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Biomas Brasileiros

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REALIDADE BRASILEIRA 
BIOMAS DO BRASIL 
6. BIOMAS BRASILEIROS: USO RACIONAL, CONSERVAÇÃO 
E RECUPERAÇÃO 
Em cada bioma terrestre, destaca-se na paisagem um tipo 
de formação vegetal principal, que está adaptado às 
condições do clima e ao solo, entre outros fatores. Existem 
também biomas nos oceanos, rios e lagos. 
 
O conceito de bioma diferencia-se de “formação vegetal” 
por incluir a fauna e os fatores abióticos1 para identificar 
as unidades espaciais. Um único bioma chega a abranger 
áreas com dimensões superiores a um milhão de 
quilômetros quadrados que apresentam certa uniformidade 
de ambiente. Com relação às características climáticas, 
nessa escala, considera-se o macroclima, associado a tipos 
de cima que abrangem extensas áreas, que no caso, do 
território brasileiro, correspondem a macroclimas como o 
equatorial tropical ou subtropical. O IBGE identifica seis 
biomas no território brasileiro, distribuídos da seguinte 
maneira: 
 
 
Fonte: IBGE 
 
1 Fatores Abióticos: elementos naturais não biológicos ou “sem vida”, 
como o clima, relevo, os minerais que compõem as rochas e o solo, etc. 
Esses fatores, no entanto, são essenciais para a existência de qualquer 
forma de vida. 
2Bioma: Termo que designa grandes ecossistemas de aspecto mais ou menos 
homogêneo e com condições climáticas semelhantes. São os ecossistemas 
BIOMAS 
CONTINENTAIS 
(BRASIL) 
ÁREA (Km²) 
ÁREA 
TOTAL 
Amazônia 4.196.943 49,29% 
Cerrado 2.036.448 23,92% 
Mata Atlântica 1.110.182 13,04% 
Caatinga 844.453 9,92% 
Pampa 176.496 2,07% 
Pantanal 150.355 1,76% 
Área total Brasil 8.514.877 
 
O Brasil é considerado um dos 12 países com 
megadiversidade, ou seja, possui em seu território 
proporção relativamente grande da biodiversidade global. 
Fato esse que advém não só da grande extensão territorial 
do país, como da sua localização na zona tropical, com 
grandes áreas de floresta tropical úmida, bioma2 que abriga 
proporção extremamente grande do total de espécies que 
ocorrem no planeta. 
 
A história da flora brasileira resultou numa grande 
diversidade de associações ou distribuição espacial das 
associações vegetais. Há diferentes critérios de 
classificação da vegetação brasileira e sua distribuição. 
Cada autor seleciona, conforme o seu enfoque, critérios 
que podem ser fisionômicos, ecológicos, bioclimáticos, etc. 
 
Durante os últimos dois anos, o território nacional tem tido 
cada vez mais suas áreas naturais desmatadas. A extinção 
de espécies da fauna e flora brasileiras e a exploração 
ilimitada de recursos naturais esgotáveis causam danos 
irreparáveis, que visam apenas o crescimento econômico. 
 
 
 
 
De forma genérica existem no Brasil, a Floresta Amazônica, 
a Mata Atlântica, a Mata de Araucária ou Mata dos 
Pinheiros, a Mata dos Cocais e as Matas Ciliares constituem 
as formações florestais arbóreas. Entre as formações 
maiores e mais complexos, como os mares, oceanos e florestas tropicais, as 
responsáveis pela unidade global de todos os seres vivos da Terra. O Brasil 
apresenta vários tipos diferentes de biomas: O Pantanal, a Floresta Amazônica, 
etc. 
 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
arbustivas destacam-se a Caatinga, o Cerrado e os Campos. 
Aparecem ainda em nosso território o Complexo do 
Pantanal e a Vegetação Litorânea. 
DEGRADAÇÃO NA AMAZÔNIA 
 
O desmatamento Amazônia teve início no século XVIII, 
durante a colonização portuguesa, com o objetivo de 
produzir mercadorias destinadas ao mercado externo, tais 
como cacau, canela, cravo, algodão, arroz. 
 
No final do século XIX, a ocupação da Amazônia foi 
influenciada pela industrialização: a vulcanização da 
borracha ajudou a abastecer e desenvolver a indústria 
automobilística na Europa e nos Estados Unidos. 
Trabalhadores de outras regiões do Brasil e do mundo 
foram atraídos para lá em busca de trabalho na extração e 
beneficiamento da borracha. 
 
