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Puericultura na Infância e ECA 1 💠 Puericultura na Infância e ECA 1.Compreender a consulta da puericultura, ressaltando sua sistemática e seus objetivos. Puericultura A primeira consulta do recém-nascido deverá ocorrer na sua primeira semana de vida, que constitui um momento propício para estimular e auxiliar a família nas dificuldades do aleitamento materno exclusivo, para orientar e realizar imunizações, para verificar a realização da triagem neonatal (teste do pezinho) e para estabelecer ou reforçar a rede de apoio à família. A primeira semana de saúde integral, preconizada pela publicação“Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil ,ˮ editada pelo Ministério da Saúde BRASIL, 2004a), lembra ainda da importância da verificação da Caderneta de Saúde da Criança, da identificação de riscos e vulnerabilidades ao nascer e da avaliação da saúde da puérpera. Qual instrumento utilizado: São fundamentais a utilização e o adequado preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança para o registro das principais informações de saúde da criança Caderneta de Saúde da Criança Passaporte da Cidadania/MS, 2011 Puericultura na Infância e ECA 2 (STARFIELD, 2002. Instrumentos como esse são reconhecidos como facilitadores da comunicação entre pais e profissionais Anamnese A partir da anamnese, procura-se avaliar principalmente as condições do nascimento da criança (tipo de parto, local do parto, peso ao nascer, idade gestacional, índice de Apgar, intercorrências clínicas na gestação, no parto, no período neonatal e nos tratamentos realizados) (DEMOTT et al., 2006; BRASIL, 2004a; PORTO ALEGRE, 2004 D e os antecedentes familiares (as condições de saúde dos pais e dos irmãos, o número de gestações anteriores, o número de irmãos) (BRASIL, 2004a; PORTO ALEGRE, 2004 D, muitas vezes já conhecidos pelas equipes de atenção básica. O índice de Apgar – também reconhecido popularmente pelos pais como a “notaˮ que o bebê recebe logo após nascer – no quinto minuto entre 7 e 10 é considerado normal. Apgar 4, 5 ou 6 é considerado intermediário e relaciona-se, por exemplo, com prematuridade, medicamentos usados pela mãe, malformação congênita, o que não significa maior risco para disfunção neurológica. Índices de 0 a 3 no quinto minuto relacionam-se a maior risco de mortalidade e leve aumento de risco para paralisia cerebral. No entanto, um baixo índice de Apgar, isoladamente, não prediz disfunção neurológica tardia. Exame físico completo Um exame físico completo deve ser realizado na primeira consulta de puericultura BRASIL, 2004a) [D]. É consenso que o exame físico e seus achados devem ser descritos e compartilhados com os pais, como forma de facilitar-lhes a percepção das necessidades do bebê DEMOTT et al., 2006 D. O quadro a seguir se refere às recomendações de exame físico nas primeiras semanas de vida DEMOTT et al., 2006; PORTO ALEGRE, 2004. Puericultura na Infância e ECA 3 Puericultura na Infância e ECA 4 Puericultura na Infância e ECA 5 Puericultura na Infância e ECA 6 Puericultura na Infância e ECA 7 Puericultura na Infância e ECA 8 Além de orientar sobre os hábitos de saúde: como higiene e cuidados pessoais e verificar e orientar sobre a vacinação. Exame do Jovem: Anamnese Na etapa inicial da anamnese do adolescente, com a presença dos pais ou responsáveis, devem ser abordados o motivo da consulta e informações sobre história pregressa e imunizações. Contudo, é essencial deixar bem claro desde o início que o paciente é a figura central, dirigindo-se sempre a ele. Para melhor entender o adolescente, é preciso observar durante a entrevista seu estado geral, sua postura, cuidados de higiene, modo de vestir e interação com o acompanhante A seguir, é importante pedir licença aos pais para conversar a sós com o jovem. A anamnese em si obedece roteiro similar ao de Puericultura na Infância e ECA 9 qualquer idade, com perguntas sobre a queixa principal, se houver, história da doença atual e revisão de sintomas. No entanto, a entrevista com adolescentes deve especialmente se basear em perguntas abertas, como: “Que preocupações você gostaria de me contar hoje?ˮ ou “Aconteceu algo diferente desde a última vez que conversamos?ˮ ou ainda “Fale-me sobre quem você procura para conversar quando tem algum problema ou mesmo um dia ruim .