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Zoologia Geral

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Prévia do material em texto

Professor(a) Esp. Heloiza Helen da Silva
ZOOLOGIA GERAL
REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença 
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto 
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
 Caroline da Silva Marques 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
 Hugo Batalhoti Morangueira
 Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira 
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos
 Kauê Berto
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 Thassiane da Silva Jacinto 
 
FICHA CATALOGRÁFICA
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
S586z Silva, Heloiza Helen da
 Zoologia geral / Heloiza Helen da Silva
 Paranavaí: EduFatecie, 2023.
 98 p.: il. Color.
 
 1. Zoologia. 2. Invertebrados. I. Centro Universitário
 UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título. 
 
 CDD: 23. ed. 591
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas dos bancos de imagens 
Shutterstock .
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
https://www.shutterstock.com/pt/
3
Professor(a) Esp. Heloiza Helen da Silva
• Especialista Em Gestão Ambiental em Municípios (UTFPR)
• Especialista em Biologia: Morfofisiologia do Organismo Humano e sua Integra-
ção com o Meio Ambiente (FAFIJAN)
• Habilitação em Biologia (UNIPAR)
• Ciências (FAFIPA)
Trabalhou como professora efetiva do Ensino Fundamental e Médio nas modalida-
des Regular e Educação de Jovens e Adultos e atuou na Secretaria de Estado da Educação 
no setor de Legislação Escolar.
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/0202267381493791
AUTOR
http://lattes.cnpq.br/0202267381493791
4
É muito bom ter você aqui! Seja bem-vindo(a)!
Novos projetos sempre nos propõem grandes desafios, e estudar o Reino Animal 
— grupo com maior número de representantes dentre os seres vivos, desde a sua forma 
mais simples até a mais complexa, permeando de sua origem e evolução, sua estrutura 
morfofisiológica e suas interações entre si e com o meio em que vivem possibilitará, além 
de conhecimento científico, o despertar de condutas para a conservação e manejo da 
biodiversidade, pois o equilíbrio do planeta está diretamente ligado à diversidade animal.
O ramo da Biologia especializado no estudo científico das espécies animais (vivas 
ou extintas) chama-se Zoologia.
Com o intuito de proporcionar uma melhor compreensão e assimilação das infor-
mações vamos apresentar os conteúdos em quatro unidades.
Na unidade I, iniciaremos com o conceito e a importância da Zoologia, onde tere-
mos uma visão geral da diversidade animal, conhecendo sua classificação e a importância 
da Nomenclatura Científica para atribuição de nomes às espécies.
Na unidade II, embarcaremos no complexo mundo dos invertebrados, onde estuda-
remos os Protozoários (primeiros seres vivos considerados animais); Poríferos — conheci-
dos como esponja; Cnidários, comumente representados pelas águas-vivas; Platelmintos e 
Nematelmintos, ambos popularmente conhecidos como vermes.
Na unidade III, continuaremos no mundo dos invertebrados, onde serão estudados 
os Anelídeos, onde o representante mais conhecido e de grande importância agrícola é a 
minhoca; os Moluscos, animais de corpo mole e facilmente identificados pelo rastro que 
deixam por onde passam; os Artrópodes — maior grupo de animais catalogados e os 
Equinodermos — exclusivamente marinhos.
Na unidade IV, serão estudados os animais Vertebrados, que inclui os Peixes — to-
dos aquáticos; os Anfíbios — animais de vida dupla; os Répteis — primeiros animais exclusi-
vamente terrestres; as Aves e Mamíferos — ambos com capacidade de manter a temperatura 
corporal. Os vertebrados são de grande importância na saúde, economia e lazer.
Após esta breve apresentação dos assuntos que serão estudados, desejo que 
jamais lhe falte motivação e que você possa, ao longo dessa caminhada, intensificar e 
implementar seu conhecimento.
 Bom estudo!
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
5
UNIDADE 4
A Diversidade Mais Complexa
do Reino Animal
Invertebrados — Uma Variedade de 
Seres Vivos — Parte II
UNIDADE 3
Invertebrados — Uma Variedade de 
Seres Vivos — Parte I
UNIDADE 2
O Estudo Científico dos Animais
UNIDADE 1
SUMÁRIO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Plano de Estudos
• Introdução À Zoologia 
• Classificação e nomenclatura zoológica
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar Zoologia e perceber sua importância para a preservação 
da fauna e flora existentes em nosso planeta;
• Contemplar a magnitude da diversidade animal;
• Conhecer alguns sistemas de classificação dos seres vivos ao longo 
dos tempos e a importância dessa organização para os estudos;
• Compreender o objetivo da Nomenclatura Científica;
• Aprender as principais regras utilizadas na designação científica 
dos seres vivos.
Professor(a) Esp. Heloiza Helen da Silva
O ESTUDO CIENTÍFICO O ESTUDO CIENTÍFICO 
DOS ANIMAISDOS ANIMAIS1UNIDADEUNIDADE
INTRODUÇÃO
7O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
Olá! Seja bem-vindo(a) a nossaPrimeira Unidade da disciplina de Zoologia Geral. 
É com grande satisfação que preparo este material de estudo e início lhe questio-
nando: você já parou para observar a diversidade de vida que nos cerca, quantas espécies 
já passaram pelo nosso planeta e quantas estão aqui e ainda não conhecemos? Como 
essas espécies estão ligadas à existência humana? Como garantir a sustentabilidade do 
planeta? O que nos diferencia dos demais animais? Como explicamos essa grande diversi-
dade de seres vivos? Qual a importância dos animais para a economia?
