de estudos, equipes de trabalho e 
ainda comunidades de aprendizado, que permitem a inclusão de todos aqueles 
que queiram estudar, em qualquer lugar do mundo, e a qualquer tempo, inclusive 
portadores de deficiências, hospitalizados, impossibilitados de locomoção, pessoas 
idosas, dentre outros.
Vale lembrar que as atividades realizadas em comunidades em rede ainda permitem 
articulações entre diferentes instituições e a interação entre estudantes e profissionais 
das diversas áreas, ampliando conhecimentos e compartilhando informações.
É importante destacar também que, no que refere às mudanças mais importantes na 
nova lógica educacional voltada para o ensino de qualidade, com acesso à infraestrutura, 
à informação e à interação, elas não estão nos avanços tecnológicos, mas em uma 
profunda, significativa e total ‘mudança institucional’ nos sistemas educacionais.
É preciso implantar uma nova forma de gestão, modificando os sistemasde controle, 
de avaliação, de administração e de estrutura hierárquica para que as instituições se 
transformem em pólos de ação e de produção de cultura e de saber para todos.
São necessários novos espaços e tempos educacionais, novos currículos, a 
interdisciplinaridade de conteúdos, o desenvolvimento de pesquisas, de intercâmbios 
de convênios entre diversas instituições, vínculo com os sistemas produtivos e com 
os entes governamentais, com as demais esferas sociais, e claro, com a comunidade 
como um todo.
É o momento do preparo de um novo ser, preocupado com as desigualdades sociais 
existentes, focado em reduzi-las, em oferecer a todos o acesso a um ensino de 
qualidade, formando um novo cidadão necessário para um novo mundo. (Kenski, 
2015)
Evolução da EaD no século XXI • 8/11
Em Resumo
Vimos nesta aula que a partir de 1990 surge a 3ª geração do ensino a distância, da 
EaD online, que inseriu o uso do videotexto, do computador, da tecnologia da 
multimídia, do hipertexto e das comunicações em redes, integrando esses diversos 
meios. Aprendemos que hoje em dia se compartilham múltiplas informações, em 
qualquer momento e local, em função da explosão de recursos tecnológicos que 
temos em mãos. Atualmente, há inúmeras possibilidades de comunicação e de 
interação que garantem que as diversas instituições de ensino (escolas, 
faculdades, universidades, instituições culturais e educacionais) e empresas e 
organizações no mundo todo possam produzir e usar conhecimentos, serviços e 
produtos de forma cooperativa. Espero que tenha gostado deste passeio na 
evolução da educação a distância.
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Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/793507159
Evolução da EaD no século XXI • 10/11
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Kenski, Vani Moreira. (2015). Tecnologias e ensino presencial e a distância. [livro 
eletrônico]. Campinas, SP: Papirus.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
A Evolução das Tecnologias na Educação
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A Evolução das Tecnologias na Educação • 2/10
Objetivos de Aprendizagem
• Demonstrar as mudanças do processo de ensino-aprendizagem em função
das tecnologias.
• Realizar uma breve retrospectiva das tecnologias na educação.
A Evolução das Tecnologias na Educação
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793507247
A Evolução das Tecnologias na Educação • 3/10
Introdução 
Nos dias atuais, com o acesso generalizado e global que temos às tecnologias de 
comunicação e informação (TIC), pudemos desenvolver uma nova forma de viver, de 
agir, de trabalhar e de conviver socialmente. 
Basta parar para observar a forma como as pessoas se comunicam rapidamente e com 
frequência (na verdade em instantes), por meio dos seus telefones celulares, ou por 
e-mail com outras pessoas, ainda que estejam bem distantes uma das outra. 
Além disso, as pessoas podem conversar com amigos e parentes, receber notícias 
super atualizadas e buscar informações, a todo instante.
Podemos dizer que todas essas ações modificaram sobremaneira a forma como 
vivemos, como pensamos, como agimos, e no caso da educação, a maneira como 
ensinamos e aprendemos. (Kenski, 2015)
As mudanças no ensinar e no aprender em função das 
tecnologias
Antigamente era tarefa exclusiva da escola a transmissão de conhecimentos, que 
eram apresentados aos estudantes de maneira gradativa, à medida que se avançava 
no grau de escolaridade, e ao finalizar cada um desses graus, o aprendente se 
considerava formado e pronto para adentrar no ambiente profissional, conforme o 
seu conhecimento adquirido.