ˮ A porção mais reveladora e relevante da entrevista com o adolescente sozinho é a avaliação tão completa quanto possível do seu perfil psicossocial. Para tanto, é útil o método baseado no acrônimo AADDOLESSE, mas tal abordagem deve ser sempre precedida de uma explicação clara de por que to das aquelas perguntas são importantes. Em vista da importância da exposição do adolescente ao álcool e outras drogas, sempre que possível deve ser administra do o questionário CRAFFT Car, Relax, Alone, Forget, Friends, Trouble), um teste de triagem breve, validado e amigável para avaliar o possível uso de substâncias psicoativas. Além disso, nos dias de hoje, a anamnese não pode deixar de incluir o uso e abuso de meios eletrônicos e internet. A anamnese nutricional deve ser completa, incluindo infor mações sobre os horários em que o paciente costuma fazer suas refeições, tipos de alimento preferidos e efetivamente consumidos. A imunização contra doenças transmissíveis é um dos poucos componentes do acompanhamento de saúde cuja eficácia está amplamente documentada. Logo, faz parte da anamnese a verificação do registro das vacinas na Caderneta de Saúde do Adolescente. Exame físico O exame físico deve respeitar o pudor e o senso de privacidade do jovem, que deve vestir um avental apropriado. Cada procedimento do exame deve ser explicado e discutido. Além disso, é importante perguntar por qualquer desconforto. Recomenda-se a utilização mais efetiva do tempo, enfocando certos aspectos específicos do exame físico, de acordo com a idade. Por exemplo, há sugestões empíricas para realizar ausculta cardíaca e palpação de pulsos no início da adolescência, pois são procedimentos simples, que constituem testes de triagem Puericultura na Infância e ECA 10 sensíveis e específicos para cardiopatias congênitas. A aferição do peso e da estatura e o cálculo do índice de massa corporal IMC. Puericultura na Infância e ECA 11 Objetivo da Puericultura: Puericultura consiste em um acompanhamento periódico visando a promoção e proteção da saúde das crianças e adolescentes, por meio dela acompanha-se integralmente o ser humano de 0 a 19 anos, sendo possível identificar precocemente qualquer distúrbio de crescimento, desenvolvimento físico e mental, nutricional, dentre outros, compreendendo a criança e o adolescente como um ser em desenvolvimento com suas particularidades. A periodicidade de acompanhamento dependerá da estratificação de risco da criança, sendo que o calendário mínimo consiste em receber uma visita domiciliar de uma Agente Comunitária de Saúde ACS até o 5º dia de vida, para verificar os sinais de alerta relacionados ao recém-nascido e a puérpera, bem como a realização da triagem neonatal e a situação do aleitamento materno. Além disso, a recomendação é de que as consultas sejam mensais até o 6º mês de vida, trimestral do 6º ao 12º mês de vida, semestral do 12º ao 24º mês de vida e anualmente do 3º ao 19º ano de vida. � Conhecer o PNI, destacando as principais vacinas a serem tomadas na infância e na adolescência. No Brasil, desde o início do século XIX, as vacinas são utilizadas como medida de controle de doenças. No entanto, somente a partir do ano de 1973 é que se formulou o Programa Nacional de Imunizações PNI, regulamentado pela Lei Federal no 6.259, de 30 de outubro de 1975, e pelo Decreto n° 78.321, de 12 de agosto de Puericultura na Infância e ECA 12 1976, que instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica SNVE. O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira e tem como missãoo controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis. É considerado uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública no Brasil, em especial pelo importante impacto obtido na redução de doenças nas últimas décadas. Os principais aliados no âmbito do SUS são as secretarias estaduais e municipais de saúde. As diretrizes e responsabilidades para a execução das ações de vigilância em saúde, entre as quais se incluem as ações de vacinação, estão definidas em legislação nacional que aponta que a gestão das ações é compartilhada pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. As ações devem ser pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite CIT e na Comissão Intergestores Bipartite CIB, tendo por base a regionalização, a rede de serviços e as tecnologias disponíveis. https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2020/07/calenda rio_vacinacao_2023.pdf https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2020/07/calendario_vacinacao_2023.pdf https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2020/07/calendario_vacinacao_2023.pdf Puericultura na Infância e ECA 13 Puericultura na Infância e ECA 14 Puericultura na Infância e ECA 15 