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Nesta webaula vamos reforçar alguns conceitos e complementar assuntos que envolvem a corporeidade sob o olhar da Educação Física. Corporeidade e suas dimensões Você já percebeu que as práticas de exercício e atividade física permitem ao corpo sistematizar uma variedade de movimentos que podem ser importantes para uma prática esportiva, por exemplo? É nesse sentido que a corporeidade é compreendida como um comportamento intelectual promovido pelo cérebro, pertencente ao corpo, que permitirá ao aluno reconhecer-se a si mesmo como corpo para, assim, mover- se como instrumento facilitador de questões tanto internas como externas, interagindo com o mundo de forma geral. Saiba mais Atividade física é qualquer movimento que resulte de contrações musculares voluntárias, que leve a um gasto energético para acima do basal e/ou repouso. Uma importante e comum forma de atividade física é caminhar, cuidar de hortas, lavar o carro, etc. Exercício físico é toda atividade física planejada, estruturada, que tem o intuito de melhorar e/ou manter a aptidão física, como, por exemplo, propor uma caminhada de 1 hora de duração sem interrupção e com ritmo constante. (MAREGA; CARVALHO, 2012) As práticas corporais enriquecem os aspectos motores no âmbito das habilidades básicas (locomoção, manipulação e estabilização) e habilidades especializadas (combinação de habilidades básicas), e, para além disso, devemos considerar a signi�cativa bagagem cultural inserida em cada prática, principalmente se olharmos para a riqueza de etnias e diversidades no Brasil e no mundo. No entanto, sabemos que di�cilmente todas as crianças teriam oportunidade de vivenciar as práticas corporais em clubes, associações e escolas de iniciação esportiva, por isso podemos parar para re�etir que é na escola que o aporte cultural inserido nas práticas corporais poderá ser transmitido de geração em geração, de forma lúdica e criativa. Fundamentos dos Movimentos Básicos O corpo Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Fonte: Shutterstock. A partir do entendimento de que a corporeidade é base primordial para as ações promovidas pela Educação Física, é possível compreender que é através do corpo que se alcança a corporeidade, pois ela é este olhar para o sensível, para além do físico, um corpo que se expressa por meio de sua consciência corporal e não por meio de uma disciplina imposta e repressora. Movimentos corporais não acontecem ao acaso e a homeostase buscada constantemente pelo nosso organismo não é sem sentido. Antes, representa necessidades físicas e emocionais do ser humano, portanto, integrado a um denominador comum, já que o corpo é cheio de personalidade e, ao mesmo tempo, é subjetivo. O “eu” do indivíduo identi�ca-se diretamente com o corpo que lhe é seu. Nessa linha de pensamento, não devemos falar que temos um corpo, mas que somos corpo. A relação com o corpo faz parte de um processo dinâmico, multifacetado e, por esse motivo, o indivíduo não perpetuará sua relação com o corpo, pois estará em constante mudança. A inquietação visual do corpo transcende o sentido e o signi�cado de um corpo que é, acima de tudo, humano e livre para viver e contemplar aspectos de sua própria complexidade. Práticas corporais são produtos da corporeidade, da gestualidade sistematizada com características lúdicas, como dança, jogos, lutas, esportes e ginástica. Com o aporte teórico sobre a relação com o corpo, corporeidade e imagem corporal acreditamos que seja possível compreender os mais variados comportamentos sociais dos indivíduos, e estabelecer referências baseadas em estudos cientí�cos para nortear condutas sociais e pro�ssionais. Pesquise mais Posição anatômica do corpo humano Fonte: Shutterstock. Nesta webaula vamos ver os aspectos que envolvem o movimento em diferentes planos, sentidos e direções para que você entenda a tridimensionalidade do corpo humano. Planos e eixos anatômicos Se você olhar para a �gura do corpo humano em sua posição anatômica, isto é, em pé e com o rosto voltado, membros superiores, membros inferiores, palmas das mãos e pés voltados para frente, perceberá que há uma simetria bilateral a partir de um plano vertical “S” imaginário posicionado bem ao centro do corpo humano. Veja a seguir as posições e os planos anatômicos, segundo Dobler (2003). Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Fundamentos dos Movimentos Básicos Postura e posição Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Agora veja os eixos, planos e sentidos do movimento. Eixos Planos Movimento articular Sentido do movimento Látero-lateral Sagital Flexão e extensão Para frente e para trás: caminhar, rolamentos, etc. Anteroposterior Frontal Abdução e adução Para um lado e para outro: reversão lateral, �exão lateral, etc. Longitudinal Transversal Rotação Ao redor do próprio eixo: rotação da coluna, giro da bailarina ou ginasta, etc. Fonte: elaborado pelo autor. Pesquisas que investigam questões voltadas à postura corporal estão em constante evolução. São os conhecimentos baseados na ciência que trazem aporte para as ações pro�ssionais da Educação Física, portanto mantenha-se sempre atualizado. Pesquise mais Nesta webaula vamos rever conceitos e aspectos importantes relacionados aos movimentos anatômicos. Movimentos anatômicos A Educação Física utiliza-se da descrição de movimentos articulares e musculares para a análise de movimentos. O entendimento e compreensão dos movimentos do corpo humano se dão a partir dos planos sagital, frontal ou coronal, e transverso em seus respectivos planos: látero-lateral, anteroposterior e longitudinal. A posição fetal é utilizada como referencial para descrever a direção de movimento. Qualquer movimento executado para assumir a posição fetal é conhecido como movimento de �exão, por outro lado, o endireitamento do corpo a partir da posição fetal produz movimentos de extensão de todos os membros. Veja a seguir os movimentos anatômicos, segundo Jarmey e Thomas (2008). Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Outros movimentos podem ser realizados pelo corpo humano, e envolvem algumas articulações ou mesmo um seguimento corporal apenas, como, por exemplo, o de pronação, supinação, dorsi�exão, �exão plantar, inversão, eversão, prostração. Quanto mais o pro�ssional e/ou professor de Educação Física compreender os movimentos do corpo humano, mais embasamento para elaborar programas de atividade e exercício físico terá. Descrever movimentos e a localização de diferentes partes do corpo também bene�cia outros pro�ssionais da área da saúde, como médicos, dentistas, �sioterapeutas, etc. Para além do movimento, a Educação Física também convida o futuro professor e/ou pro�ssional da área a compreender o ser humano não apenas pelo seu físico, mas para a transcendência em olhar além do movimento do indivíduo, para o indivíduo que se movimenta, para que, diante da premissa da integralidade, o ser humano possa ser compreendido de corpo inteiro, ou seja, em suas dimensões �losó�cas, religiosas, biológicas, sociais, históricas, culturais, etc. Compreender fenômenos que envolvem práticas corporais como a dança, jogos, lutas, esportes de ginásticas, assim como a relação dialógica e retórica nas mais variadas realidades e perspectivas, sejam elas evolutivas, dinâmicas ou transcendentes, é o que privilegia a Motricidade Humana. Cadeias musculares É a organização do sistema muscular em cadeias globais, porém integradascom o objetivo de sustentar um indivíduo em equilíbrio e boa postura corporal. Fundamentos dos Movimentos Básicos Motricidade humana Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Veja os grupos musculares que compõem cada cadeia, de acordo com Souchard (1986). Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. É importante compreender que as cadeias musculares são integradas e que cada uma delas é fundamentalmente essencial para que o alinhamento postural seja mantido. Uma cadeia muscular que apresenta encurtamento das �bras poderá levar um indivíduo a escolher posturas inadequadas que poderão, ao longo do tempo, promover desvios e deformidades na coluna vertebral. Pesquise mais Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital. Nesta webaula vamos compreender os aspectos relacionados aos movimentos básicos e especí�cos. Movimentos básicos Os movimentos básicos, sob a perspectiva do desenvolvimento motor, estão relacionados à fase do movimento fundamental. Essa fase ocorre entre 2 e 7 anos em crianças e apresenta 3 estágios: estágio inicial, estágio elementar emergente e estágio de pro�ciência. É durante essa fase que são desenvolvidos os movimentos estabilizadores, locomotores e manipulativos. Veja os estágios pertencentes à fase de movimento fundamental: Estágio inicial Movimento apresentado com muitos erros, falta de ritmo e coordenação. Estágio elementar emergente Movimento apresentado com maior controle e ritmo, no entanto, gestos excessivos ou limitados ainda ocorrem. Estágio de pro�ciência Movimento realizado com maior coordenação e ritmo. Maior consistência nas tentativas de realização das ações motoras básicas. Fases e estágios do desenvolvimento motor Fundamentos dos Movimentos Básicos Movimentos fundamentais Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Fonte: Gallahue, Ozmun e Goodway (2013). Movimentos especí�cos Os movimentos especí�cos são caracterizados por apresentar movimentos mais complexos, derivados de combinações de ações motoras básicas. No campo do desenvolvimento motor, está relacionado à fase de movimento especializado. Apresenta 3 estágios: Estágio de transição Início da combinação de movimentos básicos para diferentes contextos. Estágio de aplicação Período em que o jovem apresenta maior capacidade de tomada de decisão baseado em suas características e demandas do ambiente e da tarefa. Estágio de utilização ao longo da vida Aproximadamente a partir dos 14 anos, perdura por toda a vida adulta. Caracterizada pelo re�namento e aplicação dos movimentos mais complexos (especializados) em diferentes contextos, como lazer e esporte. Durante o estágio de aplicação, o indivíduo está mais consciente de suas potencialidades e limitações físicas e pessoais, focando sua atenção para determinados esportes. Nesse estágio, a preocupação está em aumentar a pro�ciência para realização dos movimentos no contexto esportivo e do lazer (GALLAHUE, 2005). https://conteudo.colaboraread.com.br/202102/INTERATIVAS_2_0/FUNDAMENTOS_DOS_MOVIMENTOS_BASICOS/U2/S1/assets/img/img%202.1.png Formas de movimento O movimento pode ser classi�cado de diferentes formas de acordo com a área de conhecimento utilizada. A seguir, são apresentadas diferentes formas de classi�cação. Em relação aos aspectos musculares e amplitude de movimento Movimento motor amplo: grandes grupos musculares envolvidos na tarefa. Movimento motor �no: pequenos grupos musculares envolvidos na tarefa. Em relação aos aspectos temporais do movimento Habilidade motora discreta: início e �m de�nidos; breve em duração. Habilidade motora seriada: seriação de habilidades motoras discretas. Sequência de movimento é primordial para o sucesso na tarefa. Habilidade motora contínua: não apresenta início e �m identi�cáveis. São realizados de forma contínua e repetitiva. Em relação aos aspectos às demandas ambientais Habilidade motora aberta: ambiente imprevisível e mutável. Habilidade motora fechada: ambientes previsíveis e não mutáveis. Em relação aos aspectos funcionais Tarefas de estabilidade: possuem como objetivo o ganho ou manutenção do equilíbrio. Tarefas de locomoção: objetivam o deslocamento do corpo de um ponto a outro. Tarefas de manipulação: movimentos em que o praticante transmite ou recebe a força de um