ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA FUNDAÇÕES

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA – FUNDAÇÕES
Nome Completo: Mário Régio
Matrícula: 01454948
Curso: Engenharia Civil
Polo: Guarulhos-SP
NOTA 10/10
1 – Introdução
 A NBR 16903 de 09/2020 Especifica detalhadamente o método de ensaio para prova de carga em fundações profundas. São aplicadas em todos os tipos de estacas, inclusive em tubulões e em estacas verticais e inclinadas, independente do processo de execução e de instalação do terreno.
 Segundo Alledi e Polido (2008) entre os métodos de avaliação de capacidade de carga, a prova de carga ainda é o método mais confiável, tendo outros métodos semiempírico que se caracterizam por utilizarem dados e ensaios de campo.
 Há outros métodos para a prova de carga estática, de modo a permitir uma análise conjunta, tal qual Albuquerque (1996, 2001, 2016), Muchet (2008) Nogueira (2004 e Garcia (2006 e 2015). A ABNT NBR 12.121 (ABNT 2006) ainda trás o método de ensaio detalhado.
 A NBR 6122 (2010) é a norma técnica que trata do projeto e execução de fundações para construções, estabelece os requisitos e diretrizes para o planejamento, cálculo e execução das fundações de edificações e demais estruturas. Aborda diversos aspectos sobre às fundações, como:
· Detalha os diferentes tipos de fundações, como as superficiais: radier, sapatas e as fundações profundas estacas e tubulões
· Fornece orientações como projetar fundações, considerando a carga, condições do solo, profundidade entre outros.
· Demonstra a necessidade de realizar ensaios geotécnicos onde a fundação será construída.
· Estabelece padrões de controle de qualidade para assegurar que as fundações atendam ao projeto e as normas de segurança.
2 – Em que consiste a prova de carga estática em estacas?
 Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 12131 (2006), a prova de carga estática basicamente é o serviço que consiste em aplicar esforços estáticos na estaca e registrar os deslocamentos. Os esforços podem ser de compressão, tração, axiais ou transversais. A NBR 6122 (2010) a partir de 2010 passou a exigir em 1% das estacas da obra a realização de ensaio, sendo o fator de segurança (FS) de no mínimo 2,0 com relação a carga de ruptura obtida na prova de carga.
Figura 1. Prova de carga estática em estaca
 
Fonte: Google (2024) - www.geoquality.com.br 
3 – Qual a aparelhagem usada no ensaio?
 No ensaio para a prova de carga estáticas em estacas são utilizados macacos hidráulicos alimentados por bombas elétricas ou manuais. Os equipamentos devem estar devidamente calibrados e reconhecidos pelo Inmetro com prazo de vigência não superior a 6 meses, conforme a Associação de Brasileira de Normas Técnicas NBR 12131 (2006). Um sistema de reação (estacas de reação, cargueiras, tirantes ou alguma estrutura existente), dispositivos para medir as forças (células de carga ou manômetros) e de deslocamentos (deflectômetros e extensômetros)
4 – Como é executado o ensaio?
Na execução consiste em carregar a estaca até a ruptura ou até duas vezes o valor previsto para a sua carga de trabalho, podem ser de três tipos: Lento (SML), Rápido (QML) e misto. O ensaio lento (SML) é executado em carregamentos iguais e sucessivos sendo que a carga aplicada em cada estágio não deve ser superior à 20% da carga de trabalho prevista para cada estaca ensaiada. Em cada etapa do ensaio a carga deve ser mantida até a estabilização dos deslocamentos por um tempo mínimo de 30 minutos, mantenho a carga máxima após a finalização do carregamento durante12 horas entre a estabilização do recalque e o início do descarregamento.
Nos ensaios rápidos (QML), o carregamento dever ser executado em ensaios sucessivos e não deve ser superior a 10% da carga de trabalho prevista para cada estaca ensaiada, em cada etapa deve ser mantida em 10 minutos até a estabilização dos deslocamentos, devendo ainda obrigatoriamente ser mantida em cada etapa do processo do início ao fim.
Geralmente, as cargas são aplicadas por macaco hidráulico calibrado, centradas em relação ao eixo da fundação, sem provocar vibrações e choques durante o carregamento
5 – Como é apresentado o resultado?