Puericultura na Infância e ECA 16 � Identificar as vulnerabilidades presentes na infância e na adolescência, enfatizando suas repercussões no crescimento e no desenvolvimento Artigo Estudos evidenciam que o atraso no desenvolvimento infantil está associado com situações socioeconômicas como pobreza, baixa escolaridade, condições precárias de moradia, desnutrição e falta de acesso a recursos educacionais e de saúde.67 Assim, justifica-se afirmar que o desenvolvimento infantil deve ser uma prioridade política, em particular na primeira infância, o que demanda o compromisso de toda a sociedade e o incremento de políticas públicas que visem dirimir as iniquidades dos determinantes sociais e busquem atender às necessidades de saúde conforme o seu grau de vulnerabilidade. Entre os fatores de vulnerabilidades das crianças e adolescentes pode-se destacar: Puericultura na Infância e ECA 17 • os riscos inerentes à dinâmica familiar: são os problemas relacionados ao alcoolismo, aos conflitos entre casais que fazem da criança a testemunha de ofensas e agressões; enfim, toda forma de violência doméstica, traumas, abusos sexuais, carências afetivas, etc.; • os riscos relacionados ao lugar de moradia: a precariedade da oferta de instituições e serviços públicos, a disponibilidade dos espaços destinados ao lazer, as relações de vizinhança, a proximidade a localização dos pontos de venda controlados pelo tráfico de drogas; • os riscos relacionados à forma de repressão policial às atividades do tráfico de drogas e a violência urbana; • o risco do trabalho realizado pelas instituições que os recebem: constituem os abusos praticados por profissionais, que são encobertos por uma estratégia de funcionamento que exclui a participação social; • os riscos à saúde: compreende a ausência de um trabalho de prevenção e o acesso ao atendimento médico e hospitalar; • os riscos do trabalho infantil: muitas são as crianças exploradas até pela própria família, trabalhando na informalidade; Vulnerabilidade no desenvolvimento da criança pode ser definida como a chance ou oportunidade de a criança sofrer prejuízos ou atrasos em seu desenvolvimento devido à influência de fatores de ordem individual, social e programática, os quais se constituem em situações adversas Referências Avalie a presença de situações de risco e vulnerabilidade à saúde do recém- nascido Situações de vulnerabilidade D Criança residente em área de risco; Baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g); Prematuridade (menos de 37 semanas gestacionais); Asfixia grave ou Apgar menor do que 7 no 5º minuto; Internações/intercorrências; Mãe com menos de 18 anos de idade; Puericultura na Infância e ECA 18 Mãe com baixa escolaridade (menos de oito anos de estudo); História familiar de morte de criança com menos de 5 anos de idade. Outras situações reconhecidas de vulnerabilidade: aleitamento materno ausente ou não exclusivo, gestação gemelar, malformação congênita, mais do que três filhos morando juntos, ausência de pré-natal, problemas familiares e socioeconômicos que interfiram na saúde da criança, problemas específicos da criança que interfiram na sua saúde, não realização de vacinas, identificação de atraso no desenvolvimento e suspeita ou evidência de violência. Entre as situações familiares consideradas de vulnerabilidade, encontram-se as seguintes: gravidez de alto risco ou eventos traumáticos para a mãe durante a gestação, presença de rupturas e conflitos do casal quando da descoberta da gravidez, separações e lutos na família, mãe em situação de sofrimento agudo ou diagnóstico de doença mental, parto difícil ou traumático, pais com dificuldades de assumir a parentalidade (tornar-se pai e tornar-se mãe) e famílias com problemas múltiplos (drogadição, alcoolismo, pobreza, condições crônicas). Fatores de risco na adolescência Fatores de risco são condições ou variáveis associadas a uma alta probabilidade de ocorrência de resultados negativos ou indesejáveis. Entre eles, incluem os comportamentos que podem comprometer a saúde, o bem-estar ou o desempenho social do indivíduo. Os fatores de risco associados ao desenvolvimento de distúrbios abrangem características individuais e ambientais. As características individuais incluem sexo, variáveis demográficas, habilidades sociais e intelectuais, história genética e aspectos psicológicos; as ambientais incluem eventos estressantes de vida, área residencial, apoio social e características familiares e culturais. Quando se fala dos riscos na adolescência, é possível destacar duas divisões