objeto. Movimento motor amplo Fonte: Pixabay. Habilidade contínua (correr) Fonte: Pixabay. Padrões de movimento Considerado como séries organizadas de movimentos relacionados (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013). Representa o desempenho em um movimento isolado. Exemplo: levantar o braço. Pesquise mais Padrão de movimento fundamental Refere-se ao padrão observado em movimentos básicos. Podem envolver a combinação de padrões de movimento de dois ou mais segmentos corporais. Combinação de movimentos A combinação de movimentos consiste na junção de ações motoras básicas. Para que ocorra, dois aspectos são fundamentais: a �exibilidade dos componentes do movimento e a riqueza do repertório motor. Flexibilidade dos componentes Está relacionada aos ajustes feitos nos movimentos básicos em sua interação para que um movimento mais complexo seja desenvolvido. Riqueza do repertório motor Está associada ao estágio de transição, ou seja, um período em que a aquisição, estabilização e diversi�cação das habilidades básicas acontecem para interação e posterior combinação em movimentos mais especí�cos. É importante que o pro�ssional de Educação Física, durante o ensino de movimentos, considerar que entre a realização de movimentos básicos e movimentos especí�cos os praticantes passam pela fase de transição, ou seja, o pro�ssional não deve “forçar saltos” durante o processo. Caso contrário, a combinação de movimentos para utilização nos mais diferentes contextos será prejudicada. Nesta webaula vamos compreender os aspectos relacionados à relação entre fenomenologia, antropologia e movimento humano. Duolismo corpo-mente A visão dualista é resultado dos pensamentos do �lósofo francês René Descartes (1596-1650), com o intuito de ampliar a visão cientí�ca do mundo. O �lósofo propôs que mente e corpo são substâncias distintas, independentes, e que apresentam diferentes realidades. No entanto, podem interagir por troca de informações. Sob a perspectiva dessa visão, são conhecidas como funções da mente: Consciência da própria existência. Conexão de ideias e crenças. Capacidade de lembrar de ideias passadas. Ordenar intenções. Ter consciência de situações agradáveis e desagradáveis. René Descartes (1596-1650) Fundamentos dos Movimentos Básicos Bases antropológicas e �ilosó�icas do movimento humano Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Fonte: Flickr. Em contrapartida, o corpo é caracterizado como uma máquina, um sistema mecânico, sem interação com processos relacionados à mente. De forma geral, podemos compreender que, na visão dualista mente-corpo: Qualquer substância com propriedades mentais carece de propriedades materiais e vice-versa. Propriedades materiais e propriedades mentais são propriedades diferentes. Mente e corpo são substâncias numericamente distintas. Teoria do “Se-movimentar” Humano (TSMH) Essateoria compreende que o movimento é uma expressão do indivíduo, em detrimento de uma visão puramente mecânica. Nessa perspectiva, podemos entender que a individualidade é fundamental e que as experiências vivenciadas por cada praticante contam para a expressão do movimento. Portanto, devemos considerar a qualidade do movimento, observando as vivências, emoções e sensibilidade das ações realizadas. Tem-se aqui uma visão que afasta a ideia tecnicista do movimento e dá espaço para a criatividade, para o “mover- se” de forma livre e espontânea. São conhecidas 3 formas de diálogo: Forma direta Caracterizada pelo contexto intuitivo. Forma aprendida Tensão entre o físico como o objeto e o corpo como sujeito. Forma criativa ou inventiva Relacionada à experiência de unidade por meio da interação entre sujeito e mundo. Fenomenologia e movimento humano A fenomenologia entende o movimento como forma de diálogo entre o homem e o mundo, dando signi�cado e intenção ao movimento. São fatores importantes para a compreensão do movimento, de acordo com a visão fenomenológica: sensibilidade, intuição e percepção. É necessário estar atento à signi�cação do movimento por parte dos praticantes, ao invés de seguir regras especí�cas e dedicar atenção excessiva à técnica correta do movimento. A compreensão desse movimento pode ser facilitada por quatro princípios: Autonomia Totalidade Uso de metáforas Centralização da percepção Movimento humano e antropologia social Nesse contexto entende-se que o movimento e a forma como nos movemos e vivemos está atrelada à cultura. Ou seja, o homem desenvolve seus costumes, comportamentos e atitudes por causa de uma apropriação cultural. É considerado que o corpo é uma síntese da cultura por expressar elementos especí�cos da sociedade de que faz parte. Por conseguinte, o pro�ssional de Educação Física deve considerar o movimento como o resultado de um conjunto de signi�cados incorporados ao longo do tempo. A interpretação do movimento passou por diferentes signi�cações no decorrer do tempo, assim, é importante entender como o movimento é caracterizado. Pesquise mais Nesta webaula vamos compreender a aplicação dos movimentos básicos em diferentes contextos. Movimentos básicos como suporte ao aprendizado A utilização das sequências de desenvolvimento pode auxiliar durante o processo de ensino-aprendizagem. Nesse caso, são conhecidas duas formas: sequência de corpo inteiro e sequência de componentes. Sequência de corpo inteiro Descrição do movimento considerando a totalidade do corpo. Compreende o movimento em uma perspectiva global. Sequência de componentes Ocorre a identi�cação e observação do movimento por segmento corporal, como braços, tronco, coxas e pernas. Além disso, essas abordagens devem considerar os seguintes princípios: Todas as crianças passam pelos mesmos estágios na mesma ordem. Cada estágio apresenta diferentes aspectos qualitativos do movimento em relação ao estágio anterior. A ordem dos estágios não muda. Não é possível pular