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N U T R I C I O N I S TA E S P E C I A L I S TA E M N U T R I Ç Ã O O N C O LÓ G I C A P Ó S G R A D U A D A E M V I G I L Â N C I A S A N I TÁ R I A M E S T R E E M A L I M E N TO S E N U T R I Ç Ã O – U N I R I O AT E N D I M E N TO E M N U T R I Ç Ã O C L Í N I C A C O O R D E N A D O R A D A P Ó S G R A D U A Ç Ã O E M N U T R I Ç Ã O O N C O LÓ G I C A - N U T M E D Link para o lattes: http://lattes.cnpq.br/1968600166639216 Iris Lengruber 1 2IRIS LENGRUBER NUTRIÇÃO EM ONCOLOGIA Cânce r 3IRIS LENGRUBER Um conjunto de mais de 100 doenças. CÂNCER Mas com alguns pontos em comum... 4 • Crescimento desordenado de células; • Perda do controle da divisão celular; • Tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos (metástases). A OMS estimou, para 2030, 27 milhões de novos casos de câncer e 75 milhões de pessoas vivendo com a doença. IRIS LENGRUBER 5IRIS LENGRUBER CÂNCER É UMA DESORDEM CLONAL !! A Maioria dos tumores se origina de uma única célula que sofreu uma ruptura nos seus mecanismos de controle de proliferação e autodestruição. Todo câncer é uma neoplasia e um tumor, mas a recíproca não é verdadeira! Tumor Geral Neoplasia: proliferação celular descontrolada Pode ser benigna Neoplasia maligna Câncer IRIS LENGRUBER 6 IRIS LENGRUBER A mudança de um tecido completamente normal para um tumor maligno metastatizante ocorre através de uma série de passos através de um período de tempo. Mutações Delecões Alterações Genéticas em genes reguladores de tumor Espontaneamente (erros aleatórios) Exposição a agentes diversos Mutagênicos químicos Radiação Ionizante Luz ultra-violeta Vírus 7 O que causa o câncer? •Causas Externas – meio ambiente, hábitos ou costumes. •Causas Internas – geneticamente pré-determinadas, ligadas à capacidade do organismo se defender das agressões externas. Obs.: 80 a 90% dos casos de câncer estão associados a fatores ambientais. *Ambiente: ambiente ocupacional; ambiente de consumo; ambiente social e cultural. IRIS LENGRUBER 8 IRIS LENGRUBER B. Kashani, M.H. Bidgoli, S.A. Motahari, N. Sedaghat, M.H. Modarressi, You are what you eat: Sequence analysis reveals how plant microRNAs may regulate the human genome, Computers in Biology and Medicine (2019), doi: https://doi.org/10.1016/j.compbiomed.2019.01.020 9 O QUE SÃO FATORES DE RISCO? Qualquer situação que aumente a probabilidade de ocorrência de uma doença ou agravo à saúde, a exemplo dos múltiplos fatores causais do câncer. O termo risco, além do sentido de possibilidade ou chance (oportunidade), tem o sentido de perigo. 10IRIS LENGRUBER 11 QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER? Fatores Intrínsecos : mutações espontâneas inevitáveis que surgem como resultado de erros aleatórios em Replicação do DNA relacionada como uma característica de ser humano. Fatores Extrínsecos: idade, sexo, fatores ambientais, físico, químico, biológico, questões socioculturais, estilo e hábitos de vida e alimentares. IRIS LENGRUBER • NATURE COMMUNICATIONS| (2018) 9:3490 | DOI: 10.1038/s41467-018-05467-z 12IRIS LENGRUBER NÃO MODIFICÁVEIS 13IRIS LENGRUBER Envelhecimento Etnia ou raça Hereditariedade Sexo MODIFICÁVEIS – ALVOS DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA 14IRIS LENGRUBER Tabagismo Alimentação Infecções Radiações Sedentarismo e obesidade Alcoolismo Poluentes ambientais e alimentos contaminados 15IRIS LENGRUBER Para cada tipo de câncer Fator de risco específico 16IRIS LENGRUBER https://www.iarc.fr/ Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018. Maior agência intergovernamental na área de condução e coordenação de pesquisas sobre as causas do câncer; Responsável por coletar e publicar dados de vigilância sobre a ocorrência de câncer em todo o mundo; A agência possui uma série de monografias sobre os riscos carcinogênicos para os seres humanos 17IRIS LENGRUBER https://monographs.iarc.fr/agents-classified-by-the-iarc/ (último update 08/07/2019) Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018. Agente Classe1 Cancerígeno para os seres humanos: há evidências suficientes para concluir que isso pode causar câncer em humanos. 120Agentes Agente Classe2A Provavelmente cancerígeno para os seres humanos: há uma forte evidência de que pode causar câncer em seres humanos, mas, no momento, não é conclusivo. 82 agentes Agente Classe2B Possivelmente cancerígeno para os seres humanos: há algumas evidências de que ele pode causar câncer nos seres humanos, mas no momento está longe de ser conclusivo. 311 agentes Agente Classe3 Não classificável quanto à carcinogenicidade em seres humanos: atualmente não há evidências de que isso cause câncer em humanos. 500 agentes Agente Classe4 Provavelmente não é cancerígeno para os seres humanos: há uma forte evidência de que não causa câncer nos seres humanos. 18IRIS LENGRUBER https://www.inca.gov.br/ Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018. Órgão brasileiro do Ministério da Saúde (MS), sediado no Rio de Janeiro, responsável por promover ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil; Desenvolve projetos, estudos, pesquisas e experiências eficazes de gestão com Instituições governamentais e não governamentais, além de manter acordos internacionais de cooperação em várias frentes, formando redes de conhecimento técnico e científico e buscando reduzir o impacto regional e global da doença. 19IRIS LENGRUBER Ações, campanhas e programas em âmbito nacional, em atendimento à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, como: Programa Nacional de Controle do Tabagismo; Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco – Conicq; Controle do Câncer de Mama e Colo de Útero; Projeto Expande - Expansão da Assistência Oncológica; Programa de Transplante deMedula Óssea (TMO); Banco Nacional de Tumores e DNA; Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco; Rede Nacional de Câncer Familial; Programas de Qualidade em RadiaçõesIonizantes. https://www.inca.gov.br/ 20 AGROTÓXICOS “Produtos e componentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento". IRIS LENGRUBER Decreto-lei nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002 21IRIS LENGRUBER https://portal.fiocruz.br/ 22IRIS LENGRUBER 23IRIS LENGRUBER Estresse oxidativo Disfunção mitocondrial Disruptores endócrinos Como tirar o agrotóxico dos alimentos? 24IRIS LENGRUBER • IODO • BICARBONATO DE SÓDIO • LUGOL 25IRIS LENGRUBER Agrotóxicos classificados como carcinogênicos • Glifosato (2A) • Malathion(2A) • Diazinon (2A) • Tethraclorvinphos (2B) • Parathion (2B) Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018. IRIS LENGRUBER XENOBIÓTICOS Science. 2017 Jun 23;356(6344). 26 IRIS LENGRUBER Substâncias não nutritivas Produzem desiquilíbrio fisiológico nocivo Sinais clínicos e laboratoriais, ou não Capacidade de causar danos - TOXICIDADE https://www.inca.gov.br/exposicao-no-trabalho-e-no-ambiente/toxicologia-e-cancer 27 IRIS LENGRUBER VARIAÇÃO DA TOXICIDADE Intensidade da exposição •Concentração do agente •Condições ambientais(temperatura, umidade, ventilação) •Tempo e frequência da exposição 28 IRIS LENGRUBER DETOXIFICAÇÃO Altern Ther Health Med. 2015 May-Jun;21(3):54-62. • O processo de desintoxicação (detoxificação ou destoxificação) envolve a mobilização, biotransformação e eliminação de tóxicos de substâncias exógenas e endógenas; 29 IRIS LENGRUBER Altern Ther Health Med. 2015 May-Jun;21(3):54-62. • Diversas fases -envolve fígado, rins e intestino; • Digerimos alimentos, medicamentos, inalamos substancias – geralmente lipossolúveis – precisamos transformar em hidrossolúveis para ser eliminada; • Digestão tem papel importante; • Toxinas podem ser acumuladas em tecidos adiposos – mais obeso, mais exposição, mais carga tóxica; • Nosso corpo tem capacidade de detoxificar. O perigo é isso não acontecer – toxinas se tornam agentes mutagênicos 30 IRIS LENGRUBER 31 IRIS LENGRUBER 32 IRIS LENGRUBER INFLAMAÇÃO CRÔNICA Presente nas diferentes etapas da carcinogênese Nas etapas iniciais pode até combater células transformadas – mas crônica é citotóxico – fator de progressão Na fase de progressão, observa-se um misto de respostas citotóxicas e supressoras no mesmo tumor A proteína denominada "NF-kappa B" ou NF-kB, característica da inflamação é frequentemente encontrada nos tumores. 33 IRIS LENGRUBER AFINAL, QUEM É NF-Kb? DEL PRETE.;ALLAVENA,P;SANTORO,G et al. Molecular pathways in cancer-related inflammation. Biochem Med;21(3):264- 275,2011 • NF-κB (factor nuclear kappa B) é um complexo proteico que desempenha funções como fator de transcrição. • NF-κB pode ser encontrada em quase todos os tipos de células animais e está envolvida na resposta celular a estímulos como o estresse, citocinas, radicais livres, radiação ultravioleta, oxidação de LDL e antígenos virais e bacterianos. • NF-κB desempenha um papel fundamental na regulação da resposta imunitária à infecção. • A regulação incorreta de NF-κB tem sido ligada ao câncer, a doenças inflamatórias e autoimunes, choque séptico, infecção viral e também a desenvolvimento imunitário impróprio. 