de risco: a primeira diz respeito ao risco de os adolescentes desenvolverem patologias orgânicas, englobando variáveis que vão interferir no funcionamento biológico. A segunda refere-se ao risco de desenvolverem patologias relacionadas a fatores socioambientais. É possível dizer que os riscos podem estar no ambiente, como também no próprio sujeito, ou seja, existem situações em que o adolescente se envolve que promovem o risco de desenvolver algum tipo de doença (riscos da saúde), como Puericultura na Infância e ECA 19 também ocorrem comportamentos que colocam os adolescentes em grupo de risco, por exemplo, o uso de drogas ou a marginalidade (riscos sociais). A concepção de risco para os adolescentes é formada a partir da singularidade em que eles se expõem ao âmbito da violência, do abuso de drogas e da precocidade das experiências sexuais sem a devida proteção. São riscos que o adolescente encontra no cotidiano de sua comunidade, ou seja, quando permeia seus processos proximais. Nesse sentido, a teoria dos sistemas ecológicos é destacada para os fatores de risco na adolescência, pois os riscos não são originados de forma isolada, independente e fragmentada; é a exposição ao perigo que os potencializa dentro dos vários contextos. Assim, o ambiente ecológico do desenvolvimento humano não está limitado a um único contexto imediato, ele é concebido como estruturas concêntricas e inter- relacionadas que afetam o desenvolvimento do indivíduo. O desenvolvimento ecológico humano divide-se em quatro níveis dinâmicos e inter-relacionados: tempo, pessoa, processo e contexto. Diante disso, os fatores de riscos que afetam os adolescentes estão no contexto do ambiente e nas pessoas com as quais interagem e têm proximidade. A convivência social dos adolescentes é formada por grupos de identificação, sendo esses grupos um importante fator de risco, pois eles passam a ter o mesmo comportamento dos demais componentes do grupo. Dessa forma, se o grupo é tabagista e usuário de substâncias psicoativas, certamente o adolescente será influenciado ao uso também, pois para participar de um grupo é necessário queesteja afinado com as mesmas tendências. No convívio social, o adolescente experimenta uma gama de influências que favorecem a probabilidade de pertencer a grupos de risco. No combate aos fatores de risco estão os fatores protetivos, que se classificam em três tipos: 1 fatores individuais: elevação da autoestima, autocontrole, autonomia, afetuosidade e flexibilidade; 2 fatores familiares: estabilidade, respeito mútuo, apoio/suporte; 3 fatores ambientais: bom relacionamento com amigos, professores ou pessoas significativas que assumam papel de referência segura ao adolescente. Entre os fatores de proteção para que os jovens não sejam influenciados pelo contexto social de forma negativa, colocando em risco seu desenvolvimento saudável, as estratégias educativas são fundamentais, nas quais é importante a participação de Puericultura na Infância e ECA 20 educadores, familiares e profissionais da saúde para que os jovens formem uma base de conhecimentos a fim de que não se deixem influenciar e, com isso, diminuam os fatores de risco e aumentem os fatores de proteção aos adolescentes. � Conhecer o ECA, enfatizando o direito à vida e à saúde( Lei de criação do ECA. Resumo O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que regulamenta o artigo 227 da Constituição Federal, define as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento, que demandam proteção integral e prioritária por parte da família, sociedade e do Estado. Como consequência da doutrina de proteção integral à criança e ao adolescente, o ECA prevê a integração operacional dos órgãos e instituições públicas e entidades da sociedade civil, visando à proteção, à responsabilização por ação ou omissão de violação dos direitos, à aplicação dos instrumentos postulados pelo sistema e à interação entre os atores desse sistema. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, Puericultura na Infância e ECA 21 espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 6º Na interpretação desta lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. CAPÍTULO I Do Direito à Vida e à Saúde Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal. § 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema. § 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a Puericultura na Infância e ECA 22 acompanhou na fase pré-natal. § 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele necessitem. § 4º Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal. § 5º A assistência referida no § 4º deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção. Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: I manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; II identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; III proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais; IV fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato; V manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe. Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. § 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado. § 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, Puericultura na Infância e ECA 23 nos casos de internação de criança ou adolescente. Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao conselho tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.� Descrever os riscos da gravidez na adolescência destacando os aspectos biopsicossociais. Embora as adolescentes grávidas tenham uma média mais alta de complicações da gravidez, a maioria das adolescentes tem gestações sem grandes complicações médicas, dando à luz bebês saudáveis. As mães adolescentes têm taxas mais baixas de doenças crônicas, como diabete, e de gravidez gemelar. No entanto, o risco de nascimento de recém-nascido com baixo peso e prematuro é maior. A mãe adolescente também tem uma taxa maior de anemia, hipertensão e ganho de peso insuficiente, este último muito relacionado ao pré-natal tardio. Elas também têm maiores taxas de doenças sexualmente transmissíveis, quando comparadas a mulheres mais velhas sexualmente ativas. As adolescentes têm taxas mais altas de violência durante a gravidez. A violência está associada a traumas e morte, bem como a partos pré- termos, baixo peso ao nascimento, abuso de drogas e baixa adesão ao pré-natal. É fundamental esclarecer à adolescente a importância de fazer um acompanhamento pré-natal em um setor adequado com obstetra e, se possível, com uma equipe multidisciplinar; fazer os exames sorológicos; recomendar as vacinações necessárias de acordo com a carteira da saúde e avaliação nutricional. Puericultura na Infância e ECA 24 Depois do parto, podem ocorrer sintomas depressivos em 40 a 50% das mães adolescentes norte-americanas. A depressão pode ser maior quando há estressores sociais adicionais e pouco apoio social. A maioria das mães adolescentes que abusa de drogas diminui esse uso durante a gravidez, porém o uso começa a aumentar em torno de 6 meses após o parto, o que leva a uma dificuldade na criação de seu filho e retorno à escola. Aproximadamente 30% das mães adolescentes engravidam novamente nos dois primeiros anos após o parto. A assistência pré-natal também é negligenciada nessa segunda gravidez. Outras fontes: Falta de orientação sexual na família e na escola trazem sérios problemas e riscos aos adolescentes que vão além da gravidez não planejada. A evasão escolar, a rejeição familiar, a não realização do pré-natal, o aborto em condições inseguras, o aborto espontâneo, a mortalidade materna e nascimento prematuro estão entre os problemas gerados. Embora as adolescentes grávidas tenham uma média mais alta de complicações da gravidez, a maioria das adolescentes tem gestações sem grandes complicações médicas, dando à luz bebês saudáveis. As mães adolescentes têm taxas mais baixas de doenças crônicas, como diabete, e de gravidez ge melar. No entanto, o risco de nascimento de recém-nascido com baixo peso e prematuro é maior. A mãe adolescente também tem uma taxa maior de anemia, hipertensão e ganho de peso insuficiente, este último muito relacionado ao pré-natal tardio. Elas também têm maiores taxas de doenças sexualmente transmissíveis, quando comparadas a mulheres mais velhas sexualmente ativas. As adolescentes têm taxas mais altas de violência durante a gravidez. A violência está associada a traumas e morte, bem como a partos pré- termos, baixo peso ao nascimento, abuso de drogas e baixa adesão ao pré-natal. É fundamental esclarecer à adolescente a importância de fazer um acompanhamento pré-natal em um setor adequado com obstetra e, se possível, com uma equipe multidisciplinar; fazer os exames sorológicos; recomendar as vacinações necessárias de acordo com a carteira da saúde e avaliação nutricional. Depois do parto, podem ocorrer sintomas depressivos em 40 a 50% das mães adolescentes norte-americanas. A depressão pode ser maior quando há estressores sociais adicionais e pouco apoio social. A maioria das mães adolescentes que abusa de drogas diminui esse uso