A ciência que estuda a vida em seus mais variados aspectos e procura responder 
a esses e outros questionamentos é a Biologia e devido a sua complexidade é subdividida 
em várias áreas, entre elas está a Zoologia que estuda especificamente o Reino Animal.
O equilíbrio dos ecossistemas está diretamente ligado à interação das espécies 
entre si e com o meio, por isso a necessidade de conhecer as características gerais e 
específicas dos animais desde os tempos primórdios, vem de encontro com condutas a fim 
de minimizar prejuízos para o meio ambiente e até mesmo para a economia.
Também sabemos que os seres vivos são “batizados” pela população, o que oca-
siona um mesmo ser vivo receber vários nomes dentro de um país e pelo mundo. Então, 
com o objetivo de favorecer os estudos, um outro ramo dentro da Biologia é responsável 
por organizar esses seres vivos em categorias, agrupando-os de acordo com suas caracte-
rísticas comuns, bem como por suas relações de parentesco evolutivo e também fazendo 
a identificação através da Nomenclatura Científica — que é adotada internacionalmente e 
obedece às mesmas regras — o que permite a comunicação entre diversos profissionais.
Espero que esteja animado(a) para iniciar essa fantástica viagem pela nossa Biodi-
versidade, em especial pelo mundo animal.
INTRODUÇÃO
À ZOOLOGIA1
TÓPICO
8O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
1.1. O que é Zoologia
Segundo o Dicionário Etimológico, a palavra Zoologia é proveniente do grego zoon 
= “animal” e logos = “estudo”, ou seja, ciência que estuda os animais em seus múltiplos 
aspectos.
A proximidade do homem com os animais, uma vez que apresenta grande depen-
dência deles para alimentação, vestuário, trabalho e até mesmo companhia, o fez zoólogo 
por natureza (BARSA, 1997).
Um dos primeiros destaques como naturalista foi Plínio, o Velho […] “que resumiu 
os conhecimentos zoológicos de sua época na obra História naturalis, na qual reuniu inú-
meras descrições de animais, uns reais e outros mitológicos” […] (BARSA, 1997, p. 500).
Ferigolo (2011, Site Globo Ciência) fala sobre o início das pesquisas em Zoologia:
Considerado o Pai da Zoologia, Aristóteles foi um profundo pesquisador do 
reino animal, chegando a estudar, com grande riqueza de detalhes, as es-
truturas anatômicas de mais de 500 espécies. […] Foi ele quem criou a ana-
tomia comparada para estudar os animais e compreendê-los por meio da 
distinção. O método comparativo aparece pela primeira vez em Aristóteles 
e é utilizado até hoje, sendo a anatomia comparada a base de estudo da 
biologia atual.[…] 
1.2 Importância da Zoologia
A Zoologia vai muito além de uma ciência dentro da Biologia, pois está diretamente 
ligada à cultura, saúde, alimentação e economia da vida humana. Entre tantos exemplos 
podemos citar:
• Produção de substâncias utilizadas em prevenção e/ou tratamento de enfermidades;
9O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
• Como se dá a transmissão de doenças por vetores específicos;
• Polinização e controle biológico de pragas nas lavouras;
• Domesticação para trabalho e lazer;
• Alimentação;
• Indústria de calçado e vestuário;
• Produção de cosméticos, etc. (BARSA, 1997)
1.3 Diversidade Animal
Jr Cleveland et al. (2022, p. 150) retrata a diversidade animal da seguinte forma:
Praticamente todos os principais planos corporais que vemos hoje, junto com 
muitos planos novos que conhecemos apenas do registro fóssil, evoluíram 
em um espaço de uns poucos milhões de anos. Vivendo em um mundo com 
espécies esparsas e livres de competição, essas novas formas de vida diver-
sificaram-se, produzindo novos temas na arquitetura animal. As explosões de 
diversificação posteriores, que se seguiram a grandes eventos de extinção, 
produziram principalmente variações sobre os tipos estabelecidos.
FIGURA 1 - DIVERSIDADE ANIMAL
Fonte: INTRODUÇÃO ao Estudo dos Seres Vivos. Blog Biologia e Ciências na Cabeça, 2014. Disponível em: http://
quibiolegal.blogspot.com/2014/08/ Acesso em: 10 maio. 2023.
Quando nos reportamos à diversidade não podemos restringir este rol apenas aos 
animais que nos cercam ou que ouvimos falar com certa frequência e que apresentam 
características gerais semelhantes. Os representantes de um mesmo grupo apresentam 
diferenças entre si, como cores, comportamentos, estruturas, formas, etc. É simplesmente 
espetacular a evolução das espécies ao longo das gerações!
CLASSIFICAÇÃO E 
NOMENCLATURA 
ZOOLÓGICA2
TÓPICO
10O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
2.1. Histórico da classificação dos seres vivos
“O filósofo e biólogo grego Aristóteles (384 a 332 a.C.) foi o primeiro a classificar 
organismos de acordo com suas similaridades estruturais” (JR CLEVELAND et al., 2022, 
p. 194). “No século XVII, John Ray resumiu todo o conhecimento acumulado até então e 
acrescentou-lhes novas classificações úteis.” (BARSA, 1997, p. 495)
“Um sistema taxonômico unificado para todos os animais e plantas surgiu pela pri-
meira vez dois milênios depois, com o trabalho de Carolus Linnaeus (em português, Carlos 
Lineu)” (JR CLEVELAND et al., 2022, p. 194). Segundo a Enciclopédia Barsa, em 1758 
Lineu criou regras para nomear plantas e animais, sendo essa a sua maior contribuição 
para o sistema de classificação.