estágios. Existe uma integração hierárquica. Em um mesmo estágio, comportamentos se misturam e combinam com comportamentos anteriores. O desequilíbrio entre o indivíduo e o ambiente estimula a emergência de um novo estágio. No entanto, é necessário compreender as críticas a respeito das abordagens, como: A abordagem linear não considera regressões em desempenho provenientes de mudanças da tarefa, como chutar uma bola em um alvo menor. Os princípios não levam em consideração o reordenamento da sequência de desenvolvimento nas habilidades. Falta explicação sobre o que determina a mudança de padrão de movimento. Fundamentos dos Movimentos Básicos Finalidades do movimento Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Movimentos básicos como suporte à promoção da saúde Levando em consideração os movimentos fundamentais, os movimentos de locomoção, como a corrida, são utilizados com frequência para a promoção da saúde. Considerada por abranger uma fase de apoio alternada e uma fase de voo, a corrida pode ser dividida em fase de apoio, fase de voo e fase de recuperação. Além disso, os movimentos dos braços devem ser realizados no sentido anteroposterior, com os cotovelos �exionados em aproximadamente 90°. Veja a seguir como pode ocorrer a sequência de desenvolvimento do correr: Sequência de desenvolvimento no correr em diferentes estágios Fonte: adaptada de Payne e Isaacs (2011). Movimentos básicos como suporte ao lazer A utilização de movimentos fundamentais é presente desde crianças até idosos. A caminhada e as modalidades esportivas têm sido utilizadas como forma de atividade realizada no momento do lazer. É conhecido que adultos que participaram de modalidades esportivas enquanto jovens apresentam maior tempo dedicado à prática de atividade física no lazer em comparação aos adultos que não praticaram esportes na referida idade. Fonte: Shutterstock. Movimentos básicos como suporte ao esporte Os movimentos fundamentais apresentam combinação para aplicação em habilidades especí�cas das modalidades esportivas. Um exemplo é o basquetebol, no qual o movimento do saltar (locomoção) está relacionado às habilidades do movimento especializado de rebote e recepção de bola alta. Fonte: Shutterstock. Na aprendizagem e aplicação dos movimentos básicos devemos considerar que: As pessoas aprendem em diferentes ritmos. Pesquise mais Cada pessoa apresenta suas próprias potencialidades e limitações. Antes de realizar as habilidades motoras especializadas, é necessário dominar os movimentos fundamentais. Cada aprendiz reage de uma forma diferente às instruções fornecidas. Os movimentos fundamentais de estabilização, manipulação e locomoção são realizados por toda a vida. Compreender sua aplicação em diferentes contextos é fundamental para o pro�ssional de Educação Física. Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital. Nesta webaula, compreenderemos o correr e o marcar na perspectiva do atletismo. Atletismo Por reunir movimentos fundamentais do ser humano, como correr, saltar, lançar e arremessar, o atletismo é considerado um esporte-base. É um esporte de grande tradição e que apresenta suas primeiras formas competitivas, desde 1225 a.C., passando por diversas transformações ao longo dos anos. Sendo conhecido como esporte-base, a realização das práticas de atletismo no contexto da Educação Física Escolar é importante para a aprendizagem e desenvolvimento de movimentos mais complexos. Fonte: Shutterstock. Miniatletismo Uma das formas de desenvolver práticas relacionadas ao atletismo no contexto escolar é por meio de um programa criado pela World Athletics, denominado miniatletismo. Esse programa possui os requisitos: Oferecer às crianças um atletismo atraente. Oferecer às crianças um atletismo acessível. Fundamentos dos Movimentos Básicos Caminhar e correr Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Atividades realizadas no miniatletismo (por grupo) Fonte: adaptado de Gozzolli et al. (2014). Oferecer às crianças um atletismo instrutivo. Além disso, os objetivos centrais desse programa são: 1. Tornar o atletismo a modalidade esportiva individual mais praticada nas escolas em todo o mundo. 2. Dar oportunidade a crianças, federadas ou não, de praticar o esporte e se prepararem para o futuro de modo mais e�ciente. O princípio básico do miniatletismo é o trabalho em equipe, destacando a importância de todos os praticantespara o desenvolvimento das atividades. As atividades são desenvolvidas em três grupos, a saber: Grupo I: 7 e 8 anos de idade. Grupo II: 9 e 10 anos de idade. Grupo III: 11 e 12 anos de idade. Movimentos da corrida Durante o correr são apresentadas duas fases: Fase de apoio Caracterizada por uma desaceleração no momento em que o pé toca o solo. Após, ocorre um impulso associado à rápida extensão das articulações do quadril, joelho e tornozelo. Fase de voo Nessa fase, o joelho da perna de balanço move-se para frente e para cima, aumentando o comprimento da Movimentos da corrida Fonte: adaptado de Muller e Ritzdorf (2009). passada. Apresenta como objetivo a potencialização do impulso. São consideradas o�ciais as seguintes provas que envolvem o correr: Corridas rasas: 100 metros, 200 metros, 400 metros, 800 metros, 1.500 metros, 5.000 metros, 10.000 metros. Corridas com barreiras: 100 metros com barreiras (para as mulheres), 110 metros com barreiras (para os homens), 400 metros com barreiras (homens e mulheres). Corrida com obstáculos: 3.000 metros com obstáculos. Revezamentos: 4x100 metros e 4x400 metros. Exercícios educativos de corrida Veremos a seguir, os principais exercícios que auxiliam na corrida. Dribbling Atividade que objetiva a frequência de movimentos alternados do pé (antepé para mediopé), com pequena �exão dos joelhos. O deslocamento ocorre de forma curta e para a frente, com os braços realizando movimento anteroposterior (como na corrida). Skipping