durante a gravidez, porém o Puericultura na Infância e ECA 25 uso começa a aumentar em torno de 6 meses após o parto, o que leva a uma dificuldade na criação de seu filho e retorno à escola. Aproximadamente 30% das mães adolescentes engravidam novamente nos dois primeiros anos após o parto. A assistência pré-natal também é negligenciada nessa segunda gravidez. � Conhecer o Programa Protege Brasil, enfatizando a proteção integral da criança e do adolescente(Decreto 11.074. DECRETO Nº 11.074, DE 18 DE MAIO DE 2022 Altera o Decreto nº 9.579, de 22 de novembro de 2018, para instituir o Programa de Proteção Integral da Criança e do Adolescente Protege Brasil e o seu Comitê Gestor. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso VI, alínea "a", da Constituição, D E C R E T A Art. 1º O Decreto nº 9.579, de 22 de novembro de 2018, passa a vigorar com as seguintes alterações: "TÍTULO VIA DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 125A. Fica instituído o Programa de Proteção Integral da Criança e do Adolescente Protege Brasil, de caráter intersetorial, multidisciplinar e permanente, como estratégia nacional de proteção integral da criança e do adolescente." NR "Art. 125B. O Programa Protege Brasil será coordenado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos." NR "CAPÍTULO I DA FINALIDADE DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇAE DO ADOLESCENTE Puericultura na Infância e ECA 26 Art. 125C. O Programa Protege Brasil tem como objetivo fomentar e implementar ações para o desenvolvimento integral e saudável da criança e do adolescente. Parágrafo único. As ações a que se refere ocaputserão complementares àquelas desenvolvidas no âmbito do PPCAAM, conforme o previsto no Título VI." NR "CAPÍTULO II DAS AÇÕES DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 125D. Para a consecução do objetivo de que trata o art. 125C, o Programa Protege Brasil desenvolverá e implementará: I o Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precoce e Gravidez na Adolescência; II o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes; III o Plano de Ação para Crianças e Adolescentes Indígenas em Situação de Vulnerabilidade; e IV o Pacto Nacional de Prevenção e de Enfrentamento da Violência Letal contra Crianças e Adolescentes. Parágrafo único. As ações de que tratam os incisos I a IV docaputconstarão de instrumentos próprios, individualizados, com a descrição detalhada das fases e das etapas de desenvolvimento e de implementação das políticas públicas inerentes." NR "Seção I Do Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precocee Gravidez na Adolescência Art. 125E. O Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precoce e Gravidez na Adolescência tem como finalidade mitigar as doenças e os agravos físicos e psicoemocionais decorrentes da iniciação sexual precoce e os riscos da gravidez na adolescência. § 1º São diretrizes do Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precoce e Gravidez na Adolescência: Puericultura na Infância e ECA 27 I articulação entre os atores públicos e sociais na construção e na implementação do Plano; II participação dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de entidades públicas e privadas na execução do Plano; III prevenção primária a causas e a fatores de risco sexual precoce; IV educação sexual abrangente; V formação e capacitação de profissionais que atuem na rede de promoção, proteção e defesa dos direitos de crianças e de adolescentes; VI multiplicidade étnico-racial, considerados os traços culturais e de linguagem dos povos e das comunidades tradicionais; VII uso de tecnologias para a disponibilização e a divulgação de materiais educativos; VIII participação da família nas ações de prevenção primária ao risco sexual precoce; IX fortalecimento dos vínculos familiares para redução de causas e de fatores de risco sexual precoce; X atenção e acompanhamento especializados a crianças e a adolescentes com deficiência; e XI ampla divulgação de informações sobre violência sexual e estupro de vulnerável por meio dos canais públicos de comunicação, sobretudo, os meios digitais. § 2º A participação dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de entidades públicas e privadas será voluntária e formalizada por meio de instrumento próprio de adesão. § 3º O instrumento de que trata o § 2º será disponibilizado por meio do Sistema Nacional de Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos." NR "Seção II Do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência contra Criançase