Nas décadas de 1920 e 1930, a concorrência da borracha 
asiática levou à decadência a produção de borracha na 
Amazônia. Durante a Segunda Guerra Mundial um outro 
surto de produção ocorreu na região, o fim da guerra fez a 
demanda cair. 
 
 
Cartaz da campanha durente o governo de Getúlio Dornelles Vargas, de 
1943. 
 
A política desenvolvimentista implantada na Amazônia nas 
décadas de 1970 e 1980 também provocou a degradação e 
o acirramento dos conflitos socioambientais em toda a 
região, pois o governo reduziu os investimentos voltados 
aos pequenos garimpos e agricultores, bem como aos 
povos extrativistas, em benefício do grande capital de 
exploração mineral e agroindustrial. 
 
O avanço da fronteira agrícola brasileira tem provocado 
profundos impactos ambientais na Amazônia, 
principalmente associados ao desmatamento. Nos últimos 
anos o debate ganhou notoriedade no cenário 
internacional e nacional. 
 
CAUSAS DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA 
 
 
 
Disponível em: <mangabay.com>. Acesso em: 05 abr. 2011. 
 
A pecuária, a utilização das queimadas como forma de 
atender ao avanço da agricultura e o desmatamento para 
atender às demandas por madeira são as principais causas 
da destruição da floresta, que também sofre devastação 
em razão da atividade mineradora. 
 
DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA LEGAL 
(1º SEMESTRE) 
 
 
 
A porção sul / sudeste da Amazônia é a área mais atingida, 
como pode ser observado na imagem a seguir, sendo, por 
isso, denominada “arco do desmatamento“. Segundo o 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o 
desmatamento acelerou na década de 1990, e a 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
devastação da Amazônia já atingiu uma área maior que a 
França. 
 
ARCO DO DESMATAMENTO 
 
O chamado Arco do Desmatamento é uma região em que 
a grande diversidade de ocupação e de atividade vem 
acarretando intenso processo de queimadas e 
desflorestamentos. As finalidades são a extração de 
madeira, a abertura de área para a pecuária ou para a 
agricultur (soja) etc. Trata-se de um grande cinturão que 
contorna a floresta, principalmente no limite com o 
Cerrado. Também conhecido como Arco do Fogo ou, mais 
recentemente, como Arco de Povoamento Adensado, 
estende-se desde a desembocadura do Rio Amazonas até o 
oeste do Maranhão, leste e sudeste do Pará, Tocantins, 
Mato Grosso e Rondônia. 
 
 
Fonte: THÉRY, Hervé; MELLO, Neli A. Atlas do Brasil: disparidades e 
dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005.p.70. 
 
PARA ALÉM DO ARCO DO FOGO 
 
A constatação de que a natureza da expansão das 
atividades agropecuárias desenvolvidas na Amazônia, aí 
incluído o crescimento da área de pastagens, obedece, 
atualmente, a uma lógica diversa daquela que ocorreu na 
abertura da fronteira, tendendo claramente à 
intensificação do processo produtivo tanto na pecuária 
quanto na agricultura, principalmente no cerrado mato-
grossense, permite afirmar que a designação “Arco do 
Fogo”, ou “Arco do Desmatamento”, ou “Arco de Terras 
Degradadas” é ultrapassada ou constitui uma maneira 
reducionista de captar a realidade do uso da terra na 
região amazônica, onde é justo neste arco que ocorrem as 
inovações. Tal designação parece estar fortemente 
ancorada na intepretação de satélite captada à distância, 
isto é, do alto, sem o embasamento necessário e 
imprescindível dos processos históricos que moldaram as 
formas de ocupação e uso do território amazônico, ao 
longo do tempo. BECKER, Bertha Koiffmann. Amazônia: geopolítica 
na virada no III milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009. 
VIGILÂNCIA NA AMAZÔNIA 
 
O Sistema de Vigilância da Amazônia ou SIVAM é um 
projeto elaborado pelos órgãos de defesa do Brasil, com a 
finalidade de monitorar o espaço aéreo da Amazônia. 
Conta com uma parte civil, o Sistema de Proteção da 
Amazônia, ou SIPAM. Este projeto vinha a atender um 
antigo anseio das forças armadas que desejavam garantir a 
presença das forças armadas brasileira na Amazônia,com 
a finalidade de fazer frente a manifestações de líderes 
internacionais contra os direitos do povo brasileiro sobre 
esta região. Os sucessivos projetos de internacionalização 
da Amazônia fortaleceram esta percepção de ameaça 
sobre a soberania territorial da Amazônia Brasileira. Para 
fazer frente a este tipo de ameaça, as Forças Armadas, 
juntamente com pesquisadores civis da região Amazônica 
propuseram a construção de uma ampla infraestrutura de 
apoio à vigilância aérea e comunicação na região 
amazônica. Como parte do projeto SIVAM foi construída a 
infraestrutura necessária para suportar a fixação de 
enormes antenas de radar, sistemas de comunicação, bem 
como de modernas aparelhagens eletrônicas. Também faz 
parte desta infraestrutura a integração com o satélite 
brasileiro de sensoriamento remoto, que permite fiscalizar 
o desmatamento na Amazônia. 
 
