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RESUMO_PREVIDENCIÁRIO

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
1. SEGURIDADE SOCIAL
Conceito: A seguridade social, conforme art. 194 da 
CF/88, tem como objetivo estabelecer um sistema de 
proteção social aos indivíduos contra contingências que 
os impeçam de prover as suas necessidades pessoais 
básicas e de suas famílias, sendo constituída por um 
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social.
Competência para legislar sobre seguridade social: 
privativa da União, conforme art. 22, XXIII, da Constituição. 
Os três pilares da seguridade social são: saúde, 
previdência e assistência social. 
1) Sáude: direito de todos e dever do Estado. O 
responsável pelo sistema de saúde no Brasil é o Sistema 
Único de Saúde – SUS. 
SUS: compete executar ações de vigilância sanitária 
e epidemiológicas e ações pela saúde do trabalhador; 
participar da formulação da política e da execução das 
ações de saneamento básico; colaborar na proteção do 
meio ambiente, nele compreendida a proteção do trabalho; 
incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento 
científico e tecnológico; fiscalizar e inspecionar alimentos, 
bem como água e outras bebidas, para o consumo 
humano; participar da produção de medicamentos e 
equipamentos, e fiscalizar procedimentos, produtos e 
substâncias de interesse para a saúde.
2) Assistência Social: cuida daqueles que não 
possuem condições financeiras de prover sua própria 
manutenção, sem deles cobrar nada.
3) Previdência Social: principal objeto de estudo na 
nossa apostila para a prova da OAB e vamos tratar dela 
com detalhes nos próximos capítulos.
Principais objetivos da Seguridade Social: I - 
universalidade da cobertura e do atendimento; II - 
uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços 
às populações urbanas e rurais; III - seletividade e 
distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV 
- irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na 
forma de participação no custeio; VI - diversidade da base 
de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis 
específicas para cada área, as receitas e as despesas 
vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência 
social, preservado o caráter contributivo da previdência 
social; VII - caráter democrático e descentralizado da 
administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
Princípios implícitos da Seguridade Social 
Princípio da contrapartida (ou preexistência): 
nenhum benefício poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Princípio da anterioridade nonagesimal: as 
contribuições sociais só podem ser exigidas após 
decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação 
da lei que as houver instituído ou modificado. Essa é a 
única limitação temporal, não se aplicando a regra da 
anterioridade anual (do exercício financeiro seguinte). 
Princípio da solidariedade: aqueles que têm 
melhores condições financeiras devem contribuir com 
uma parcela maior, enquanto que os que têm menores 
condições financeiras contribuem com uma parcela 
menor. Além disso, os que ainda estão trabalhando 
contribuem para o sustento dos que já se aposentaram 
ou estejam incapacitados para o trabalho.
Princípio da vedação do retrocesso social: significa 
que não é possível a redução das implementações de 
direitos fundamentais já realizadas, ou seja, o rol de 
direitos sociais não poder ser reduzido, de modo a 
preservar o mínimo existencial. 
Gestão da Seguridade Social 
Gestão Quadripartite: a gestão da Seguridade 
Social será quadripartite, ou seja, compartilhada entre 
quatro categorias sociais de forma democrática e 
descentralizada: os trabalhadores, os empregadores, os 
aposentados e o Poder Público.
Financiamento da Seguridade Social 
Fontes Diretas: são as contribuições compulsórias 
cobradas de trabalhadores e empregadores, nos termos 
dos incisos I a IV do art. 195 da CF/88.
Fontes Indiretas: são formadas por meio da 
contribuição da União, do DF, dos estados e dos municípios 
a partir dos recursos orçamentários arrecadados por 
estes. 
Orçamento da Seguridade Social 
Lei orçamentária: o Poder Executivo estabelecerá a 
lei orçamentária anual, que compreenderá o orçamento 
da Seguridade Social, o qual deverá abranger todas as 
entidades e órgãos vinculados a ela, bem como os fundos 
e fundações mantidas pelo Poder Público (artigo 165, § 5, 
inciso III, da CF/88).
Proposta de orçamento: a proposta de orçamento 
da seguridade social será elaborada de forma integrada 
pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social 
e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, 
assegurada a cada área a gestão de seus recursos ( § 2º 
do art. 195 da CF/88). 