À medida que os taxonomistas começaram a aceitar a teoria da evolução pro-
posta por Charles Darwin, reconheceu-se que aquilo que havia sido descrito 
como afinidade natural — a existência de caracteres semelhantes — podia 
ser explicado como uma relação estabelecida por descendência evolutiva. 
Fez-se então a passagem do sistema natural de classificação na época vi-
gente para o sistema filogenético atual. (BARSA, 1997, p. 495)
FIGURA 2 - ARISTÓTELES
11O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
FIGURA 3 - JOHN RAY
Fonte: BIOLOGIA Geral. Blog Trabalhos para a Graduação na Univesp, 2015. Disponível em: http://univesp-katia-
regina.blogspot.com/2015/10/biologia-geral-2-semana.html Acesso em: 10 maio. 2023.
FIGURA 4 - LINEU
Fonte: CLASSIFICAÇÃO e evolução Carolus Linnaeus e a sistemática. Blog Biologia para a Vida, 2020. Disponível em: 
http://segundocientista.blogspot.com/2015/02/classificacao-e-evolucao-carolus.html Acesso em: 10 maio. 2023.
2.1.1 Taxonomia
Taxonomia é o ramo da biologia que se ocupa da identificação, nomenclatura e 
classificação dos seres vivos e extintos (BARSA, 2017, p. 494). O grupo nomeado em 
qualquer nível da hierarquia é chamado de táxon (URRY et al., 2022, p.554).
Os biólogos trabalham com pequenos grupos de seres vivos para determi-
nar quão similares são os diferentes tipos de organismos. Daí a criação da 
hierarquia taxonômica, um sistema de nomenclatura que classifica os orga-
nismos por suas relações evolutivas. Dentro dessa hierarquia, os seres vivos 
são organizados do maior grupo, mais inclusivo, para o menor grupo, menos 
inclusivo. (KRATZ, 2020, p.12)
A seguir, segundo Kratz (2020), a hierarquia taxonômica do maior para o menor:
Domínios: Agrupam organismos segundo características fundamentais, como 
estrutura celular e química. 
Reinos: Classificam os organismos em função de características do desenvolvi-
mento e estratégia nutricional. 
Filos: Separam os organismos com base nas características específicas que defi-
nem os principais grupos dentro dos reinos. 
12O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
Classes: Agrupam os organismos de acordo com as características que definem 
os principais grupos dentro dos filos. 
Ordens:Classificam os organismos com base em características determinantes 
que definem os principais grupos dentro da classe. 
Famílias: Distinguem os organismos com base nas características diferenciadoras 
que definem os principais grupos dentro da ordem. 
Gêneros: Diferenciam os organismos com base nas características que definem os 
principais grupos dentro da família. 
Espécies: Separam os organismos eucarióticos com base na possibilidade de se 
reproduzirem uns com os outros. 
FIGURA 5: HIERARQUIA TAXONÔMICA
Fonte: Urry et al. (2022, p.554).
2.1.1.1 Classificação e sistematização
A taxonomia se fundamenta em dois princípios gerais: (1) o princípio da descen-
dência, que admite relações genéticas; e (2) o princípio da evolução, onde características 
se acumulam ao longo das gerações. (BARSA, 2017) 
Conforme abordado por Cleveland (2022), classificar significa agrupar conforme caracte-
rísticas em comum; já sistematizar é reunir conforme a evolução a partir de um ancestral comum. 
13O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
A filogenia estuda as relações evolutivas entre os organismos. […] procura estabe-
lecer linhas em que se reflitam a descendência e o grau de parentesco entre espécies de 
seres vivos do passado e do presente […] (BARSA, vol. 6, p. 274)
[…]uma árvore filogenética representa uma hipótese acerca das relações evo-
lutivas. Essas relações com frequência são representadas como uma série de 
dicotomias, ou pontos de ramificação de duas vias. Cada ponto de ramifica-
ção representa o ancestral comum às duas linhagens evolutivas que diver-
gem dele. Uma linhagem evolutiva é uma sequência de organismos ancestrais 
que leva a um determinado táxon descendente. (URRY et al., 2022, p.555).
FIGURA 6: ÁRVORE FILOGENÉTICA
Fonte: RUSSO, C. A. M. Filogenia, um retrato da evolução das espécies. Ciência Hoje, 2020. Disponível em: https://
cienciahoje.org.br/artigo/filogenia-um-retrato-da-evolucao-das-especies/ Acesso em: 10 maio. 2023.
2.2. Nomenclatura Científica
A humanidade sempre “batizou” os seres vivos que a cerca, porém a nomenclatura 
popular é muito variável tanto em dialetos como idiomas. Assim surgiu a necessidade de 
uma nomenclatura única que facilitasse a comunicação entre os estudiosos dos seres vivos. 
Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às cate-
gorias nas quais são classificados. O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada 
nome aplica-se apenas a uma espécie.
