Buscar

Slides Oncologia (parte 1)

Prévia do material em texto

N U T R I C I O N I S TA
E S P E C I A L I S TA E M N U T R I Ç Ã O O N C O LÓ G I C A
P Ó S G R A D U A D A E M V I G I L Â N C I A S A N I TÁ R I A
M E S T R E E M A L I M E N TO S E N U T R I Ç Ã O – U N I R I O
AT E N D I M E N TO E M N U T R I Ç Ã O C L Í N I C A
C O O R D E N A D O R A D A P Ó S G R A D U A Ç Ã O E M 
N U T R I Ç Ã O O N C O LÓ G I C A - N U T M E D
Link para o lattes: http://lattes.cnpq.br/1968600166639216
Iris Lengruber
1
2IRIS LENGRUBER
NUTRIÇÃO EM ONCOLOGIA
Cânce
r
3IRIS LENGRUBER
Um conjunto de 
mais de 100 
doenças.
CÂNCER
Mas com alguns pontos em 
comum...
4
• Crescimento desordenado de células;
• Perda do controle da divisão celular;
• Tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos
(metástases).
A OMS estimou, para 2030, 27 milhões de novos casos de
câncer e 75 milhões de pessoas vivendo com a doença.
IRIS LENGRUBER
5IRIS LENGRUBER
CÂNCER É UMA DESORDEM 
CLONAL !!
A Maioria dos tumores se origina de uma única 
célula que sofreu uma ruptura nos seus mecanismos 
de controle de proliferação e autodestruição.
Todo câncer é uma neoplasia e um tumor, mas a 
recíproca não é verdadeira!
Tumor
Geral
Neoplasia:
proliferação 
celular 
descontrolada
Pode ser benigna
Neoplasia
maligna
Câncer
IRIS LENGRUBER 6
IRIS LENGRUBER
A mudança de um tecido completamente normal para um tumor
maligno metastatizante ocorre através de uma série de passos
através de um período de tempo.
 Mutações
 Delecões
 Alterações Genéticas em 
genes reguladores de tumor
Espontaneamente (erros aleatórios)
Exposição a agentes diversos
Mutagênicos químicos
Radiação Ionizante
Luz ultra-violeta
Vírus
7
O que causa o câncer?
•Causas Externas – meio ambiente, hábitos ou costumes.
•Causas Internas – geneticamente pré-determinadas, ligadas 
à capacidade do organismo se defender das agressões externas.
Obs.: 80 a 90% dos casos de câncer estão associados a 
fatores ambientais.
*Ambiente: ambiente ocupacional; ambiente de consumo; 
ambiente social e cultural.
IRIS LENGRUBER 8
IRIS LENGRUBER
B. Kashani, M.H. Bidgoli, S.A. Motahari, N. Sedaghat, M.H. Modarressi, You
are what you eat: Sequence analysis reveals how plant microRNAs may regulate the human genome,
Computers in Biology and Medicine (2019), doi: https://doi.org/10.1016/j.compbiomed.2019.01.020
9
O QUE SÃO FATORES DE RISCO?
Qualquer situação que aumente a probabilidade de ocorrência
de uma doença ou agravo à saúde, a exemplo dos múltiplos
fatores causais do câncer. O termo risco, além do sentido de
possibilidade ou chance (oportunidade), tem o sentido de
perigo.
10IRIS LENGRUBER
11
QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO 
PARA O DESENVOLVIMENTO DO 
CÂNCER?
Fatores Intrínsecos : mutações espontâneas inevitáveis que
surgem como resultado de erros aleatórios em Replicação do
DNA relacionada como uma característica de ser humano.
Fatores Extrínsecos: idade, sexo, fatores ambientais, físico,
químico, biológico, questões socioculturais, estilo e hábitos de
vida e alimentares.
IRIS LENGRUBER
• NATURE COMMUNICATIONS| (2018) 9:3490 | DOI: 10.1038/s41467-018-05467-z
12IRIS LENGRUBER
NÃO MODIFICÁVEIS
13IRIS LENGRUBER
Envelhecimento 
Etnia ou raça
Hereditariedade 
Sexo 
MODIFICÁVEIS – ALVOS DE 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
14IRIS LENGRUBER
Tabagismo 
Alimentação 
Infecções 
Radiações
Sedentarismo e obesidade
Alcoolismo 
Poluentes ambientais e alimentos contaminados
15IRIS LENGRUBER
Para cada tipo de 
câncer
Fator de 
risco 
específico
16IRIS LENGRUBER
https://www.iarc.fr/
Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018.
Maior agência intergovernamental na área de condução e
coordenação de pesquisas sobre as causas do câncer;
Responsável por coletar e publicar dados de vigilância sobre a
ocorrência de câncer em todo o mundo;
A agência possui uma série de monografias sobre os riscos
carcinogênicos para os seres humanos
17IRIS LENGRUBER
https://monographs.iarc.fr/agents-classified-by-the-iarc/ (último update 08/07/2019)
Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018.
Agente 
Classe1
Cancerígeno para os seres humanos: há evidências suficientes para concluir
que isso pode causar câncer em humanos.
120Agentes
Agente 
Classe2A
Provavelmente cancerígeno para os seres humanos: há uma forte evidência
de que pode causar câncer em seres humanos, mas, no momento, não é
conclusivo.
82 agentes
Agente 
Classe2B
Possivelmente cancerígeno para os seres humanos: há algumas evidências de
que ele pode causar câncer nos seres humanos, mas no momento está longe
de ser conclusivo.
311 agentes
Agente 
Classe3
Não classificável quanto à carcinogenicidade em seres humanos: atualmente
não há evidências de que isso cause câncer em humanos.
500 agentes
Agente 
Classe4
Provavelmente não é cancerígeno para os seres humanos: há uma forte 
evidência de que não causa câncer nos seres humanos.
18IRIS LENGRUBER
https://www.inca.gov.br/
Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018.
 Órgão brasileiro do Ministério da Saúde (MS), sediado no Rio de
Janeiro, responsável por promover ações integradas para a
prevenção e controle do câncer no Brasil;
 Desenvolve projetos, estudos, pesquisas e experiências eficazes de
gestão com Instituições governamentais e não governamentais,
além de manter acordos internacionais de cooperação em várias
frentes, formando redes de conhecimento técnico e científico e
buscando reduzir o impacto regional e global da doença.
19IRIS LENGRUBER
Ações, campanhas e programas em âmbito nacional, em
atendimento à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer
do Ministério da Saúde, como:
 Programa Nacional de Controle do Tabagismo;
 Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro para
o Controle do Tabaco – Conicq;
 Controle do Câncer de Mama e Colo de Útero;
 Projeto Expande - Expansão da Assistência Oncológica;
 Programa de Transplante deMedula Óssea (TMO);
 Banco Nacional de Tumores e DNA;
 Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco;
 Rede Nacional de Câncer Familial;
 Programas de Qualidade em RadiaçõesIonizantes.
https://www.inca.gov.br/
20
AGROTÓXICOS
“Produtos e componentes de processos físicos, químicos
ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção,
no armazenamento e beneficiamento de produtos
agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas
ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes
urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a
composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da
ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem
como as substâncias e produtos empregados como
desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de
crescimento".
IRIS LENGRUBER
Decreto-lei nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002
21IRIS LENGRUBER
https://portal.fiocruz.br/
22IRIS LENGRUBER
23IRIS LENGRUBER
Estresse 
oxidativo
Disfunção 
mitocondrial
Disruptores
endócrinos
Como tirar o agrotóxico dos 
alimentos?
24IRIS LENGRUBER
• IODO
• BICARBONATO DE SÓDIO
• LUGOL
25IRIS LENGRUBER
Agrotóxicos classificados 
como carcinogênicos
• Glifosato (2A)
• Malathion(2A)
• Diazinon (2A)
• Tethraclorvinphos (2B)
• Parathion (2B)
Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018.
IRIS LENGRUBER
XENOBIÓTICOS
Science. 2017 Jun 23;356(6344).
26
IRIS LENGRUBER
Substâncias não nutritivas 
Produzem desiquilíbrio fisiológico nocivo
Sinais clínicos e laboratoriais, ou não
Capacidade de causar danos - TOXICIDADE
https://www.inca.gov.br/exposicao-no-trabalho-e-no-ambiente/toxicologia-e-cancer
27
IRIS LENGRUBER
VARIAÇÃO DA TOXICIDADE
Intensidade da exposição
•Concentração do agente
•Condições ambientais(temperatura, umidade, ventilação)
•Tempo e frequência da exposição
28
IRIS LENGRUBER
DETOXIFICAÇÃO
Altern Ther Health Med. 2015 May-Jun;21(3):54-62.
• O processo de desintoxicação (detoxificação ou
destoxificação) envolve a mobilização,
biotransformação e eliminação de tóxicos de
substâncias exógenas e endógenas;
29
IRIS LENGRUBER
Altern Ther Health Med. 2015 May-Jun;21(3):54-62.
• Diversas fases -envolve fígado, rins e
intestino;
• Digerimos alimentos, medicamentos,
inalamos substancias – geralmente
lipossolúveis – precisamos transformar
em hidrossolúveis para ser eliminada;
• Digestão tem papel importante;
• Toxinas podem ser acumuladas em
tecidos adiposos – mais obeso, mais
exposição, mais carga tóxica;
• Nosso corpo tem capacidade de
detoxificar. O perigo é isso não
acontecer – toxinas se tornam agentes
mutagênicos
30
IRIS LENGRUBER 31
IRIS LENGRUBER 32
IRIS LENGRUBER
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Presente nas diferentes etapas da carcinogênese
Nas etapas iniciais pode até combater células transformadas – mas 
crônica é citotóxico – fator de progressão
Na fase de progressão, observa-se um misto de respostas 
citotóxicas e supressoras no mesmo tumor
A proteína denominada "NF-kappa B" ou NF-kB, característica da 
inflamação é frequentemente encontrada nos tumores.
33
IRIS LENGRUBER
AFINAL, QUEM É NF-Kb?
DEL PRETE.;ALLAVENA,P;SANTORO,G et al. Molecular pathways in cancer-related inflammation. Biochem Med;21(3):264- 275,2011
• NF-κB (factor nuclear kappa B) é um complexo proteico que
desempenha funções como fator de transcrição.
• NF-κB pode ser encontrada em quase todos os tipos de células
animais e está envolvida na resposta celular a estímulos como o
estresse, citocinas, radicais livres, radiação ultravioleta, oxidação de
LDL e antígenos virais e bacterianos.
• NF-κB desempenha um papel fundamental na regulação da resposta
imunitária à infecção.
• A regulação incorreta de NF-κB tem sido ligada ao câncer, a doenças
inflamatórias e autoimunes, choque séptico, infecção viral e também
a desenvolvimento imunitário impróprio.