ESQUEMA TERRITORIAL DO SIVAM 
 
 
 
DESTRUIÇÃO NO CERRADO 
 
Até meados do século XX, o Cerrado foi considerado uma 
área improdutiva. Porém, a partir da década de 1970, 
estudos feitos pela Embrapa permitiram o desenvolvimento 
de um processo de adubação química denominada 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
calagem. Essa técnica permitiu a correção dos solos do 
Cerrado e tornou viável a produção agrícola na região. A 
partir disso, verificou-se a intensificação dos 
desmatamentos para dar lugar às novas áreas destinadas 
à agropecuária. 
 
Desse modo, as queimadas, as atividades agrícolas, o 
garimpo e a construção de rodovias e de cidades, 
intensificadas com a transferência da capital federal para o 
Distrito Federal, foram responsáveis pela grande 
devastação vivenciada por esse ecossistema, que foi 
reduzido dos 2 milhões de km² originais para menos de 800 
mil km² atuais. 
 
As figuras a seguir retratam justamente a grande 
discrepância existente entre a área original do Cerrado e os 
remanescentes identificados em 2002. A boa adaptação da 
soja a esse bioma e a consequente expansão desses 
cultivos têm sido responsáveis pelo avanço da degradação. 
 
 
 
 
Fonte: IBGE. 
 
DEGRADAÇÃO NO PANTANAL 
 
A agropecuária, o garimpo e a construção de rodovias e de 
hidrovias são responsáveis pela enorme degradação do 
Pantanal. Além disso, essa área sofre também com os 
impactos ambientais das regiões situadas em seu entorno, 
uma vez que o Pantanal é drenado pelos rios que 
percorrem a área conhecida como “planalto central 
brasileiro” (partes mais elevadas adjacentes que 
compreendem trechos dos estados de Mato Grosso, Mato 
Grosso do Sul e Goiás, principalmente), região bastante 
impactada pela expansão da fronteira agrícola do país. 
 
DEGRADAÇÃO NA CAATINGA 
 
A Caatinga possui hoje metade da cobertura vegetal 
original. Esse ecossistema tem sido atingido pela 
agricultura irrigada e pelo pastoreio, que contribuem para 
o processo de desertificação. A destruição da Caatinga já 
atingiu 27% de sua área, cerca de 201 768 km2, para dar 
espaço à agricultura e à agropecuária. 
 
 
DEGRADAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA 
 
A área originalmente ocupada pela Mata Atlântica coincide 
com a área de maior adensamento populacional no 
território brasileiro, como consequência, esse é o 
ecossistema mais degradado e ameaçado do país. A 
industrialização, a grande urbanização, a agricultura 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
comercial, a criação de gado e a exploração da madeira são 
as atividades econômicas que mais impactaram essa 
região. Atualmente, a Mata Atlântica possui apenas 5% de 
sua cobertura original, está, portanto, praticamente extinta 
em várias das regiões anteriormente ocupadas. 
As figuras a seguir mostram a devastação sofrida pela Mata 
Atlântica ao longo do processo de ocupação do território. 
 
ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO ORIGINAL DA MATA ATLÂNTICA 
 
 
 
REMANESCENTES DA MATA ATLÂNTICA 
 
 
 
O QUE É A MATA ATLÂNTICA? 
 
O primeiro nome dado pelos portugueses à extensa 
muralha verde que separava o mar das terras interiores 
foi Mata Atlântica. Hoje esse é um nome genérico com 
que popularmente é conhecida uma grande variedade de 
matas tropicais úmidas que ocorrem de forma azonal nas 
regiões costeiras do Brasil, acompanhando a distribuição 
da umidade trazida pelos ventos alísios de sudeste. 
 
O mecanismo de distribuição da umidade da Massa Polar 
Atlântica é o responsável pelam exuberância e 
diversidade dessas florestas. Os ventos carregados de 
umidade são barrados por diversos acidentes orográficos 
na zona costeira, descarregando grandes volumes de 
água. As regiões de maior pluviosidade do Brasil 
encontram-se em sua região Sudeste. 
 