2.3. Regras de nomenclatura zoológica 
Segundo Linhares (2011) para que a classificação fosse uniforme, foi convencionada 
uma série de regras que devem ser seguidas por todos os cientistas. Abaixo, algumas delas:
14O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
[…] “Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim e se derivarem de 
outra língua, deverão ser latinizados”. (Linhares, 2011, p.15) 
O sistema […] é chamado de nomenclatura binomial. […] grafado em itálico (ou 
sublinhado, no caso de ser escrito à mão ou datilografado). A primeira palavra é o nome do 
gênero, com a primeira letra maiúscula; a segunda palavra […] identifica a espécie dentro 
do gênero, e é grafado em letras minúsculas. (JR CLEVELAND et al., 2022, p. 195)
FIGURA 7: GIRAFFA CAMELOPARDALIS
Fonte: https://www.pexels.com/photo/giraffe-on-meadow-against-mount-with-trees-4577486/
[…] o epíteto genérico é sempre um substantivo e o epíteto específico é geralmente 
um adjetivo, que qualifica o gênero. Por isso, […] podemos escrever o nome genérico 
sozinho, desde que seguido de uma abreviatura padronizada. (AMABIS, 2010, p. 21)
O epíteto da espécie nunca deve aparecer sozinho; o nome binomial completo 
deve ser usado para se referir a uma espécie. (JR CLEVELAND et al., 2022, p. 195)
[…] o mesmo nome não pode ser dado a dois gêneros distintos de animais. No 
entanto, o mesmo epíteto de espécie pode ser utilizado em diferentes gêneros para deno-
minar espécies diferentes.
FIGURA 8: PANTHERA LEO
Fonte: https://www.pexels.com/photo/powerful-lion-lying-on-grass-in-zoological-garden-4168329/
https://www.pexels.com/photo/giraffe-on-meadow-against-mount-with-trees-4577486/
https://www.pexels.com/photo/powerful-lion-lying-on-grass-in-zoological-garden-4168329/
15O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
FIGURA 9: PANTHERA TIGRIS
Fonte: https://www.pexels.com/photo/close-up-shot-of-a-tiger-7590796/ 
Segundo Amabis (2010) uma mesma espécie pode se diferenciar e formar novas 
populações com características próprias. Quando isso acontece surgem as subespécies ou 
raças geográficas. 
A denominação científica de uma subespécie requer um acréscimo de um terceiro 
termo ao binômio que designa a espécie. (AMABIS, 2010, p. 25)
FIGURA 10: CANIS LUPUS ARCTOS
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/mam%c3%adfero-bonitinho-animal-3265847/ 
FIGURA 11: CANIS LUPUS FAMILIARIS
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/golden-retriever-filhote-de-cachorro-2706672/
https://www.pexels.com/photo/close-up-shot-of-a-tiger-7590796/
https://pixabay.com/pt/photos/mam%c3%adfero-bonitinho-animal-3265847/
https://pixabay.com/pt/photos/golden-retriever-filhote-de-cachorro-2706672/
16O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
FIGURA 12: CANIS LUPUS ARAB
Fonte: https://www.pexels.com/photo/eurasian-wolf-eating-meat-13923571/
FIGURA 13: CATEGORIAS TAXONÔMICAS ÀS QUAIS PERTENCEM O SER HUMANO E O GORILA
CATEGORIA LINEANA SER HUMANO GORILA
Reino Animalia Animalia
Filo Chordata Chordata
Subfilo Vertebrata Vertebrata
Classe Mammalia Mammalia
Subclasse Eutheria Eutheria
Ordem Primates Primates
Subordem Anthropóidea Anthropóidea
Família Hominidae Hominidae
Subfamília - -
Gênero Homo Gorilla
Espécie Homo sapiens Gorilla
Subespécie - -
Fonte: Adaptado de: JR CLEVELAND et al., (2022, p. 194)
https://www.pexels.com/photo/eurasian-wolf-eating-meat-13923571/
17O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
O homem, com suas nobres qualidades, ainda carrega no corpo a marca indelével de sua origem modesta. 
(Charles Darwin)
A sistemática nos permite conhecer a história evolutiva da vida e a distribuição dos seres vivos no planeta. Esse 
conhecimento ajuda na pesquisa de novos produtos, como medicamentos que podem ser obtidos de plantas 
e de outros seres vivos, e na busca de novas espécies para o cultivo ou o cruzamento com espécies domésticas. 
Permite ainda acompanhar o nível de extinção das espécies e ajudar na preservação da biodiversidade.
A análise sistemática ajuda também a compreender como a AIDS começou e a evolução do vírus HIV com-
parando as sequências de nucleotídeos de várias linhagens desse vírus. A análise mostra que o HIV é se-
melhante aos vírus do grupo SIV […], encontrados em chimpanzés e outros macacos, assim o vírus pode 
ter sido adquirido quando alguns seres humanos foram mordidos ou arranhados ao caçar chimpanzés 
infectados. A análise permite também identificar de quem uma pessoa contraiu o vírus ao se compararem 
as sequências de nucleotídeos dos vírus das pessoas envolvidas.
Fonte: Linhares e Gewandsznajder (2011, p.21).
18O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
Concluímos nossa primeira unidade! Este foi apenas o início da nossa viagem com 
um pouco da História desse maravilhoso mundo animal. Sabemos que você terá muito a 
pesquisar e aprender, tanto ao longo do curso como da vida, pois conforme estudamos, 
estamos em constante evolução.