O tempo da escola era considerado como aquele durante o qual o estudante se 
deslocava até a instituição, realizava sua função de aprender e novamente voltava 
para sua casa, para no dia seguinte fazer novamente esse movimento de ir e voltar 
para estudar. Era o período dedicado à sua formação escolar.
Hoje em dia, as novas necessidades da sociedade exigem um novo ritmo e dimensão 
ao processo de aprender. É necessário estar aprendendo sempre, adaptando-se ao 
novo, às novas exigências.
Independente do grau de formação atingida, não é mais possível pensar nos dias 
atuais em que a pessoa está formada. Isso porque nossos conhecimentos passam a ser 
necessários e a pessoa se vê novamente na necessidade de adquirir conhecimento. 
A Evolução das Tecnologias na Educação • 4/10
Isso sem contar que a aquisição de conhecimentos não precisa mais do deslocamento 
físico até o local de estudo para acontecer.
Há várias escolas virtuais que oferecem aulas apenas on-line, além das inúmeras 
interações que podemos fazer com os diferentes tipos de tecnologias às quais temos 
acesso, muitas vezes, nas palmas das mãos.
Atualmente, é a informação que se desloca, e não mais as pessoas que precisam se 
mover, fisicamente, até um local no qual poderão adquirir conhecimento. O destaque 
é a velocidade com a qual chegamos a esse conhecimento. Há velocidade para 
aprender e velocidade para esquecer, há velocidade para acessar as informações e 
para interagir com ela, ou seja, o tempo-espaço da informação mudou, e também 
precisamos nos acostumar com isso.
Quem se lembra de receber uma informação por carta (que demorava meses para 
chegar), e responder pelo mesmo meio? E o que acontecia quando a pessoa recebia 
essa resposta? Isso mesmo, muitas vezes o conteúdo já estava velho em função do 
tempo decorrido.
Imaginemos um convite que precisasse ser enviado para um batizado. Com 
quanto tempo de antecedência precisaria ser enviado para chegar ao seu destino 
tempestivamente? E esse é apenas um dos muitos exemplos de situações tempo-
espaço que se modificaram com o passar do tempo no que se refere ao envio e 
recebimento de informações.
Essa é a beleza da tecnologia. (Kenski, 2015)
A Evolução das Tecnologias na Educação • 5/10
Uma breve retrospectiva das tecnologias na educação
Vejamos agora um pouco sobre como as tecnologias foram adentrando o mundo da 
educação, e mudando a forma de aprender e ensinar.
Em 1986, surge o videotexto, um dos precursores das TICs, que se propunha a 
reduzir as distâncias, mesmo em um contexto no qual nem se pensava em educação 
a distância, (ilógico não?, mas verdadeiro) e abriu caminho para várias outras mídias 
interativas.
Um exemplo são as Bulletin Board Systems (BBS), parecidas com os e-mails atuais, 
com tela verde e uso restrito aos ambientes de pesquisa acadêmica e ao mundo dos 
programadores e desenvolvedores. Lembrava muito as listas de discussões modernas, 
mas era mais limitada, visto que todos se conheciam. 
Em 1990, surgem, na internet, os ambientes de navegação Mosaic, Netscape e Explorer, 
que demoravam horas para serem instalados e que depois demoravam bastante para 
carregar uma página, em função da velocidade da internet disponibilizada. Com 
certeza, vários estudantes não vivenciaram esse período e nem imaginam como era a 
comunicação digital dessa forma.
https://player.vimeo.com/video/793507451
A Evolução das Tecnologias na Educação • 6/10
Aos poucos, foram surgindo os primeiros Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
(AVA) que buscavam reproduzir um campus tradicional, com salas de aula, tesouraria, 
secretaria, biblioteca e inclusive área de bate-papo.
Surgiram, e ainda estão surgindo, vários cursossuperiores a distância que usavam 
as diversas ferramentas da Web, do Teleduc ao Moodle, passando pelo WebCT, 
Blackboard, FirstClass e outras, que possibilitam oferecer cursos aos estudantes.
A interatividade acontecia via e-mail, listas de discussão, fóruns, pelo Orkut e mais 
atualmente por meio dos blogs. Quem chegou a usar o Orkut? Foi uma ferramenta 
inovadora que revolucionou a forma de conversar pela internet. (Maia & Mattar, 2007)
Mas, o que mudou verdadeiramente? Será que os alunos aprendem mais no ensino a 
distância? Será que tem mais qualidade?