A floresta atlântica é fisionomicamente semelhante às 
matas amazônicas. São igualmente densas, com árvores 
altas em setores mais baixos do relevo, apesar de as 
árvores amazônicas apresentarem, em média, 
desenvolvimento maior. Os troncos são cobertos por 
grande diversidade de epífitas, um aspecto típico dessas 
florestas. 
 
A existência de grupos semelhantes de espécies entre a 
Amazônia e a Mata Atlântica sugere que essas florestas se 
comunicaram em alguma fase de sua história. A história 
desse parentesco é muito antiga e as semelhanças 
taxonômicas se dão entre famílias e gêneros. 
 
As florestas atlânticas guardam, apesar de séculos de 
destruição, a maior biodiversidade por hectare entre as 
florestas tropicais. Como se poderia explicar essa 
característica, hoje objeto central de movimentos sociais 
em prol da proteção dessa floresta? 
 
Ecologicamente, a distribuição azonal e em altitudes 
variáveis favorece a diversificação de espécies, que estão 
adaptadas às diferentes condições topográficas, de solo e 
de umidade. Além disso, durante as glaciações essas 
florestas mudaram de área nos ciclos climáticos secos e 
úmidos. Essas mudanças ou pulsações da floresta 
influenciaram a formação dos padrões atuais. 
 
A grande quantidade de matéria orgânica em 
decomposição sobre o solo dá à Mata Atlântica fertilidade 
suficiente para suprir toda a rica vegetação. Este fato 
também é notado em toda a floresta amazônica, onde um 
solo pobre mantém uma floresta riquíssima em espécies, 
gralhas à rápida reciclagem da enorme quantidade de 
matéria orgânica que se acumula no húmus. A reciclagem 
dos nutrientes é um dos aspectos mais importantes para 
a revivescência da floresta. As plantas arbóreas, que 
formam um grupo significativo, estão representadas 
principalmente por canelas, capuívas, paus-de-santa-rita, 
figueiras, jequitibás, cedros, quaresmeiras, ipês, cássias, 
palmeiras e embaúbas. As florestas pluviais costeiras, 
apesar de sua grande heterogeneidade de formações, 
podem ser divididas em duas grandes regiões: o trecho 
norte do Brasil e o trecho sul. Esses dois setores se 
separam por uma faixa de climas mais secos na região de 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
Cabo Frio (RJ). O trecho norte dessas florestas 
compreende as florestas costeiras propriamente ditas e as 
matas dos tabuleiros que se estendiam originalmente de 
Natal até o baixo do rio Doce (MG-ES). No Estado da Bahia 
as florestas pluviais se expandiram, acompanhando as 
drenagens, quilômetros para o interior. CONTI, José Bueno & 
FURLAN, Sueli Angelo. Geoecologia – O Clima, os solos e a biota. In: 
Gerafia do Brasil. ROSS, Jurandyr.L.S. São Paulo: EDUSP.p.171-172. 
DEGRADAÇÃO NOS PAMPAS GAÚCHOS 
 
Este bioma ocupa o sudoeste do estado do Rio Grande do 
Sul, com o predomínio de vegetação de herbáceas. Região 
também conhecida como Campanha Gaúcha, alvo de 
disputa de militares e de interesses territoriais entre 
Portugal e Espanha, foi povoada somente nos fins do século 
XVII. 
 
Os campos e as gramíneas propiciaram o desenvolvimento 
da pecuária, utilizados para pastagens, em geral de gado de 
corte, sem grandes cuidados com sua manutenção e 
recuperação.Entretanto, a constituição arenosa dos solos 
nesse domínio, associada a climas mais secos que 
predominaram na região em períodos paleoclimáticos, 
requer atenção especial por causa de sua suscetibilidade a 
processos erosivos. 
 
Nas últimas décadas, o avanço da cultura da soja provocou 
a gradativa diminuição dessa vegetação campestre, o que 
acelerou o surgimento de areais no sudoeste do Rio Grande 
do Sul, caracterizados como manchas de areia que se 
formam no horizonte superficial dos solos. 
 
A arenização do sudoeste gaúcho diferencia-se da 
desertificação do Sertão nordestino pois não está 
associada à aridez crescente do clima subtropical, que 
mantem volumes de chuvas entre 1500 e 2000mm/ano, 
com chuvas bem distribuídas ao longo do ano – o semiárido 
nordestino ao contrário, apresenta uma redução da 
pluviosidade e aumento do período de estiagem. 
 
 
3 Unidades de Conservação da Natureza: As unidades de conservação 
ambiental são espaços geralmente formados por áreas contínuas, 
estabelecidas com a finalidade de preservar ou conservar a flora, fauna, 
 
 
Tanto a arenização quanto a desertificação estão 
associadas à ações antrópicas, sobretudo a retirada da 
vegetação nativa e o uso inadequado do solo. 
 