34
IRIS LENGRUBER
DEL PRETE.;ALLAVENA,P;SANTORO,G et al. Molecular pathways in cancer-related 
inflammation. Biochem Med;21(3):264- 275,2011
35
IRIS LENGRUBER
ESTRESSE OXIDADATIVO
• Int. J. Mol. Sci. 2017, 18, 1544; doi:10.3390/ijms18071544
Geração de compostos 
antioxidantes 
Atuação dos 
sistemas de defesa 
antioxidane
36
IRIS LENGRUBER
• Int. J. Mol. Sci. 2017, 18, 1544; doi:10.3390/ijms18071544
37
IRIS LENGRUBER
• Int. J. Mol. Sci. 2017, 18, 1544; doi:10.3390/ijms18071544
38
IRIS LENGRUBER 39
IRIS LENGRUBER
Int J Mol Sci. 2018 Feb6;19(2)
Síntese de Telomerase e Câncer
Telômeros são filamentos de proteínas que
se encontram nas extremidades do DNA, e
tem como principais funções:
• Impedir o desgaste do material
genético;
• Manter a estabilidade estrutural;
• Proteger a integridade dos
cromossomos.
40
IRIS LENGRUBER
Int J Mol Sci. 2018 Feb6;19(2)
Sempre que a 
célula entra em 
divisão celular
Os telômeros são 
encurtados
Célula envelhece. 
Eles não têm 
capacidade de 
regenerar
Ocorre 
esgotamento
Replicação dos 
cromossomos não 
acontece mais
Célula perde 
completamente a 
capacidade de se 
dividir.
41
IRIS LENGRUBER
Int J Mol Sci. 2018 Feb6;19(2)
Perda 
progressiva dos 
telômeros
Senilidade
Ação 
telomerase
Contínua 
multiplicação
Malignidade
42
IRIS LENGRUBER
• Cancer Discov. 2016 Jun;6(6):584-93.
Aumento da expressão telomerase -
células terão característica de
sobrevivência maligna – células novas,
capazes de entrar no processo de
mitose e aumentando o crescimento
tumoral
43
IRIS LENGRUBER
CICLO CIRCADIANO
Latim – circa = ciclo + diem = dia
Termo que se refere a aproximadamente 24 horas
Período em que se baseia o ciclo biológico de quase 
todo ser vivo
Sofre influência da maré, temperatura e variações de luz
44
IRIS LENGRUBER 45
IRIS LENGRUBER
Influência da luz = vida moderna, influência da luz artificial
46
IRIS LENGRUBER
Trends Cell Biol. 2018 May;28(5):368-379.
47
IRIS LENGRUBER
CICLO CIRCADIANO E 
ALTERAÇÕES EPIGENÉTICAS
Chin J Cancer. 2015; 34: 38
Televisão, 
celular
Trabalhadores de 
turno
48
IRIS LENGRUBER
CRONOTIPO
Adv Nutr 2019;10:30–42 / Neuropsychopharmacology. 2019 Aug10.
Determinado por variações genéticas?
Diferente da 
obrigação de 
acordar cedo 
e dormir 
tarde!
49
IRIS LENGRUBER
Polimorfismos genéticos x vida moderna
Estímulo 
retina
Impacto ciclo 
circadiano
Polimorfismos 
genéticos
50
IRIS LENGRUBER
Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2019 Jul;28(7):1177-1186
TRABALHO DE TURNO – AGENTE 
CARCINOGÊNICO ISOLADO!
Trabalho por turnos
Perturbações 
circadianas
Classificado como 
provável 
carcinogênico 
humano
Agência Internacional de Pesquisa 
sobre o Câncer (IARC) 
Alteração no padrão da atividade do sono = 
supressão na produção da melatonina = 
desregulação dos genes envolvidos no 
aparecimento de câncer.
51
IRIS LENGRUBER
MICROBIOTA E CICLO CIRCADIANO
Microorganisms. 2019 Jan 31;7(2)
52
IRIS LENGRUBER
Microorganisms. 2019 Jan 31;7(2)
53
IRIS LENGRUBER
J Cell Physiol. 2019 Jul 4. / Front Pharmacol. 2018 Oct 16;9:1086
Ações Anticâncer da Melatonina
*Idosos têm a produção natural de melatonina reduzida
54
IRIS LENGRUBER
Molecules. 2018 Feb 26;23(3).
Melatonina modula os “Hallmarks” do Câncer
55
IRIS LENGRUBER
Int J Mol Sci. 2019 Apr18;20(8).
CRONOBIOLOGIA E CRONONUTRIÇÃO
Células liberam 
diferentes hormônios e 
neurotransmissores em 
relação aos diferentes 
horários do dia
Descobriu-se o centro 
regulador de tudo isso –
Núcleo supraquiasmático
Importância da 
regulação do ciclo 
circadiano 
Estudos ainda em 
ascensão sobre horários 
de refeições e grupos 
alimentares relacionados 
ao ciclo circadiano
56
IRIS LENGRUBER 57
IRIS LENGRUBER
Café da manhã entre 6h e 8h
•PROTEÍNA (ovos, por exemplo. Ou 
pasta de grão de bico para veganos)
•Café – deveria ser o único horário
•Abacate – gorduras importantes
CAFÉ DA MANHÃ DE REI
Biosci Biotechnol Biochem. 2017 / May;81(5):863-870 / Adv Exp Med Biol. 2017;960:19-52 / Mol 
Metab. 2016 Jan 14;5(3):133-152 / Proc Nutr Soc. 2016 Nov;75(4):440-450 / Mol Cell Endocrinol. 
2015 Dec 15;418
58
IRIS LENGRUBER
NOZES E OLEAGINOSAS EM GERAL
• SACIEDADE E NUTRIENTES IMPORTANTES 
COLAÇÃO – LANCHINHO DAS 10h
59
IRIS LENGRUBER
PROTEÍNA, CARBOIDRATO, 
GORDURA E FITOQUÍMICOS
• Prato colorido, completo, com 
ingredientes da nossa cultura
ALMOÇO 12h
60
IRIS LENGRUBER
PEQUENO LANCHE
• PREFERÊNCIA ÀS FRUTAS E FIBRAS –
SACIEDADE, FITOQUÍMICOS,
DE TARDE – ENTRE 16h E 18h
61
IRIS LENGRUBER
JANTAR LEVE
• SOPAS, CALDOS, SALADA COM POUCA 
PROTEÍNA...
DE NOITE – ENTRE 18h E 20h
62
IRIS LENGRUBER
HORÁRIO IDEAL É ENTRE 20h E 08h
• RESPEITANDO O CICLO CIRCADIANO
JEJUM – O QUE OS ESTUDOS 
MOSTRAM
63
IRIS LENGRUBER
Curr Nutr Rep. 2014 Apr27;3:204-212.
Nutrientes, Ciclo Circadiano &
Crononutricão
• Comer muito de
noite – impacto na
resistência
insulínica;
• Cafeína apenas de
manhã assim como
dietas ricas em
gordura;
• Pular café da
manhã – compulsão
noturna
64
IRIS LENGRUBER
Café da manhã
• Fruta
• Pão Integral ou artesanal (com azeite de oliva)
• Ovo cozido ou queijo ou patê de sardinha
• Café
Exemplo de Cardápio – baseado 
em dieta do mediterâneo
65
IRIS LENGRUBER
Lanche da manhã
• Fruta com aveia, sementes de abóbora, nibs de cacau...
• Chás
66
IRIS LENGRUBER
Almoço 
• Salada verde, tomates , cebolas , pimentão, nozes, azeitona e 
abacate;
• Salada Cozida ( abobrinha, berinjela, abóbora...);
• Temperar tudo com azeite de oliva;
• Proteína – peixes, frutos do mar, e em menor quantidade, 
carne vermelha;
• Sobremesa – abacaxi 
67
IRIS LENGRUBER
Lanche da tarde
• Iogurte com frutas e sementes oleaginosas
68
IRIS LENGRUBER
Ceia 
• Dependendo do hábito
• Opcional
• Alimento leve que acolha
69
IRIS LENGRUBER
SEMPRE AVALIAR INTESTINO!
70
IRIS LENGRUBER71
IRIS LENGRUBER 72
IRIS LENGRUBER
O ciclo circadiano controla o ciclo celular
Polimorfismos nos genes do ciclo podem impactar 
no descontrole do ciclo celular
Mudanças no estilo de vida = respeitar ciclo circadiano
73
IRIS LENGRUBER
GENÔMICA
Estudo das funções e interações de
todos os genes do genoma,
incluindo suas interações com os
fatores ambientais.
74
IRIS LENGRUBER 75
IRIS LENGRUBER
Int. J. Mol. Sci. 2018, 19,970
É dividida em três subáreas: Nutrigenômica,
Nutrigenética e Epigenômica Nutricional.
Nossos genes 
podem ser 
“ligados” ou 
“desligados”
Presença de 
nutrientes e 
compostos 
fornecidos por 
alimentos 
Alimentos ou padrões dietéticos 
podem influenciar controle de 
função de diferentes genes
Sinais específicos
GENÔMICA NUTRICIONAL
76
IRIS LENGRUBER 77
IRIS LENGRUBER
Epigenômica Nutricional é voltada, entre outras coisas, 
ao estudo de um processo chamado metilação do DNA. 
Responsável por deixar nossos genes inativos (silenciados) 
ou ativos – expressão gênica
Adição de grupo metil – toda vez que ocorre, o gene é 
mantido inativo
Intimamente ligado ao processo de acetilação das histonas
78
IRIS LENGRUBER
Histonas são proteínas enroladas na cromatina – protegem 
nosso DNA
Modificações na histona modulam a estrutura da 
cromatina – controle de expressão gênica
• Genes ativosDNA desmetilado
e histonas 
acetiladas
• Genes inativos ou 
silenciados
DNA metilado e 
histonas 
desacetiladas
79
IRIS LENGRUBER
Danos noDNA
Carcinógenosquímicos
Metabolismo
Carcinógenosativados
RadiaçãoOxidação
Mutagênese
Reparação 
doDNA
Resposta 
regulatória
Int. J. Mol. Sci. 2018, 19,970
Danos no DNA
80
81IRIS LENGRUBER
CÂNCER NO BRASIL 
E NO MUNDO
82IRIS LENGRUBER
83IRIS LENGRUBER
POR QUE VEM AUMENTANDO 
O NÚMERO DE CASOS?
Maior exposição a agentes cancerígenos  industrialização,
alimentação, agrotóxicos, fatores ambientais (agentes químicos,
físicos e biológicos)
Prolongamento da expectativa de vida (envelhecimento pop.);
Aprimoramento dos métodos para diagnosticar o câncer.
Melhoria da qualidade e do registro da informação.