34 IRIS LENGRUBER DEL PRETE.;ALLAVENA,P;SANTORO,G et al. Molecular pathways in cancer-related inflammation. Biochem Med;21(3):264- 275,2011 35 IRIS LENGRUBER ESTRESSE OXIDADATIVO • Int. J. Mol. Sci. 2017, 18, 1544; doi:10.3390/ijms18071544 Geração de compostos antioxidantes Atuação dos sistemas de defesa antioxidane 36 IRIS LENGRUBER • Int. J. Mol. Sci. 2017, 18, 1544; doi:10.3390/ijms18071544 37 IRIS LENGRUBER • Int. J. Mol. Sci. 2017, 18, 1544; doi:10.3390/ijms18071544 38 IRIS LENGRUBER 39 IRIS LENGRUBER Int J Mol Sci. 2018 Feb6;19(2) Síntese de Telomerase e Câncer Telômeros são filamentos de proteínas que se encontram nas extremidades do DNA, e tem como principais funções: • Impedir o desgaste do material genético; • Manter a estabilidade estrutural; • Proteger a integridade dos cromossomos. 40 IRIS LENGRUBER Int J Mol Sci. 2018 Feb6;19(2) Sempre que a célula entra em divisão celular Os telômeros são encurtados Célula envelhece. Eles não têm capacidade de regenerar Ocorre esgotamento Replicação dos cromossomos não acontece mais Célula perde completamente a capacidade de se dividir. 41 IRIS LENGRUBER Int J Mol Sci. 2018 Feb6;19(2) Perda progressiva dos telômeros Senilidade Ação telomerase Contínua multiplicação Malignidade 42 IRIS LENGRUBER • Cancer Discov. 2016 Jun;6(6):584-93. Aumento da expressão telomerase - células terão característica de sobrevivência maligna – células novas, capazes de entrar no processo de mitose e aumentando o crescimento tumoral 43 IRIS LENGRUBER CICLO CIRCADIANO Latim – circa = ciclo + diem = dia Termo que se refere a aproximadamente 24 horas Período em que se baseia o ciclo biológico de quase todo ser vivo Sofre influência da maré, temperatura e variações de luz 44 IRIS LENGRUBER 45 IRIS LENGRUBER Influência da luz = vida moderna, influência da luz artificial 46 IRIS LENGRUBER Trends Cell Biol. 2018 May;28(5):368-379. 47 IRIS LENGRUBER CICLO CIRCADIANO E ALTERAÇÕES EPIGENÉTICAS Chin J Cancer. 2015; 34: 38 Televisão, celular Trabalhadores de turno 48 IRIS LENGRUBER CRONOTIPO Adv Nutr 2019;10:30–42 / Neuropsychopharmacology. 2019 Aug10. Determinado por variações genéticas? Diferente da obrigação de acordar cedo e dormir tarde! 49 IRIS LENGRUBER Polimorfismos genéticos x vida moderna Estímulo retina Impacto ciclo circadiano Polimorfismos genéticos 50 IRIS LENGRUBER Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2019 Jul;28(7):1177-1186 TRABALHO DE TURNO – AGENTE CARCINOGÊNICO ISOLADO! Trabalho por turnos Perturbações circadianas Classificado como provável carcinogênico humano Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) Alteração no padrão da atividade do sono = supressão na produção da melatonina = desregulação dos genes envolvidos no aparecimento de câncer. 51 IRIS LENGRUBER MICROBIOTA E CICLO CIRCADIANO Microorganisms. 2019 Jan 31;7(2) 52 IRIS LENGRUBER Microorganisms. 2019 Jan 31;7(2) 53 IRIS LENGRUBER J Cell Physiol. 2019 Jul 4. / Front Pharmacol. 2018 Oct 16;9:1086 Ações Anticâncer da Melatonina *Idosos têm a produção natural de melatonina reduzida 54 IRIS LENGRUBER Molecules. 2018 Feb 26;23(3). Melatonina modula os “Hallmarks” do Câncer 55 IRIS LENGRUBER Int J Mol Sci. 2019 Apr18;20(8). CRONOBIOLOGIA E CRONONUTRIÇÃO Células liberam diferentes hormônios e neurotransmissores em relação aos diferentes horários do dia Descobriu-se o centro regulador de tudo isso – Núcleo supraquiasmático Importância da regulação do ciclo circadiano Estudos ainda em ascensão sobre horários de refeições e grupos alimentares relacionados ao ciclo circadiano 56 IRIS LENGRUBER 57 IRIS LENGRUBER Café da manhã entre 6h e 8h •PROTEÍNA (ovos, por exemplo. Ou pasta de grão de bico para veganos) •Café – deveria ser o único horário •Abacate – gorduras importantes CAFÉ DA MANHÃ DE REI Biosci Biotechnol Biochem. 2017 / May;81(5):863-870 / Adv Exp Med Biol. 2017;960:19-52 / Mol Metab. 2016 Jan 14;5(3):133-152 / Proc Nutr Soc. 2016 Nov;75(4):440-450 / Mol Cell Endocrinol. 2015 Dec 15;418 58 IRIS LENGRUBER NOZES E OLEAGINOSAS EM GERAL • SACIEDADE E NUTRIENTES IMPORTANTES COLAÇÃO – LANCHINHO DAS 10h 59 IRIS LENGRUBER PROTEÍNA, CARBOIDRATO, GORDURA E FITOQUÍMICOS • Prato colorido, completo, com ingredientes da nossa cultura ALMOÇO 12h 60 IRIS LENGRUBER PEQUENO LANCHE • PREFERÊNCIA ÀS FRUTAS E FIBRAS – SACIEDADE, FITOQUÍMICOS, DE TARDE – ENTRE 16h E 18h 61 IRIS LENGRUBER JANTAR LEVE • SOPAS, CALDOS, SALADA COM POUCA PROTEÍNA... DE NOITE – ENTRE 18h E 20h 62 IRIS LENGRUBER HORÁRIO IDEAL É ENTRE 20h E 08h • RESPEITANDO O CICLO CIRCADIANO JEJUM – O QUE OS ESTUDOS MOSTRAM 63 IRIS LENGRUBER Curr Nutr Rep. 2014 Apr27;3:204-212. Nutrientes, Ciclo Circadiano & Crononutricão • Comer muito de noite – impacto na resistência insulínica; • Cafeína apenas de manhã assim como dietas ricas em gordura; • Pular café da manhã – compulsão noturna 64 IRIS LENGRUBER Café da manhã • Fruta • Pão Integral ou artesanal (com azeite de oliva) • Ovo cozido ou queijo ou patê de sardinha • Café Exemplo de Cardápio – baseado em dieta do mediterâneo 65 IRIS LENGRUBER Lanche da manhã • Fruta com aveia, sementes de abóbora, nibs de cacau... • Chás 66 IRIS LENGRUBER Almoço • Salada verde, tomates , cebolas , pimentão, nozes, azeitona e abacate; • Salada Cozida ( abobrinha, berinjela, abóbora...); • Temperar tudo com azeite de oliva; • Proteína – peixes, frutos do mar, e em menor quantidade, carne vermelha; • Sobremesa – abacaxi 67 IRIS LENGRUBER Lanche da tarde • Iogurte com frutas e sementes oleaginosas 68 IRIS LENGRUBER Ceia • Dependendo do hábito • Opcional • Alimento leve que acolha 69 IRIS LENGRUBER SEMPRE AVALIAR INTESTINO! 70 IRIS LENGRUBER71 IRIS LENGRUBER 72 IRIS LENGRUBER O ciclo circadiano controla o ciclo celular Polimorfismos nos genes do ciclo podem impactar no descontrole do ciclo celular Mudanças no estilo de vida = respeitar ciclo circadiano 73 IRIS LENGRUBER GENÔMICA Estudo das funções e interações de todos os genes do genoma, incluindo suas interações com os fatores ambientais. 74 IRIS LENGRUBER 75 IRIS LENGRUBER Int. J. Mol. Sci. 2018, 19,970 É dividida em três subáreas: Nutrigenômica, Nutrigenética e Epigenômica Nutricional. Nossos genes podem ser “ligados” ou “desligados” Presença de nutrientes e compostos fornecidos por alimentos Alimentos ou padrões dietéticos podem influenciar controle de função de diferentes genes Sinais específicos GENÔMICA NUTRICIONAL 76 IRIS LENGRUBER 77 IRIS LENGRUBER Epigenômica Nutricional é voltada, entre outras coisas, ao estudo de um processo chamado metilação do DNA. Responsável por deixar nossos genes inativos (silenciados) ou ativos – expressão gênica Adição de grupo metil – toda vez que ocorre, o gene é mantido inativo Intimamente ligado ao processo de acetilação das histonas 78 IRIS LENGRUBER Histonas são proteínas enroladas na cromatina – protegem nosso DNA Modificações na histona modulam a estrutura da cromatina – controle de expressão gênica • Genes ativosDNA desmetilado e histonas acetiladas • Genes inativos ou silenciados DNA metilado e histonas desacetiladas 79 IRIS LENGRUBER Danos noDNA Carcinógenosquímicos Metabolismo Carcinógenosativados RadiaçãoOxidação Mutagênese Reparação doDNA Resposta regulatória Int. J. Mol. Sci. 2018, 19,970 Danos no DNA 80 81IRIS LENGRUBER CÂNCER NO BRASIL E NO MUNDO 82IRIS LENGRUBER 83IRIS LENGRUBER POR QUE VEM AUMENTANDO O NÚMERO DE CASOS? Maior exposição a agentes cancerígenos industrialização, alimentação, agrotóxicos, fatores ambientais (agentes químicos, físicos e biológicos) Prolongamento da expectativa de vida (envelhecimento pop.); Aprimoramento dos métodos para diagnosticar o câncer. Melhoria da qualidade e do registro da informação. 84 COPYRIGHT © 2018 - NUTRIRISCURSOS POR IRIS LENGRUBER IRIS LENGRUBER “Somente cerca de 5% dos cânceres são exclusivamente devido a “genes maus”, enquanto 95% ocorrem devido a interação entre os genes e o ambiente, dieta e estilos de vida variáveis” World Cancer Research Foun/American Institute For Cancer Research. Diet, Nutrition, Physical Activity and Cancer: a Global Perspective. Continuous Update Project Expert Report 2018. Disponível em : https://www.wcrf.org/dietandcancer 85 5% hereditárias • Familiares. 10% aleatórios • Mutações espontâneas. 10% constitucionais • Deficiências imunológicas crônicas. 75%causas adquiridas • Físicos (radiação e traumas recorrentes); • Químicos (tabaco, álcool, ...); • Infecciosos (vírus e bactérias). IRIS LENGRUBER 86 IRIS LENGRUBER 87 http://cienciadocancer.com/ Radiações solares, vírus e bactérias podem ter relações com o aparecimento de câncer durante a evolução dos nossos ancestrais ...que ao se somarem com fumo, álcool, poluição, drogas tóxicas, estresse, depressão e gorduras aumentaram as causas do câncer 88 Science. 