Saiba Mais
Agora, para complementar o seu conhecimento, leia os seguintes textos 
que versam sobre a evolução das mídias na educação. 
1. Teixeira, O. A. F. & Weschenfelder, G. V. (2013). Evolução do EaD 
e as novas mídias. Revista Cesuca Virtual: Conhecimento sem 
Fronteiras. Disponível em https://www.academia.edu/24945960/A_ 
evolu%C3%A7%C3%A3o_do_EAD_e_as_novas_m%C3%ADdias 
Acessado em 7 de janeiro de 2024.
2. Tessari, R. M; Fernandes, C. T.; & Campos, M. das G. (2021). Prática 
Pedagógica e Mídias Digitais: um Diálogo Necessário na Educação 
Contemporânea. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas. 
Disponível em https://revista.pgsskroton.com/index.php/
ensino/article/view/8128 Acessado em 7 de janeiro de 2024.
https://www.academia.edu/24945960/A_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_EAD_e_as_novas_m%C3%ADdias
https://www.academia.edu/24945960/A_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_EAD_e_as_novas_m%C3%ADdias
https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensino/article/view/8128
https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensino/article/view/8128
A Evolução das Tecnologias na Educação • 7/10
Mas… o que mudou verdadeiramente?
Pode-se dizer que o foco da educação pouco mudou em termos de formato e tipo 
de oferta de cursos, visto que antigamente os materiais eram oferecidos impressos e 
entregues pelo correio e passaram a ser oferecidos digitalmente em formato ‘PDF’.
Antes, o conteúdo era disponibilizado pelo rádio e passou a ser multimídia, disponível 
em endereços eletrônicos. Então, podemos entender que a grande inovação ainda 
está por vir.
Mesmo com tanta tecnologia e interatividade, o estudante, que deveria ser o grande 
destaque do ensino a distância, continua sendo um espectador passivo, sem entender, 
ao certo, como deve se conduzir quando escolhe estudar em um curso a distância.
Esse aluno continua aguardando que a informação seja passada pelo professor que 
agora recebe o nome de tutor-mediador, e quando não recebe a informação, porque 
a verdade é que cabe a ele mesmo ditar o seu ritmo de estudos e conduzir o seu 
processo de aprendizagem, reclama com a instituição, exigindo que ela assuma um 
papel que pertence ao do ensino presencial.
O estudante precisa perceber que o ensino a distância não é o espelho do ensino 
presencial, mas sim, uma nova forma de adquirir conhecimento, na qual ele é o 
protagonista único, interagindo com os demais atores, como gestores da instituição, 
professores, tutores, secretaria, financeiro e colegas, dentre outros.
Um outro ponto que deve ser observado é que também em matéria de grade 
curricular e projeto pedagógico, as instituições pouco inovaram. As aulas expositivas 
foram transformadas em exposições de arquivos em ‘pdf’, slides no power point, uso 
do Breeze e os debates ganharam o nome de fóruns e comunidades de aprendizagem.
Inclusive os tempos das horas-aulas foram inseridos no ensino a distância da mesma 
forma que funcionam no ensino presencial, os cursos oferecidos continuam sendo os 
mesmos e o formato das aulas, de maneira geral, também. (Maia & Mattar, 2007)
Devemos entender, no entanto, que o ensino a distância ainda está engatinhando e 
que muito ainda pode e deve ser feito. Aos poucos gestão, professores e alunos estão 
identificando seus verdadeiros papéis e se esforçando para assumi-los.
A Evolução das Tecnologias na Educação • 8/10
O ensino a distância veio para ficar e é uma forma de ensino e aprendizagem com um 
futuro amplo e inenarrável que ainda tem muito a crescer. Cabe a nós, como parte 
desse contexto, fazermos a nossa parte e nos inserirmos, de fato, nele.