84
COPYRIGHT © 2018 - NUTRIRISCURSOS POR IRIS LENGRUBER
IRIS LENGRUBER
“Somente cerca de 5% dos cânceres são exclusivamente 
devido a “genes maus”, enquanto 95% ocorrem
devido a interação entre os genes e o ambiente, dieta 
e estilos de vida variáveis”
World Cancer Research Foun/American Institute For Cancer Research. Diet, Nutrition, Physical Activity and 
Cancer: a Global Perspective. Continuous Update Project Expert Report 2018.
Disponível em : https://www.wcrf.org/dietandcancer
85
5%
hereditárias
• Familiares.
10%
aleatórios
• Mutações 
espontâneas.
10%
constitucionais
• Deficiências 
imunológicas 
crônicas.
75%causas
adquiridas
• Físicos 
(radiação e 
traumas 
recorrentes);
• Químicos 
(tabaco, 
álcool, ...);
• Infecciosos 
(vírus e 
bactérias).
IRIS LENGRUBER 86
IRIS LENGRUBER 87
http://cienciadocancer.com/
Radiações solares,
vírus e bactérias
podem ter relações
com o aparecimento
de câncer durante a
evolução dos nossos
ancestrais
...que ao se somarem
com fumo, álcool,
poluição, drogas
tóxicas, estresse,
depressão e gorduras
aumentaram as
causas do câncer
88
Science. 2016 Jul8;353(6295):126-7.
Curr Opin Genet Dev. 2015 Dec;35:9-15.
• Nossos Genes (+- 25.000) reagem com o meio ambiente
• Cada ser humano possui umfenótipo
• Diferentes resultados para as mesmas exposições ambientais
• Genômica Nutricional : - Nutrigenômica
- Nutrigenética
- Epigenômica Nutricional
Projeto Microbioma humano
89
Microbioma Humano
• Os microrganismos que vivem dentro e
no corpo humano contêm um incrível
número de 4,4 milhões de genes.
• Microbiota : Conjunto de
microorganismos
• Superorganismo : Indivíduo e seu
microbioma
• Microbioma : Genoma coletivo do super
organismo
Nature. 2017 Oct 5;550(7674):61-66. doi: 10.1038/nature23889. Epub 2017 Sep 20.
90
Nossa microbiota possui cerca de 4
milhões de Genes que podem se
expressar geneticamente e
desencadear respostas positivas ou
negativas, e assim prevenindo ou
aumentando o risco para doenças
como o Câncer.
91
• Maturitas 116 (2018) 43–53
• Trends Microbiol. 2018 Jan;26(1):16-32. doi: 10.1016/j.tim.2017.07.008. 
Vários tipos de Câncer Hormônio-
dependente começam no Intestino!
92
World Cancer Research Foun/American Institute For Cancer Research. Diet, Nutrition, Physical Activity and 
Cancer: a Global Perspective. Continuous Update Project Expert Report 2018.
93
Osiris. 2016;31:67-115.
94
Antes morríamos de 
causas externas e 
doenças infecciosas = 
higiene + vacinas + 
antibióticos => aumento 
da longevidade.
Idosos: acúmulo de 
mutações.
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322.
CÂNCER
LONGEVIDADE
MUTAÇÕES
95
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322.
Neoplasia
Acúmulo de alterações genéticas
Multiplicação celular.
Alterações primárias
Se não for corrigida, passará para as células filhas.
Estímulo carcinogênico inicial
Temos várias mutações ao longo do dia...
96
IRIS LENGRUBER
Nutrição pode influenciar
a regulação do ciclo 
quecelular 
garante
normal,
DNA correto
replicação. 
• G0 representa fase de 
repouso, 
• G1 o crescimento e 
preparação dos 
cromossomas para 
replicação, 
• fase S a síntese de DNA, 
• G2 a preparação da célula 
para a divisão, 
• e M representa mitose.
WORD CANCER RESEARCH FUND (WCRF) AMERICAN INSTITUTE CANCER REASEARCH (AIRC).
Third expert report:food, nutrition, physical activity, and the prevention of cancer : a global 
perspective. London: Word Cancer Research Fund,2018
Ciclo Celular
97
IRIS LENGRUBER
JUNQUEIRA, L.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012
• Nas células que se dividem
ativamente, a interfase é
seguida da mitose,
culminando na citocinese.
• Sabe-se que a passagem
de uma fase para outra é
controlada por fatores de
regulação - de modo geral
proteicos – que atuam nos
chamados pontos de
checagem do ciclo
celular.
• Dentre essas proteínas, se
destacam as ciclinas, que
controlam a passagem da
fase G1 para a fase S e da
G2 para a mitose.
98
IRIS LENGRUBER
EMBOJ. 2019 Aug8:e101801.
Nat Rev Cancer. 2019 Jun;19(6):326-338
• CDK’s (Cyclin-dependent Kinases)
• Ciclinas
• CKI’s
• Proteína p53 e gene supressor de 
tumor – TP53
• Gene p21 (parada do ciclo celular
– G1)
• Gene bax (apoptose)
• Proto-oncogenes (fatores de
crescimento, receptores,
transdutores de sinal e fatores
de transcrição)
• Oncogenes (proto-oncogenes
ativados)
99
IRIS LENGRUBER
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3):335-343
• Se em algumas dessas fases houver alguma anomalia, por exemplo,
algum dano no DNA, o ciclo é interrompido até que o defeito seja
reparado e o ciclo celular possa continuar.
• Caso contrário, a célula é conduzida à apoptose (morte celular
programada).
• Outro ponto de checagem é o da mitose, promovendo a distribuição
correta dos cromossomos pelas células-filhas.
• Os pontos de checagem correspondem, assim, a mecanismos que
impedem a formação de células anômalas.
100
IRIS LENGRUBER
 Também conhecida como “Morte celular
Programada”
 É um processo fisiológico comum no
desenvolvimento embrionário; para
remodelar tecidos ou remover células
desnecessárias, danificadas,envelhecidas
ou potencialmente perigosas (células
tumorais, fagocitadas), etc;
APOPTOSE
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3):335-343
101
IRIS LENGRUBER
Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 2018.
102
http://cienciadocancer.com/
IRIS LENGRUBER
O equilíbrio na atuação desses dois grupos
de genes resulta no perfeito funcionamento
do ciclo celular.
103
http://cienciadocancer.com/
IRIS LENGRUBER 104
Protoncogene
• Gene que codifica proteínas que 
estimulam proliferação e
diferenciaçãoem célulasnormais.
Mutação: 
Oncogene
• Hiperativação –> a 
divisão celular se
torna contínua.
• Bloqueio da
proliferação
celular.
• Apoptose.
Gene 
supressor 
detumor
Não 
reconhece 
alteração 
no DNA.
Mutação
Processode
carcinogênese
IRIS LENGRUBER 105
IRIS LENGRUBER
Mutações Genéticas
Brief Bioinform. 2017 May1;18(3):413-425
• Mutações são mudanças na sequência dos nucleotídeos do
material genético de um organismo.
• Podem ser causadas por erros de cópia do material durante a
divisão celular, por exposição a radiação ultravioleta ou ionizante,
agentes mutagênicos químicos, ou vírus.
• Em Câncer : mutações somáticas que escapam do processo de
reparação de DNAou deApoptose
106
Sistema imunológico
Sistema de estruturas e processos biológicos que 
protege o organismo contra doenças.
IRIS LENGRUBER 107
IRIS LENGRUBER
David Servan-Schreiber – www.anticancer.fr
108
Macrófagos“extrai
informações” dacélula 
tumoral.
Linfócito imaturo que se 
especializa em combater células 
tumorais.
Se “transformará” em linfócitoT.
IRIS LENGRUBER 109
Linfócito Tcitotóxico
atacando células tumorais
Célula tumoral morta pelo
linfócito T.
IRIS LENGRUBER 110
Resistência das células tumorais
• Molécula PD1 ativa 
a apoptose de 
linfócito T, quando 
“mais velhos”.
• As células tumorais
se especializam em
ativar PD1.
Formação do tumor primário.
Carcinógenos aceleram esse processo.
IRIS LENGRUBER 111
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322. IRIS LENGRUBER 112
113
TIPOS DE TUMOR
IRIS LENGRUBER
Não invasivo ou in situ:
- 1º estágio em que o câncer pode ser classificado.
- Células cancerosas estão somente na camada de tecido na 
qual se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras 
camadas do órgão de origem.
- Maioria curável se for tratada antes de progredir para a fase
invasiva.
114IRIS LENGRUBER
Invasivo
- infiltram outras camadas celulares do órgão
- ganham a corrente sanguínea ou linfática e têm
a capacidade de se disseminar para outras partes
do corpo.
 metástases
115IRIS LENGRUBER
116IRIS LENGRUBER
117IRIS LENGRUBER
118IRIS LENGRUBER
Corrente 
sanguínea
Sistema 
linfático
Não há 
continuidade 
física com o 
câncer original.
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322.
119IRIS LENGRUBER
¾ do tempo está “escondido”
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322.
Carcinogênese
Ocorre lentamente (pode levar anos para se
tornar um tumor visível.
Exposição a agentes cancerígenos
(frequência x tempo, interação), genética
Esse processo é composto por três estágios:
Iniciação
Promoção
Progressão
120IRIS LENGRUBER
121IRIS LENGRUBER
Exemplo: benzopireno, um
dos componentes da
fumaça do cigarro e
alguns vírus oncogênicos,
entre outros.
Para que ocorra 
essa transformação, 
é necessário um 
longo e continuado 
contato com o 
agente 
cancerígeno 
promotor.
Nesse estágio o 
câncer já está 
instalado, evoluindo 
até o surgimento das 
primeiras 
manifestações 
clínicas da doença.
122
Evolução do tumor
A evolução do tumor maligno depende:
Da velocidade do crescimento tumoral.
Do órgão onde o tumor está localizado.
De fatores constitucionais de cada pessoa.
De fatores ambientais etc.
Os tumores podem ser detectados em diferentes fases:
Fase pré-neoplásica (antes da doença se desenvolver).
Fase pré-clínica ou microscópica (quando ainda não há sintomas).
Fase clínica (apresentação de sintomas).
IRIS LENGRUBER
123IRIS LENGRUBER
Neoplasiamaligna
_ células pouco diferenciadas _
• Anaplasia -> perde características iniciais e 
ganha outras para sedesenvolver.
– Quanto menos diferenciada: mais agressivo é o câncer.
– Na metástase: procura-se proteínas que sinalizam a 
origem do tecido. -> Às vezes, mesmo com a 
imunoistoquímica não se consegue definir.
124
Estudos genômicos rastreiam sinais 
precoces de câncer
IRIS LENGRUBER
"Nós simplesmente não entendemos o que
está acontecendo muito cedo“.
Nature 551, 18 (02 November2017)
https://www.nature.com/news/genomic-studies-track-early-hints-of-cancer-1.22911?WT.ec_id=NEWSDAILY-20171028
125
IRIS LENGRUBER
NOVAS METAS FARMACOLÓGICAS E ESTRATÉGIAS DE 
TRATAMENTO.