Proibições: a pessoa jurídica em débito com o 
sistema da seguridade social, como estabelecido em 
lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios (§ 
3º do art. 195 da CF/88) 
2. PREVIDÊNCIA SOCIAL 
A previdência social é um sistema organizado sob 
a forma de regime geral, de caráter contributivo e de 
filiação obrigatória, com a observância de critérios que 
garantam equilíbrio financeiro e atuarial.
Principais Caracterísitcas: 
1) Caráter contributivo e Filiação Obrigatória (apenas 
quem contribuírem com o regime terão cobertura) 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
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2) Equilíbrio atuarial e financeiro (receitas suficientes 
para pagar os benefícios)
3) Universalidade de participação nos planos 
previdenciários (acessível a todos, há os segurados 
obrigatórios e facultativos) 
4) Uniformidade e equivalência dos benefícios e 
serviços às populações urbanas e rurais: (a uniformidade 
significa que o plano de proteção social será o mesmo 
para trabalhadores urbanos e rurais, já a equivalência 
quer dizer que o valor das prestações pagas a urbanos e 
rurais dever ser proporcionalmente igual).
5) Seletividade e distributividade na prestação dos 
benefícios, 
6) Cálculos dos benefícios considerando-se os 
salários de contribuições corrigidos monetariamente,
7) Valor da renda mensal dos benefícios substitutos 
do salário de contribuição ou do rendimento do segurado 
não inferior a um salário mínimo (exceções: auxílio-
acidente, salário-família, pensão por morte e renda e 
auxílio-reclusão) 
8) Indisponibilidade dos direitos dos beneficiários 
(os beneficiários não podem dispor (abrir mão) de seus 
direitos) 
9- É vedada a adoção de requisitos ou critérios 
diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, 
nos termos de lei complementar, a possibilidade de 
previsão de idade e tempo de contribuição distintos 
da regra geral para concessão de aposentadoria 
exclusivamente em favor dos segurados: I - com 
deficiência, previamente submetidos a avaliação 
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e 
interdisciplinar; II - cujas atividades sejam exercidas com 
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos 
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, 
vedada a caracterização por categoria profissional ou 
ocupação (Redação da EC 103/19).
3. BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA 
SOCIAL 
Existem duas espécies de beneficiários: segurados e 
dependentes. 
SEGURADOS
Segurados: são todas as pessoas que contribuem 
com a previdência social e, sempre que constada a 
ocorrênciado risco/contingência social protegida, têm 
direito ao benefício previdenciário, desde que preenchidos 
os requisitos legais. 
Dois tipos de segurados: obrigatórios e facultativos. 
Segurados Facultativos: não exercem atividade 
remunerada e contribuem voluntariamente para a 
Previdência Social, para, no futuro, ter acesso aos 
benefícios previdenciários. São exemplos de segurados 
facultativos: dona de casa, estudante, síndico de 
condômino (quando não remunerado), estrangeiro que 
acompanha marido a trabalho; desempregado; estagiário 
ou bolsista, etc.
Segurados obrigatórios: são aqueles, com mais de 
16 anos, ou mais de 14 anos no caso dos aprendizes, 
que exercem qualquer tipo de atividade remunerada, 
de natureza urbana ou rural, abrangida pelo Regime 
Geral, de forma efetiva ou eventual, com ou sem vínculo 
empregatício.
Quais são os segurados obrigatórios? são 
empregados, empregados domésticos, contribuintes 
individuais e os trabalhadores avulsos e os segurados 
especiais. 
Segurado Empregado: a) Empregado urbano e rural, 
b) Empregado temporário, c) Brasileiro ou estrangeiro 
domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em sucursal ou agência de empresa nacional 
no exterior, d) Brasileiro civil que trabalha para a 
União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros 
ou internacionais dos quais o Brasil seja membro 
efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo 
de segurado na forma da legislação vigente no país do 
domicílio, e) O servidor público ocupante de cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação, bem como 
o que atende a necessidade temporária de excepcional 
interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da 
CF/88 e, ainda, os servidores não amparados por Regime 
Próprio de Previdência; f) O exercente de mandato eletivo 
federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado 
a regime próprio de previdência social, g) O empregado 
de organismo oficial internacional ou estrangeiro em 
funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por 
regime próprio de previdência social;
Empregado Doméstico: é aquele que presta serviços 
de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de 
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito 
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana. 