Em Resumo
Vimos em nossa aula que, nos dias atuais, com o acesso generalizado e global 
que temos às tecnologias de comunicação e informação (TIC), pudemos 
desenvolver uma nova forma de viver, de agir, de trabalhar e de conviver 
socialmente. Antigamente, era tarefa exclusiva da escola a transmissão de 
conhecimentos, que eram apresentados aos estudantes de maneira gradativa, à 
medida que se avançava no grau de escolaridade, e ao finalizar cada um desses graus, 
o aprendente se considerava formado e pronto para adentrar no ambiente 
profissional. Atualmente, cabe ao estudante gerir o seu processo de aprendizagem, 
utilizando as mais diversas ferramentas tecnológicas, oferecidas pelas instituições de 
ensino, e vale ressaltar que o ensino a distância ainda está engatinhando e que muito 
ainda pode e deve ser feito. Aos poucos, gestão, professores e alunos estão 
identificando seus verdadeiros papéis e se esforçando para assumi-los.
A Evolução das Tecnologias na Educação • 9/10
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Kenski, Vani Moreira. (2015). Tecnologias e ensino presencial e a distância. [livro 
eletrônico]. Campinas, SP: Papirus.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
https://player.vimeo.com/video/793507576
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
As Teorias Educacionais - o 
Comportamentalismo
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As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 2/10
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer o conceito de conhecimento
• Explicar as Teorias Educacionais, iniciando pelo comportamentalismo.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793507670
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 3/10
Introdução 
Vamos começar revendo o que é conhecimento. Há muitas teorias que procuram 
explicar o que significa conhecer e como conhecer.
Sócrates compreendia o conhecimento com sua função de se auto conhecer. Para seu 
oponente, Protágoras, era a base para que o seu detentor se tornasse um sabedor do 
que dizer e de como dizer, sendo eficaz. 
Vale ressaltar ainda que os confucionistas afirmavam que o conhecimento servia para 
saber o que dizer e como dizer visando aperfeiçoar a terra. E para o taoísmo e o 
monge Zen era também o autoconhecimento, o caminho para se chegar à sabedoria.
Nos dias atuais, temos Peter Drucker que compartilha seu entendimento de que o 
conhecimento se dá no fazer, é a informação eficaz no momento da ação, voltada 
para a aquisição de um resultado.
Pensar nisso é refletir que para que haja informação é preciso transformar dados. Os 
dados sozinhos, por mais que sejam muitos, fora de contexto não significam nada. 
Quando vários dados se juntam produzindo informações, que passam a ser entendidas 
quando são colocadas em prática, tem-se o conhecimento.
Vejamos melhor qual a diferença entre dados, informações e conhecimento
Figura 1 – Diferença entre dados, informações e conhecimento
Fonte: adaptado de Latros, 2008, como citado em Guarezi e Matos, 2012, p. 47.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 4/10
Um pouco mais sobre o conceito de conhecimento
E como se dá então o processo de conhecimento? Observe a figura abaixo
Figura 1 – A construção do conhecimento
Fonte: Latros, 2008, como citado em Guarezi e Matos, 2012, p. 47.
Recapitulando então, a junção de váriosdados cria na mente humana conexões que 
os fazem se transformar em informações, que, ao serem corretamente interpretadas 
e compreendidas geram o conhecimento, de fato.
Podemos dizer que o conhecimento é uma mistura das experiências, dos valores e das 
informações contextualizadas, que nos permitem avaliar e assimilar novas experiências 
e novos saberes.
Choo (2002, como citado em Guarezi & Matos, 2012) afirma que o conhecimento é 
a capacidade que o ser humano tem para transformar informação em ação, por meio 
da razão e da reflexão.
Pode-se dividir o conhecimento em dois tipos:
1. conhecimento tácito → que é aquele que não tem como ser exteriorizado.
2. conhecimento explícito → que é aquele que está declarado, claro, exposto.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 5/10
Mas… por que falar sobre conhecimento antes de falar sobre as teorias de 
aprendizagem? Porque muitos cursos de ensino a distância usam informações 
mediatizadas com diferentes tecnologias e entendem que apenas isso já é capaz de 
gerar conhecimento. Mas… será que é suficiente? (Guarezi & Matos, 2012)
Vejamos o que diz o comportamentalismo, o cognitivismo e o humanismo.
Saiba Mais
Para conhecer um pouco mais sobre o conceito de conhecimento, veja 
os seguintes vídeos.
1. Zagaz. (2017). O que é conhecimento? Disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=YR_J_dkD1Ps Acessado em 7 
de janeiro de 2024.