Am J Cancer Res2017;7(5):1016-1036
Biologia 
Celulardo 
Câncer
Vantagem 
proliferativa 
seletiva
Resposta ao 
estresse 
alterada
Vascularização
Invasão e 
metástase
Reorganização
metabólica
Modulação 
imunológica
Um 
microambiente 
decumplicidade
126
1 - Vantagem proliferativa seletiva
IRIS LENGRUBER
• Crescimento
• Proliferação
Tratamento de tumores 
agressivos e 
quimiorresistentes.
Potencial de terapias 
combinadas para superar 
essaquimiorresistência.
127
2 - Respostaao estressealterada
IRIS LENGRUBER
• Sinalização excessiva
• Danos no DNA
• Hipóxia (redução de oxigênio)
• Fome nutricional
• Terapiasantineoplásicas
Desenvolveram ou 
adaptaram várias respostas 
ao estresse para garantir sua 
sobrevivência e propagação.
Investigar a 
interação 
complexa entre 
oncogenes e 
supressores de 
tumor que 
levam à 
senescência.
128
3 - Vascularização
IRIS LENGRUBER
• Os tumores não são imunes aos efeitos da
hipóxia.
• Angiogênese - o surgimento de nova
vascularizaçãoapartir de vasosexistentes.
Acredita-se que a dormência das células cancerosas seja
mediada - no mínimo - pela má vascularização e pressão
contínua imposta pelo sistema imunológico.
Van der Weyden et al. Genome-wide in vivo screen identifies novel host regulatorsof
metastatic colonization. Nature 541, 233–236, 2017.
129
4 - Invasão emetástase
IRIS LENGRUBER
• A elucidação das várias vias de sinalização
envolvidas em cada etapa de invasão e
metástase é essencial para a compreensão
dessesprocessos.
Uma vez que a colônia metastática é estabelecida, é 
mais difícil reduzir efetivamente a doença.
Lambert et al. Emerging biological principles of metastasis. Cell,2017.
130
5 - “Reorganização”Metabólica
IRIS LENGRUBER
• A caracterização dessas atividades metabólicas
“aberrantes” pode fornecer uma visão melhor
sobre a progressão do tumor, bem como,
potencialmente, oferecer novos alvos
terapêuticos.
Investigar como essa reprogramação das vias 
metabólicas ocorre é uma prioridade para os 
pesquisadores.
131
6 - Modulação imunológica
IRIS LENGRUBER
• Muitas células cancerígenas podem escapar da
destruição imunológica ao desativar ativamente
oscomponentes do sistema imunológico.
Esta tecnologia de linha de frente também é agora 
comprovada para o desenvolvimento de novas 
munições, como inibidores de ponto de verificação, 
ativadores de células T, vacinascontra o câncer e vírus 
oncolíticos.
Gordon SRet al. PD-1 expression by tumour- associated macrophagesinhibits phagocytosis and tumour immunity.Nature 545, 495–499, 2017.
132IRIS LENGRUBER
Murray, PJ. Macrophages and cancer development and progression. The FEBS Journal 285 (2018) 641–653 
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/06/1289310-novas-drogas-tentam-turbinar-defesas-do-corpo-contra-o-cancer.shtml
Um avanço conceitual importante
sobre os macrófagos e o câncer
é o elo entre a cura e a
reparação: funções normais dos
macrófagos, que se tornam
coincidentemente aproveitadas
pelo crescimento das células
tumorais.
=> No entanto, em termos de
compreensão básica da imunidade
dos mecanismos no câncer, muitas
lacunas no conhecimento
permanecem.
133
7 - Um microambiente de“cumplicidade”
IRIS LENGRUBER
• Os tumores não crescem isoladamente e há
comunicação contínua entre as células ao
longo de todos osestágios dacarcinogênese.
Lewis and Abdel-Haleem .Genome-scale cancer metabolism. September 2013 | Volume 4 | Article 237 .
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3759783/pdf/fphys-04-00237.pdf 
Cell Metab. 2016 January 12; 23(1): 27–47. 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4715268/pdf/nihms746655.pdf
Na última década, os tumores têm sidocada 
vez mais vistos como “órgãos” complexos.
134
Nossa compreensão das características do câncer mudou 
significativamente na última década, e provavelmente 
progredirá muito nos próximos 10anos.
IRIS LENGRUBER
Papel na elucidação da 
biologia do câncer
Fornecer formas 
mais eficazes e 
relevantes de 
avaliar 
potenciais 
terapias.
135IRIS LENGRUBER
RASTREAMENTO
Pode ajudar o médico a encontrar e tratar vários tiposde 
câncer precocemente, antes que eles causemsintomas.
https://www.cancer.gov/about-cancer/screening
136IRIS LENGRUBER
• Diagnóstico precoce.
• Indicada quando o risco de câncer é maisalto.
• Método empregado:
– Sensível
– Específico
– Barato
– Seguro
– Provoca desconforto aceitável
https://www.vencerocancer.org.br/cancer/diagnostico-2/
137
ExamePapanicolau
IRIS LENGRUBER
• Exame ginecológico: coleta de material para análise de
células.
• Finalidade: prevenção do câncer do colo uterino, deve 
ser iniciado até 3 anos apóso início da vida sexual e 
após os 21 anos em mulheres virgens.
138
Mamografia
IRIS LENGRUBER
• Após os 40 anos:anual.
• Finalidade: diagnóstico precoce de câncer de mama.
Sugere-seo autoexame.
139
Tomografia computadorizada de pulmão
IRIS LENGRUBER
• Mulheres e homens com histórico de 
tabagismo -> a partir dos 55 anos.
• Finalidade: rastreamento de câncer de 
pulmão.
140
Colonoscopia
IRIS LENGRUBER
• Mulheres e homens apartir de 50anos.
• Finalidade: prevenção de câncer de intestino.
• Se encontrados pólipos: repetir depois de 5 a 10 anos.
141
Toqueretal
IRIS LENGRUBER
• Acrescido de determinação do PSA (antígeno prostático 
específico) no sangue.
• Anualmente em homensapartir dos 50 anos.
• Se parente de primeiro grau com histórico: a partir dos 
40anos.
• Finalidade: prevenir o câncer depróstata.
142
Empopulações de riscoelevado
IRIS LENGRUBER
• Ultrassonografia de fígado: portadores de cirrose
hepática.
• Exames dermatológicos: pessoas de pele clara com
muitas pintas no corpo.
143
“Sintomas da doença"
IRIS LENGRUBER
• Tossepor mais de 3 semanas, escarros com sangue e dores torácicas
(câncerdepulmão).
• Rouquidão persistente (câncerde laringe).
• Sensação de empachamento depois das refeições e/ou
eliminação de fezes semelhantes à borra de café (câncer de
estômago).
• Dificuldade e/ou dor para engolir (câncer de esôfago).
144IRIS LENGRUBER
• Diarreia que se alterna com constipação intestinal e/ou presença de 
sangue vivo nas fezes (câncer de cólon ou reto).
• Sangue na urina (câncer de rim, ureter ou bexiga).
• Sangramento vaginal excessivo, principalmente quando na 
menopausa (câncer de útero).
• Lesões de pele que sangram e/ou demoram muito para 
cicatrizar (câncer depele).
145IRIS LENGRUBER
• Pintas que crescem, coçam, mudam de cor ousangram 
(melanoma).
• Convulsões, dor de cabeça persistente, visãodupla, alteração 
da fala e confusão mental (câncercerebral).
• Linfonodos aumentados nas axilas, no pescoço ounas virilhas 
(diversos tipos de câncer).
• Dor em faixa na parte alta do abdômen que seirradia para as 
costas, acompanhada de perda de apetite e emagrecimento 
(câncer de pâncreas).
• Nódulos endurecidos que crescem no tecido subcutâneo de 
qualquer região do corpo(diversos tipos de câncer).
146
Diagnóstico
IRIS LENGRUBER
Biópsia (retirada de 
fragmento da lesão).
Exameanatomopatológico
Exame imunoistoquímico 
Testesmoleculares
Descobrir de onde se originam as células do câncer e fazer testes 
moleculares são fundamentais para definição do tratamento.
147
Extensão do tumor
Método para classificação: estadiamento
Permite ao oncologista propor o tratamento mais
adequado para cada paciente
Significa avaliar o seu grau de disseminação.
IRIS LENGRUBER
148
Estadiamento
IRIS LENGRUBER
 Busca de outros nódulos palpáveis.
 Exames de imagem: verificar acometimento de
outros órgãos.
TNM – varia entre os tipos decâncer:
Estádio I –Tumor pequeno e sem acometimento de
outras áreas.
Estádio II – tumor maior e com acometimento de1
linfonodo.
Estádio III – vários linfonodos acometidos.
Estádio IV –metástase.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. TNM: classificação de 
tumores malignos / traduzido por Ana Lúcia Amaral Eisenberg. 6. ed. - Rio de Janeiro: INCA, 2004. 254p.
149
Sistema TNM de estadiamento
Preconizado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC)
Baseia-se na extensão anatômica da doença:
Características do tumor primário (T)
Características dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão
em que o tumor se localiza (N)
Presença ou ausência de metástases a distância (M)
Graduações: T0 a T4; N0 a N3; e de M0 a M1 - O símbolo "X" é utilizado
quando uma categoria não pode ser devidamente avaliada.
IRIS LENGRUBER
150
TNM
IRIS LENGRUBER
• T = tamanho do tumor
• N = número de linfonodos acometidos
• M = presença demetástase
=> Além de I a IV, também possui subestádios.
http://www.scientificanimations.com/breast-cancer-treatment-varies-stage/
151
Nutrição, dieta ecâncer
IRIS LENGRUBER
152
Dos casos de câncer:
• 4-6% estão associados com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas
• 10-20% estão associados com o excesso de peso eobesidade
IRIS LENGRUBER
44 – 61% dos 
casos de câncer 
estão associados 
com o HÁBITO 
ALIMENTAR
JULY 2016
http://www.wcrf.org/sites/default/files/WCRFI-Matrix-for-all-cancers.pdf
153
154
IR
IS
 L
E
N
G
R
U
B
E
R
20% dos casos de câncer são causados pela
obesidade influenciados pela dieta, variação de peso e a 
distribuição de gordura corporal, juntamente com a falta de 
atividadefísica.
Evidência mais forte para uma associação da 
obesidade com câncer endometrial, 
adenocarcinoma de esôfago, colo-retal, de 
mama na pós-menopausa, próstata e renal
Obesidade está correlacionada com os níveis baixos
de 25 - hidroxi-vitamina D, pode ser 
responsável por 20% do risco de câncer associado ao 
aumento do IMC
155
IR
IS
 L
E
N
G
R
U
B
E
RNovos 
mecanismos 
propostos
inflamação
crônica
estresse 
oxid ativo
hipóxia
induzida 
pela 
obesidade
156IRIS LENGRUBER
Alimentação de risco
Se consumidos regularmente podem favorecer o
câncer: carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese,
leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas,
linguiças, mortadelas...