Além da pecuária, ganharam força nesse domínio a 
agricultura e a silvicultura de espécies trazidas de outros 
biomas, com destaque para o pínus e o eucalipto. Os 
bosques de espécies exóticas fornecem madeira e resina, 
mas também oferecem proteção ao gado contra o sol de 
verão e o vento frio do inverno, localmente chamado de 
minuano. 
 
OS BIOMAS E A CONSERVAÇÃO NO BRASIL 
 
As Unidades de Conservação (UC’s)3 são espaços 
territoriais com características naturais relevantes, 
legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos 
de conservação e de limites definidos, sob regime especial 
de administração. 
 
As unidades de conservação integrantes do S.N.U.C 
(Sistema Nacional de Unidades de Conservação) dividem-
se em dois grupos, com as seguintes categorias de manejo: 
 
UNIDADES DE 
PROTEÇÃO INTEGRAL 
UNIDADES DE USO 
SUSTENTÁVEL 
os recursos hídricos, as características geológicas e geomorfológicas, as 
belezas naturais, enfim, a integridade do ambiente. 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental 
Reserva Biológica Área de Proteção Estadual 
Parque Nacional Área de Relevante Interesse Ecológico 
Parque Estadual Floresta Nacional 
Monumento Natural Floresta Estadual 
Refúgio de Vida 
Silvestre Reserva Extrativista 
---------------------------- Reserva de Fauna 
---------------------------- 
Reserva de 
Desenvolvimento 
Sustentável 
---------------------------- Reserva Particular do Patrimônio Natural 
Fonte: www.ambientebrasil.com.br 
 
No Brasil existem aproximadamente 300 Uc’s que estavam 
sob a responsabilidade do IBAMA (Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A 
partir de 2007, as Uc’s passaram a ser administradas pelo 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 
uma autarquia ligada ao MMA e ao SISNAMA (Sistema 
Nacional do Meio Ambiente). 
 
Além das unidades sob gestão do Instituto Chico Mendes, 
existem ainda cerca de 600 Uc’s criadas e mantidas pelos 
governos estaduais. 
 
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAL 
 
 
Fonte: MMA (Ministério do Meio Ambiente) 2008. 
 
PERCENTUAL DE ÁREA OCUPADA POR UC’S FEDERAIS 
POR BIOMA 
 
 
 
Na região Amazônica existem mais de 300 áreas sob 
proteção legal, que somam cerca de 1.000.000 km², ou 25% 
da Amazônia brasileira. No Cerrado aparecem mais de 60 
unidades de conservação que atingem cerca de 160 mil 
km², ou 8% do território do Cerrado. A Mata Atlântica é o 
bioma no país que conta com o maior número de áreas de 
conservação, são aproximadamente 800. O Pantanal é a 
área que apresenta o menor número de unidades de 
conservação, são apenas 2 áreas, o Parque Nacional do 
Pantanal e a Estação Ecológica Taiamã. 
 
 
 
UNIDADE DE PROTEÇÃO INTEGRAL 
 
São unidades que têm como objetivo básico a preservação 
da natureza, não sendo permitido a exploração dos seus 
recursos naturais de forma direta. As únicas atividades 
humanas permitidas são de cunho científico, cultural ou 
recreativo, assim mesmo de forma controlada. Fazem parte 
desse grupo: 
 
 Monumentos Naturais. 
 Refúgios de Vida Silvestre. 
 Estações Ecológicas. 
 Reservas Biológicas. 
 Parques Nacionais. 
 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL 
 
São unidades cujo objetivo principal é compatibilizar a 
conservação da natureza com o uso sustentável. Nelas são 
permitidos determinados tipos de atividades e de 
exploração, desde que sejam utilizadas técnicas de manejo 
adequadas de forma a garantir a sustentabilidade dos seus 
recursos naturais. Compõe esse grupo: 
 
 Florestas Nacionais. 
 Reservas extrativistas. 
 Áreas de Proteção Ambiental. 
 Reservas Particulares do patrimônio natural. 
 Áreas de relevantes interesses ecológicos. 
 Reservas de fauna. 
 Reservas de desenvolvimento sustentável. 
 