Atenção: A diarista ou faxineira, que trabalha até 2 
vezes na semana, é considerada contribuinte individual 
(não é empregada doméstica)
Contribuinte individual: São as pessoas que 
trabalham sem vínculo empregatício, apesar de 
prestarem serviços para empresas, conforme previsto 
no art. 9º, V, do Decreto 3.048/1999 (exemplos: 
cooperados, diaristas, diretores não empregados, 
microempreendedores individuais (MEI), empresários, 
garimpeiros e exploradores de atividade agropecuária ou 
pesqueira). 
 Trabalhadores avulsos: são aqueles que prestam 
serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo 
empregatício, a diversas empresas, com intermediação 
obrigatória do sindicato da categoria, ou, quando se tratar 
da atividade portuária, do Órgão Gestor de Mão de Obra 
(OGMO).
Segurados especiais: são os trabalhadores ruralis 
(sempre pessoa física) que exercem atividades de forma 
individual ou em regime de economia familiar, tirando o 
sustento próprio e de sua família a partir de sua atividade 
(vide art. 11, VII, da Lei n. 8.213/91)
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DEPENDENTES 
Conceito: são aqueles que não contribuem 
com a previdência social, mas recebem o benefício 
previdenciário, por serem dependentes do segurado. 
Benefícios: Os benefícios pagos aos dependentes são 
pensão por morte e auxílio reclusão.
Classes: Os dependentes são divididos em três 
classes, sendo muito importante lembrar que cada classe 
irá excluir as classes seguintes. Desse modo, os que se 
encaixam na primeira classe excluem-se da segunda 
classe, e assim por diante.
1ª Classe: Cônjuge, a companheira ou companheiro e 
filho emancipado, esse menor de 21 anos na condição de 
inválido ou com deficiência grave.
2ª Classe: Pais (devem comprovar a dependência 
econômica) 
3ª Classe: Irmão não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave (também devem comprovar a dependência 
econômica)
Atenção: a existência de uma classe exclui a outra e a 
concorrência dentro da mesma classe se dá em condição 
de igualdade.
4. REGRAS GERAIS DOS BENEFÍCIOS 
PREVIDENCIÁRIOS 
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO
Qualidade de segurado: todos os filiados ao INSS 
(empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico, 
contribuinte individual, segurado especial e facultativo) 
enquanto estiverem efetuando recolhimentos mensais a 
título de previdência, automaticamente estarão mantendo 
esta qualidade, ou seja, continuam na condição de 
“segurados” do INSS.
Período de Graça: a legislação permite que, mesmo 
em algumas situações sem recolhimento, os filiados ainda 
irão manter a qualidade de segurado, o que é denominado 
de “período de graça”, vejamos:
1) Sem limite de prazo enquanto o cidadão estiver 
recebendo benefício previdenciário, exceto auxílio 
acidente (Lei n. 13.846/2019);
2) Até 12 meses após a cessação das contribuições, 
o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social ou que estiver 
suspenso ou licenciado sem remuneração (ou deixar de 
receber benefício por incapacidade);
3) Até 12 (doze) meses após terminar a segregação, 
para os cidadãos acometidos de doença de segregação 
compulsória;
4) Até 12 (doze) meses após a soltura do cidadão que 
havia sido detido ou preso;
5) Até 03 (três) meses após o licenciamento para 
o cidadão incorporado às forças armadas para prestar 
serviço militar;
6) Até 06 (seis) meses do último recolhimento 
realizado para o INSS no caso dos cidadãos que pagam 
na condição de “facultativo”
Atenção: o segurado facultativo mantém a qualidade 
de segurado pelo prazo de 6 meses, enquanto que o 
segurado obrigatório tem um prazo bem maior, de 12 
meses.