Alimentos com agentes cancerígenos: nitritos e nitratos
usados para conservar (picles, salsichas e outros
embutidos e enlatados) = nitrosaminas no estômago =
câncer de estômago - Classe 1 – IARC E249, E250, E251 e
E252
Defumados e churrascos impregnados de alcatrão (fumaça
do carvão) = ação carcinogênica conhecida (como cigarro).
Alimentos preservados em sal: carne-de-sol, charque e
peixes salgados = câncer de estômago
157IRIS LENGRUBER
Preparo dos alimentos
Adicionar menos sal na hora de fazer a comida,
aumentando o uso de temperos como azeite, alho, cebola
e salsa.
Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a
temperaturas muito elevadas, podem ser criados
compostos que aumentam o risco de câncer de estômago
e colorretal. Por isso, métodos de cozimento que usam
baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como
vapor, fervura, pochê, ensopado, cozido ou assado.
158IRIS LENGRUBER
• Acrilamida - Agente Classe 2A
• Aminas Heterocíclicas
• Hidrocarbonetos
159IRIS LENGRUBER
COMO EVITAR 
ACRILAMIDA?
• Assar no forno em temperaturas mais 
baixas
• Evitar ou diminuir o consumo
160
HCAs – Aminas Heterocíclicas
IRIS LENGRUBER
Carne de boi, 
ave ou peixe
Assada ou 
cozida em altas 
temperaturas
Proteínas 
reagem com o 
calor
HCAs
Provocam 
mudanças no 
DNA
Indução de 
alguns tipos de 
câncer
161
HPAs – Hidrocarbonetos 
Policíclicos Aromáticos
IRIS LENGRUBER
Queima da madeira 
para produção de 
carvão
Queima de 
combustível
Fumo do tabaco, 
produtos 
defumados
HPAs
Provocam 
mudanças no DNA
Indução de alguns 
tipos de câncerCOMO REDUZIR A EXPOSIÇÃO A 
ESSES COMPOSTOS?
162IRIS LENGRUBER
https://www.aicr.org/press/press-releases/2019/cancer-experts-issue- warning-on-grilling-safety.html
MARINAR AS CARNES – PODE REDUZIR ATÉ 90%
163
ASSAR EM TEMPERATURAS MAIS BAIXAS E 
AUMENTAR A DISTÂNCIA DA FONTE DE CALOR
IRIS LENGRUBER
https://www.aicr.org/press/press-releases/2019/cancer-experts-issue- warning-on-grilling-safety.html
164IRIS LENGRUBER
Alimentação pobre em fibras, com altos teores de
gorduras e calorias  câncer de cólon e de reto
As fibras ajudam a regularizar o funcionamento do
intestino, reduzindo o tempo de contato de
substâncias cancerígenas com a parede do
intestino grosso.
Em relação a cânceres de mama e próstata, a
ingestão de gordura pode alterar os níveis de
hormônio no sangue, aumentando o risco da
doença.
Grãos e cereais, se armazenados em locais
inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser
contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, o
qual produz a aflatoxina  câncer de fígado.
165IRIS LENGRUBER
Aflatoxina
• Uma micotoxina produzida por espécies de fungos
do gênero Aspergillus.
• É um dos principais tipos de micotoxinas, presente
em diversos alimentos, não somente no
amendoim, mas no milho, feijão, arroz e trigo, que
foram armazenados em condições inadequadas,
sendo considerada uma contaminação que
representa risco para a saúde de humanos;
Gastroenterology. 2017 Jul;153(1):249-262.e2.
Agente Classe 1 (carcinogênico para humanos)
166IRIS LENGRUBER
• Existem alguns estudos relacionando a aflatoxina com o
aumento de risco para câncer de fígado.
• Parece que no fígado, esta micotoxina é transformada num
potencial carcinogênico chamado “Aflatoxina B1 Epóxido”
que pode reagir com o DNA e RNA da célula e com o gene
P53 que está relacionado com o processo de apoptose;
TOXINA EM 
ALIMENTOS
DESTROI GENE 
p53
ATUARIA NA 
PREVENÇÃO 
(apoptose)
COMPROMETE 
A IMUNIDADE 
INTERFERE NO 
METABOLISMO
PODE LEVAR AO 
CÂNCER
ADITIVOS ALIMENTARES
167IRIS LENGRUBER
• Substâncias que são adicionadas aos alimentos com a intenção de
manter ou modificar o sabor e outras características sensoriais,
melhorar a aparência assim como aumentar o tempo de prateleira.
Polônio, M.L.T e Peres F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. 
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(8):1653-1666, ago,2009
168IRIS LENGRUBER
Food Chem Toxicol. 2018 Jan;111:578-596
• Dentre os corantes permitidos como aditivo na
indústria de alimentos, o corante caramelo
ocupa lugar de destaque, sendo um dos mais
antigos aditivos utilizados para coloração do
produto final, para se conseguir uma cor que
pode variar da amarelo-palha ao marrom escuro
ou quase negro.
• Existem 4 tipos com importância comercial, têm
aplicações distintas em alimentos e bebidas (I, II,
IIIe IV)
CORANTE CARAMELO = 4-metilimidazol (4MEI) presente no corante 
caramelo de classe III e IV ( Classe 2B- IARC)
169IRIS LENGRUBER
Tratamento térmico dos açúcares na presença do promotor de
caramelização leva à formação de compostos indesejáveis recém-formados.
 Reação de Maillard
Pesquisa sobre a toxicidade de caramelos ajudou a mostrar que a cor de
caramelo de classe III e IV são mais perigosos que outros caramelos pela
presença de nitrogênio em seus promotores de caramelização.
Há a formação de imidazol, reconhecido comotóxico
170IRIS LENGRUBER
BENZENO - Classe 1 (IARC)
Os primeiros conservantes permitidos pela FDA, devido ao baixo custo:
• Benzoato de sódio;
• Benzoato de potássio;
• Benzoato de cálcio o ácido benzóico e seus sais são um dos
conservantes alimentícios mais usados. 
Problema :
Em contato com vitamina C (alimentos, frutas etc) resulta na quebra do
ácido benzoico em BENZENO em pequenas proporções. Sendo assim,
bebidas que contém vitamina C e utilizam ácido benzoico como
conservante em sua composição, podem conter também benzeno como
resultado dessa reação.
https://monographs.iarc.fr/agents-classified-by-the-iarc
171IRIS LENGRUBER
172IRIS LENGRUBER
173IRIS LENGRUBER
174IRIS LENGRUBER
175IRIS LENGRUBER
176IRIS LENGRUBER
Alimentos 
industrializados
• Realidade da “vida 
moderna”
Maior exposição 
a mutagênicos 
Maior risco de 
desenvolvimento 
de câncer
177IRIS LENGRUBER
A associação dos fatores de risco, com a 
genética e o estilo de vida podem acelerar o 
processo de carcinogênese.
178IRIS LENGRUBER
Fatores 
Emocionais
Ansiedade
DepressãoRaiva
Mágoa
Psychol Res. 2019 Jun;83(4):651-665.
Cancer Causes Control. 2019 Jul;30(7):779-790
Estresse oxidativo –
risco para câncer
179IRIS LENGRUBER
“Tudo que você come, todo dia, três vezes ao dia,
você está modificando a sua fisiologia como se
estivesse tocando um teclado ou piano com a
comida que você come.
A beleza da comida é que ela não foca em apenas
um único mecanismo no câncer. Ela utilizada todo o
teclado.”
David Servan-Schreiber
180
DICAS PARA SE PROTEGER DO 
CÂNCER
IRIS LENGRUBER
https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/como-prevenir-o-cancer
181
1.Pare de fumar! Essa é a principal regra para se 
proteger contra o câncer
IRIS LENGRUBER
Classe 1 – IARC
182IRIS LENGRUBER
Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e
cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes.
Parar de fumar e de poluir o ambiente é fundamental para a prevenção
do câncer.
PULMÃO
CAVIDADE 
ORAL
LARINGE
FARINGE
ESÔFAGO
183
2. Alimentação saudável protege contra o câncer
IRIS LENGRUBER
Alimentação deve ser saborosa, respeitar a cultura
local, proporcionar prazer e saúde e incluir
alimentos regionais.
Frutas
Legumes
Verduras
Cereais integrais
Leguminosas 
Ultraprocessados
Bebidas adoçadas
Hortaliças sem amido e frutas, provavelmente, 
protegem contra alguns cânceres. Como esses alimentos 
possuem baixa densidade energética, eles 
provavelmente também protegem contra o ganho de 
peso
184IRIS LENGRUBER
3 –mantenha o peso corporal adequado
185
Umas das principais formas de evitar o câncer é ter uma
alimentação saudável, ser fisicamente ativo e manter o peso
corporal adequado.
Estar acima do peso aumenta as chances de desenvolver
câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma
boa alimentação e realizar atividade física.
IRIS LENGRUBER
A manutenção de um peso saudável ao longo da 
vida pode ser uma das formas mais importantes 
de se proteger contra o câncer e outras DCNT
186IRIS LENGRUBER
4 –Pratique atividade física
187IRIS LENGRUBER
Todas as formas de atividade física protegem 
contra alguns cânceres, como também contra 
o ganho de peso, sobrepeso e obesidade
Caminhar
Dançar
Subir 
escadas
Levar 
cachorro 
para passear
Cuidar da 
casa e jardim
Academias 
188IRIS LENGRUBER
189
5. Amamente.
O aleitamento materno é a primeira ação de alimentação saudável.
A amamentação até os dois anos ou mais, sendo exclusiva até os seis
meses de vida da criança, protege as mães contra o câncer de mama
e as crianças contra a obesidade infantil.
A partir de seis meses da criança, deve-se complementar a
amamentação conforme a dica sobre Alimentação saudável e proteção
contra o câncer.
IRIS LENGRUBER
As evidências em câncer, assim como em outras doenças, 
demonstram que a amamentação sustentada e exclusiva 
protege tanto a mãe quanto a criança
190
6. Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo
do câncer do colo do útero a cada três anos.
As alterações das células do colo do útero são descobertas facilmente
no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são
curáveis na quase totalidade dos casos.
Por isso, é importante a realização periódica deste exame. Tão
importante quanto fazer o exame é saber o resultado, seguir as
orientações médicas e o tratamento indicado.
IRIS LENGRUBER
7. Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e
os meninos de 11 a 14 anos.
A vacinação contra o HPV, disponível no SUS, e o exame
preventivo (Papanicolau)se complementam como ações de
prevenção do câncer do colo do útero.