A diversidade animal vem sendo descrita desde a pré-história através das pinturas 
nas paredes das cavernas. Sabemos que o ser humano sempre dependeu dos demais 
seres vivos para sua sobrevivência, então a busca por mais conhecimentos sempre esteve 
presente. Sabemos que animais ocupam um lugar de destaque na vida do ser humano 
— que se encontra no topo da escala zoológica — desde os primórdios (alimentação, ves-
tuário e proteção) até nos dias atuais como na produção de medicamentos, na economia, 
em atividades esportivas, entre outras.
Perante tantos questionamentos sobre esse grande grupo, foi visto a necessidade 
de expandir a diversidadedentro da Biologia, criando-se assim áreas específicas de estudos 
como a Zoologia que se dedica ao estudo dos animais existentes e também dos já extintos e 
a Taxonomia que identifica, classifica e nomeia os seres vivos. O botânico sueco conhecido 
como Lineu foi o primeiro a criar uma estrutura hierárquica na qual se posicionava os seres 
vivos de acordo com suas características e também criou regras aplicadas universalmente 
para a catalogação dos mesmos. A nomenclatura deve ser binominal — gênero e espécie 
— e escrita em Latim, língua que não sofre modificações (língua morta).
 Devemos compreender que o estudo da vida, assim como a própria vida, é uma 
dinâmica. A cada dia novas descobertas são feitas, novos conceitos elaborados e realoca-
ções ocorrem, por isso devemos sempre estar em busca e abertos a novos conhecimentos.
 
Agradeço sua dedicação e lhe aguardo na próxima unidade!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
19O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
A BIODIVERSIDADE E A EXTINÇÃO DAS ESPÉCIES
A extinção é o desaparecimento de espécies, de subespécies ou de grupos de es-
pécies, sejam elas animais ou vegetais. Neste trabalho objetivou-se compreender a extinção 
das espécies, questão abordada frequentemente em nosso cotidiano e também comumente 
divulgada na mídia. Tal fato pode ser ocasionado por diversos fatores tanto de ordem natural, 
caso de extinções em massa por catástrofes naturais como furacões e enchentes, quanto 
de ordem artificial, como ocorre quando o ser humano destrói o hábitat natural das espécies 
e estas não conseguem se adequar aos outros habitats. A degradação do meio ambiente, 
como ocorre quando há queimadas e caça ilícita, é uma das principais causas da extinção 
dos seres vivos, é necessário que se preserve a biodiversidade para que se continue com 
essa vasta diversidade de espécies que existe atualmente no planeta, podendo usufruir 
conscientemente dos recursos que a natureza nos fornece. Deve existir um comprometi-
mento de todos, empresas, pessoas, comunidades, escolas, entre outros para que ocorra 
a preservação da biodiversidade e assim evitar a extinção das espécies e não somente ter 
esse comprometimento, mas também agir, ou seja, ter consciência de que é necessário 
cuidar do meio ambiente e fazer ações que ponham essa consciência em prática. 
Fonte: ROOS, A. A Biodiversidade e a Extinção das Espécies. Rev. Elet. em Gestão, Educação e Tecnologia 
Ambiental. V (7), n.º 7, p. 1494 – 1499, MAR – AGO., 2012. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reget/article/
download/5651/3628 Acesso em: 09 mai. 2023.
LEITURA COMPLEMENTAR
https://periodicos.ufsm.br/reget/article/download/5651/3628
https://periodicos.ufsm.br/reget/article/download/5651/3628
MATERIAL COMPLEMENTAR
20O ESTUDO CIENTÍFICO DOS ANIMAISUNIDADE 1
FILME/VÍDEO
• Título: Seleção Natural e Adaptação|Filosofia das Origens #3
• Ano: 2016.
• Sinopse: Documentário produzido no Arquipélago de Galápagos, 
local visitado por Charles Darwin em sua viagem a bordo do navio 
H.M.S. Beagle, sua visita foi de fundamental importância para os 
estudos do naturalista. O arquipélago sofreu pouco impacto antró-
pico, o que beneficia sua fauna e flora originais. 
• Link do vídeo: https://youtu.be/hewIbEI71iA
LIVRO
• Título: Princípios Integrados de Zoologia
• Autor: JR., Cleveland PH.; KEEN, Susan L.; David J. Eisenhour; 
e outros
• Editora: EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA.
• Sinopse: Apresenta uma rica e real experiência ao descreverem 
a diversidade da vida animal e as fascinantes adaptações que 
possibilitam aos animais habitarem tantos nichos ecológicos.
https://www.youtube.com/watch?v=hewIbEI71iA
https://youtu.be/hewIbEI71iA
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Plano de Estudos
• Zoologia dos Invertebrados
Objetivos da Aprendizagem
• Conhecer as principais características morfofisiológicas dos 
Protozoa e dos Filos Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes e 
Nematoda.
• Caracterizar os principais grupos dos Protozoa e dos Filos Porifera, 
Cnidaria, Platyhelminthes e Nematoda.
• Identificar algumas doenças causadas por Protozoários, 
Platelmintos e Nematoides, bem como seus vetores, modo de 
transmissão e ciclo, reconhecendo em muitas delas a importância 
da higiene e saneamento básico.