Deve haver muito cuidado na análise de resultados ao se comparar os valores obtidos em ensaios, com a previsão de comportamento de obras, outro fator importante, a velocidade do carregamento pode influenciar no comportamento do solo ou do conjunto solo-fundação. A NBR 12131 e a NBR 6489 quem define as informações e resultados que devem constar nos relatórios de ensaios:
· Descrever no ensaio a localização, instalação, montagem, equipamentos, data e início da hora e fim;
· Ocorrências, natureza, característica do terreno e perfil geotécnico em sondagem próxima;
· Descrição dos elementos de fundação ensaiado;
· Curva “curva x recalque” ou “pressão x recalque” indicando os tempos de início e fim de cada estágio e os recalques.
Nas medições e leitura dos deslocamentos do topo das estacas ensaiadas são utilizados deflectômetros mecânicos. Os valores obtidos formará a curva “ carga x recalque” considerando os deslocamentos iniciais e finais de cada estágio.
O resultado de prova de carga sobre estaca individual, será demonstrado pelo gráfico “carga x recalque” divido em três regiões:
· Quase proporcionalidade entre a “ carga e recalque”: utilizada para determinar o coeficiente de recalque;
· Deformação viscoplástica: não apresenta possibilidade de relacionamento teórico entre “ carga e recalque”;
· Ruptura: define a capacidade de carga ou carga de ruptura da estaca, quando o recalque aumenta indefinidamente com pequenos ou nenhum acréscimo de carga.
As interpretações de resultados são de acordo com a Associação de Normas Brasileira NBR 6122. Quando são realizadas exclusivamente para avaliação de desempenho as estacas em teste devem ser levadas a pelo menos 1,6 vezes a carga admissível de projeto.
6 – Quais são os parâmetros de dimensionamento para a estaca hélice?
Dependendo do tipo da estaca hélice continua quando solicitadas a cagas de compressão e tensões limitadas a 5 ou 6 mpa, pode sem executadas em concreto sem armadura, exceto quanto a armadura de ligação com o bloco. Quando resultem em tensões superiores as estacas ou tubulões devem serem dotadas de armadura de acordo com Norma Brasileira (ABNT) NBR 6118.
Em relação a resistência do concreto FCK deve ser aplicado um fator reduto de 0,85 para levar em conta a diferença entre os resultados de ensaio rápidos de laboratório a resistência sob a ação de cargas de longa duração
TABELA DE CARGA ESTRUTURAL PARA ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
	ESTACA HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA
	Diâmetro (cm)
	Carga Estrutural (tf)
	30
	45
	40
	80
	50
	130
	60
	180
	70
	240
	80
	320
Veloso; Lopes (2010) Em relação as vantagens principais da estaca hélice continua, destacam-se o baixo nível de vibrações e a elevada produção, o que acarreta em uma grande aceitação do sistema. A ABNT NBR 6122 (2010) determina que na execução da fundação dever ter um monitoramento eletrônico com sensores instalados na perfuratriz.
Figura 2. Estaca Hélica
Fonte: Google (2024) - Tecnogeo Ground 
Referências Bibliográficas:
ALLEDI, Cala Therezinha Dalvi Borjaille, D.Sc., Universidade Federal de Viçosa, novembro de 2013. Transferência de Carga de Estacas Hélice Contínua em Profundidade.
ALBUQUERQUE, P. J. R. Análise do comportamento de estaca pré-moldada de pequeno diâmetro, instrumentada, em solo residual de diabásio da região de Campinas. 2006. 
ALBUQUERQUE, P. J. R. Avaliação do Emprego de Prova de Carga Estática e Ensaio de Carregamento Dinâmico em Estacas Tipo Hélice Contínua. 2016. 
ALBUQUERQUE, P. J. R.; GARCIA, J.R. Engenharia de Fundações. 1 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2020. 
ALLEDI, C. T. D. B.; POLIDO, U. F. Capacidade de carga de estaca hélice contínua previsão por métodos semiempíricos prova de carga. São Paulo-SP. 2008 Universidade estadual de campinas faculdade de engenharia civil t. p. 149, 2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12131– Estacas – Prova de Carga Estática – Métodode Ensaio. Rio de Janeiro. 2006. 
MUCHETI, Alexsander Silva. Estacas Hélice Segmentada : Execução , Verificação De Integridade E Estudo Do Comportamento. p. 123, 2008.
Disponível em: UNICAMP. https://www.prp.unicamp.br. Acesso em 18/02/2024