Mesmo as mulheres vacinadas, quando chegarem aos 25 anos,
deverão fazer um exame preventivo a cada três anos, pois a vacina
não protege contra todos os subtipos do HPV.
191IRIS LENGRUBER
192
8. Vacine contra a hepatite B.
O câncer de fígado está relacionado à infecção pelo vírus
causador da hepatite B e a vacina é um importante meio de
prevenção deste câncer.
O Ministério da Saúde disponibiliza nos postos de saúde do País
a vacina contra esse vírus para pessoas de todas as idades.
IRIS LENGRUBER
193IRIS LENGRUBER
9 –Evite a ingestão de bebida alcoólica
194
Seu consumo, em qualquer quantidade, contribui para o
risco de desenvolver câncer.
Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco
aumenta a possibilidade do surgimento da doença.
IRIS LENGRUBER
Os dados não sugerem nenhuma diferença 
significativa dependente do tipo de bebida. O 
fator importante a ser considerado é a 
quantidade de etanol consumido
ÁLCOOL - Agente Classe 1
195
Ingestão de bebidaalcoólica
IRIS LENGRUBER
 Oconsumode bebida alcoólicanãodeveser estimulado
 Se consumida, não deve ultrapassar a recomendação de 1
dose/dia (10 a 15 g de etanol) para o sexo feminino e 2
doses/dia para osexo masculino
196IRIS LENGRUBER
10 –Evite o consumo de carnes vermelhas e 
processadas
Consumo de carne vermelha
197IRIS LENGRUBER
 Pessoas que comem carne vermelha regularmente devem
consumir menos de 500 g/semana, incluindo pouca ou nenhuma
quantidade decarne processada
Classe 2A – IARC
Cascella et all. Infecctious and Cancer (2018) 13:3
198IRIS LENGRUBER
Guia alimentar para a população 
brasileira:
 Reduzir o consumo de carne vermelha, priorizando
cortes magros.
 Quando utilizada, durante o pré
preparo, retirar toda a gordura
aparente.
 Dar preferência a
preparações grelhadas,
assadas ou ensopadas,
que utilizam menos óleo.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf
CARNES PROCESSADAS
Carnes processadas como presunto, salsicha, linguiça, bacon,
salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru podem
aumentar a chance de desenvolver câncer.
Os conservantes (como os nitritos e nitratos) podem provocar o
surgimento de câncer de intestino (cólon e reto) e o sal provocar o
de estômago.
199IRIS LENGRUBER
200IRIS LENGRUBER
• Consumir de 350 a 500 gramas de carne vemelha por SEMANA
• Evitar carnes processadas e embutidos
• Variar método de cocção e diminuir a temperatura
https://www.aicr.org/press/press-releases/2019/cancer-experts-issue-warning-on-grilling-safety.html
11. Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre
proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar,
inclusive nos lábios.
Se for inevitável a exposição ao sol durante a jornada de
trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça
comprida.
201IRIS LENGRUBER
12. Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho.
202IRIS LENGRUBER
Agentes químicos, físicos e biológicos ou suas combinações são
causas bem conhecidas de câncer relacionado ao trabalho, e
evitar ou diminuir a exposição a estes agentes seria o ideal e
desejável.
Também é fundamental a implementação de leis que obriguem e
fiscalizem a substituição dos agentes causadores câncer no
trabalho por outros mais saudáveis, quando já houver esta
alternativa.
203
NovleneWilliams-Mills
Sobreviventes de câncer devem seguir todas as
recomendações anteriores, sempre que possível
IRIS LENGRUBER
Foi medalha de bronze nas Olimpíadas de
2012
após ter sido diagnosticada com câncer de
mama
Competiu em Moscou, em 2016
TRATAMENTOS PARA OS DIVERSOS 
TIPOS DE CÂNCER
204IRIS LENGRUBER
205IRIS LENGRUBER
https://www.vencerocancer.org.br/cancer/tratamento/
Se combinadas as opções 
de cirurgia, radioterapia, 
quimioterapia, 
hormonioterapia e 
terapias-alvo = 
disponíveis mais de 400 
esquemas apenas para 
câncer de mama.
206IRIS LENGRUBER
Cirurgia
207
IRIS LENGRUBER
Cirurgia – retirada do tumor
• O mais antigo dostratamentos.
• Antigamente eram mutiladoras.
• Atualmente: mais conservadoras, mais 
econômicas, com preservação dosórgãos.
208
IRIS LENGRUBER
A cirurgia cura?
Depende do estádio do diagnóstico
Pode ter finalidade paliativa (dor, odor, 
infecção, obstrução...
Pode ter finalidade de estadiamento
Guidelines – Espen 2016
Todos os pacientes oncológicos cirúrgicos devem
receber acompanhamento nutricional também
após a alta hospitalar;
A terapia nutricional deve ser individualizada e de
acordo com a capacidade funcional de alimentação;
A intervenção ambulatorial tem relação direta
com o aumento de sobrevida e a melhor
reabilitação do paciente ao convívio social
209IRIS LENGRUBER
A importância da 
nutrição na cirurgia 
oncológica
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NO PRÉ -OPERATÓRIO
210IRIS LENGRUBER
O câncer e a Desnutrição
211IRIS LENGRUBER
Aproximadamente 20% das mortes de pacientes com 
câncer são secundárias à desnutrição.
(INCA – 2016)
212
Desnutrição 
IRIS LENGRUBER
Pacientes em 
cuidados 
paliativos –
81%
60% dos 
pacientes com 
câncer são 
desnutridos
70%
apresenta 
alguma 
dificuldade 
para se 
alimentar
Mais da metade 
dos pacientes 
necessita de 
aconselhamento
nutricional
30%
necessitam de 
suplemento 
nutricional
Controle dos 
sintomas que 
interferem na 
ingestão de 
alimentos
(Consenso de Nutrição Oncológica, volume I, 2015;)
213IRIS LENGRUBER
Fatores
psicossociais
Localização
do tumor
Hospedeiro
Competição
tu x hosp.
CAQUEXIA DO CÂNCER
Tratamentos
Efeitos 
adversos
Comprometimento
da nutrição
TGI
214IRIS LENGRUBER
215
Câncer: repercussões sobre oestado nutricional
IRIS LENGRUBER
Alteração da funcionalidade de 
sistemas/órgãos, inflamação e 
alterações metabólicas associam-seao 
tumor levando a perda de peso
involuntária
Mais da metade dos pacientesexperenciaram 
perda de peso no momento dodiagnóstico
Argilés JM. Cancer-associated malnutrition. Eur J Oncol Nurs.2005;9 Suppl 2:S39-50
A desnutrição calórica e proteica em
indivíduos com câncer é muito frequente.
Seus principais fatores determinantes são:
Redução na ingestão total de alimentos;
Alterações metabólicas provocadas pelo TU;
O aumento da demanda calórica pelo crescimento tumoral.
216IRIS LENGRUBER
217IRIS LENGRUBER
Causas relacionadas
Reduzida ingestão de nutrientes e aumento das perdas
nutricionais
Álcool e Tabaco
Dentição (idosos/etilistas)
Parcial ou completa obstrução do TGI
Trismo
Modificação da função e da anatomia pós-
cirúrgico
Mucosite, disgeusia e xerostomia pós RXT
Náusea, vômito, diarreia decorrente da QT
218IRIS LENGRUBER
Aumento na demanda de
nutrientes
Estresse metabólico agudo provocado pelo
tratamento.
Duração e intensidade do estresse dependente
da intensidade e duração do tratamento, bem
como as suas complicações.
219IRIS LENGRUBER
Anormalidades metabólicas produzidas pelo
tumor
Alterações no metabolismo do carboidratos,
proteínas e lipídios
Alteração nos níveis dos neurotransmissores /
hormônios levando a anorexia (NPY, grelina, leptina – bloqueio
ao estímulo de ingestão)
Aumento da taxa metabólica basal
Alterações mediadas pelas citocinas
220
IRIS LENGRUBER
Desnutrição Grave
Estado de caquexia
Complicação frequente no paciente portador
de uma neoplasia maligna avançada;
S índrome complexa e multifatorial
Intenso consumo dos tecidos muscular e adiposo;
Balanço nitrogenado negativo (alterações metabólicas e
imunológicas e fisiológicas)
221IRIS LENGRUBER
222IRIS LENGRUBER
DEBILIDADE 
NUTRICIONAL
AUMENTO 
DO TEMPO 
DE 
INTERNAÇÃO
LIMITAÇÃO 
DA 
CAPACIDADE 
FUNCIONAL
BAIXA 
IMUNIDADE –
AUMENTO DE 
INFECÇÕES
TOLERÂNCIA 
REDUZIDA AO 
TRATAMENTO 
PROPOSTO
223IRIS LENGRUBER
Desnutrição 
Inflamação 
sistêmica
80 % TGI, 
pâncreas e 
cabeça 
pescoço
60% pulmão
224IRIS LENGRUBER
Aumento da mortalidade 
Trauma 
cirúrgico
Doença 
malígnaDesnutrição 
preexistente
INQUÉRITO BRASILEIRO DE 
NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA
225IRIS LENGRUBER
4822 pacientes oncológicos
45 instituições brasileiras 
ASG-PPP – 55,6% pacientes idosos com risco nutricional
MINIMIZANDO A PERDA DE 
PESO NO PRÉ-OPERATÓRIO
226IRIS LENGRUBER
Avaliação nutricional precoce
• Auxiliar o paciente na recuperação ou
manutenção do seu estado nutricional
• Melhorar tolerância terapêutica
• Melhorar imunidade – redução de
complicação
Melhorar qualidade de vida
Planejamento nutricional 
individualizado
227IRIS LENGRUBER
Avaliação para identificar estado nutricional e fatores 
de risco para desnutrição
Investigação sobre ingestão alimentar, tolerância e 
efeitos colaterais do tratamento
Adequações e/ou adaptações dietéticas e um novo 
plano alimentar – podem ser necessários
Cálculo das necessidades 
nutricionais
228IRIS LENGRUBER
Calorimetria indireta – padrão ouro: mede
consumo de oxigênio e produção de dióxido de
carbono para calcular catabolismo de energia.
Alto custo, inviável em 
ambiente ambulatorial 
Qual método utilizar na prática 
clínica?
229IRIS LENGRUBER
Fórmulas preditivas – Harris-Benedict
Foi avaliada como a mais precisa quando multiplicada 
pelo fator 1,1
Ainda assim foi encontrado erro em 39% dos 
pacientes em comparação com calorimetria indireta
(Boullata et al 2007)
230IRIS LENGRUBER
231IRIS LENGRUBER
Método mais 
simples de 
estimativa de 
energia
Relação 
quilocaloria por 
quilograma de 
peso
• Kcal / Kg
Consenso 
Nacional de 
Nutrição 
Oncológica
• 2015
232IRIS LENGRUBER
Sempre respeitando individualidades,
função renal, doenças associadas, etc.