O praticante realiza a �exão alternada dos joelhos elevando-os na altura do quadril. O tronco deve se manter ereto, enquanto os braços realizam o movimento anteroposterior, como na corrida. Soldadinho Exercício que preza pela frequência na elevação das pontas dos pés de forma alternada (movimento de dorsi�exão do tornozelo). O praticante deve fazer esse deslocamento para frente com os joelhos estendidos e o tronco ereto. Os braços realizam o movimento natural da corrida (sentido anteroposterior). Hopserlauf Também conhecido como “passeio no bosque”. Ocorre um deslocamento com pequenos saltos (saltitamento duplo na perna de impulsão) com movimento alternado de membros inferiores e superiores. A postura deve estar ereta e o movimento dos braços deve ser alternado com o movimento dos membros inferiores (como na corrida). Marcha atlética Envolve uma progressão de passos em que o indivíduo deve sempre tentar manter um pé em contato com o solo. Nessa atividade, o pé que avança deverá tocar o solo antes que o pé de apoio deixe o terreno. A marcha apresenta uma fase de apoio simples e uma fase de apoio duplo. A fase de apoio simples é conhecida por gerar aceleração e inclui a preparação do avanço da perna que não toca o solo. A fase de apoio duplo tem o objetivo de manter o contato com o solo a todo instante, ou seja, não temos fase de voo na marcha atlética. Sequência da marcha atlética Fonte: adaptado de Muller e Ritzdorf (2009). Para �nalizar esta webaula, sugerimos a leitura do Guia Prático de Atletismo para Crianças é um material interessante para a compreensão da aplicação do miniatletismo. É uma cartilha que busca explicar como as atividades devem ser organizadas e os materiais a serem utilizados. Gozzolli, C; Locatelli, H.; Massin, D; Wangemann B. Guia prático de atletismo para crianças. Miniatletismo: iniciação ao esporte. Online. 2. ed. 2014. Nesta webaula, compreenderemos o correr e o marcar na perspectiva do atletismo. Salto em distância Prova de salto horizontal que apresenta 4 fases: corrida de aproximação, impulso, fase de voo e aterrissagem. Corrida de aproximação Desenvolvimento da velocidade “ótima” para saltar. Apresenta desenvolvimento do comprimento dos passos e velocidade de forma progressiva. Impulso Realizado com um pé. O pé contralateral é lançado para cima e para frente com �exão dos joelhos e auxílio dos braços. Fase de voo Dependente da corrida de aproximação e impulso. Apresenta três estilos: Estilo grupado. Estilo em arco. Estilo “passada no ar”. Aterrisagem Na aterrissagem (última fase do salto em distância), o praticante deve tocar a areia primeiramente com os pés, que devem tracionar o resto do corpo para frente nessa superfície. Salto triplo Prova componente dos saltos horizontais no atletismo. Apresenta as seguintes fases de movimento: corrida de aproximação, saltos (hop, step e jump) e aterrissagem. Corrida de aproximação: realizada de forma progressiva, ou seja, alcance de uma velocidade ótima. Saltos: podem ser classi�cados como: Primeiro salto: hop. Segundo salto: step. Terceiro salto: jump. Fundamentos dos Movimentos Básicos Saltar Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Nessa fase, os dois primeiros saltos são realizados com o mesmo pé, enquanto o terceiro é realizado com o pé contralateral. Portanto, são possíveis apenas 2 combinações: direita, direita e esquerda ou esquerda, esquerda e direita. Aterrissagem: parecida ao salto em distância, ou seja, o pé toca primeiramente a areia e traciona o resto do corpo. Salto em altura Componente da prova dos saltos verticais no atletismo. Apresenta 3 estilos técnicos de transposição: Estilo tesoura Mais recomendado para a aprendizagem inicial. A impulsão é realizada com a perna externa ao sarrafo, enquanto a perna mais próxima é elevada rapidamente e em altura su�ciente para garantir a transposição sem tocar no sarrafo. Estilo de rolamento ventral Impulsão com a perna mais próxima ao sarrafo. Após a impulsão, a perna externa ao sarrafo será lançada para cima, junto aos braços, sempre em decúbito ventral. Em seguida, a perna de impulsão realiza a mesma ação, enquanto o praticante realiza um giro no eixo longitudinal. Estilo fosbury �op Corrida de aproximação com maior velocidade quando comparada aos demais estilos técnicos. A impulsão é realizada com a perna externa ao sarrafo e, após o impulso, o indivíduo realizará um pequeno movimento com o tronco, �cando em decúbito dorsal. Após realizar esse movimento, a transposição será completada. Salto com vara O Brasil possui tradição na prova de salto com vara. Em 2008, nos Jogos Olímpicos de Pequim (China), a atleta Maurren Maggi conquistou a medalha de ouro na prova com a marca de 7.04m. Foi a primeira medalha de ouro em um esporte individual na categoria feminina na história olímpica de nosso país. Além disso, tivemos o atleta Mauro Vinícius da Silva (também conhecido com Duda) como bicampeão mundial indoor, nos anos de 2012 e 2014. Esse tipo de salto, é uma prova de salto vertical com o implemento vara, que apresenta quatro fases: empunhadura, corrida de aproximação e preparação para o encaixe, salto e queda. Empunhadura Mais recomendado para a aprendizagem inicial. A impulsão é realizada com a perna externa ao sarrafo, enquanto a perna mais próxima é elevada rapidamente e em altura su�ciente para garantir a transposição sem tocar no sarrafo. Corrida de aproximação e preparação para o encaixe Corrida de forma progressiva com a vara posicionada do lado contrário à perna de impulsão. Enquanto o praticante avança na corrida, a ponta da vara se abaixa progressivamente para garantir o encaixe para o salto. Salto Impulsão com a perna correspondente à mão da frente na empunhadura, enquanto a perna contralateral realizará uma �exão de quadril e joelho. Em seguida, o indivíduo realizará a inversão do corpo, para a verticalização invertida, seguida