2016 Jul8;353(6295):126-7. Curr Opin Genet Dev. 2015 Dec;35:9-15. • Nossos Genes (+- 25.000) reagem com o meio ambiente • Cada ser humano possui umfenótipo • Diferentes resultados para as mesmas exposições ambientais • Genômica Nutricional : - Nutrigenômica - Nutrigenética - Epigenômica Nutricional Projeto Microbioma humano 89 Microbioma Humano • Os microrganismos que vivem dentro e no corpo humano contêm um incrível número de 4,4 milhões de genes. • Microbiota : Conjunto de microorganismos • Superorganismo : Indivíduo e seu microbioma • Microbioma : Genoma coletivo do super organismo Nature. 2017 Oct 5;550(7674):61-66. doi: 10.1038/nature23889. Epub 2017 Sep 20. 90 Nossa microbiota possui cerca de 4 milhões de Genes que podem se expressar geneticamente e desencadear respostas positivas ou negativas, e assim prevenindo ou aumentando o risco para doenças como o Câncer. 91 • Maturitas 116 (2018) 43–53 • Trends Microbiol. 2018 Jan;26(1):16-32. doi: 10.1016/j.tim.2017.07.008. Vários tipos de Câncer Hormônio- dependente começam no Intestino! 92 World Cancer Research Foun/American Institute For Cancer Research. Diet, Nutrition, Physical Activity and Cancer: a Global Perspective. Continuous Update Project Expert Report 2018. 93 Osiris. 2016;31:67-115. 94 Antes morríamos de causas externas e doenças infecciosas = higiene + vacinas + antibióticos => aumento da longevidade. Idosos: acúmulo de mutações. http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322. CÂNCER LONGEVIDADE MUTAÇÕES 95 http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322. Neoplasia Acúmulo de alterações genéticas Multiplicação celular. Alterações primárias Se não for corrigida, passará para as células filhas. Estímulo carcinogênico inicial Temos várias mutações ao longo do dia... 96 IRIS LENGRUBER Nutrição pode influenciar a regulação do ciclo quecelular garante normal, DNA correto replicação. • G0 representa fase de repouso, • G1 o crescimento e preparação dos cromossomas para replicação, • fase S a síntese de DNA, • G2 a preparação da célula para a divisão, • e M representa mitose. WORD CANCER RESEARCH FUND (WCRF) AMERICAN INSTITUTE CANCER REASEARCH (AIRC). Third expert report:food, nutrition, physical activity, and the prevention of cancer : a global perspective. London: Word Cancer Research Fund,2018 Ciclo Celular 97 IRIS LENGRUBER JUNQUEIRA, L.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012 • Nas células que se dividem ativamente, a interfase é seguida da mitose, culminando na citocinese. • Sabe-se que a passagem de uma fase para outra é controlada por fatores de regulação - de modo geral proteicos – que atuam nos chamados pontos de checagem do ciclo celular. • Dentre essas proteínas, se destacam as ciclinas, que controlam a passagem da fase G1 para a fase S e da G2 para a mitose. 98 IRIS LENGRUBER EMBOJ. 2019 Aug8:e101801. Nat Rev Cancer. 2019 Jun;19(6):326-338 • CDK’s (Cyclin-dependent Kinases) • Ciclinas • CKI’s • Proteína p53 e gene supressor de tumor – TP53 • Gene p21 (parada do ciclo celular – G1) • Gene bax (apoptose) • Proto-oncogenes (fatores de crescimento, receptores, transdutores de sinal e fatores de transcrição) • Oncogenes (proto-oncogenes ativados) 99 IRIS LENGRUBER Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3):335-343 • Se em algumas dessas fases houver alguma anomalia, por exemplo, algum dano no DNA, o ciclo é interrompido até que o defeito seja reparado e o ciclo celular possa continuar. • Caso contrário, a célula é conduzida à apoptose (morte celular programada). • Outro ponto de checagem é o da mitose, promovendo a distribuição correta dos cromossomos pelas células-filhas. • Os pontos de checagem correspondem, assim, a mecanismos que impedem a formação de células anômalas. 100 IRIS LENGRUBER Também conhecida como “Morte celular Programada” É um processo fisiológico comum no desenvolvimento embrionário; para remodelar tecidos ou remover células desnecessárias, danificadas,envelhecidas ou potencialmente perigosas (células tumorais, fagocitadas), etc; APOPTOSE Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3):335-343 101 IRIS LENGRUBER Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018. 102 http://cienciadocancer.com/ IRIS LENGRUBER O equilíbrio na atuação desses dois grupos de genes resulta no perfeito funcionamento do ciclo celular. 103 http://cienciadocancer.com/ IRIS LENGRUBER 104 Protoncogene • Gene que codifica proteínas que estimulam proliferação e diferenciaçãoem célulasnormais. Mutação: Oncogene • Hiperativação –> a divisão celular se torna contínua. • Bloqueio da proliferação celular. • Apoptose. Gene supressor detumor Não reconhece alteração no DNA. Mutação Processode carcinogênese IRIS LENGRUBER 105 IRIS LENGRUBER Mutações Genéticas Brief Bioinform. 2017 May1;18(3):413-425 • Mutações são mudanças na sequência dos nucleotídeos do material genético de um organismo. • Podem ser causadas por erros de cópia do material durante a divisão celular, por exposição a radiação ultravioleta ou ionizante, agentes mutagênicos químicos, ou vírus. • Em Câncer : mutações somáticas que escapam do processo de reparação de DNAou deApoptose 106 Sistema imunológico Sistema de estruturas e processos biológicos que protege o organismo contra doenças. IRIS LENGRUBER 107 IRIS LENGRUBER David Servan-Schreiber – www.anticancer.fr 108 Macrófagos“extrai informações” dacélula tumoral. Linfócito imaturo que se especializa em combater células tumorais. Se “transformará” em linfócitoT. IRIS LENGRUBER 109 Linfócito Tcitotóxico atacando células tumorais Célula tumoral morta pelo linfócito T. IRIS LENGRUBER 110 Resistência das células tumorais • Molécula PD1 ativa a apoptose de linfócito T, quando “mais velhos”. • As células tumorais se especializam em ativar PD1. Formação do tumor primário. Carcinógenos aceleram esse processo. IRIS LENGRUBER 111 http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322. IRIS LENGRUBER 112 113 TIPOS DE TUMOR IRIS LENGRUBER Não invasivo ou in situ: - 1º estágio em que o câncer pode ser classificado. - Células cancerosas estão somente na camada de tecido na qual se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de origem. - Maioria curável se for tratada antes de progredir para a fase invasiva. 114IRIS LENGRUBER Invasivo - infiltram outras camadas celulares do órgão - ganham a corrente sanguínea ou linfática e têm a capacidade de se disseminar para outras partes do corpo. metástases 115IRIS LENGRUBER 116IRIS LENGRUBER 117IRIS LENGRUBER 118IRIS LENGRUBER Corrente sanguínea Sistema linfático Não há continuidade física com o câncer original. http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322. 119IRIS LENGRUBER ¾ do tempo está “escondido” http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322. Carcinogênese Ocorre lentamente (pode levar anos para se tornar um tumor visível. Exposição a agentes cancerígenos (frequência x tempo, interação), genética Esse processo é composto por três estágios: Iniciação Promoção Progressão 120IRIS LENGRUBER 121IRIS LENGRUBER Exemplo: benzopireno, um dos componentes da fumaça do cigarro e alguns vírus oncogênicos, entre outros. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. 122 Evolução do tumor A evolução do tumor maligno depende: Da velocidade do crescimento tumoral. Do órgão onde o tumor está localizado. De fatores constitucionais de cada pessoa. De fatores ambientais etc. Os tumores podem ser detectados em diferentes fases: Fase pré-neoplásica (antes da doença se desenvolver). Fase pré-clínica ou microscópica (quando ainda não há sintomas). Fase clínica (apresentação de sintomas). IRIS LENGRUBER 123IRIS LENGRUBER Neoplasiamaligna _ células pouco diferenciadas _ • Anaplasia -> perde características iniciais e ganha outras para sedesenvolver. – Quanto menos diferenciada: mais agressivo é o câncer. – Na metástase: procura-se proteínas que sinalizam a origem do tecido. -> Às vezes, mesmo com a imunoistoquímica não se consegue definir. 124 Estudos genômicos rastreiam sinais precoces de câncer IRIS LENGRUBER "Nós simplesmente não entendemos o que está acontecendo muito cedo“. Nature 551, 18 (02 November2017) https://www.nature.com/news/genomic-studies-track-early-hints-of-cancer-1.22911?WT.ec_id=NEWSDAILY-20171028 125 IRIS LENGRUBER NOVAS METAS FARMACOLÓGICAS E ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO. Am J Cancer Res2017;7(5):1016-1036 Biologia Celulardo Câncer Vantagem proliferativa seletiva Resposta ao estresse alterada Vascularização Invasão e metástase Reorganização metabólica Modulação imunológica Um microambiente decumplicidade 126 1 - Vantagem proliferativa seletiva IRIS LENGRUBER • Crescimento • Proliferação Tratamento de tumores agressivos e quimiorresistentes. Potencial de terapias combinadas para superar essaquimiorresistência. 127 2 - Respostaao estressealterada IRIS LENGRUBER • Sinalização excessiva • Danos no DNA • Hipóxia (redução de oxigênio) • Fome nutricional • Terapiasantineoplásicas Desenvolveram ou adaptaram várias respostas ao estresse para garantir sua sobrevivência e propagação. Investigar a interação complexa entre oncogenes e supressores de tumor que levam à senescência. 