2. Mundo no Geral. (2016). O que é conhecimento? Disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=wekwPIP4oRo Acessado em 
7 de janeiro de 2024.
https://player.vimeo.com/video/793507857
https://www.youtube.com/watch?v=YR_J_dkD1Ps
https://www.youtube.com/watch?v=YR_J_dkD1Ps
https://www.youtube.com/watch?v=wekwPIP4oRo
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 6/10
As Teorias Educacionais
 O comportamentalismo
Também chamado de teoria psicológica behaviorista, condutismo ou conexionismo, 
o comportamentalismo nega a existência da mente, portanto, a assimilação do
conhecimento ocorre pela associação de ideias que são captadas do ambiente externo,
por meio dos sentidos, guiando-se pelos princípios da semelhança, da continuidade
espacial e ainda da casualidade, sendo a aprendizagem iniciada e controlada pelo
ambiente.
Vale ressaltar que os estudos behavioristas ocorreram nas primeiras décadas do século 
XX, nos Estados Unidos e na Europa, influenciados pela teoria do reflexo de Pavlov, e 
que foi seguida por Watson, Thorndike e Skinner.
Skinner, dentre os comportamentalistas, defende que o ato de conhecer vem da 
ação do ambiente sobre as pessoas, sendo um processo comportamental, ambiental, 
neurológico e fisiológico.
Define a aprendizagem como a mudança no comportamento, sendo essa mudança 
causada pelo operante, ou seja, é o processo pelo qual uma resposta faz-se mais 
provável ou frequente, porque é fortalecida.
Skinner entende que o processo de educação ocorre quando o plano de estudos 
garante que as respostas que os alunos precisam sejam reforçadas. Dentre os mais 
eficientes tipos de instrumentos, para que a aprendizagem ocorra, estão as ‘máquinas 
de ensinar’, como os computadores, em que os alunos têm programas com materiais 
para a leitura e questões sobre os diferentes assuntos estudados, com crescente 
complexidade.
Ao responder, o aluno descobre imediatamente sua resposta, e se errar, para Skinner 
o aluno deve continuar, mas para outros behavioristas ele deve tentar de novo até 
acertar.
Veja que muitas vezes é o que se observa nos cursos a distância, com questões 
objetivas e feedbacks imediatos que mostram erros e acertos. Quando o aluno acerta, 
ele continua suas atividades, quando ele erra, ele deve tentar de novo.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 7/10
Nota-se que Skinner estava o tempo todo preocupado com o aprendizado do 
estudante, com os seguintes objetivos:
• Que o aluno fosse ativo em seu processo de aprendizagem;
• Que o aluno conseguisse verificar imediatamente seus resultados, para seguir
em frente com segurança;
• Que houvesse o respeito pelo ritmo de aprendizado, levando em conta as
diferenças individuais.
• Que houvesse uma avaliação do programa e sua reelaboração conforme os
resultados dos alunos.
Apesar dessa preocupação, o que se pergunta sobre esse método é: onde está a 
postura ativa do aluno, que vê o que errou e copia a resposta certa? 
Vale ressaltar que, neste tipo de ensino, realmente o ritmo do aluno é respeitado.
Para finalizar, é necessário ressaltar que uma das críticas mais ferrenhas que o 
comportamentalismo aplicado à EaD recebe é que forma um estudante completamente 
passivo, que não critica, não argumenta e não cria, apenas assimila e reproduz o que 
aprendeu. (Becker, 1998, como citado em Guarezi & Matos, 2012)
Em Resumo
Aprendemos ao longo da aula que o comportamentalismo também é 
conhecido como behaviorismo, condutismo ou conexionismo. É uma corrente que 
entende que a assimilação do conhecimento ocorre pela associação de ideias 
que são captadas do ambiente externo, por meio dos sentidos, guiando-se pelos 
princípios da semelhança, da continuidade espacial e ainda da casualidade, sendo 
a aprendizagem iniciada e controlada pelo ambiente. Também aprendemos que 
o conhecimento é uma mistura das experiências, dos valores e das informações 
contextualizadas que nos permitem avaliar e assimilar novas experiências e 
novos saberes. Finalizamos compreendendo que uma das críticas mais ferrenhas 
que o comportamentalismo aplicado à EaD recebe é que forma um estudante 
completamente passivo, que não critica, não argumenta e não cria, apenas assimila 
e reproduz o que aprendeu. Espero que tenha gostado deste conteúdo.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 8/10
Aplicação prática
Agora que você já entendeu melhor o que é conhecimento, crie o seu 
próprio conceito.