A importância da 
nutrição na cirurgia 
oncológica
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NO PÓS -OPERATÓRIO
233IRIS LENGRUBER
234IRIS LENGRUBER
Pós cirúrgico 
imediato
Jejum -
hospitalar
Nosso foco –
após alta 
hospitalar
Como será o nosso 
suporte nutricional 
para esse paciente 
ambulatorial?
235IRIS LENGRUBER
De acordo 
com o local 
e extensão 
da cirurgia
Alterações 
metabólicas
Alterações 
imunológicas
Retardo na 
cicatrização 
de feridas
Inflamação 
sistêmica 
Excesso de 
radicais livres
Dificuldade 
mecânica ou 
de absorção 
de nutrientes
Ressecções da cavidade oral, 
esôfago, ou gastrintestinal
236IRIS LENGRUBER
Efeitos persistem
Piora no aspecto psicológico 
(ansiedade, medo, dor)
Comprometendo ainda mais a 
ingestão de nutrientes
Conduta nutricional pós 
operatória
237IRIS LENGRUBER
• Menos complicações 
• Diminuição do tempo de 
internação hospitalar
Iniciar dieta 
precocemente
• Via oral sempre
priorizada – mais
fisiológica em menos
invasiva
• Entretanto, pode ser 
necessário TNE ou TNP
Vias de 
alimentação
Cálculos das necessidades 
nutricionais
238IRIS LENGRUBER
Calorimetria indireta – padrão ouro
Mas o mais utilizado é a fórmula de bolso
Vai variar de acordo com a resposta inflamatória, 
hiperglicemia, e outros fatores associados
Oferta calórica 
239IRIS LENGRUBER
Vai variar de acordo com condição 
clínica
• Avaliar o pré e pós cirúrgico
20 a 25 Kcal/Kg de peso corporal
• Em caso de sepse, falência respiratória, 
desnutrição grave ou obesidade
240IRIS LENGRUBER
Até 35 Kcal/Kg de peso corporal
• Fase de recuperação, caso não haja
morbidade associada
• No caso de desnutridos graves, começa com
20 Kcal/Kg de peso para aumentar
lentamente, evitando síndrome de
realimentação.
Oferta proteica 
241IRIS LENGRUBER
Acima de 1,5g/Kg de peso
•Minimiza a perda nitrogenada –
melhora do balanço nitrogenado
•Apenas observar função renal 
Oferta hídrica
242IRIS LENGRUBER
1,0 mL / Kcal ou de 30 a 35 mL/Kg
• Similar ao de indivíduos sadios
• Ajustes necessários na presença de 
desidratação ou retenção hídrica
Cirurgia de câncer 
gastrintestinal
Distúrbios nutricionais são mais frequentes, por conta da
localização do tumor ou ressecções cirúrgicas – podendo
causar barreiras mecânicas e fisiológicas para o aporte
nutricional
243IRIS LENGRUBER
Alterações 
digestivas
Má absorção 
de 
nutrientes
Síndrome de 
dumping 
Deficiência 
de vitaminas 
e minerais
Cirurgia de câncer de cabeça e 
pescoço
Sua localização se relaciona diretamente a prejuízos
nutricionais e fonoaudiológicos. Por essa razão, o
acompanhamento de um fonoaudiólogo também será
necessário.
244IRIS LENGRUBER
Dificuldades 
na 
mastigação
Dificuldade 
de deglutição 
e salivação
Alterações de 
paladar
Alterações de 
olfato
245IRIS LENGRUBER
Radioterapia
Especialidade médica que utiliza a radiação ionizante 
com fins terapêuticos.
Objetivos do Tratamento
246IRIS LENGRUBER
Promover perda da capacidade funcional ou 
reprodutiva da célula
 Promover morte celular com a mínima morbidade em 
célula sadia
247IRIS LENGRUBER
• Ao atravessar os tecidos os raios X liberam tanta 
energia que produzem radicais livresque irão 
reagir com as moléculas de DNA:
– apoptose;
– perda da capacidade de sedividir.
248
60 % dos pacientes com câncer precisarão 
de Radioterapia em algum momento da doença!!!
IRIS LENGRUBER
Hall, EJ et al. Radiation for the Radiologist, 5ª Ed. LWW 2000, cap 2, p. 17-31.
249IRIS LENGRUBER
Quanto maior a dose de radiação, maior o dano celular. A 
sensibilidade das células normais que define o limite da dose 
contra o tumor.
As células normais possuem mecanismos de reparação do 
DNA mais eficazes que as docâncer.
A sensibilidade ao tratamento varia entre ostumores.
Geralmente: administrada em doses diárias, 5 vezes na 
semana, duração de 20 min. O número total varia.
250IRIS LENGRUBER
• Braquiterapia: introduzida diretamente no
interior ou próxima ao tumor (por cateteres
ou sementes radioativas):
=> Tumores iniciais:
– Próstata
– Mama
– Câncer uterino
– Sarcomas
– Melanomas em globo ocular
251IRIS LENGRUBER
• Intraoperatória: Dose única, dirigida contra o tumor
ou àárea em que foi retirado.
– Cavidade abdominal: sarcomas, câncer de reto e alguns
de mama.
• Radiocirurgia estereotáxica: Dose única de
radiação, precisamente, contra o tumor.
– Metástases cerebrais menores que 2,5 cm, coluna
vertebral, pulmões efígado.
252IRIS LENGRUBER
• Irradiaçãode todo ocorpo: doses baixas.
– Transplante de medula ósseapara tratamento de leucemia,
linfomas e alguns tumorespediátricos.
• Radionuclídeos: alguns compostos são absorvidos
pelos tumores de forma “ávida”.
Acopla-se a eles isótopos radioativos que serão
capturados pela célula tumoral.
– Câncer de tireoide, próstata, linfomas, tumores
neuroendócrinos e metástasesósseas.
Sintomas dependem da localização
253IRIS LENGRUBER
Cabeça e pescoço – ação 
centralSNC
Prostração, sonolência, 
indisposição, hiporexia, 
náuseas, vômitos.
254IRIS LENGRUBER
Osteorradionecrose
255IRIS LENGRUBER
• Severa complicação após a RXT
• A ORN - deficiência metabólica da célula, criada 
pela injúria provocada pela radiação.
• Pode ocorrer de forma espontânea ou após trauma
• Exodontias pós radioterapia antes de 5 anos
256IRIS LENGRUBER
257IRIS LENGRUBER
258IRIS LENGRUBER
259
Equipe multiprofissional
IRIS LENGRUBER
OSTEORADIONECROSE
Fisioterapia 
Movimentos
CP –
controle
Psicologia 
Imagem 
abandonou
Odonto/ 
Prótese
Clínica Dor
Morfina
Fonoaudiologia 
Fala e deglutição
Nutrição 
Líquido. Pqnos 
volumes.
Enfermeiro
260IRIS LENGRUBER
• ORN – difícil tratamento
• Risco persiste por anos após a RXT
• Métodos de prevenção
• Odontologista antes da definição e início do
tratamento para câncer de cabeça e pescoço
• Importância das consultas de revisão cirúrgica
261IRIS LENGRUBER
Enterite actínica
Desordens morfológicas
e funcionais que ocorrem na
mucosa intestinal durante
ou após a radioterapia
abdominal ou pélvica. 
AGUDA – até 8 semanas
TARDIA – meses – anos 
após o término
Alteração na função absortiva (gorduras, lactose,
vitamina B12).
262IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
Recomendação energéticae proteica 
para pacientes em tratamento de quimio
e radioterapia – similar ao pós cirúrgico!
Consenso Nacional de Nutrição Oncológica, 2015
Quimioterapia
263IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).É a forma de tratamento sistêmico do câncer que usa 
medicamentos denominados “quimioterápicos” 
(ou antineoplásicos) administrados em intervalos 
regulares, que variam de acordo com os esquemas
terapêuticos.
264IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DA 
QUIMIOTERAPIA
Requisitos ideais
Condições gerais do paciente:
•  10% de PP desde o início da doença;
• Ausência de contra-indicações clínicas para as drogas
selecionadas;
• Ausência de infecção ou infecção presente, mas sob
controle;
• Capacidade funcional correspondente aos três
primeiros níveis, segundo os índices propostos por
Zubrod e Karnofsky.
265
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL
IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
Níveis
Critérios
ZUBROD KARNOFSKY
0 100-90% Paciente assintomático ou com sintomas
mínimos
1 89-70%
Paciente sintomático, mas com 
capacidade para o atendimento
ambulatorial
2 69-50% Paciente permanece no leito menos da metade 
do dia
3 49-30%
Paciente permanece no leito mais da 
metade do
dia
4 29-10%
Paciente acamado, necessitando de
cuidados
constantes
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=101#
266IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
Contagem das células sanguíneas 
e dosagem de hemoglobina
Leucócitos > 4.000/mm³ 
Neutrófilos > 2.000/mm³ 
Plaquetas > 150.000/mm³ 
Hemoglobina > 10 g/dl
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=101#
267IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
Dosagens séricas
Uréia < 50 mg/dl
Creatinina < 1,5 mg/dl 
Bilirrubina total < 3,0 mg/dl 
Ácido Úrico < 5,0 mg/dl
Transferases (transaminases) < 50 Ul/ml
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=101#
Drogas
Efeitos colaterais
268
COPYRIGHT © 2018 - NUTRIRISCURSOS POR IRIS LENGRUBER
• Todas interferem na divisão celular. 
• Atuação sistêmica (qualquer célula 
em divisão celular).
269IRIS LENGRUBER
• Tentar reduzir o tamanho 
do tumor.
Neoadjuvante
Cirurgia
• Destruir focosmicroscópicosde célulascancerosas,
que ainda possam persistir em algum lugar do
organismo, mas que não são detectáveis por
examesdesangue oude imagem.
Adjuvante
https://www.vencerocancer.org.br/cancer/tratamento/tratamento-adjuvante-e-neoadjuvante/
270IRIS LENGRUBER
• Tecidos normais mais acometidos pela ação 
tóxica:
– medula óssea;
– pele e anexos (cabelos, unhas, ...);
– mucosa (área interna do aparelho digestivo).
As células normais possuem mecanismos de 
reparação do DNA mais eficazes que as do câncer.
 Administrada em ciclos para que as células 
normais se recuperem.
271IRIS LENGRUBER
Após um tempo de tratamento, as células
sensíveis morrem e ficam as resistentes =>
tornando o tratamento menoseficaz.
Pode acontecer também mutações nesse
período.
Pode ser intravenosa, oral e injetada na
cavidade abdominal, torácica...
EFEITOS TÓXICOS DOS 
QUIMIOTERÁPICOS NO TGI
272IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
 Interferência de QT em ciclos de células com elevada 
proliferação.