EVOLUÇÃO DAS UC’S NO BRASIL 
 
 
Fonte: Atlas de conservação da natureza brasileira: unidades federais. 
São Paulo: Metalivros, 2004.p.18. 
O Brasil apresenta hoje dois Hotspot4, o mais degradado é 
a Mata Atlântica, que está reduzida a aproximadamente 8% 
de sua área total, e é habitat de 1.300 espécies de 
mamíferos, aves, répteis e anfíbios, das quais 567 são 
endêmicas, como o mico-leão-dourado, e 90 estão 
ameaçadas de extinção. O segundo maior bioma do país 
está reduzido a 22% de sua área original de acordo com o 
Conservation International. O Cerrado abriga 4.400 
espécies de plantas endêmicas e mamíferos de grande 
porte, como a onça-pintada e o tamanduá-bandeira. 
 
OS DOMÍNIOS DE NATUREZA NO BRASIL 
 
A paisagem é sempre uma herança. Na verdade, ela é uma 
herança em todo o sentido da palavra: herança de 
processos fisiográficos e biológicos, e patrimônio coletivo 
dos povos que historicamente a herdaram como território 
de atuação de suas comunidades [...] Mais que simples 
espaços territoriais, os povos herdaram paisagens e 
 
4 O conceito de Hotspot foi concebido em 1988, pelo ecólogo inglês 
Norman Myers. Ele definiu os hotspots como ecossistemas que cobrem 
uma pequena parcela da superfície da Terra, mas abrigam uma alta 
porcentagem da biodiversidade global [...] Mais tarde, o conceito foi 
ecologias, pelas quais certamente são ou deveriam ser 
responsáveis. 
 
Desde os mais altos escalões do governo e da 
administração até o mais simples cidadão, todos têm 
parcela de responsabilidade permanente, no sentido da 
utilização não predatória dessa herança única, que é a 
paisagem terrestre. Para tanto, há que conhecer melhor 
as limitações de uso, específicas de cada tipo de espaço e 
paisagens [...] Diga-se, de passagem, que, a despeito de a 
maior parte dessas paisagens do país estar sob a 
complexa situação de duas organizações e opostas e 
interferentes – ou seja, a natureza e a dos homens -, ainda 
existem possibilidades razoáveis para uma caracterização 
dos espaços naturais, em uma tentativa mais objetiva de 
reconstrução espacial primária delas. De modo geral, o 
homem pré-histórico brasileiro pouca coisa parece ter 
feito como elemento perturbador da estrutura primária 
das paisagens naturais do país [...] Ab´Saber, Aziz N. 
Potencialidades paisagísticas brasileiras. São Paulo, IG-USP, 1977 (Série 
Geomorfologia, n.55); Domínios de Natureza no Brasil). 
 
POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL 
 
No Brasil, para a aprovação de qualquer projeto agrícola ou 
industrial e obras de engenharia é obrigatório, desde 1986, 
o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) para a elaboração do 
RIMA (Relatório de Impacto Ambiental). Desse modo, a 
destruição de uma nascente de rio ou a caça ilegal de 
animais silvestres, por exemplo, mesmo que praticadasnos 
limites da propriedade de um dono de fazenda, por ferirem 
esse direito fundamental, tornaram-se infrações graves, 
possíveis de punição. 
 
Apesar desse avanço, o Brasil ainda está longe de resolver 
os problemas ambientais gerados pelo crescimento 
econômico desordenado, como podemos observar nas 
imagens abaixo: 
 
refinado [...] Dois fatores determinam a classificação de uma área como 
hotspot: o número de espécies endêmicas (que existem ali e em nenhuma 
outra parte do planeta) e o grau de ameaça. 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
 
Área do estádio do Castelão no ano de 1973, com destaque para as 
áreas verdes ao fundo. 
 
Imagem de satélite mostrando a área do entorno do estádio nos dias 
atuais e a redução da área verde de seu entorno. Fonte: Google Maps. 
 
A exploração de madeira das florestas, cerrados e caatingas 
pode ser considerada um subproduto desse intenso 
processo de transformação do Brasil. Em algumas cadeias 
produtivas, a madeira foi utilizada como recurso energético 
para alimentar fornos industriais, como no caso das 
siderúrgicas. A exploração madeireira também interessou 
aos circuitos econômicos da construção civil, que ergueu 
enormes arranha-céus nos centros urbanos espalhados 
pelo país. A produção de soja e a abertura de rodovias, 
devido ao processo de urbanização, também contribuem 
para essa destruição. 
 