de um giro de aproximadamente 180° para transpor o sarrafo. Queda Necessidade de um colchão apropriado e que garanta a segurança para a prática. Para �nalizar esta webaula, cabe destacar que é preciso leratentamente as regras para as provas de saltos horizontais (salto em distância e salto triplo) e saltosverticais (salto em altura e salto com vara), apresentadas pela Confederação Brasileira de Atletismo. Páginas 122 a 136. CBAT. Regras de competição e regras técnicas. Versão o�cial para o Brasil, 2020. PDF. Posição do implemento em relação ao corpo durante o arremesso e o lançamento Fonte: adaptado de Matthiesen (2017). Nesta webaula, compreenderemos o arremessar e o lançar na perspectiva do atletismo. Diferença entre arremessos e lançamentos Os arremessos e os lançamentos são habilidades motoras fundamentais, utilizadas ao longo da vida e são base para as habilidades motoras esportivas e laborais. As provas de lançamento do atletismo são lançamento de dardo, lançamento de disco e lançamento de martelo. A prova de arremesso do atletismo é o arremesso de peso. A diferença entre arremesso e lançamento, no atletismo, é que, nas provas de lançamento, o implemento se move, a todo instante, longe do corpo do lançador e é solto no ar. Já no arremesso, o implemento se move junto ao corpo do arremessador e é empurrado no ar. Impulso Realizado com um pé. O pé contralateral é lançado para cima e para frente com �exão dos joelhos e auxílio dos braços. Fase de voo Dependente da corrida de aproximação e impulso. Apresenta três estilos: Estilo grupado. Estilo em arco. Estilo “passada no ar”. Aterrisagem Na aterrissagem (última fase do salto em distância), o praticante deve tocar a areia primeiramente com os pés, que devem tracionar o resto do corpo para frente nessa superfície. Fundamentos dos Movimentos Básicos Lançar e arremessar Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Exemplo das quatro fases no lançamento de disco Fonte: adaptado de Muller e Ritzdorf (2009). Por serem habilidades base para outras habilidades motoras, as habilidades motoras fundamentais devem ser estimuladas, principalmente durante a infância e a fase escolar. Assim, o aprendizado das técnicas das provas de arremesso e de lançamento do atletismo são estratégias importantes para o desenvolvimento motor de crianças. Para saber mais sobre as habilidades motoras fundamentais, leia entre as páginas 70-81 do livro Compreendendo o Desenvolvimento Motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos, dos autores Gallahue, Ozmun e Goodway (2013). Fases dos lançamentos e arremessos As técnicas de lançamento e arremesso no atletismo são: Fase de preparação Caracterizada pela empunhadura do implemento, pelo posicionamento inicial do atleta e pelos movimentos executados antes da próxima fase. Fase de deslocamento Caracterizada pelos movimentos do tronco, membros superiores e inferiores para deslocar o corpo em direção ao local de projeção do implemento. Fase de arremesso ou lançamento Caracterizada pelos movimentos técnicos executados antes de empurrar ou soltar o implemento no ar. Fase de �nalização Caracterizada pela técnica de troca dos pés após a projeção do implemento, para controlar o equilíbrio corporal e não ultrapassar a área de arremesso ou lançamento. Estilos do arremesso de peso Os estilos do arremesso de peso são: Estilo lateral sem deslocamento Caracterizada pela empunhadura do implemento, pelo posicionamento inicial do atleta e pelos movimentos executados antes da próxima fase. Estilo lateral com deslocamento Proposto para iniciantes como uma progressão pedagógica do estilo lateral sem deslocamento, pois há acréscimo do “deslizamento” dos pés para deslocar o corpo e produzir maior transferência de energia no arremesso. Exemplo das quatro fases no lançamento de disco Fonte: adaptado de Muller e Ritzdorf (2009). Estilo O’Brien É menos utilizado na iniciação, pois apresenta movimentos mais complexos, como o posicionamento de costas com �exão dos joelhos e do tronco à frente, assim como da técnica de “deslizamento” dos pés. Estilo rotacional (ou com giros) Pouco utilizado na inicialização, pois exige muita coordenação para realizar e relacionar os movimentos de balanceio com os movimentos de execução dos giros em deslocamento para a frente. Empunhaduras do lançamento de dardos Os estilos do arremesso de peso são: Estilo “garfo” O dardo é seguro por três dedos e apoiado entre dois dedos (indicador e médio). Estilo “�nlandesa” Nesse estilo, o dardo é seguro com quatro dedos e apoiado no dedo indicador. Estilo “americana” Apresenta uma empunhadura mais funcional, na qual todos os dedos seguram o dardo. Para �nalizar esta webaula, sugerimos a leitura do livro Atletismo: teoria e prática, da autora Sara Quenzer Matthiesen. É um ótimo material para o aprofundamento dos estudos sobre o atletismo. A autora detalha os gestos técnicos de cada prova e apresenta atividades pedagógicas e práticas para o ensino dessa modalidade. MATTHIESEN, S. Q. Atletismo: teoria e prática, 2. ed., Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital. Pirâmide Nesta webaula, estudaremos os conceitos dos movimentos na ginástica acrobática (GACRO), com foco na formação das pirâmides humanas. Movimentos na ginástica acrobática É notável que a presença das pirâmides humanas é a característica mais marcante da ginástica acrobática (GACRO). É importante destacar que, para arquitetar uma pirâmide, aplicam-se elementos técnicos especí�cos da GACRO, como o monte e o desmonte. Monte O monte refere-se à utilização de segmentos corporais do parceiro de equipe, como apoio para subir ao topo da pirâmide sem perder o contato entre os ginastas, ou mesmo para uma fase de voo. Desmonte O desmonte refere-se à perda de contato entre os componentes do grupo em que há presença prévia de fase de voo entre a projeção ou a recepção. Ambos