Os prazos poderão ser prorrogados conforme as 
seguintes situações específicas: 
1) Mais 12 (doze) meses caso o cidadão citado no 
item 2 (12 meses após a cessação da contribuição) tiver 
mais de 120 contribuições consecutivas ou intercaladas, 
mas sem a perda da qualidade de segurado. Caso haja a 
perda da qualidade, o cidadão deverá novamente contar 
com 120 contribuições para ter direito a esta prorrogação;
2) Mais 12 (doze) meses caso tenha registro no 
Sistema Nacional de Emprego – SINE ou tenha recebido 
seguro-desemprego, ambos dentro do período que 
mantenha a sua qualidade de segurado;
PERÍODO DE CARÊNCIA 
Conceito: considera-se período de carência o 
número mínimo de contribuições indispensáveis para 
que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a 
partir do transcurso do primeiro dia dos meses de sua 
competência.
Períodos de carência mais importantes: 
I) auxílio doença e aposentadoria por invalidez 
comum – 12 contribuições mensais;
II) aposentadoria por idade, tempo de contribuição e 
especial – 180 contribuições; 
III) salário maternidade para as seguradas 
individuais, seguradas especiais e seguradas facultativas: 
10 contribuições mensais.
IV) auxílio reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições 
mensais
Benefícios que NÃO DEPENDEM de carência:
I – pensão por morte, salário família e auxílio-
acidente (redação da Lei 13.846/19)
II – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos 
casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de 
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos 
de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de 
alguma das doenças ou afecçõesespecificadas em lista 
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência 
Social a cada 3 anos, de acordo com os critérios de 
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator 
que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam 
tratamento particularizado (redação da Lei 13.135/2015);
IV – serviço social;
V – reabilitação profissional; 
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VI – salário maternidade para as seguradas 
empregada, trabalhadora avulsa e segurada doméstica;
Atenção: Para as seguradas individuais, seguradas 
especiais e seguradas facultativas há necessidade de 
carência de 10 contribuições mensais.
CÁLCULO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Para entendermos como é o cálculo dos benefícios 
previdenciários, primeiro precisamos saber a diferença 
entre salário de contribuição, salário-de-benefício e 
período básico de cálculo. 
Salário de contribuição: é a base de incidência da 
contribuição previdenciária.
Salário-de-benefício: é a base de cálculo da renda 
mensal inicial da maioria dos benefícios. 
Período básico de cálculo (PBC) - definição de quais 
são os salários de contribuição que vão interferir no 
cálculo do salário de benefício. 
Após a definição do PBC, aplica-se ainda um 
coeficiente que incidirá sobre o salário de benefício, 
definindo-se, então, o valor do benefício, que será a renda 
mensal do benefício. 
5. ACIDENTE DE TRABALHO
 Podemos considerar a palavra “acidente de trabalho” 
gênero, que possui três espécies, a saber: a) Acidente 
Típico, b) Doença Profissional e c) Doença do Trabalho.
ACIDENTE TÍPICO
Conceito: é o que ocorre pelo exercício do trabalho 
a serviço do empregador, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou 
redução, permanente ou temporária, da capacidade para 
o trabalho.
Acidente de trajeto: entre as modalidades 
equiparadas a acidente típico de trabalho, muito importante 
lembrar do acidente de trajeto (também conhecido como 
de percurso ou in itinere), aquele ocorrido no percurso da 
residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
independentemente do meio de locomoção.
DOENÇA PROFISSIONAL 
Conceito: a doença profissional (tecnopatia) não 
é um evento único, um acidente, mas um sim um 
agravamento da saúde do trabalhador decorrente direta 
ou indiretamente do exercício da sua atividade, causando-
lhe incapacidade para continuar no seu trabalho. 
DOENÇA DO TRABALHO 
Conceito: a doença do trabalho, ou mesopatia, não 
está relacionada diretamente com a profissão em si, 
mas sim com as condições especiais em que o trabalho 
é realizado,
Exemplo: João trabalha na desossa de frango, em um 
frigorífico. Em razão do ambiente frio, João desenvolveu 
uma pneumonia, que é considerada uma doença do 
trabalho.