Se for necessário pode realizar novas pesquisas para embasar o seu 
conceito.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 9/10
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793508076
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
Mais algumas Teorias Educacionais - o 
Cognitivismo
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Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 2/9
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar em que consiste o Cognitivismo.
• Compreender o Cognitivismo sob o ponto de vista de Piaget, Vygotsky e
Ausubel.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793508156
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 3/9
Introdução 
Podemos dizer que o comportamentalismo se baseia no conceito do 
comportamento, enquanto o cognitivismo, mais uma das teorias educacionais, 
entende o conceito de conhecimento como a organização e a representação 
da mente.
Diferente do comportamentalismo, o cognitivismo vai tentar explicar como se 
‘estrutura’ a mente humana e como é sua forma de representação, de funcionamento 
e de transformação dos conhecimentos.
Vejamos agora, juntos, um pouco mais sobre esta concepção educacional.
O Cognitivismo
Desde 1950, visando superar as deficiências do behaviorismo, o cognitivismo vem 
focando no estudo do funcionamento cognitivo. Isso significa que o que ocorre com 
a mente pode ser testado conforme os comportamentos que são observados.
O sujeito é entendido como aquele que interpreta os estímulosque recebe e tem o 
poder de decidir sobre as suas respostas. 
Para esta corrente, o ser humano tem um papel ativo, capaz de selecionar e encontrar 
alternativas para agir. 
Considera que os conhecimentos prévios das pessoas são fundamentais para entender 
a forma como o sujeito lê o mundo. São conhecimentos que servem de base para os 
novos saberes que serão assimilados, e devem ser levados em consideração.
Portanto, as informações que são absorvidas do exterior são assimiladas em função 
dos conteúdos prévios que a pessoa já tem sobre aquele assunto, e quanto mais 
simples for o conhecimento prévio, menor o grau de profundidade da assimilação 
desse saber pelo aprendiz.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 4/9
 Jean Piaget
Um de seus representantes foi Piaget. Para ele, ou o ser humano se adapta ao meio, 
ou morre. Essa aquisição de conhecimentos do meio é, portanto, a aprendizagem. 
Ele considerava que o processo de assimilação do saber é contínuo, sendo que 
as mudanças no desenvolvimento da mente são graduais.
Essa ideia tem sido aceita e aplicada na EaD, por exemplo, em cursos nos quais os 
alunos têm vários desafios durante seu processo de aprendizagem. As respostas não 
são dadas, assim, simplesmente. O aluno é questionado, e precisa descobrir a solução.
Quando o estudante se depara com um desafio, entra em desequilíbrio, que será 
recuperado quando assimilar o novo aprendizado, em uma construção permanente.
É importante não esquecermos que Piaget foi o principal impulsionador da psicologia, 
preocupando-se com o desenvolvimento cognitivo das pessoas.
Saiba Mais
Para conhecer mais sobre Jean Piaget, Lev Vygotsky e David Ausubel 
leia os seguintes artigos.
1. Ferrari, M. (2008). Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem 
no microscópio. Nova Escola. Disponível em https://novaescola. 
org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-que-colocou-a-
aprendizagem-no-microscopio Acessado em 7 de janeiro de 2024.
2. Ferrari, M. (2008). Lev Vygotsky, o teórico do ensino como 
processo social. Nova Escola. Disponível em https://novaescola. 
org.br/conteudo/382/lev-vygotsky-o-teorico-do-ensino-como-
processo-social Acessado em 7 de janeiro de 2024.
3. Fernandes, E. (2011). David Ausubel e a aprendizagem 
significativa. Nova Escola. Disponível em https://
novaescola.org. br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-
aprendizagem-significativa Acessado em 7 de janeiro de 2024.
https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-que-colocou-a-aprendizagem-no-microscopio
https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-que-colocou-a-aprendizagem-no-microscopio
https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-que-colocou-a-aprendizagem-no-microscopio
https://novaescola.org.br/conteudo/382/lev-vygotsky-o-teorico-do-ensino-como-processo-social
https://novaescola.org.br/conteudo/382/lev-vygotsky-o-teorico-do-ensino-como-processo-social
https://novaescola.org.br/conteudo/382/lev-vygotsky-o-teorico-do-ensino-como-processo-social
https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-significativa
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Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 5/9
 Lev Vygotsky
Para Vygotsky, outro grande estudioso desta corrente, a aprendizagem acontece em 
dois momentos, primeiro nas relações externas e depois é internalizada. Para 
ele, a aprendizagem e o desenvolvimento são interdependentes. 