Adolescentes Puericultura na Infância e ECA 28 Art. 125F. O Plano Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes tem como finalidade articular e desenvolver políticas destinadas à garantia da proteção integral de crianças e de adolescentes. Parágrafo único. São diretrizes do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes: I desenvolvimento de habilidades parentais e protetivas à criança e ao adolescente; II integração das políticas públicas de promoção e de defesa dos direitos humanos de crianças e de adolescentes; III articulação entre os atores públicos e sociais na construção e na implementação do Plano; IV formação e capacitação continuada dos profissionais que atuem na rede de promoção, de proteção e de defesa dos direitos de crianças e de adolescentes vítimas ou testemunhas de violência; V aprimoramento das estratégias para o atendimento integrado, prioritário e especializado de crianças e de adolescentes vítimas ou testemunhas de violência; VI fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente vítima ou testemunha de violência; VII aprimoramento contínuo dos serviços de denúncia e de notificação de violação dos direitos da criança e do adolescente; VIII fortalecimento da atuação das organizações da sociedade civil na área da defesa dos direitos humanos de crianças e de adolescentes; e IX produção de conhecimento, de estudos e de pesquisas para o aprimoramento do processo de formulação de políticas públicas na área do enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes." NR "Seção III Do Plano de Ação para Crianças e Adolescentes Indígenas em Situaçãode Vulnerabilidade Art. 125G. O Plano de Ação para Crianças e Adolescentes Indígenas em Situação de Vulnerabilidade tem como finalidade implementar ações de defesa das Puericultura na Infância e ECA 29 garantias e dos direitos de crianças e de adolescentes indígenas. Parágrafo único. São diretrizes do Plano de Ação para Crianças e Adolescentes Indígenas em Situação de Vulnerabilidade: I aprimoramento dos fluxos de atendimento de crianças e de adolescentes indígenas em situação de vulnerabilidade pelos órgãos da administração pública federal competentes; II promoção da conscientização e da educação da sociedade e dos povos indígenas para o enfrentamento das práticas nocivas e para a garantia de proteção dos direitos humanos de crianças e de adolescentes indígenas, resguardados a organização social, os costumes, as línguas, as crenças e as tradições dos povos indígenas; III modernização da legislação que trata dos povos indígenas com vistas a fortalecer a política indigenista destinada a crianças e a adolescentes, consultadas as comunidades indígenas; e IV mobilização de atores institucionais e sociais, articulação interinstitucional e participação social." NR "Seção IV Do Pacto Nacional de Prevenção e de Enfrentamento da Violência Letal contra Crianças e Adolescentes Art. 125H. O Pacto Nacional de Prevenção e de Enfrentamento da Violência Letal contra Crianças e Adolescentes tem como objetivo promover a redução de mortes por agressão a crianças e a adolescentes mediante a articulação entre o Governo federal e os Governos estaduais e distrital. § 1º O Pacto Nacional adotará critério de certificação pelo compromisso dos entes federativos aderentes com o desenvolvimento das seguintes ações de prevenção e de enfrentamento da violência letal contra crianças e adolescentes: I criação e pleno funcionamento de comitês estaduais e distrital de prevenção e de enfrentamento da violência letal contra crianças e adolescentes, com especial atuação nas localidades que apresentem os maiores índices de letalidade de crianças e de adolescentes; Puericultura na Infância e ECA 30 II criação e implementação dos planos estaduais e distrital de prevenção e de enfrentamento da violência letal contra crianças e adolescentes; e III apresentação de dados estatísticos que comprovem a redução dos índices de violência letal contra crianças e adolescentes. § 2º A adesão dos entes federativos ao Pacto Nacional será feita por meio das secretarias responsáveis pela promoção e pela defesa dos direitos humanos de crianças e de adolescentes, mediante instrumento de adesão, na forma estabelecida em ato do Ministro de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos." NR "CAPÍTULO III DA EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇAE DO ADOLESCENTE Art. 125I. As ações do Programa Protege Brasil serão executadas por meio da atuação conjunta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de entidades públicas