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MICOSES SUPERFICIAIS · Não ultrapassam a camada córnea da pele e de pelos e unhas Ex: Pitiríase versicolor, Tínea nigra, Piedras; · Causam problemas muito mais de ordem estética do que um processo infeccioso propriamente dito (embora haja, sim, uma interação com o hospedeiro ao ponto de desencadear uma resposta inflamatório-imunológica) 1. Piedra Petra: Exclusiva de cabelo; Agente Etiológico: Piedraia Hortae (É um fungo filamentoso, demáceo, um ascomiceto, taxonomicamente, ascomicotina, é um fungo perfeito, possui reprodução sexuada; Ascomiceto produz ascósporos, esporos armazenados em bolsas ou sacos); Epidemiologia: Regiões subtropicais e úmidas da américa do sul; região amazônica; Índia, Ásia e África.; Habitat: Desconhcido; Transmissão: Desconhecido, mas provavelmente por contato direto. Diagnóstico: Exame direto com KOH 20% Tratamento: Cortando o cabelo; Micromorfologia: (sem a biotina não esporula) Hifas estéreis, demáceas, septadas, de parede grossa e clamidosporos. Figura 1: Colônia de cor preta, textura glabosa, topografia irregular rugosa, piguimento difuso acastanhado. Figura 2: Piedraia Hortae, no cabelo. 2. Piedra Branca: Exclusiva de cabelo; Agente Etiológico: Trichosporon spp. É uma levedura produz hifas verdadeiras astrosporada, por brotamento ou gemulação. Fungo de reprodução assexuada. Epidemiologia: Cosmopolita; Habitat: Comensal do Homem; Transmissão: Contato direto com reservatório primário do fungo ou pessoa a pessoa; Exame direto: KOK 20% Figura 3 Cultura: de Cor inicialmente branca, podendo ficar amarelada com o tempo, textura ceribriforme, topografia irregular. Figura 4 Trichosporon no cabelo. 3. Pitiríase Versicolor: No couro cabeludo, e na pele; causador da caspa. Agente Etiológico: Malassezia spp., muitas espécies, sendo a M. furfur a mais comum, levedura lipofílica com blastosporos agrupados em cachos, apresenta pseudohifas curtas e tortuosas. Manifestações Clínicas: Manchas “brancas” na região dorsal fácil, braços e pernas, podem ser hipocrômicas ou hipercrômicas, pode estar associada à quadros de dermatite seborreica. Diagnóstico Laboratorial: Através da raspagem superficial de aspecto furfuráceo, meio de cultura agar bile de boi ou saboroud/micosell com azeite de oliva. Na rotina pode ser utilizado Tweens para identificar as espécies, de acordo com a lipossolubilidade, identifica 6 espécies, M. paquidermatis cresce no saboroud simples. Exame direto: KOH 20% Figura 5 Malassezia spp; Exame direto em KOH 20%; Cultura branca, com textura furfurácea. 4. Tinea Nigra: Lesão escura, comumente na mão e na planta do pé. Agente Etiológico: Hortae Werneckii, fungo filamentoso, cooom aspecto leveduriforme. Epidemiologia: Lugares úmidos; Habitat: Solo, húmus e madeira; Manifestações Clínicas: Presença de lesão escura única, em forma de mancha hipercrômica, sem prurido ou descamação aparente, na região em que teve contato, mãos ou pés. Exame direto: KOH 20% (Hifas septadas, demaceas, astrosporadas, alongadas e ramificadas, curtas e tortuosas) Figura 6: Tinea Nigra Figura 7 Colônia Petra, cremosa com brilho metálico, sem pigmento difuso. MICOSES CUTÂNEAS · Atingem além da camada córnea, causam maior incômodos. Ex: Candidíases e dermatofitoses. 1. Candidíase: Têm amplo espectro clínico, podem ser superficiais à profundas, localizada ou disseminadas, podem evoluir de forma aguda ou crônica, e ainda podem ser infecções primárias ou secundárias (oportunistas). Agente Etiológico: Candida spp. ( C. albicans, C. tropicalis, C. kruseii, C. parapisilose.) Epidemiologia: Cosmopolita, com elevada prevalência; Faz parte da microbiota humana. Diagnóstico Laboratorial: Exame de cultura: Colônias geralmente brancas e cremosas. Exame direto: KOH 20% > Levedura, com pseudohifas dá o diganóstico presuntivo de Candidíase. Exames: Tubo germinativo > Se formar um tubo germinativo, pode ser Candida Albicans ou C. dubiniense, mas ela não tem importância clínica, é feito em soro num tubo de ensaio, incubado 37ºC por 2horas. Libera ainda como presuntivo. Micromorfologia > Microcultivo de Dalmau em agar fubá, com até 3 estrias centrais. Põe uma lamínula pressionando-a. Macromorfologia > Testes Bioquímicos: Teste Cromogênico > Indicadores de pH Auxomograma > Meio sólido, utiliza-se de diferentes tipos de açúcares, e compara com uma tabela quais as espécies de levedura. Zimograma > Meio líquido, em caldo por fermentação, que pode turvar o meio e ainda pode formar gás, compara também com uma tabela; CHROmagar > Inocula a amostra, e dependendo da cor que cresce pode-se identificar a espécie: Verde – C. albicans ou C. dubiniensis; Azul C. Tropicalis; Rosa