Nunca se desmatou tanto no Brasil como nos últimos 40 
anos, oito vezes mais do que todo o desflorestamento 
provocado no período colonial e imperial. Somente nos 
anos 90, foi destruída uma área da Floresta Amazônica 
equivalente a cinco vezes o território do estado do Rio de 
Janeiro. 
HISTÓRICO DA PRESERVAÇÃO NO BRASIL 
 
 
5 Esse parque foi uma resposta do incipiente movimento preservacionista 
estadunidense, cuja ideia era manter praticamente intocados os 
ecossistemas naturais, protegendo-os do rápido avanço da colonização 
sobre as terras virgens do oeste do país. Desde então os milhões de 
A Conservação da natureza faz parte da agenda da América 
Portuguesa desde o século XVI. Ainda que a capacidade de 
controle e aplicação das leis por parte da Corte fosse 
extremamente reduzida, Portugal era um reino que possuía 
um corpus legal sistematizado sobre essa matéria. 
 
Até a vinda da família real ao Brasil, em 1808, as 
Ordenações Manuelinas, organizadas por ordem de Dom 
Manuel I, foram sucessivamente adaptadas à realidade 
ambiental do continente, para proteger os recursos 
considerados de maior valor. A expressão “madeira de lei”, 
por exemplo, tem sua origem na lista de árvores nobres, 
proibidas de corte sem autorização, devido ao grande valor 
da madeira, como o jacarandá e a peroba. 
 
Em 1605, foi criado o Regimento Pau-Brasil, que refletia 
sobre a preocupação estatal em relação a preservação dos 
estoques de pau-brasil. 
 
Com a chegada da família real ao Rio de Janeiro, o Brasil 
recebeu uma série de investimentos no campo cultural e 
científico. Dentre eles destacam-se a criação do Real Horto, 
que deu origem ao Jardim Botânico, que cumpre um 
importante papel de educação ambiental no Brasil. 
 
Em 1876 foi apresentada a primeira proposta oficial de 
criação de parques nacionais no Brasil, pelo engenheiro 
André Rebouças, que baseou-se no modelo no Parque 
Yellowstone.5 
 
Rebouças defendia a criação de um parque nacional na ilha 
do Bananal e um parque no Paraná, pois acreditava que no 
sul do Império, região alguma pode competir com a do 
Guaíra em belezas naturais. 
Apesar dos esforços, somente nos anos 30, o poder público 
passou a ter uma atuação mais significativa. Em 1934 foi 
criado o Código Nacional de Águas e o Código Florestal. 
 
De acordo com o Código Florestal, os proprietários não 
podiam desmatar mais que ¾ das florestas presentes em 
suas terras, e eram obrigados a preservar integralmente as 
matas galerias e as espécies consideradas raras. 
 
Em 1937 foi criado o Parque Nacional do Itatiaia, na divisa 
entre os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São 
Paulo. Em 1939 foram criadas duas novas áreas, o Parque 
Nacional da Serra dos Órgãos e o Parque Nacional de 
Iguaçu. 
 
hectares ocupados pelo parque passaram a ser regulados por uma 
legislação especial, que vetava sua ocupação e venda e os transformava 
em espaço público de lazer e recreação. 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
Em 1965, o Código Florestal foi reformulado pelo regime 
militar. Nesse momento já existiam 15 parques nacionais 
no Brasil, muitos deles implantados em áreas do Centro-
Oeste recém atingidas pela fronteira agrícola. O novo 
código manteve muitos dos vícios da legislação anterior, 
mas, pela primeira vez, as unidades de conservação foram 
separadas e duas grandes categorias: uso direto e uso 
indireto. 
 
Em 1967 o governo brasileiro criou o Instituto Brasileiro de 
Desenvolvimento Florestal (IBDF), ligado a Ministério da 
Agricultura e em 1974 criou a Secretaria Especial do Meio 
Ambiente (SEMA), vinculado ao Ministério do Interior. O 
ano de 1981 marca a criação da Política Nacional do Meio 
Ambiente que integrou as esferas federal, estadual e 
municipal em um Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA). Em 1989 foi criado o Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA), que englobou o SEMA e o IBDF. 
 
 
O ano de 1992 marca a criação do MMA (Ministério do 
Meio Ambiente) que foi escolhido para sediar a 
Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento. 
 
 
Abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento. Rio de Janeiro 1992. 
NOVO CÓDIGO E VELHO DESCASO! 
 