128 3 - Vascularização IRIS LENGRUBER • Os tumores não são imunes aos efeitos da hipóxia. • Angiogênese - o surgimento de nova vascularizaçãoapartir de vasosexistentes. Acredita-se que a dormência das células cancerosas seja mediada - no mínimo - pela má vascularização e pressão contínua imposta pelo sistema imunológico. Van der Weyden et al. Genome-wide in vivo screen identifies novel host regulatorsof metastatic colonization. Nature 541, 233–236, 2017. 129 4 - Invasão emetástase IRIS LENGRUBER • A elucidação das várias vias de sinalização envolvidas em cada etapa de invasão e metástase é essencial para a compreensão dessesprocessos. Uma vez que a colônia metastática é estabelecida, é mais difícil reduzir efetivamente a doença. Lambert et al. Emerging biological principles of metastasis. Cell,2017. 130 5 - “Reorganização”Metabólica IRIS LENGRUBER • A caracterização dessas atividades metabólicas “aberrantes” pode fornecer uma visão melhor sobre a progressão do tumor, bem como, potencialmente, oferecer novos alvos terapêuticos. Investigar como essa reprogramação das vias metabólicas ocorre é uma prioridade para os pesquisadores. 131 6 - Modulação imunológica IRIS LENGRUBER • Muitas células cancerígenas podem escapar da destruição imunológica ao desativar ativamente oscomponentes do sistema imunológico. Esta tecnologia de linha de frente também é agora comprovada para o desenvolvimento de novas munições, como inibidores de ponto de verificação, ativadores de células T, vacinascontra o câncer e vírus oncolíticos. Gordon SRet al. PD-1 expression by tumour- associated macrophagesinhibits phagocytosis and tumour immunity.Nature 545, 495–499, 2017. 132IRIS LENGRUBER Murray, PJ. Macrophages and cancer development and progression. The FEBS Journal 285 (2018) 641–653 http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/06/1289310-novas-drogas-tentam-turbinar-defesas-do-corpo-contra-o-cancer.shtml Um avanço conceitual importante sobre os macrófagos e o câncer é o elo entre a cura e a reparação: funções normais dos macrófagos, que se tornam coincidentemente aproveitadas pelo crescimento das células tumorais. => No entanto, em termos de compreensão básica da imunidade dos mecanismos no câncer, muitas lacunas no conhecimento permanecem. 133 7 - Um microambiente de“cumplicidade” IRIS LENGRUBER • Os tumores não crescem isoladamente e há comunicação contínua entre as células ao longo de todos osestágios dacarcinogênese. Lewis and Abdel-Haleem .Genome-scale cancer metabolism. September 2013 | Volume 4 | Article 237 . https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3759783/pdf/fphys-04-00237.pdf Cell Metab. 2016 January 12; 23(1): 27–47. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4715268/pdf/nihms746655.pdf Na última década, os tumores têm sidocada vez mais vistos como “órgãos” complexos. 134 Nossa compreensão das características do câncer mudou significativamente na última década, e provavelmente progredirá muito nos próximos 10anos. IRIS LENGRUBER Papel na elucidação da biologia do câncer Fornecer formas mais eficazes e relevantes de avaliar potenciais terapias. 135IRIS LENGRUBER RASTREAMENTO Pode ajudar o médico a encontrar e tratar vários tiposde câncer precocemente, antes que eles causemsintomas. https://www.cancer.gov/about-cancer/screening 136IRIS LENGRUBER • Diagnóstico precoce. • Indicada quando o risco de câncer é maisalto. • Método empregado: – Sensível – Específico – Barato – Seguro – Provoca desconforto aceitável https://www.vencerocancer.org.br/cancer/diagnostico-2/ 137 ExamePapanicolau IRIS LENGRUBER • Exame ginecológico: coleta de material para análise de células. • Finalidade: prevenção do câncer do colo uterino, deve ser iniciado até 3 anos apóso início da vida sexual e após os 21 anos em mulheres virgens. 138 Mamografia IRIS LENGRUBER • Após os 40 anos:anual. • Finalidade: diagnóstico precoce de câncer de mama. Sugere-seo autoexame. 139 Tomografia computadorizada de pulmão IRIS LENGRUBER • Mulheres e homens com histórico de tabagismo -> a partir dos 55 anos. • Finalidade: rastreamento de câncer de pulmão. 140 Colonoscopia IRIS LENGRUBER • Mulheres e homens apartir de 50anos. • Finalidade: prevenção de câncer de intestino. • Se encontrados pólipos: repetir depois de 5 a 10 anos. 141 Toqueretal IRIS LENGRUBER • Acrescido de determinação do PSA (antígeno prostático específico) no sangue. • Anualmente em homensapartir dos 50 anos. • Se parente de primeiro grau com histórico: a partir dos 40anos. • Finalidade: prevenir o câncer depróstata. 142 Empopulações de riscoelevado IRIS LENGRUBER • Ultrassonografia de fígado: portadores de cirrose hepática. • Exames dermatológicos: pessoas de pele clara com muitas pintas no corpo. 143 “Sintomas da doença" IRIS LENGRUBER • Tossepor mais de 3 semanas, escarros com sangue e dores torácicas (câncerdepulmão). • Rouquidão persistente (câncerde laringe). • Sensação de empachamento depois das refeições e/ou eliminação de fezes semelhantes à borra de café (câncer de estômago). • Dificuldade e/ou dor para engolir (câncer de esôfago). 144IRIS LENGRUBER • Diarreia que se alterna com constipação intestinal e/ou presença de sangue vivo nas fezes (câncer de cólon ou reto). • Sangue na urina (câncer de rim, ureter ou bexiga). • Sangramento vaginal excessivo, principalmente quando na menopausa (câncer de útero). • Lesões de pele que sangram e/ou demoram muito para cicatrizar (câncer depele). 145IRIS LENGRUBER • Pintas que crescem, coçam, mudam de cor ousangram (melanoma). • Convulsões, dor de cabeça persistente, visãodupla, alteração da fala e confusão mental (câncercerebral). • Linfonodos aumentados nas axilas, no pescoço ounas virilhas (diversos tipos de câncer). • Dor em faixa na parte alta do abdômen que seirradia para as costas, acompanhada de perda de apetite e emagrecimento (câncer de pâncreas). • Nódulos endurecidos que crescem no tecido subcutâneo de qualquer região do corpo(diversos tipos de câncer). 146 Diagnóstico IRIS LENGRUBER Biópsia (retirada de fragmento da lesão). Exameanatomopatológico Exame imunoistoquímico Testesmoleculares Descobrir de onde se originam as células do câncer e fazer testes moleculares são fundamentais para definição do tratamento. 147 Extensão do tumor Método para classificação: estadiamento Permite ao oncologista propor o tratamento mais adequado para cada paciente Significa avaliar o seu grau de disseminação. IRIS LENGRUBER 148 Estadiamento IRIS LENGRUBER Busca de outros nódulos palpáveis. Exames de imagem: verificar acometimento de outros órgãos. TNM – varia entre os tipos decâncer: Estádio I –Tumor pequeno e sem acometimento de outras áreas. Estádio II – tumor maior e com acometimento de1 linfonodo. Estádio III – vários linfonodos acometidos. Estádio IV –metástase. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. TNM: classificação de tumores malignos / traduzido por Ana Lúcia Amaral Eisenberg. 6. ed. - Rio de Janeiro: INCA, 2004. 254p. 149 Sistema TNM de estadiamento Preconizado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC) Baseia-se na extensão anatômica da doença: Características do tumor primário (T) Características dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza (N) Presença ou ausência de metástases a distância (M) Graduações: T0 a T4; N0 a N3; e de M0 a M1 - O símbolo "X" é utilizado quando uma categoria não pode ser devidamente avaliada. IRIS LENGRUBER 150 TNM IRIS LENGRUBER • T = tamanho do tumor • N = número de linfonodos acometidos • M = presença demetástase => Além de I a IV, também possui subestádios. http://www.scientificanimations.com/breast-cancer-treatment-varies-stage/ 151 Nutrição, dieta ecâncer IRIS LENGRUBER 152 Dos casos de câncer: • 4-6% estão associados com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas • 10-20% estão associados com o excesso de peso eobesidade IRIS LENGRUBER 44 – 61% dos casos de câncer estão associados com o HÁBITO ALIMENTAR JULY 2016 http://www.wcrf.org/sites/default/files/WCRFI-Matrix-for-all-cancers.pdf 153 154 IR IS L E N G R U B E R 20% dos casos de câncer são causados pela obesidade influenciados pela dieta, variação de peso e a distribuição de gordura corporal, juntamente com a falta de atividadefísica. Evidência mais forte para uma associação da obesidade com câncer endometrial, adenocarcinoma de esôfago, colo-retal, de mama na pós-menopausa, próstata e renal Obesidade está correlacionada com os níveis baixos de 25 - hidroxi-vitamina D, pode ser responsável por 20% do risco de câncer associado ao aumento do IMC 155 IR IS L E N G R U B E RNovos mecanismos propostos inflamação crônica estresse oxid ativo hipóxia induzida pela obesidade 156IRIS LENGRUBER Alimentação de risco Se consumidos regularmente podem favorecer o câncer: carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, linguiças, mortadelas... Alimentos com agentes cancerígenos: nitritos e nitratos usados para conservar (picles, salsichas e outros embutidos e enlatados) = nitrosaminas no estômago = câncer de estômago - Classe 1 – IARC E249, E250, E251 e E252 Defumados e churrascos impregnados de alcatrão (fumaça do carvão) = ação carcinogênica conhecida (como cigarro). Alimentos preservados em sal: carne-de-sol, charque e peixes salgados = câncer de estômago 157IRIS LENGRUBER Preparo dos alimentos Adicionar menos sal na hora de fazer a comida, aumentando o uso de temperos como azeite, alho, cebola e salsa. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e colorretal. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, pochê, ensopado, cozido ou assado. 158IRIS LENGRUBER • Acrilamida - Agente Classe 2A • Aminas Heterocíclicas • Hidrocarbonetos 159IRIS LENGRUBER COMO EVITAR ACRILAMIDA? • Assar no forno em temperaturas mais baixas • Evitar ou diminuir o consumo 160 HCAs – Aminas Heterocíclicas IRIS LENGRUBER Carne de boi, ave ou peixe Assada ou cozida em altas temperaturas Proteínas reagem com o calor HCAs Provocam mudanças no DNA Indução de alguns tipos de câncer 161 HPAs – Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos IRIS LENGRUBER Queima da madeira para produção de carvão Queima de combustível Fumo do tabaco, produtos defumados HPAs Provocam mudanças no DNA Indução de alguns tipos de câncerCOMO REDUZIR A EXPOSIÇÃO A ESSES COMPOSTOS? 162IRIS LENGRUBER https://www.aicr.org/press/press-releases/2019/cancer-experts-issue- warning-on-grilling-safety.html MARINAR AS CARNES – PODE REDUZIR ATÉ 90% 163 ASSAR EM TEMPERATURAS MAIS BAIXAS E AUMENTAR A DISTÂNCIA DA FONTE DE CALOR IRIS LENGRUBER https://www.aicr.org/press/press-releases/2019/cancer-experts-issue- warning-on-grilling-safety.html 164IRIS LENGRUBER Alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e calorias câncer de cólon e de reto As fibras ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso. Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença. Grãos e cereais, se armazenados em locais inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, o qual produz a aflatoxina câncer de fígado. 165IRIS LENGRUBER Aflatoxina • Uma micotoxina produzida por espécies de fungos do gênero Aspergillus. • É um dos principais tipos de micotoxinas, presente em diversos alimentos, não somente no amendoim, mas no milho, feijão, arroz e trigo, que foram armazenados em condições inadequadas, sendo considerada uma contaminação que representa risco para a saúde de humanos; Gastroenterology. 2017 Jul;153(1):249-262.e2. Agente Classe 1 (carcinogênico para humanos) 166IRIS LENGRUBER • Existem alguns estudos relacionando a aflatoxina com o aumento de risco para câncer de fígado. • Parece que no fígado, esta micotoxina é transformada num potencial carcinogênico chamado “Aflatoxina B1 Epóxido” que pode reagir com o DNA e RNA da célula e com o gene P53 que está relacionado com o processo de apoptose; TOXINA EM ALIMENTOS DESTROI GENE p53 ATUARIA NA PREVENÇÃO (apoptose) COMPROMETE A IMUNIDADE INTERFERE NO METABOLISMO PODE LEVAR AO CÂNCER ADITIVOS ALIMENTARES 167IRIS LENGRUBER • Substâncias que são adicionadas aos alimentos com a intenção de manter ou modificar o sabor e outras características sensoriais, melhorar a aparência assim como aumentar o tempo de prateleira. Polônio, M.L.T e Peres F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(8):1653-1666, ago,2009 168IRIS LENGRUBER Food Chem Toxicol. 2018 Jan;111:578-596 • Dentre os corantes permitidos como aditivo na indústria de alimentos, o corante caramelo ocupa lugar de destaque, sendo um dos mais antigos aditivos utilizados para coloração do produto final, para se conseguir uma cor que pode variar da amarelo-palha ao marrom escuro ou quase negro. • Existem 4 tipos com importância comercial, têm aplicações distintas em alimentos e bebidas (I, II, IIIe IV) CORANTE CARAMELO = 4-metilimidazol (4MEI) presente no corante caramelo de classe III e IV ( Classe 2B- IARC) 169IRIS LENGRUBER Tratamento térmico dos açúcares na presença do promotor de caramelização leva à formação de compostos indesejáveis recém-formados. Reação de Maillard Pesquisa sobre a toxicidade de caramelos ajudou a mostrar que a cor de caramelo de classe III e IV são mais perigosos que outros caramelos pela presença de nitrogênio em seus promotores de caramelização. Há a formação de imidazol, reconhecido comotóxico 170IRIS LENGRUBER BENZENO - Classe 1 (IARC) Os primeiros conservantes permitidos pela FDA, devido ao baixo custo: • Benzoato de sódio; • Benzoato de potássio; • Benzoato de cálcio o ácido benzóico e seus sais são um dos conservantes alimentícios mais usados. Problema : Em contato com vitamina C (alimentos, frutas etc) resulta na quebra do ácido benzoico em BENZENO em pequenas proporções. Sendo assim, bebidas que contém vitamina C e utilizam ácido benzoico como conservante em sua composição, podem conter também benzeno como resultado dessa reação. https://monographs.iarc.fr/agents-classified-by-the-iarc 171IRIS LENGRUBER 172IRIS LENGRUBER 173IRIS LENGRUBER 174IRIS LENGRUBER 175IRIS LENGRUBER 176IRIS LENGRUBER Alimentos industrializados • Realidade da “vida moderna” Maior exposição a mutagênicos Maior risco de desenvolvimento de câncer 177IRIS LENGRUBER A associação dos fatores de risco, com a genética e o estilo de vida podem acelerar o processo de carcinogênese. 178IRIS LENGRUBER Fatores Emocionais Ansiedade DepressãoRaiva Mágoa Psychol Res. 2019 Jun;83(4):651-665. Cancer Causes Control. 2019 Jul;30(7):779-790 Estresse oxidativo – risco para câncer 179IRIS LENGRUBER “Tudo que você come, todo dia, três vezes ao dia, você está modificando a sua fisiologia como se estivesse tocando um teclado ou piano com a comida que você come. A beleza da comida é que ela não foca em apenas um único mecanismo no câncer. Ela utilizada todo o teclado.” David Servan-Schreiber 180 DICAS PARA SE PROTEGER DO CÂNCER IRIS LENGRUBER https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/como-prevenir-o-cancer 181 1.Pare de fumar! Essa é a principal regra para se proteger contra o câncer IRIS LENGRUBER Classe 1 – IARC 182IRIS LENGRUBER Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Parar de fumar e de poluir o ambiente é fundamental para a prevenção do câncer. PULMÃO CAVIDADE ORAL LARINGE FARINGE ESÔFAGO 183 2. Alimentação saudável protege contra o câncer IRIS LENGRUBER Alimentação deve ser saborosa, respeitar a cultura local, proporcionar prazer e saúde e incluir alimentos regionais. Frutas Legumes Verduras Cereais integrais Leguminosas Ultraprocessados Bebidas adoçadas Hortaliças sem amido e frutas, provavelmente, protegem contra alguns cânceres. Como esses alimentos possuem baixa densidade energética, eles provavelmente também protegem contra o ganho de peso 184IRIS LENGRUBER 3 –mantenha o peso corporal adequado 185 Umas das principais formas de evitar o câncer é ter uma alimentação saudável, ser fisicamente ativo e manter o peso corporal adequado. Estar acima do peso aumenta as chances de desenvolver câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma boa alimentação e realizar atividade física. IRIS LENGRUBER A manutenção de um peso saudável ao longo da vida pode ser uma das formas mais importantes de se proteger contra o câncer e outras DCNT 186IRIS LENGRUBER 4 –Pratique atividade física 187IRIS LENGRUBER Todas as formas de atividade física protegem contra alguns cânceres, como também contra o ganho de peso, sobrepeso e obesidade Caminhar Dançar Subir escadas Levar cachorro para passear Cuidar da casa e jardim Academias 188IRIS LENGRUBER 189 5. Amamente. O aleitamento materno é a primeira ação de alimentação saudável. A amamentação até os dois anos ou mais, sendo exclusiva até os seis meses de vida da criança, protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de seis meses da criança, deve-se complementar a amamentação conforme a dica sobre Alimentação saudável e proteção contra o câncer. IRIS LENGRUBER As evidências em câncer, assim como em outras doenças, demonstram que a amamentação sustentada e exclusiva protege tanto a mãe quanto a criança 190 6. Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos. As alterações das células do colo do útero são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica deste exame. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado, seguir as orientações médicas e o tratamento indicado. IRIS LENGRUBER 7. Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos. A vacinação contra o HPV, disponível no SUS, e o exame preventivo (Papanicolau)se complementam como ações de prevenção do câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando chegarem aos 25 anos, deverão fazer um exame preventivo a cada três anos, pois a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV. 191IRIS LENGRUBER 192 8. Vacine contra a hepatite B. O câncer de fígado está relacionado à infecção pelo vírus causador da hepatite B e a vacina é um importante meio de prevenção deste câncer. O Ministério da Saúde disponibiliza nos postos de saúde do País a vacina contra esse vírus para pessoas de todas as idades. IRIS LENGRUBER 193IRIS LENGRUBER 9 –Evite a ingestão de bebida alcoólica 194 Seu consumo, em qualquer quantidade, contribui para o risco de desenvolver câncer. Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco aumenta a possibilidade do surgimento da doença. IRIS LENGRUBER Os dados não sugerem nenhuma diferença significativa dependente do tipo de bebida. O fator importante a ser considerado é a quantidade de etanol consumido ÁLCOOL - Agente Classe 1 195 Ingestão de bebidaalcoólica IRIS LENGRUBER Oconsumode bebida alcoólicanãodeveser estimulado Se consumida, não deve ultrapassar a recomendação de 1 dose/dia (10 a 15 g de etanol) para o sexo feminino e 2 doses/dia para osexo masculino 196IRIS LENGRUBER 10 –Evite o consumo de carnes vermelhas e processadas Consumo de carne vermelha 197IRIS LENGRUBER Pessoas que comem carne vermelha regularmente devem consumir menos de 500 g/semana, incluindo pouca ou nenhuma quantidade decarne processada Classe 2A – IARC Cascella et all. Infecctious and Cancer (2018) 13:3 198IRIS LENGRUBER Guia alimentar para a população brasileira: Reduzir o consumo de carne vermelha, priorizando cortes magros. Quando utilizada, durante o pré preparo, retirar toda a gordura aparente. Dar preferência a preparações grelhadas, assadas ou ensopadas, que utilizam menos óleo. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf CARNES PROCESSADAS Carnes processadas como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru podem aumentar a chance de desenvolver câncer. Os conservantes (como os nitritos e nitratos) podem provocar o surgimento de câncer de intestino (cólon e reto) e o sal provocar o de estômago. 199IRIS LENGRUBER 200IRIS LENGRUBER • Consumir de 350 a 500 gramas de carne vemelha por SEMANA • Evitar carnes processadas e embutidos • Variar método de cocção e diminuir a temperatura https://www.aicr.org/press/press-releases/2019/cancer-experts-issue-warning-on-grilling-safety.html 11. Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios. Se for inevitável a exposição ao sol durante a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida. 201IRIS LENGRUBER 12. Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho. 202IRIS LENGRUBER Agentes químicos, físicos e biológicos ou suas combinações são causas bem conhecidas de câncer relacionado ao trabalho, e evitar ou diminuir a exposição a estes agentes seria o ideal e desejável. Também é fundamental a implementação de leis que obriguem e fiscalizem a substituição dos agentes causadores câncer no trabalho por outros mais saudáveis, quando já houver esta alternativa. 203 NovleneWilliams-Mills Sobreviventes de câncer devem seguir todas as recomendações anteriores, sempre que possível IRIS LENGRUBER Foi medalha de bronze nas Olimpíadas de 2012 após ter sido diagnosticada com câncer de mama Competiu em Moscou, em 2016 TRATAMENTOS PARA OS DIVERSOS TIPOS DE CÂNCER 204IRIS LENGRUBER 205IRIS LENGRUBER https://www.vencerocancer.org.br/cancer/tratamento/ Se combinadas as opções de cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapias-alvo = disponíveis mais de 400 esquemas apenas para câncer de mama. 206IRIS LENGRUBER Cirurgia 207 IRIS LENGRUBER Cirurgia – retirada do tumor • O mais antigo dostratamentos. • Antigamente eram mutiladoras. • Atualmente: mais conservadoras, mais econômicas, com preservação dosórgãos. 208 IRIS LENGRUBER A cirurgia cura? Depende do estádio do diagnóstico Pode ter finalidade paliativa (dor, odor, infecção, obstrução... Pode ter finalidade de estadiamento Guidelines – Espen 2016 Todos os pacientes oncológicos cirúrgicos devem receber acompanhamento nutricional também após a alta hospitalar; A terapia nutricional deve ser individualizada e de acordo com a capacidade funcional de alimentação; A intervenção ambulatorial tem relação direta com o aumento de sobrevida e a melhor reabilitação do paciente ao convívio social 209IRIS LENGRUBER A importância da nutrição na cirurgia oncológica ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NO PRÉ -OPERATÓRIO 210IRIS LENGRUBER O câncer e a Desnutrição 211IRIS LENGRUBER Aproximadamente 20% das mortes de pacientes com câncer são secundárias à desnutrição. (INCA – 2016) 212 Desnutrição IRIS LENGRUBER Pacientes em cuidados paliativos – 81% 60% dos pacientes com câncer são desnutridos 70% apresenta alguma dificuldade para se alimentar Mais da metade dos pacientes necessita de aconselhamento nutricional 30% necessitam de suplemento nutricional Controle dos sintomas que interferem na ingestão de alimentos (Consenso de Nutrição Oncológica, volume I, 2015;) 213IRIS LENGRUBER Fatores psicossociais Localização do tumor Hospedeiro Competição tu x hosp. CAQUEXIA DO CÂNCER Tratamentos Efeitos adversos Comprometimento da nutrição TGI 214IRIS LENGRUBER 215 Câncer: repercussões sobre oestado nutricional IRIS LENGRUBER Alteração da funcionalidade de sistemas/órgãos, inflamação e alterações metabólicas associam-seao tumor levando a perda de peso involuntária Mais da metade dos pacientesexperenciaram perda de peso no momento dodiagnóstico Argilés JM. Cancer-associated malnutrition. Eur J Oncol Nurs.2005;9 Suppl 2:S39-50 A desnutrição calórica e proteica em indivíduos com câncer é muito frequente. Seus principais fatores determinantes são: Redução na ingestão total de alimentos; Alterações metabólicas provocadas pelo TU; O aumento da demanda calórica pelo crescimento tumoral. 216IRIS LENGRUBER 217IRIS LENGRUBER Causas relacionadas Reduzida ingestão de nutrientes e aumento das perdas nutricionais Álcool e Tabaco Dentição (idosos/etilistas) Parcial ou completa obstrução do TGI Trismo Modificação da função e da anatomia pós- cirúrgico Mucosite, disgeusia e xerostomia pós RXT Náusea, vômito, diarreia decorrente da QT 218IRIS LENGRUBER Aumento na demanda de nutrientes Estresse metabólico agudo provocado pelo tratamento. Duração e intensidade do estresse dependente da intensidade e duração do tratamento, bem como as suas complicações. 219IRIS LENGRUBER Anormalidades metabólicas produzidas pelo tumor Alterações no metabolismo do carboidratos, proteínas e lipídios Alteração nos níveis dos neurotransmissores / hormônios levando a anorexia (NPY, grelina, leptina – bloqueio ao estímulo de ingestão) Aumento da taxa metabólica basal Alterações mediadas pelas citocinas 220 IRIS LENGRUBER Desnutrição Grave Estado de caquexia Complicação frequente no paciente portador de uma neoplasia maligna avançada; S índrome complexa e multifatorial Intenso consumo dos tecidos muscular e adiposo; Balanço nitrogenado negativo (alterações metabólicas e imunológicas e fisiológicas) 221IRIS LENGRUBER 222IRIS LENGRUBER DEBILIDADE NUTRICIONAL AUMENTO DO TEMPO DE INTERNAÇÃO LIMITAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL BAIXA IMUNIDADE – AUMENTO DE INFECÇÕES TOLERÂNCIA REDUZIDA AO TRATAMENTO PROPOSTO 223IRIS LENGRUBER Desnutrição Inflamação sistêmica 80 % TGI, pâncreas e cabeça pescoço 60% pulmão 224IRIS LENGRUBER Aumento da mortalidade Trauma cirúrgico Doença malígnaDesnutrição preexistente INQUÉRITO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA 225IRIS LENGRUBER 4822 pacientes oncológicos 45 instituições brasileiras ASG-PPP – 55,6% pacientes idosos com risco nutricional MINIMIZANDO A PERDA DE PESO NO PRÉ-OPERATÓRIO 226IRIS LENGRUBER Avaliação nutricional precoce • Auxiliar o paciente na recuperação ou manutenção do seu estado nutricional • Melhorar tolerância terapêutica • Melhorar imunidade – redução de complicação Melhorar qualidade de vida Planejamento nutricional individualizado 227IRIS LENGRUBER Avaliação para identificar estado nutricional e fatores de risco para desnutrição Investigação sobre ingestão alimentar, tolerância e efeitos colaterais do tratamento Adequações e/ou adaptações dietéticas e um novo plano alimentar – podem ser necessários Cálculo das necessidades nutricionais 228IRIS LENGRUBER Calorimetria indireta – padrão ouro: mede consumo de oxigênio e produção de dióxido de carbono para calcular catabolismo de energia. Alto custo, inviável em ambiente ambulatorial Qual método utilizar na prática clínica? 229IRIS LENGRUBER Fórmulas preditivas – Harris-Benedict Foi avaliada como a mais precisa quando multiplicada pelo fator 1,1 Ainda assim foi encontrado erro em 39% dos pacientes em comparação com calorimetria indireta (Boullata et al 2007) 230IRIS LENGRUBER 231IRIS LENGRUBER Método mais simples de estimativa de energia Relação quilocaloria por quilograma de peso • Kcal / Kg Consenso Nacional de Nutrição Oncológica • 2015 232IRIS LENGRUBER Sempre respeitando individualidades, função renal, doenças associadas, etc. A importância da nutrição na cirurgia oncológica ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NO PÓS -OPERATÓRIO 233IRIS LENGRUBER 234IRIS LENGRUBER Pós cirúrgico imediato Jejum - hospitalar Nosso foco – após alta hospitalar Como será o nosso suporte nutricional para esse paciente ambulatorial? 