DOENÇAS QUE NÃO SÃO ACIDENTE DE TRABALHO 
De acordo com o §1º do art. 20 da Lei nº 8.213/391, 
não são consideradas acidente de trabalho: 
a) doenças degenerativas, 
b) a inerente a grupo etário,
c) a que não produza incapacidade laborativa
d) a doença endêmica adquirida por segurado 
habitante de região em que ela se desenvolva, salvo 
comprovação de que é resultante de exposição ou contato 
direto determinado pela natureza do trabalho.
NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO (NTEP)
O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário 
(NTEP) é uma ferramenta usada pela perícia médica 
do INSS, que realiza um cruzamento automático entre 
os códigos da CID 10 (Classificação Internacional de 
Doenças) e da CNAE (Classificação Nacional de Atividade 
Econômica), para identificar quais doenças ou acidentes 
estão relacionadas estatisticamente com determinada 
atividade empresarial, gerando-se uma presunção de que 
determinada doença ocorreu em razão da atividade do 
empregador e, portento, caracteriza acidente de trabalho. 
OBS: Se a perícia do INSS concluir pelo NTEP, 
a empresa poderá requerer a sua não aplicação, 
comprovando que, no caso específico, a doença do 
trabalhador não ocorreu em razão da atividade 
empresarial. Da decisão do INSS que julgar a impugnação 
da empresa, caberá recurso com efeito suspensivo ao 
Conselho de Recursos da Previdência Social (§ 2º do 
artigo 21-A da Lei 8.213/91)
BENEFÍCIOS DO INSS RELACIONADOS AO ACIDENTE 
OU DOENÇA 
AUXÍLIO-DOENÇA (AUXÍLIO POR INCAPACIDADE 
TEMPORÁRIA)
O auxílio doença, que passou a ser chamado de 
auxílio por incapacidade temporária, pode ter natureza 
previdenciária comum (B31), ou seja, é concedido ao 
trabalhador que se afasta da empresa por motivo de saúde 
não ligado à sua atividade laboral, ou pode ter natureza 
acidentária (B91), ou seja, concedido ao trabalhador 
que sofra um acidente ou tenha sido acometido de uma 
doença considerada como ocupacional. 
Carência: No caso do benefício comum (B31), exige-
se carência de 12 contribuições mensais. Por outro lado, 
no caso do benefício de natureza acidentária (B91), não 
se exige carência. 
Estabilidade: apenas o benefício de natureza 
acidentária é que garante o empregado o direito à 
estabilidade provisória de emprego, conforme estudado 
na apostila de direito do trabalho. 
Afastamento: trabalhador que sofrer acidente de 
trabalho ou contrair alguma doença do trabalho e tiver 
que se afastar de suas atividades terá a seguinte situação: 
a) nos primeiros 15 dias do afastamento, quem paga sua 
remuneração é o empregador (interrupção do contrato de 
trabalho), b) a partir do 16º dia, o pagamento será feito 
pelo INSS, mediante auxílio-doença, que será concedido 
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após avaliação médica que comprove a persistência da 
impossibilidade de trabalho.
AUXÍLIO-ACIDENTE
Caso o trabalhador que sofreu o acidente de trabalho 
tenha ficado com alguma sequela permanente, que não 
impossibilita mas dificulta sua atividade, terá direito a 
receber auxílio-acidente, no valor de 50% do salário de 
benefício.
Exemplo: João sofreu acidente de trabalho em 
25/03/2022 em uma máquina da empresa, tendo sido 
amputado um de seus dedos. Nos primeiros 15 dias de 
afastamento, a empresa paga o salário de João e, a partir 
do 16º dia em diante, João receberá auxílio incapacidade 
temporária (B-91) do INSS. Após o término do auxílio 
incapacidade temporária, João voltará a trabalhar na 
empresa e poderá receber o auxílio-acidente, em razão 
da sequela decorrente do acidente de trabalho.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Se o trabalhador, em razão do acidente de trabalho ou 
da doença, ficar impossibilitado de voltar a trabalhar, irá 
ter direito à aposentadoria por invalidez, agora chamada 
de aposentadoria por incapacidade permanente.
6. APOSENTADORIA 
APOSENTADORIA PROGRAMADA
Após a reforma da Previdência Social (EC 103/2019) 
houve a unificação das aposentadorias por idade e por 
tempo de contribuição, criando-se uma nova modalidade 
de aposentadoria, que passou a ser conhecida como 
aposentadoria programada.