 Descamação mucosa sem substituição adequada - irritação, 
inflamação e alterações funcionais
 A ocorrência e severidade das lesões varia com o agente
antineoplásico utilizado, o tempo de administração e a
condição física do paciente.
Calixto-Lima, 2012
273IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
Calixto-Lima, 2012
• Os mecanismos exatos não são totalmente
conhecidos.
• Acredita-se que estes sintomas são controlados
por áreas distintas do cérebro, que podem ser
ativadas por quimiorreceptores presentes da
circulação
NÁUSEA E VÔMITO
• Causados por 30% dos quimioterápicos
274IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
275IRIS LENGRUBER
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
• 41% dos pacientes em tratamento antineoplásico
VINCRISTINA VINBLASTINA
276IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
DIARREIA
• 75% dos pacientes em tratamento 
antineoplásico
Citarabina Actinomicina D Fluorouracil
Oxaliplatina Nitrosoureias Topotecano
277IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
MUCOSITE: 40% dos pacientes
Risco: má higiene oral, estado nutricional,
tabagismo, consulmo álcool, idade
Metotrexato Bleomicina
5-
Fluorouracil
Cisplatina
Doxorubicina Vinblastina Vincristina
278IRIS LENGRUBER
Todas interferem na divisão celular. Atuação 
sistêmica (qualquer célula em divisão celular).
ANOREXIA:
• 66% dos pacientes em quimioterapia
Metotrexato
Sulfato de
Bleomicina
Fluorouracil Carboplatina
Citarabina Dacarbazina Hidroxiureia
Resumo das reações adversas da 
ação de quimioterápicos
279IRIS LENGRUBER
Hormonioterapia
280IRIS LENGRUBER
Hormonioterapia
281IRIS LENGRUBER
• Diversos tipos de câncer dependem de 
hormônios para semultiplicar.
• O s hormônios se ligam areceptores da 
membrana celular que emitem sinalização para
oncogenes.
– Mama, endométrio, ovário, próstata, tireoide...
282IRIS LENGRUBER
• Supressão da produção de hormônio:
– Ex.: em mulheres com câncer de mama avançado na pré-
menopausa => cirurgia de ressecção dos ovários 
(hormônios sexuais femininos) => remissão de 30 a40 % 
dos casos.
– Ex.: em homens com câncer de próstata avançado: remissão 
de 80%.
• Bloqueio de receptores: como o tamoxifeno 
(bloqueia receptor deestrógeno).
Classificações da hormonioterapia
283IRIS LENGRUBER
Finalidade 
• Curativa 
• Paliativa 
Aplicação
• Isolada
• Combinada
Mecanismo de 
ação
• Aditiva 
• Supressiva
Método de 
execução
• Medicamento
• Cirurgia 
• Actínica (pele)
Cuidados nutricionais na 
hormonioterapia
284IRIS LENGRUBER
Avaliação nutricional por cálculos de fórmula de 
bolso
Observa-se, no caso de câncer de mama, que a 
maioria dos pacientes são obesos
Oferta calórica, hídrica e proteica com as mesmas 
recomendações anteriores
285
SOJA X HORMONIOTERAPIA
IRIS LENGRUBER
Alimento funcional
286IRIS LENGRUBER
Ações:
 Inibe o desenvolvimento da aterosclerose;
 Controla crescimento e regulação celular;
 Inibe angiogênese tumoral;
 Efeito antioxidante;
 Atenua perda de massa óssea;
 Alternativa ao tratamento de reposição hormonal tradicional para alívio 
dos sintomas da menopausa.
287IRIS LENGRUBER
 Estudo transversal em mulheres americanas, de origem asiática com câncer de mama em uso de
tamoxifeno para investigar a associação entre o consumo de soja e os níveis séricos de tamoxifeno
e seus metábolitos (N-DMT, 4-OHT, e endoxifen);
 Tamoxifeno - modulador seletivo do receptor de estrogênio. Na mama, atua como um antagonista
(bloqueiam os receptores) do receptor;
 Alguns estudos experimentais observaram que o efeito inibitório do tamoxifeno era diminuído pelo
consumo de soja. Apesar de outros estudos observarem benefícios sobre o seuefeito;
 Em mulheres brancas os níveis de tamoxifeno são influenciados pela idade, composição corporal, 
estado menopausal, e alguns medicamentos.
288IRIS LENGRUBER
Mais estudos são necessários para estabelecer os efeitos da soja antes e depois do câncer de
mama e em relação ao Tamoxifeno (agente antiestrogênico);
Especula-se que o efeito protetor da soja seja mediado por fator hormonal. O alto consumo
interfiriria com o nível de estrogênioe globulinas transportadoras de hormônio sexual
circulante e com a densidade mamográfica.
3 estudos de intervenção, com duração entre 1 e 2 anos, não acharam nenhum efeito do
consumo de soja e seus produtos e suplementos de isoflavonas sobre a densidade
mamográfica.
TCTH – transplante de células 
tronco hematopoiéticas 
289IRIS LENGRUBER
Transplante de medula óssea
290IRIS LENGRUBER
• Autólogo: do próprio paciente para ele
mesmo.
• Alogênico: células de outra pessoa compatível 
imunologicamente.
TERAPIA NUTRICIONAL - TCTH
291IRIS LENGRUBER
DESDE O PRÉ 
TRANSPLANTE
• DESNUTRIÇÃO 
OU RISCO DE 
DESNUTRIÇÃO
MANTER OU 
RECUPERAR 
• ESTADO 
NUTRICIONAL 
DURANTE TODO 
O TRATAMENTO
INFECÇÃO 
ALIMENTAR
• SEGUNDO 
MAIOR 
RISCO
ESPECIFICIDADES - TCTH
292IRIS LENGRUBER
BAIXA 
IMUNIDADE 
QUIMIO
RÁDIO
DECH
NEUTROPENIA
DIETA PARA 
NEUTROPENIA
BAIXA EM 
MICRO-
ORGANISMOS
Doença do enxerto 
contra hospedeiro
PANCITOPENIA SEVERA – LEUCÓCITOS INFERIORES A 100mm3 
E PLAQUETAS INFERIORES A 20.000mm3
USO DE GLUTAMINA ?
293IRIS LENGRUBER
Estudos - Glutamina via oral com início precoce
• Para tratamento profilático de mucosite e melhora do 
balanço nitrogenado e resposta imune
ESPEN 2016
• Críticas aos métodos utilizados nos estudos – não 
recomenda!!!
USO DE PROBIÓTICO?
294IRIS LENGRUBER
EXTENSAMENTE UTILIZADO
• Em diversos tratamentos, já que melhora resposta imune de 
forma geral
Não é consenso a sua utilização de forma segura
• Estudos controversos – uns com bons resultados e outros 
com desfechos fatais de infecção por Lactobacillus
rhamnosus
USO DE ÔMEGA 3
295IRIS LENGRUBER
EXTENSAMENTE UTILIZADO
• Em diversos tratamentos, já que melhora resposta imune de forma geral, 
melhora no apetite, diminuição resposta inflamatória
ESPEN 2016
• Estudos controversos – de todo modo, é consenso a utilização de ômega 3 
em pacientes pós transplantados de forma segura
USO DE VITAMINA D
296IRIS LENGRUBER
ESTUDOS SUGEREM
• Níveis adequados de vitamina D melhora resposta imune
DOSAGEM
• Manter os níveis acima de 30 ng/mL
ORIENTAÇÃO DE ALTA
297IRIS LENGRUBER
OBJETIVO
• Iniciar reeducação alimentar
• Orientar quanto aos cuidados 
específicos
Até 90 dias após transplante
• Dieta de cozidos e fervidos?
RECOMENDAÇÕES GERAIS 
PÓS TCTH
Checar data de fabricação e validade dos produtos;
Observar odor, presença de insetos e corpos estranhos em
embalagens danificadas;
Selecionar vegetais e frutas mais frescos e sem injúrias;
Evitar salgadinhos e sobremesas não refrigeradas;
Evitar estocar alimentos por longo tempo;
Evitar restaurantes do tipo “self-service”
298IRIS LENGRUBER
RECOMENDAÇÕES 
ALIMENTARES PÓS TCTH
299IRIS LENGRUBER
ÁGUA: mineral 
ou fervida
BEBIDAS DIVERSAS
300IRIS LENGRUBER
• Somente em porção individual. Se for 
tamanho “família”, consumir rápido e 
reservado para o paciente;
• Suco natural, somente feito na hora, 
higienizando previamente as frutas.
FRUTAS, VERDURAS E 
LEGUMES
301IRIS LENGRUBER
• Higienização com hipoclorito de 
sódio, preferência sem cascas, 
cozidos...
• Não comprar fracionados
LEITE, QUEIJOS E SORVETES
302IRIS LENGRUBER
• Preferir embalagem tetrapack. Outros
tipos, como de saquinho, consumir
apenas após fervura;
• Queijos pasteurizados, assados em
casa. Pode utilizar micro-ondas para
assar;
• Preferir picolés pasteurizados e
sorvetes de procedência confiável.
Preferência individual ou separado para
o paciente;
DOCES CASEIROS E 
SOBREMESAS
303IRIS LENGRUBER
• Apenas se preparados em ambiente
familiar, de acordo com as técnicas
de higienização especificadas;
• Preferir industrializados como flans
em porções individualizadas;
• Evitar sobremesas de confeitarias e
padarias.
CARNES 
304IRIS LENGRUBER
• Todos os tipos são permitidos, desde que bem 
cozidas.
• Recomenda-se evitar excesso de embutidos
OVOS 
305IRIS LENGRUBER
• Cozinhar os ovos até a clara estar completamente 
firme e a gema espessa;
• Alimentos com ovos, cremes ou com maionese 
não devem permanecer fora da geladeira por mais 
de uma hora;
• Nunca consumir gema mole, maionese caseira e 
mousses caseiras
PÃES
306IRIS LENGRUBER
• Podem ser consumidos todos os
tipos de pães;
• Dar preferência aos embalados
REFERÊNCIAS
307IRIS LENGRUBER
• ABC do Câncer – INCA – online
• Barrére, Ana Paula Noronha et al. Guia Nutricional de Oncologia - Atheneu, 2017
• BRASIL. Ministério d a Saúde. Departamento de Informática do SUS
• Dal Bosco, S.M. , Genro, J.P. Nutrigenética e |Implicações na Saúde Humana. Ed Atheneu,
2014.
• Estimativa 2019: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017. 118p. Disponível
em: http://www1.inca.gov.br/estimativa/2019
• Garófolo, A. Nutrição clínica, funcional e preventiva aplicada à oncologia. 2012. Ed Rubio.
• Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento (Bases científicas e Prática clínica) .
Ed.PoloBooks, SP, 2018.
• Waitzberg, Dan Linetzky, et al. Manual de terapia nutricional em oncologia do ICESP. 2011.
CONHEÇA NOSSA PÓS GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA
308

Continue navegando