PRODUTORES RURAIS COMEMORAM APROVAÇÃO DE 
NOVO CÓDIGO FLORESTAL 
Depois de ser aprovado por 80% dos deputados, o novo 
Código Florestal vai agora ser analisado pelo Senado. Os 
produtores rurais comemoraram a votação do projeto, 
que combina agronegócio com preservação ambiental. O 
resultado garante a produção agrícola de um setor que é 
responsável por 30% da economia do país. Com o novo 
código produtores com imóveis rurais de 20 a 400 
hectares não precisam recompor área desmatada antes 
de 2008. Além disso, será permitido plantar até 50% de 
vegetação não nativa, como eucalipto. Outra mudança é 
a permissão para cultivo de algumas plantações, como 
maçãs e cafés em topos de morros, margens dos rios e 
encostas. A emenda dará a União poder para definir 
regras gerais e aos Estados o que pode ser cultivado nas 
APPs (áreas de preservação permanente). 
O que o Brasil trabalhador espera agora é que esta 
demonstração de bom senso predomine até o fim da 
tramitação do projeto aprovado ontem. O Brasil precisa. 
E o produtor rural merece. Ele - que vive na terra e da terra 
- é o maior interessado na sua preservação. É o verdadeiro 
ambientalista. Esta é a opinião do Grupo Bandeirantes de 
Comunicação. Fonte: www.band.com.br/jornaldaband 
 
AMBIENTALISTAS DO PARANÁ DIZEM QUE NOVO 
CÓDIGO FLORESTAL É UM “ESCÁRNIO” 
Ambientalistas do Paraná criticaram hoje a aprovação do 
novo Código Florestal. O diretor-executivo da seção 
paranaense da Sociedade de Proteção da Vida Selvagem, 
Clóvis Borges, disse que a aprovação do projeto na 
Câmara foi "uma atitude de escárnio" à população 
brasileira. Jogaram a ciência no lixo e os interesses da 
própria agricultura ao desculpar, por exemplo, crimes 
causados no passado como o desmatamento. 
Borges diz, no entanto, que a aprovação do Código 
Florestal ajudou os ambientalistas ou conservacionistas, 
como ele prefere denominar, a identificar melhor os 
adversários. 
Nesta quarta-feira, antes da abertura da Semana Nacional 
da Mata Atlântica, em Curitiba, Renato Cunha, da 
coordenação geral das ONGs da Mata Atlântica, propôs 
um minuto de silêncio em repúdio à aprovação do novo 
código. Para o deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), 
que esteve presente no encontro, o projetoé um 
retrocesso. A vaca foi para o brejo. Foi retirada da 
propriedade rural, que não será recuperada, e vai para a 
Reserva Legal. Antes, quem desmatava tinha que fazer o 
reflorestamento. Fonte: oglobo.globo.com/2011.05.25. 
 
 
REALIDADE BRASILEIRA 
 
CORREDORES ECOLÓGICOS 
 
Os Corredores Ecológicos são áreas que possuem 
ecossistemas florestais biologicamente prioritários e viáveis 
para a conservação da biodiversidade na Amazônia e na 
Mata Atlântica, compostos por conjuntos de unidades de 
conservação, terras indígenas e áreas de interstício. Sua 
função é a efetiva proteção da natureza, reduzindo ou 
prevenindo a fragmentação de florestas existentes, por 
meio da conexão entre diferentes modalidades de áreas 
protegidas e outros espaços com diferentes usos do solo. 
 
A implemetação de reservas e parques não tem garantido 
a sustentabilidade dos sistemas naturais, seja pela 
descontinuidade na manutenção de sua infra-estrutura e de 
seu pessoal, seja por sua concepção em ilhas, ou ainda 
pelo pequeno envolvimento dos atores residentes no seu 
interior ou no seu entorno. 
 
Integrante do Programa Piloto para a Proteção das 
Florestas Tropicais do Brasil, o Projeto atua em dois 
corredores: O Corredor Central da Mata Atlântica (CCMA) 
e o Corredor Central da Amazônia (CCA). 
 
A implementação desses Corredores foi priorizada com o 
propósito de testar e abordar diferentes condições nos dois 
principais biomas e, com base nas lições aprendidas, 
preparar e apoiar a criação e a implementação de demais 
corredores. 
 
A participação das populações locais, comprometimento e 
conectividade são elementos importantes para a formação 
e manutenção dos corredores na Mata Atlântica e na 
Amazônia. 
 
Entre os principais objetivos do projeto destacamos: 
 
 Reduzir a fragmentação mantendo ou restaurando a 
conectividade da paisagem e facilitando o fluxo genético 
entre as populações; 
 Planejar a paisagem, integrando unidades de 
conservação, buscando conectá-las e, assim, promovendo 
a construção de corredores ecológicos na Mata Atlântica e 
a conservação daqueles já existentes na Amazônia; 
 Demonstrar a efetiva viabilidade dos corredores 
ecológicos como uma ferramenta para a conservação da 
biodiversidade na Amazônia e Mata Atlântica; 
 Promover a mudança de comportamento dos atores 
envolvidos, criar oportunidades de negócios e incentivos a 
atividades que promovam a conservação ambiental e o uso 
sustentável, agregando o viés ambiental aos projetos de 
desenvolvimento.

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