Professor(a) Esp. Heloiza Helen da Silva
INVERTEBRADOS — INVERTEBRADOS — 
UMA VARIEDADE UMA VARIEDADE 
DE SERES VIVOS — DE SERES VIVOS — 
PARTE IPARTE I2UNIDADEUNIDADE
INTRODUÇÃO
22INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
Saudações! Que bom encontrá-lo(a) novamente. Fico muito feliz em continuarmos 
essa jornada pelo fantástico mundo animal.
Com certeza todos conhecemos vários animais, mas você sabia que existem mais 
de 1 milhão de espécies descritas e que entre elas estamos nós, os humanos? Que os 
cientistas acreditam que possam haver muito mais que 5 milhões de espécies viventes? 
Alguma vez você já parou para observar os animais que nos rodeiam? Suas características 
físicas, como se reproduzem, onde vivem, como ocorre a interação com os demais seres 
vivos, de que se alimentam, enfim, como é a vida deles? E quanto aos animais que vivem 
em ambientes totalmente diferentes do nosso, como, por exemplo, os animais aquáticos, 
de que forma se dá o seu desenvolvimento e como nós humanos estamos ligados a eles?
Não podemos nos esquecer da quantidade de doenças que são transmitidas por 
animais, muitas delas devido à falta de higiene e de saúde pública relacionada principal-
mente ao saneamento básico. É também de grande relevância destacar a importância 
ambiental, farmacêutica e econômica de muitas espécies animais.
Neste percurso vamos aprimorar nossos conhecimentos sobre o Reino Animal, o 
maior e mais diversificado grupo de seres vivos. Iniciaremos pelos mais primitivos que são 
os Protozoários e seguiremos em direção ao grande grupo dos Invertebrados - denomina-
dos destacando nessa unidade os Filos Porifera - representado pelas esponjas marinhas; 
Cnidaria - também conhecidos por celenterados, de vida aquática, sendo a maioria marinha; 
Platyhelminthes - vermes de corpo achatado; e Nematoda - vermes de corpo cilíndrico. 
Espero que esteja preparado(a) para novos conhecimentos e que ao final desta 
unidade você tenha compreendido as interações entre os organismos e o ambiente e possa 
relacionar os conhecimentos científicos com os aspectos culturais, sendo capaz de inter-
pretar, avaliar e até mesmo planejar intervenções quando necessárias.
Lembre-se de sempre consultar fontes complementares.
Bom estudo!
23INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
ZOOLOGIA DOS 
INVERTEBRADOS1
TÓPICO
1.1 Protozoa
O nome protozoário (do grego, proto = “primeiro”; zoon = “animal”) foi cunhado por 
Goldfuss em 1818 como subgrupo de um conjunto enorme de animais conhecidos naquela 
época […], Karl von Siebold restringiu, em 1845, o nome a todas as formas unicelulares de 
vida animal. (BRUSCA, 2018, p. 54).
De acordo com Laurence (2005), na época havia apenas dois grupos de seres 
vivos - plantas e animais - o que levou o grupo dos animais ser dividido em unicelulares 
(protozoários) - atualmente não mais consideradosanimais - e multicelulares (metazoários) 
- termo que pode ser usado como sinônimo de animais. 
Nos livros mais antigos os protozoários podem ser encontrados como membros do 
Reino Animal pelo fato de serem organismos unicelulares, eucariontes, e heterótrofos em 
sua maioria (LIMA, 2015).
Os protozoários exercem papéis de destaque na produção primária e na de-
composição, e podem servir como fonte alimentar importante para muitos in-
vertebrados e, indiretamente, também para muitos vertebrados […] também 
têm proporcionado aos biólogos excelente material para estudos genéticos, 
fisiológicos, de desenvolvimento e ecológicos.[…]
Os protozoários ocorrem sempre que houver umidade. As espécies de vida 
livre são encontradas em habitats marinhos e de água doce, além de solo 
úmido. Muitos protozoários vivem em íntima associação com outros proto-
zoários, com animais ou com plantas, como comensais ou como parasitos. 
(PECHENIK, 2016, p. 36-37). 
 […] cada protozoário é uma célula individual. […] essa única célula atua como 
um organismo completo, cumprindo todas as funções básicas – forrageamento, digestão, 
locomoção, comportamento e reprodução (PECHENIK, 2016, p. 37). 
24INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
1.1.1 Nutrição, Digestão e Excreção
Os protistas heterotróficos apresentam várias formas de adquirirem alimentos, 
porém todas apresentam interação da membrana celular com o ambiente. Essas formas 
são transporte ativo, transporte passivo, difusão, pinocitose e fagocitose (BRUSCA, 2018). 
Todo alimento engolfado é encapsulado, e lisossomos, carregados de enzimas digestivas, 
fundem-se a estas cápsulas, formando assim os vacúolos digestivos, que proporcionam a 
digestão dos alimentos (LIMA, 2015, p. 27-28).
Os resíduos metabólicos são eliminados pela superfície celular através de difusão 
(JR CLEVELAND et al., 2022).
1.1.2 Regulação Osmótica
Os protozoários de água doce apresentam em seu meio interno concentrações de 
soluto muito maior que o meio em que vivem. Assim, sem um mecanismo de controle, a 
quantidade de água que entraria na célula a levaria ao rompimento. Esse controle é feito 
através de organelas especializadas denominadas vacúolos contráteis, que eliminam 
para o exterior o excesso de líquido coletado do citoplasma (PECHENIK, 2016). 