235IRIS LENGRUBER De acordo com o local e extensão da cirurgia Alterações metabólicas Alterações imunológicas Retardo na cicatrização de feridas Inflamação sistêmica Excesso de radicais livres Dificuldade mecânica ou de absorção de nutrientes Ressecções da cavidade oral, esôfago, ou gastrintestinal 236IRIS LENGRUBER Efeitos persistem Piora no aspecto psicológico (ansiedade, medo, dor) Comprometendo ainda mais a ingestão de nutrientes Conduta nutricional pós operatória 237IRIS LENGRUBER • Menos complicações • Diminuição do tempo de internação hospitalar Iniciar dieta precocemente • Via oral sempre priorizada – mais fisiológica em menos invasiva • Entretanto, pode ser necessário TNE ou TNP Vias de alimentação Cálculos das necessidades nutricionais 238IRIS LENGRUBER Calorimetria indireta – padrão ouro Mas o mais utilizado é a fórmula de bolso Vai variar de acordo com a resposta inflamatória, hiperglicemia, e outros fatores associados Oferta calórica 239IRIS LENGRUBER Vai variar de acordo com condição clínica • Avaliar o pré e pós cirúrgico 20 a 25 Kcal/Kg de peso corporal • Em caso de sepse, falência respiratória, desnutrição grave ou obesidade 240IRIS LENGRUBER Até 35 Kcal/Kg de peso corporal • Fase de recuperação, caso não haja morbidade associada • No caso de desnutridos graves, começa com 20 Kcal/Kg de peso para aumentar lentamente, evitando síndrome de realimentação. Oferta proteica 241IRIS LENGRUBER Acima de 1,5g/Kg de peso •Minimiza a perda nitrogenada – melhora do balanço nitrogenado •Apenas observar função renal Oferta hídrica 242IRIS LENGRUBER 1,0 mL / Kcal ou de 30 a 35 mL/Kg • Similar ao de indivíduos sadios • Ajustes necessários na presença de desidratação ou retenção hídrica Cirurgia de câncer gastrintestinal Distúrbios nutricionais são mais frequentes, por conta da localização do tumor ou ressecções cirúrgicas – podendo causar barreiras mecânicas e fisiológicas para o aporte nutricional 243IRIS LENGRUBER Alterações digestivas Má absorção de nutrientes Síndrome de dumping Deficiência de vitaminas e minerais Cirurgia de câncer de cabeça e pescoço Sua localização se relaciona diretamente a prejuízos nutricionais e fonoaudiológicos. Por essa razão, o acompanhamento de um fonoaudiólogo também será necessário. 244IRIS LENGRUBER Dificuldades na mastigação Dificuldade de deglutição e salivação Alterações de paladar Alterações de olfato 245IRIS LENGRUBER Radioterapia Especialidade médica que utiliza a radiação ionizante com fins terapêuticos. Objetivos do Tratamento 246IRIS LENGRUBER Promover perda da capacidade funcional ou reprodutiva da célula Promover morte celular com a mínima morbidade em célula sadia 247IRIS LENGRUBER • Ao atravessar os tecidos os raios X liberam tanta energia que produzem radicais livresque irão reagir com as moléculas de DNA: – apoptose; – perda da capacidade de sedividir. 248 60 % dos pacientes com câncer precisarão de Radioterapia em algum momento da doença!!! IRIS LENGRUBER Hall, EJ et al. Radiation for the Radiologist, 5ª Ed. LWW 2000, cap 2, p. 17-31. 249IRIS LENGRUBER Quanto maior a dose de radiação, maior o dano celular. A sensibilidade das células normais que define o limite da dose contra o tumor. As células normais possuem mecanismos de reparação do DNA mais eficazes que as docâncer. A sensibilidade ao tratamento varia entre ostumores. Geralmente: administrada em doses diárias, 5 vezes na semana, duração de 20 min. O número total varia. 250IRIS LENGRUBER • Braquiterapia: introduzida diretamente no interior ou próxima ao tumor (por cateteres ou sementes radioativas): => Tumores iniciais: – Próstata – Mama – Câncer uterino – Sarcomas – Melanomas em globo ocular 251IRIS LENGRUBER • Intraoperatória: Dose única, dirigida contra o tumor ou àárea em que foi retirado. – Cavidade abdominal: sarcomas, câncer de reto e alguns de mama. • Radiocirurgia estereotáxica: Dose única de radiação, precisamente, contra o tumor. – Metástases cerebrais menores que 2,5 cm, coluna vertebral, pulmões efígado. 252IRIS LENGRUBER • Irradiaçãode todo ocorpo: doses baixas. – Transplante de medula ósseapara tratamento de leucemia, linfomas e alguns tumorespediátricos. • Radionuclídeos: alguns compostos são absorvidos pelos tumores de forma “ávida”. Acopla-se a eles isótopos radioativos que serão capturados pela célula tumoral. – Câncer de tireoide, próstata, linfomas, tumores neuroendócrinos e metástasesósseas. Sintomas dependem da localização 253IRIS LENGRUBER Cabeça e pescoço – ação centralSNC Prostração, sonolência, indisposição, hiporexia, náuseas, vômitos. 254IRIS LENGRUBER Osteorradionecrose 255IRIS LENGRUBER • Severa complicação após a RXT • A ORN - deficiência metabólica da célula, criada pela injúria provocada pela radiação. • Pode ocorrer de forma espontânea ou após trauma • Exodontias pós radioterapia antes de 5 anos 256IRIS LENGRUBER 257IRIS LENGRUBER 258IRIS LENGRUBER 259 Equipe multiprofissional IRIS LENGRUBER OSTEORADIONECROSE Fisioterapia Movimentos CP – controle Psicologia Imagem abandonou Odonto/ Prótese Clínica Dor Morfina Fonoaudiologia Fala e deglutição Nutrição Líquido. Pqnos volumes. Enfermeiro 260IRIS LENGRUBER • ORN – difícil tratamento • Risco persiste por anos após a RXT • Métodos de prevenção • Odontologista antes da definição e início do tratamento para câncer de cabeça e pescoço • Importância das consultas de revisão cirúrgica 261IRIS LENGRUBER Enterite actínica Desordens morfológicas e funcionais que ocorrem na mucosa intestinal durante ou após a radioterapia abdominal ou pélvica. AGUDA – até 8 semanas TARDIA – meses – anos após o término Alteração na função absortiva (gorduras, lactose, vitamina B12). 262IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). Recomendação energéticae proteica para pacientes em tratamento de quimio e radioterapia – similar ao pós cirúrgico! Consenso Nacional de Nutrição Oncológica, 2015 Quimioterapia 263IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular).É a forma de tratamento sistêmico do câncer que usa medicamentos denominados “quimioterápicos” (ou antineoplásicos) administrados em intervalos regulares, que variam de acordo com os esquemas terapêuticos. 264IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA Requisitos ideais Condições gerais do paciente: • 10% de PP desde o início da doença; • Ausência de contra-indicações clínicas para as drogas selecionadas; • Ausência de infecção ou infecção presente, mas sob controle; • Capacidade funcional correspondente aos três primeiros níveis, segundo os índices propostos por Zubrod e Karnofsky. 265 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). Níveis Critérios ZUBROD KARNOFSKY 0 100-90% Paciente assintomático ou com sintomas mínimos 1 89-70% Paciente sintomático, mas com capacidade para o atendimento ambulatorial 2 69-50% Paciente permanece no leito menos da metade do dia 3 49-30% Paciente permanece no leito mais da metade do dia 4 29-10% Paciente acamado, necessitando de cuidados constantes http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=101# 266IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). Contagem das células sanguíneas e dosagem de hemoglobina Leucócitos > 4.000/mm³ Neutrófilos > 2.000/mm³ Plaquetas > 150.000/mm³ Hemoglobina > 10 g/dl http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=101# 267IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). Dosagens séricas Uréia < 50 mg/dl Creatinina < 1,5 mg/dl Bilirrubina total < 3,0 mg/dl Ácido Úrico < 5,0 mg/dl Transferases (transaminases) < 50 Ul/ml http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=101# Drogas Efeitos colaterais 268 COPYRIGHT © 2018 - NUTRIRISCURSOS POR IRIS LENGRUBER • Todas interferem na divisão celular. • Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). 269IRIS LENGRUBER • Tentar reduzir o tamanho do tumor. Neoadjuvante Cirurgia • Destruir focosmicroscópicosde célulascancerosas, que ainda possam persistir em algum lugar do organismo, mas que não são detectáveis por examesdesangue oude imagem. Adjuvante https://www.vencerocancer.org.br/cancer/tratamento/tratamento-adjuvante-e-neoadjuvante/ 270IRIS LENGRUBER • Tecidos normais mais acometidos pela ação tóxica: – medula óssea; – pele e anexos (cabelos, unhas, ...); – mucosa (área interna do aparelho digestivo). As células normais possuem mecanismos de reparação do DNA mais eficazes que as do câncer. Administrada em ciclos para que as células normais se recuperem. 