C. Kruseii; Magenta C. parapisilose; Branca Candida sp. 2. Dermatofitóses: Conhecidos como “Tíneas” são causadas por um 3 gêneros causa resposta inflamatória visual, de fungos especializados em extrair nutrientes de tecidos queratinizados. ( Pele, pelos e unhas) grupo de fungos filamentosos. Agente Etiológico: Trichophyton sp. ( T. Mentagrophytes, T. rubrum, T. Tonsurans, T. violaceum) > Pele, pelos e Unhas. Microsporum ( M. Canis e gypseum) > Pele e Pelo; Epidermophyton ( E. floccossum) > Pele e raramente na unha; Epidemiologia: Cosmopolita; (Geofílicos > Zoofílicos > Antropofílicos) Evolução adaptativa dos dermatófitos, hoje o homem é acometido por todas essas espécies. Transmissão: Contato direto com os animais, solo ou de pessoa para pessoa; Adesão Fúngica > Germinação > Invasão (Secreção de enzimas queratinolíticas). Tipo evolutivo: Crônico > Espécies adapatadas ao hospedeiro humano, “são chamadas de “Tíneas” seguidos da localização: Capitis, fáceis, corporis, cruris, pedis, interdigitalis. Aguda: Não estão adaptados ao hospedeiro humano, resposta imunológica mais efetiva. Não tem recidiva. Dermatofitóse de unhas: Onincomicose macnha de superfície branca na borda distal, com descolamento da unha, diferente da cândida que é na borda lateral. Dermatofitóse de cabelo: Ectotrix: Fora e ao redor do pelo (escuro). Endotríx: Dentro do pelo (Claro) exame direto KOH 20%. Macromorfologia: Cada espécie tem um padrão diferente, dá para identificar. Mas tem que fazer a micromorfologia técnica de ridell, e testes complementares. MICOSES SUBCUTÂNEAS · Causadas por inoculação traumática de fungos presentes no solo, madeira, vegetais. 1. Cromomicose: Infecção crônica de pele e tecido subcutâneo, causada por fungos demáceos de evolução lenta, lesão em aspecto de couve flor, “Doença ocupacional” acomete principalmente trabalhadores rurais. Agente Etiológico: Fonsecaea pedrosoi, Fonsecaea compacta, Phialophora verrucosa, Cladophialophora carrionii, Rhinocladiella aquaspersa. Transmissão: Inoculação traumática, a região mais afetada, pés, pernas membros inferiores, mas pode pegar em mãos e braços também. Epidemiologia: Mais em regiões úmidas, na região amazônica por exemplo. Colônias: Pretas, verde oliváceo, sempre escura, com textura aveludado, topografia pode variar, não ajuda a determinar a espécie, só diz que isolou um fungo demáceo. Exame direto: Corpúsculos fumagoides > são estruturas parasitárias visualizadas no exame direto com KOH 20%, são células levedureformes. Quando se visualiza, pode dar o presuntivo de cromomicose, é exclusivo da doença, mas não pode dizer a espécie. Melanina do fungo: Bloqueio da ação de enzimas hidrolíticas; Proteção contra agentes oxidativos; Efeito inibitório na fagocitose mediada pelo receptor; pode interferir na ativação do sistema complemento; Reduz a suscetibilidade aos antifúngicos. 2. Esporotricose: Micose subcutânea que tem forma clínica mais frequente a linfagite nodular ascendente, localizadas em membros superiores, são fungos sapróficas, isolados de plantas, por isso conhecido como “doença do jardineiro” são o grupo mais acometidos, e os gatos, que podem adquirir, ou serem veículos de transmissão. Agente Etiológico: Sporotix shenckii ( fungo que produz hifas e conídeos, é um fungo dimórfico, dependendo da temperatura de crescimento pode ser filamentoso 25°C (ambiente), ou se desenvolver como levedura 37°C. S. albicans; S. brasiliensis; S. globosa; S. luriei; S. mexicana. Manifestações clínicas: Cutâneo linfático: principal quadro clínico, lesões satélites (seguindo os linfonodos) Cutâneo-localizada: casos mais esporádicos, principalmente associados a crianças. (Em casos de contaminação por zoonoses, é mais comum) Cutâneo-disseminada: forma rara, atinge pacientes imunossuprimidos. Extra-cutâneo (sistêmica): forma rara, atinge pacientes imunossuprimidos. Transmissão: Inoculação traumática. Distribuição: Cosmopolita, porém não acontecia na Amazônia. É recente os casos de esporotricose. Exame direto: KOH 20%, raras leveduras em forma de navetas isoladas e em brotamento único, falso negativo. Exame de cultura, microcultivo de ridell, e teste de dimorfismo para definir que é Sporotix sp. Tratamento: Utiliza-se cetoconazol. Cutâneas Interigionosas: Regiões de drobras, atrito e calor. Onicomicose: Ungeal (unhas) Onicólise, Paroníquia. Mucosa Mucocutânea Sistêmicas Orofarigínea: "sapinho" ou co-infecção por HIV. Vulvovaginite: Eritrema, prurido, edema. Balanite: Leite coalhado, engógena. Crônica: Muito rara, geralmente em pacientes com imunodeficiência. Meningite: Esofâgica e do Trato G.I. Pneumoia e T.bronquite Candidemia
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