os elementos técnicos devem ser realizados com muita segurança, no sentido de reduzir os riscos de lesão e queda. Nesse sentido, utilizam-se diferentes formas de pegadas realizadas com as mãos para deixar mais fácil o monte, a �xação e o desmonte das pirâmides. Fundamentos dos Movimentos Básicos Movimentos da ginástica acrobática Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Fonte: Zenfolio. No ano de 2020, a GACRO completou aproximadamente 50 anos. Se comparada à ginástica artística, por exemplo, a GACRO é considerada uma modalidade ainda muito recente. Suas manifestações públicas são bem comuns pelo mundo afora. O Cirque du Soleil e o Circo Nacional na China utilizam muitos recursos da GACRO em seus espetáculos, contudo, no Brasil, ainda se fazem necessárias ações de mais divulgação e mais incentivo em todos os sentidos. Saiba mais A pouca repercussão midiática televisiva e a escassez de estudos e publicações cientí�cas na temática da GACRO podem ser fatores que contribuem direta ou indiretamente para que essa modalidade ainda não esteja inserida em Jogos Olímpicos. Além do mais, são poucos os materiais didáticos disponíveis para os técnicos que almejam trabalhar com a GACRO, o que di�culta, sobremaneira, a atuação nessa modalidade. No entanto, lacunas abertas criam oportunidades de atuação pro�ssional, portanto a identi�cação com essa modalidade de ginástica poderá motivar o professor a realizar cursos, produzir materiais e construir suas próprias experiências no sentido de disseminar, oportunizar e democratizar a prática da GACRO em seu entorno ou fora dele. Das muitas vantagens da modalidade, uma delas é a não necessidade de aquisição de aparelhos especí�cos, porque a GACRO sincroniza os movimentos corporais com elementos acrobáticos e música, somente. Nesse sentido,pode-se dizer que a GACRO é uma modalidade de baixo custo estrutural. Entre algumas poucas propostas pedagógicas de ensino e aprendizagem na GACRO, Gallardo e Azevedo (2007) recomendam os seguintes passos: Primeiro momento do treino Exercícios de aquecimento global promovendo lubri�cação das articulações, e distribuição sanguínea para os grandes grupos musculares. Segundo momento do treino Exercícios de alongamento, como técnica de desenvolvimento da �exibilidade. Terceiro momento do treino Exercícios individuais de aprimoramento e aprendizagem. Quarto momento do treino Iniciação às �guras acrobáticas. Além, é claro, da preparação física especí�ca para a modalidade que deve ser direcionada de modo a promover as capacidades físicas especí�cas para o atleta de base, intermédio e volante. Cabe ressaltar que a ginástica acrobática é uma modalidade de ginástica de competição bonita, dinâmica. É um esporte-show tanto para homens quanto para mulheres, que contempla movimentos de solo da ginástica artística em suas coreogra�as e em seus movimentos rítmicos que conectam os exercícios individuais, estáticos, dinâmicos e combinados (FIG, 2020). Para �nalizar esta webaula e para aprender mais sobre a ginástica, você poderá consultar o livro Fundamentos básicos da ginástica acrobática, disponível em nossa biblioteca. GALLARDO, J. S. P.; AZEVEDO, L. H. R. Fundamentos básicos da ginástica acrobática. Campinas/SP: Autores Associados, 2007. Fonte: Shutterstock. Nesta webaula, estudaremos aspectos importantes da ginástica artística relacionados aos elementos corporais e os aparelhos da modalidade. A ginástica artística Desde os primórdios dos tempos em que se registram as primeiras manifestações da ginástica, nota-se que ela é marcada pelos movimentos corporais e suas possibilidades. Ao longo do tempo, as transformações históricas permitiram a evolução dessa prática para diferentes modalidades de ginástica que, na atualidade, está presente nas riquezas culturais construídas pela humanidade. Atualmente, com a existência de órgãos regulamentadores, como a Federação Internacional de Ginástica (FIG), as modalidades são organizadas em categorias competitivas e de apresentação. A ginástica artística, além de ser uma modalidade classi�cada como de competição, é reconhecida como esporte olímpico. A ginástica artística é um esporte individual que pode ser praticado por homens e mulheres. Há provas especí�cas para mulheres e especí�cas para homens, bem como provas comuns para ambos. Uma de suas peculiaridades é a execução de movimentos que combinam força, �exibilidade, agilidade, equilíbrio, saltos e giros em aparelhos de grande porte, como a trave de equilíbrio, as barras assimétricas (para a categoria feminina) e as barras assimétricas, simétricas, argolas, cavalo com alça e barra �xa (para a categoria masculina). A mesa de salto e o solo são aparelhos para as duas categorias. Fundamentos dos Movimentos Básicos Movimentos da ginástica artística Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Fonte: Shutterstock. Para além do contexto competitivo e organizacional da ginástica artística, é importante que professores e/ou pro�ssionais da Educação Física tornem a sua prática acessível para além dos centros de treinamento e atletas de alto nível. A ginástica artística pode e deve ser explorada como prática corporal em espaços escolares, projetos sociais, clubes desportivos, entre outros. E quanto mais praticada for, mais divulgada será. A Base Nacional Comum Curricular é um documento o�cial educacional que organiza um conjunto de saberes por área de conhecimento escolar. Acesse o documento do MEC e veja como a ginástica artística é contextualizada para �ns educacionais, nas páginas 217 e 218. Movimentos corporais O conteúdo da ginástica oportuniza a expressão por meio de movimentos corporais que podem perfeitamente ser adaptados para a realidade do professor e do aluno, e seu valor pedagógico envolve aspectos fundamentais para o desenvolvimento integral. Explorar possibilidades pré-acrobáticas, acrobáticas, expressivas, interação