HOMEM 
Regra Geral: 65 anos de idade + 20 anos de 
contribuição
Trabalhadores Rurais e regime de economia familiar 
(produtor rural, garimpeiro e pescador artesanal): 60 
anos de idade
Professor: 60 anos de idade + 25 (vinte e cinco) anos 
de magistério, na educação infantil, ensino médio ou 
fundamental
Atenção: os professores universitários ou de cursos 
preparatórios não se submetem à norma diferenciada.
MULHER 
Regra geral: 62 anos de idade + 15 anos de 
contribuição
Trabalhadoras Rurais e regime de economia familiar 
(produtor rural,garimpeiro e pescador artesanal): 60 
anos de idade: 55 anos de idade
Professora: 57 anos de idade + 25 (vinte e cinco) 
anos de magistério, na educação infantil, ensino médio ou 
fundamental
APOSENTADORIA PROGRAMADA
O § 1º do art. 201 da CF/88 estabelece que é 
vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados 
para concessão de benefícios, salvo, nos termos de lei 
complementar, a possibilidade de previsão de idade 
e tempo de contribuição distintos da regra geral para 
concessão de aposentadoria para pessoas com deficiência 
e de aposentadoria especial (a aposentadoria especial 
vamos analisar no próximo item) 
Deficiência Grave: Homem: 25 anos, Mulher: 20 anos 
Deficiência Moderada: Homem: 29 anos, Mulher: 24 
anos
Deficiência leve: Homem: 33 anos, Mulher: 28 anos
Atenção: mesmo não cumprindo os requisitos 
acima, a pessoa com deficiência poderá se aposentar 
por idade, 60 anos homem ou 55 anos mulher, desde que 
tenha contribuído ao menos 15 anos com a previdência 
social (180 contribuições) na condição de pessoa com 
deficiência. 
APOSENTADORIA ESPECIAL 
Tem direito à aposentadoria especial os trabalhadores 
que desenvolveram o trabalho em situações que podem 
trazer danos à saúde, como contato permanente com 
materiais ionizantes, substâncias radioativas, materiais 
inflamáveis, ruídos contínuos ou intermitentes e exposição 
constante ao calor, frio, umidade e vibrações.
Baixo Risco: a) tempo de contribuição: 25 anos, b) 
Idade: 60 anos. 
Médio Risco: a) tempo de contribuição: 20 anos, b) 
Idade: 58 anos. 
Alto Risco: a) tempo de contribuição: 15 anos, b) 
Idade: 55 anos. 
Atenção: para contar como tempo de contribuição 
para fins de aposentadoria especial, a exposição ao 
agente nocivo deve ser permanente, nos termos do artigo 
65 do Decreto nº 3.048/99.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE 
PERMANENTE
A aposentadoria por incapacidade permanente, antes 
conhecida como aposentadoria por invalidez, é devida 
ao segurado incapaz e insuscetível de reabilitação para 
o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, 
devendo ser paga ao segurado enquanto permanecer 
essa condição.
Requisitos: a) incapacidade total e definitiva par ao 
trabalho e b) carência de 12 contribuições mensais. 
Exames periciais: o artigo 46 do Decreto 3.048/99 
dispõe que o aposentado por invalidez fica obrigado, sob 
pena de sustação do pagamento do benefício, a submeter-
se a exames médico-periciais a cada dois anos, exceto os 
segurados aposentados em razão do HIV ou os maiores 
de 60 anos de idade. 
Acréscimo de 25%: o valor da aposentadoria por 
invalidez do segurado que necessitar da assistência 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
66
permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (art. 
45 da Lei nº 8.213/91). Nesse caso, o acréscimo: a) será 
devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite 
máximo legal; b) será recalculado quando o benefício que 
lhe deu origem for reajustado; c) cessará com a morte do 
aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.
Término: aposentadoria por incapacidade cessará: a) 
com a morte do segurado, gerando pensão por morte se o 
segurado tiver dependentes que preencham os requisitos 
do art. 16 da Lei n. 8.213/91; b) pelo retorno voluntário 
ao trabalho e c) com a recuperação da capacidade, 
observados os seguintes critérios: no seu valor integral 
durante 6 meses; com redução de 50% nos próximos 6 
meses; com redução de 75% por mais 6 meses, após o 
qual cessará definitivamente.
7. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 
PARA SEGURADOS OU 
DEPENDENTES
SALÁRIO MATERNIDADE
Conceito: trata-se de benefício previdenciário devido 
a todos os segurados do Regime Geral de Previdência 
Social, em caso de parto, adoção, guarda para fins de 
adoção e o aborto não criminoso.
Tempo de Duração: 
a) Parto: 120 (cento e vinte) dias, com início no 
período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto. 
Entretanto, não se trata de regra rígida, já que, na prática, 
muitas mulheres optam por gozar os 120 dias de licença 
após o parto.
b) Adoção e guarda judicial para fins de adoção: 120 
dias. Quando houver adoção ou guarda judicial de mais 
de uma criança ao mesmo tempo, é devido um salário-
maternidade.
c) Aborto não criminoso: duas semanas. 
d) Feto natimorto: 120 dias. 
Falecimento do segurado: nos termos do art. 71-B 
da Lei nº 8.213/91, no caso de falecimento da segurada 
ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-
maternidade, o benefício será pago, por todo o período 
ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge 
ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade 
de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou 
de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao 
salário-maternidade.
SALÁRIO-FAMÍLIA 
Conceito: o salário família, previsto nos artigos 65 a 
70 da Lei nº 8213/91, é um benefício concedido apenas 
aos segurados empregados, domésticos e avulsos de 
baixa renda que possuam filhos de até 14 anos, ou filhos 
com algum tipo de deficiência. 
Pagamento: as cotas do salário-família serão 
pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, 
mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a 
compensação quando do recolhimento das contribuições, 
conforme dispuser o Regulamento.
AUXÍLIO-RECLUSÃO 
Conceito: devido aos dependentes de segurado 
recolhido à prisão em regime fechado, respeitado o 
tempo mínimo de carência (24 meses a partir da Lei nº 
13.846/19), desde que o segurado não esteja recebendo 
remuneração da empresa nem esteja em gozo de auxílio-
doença, de pensão por morte, de salário-maternidade, de 
aposentadoria ou de abono de permanência em serviço.
Atenção: com a Emenda Constitucional 20/1998, o 
auxílio-reclusão passou a ser devido apenas ao segurado 
preso enquadrado como de baixa renda.
PENSÃO POR MORTE
Conceito: a Pensão Por Morte é um benefício 
previdenciário pago mensalmente aos dependentes do 
falecido, seja ele aposentado ou não na hora do óbito.
Carência: não se exige período de carência para a 
concessão do benefício, desde que a pessoa que veio a 
falecer esteja na qualidade de segurado no momento do 
óbito.
A pensão por morte é paga aos dependentes do 
segurado falecido, observando-se a divisão em três 
classes de dependentes, conforme quadro abaixo:
Classe1: a) Cônjuge; b) Companheiro (referente 
à união estável); c) Filho não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 anos ou filho (qualquer idade) 
que seja inválido ou que tenha deficiência intelectual ou 
mental ou deficiência grave.
Obs: a necessidade econômica desses dependentes 
é presumida, ou seja, não é preciso comprovar a 
dependência para o INSS.
Classe 2: Pais do falecido. 
Obs: nesse caso, é preciso comprovar a dependência 
econômica com o segurado.
Classe 3: Irmão não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 anos ou irmão inválido ou com 
deficiência intelectual, mental ou deficiência grave de 
qualquer idade.
Obs: Também é preciso comprovar a dependência 
econômica
 ATENÇÃO: a existência de dependentes de qualquer 
das classes exclui do direito da pensão por morte dos 
da classe seguinte. Desse modo, se o falecido deixar 
qualquer dependente na classe 1, as classes 2 e 3 já serão 
automaticamente excluídas.
Os dependentes da mesma classe concorrem em 
igualdade de condições, ou seja, o valor será divido em 
partes iguais. Entretanto, caso o beneficiário morra ou 
deixe de preencher os requisitos legais para receber o 
benefício, sua cota parte não pode ser transferida para os 
demais beneficiários. 
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