O desenvolvimento começa sempre no exterior, pelos processos de aprendizado, 
e depois se transforma em desenvolvimento interno. Nesse caso, o aprendizado 
precede o desenvolvimento mental.
Aquilo que o ser humano consegue fazer sem ajuda está no nível do desenvolvimento 
efetivo ou real, e aquilo que ele precisa fazer com a ajuda de alguém está no nível de 
desenvolvimento proximal, sendo este o nível de desenvolvimento que precisa da 
atenção dos educadores, visto que nele os conhecimentos estão sendo modificados.
No caso do ensino a distância, deve-se planejar o ensino para focar em 
conceitos que ainda não foram incorporados pelos estudantes, impulsionando 
o desenvolvimento da consciência, do planejamento e da deliberação.
Não devemos esquecer, neste caso, da enorme importância do tutor mediador na 
intermediação desse conhecimento novo com os aprendentes.
https://player.vimeo.com/video/793508310
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 6/9
David Ausubel
Ausubel é mais um dos estudiosos desta teoria educacional, que foca seus esforços no 
processo de ensino e aprendizagem de conceitos baseados nos conhecimentos 
já assimilados pelos estudantes. Ele entende que a aprendizagem deve ser 
observada em duas dimensões, quais sejam, o eixo vertical e o eixo horizontal.
• no eixo vertical → são os momentos nos quais os estudantes codificam, 
transformam e armazenam as informações, passando de um aprendizado 
repetitivo (mnemônico) para um aprendizado significativo.
• no eixo horizontal → são os momentos nos quais os estudantes passam no ensino 
plenamente receptivo para o ensino que se baseia na descoberta espontânea.
Observe a figura abaixo para entender melhor essa ideia.
Figura 1 - Situações de aprendizagem
Fonte: adaptado de Pozo, 1998, como citado em Guarezi e Matos, 2012, p. 64
Considerando o eixo horizontal, entende-se que é a maneira como o estudante 
recebe os conteúdos. Na aprendizagem por descoberta, ele é levado a procurar 
pelas informações, para então assimilá-las. Já na aprendizagem receptiva os conteúdos 
já estão prontos. Basta que ele os assimile.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 7/9
Considerando o eixo vertical, dá-se a diferença entre a aprendizagem 
significativa e a mnemônica. A primeira diz respeito ao tipo de aprendizado que 
se incorpora aos conhecimentos já internalizados pelo aluno, enquanto a segunda 
(também conhecida como aprendizagem por associação) se refere à assimilação de 
uma informação que não faz nenhum sentido para o estudante e ele apenas decora.
Então, para esta teoria, como a aprendizagem ocorre de fato? Ausubel detalha 3 
aspectos necessários para que a aprendizagem significativa ocorra, e que podem 
ser de grande ajuda no planejamento dos cursos a distância. São eles:
1. o material didático: deve ser bem organizado e ter um significado, não sendo
um conjunto de informações fragmentadas, mas com sentido.
2. a predisposição para aprender: o material precisa ser significativo para que o
estudante queira aprender. Isso significa que ter um motivo para querer estudar
vai fazer com que ele obtenha uma aprendizagem realmente significativa e não
desista do curso.
3. os subsunçores adequados: a estrutura cognitiva do aprendiz deve ter 
conceitos que lhe possibilitem a assimilação de novos conceitos.
Podemos entender, portanto, que a aprendizagem significativa ocorre quando o 
sujeito e o meio interagem, e o conhecimento é obtido muito mais por conta das 
informações recebidas, do que descobertas, sendo uma prática voltada e focada no 
aprendiz. (Guarezi & Matos, 2012)
Em Resumo
Aprendemos, ao longo da aula, que para a teoria cognitivista o sujeito é 
entendido como aquele que interpreta os estímulos que recebe e que tem o 
poder de decidir sobre as suas respostas. Para esta corrente, o ser humano tem 
um papel ativo, capaz de selecionar e encontrar alternativas para agir. Vimos 
ainda que considera que os conhecimentos prévios das pessoas são 
fundamentais para entender a forma como o sujeito lê o mundo e que são 
conhecimentos que servem de base para os novos saberes que serão assimilados, e 
devem ser levados em consideração.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 8/9
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/793508595
Mais algumas Teorias Educacionais - o

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