271IRIS LENGRUBER Após um tempo de tratamento, as células sensíveis morrem e ficam as resistentes => tornando o tratamento menoseficaz. Pode acontecer também mutações nesse período. Pode ser intravenosa, oral e injetada na cavidade abdominal, torácica... EFEITOS TÓXICOS DOS QUIMIOTERÁPICOS NO TGI 272IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). Interferência de QT em ciclos de células com elevada proliferação. Descamação mucosa sem substituição adequada - irritação, inflamação e alterações funcionais A ocorrência e severidade das lesões varia com o agente antineoplásico utilizado, o tempo de administração e a condição física do paciente. Calixto-Lima, 2012 273IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). Calixto-Lima, 2012 • Os mecanismos exatos não são totalmente conhecidos. • Acredita-se que estes sintomas são controlados por áreas distintas do cérebro, que podem ser ativadas por quimiorreceptores presentes da circulação NÁUSEA E VÔMITO • Causados por 30% dos quimioterápicos 274IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). 275IRIS LENGRUBER CONSTIPAÇÃO INTESTINAL • 41% dos pacientes em tratamento antineoplásico VINCRISTINA VINBLASTINA 276IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). DIARREIA • 75% dos pacientes em tratamento antineoplásico Citarabina Actinomicina D Fluorouracil Oxaliplatina Nitrosoureias Topotecano 277IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). MUCOSITE: 40% dos pacientes Risco: má higiene oral, estado nutricional, tabagismo, consulmo álcool, idade Metotrexato Bleomicina 5- Fluorouracil Cisplatina Doxorubicina Vinblastina Vincristina 278IRIS LENGRUBER Todas interferem na divisão celular. Atuação sistêmica (qualquer célula em divisão celular). ANOREXIA: • 66% dos pacientes em quimioterapia Metotrexato Sulfato de Bleomicina Fluorouracil Carboplatina Citarabina Dacarbazina Hidroxiureia Resumo das reações adversas da ação de quimioterápicos 279IRIS LENGRUBER Hormonioterapia 280IRIS LENGRUBER Hormonioterapia 281IRIS LENGRUBER • Diversos tipos de câncer dependem de hormônios para semultiplicar. • O s hormônios se ligam areceptores da membrana celular que emitem sinalização para oncogenes. – Mama, endométrio, ovário, próstata, tireoide... 282IRIS LENGRUBER • Supressão da produção de hormônio: – Ex.: em mulheres com câncer de mama avançado na pré- menopausa => cirurgia de ressecção dos ovários (hormônios sexuais femininos) => remissão de 30 a40 % dos casos. – Ex.: em homens com câncer de próstata avançado: remissão de 80%. • Bloqueio de receptores: como o tamoxifeno (bloqueia receptor deestrógeno). Classificações da hormonioterapia 283IRIS LENGRUBER Finalidade • Curativa • Paliativa Aplicação • Isolada • Combinada Mecanismo de ação • Aditiva • Supressiva Método de execução • Medicamento • Cirurgia • Actínica (pele) Cuidados nutricionais na hormonioterapia 284IRIS LENGRUBER Avaliação nutricional por cálculos de fórmula de bolso Observa-se, no caso de câncer de mama, que a maioria dos pacientes são obesos Oferta calórica, hídrica e proteica com as mesmas recomendações anteriores 285 SOJA X HORMONIOTERAPIA IRIS LENGRUBER Alimento funcional 286IRIS LENGRUBER Ações: Inibe o desenvolvimento da aterosclerose; Controla crescimento e regulação celular; Inibe angiogênese tumoral; Efeito antioxidante; Atenua perda de massa óssea; Alternativa ao tratamento de reposição hormonal tradicional para alívio dos sintomas da menopausa. 287IRIS LENGRUBER Estudo transversal em mulheres americanas, de origem asiática com câncer de mama em uso de tamoxifeno para investigar a associação entre o consumo de soja e os níveis séricos de tamoxifeno e seus metábolitos (N-DMT, 4-OHT, e endoxifen); Tamoxifeno - modulador seletivo do receptor de estrogênio. Na mama, atua como um antagonista (bloqueiam os receptores) do receptor; Alguns estudos experimentais observaram que o efeito inibitório do tamoxifeno era diminuído pelo consumo de soja. Apesar de outros estudos observarem benefícios sobre o seuefeito; Em mulheres brancas os níveis de tamoxifeno são influenciados pela idade, composição corporal, estado menopausal, e alguns medicamentos. 288IRIS LENGRUBER Mais estudos são necessários para estabelecer os efeitos da soja antes e depois do câncer de mama e em relação ao Tamoxifeno (agente antiestrogênico); Especula-se que o efeito protetor da soja seja mediado por fator hormonal. O alto consumo interfiriria com o nível de estrogênioe globulinas transportadoras de hormônio sexual circulante e com a densidade mamográfica. 3 estudos de intervenção, com duração entre 1 e 2 anos, não acharam nenhum efeito do consumo de soja e seus produtos e suplementos de isoflavonas sobre a densidade mamográfica. TCTH – transplante de células tronco hematopoiéticas 289IRIS LENGRUBER Transplante de medula óssea 290IRIS LENGRUBER • Autólogo: do próprio paciente para ele mesmo. • Alogênico: células de outra pessoa compatível imunologicamente. TERAPIA NUTRICIONAL - TCTH 291IRIS LENGRUBER DESDE O PRÉ TRANSPLANTE • DESNUTRIÇÃO OU RISCO DE DESNUTRIÇÃO MANTER OU RECUPERAR • ESTADO NUTRICIONAL DURANTE TODO O TRATAMENTO INFECÇÃO ALIMENTAR • SEGUNDO MAIOR RISCO ESPECIFICIDADES - TCTH 292IRIS LENGRUBER BAIXA IMUNIDADE QUIMIO RÁDIO DECH NEUTROPENIA DIETA PARA NEUTROPENIA BAIXA EM MICRO- ORGANISMOS Doença do enxerto contra hospedeiro PANCITOPENIA SEVERA – LEUCÓCITOS INFERIORES A 100mm3 E PLAQUETAS INFERIORES A 20.000mm3 USO DE GLUTAMINA ? 293IRIS LENGRUBER Estudos - Glutamina via oral com início precoce • Para tratamento profilático de mucosite e melhora do balanço nitrogenado e resposta imune ESPEN 2016 • Críticas aos métodos utilizados nos estudos – não recomenda!!! USO DE PROBIÓTICO? 294IRIS LENGRUBER EXTENSAMENTE UTILIZADO • Em diversos tratamentos, já que melhora resposta imune de forma geral Não é consenso a sua utilização de forma segura • Estudos controversos – uns com bons resultados e outros com desfechos fatais de infecção por Lactobacillus rhamnosus USO DE ÔMEGA 3 295IRIS LENGRUBER EXTENSAMENTE UTILIZADO • Em diversos tratamentos, já que melhora resposta imune de forma geral, melhora no apetite, diminuição resposta inflamatória ESPEN 2016 • Estudos controversos – de todo modo, é consenso a utilização de ômega 3 em pacientes pós transplantados de forma segura USO DE VITAMINA D 296IRIS LENGRUBER ESTUDOS SUGEREM • Níveis adequados de vitamina D melhora resposta imune DOSAGEM • Manter os níveis acima de 30 ng/mL ORIENTAÇÃO DE ALTA 297IRIS LENGRUBER OBJETIVO • Iniciar reeducação alimentar • Orientar quanto aos cuidados específicos Até 90 dias após transplante • Dieta de cozidos e fervidos? RECOMENDAÇÕES GERAIS PÓS TCTH Checar data de fabricação e validade dos produtos; Observar odor, presença de insetos e corpos estranhos em embalagens danificadas; Selecionar vegetais e frutas mais frescos e sem injúrias; Evitar salgadinhos e sobremesas não refrigeradas; Evitar estocar alimentos por longo tempo; Evitar restaurantes do tipo “self-service” 298IRIS LENGRUBER RECOMENDAÇÕES ALIMENTARES PÓS TCTH 299IRIS LENGRUBER ÁGUA: mineral ou fervida BEBIDAS DIVERSAS 300IRIS LENGRUBER • Somente em porção individual. Se for tamanho “família”, consumir rápido e reservado para o paciente; • Suco natural, somente feito na hora, higienizando previamente as frutas. FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES 301IRIS LENGRUBER • Higienização com hipoclorito de sódio, preferência sem cascas, cozidos... • Não comprar fracionados LEITE, QUEIJOS E SORVETES 302IRIS LENGRUBER • Preferir embalagem tetrapack. Outros tipos, como de saquinho, consumir apenas após fervura; • Queijos pasteurizados, assados em casa. Pode utilizar micro-ondas para assar; • Preferir picolés pasteurizados e sorvetes de procedência confiável. Preferência individual ou separado para o paciente; DOCES CASEIROS E SOBREMESAS 303IRIS LENGRUBER • Apenas se preparados em ambiente familiar, de acordo com as técnicas de higienização especificadas; • Preferir industrializados como flans em porções individualizadas; • Evitar sobremesas de confeitarias e padarias. CARNES 304IRIS LENGRUBER • Todos os tipos são permitidos, desde que bem cozidas. • Recomenda-se evitar excesso de embutidos OVOS 305IRIS LENGRUBER • Cozinhar os ovos até a clara estar completamente firme e a gema espessa; • Alimentos com ovos, cremes ou com maionese não devem permanecer fora da geladeira por mais de uma hora; • Nunca consumir gema mole, maionese caseira e mousses caseiras PÃES 306IRIS LENGRUBER • Podem ser consumidos todos os tipos de pães; • Dar preferência aos embalados REFERÊNCIAS 307IRIS LENGRUBER • ABC do Câncer – INCA – online • Barrére, Ana Paula Noronha et al. Guia Nutricional de Oncologia - Atheneu, 2017 • BRASIL. Ministério d a Saúde. Departamento de Informática do SUS • Dal Bosco, S.M. , Genro, J.P. Nutrigenética e |Implicações na Saúde Humana. Ed Atheneu, 2014. • Estimativa 2019: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017. 118p. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/estimativa/2019 • Garófolo, A. Nutrição clínica, funcional e preventiva aplicada à oncologia. 2012. Ed Rubio. • Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018. • Waitzberg, Dan Linetzky, et al. Manual de terapia nutricional em oncologia do ICESP. 2011. CONHEÇA NOSSA PÓS GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA 308
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