social, o compartilhamento do aprendizado e a não competitividade são aspectos que certamente poderão estar presentes no ensino democrático da ginástica artística. Nesse contexto, a ginástica artística é reconstruída como prática corporal na escola e fora dela, baseando suas manifestações em sua função social e suas múltiplas possibilidades. Alguns professores e/ou pro�ssionais de Educação Física não �cam à vontade para ensinar ginástica artística para seus alunos devido a vários motivos, entre eles a falta de familiaridade com a temática. Por isso, é importante que cursos de formação continuada, o�cinas preparatórias, especializações, workshops, etc., sejam oferecidos aos professores e pro�ssionais para que, de modo didático, responsável e comprometido, possam oferecer e criar demandas, respeitando as limitações e potencialidades de cada um. Para �nalizar esta webaula, destacamos que no artigo A ginástica vai à escola, as autoras registraram uma investigação sobre as razões pelas quais a ginástica tem �cado de fora do conteúdo das aulas de Educação Física, além de apresentarem uma proposta pedagógica para o ensino. SCHIAVON, L.; PICCOLO, V. N. A ginástica vai à escola. Movimento (ESEFID/UFRGS), v. 13, n. 3, p. 131-150, 2007 Fonte: Shutterstock. Nesta webaula, estudaremos a ginástica rítmica (GR), suas características e elementos especí�cos da modalidade. A ginástica rítmica (GR) A ginástica rítmica (GR) é uma modalidade esportiva que contém características favoráveis ao desenvolvimento integral porque contempla in�nitas possibilidades de movimentos que são realizados juntamente com o manejo de aparelhos e acompanhamento musical. Essa riqueza de possibilidades não pode ser ignorada na iniciação esportiva, que por muitas vezes exercem a política dos mais habilidosos, deixando, assim, que crianças com menos aptidão para a modalidades sejam esquecidas ou, até mesmo, desligadas da atividade. Não se pode desconsiderar que a GR contempla o desenvolvimento de características motoras, estreita as brincadeiras populares presentes na cultura corporal de movimento, permitindo, portanto, que crianças se iniciem na modalidade ainda em idade pré-escolar obrigatória, sem que as exigências da ginástica rítmica se tornem precoces. Com as peculiaridades da GR e a tríade que forma seu pilar sustentador, como os movimentos corporais, manejo de aparelhos e acompanhamento musical, faz-se essencial explorar o potencial genuíno da modalidade em diferentes faixas etárias. O professor e/ou pro�ssional de Educação Física precisa conhecer algumas metodologias disponíveis na literatura para ampliar suas possibilidades de ensino, para que, nesse sentido, pratiquem não só a GR, mas ensine a gostar dela. Para saber mais, leia o artigo A iniciação esportiva na Ginástica Rítmica. CAÇOLA, P. A iniciação esportiva na ginástica rítmica. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v. 2, n. 1, p. 9-15, 2007. Fundamentos dos Movimentos Básicos Movimentos básicos ginásticos Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Ginástica Rítmica Popular (GRP) Gaio (2007) utiliza o termo “Ginástica Rítmica Popular” (GRP) como o ensino da GR que tem por objetivo realizar uma con�uência de ações que se reforçam mutuamente no conjunto de uma programação de atividades em Educação Física escolar e/ou não escolar e estabelece princípiosgerais para a GRP. Veja a seguir: Princípio 1 – Movimentos Naturais Refere-se à criação e realização de movimentos fundamentados e suas variações a partir das habilidades de locomoção demandadas na vida cotidiana. Princípio 2 – Movimentos Espontâneos com Aparelhos Esse princípio está voltado à utilização dos aparelhos corda, arco, bola, maças e �ta, porém sem regras de tamanho, peso ou material de confecção, e o manejo desses aparelhos deve ser o mais criativo e espontâneo possível. Princípio 3 – Aparelhos Alternativos Refere-se à criação e/ou substituição de aparelhos para a prática da GRP. Nesse contexto, pode ser utilizado como aparelho, por exemplo, colher de pau, urso de pelúcia, bexiga, e/ou qualquer outro objeto construído pela própria criança. Princípio 4 – Movimentos Acrobáticos Livres Oportunizar às crianças diferentes formas de posicionar o corpo sobre o solo no sentido de recriar movimentos a partir de elementos pré-acrobáticos, como a reversão lateral (estrelinha), parada de mão, rolamento e suas variações, entre outros. Princípio 5 – Não Descaracterização do Esporte Refere-se ao princípio que, mesmo que a GRP tenha em si uma abordagem mais lúdica e educacional, tem como premissa a não descaracterização da modalidade. Princípio 6 – Ritmos Esse princípio defende a utilização do ritmo de forma a explorar e cultivar diferentes atividades motoras. Princípio 7 – Inclusão Refere-se à democratização do esporte no sentido de oportunizar a prática da modalidade não só para crianças, mas também para os adolescentes, jovens, adultos e idosos. Ginástica rítmica e idosos No contexto do idoso, Andrade e Aguiar (2019) defendem que as duplas e múltiplas tarefas, a memorização da composição coreográ�ca, sincronia, expressividade e outros aspectos oriundos da prática da ginástica rítmica podem minimizar os efeitos deletérios que acompanham o processo de envelhecimento. Fonte: acervo da autora. Para �nalizar esta webaula, é interessante citar o livro A obra Ginástica Rítmica para a promoção da saúde do idoso, que contempla uma série de 10 exercícios para cada aparelho (corda, arco, bola, maças e �ta). A partir das sugestões dos autores, e considerando todo o cuidado contextualizado para o trabalho com idosos, você poderá idealizar lindas séries para esse público. ANDRADE, W. de; AGUIAR, A. F. Ginástica Rítmica para a promoção da saúde do idoso. Curitiba: CRV, 2019. Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.
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