e privadas. Parágrafo único. Na execução das ações do Programa Protege Brasil, serão observadas a intersetorialidade, as especificidades das políticas públicas setoriais e a participação da sociedade civil." NR "Art. 125J. Os recursos financeiros necessários à execução das ações de que trata o Programa Protege Brasil decorrerão: I do Orçamento Geral da União; II de parcerias público-privadas; e III de parcerias com os Estados, com o Distrito Federal e com os Municípios. Parágrafo único. As despesas decorrentes das ações do Programa Protege Brasil correrão à conta das dotações orçamentárias consignadas ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento da programação orçamentária e financeira anual." NR "Art. 125K. A execução do Programa Protege Brasil será acompanhada e avaliada pelo Comitê Gestor do Programa Protege Brasil." NR Puericultura na Infância e ECA 31 "CAPÍTULO IV DO COMITÊ GESTOR DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇAE DO ADOLESCENTE Art. 125L. Fica instituído o Comitê Gestor do Programa Protege Brasil, órgão consultivo e de assessoramento, no âmbito do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos." NR "Art. 125M. Ao Comitê Gestor do Programa Protege Brasil compete: I apoiar as ações do Programa Protege Brasil; II acompanhar a execução, avaliar e propor o aprimoramento das ações do Programa Protege Brasil; e III articular e apoiar os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as organizações da sociedade civil na adoção de estratégias para a implementação das ações do Programa Protege Brasil." NR "Art. 125N. O Comitê Gestor do Programa Protege Brasil é composto por representantes dos seguintes órgãos: I três do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, dos quais um da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que o coordenará; II três do Ministério da Cidadania; III três do Ministério da Educação; IV três do Ministério da Justiça e Segurança Pública; V três do Ministério da Saúde; e VI um do Ministério do Turismo; § 1º Cada membro do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e seus impedimentos. § 2º Os membros do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil e os respectivos suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãos que representam e designados em ato do Ministro de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos." NR Puericultura na Infância e ECA 32 "Art. 125O. O Comitê Gestor do Programa Protege Brasil se reunirá, em caráter ordinário, trimestralmente e, em caráter extraordinário,mediante convocação do seu Coordenador ou da maioria de seus membros. § 1º O quórum de reunião do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil é de maioria absoluta e o quórum de aprovação é de maioria simples. § 2º Na hipótese de empate, além do voto ordinário, o Coordenador do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil terá o voto de qualidade. § 3º Os membros do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil que se encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente ou por videoconferência, nos termos do disposto no Decreto nº 10.416, de 7 de julho de 2020, e os membros que se encontrarem em outros entes federativos participarão da reunião por meio de videoconferência. § 4º A data e o horário de início e de término das reuniões e a pauta de deliberações serão especificados no ato de convocação das reuniões do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil. § 5º O Coordenador do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil poderá convidar representantes de órgãos e entidades públicas e de entidades não governamentais e especialistas, para participar de suas reuniões, sem direito a voto." NR "Art. 125P. A participação no Comitê Gestor do Programa Protege Brasil será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada." NR "Art. 125Q. A Secretaria-Executiva do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil será exercida pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos." NR "Art. 125R. O relatório das atividades do Comitê Gestor do Programa Protege Brasil será encaminhado aos titulares dos órgãos que o compõem, na primeira quinzena de janeiro de cada ano." NR Art. 2º Ficam revogados: I os art. 30 a art. 33 do Decreto nº 9.579, de 2018; e II o Decreto nº 10.701, de 17 de maio de 2021. Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Puericultura na Infância e ECA 33 Brasília, 18 de maio de 2022; 201º da Independência e 134º da República.
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