Certos protozoários marinhos também podem apresentar vacúolos contráteis, mas 
estes são pequenos e pulsam lentamente. Os protozoários parasitas não possuem vacúo-
los (LAURENCE, 2005, p.259).
1.1.3 Locomoção
A locomoção dos protozoários pode ocorrer basicamente de três formas: (1) emis-
são de pseudópodes - projeções da membrana que modificam o formato celular - exemplo 
amoeba; (2) cílios - estruturas filamentosas, curtas e numerosas que se movimentam pro-
porcionando o deslocamento - exemplo paramecium; (3) flagelos - estruturas filamentosas, 
longas e menos numerosas que atuam como os cílios - exemplo Euglena (PECHENIK, 2016).
FIGURA 1 - ESTRUTURAS LOCOMOTORAS
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/vector-illustration-unicellular-organisms-amoeba-proteus-1724728045 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/vector-illustration-unicellular-organisms-amoeba-proteus-1724728045
25INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
1.1.4 Reprodução
A maioria desses organismos conseguiu aproveitar as vantagens das estratégias 
de reprodução sexuada e assexuada, embora alguns aparentemente se reproduzam ape-
nas assexuadamente. Muitos dos ciclos de vida complexos observados em determinados 
protistas (especialmente nas formas parasitárias) envolvem alternância entre processos 
sexuados e assexuados, com uma série de divisões assexuadas entre curtas fases sexua-
das (BRUSCA, 2018. p 63).
A reprodução assexual é muito comum entre os protozoários, e pode ocorrer 
por fissão binária, quando a célula divide-se em duas outras semelhantes, 
mas também por brotamento, quando uma célula menor destaca-se da célu-
la-mãe, e ainda existe a esquizogonia, também conhecida por fissão múltipla, 
onde uma simples célula divide-se em muitas células de tamanhos menores.
[…] Já nos processos sexuados, há a participação de material genético, e 
também existem diversas estratégias que resultam em maior variabilidade 
genética. […] alguns protozoários apresentam vários núcleos (macronúcleos 
e micronúcleos), e eles podem ser utilizados como gametas. Protozoários 
através de uma conjugação podem trocar micronúcleos entre si, fundindo-os 
após as trocas, e ao ocorrer a divisão celular, teremos novas células com a 
genética diferente da célula-mãe que as originou. Pode ainda ocorrer auto-
fecundação, denominada autogamia, na qual, micronúcleos de uma célula 
podem fundir-se entre si, formando um zigoto no interior da célula, que poste-
riormente é liberado para o meio externo (LIMA, 2015, p. 28)
1.1.5 Classificação dos Protozoários
A classificação dos protozoários é ainda muito discutida. Na tabela abaixo os proto-
zoários estão divididos em seis Filos com seus nomes e principais características.
TABELA 1 - CLASSIFICAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS
Fonte: Amabis (2010, p.87).
26INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
1.1.6 Doenças Causadas por Protozoários
Lima (2015, p. 30) descreve sobre as doenças causadas por protozoários:
Dentre as doenças ocasionadas por protozoários, algumas se destacam prin-
cipalmente pelo quadro clínico resultante delas. Algumas dessas doenças são 
consideradas graves, e outras podem ser endêmicas (que ocorrem em regiões 
específicas no planeta). Entretanto, a melhoria das condições sanitárias e de 
moradia já seriam medidas úteis para a prevenção de muitas dessas doenças. 
TABELA 2: ALGUMAS DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
Fonte: TABELA Protozooses. Scribd, 2009. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/23541520/Tabela-Protozooses# 
Acesso em: 10 jun. 2023.
1.2 Filo Porifera
FIGURA 2: ESPONJAS
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/golden-sponge-growing-on-sandy-sea-2058165221
https://pt.scribd.com/doc/23541520/Tabela-Protozooses
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/golden-sponge-growing-on-sandy-sea-2058165221
27INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
Somente no século XVIII se reconheceu a natureza animal da esponja, até então 
confundida com plantas por sua quase imobilidade e sua conformação (BARSA, vol. 6, p. 45).
Conforme descrito por Castro (2012):
As esponjas são melhor descritas como agregados de células especializadas; 
têm uma organização ao nível celular, ou seja, suas células são altamente inde-
pendentes umas das outras e não formam tecidos verdadeiros nem órgãos. As 
esponjas estão entre os animais multicelulares estruturalmente mais simples.
Quase todas as esponjas são marinhas. Todas são sésseis e vivem perma-
nentemente presas ao fundo ou sobre outras superfícies. Elas têm uma gran-
de variedade de formas, tamanhos e cores, mas compartilham uma estrutura 
corporal relativamente simples. 
1.2.1 Morfofisiologia das Esponjas
• Epiderme - formada por uma camada de células denominadas pinacócitos, in-
terrompida por porócitos, células com poros (óstios) pelos quais a água penetra, 
trazendo alimento (plâncton) e oxigênio (LINHARES, 2011)
• Átrio - também chamado de espongiocele, é uma cavidade interna das espon-
jas. Não está relacionada com canal digestivo (AMABIS, 2010)
• Coanócitos - células características das esponjas que formam a camada interna. 
O batimento de seus flagelos, um por coanócito, faz com que a água passe por cada 
célula trazendo alimento e oxigênio e carregando os dejetos (LINHARES, 2011)
• Meso - hilo - camada de material gelatinoso presente entre a epiderme e os 
coanócitos. Nele encontram-se os arqueócitos, células ameboides e sem formas, 
que exercem várias funções nas esponjas e podem originar todos os outros tipos 
de células especializadas; são também responsáveis pela digestão de partículas 
(PECHENIK, 2016)
• Espongina - rede maciae flexível de filamentos proteicos com função de sus-
tentação das esponjas. É produzida pelos espongioblastos e localiza-se no 
meso - hilo (LINHARES, 2011).
• Espículas - estruturas minerais microscópicas de formas variadas constituídas por 
sílica (SiO2) ou por carbonato de cálcio (CaCO3), produzidas pelos escleroblastos 
e também apresentam função de sustentação das esponjas (AMABIS, 2010).
• Ósculo - abertura grande localizada na parte superior das esponjas por onde 
sai a água (LINHARES, 2011)
28INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
FIGURA 3: ORGANIZAÇÃO DAS ESPONJAS (OS ELEMENTOS DA ILUSTRAÇÃO NÃO ESTÃO NA 
MESMA ESCALA. AS CÉLULAS SÃO MICROSCÓPICAS)
Fonte: Pechenik (2016, p. 83)
1.2.2 Reprodução das Esponjas
As esponjas podem se reproduzir de forma assexuada e também sexuada. Algu-
mas são dioicas (sexos separados) mas a maioria é monoica (hermafroditas), porém óvulo 
e espermatozoide são produzidos em épocas diferentes, o que impede a autofecundação 
(LINHARES, 2011).
1.2.2.1 Reprodução Assexuada e Regeneração
A reprodução assexuada ocorre principalmente por brotamento: consiste na forma-
ção de expansões do corpo, os “brotos”, que crescem e podem constituir novos indivíduos 
- quando se separam do organismo genitor - ou formar colônias - quando permanecem 
presos na esponja - mãe (AMABIS, 2010).
As esponjas também apresentam uma grande capacidade de regeneração, ou seja, um 
simples pedaço do animal pode dar origem a uma esponja completa, isso porque os amebócitos 
dão origem a todos os tipos de células, reconstituindo as partes perdidas (LINHARES, 2011).
1.2.2.2 Reprodução Sexuada
Conforme descrito por Castro (2012, p.133):
29INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
Diferentemente da maioria dos animais, os gametas das esponjas não são 
produzidos pelas gônadas. Em vez disso, células especializadas do colarinho 
ou amebócitos desenvolvem-se em gametas […] óvulos grandes e ricos em 
nutrientes, e espermatozoides pequenos que têm um flagelo. […] As espon-
jas liberam o espermatozoide na água. […] a fertilização é interna, quando 
os espermatozoides entram na esponja. Os estágios iniciais do desenvolvi-
mento ocorrem dentro da esponja. Finalmente, uma esfera celular minúscula 
e flagelada é liberada na água. Essa larva planctônica, chamada de paren-
químula na maioria das esponjas, é levada pelas correntes até assentar no 
fundo, e se desenvolver em pequenas esponjas. 
1.3 Filo Cnidaria
FIGURA 4: CORAIS
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/gorgonian-sea-fan-coral-branching-gorgonia-1668702154
Os cnidários, também conhecidos por celenterados, são invertebrados aquáticos, 
principalmente marinhos, apresentam várias formas e cores, podem ser fixos ou flutuantes, 
são carnívoros se alimentando de zooplâncton, ovas de peixe, larvas e crustáceos. Podem 
ser citados como representantes deste Filo as hidras (que são de água doce), águas-vivas, 
corais, anêmonas e caravelas (BARSA, 2017, vol. 4).
A maioria dos cnidários, com exceção dos corais, tem corpos moles. Anêmonas-
-do-mar e muitos outros estão presos a superfícies duras e, portanto, incapazes 
de fugir do perigo. As formas móveis de águas-vivas não sabem nadar contra as 
correntes oceânicas. A verdade é que, no entanto, muitos cnidários são preda-
dores muito eficientes, aptos a matar e ingerir presas muito mais organizadas, 
ágeis e inteligentes do que eles próprios (CLEVELAND, 2022, p.251)
1.3.1 Organização Corporal
Conforme LINHARES (2011), há duas formas de animais:
• Pólipos - são cilíndricos, sésseis ou pouca mobilidade, onde uma extremidade 
estará sempre apoiada a um substrato e outra livre com tentáculos rodeando a 
abertura bucal.
• Medusas - São arredondadas, têm vida livre e movimentam-se através de 
contrações do corpo, a boca também é rodeada por tentáculos, porém está loca-
lizada na parte inferior do corpo. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/gorgonian-sea-fan-coral-branching-gorgonia-1668702154
30INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
FIGURA 5: ESQUEMAS DE MEDUSA E PÓLIPO
Fonte: Castro (2012, p.125).
1.3.2 Morfofisiologia dos Cnidários
O corpo desses animais é formado basicamente por três camadas: uma camada 
externa denominada epiderme; uma camada intermediária gelatinosa chamada mesogleia 
e uma camada interna denominada gastroderme (LAURENCE, 2005). 
Segundo AMABIS (2010), o corpo é revestido externamente pela epiderme, forma-
da por diversos tipos de células, entre as quais se destacam:
• mioepiteliais epidérmicas - além de servir de revestimento permitem a con-
tração do corpo;
• intersticiais - capazes de originar os diversos tipos celulares dos cnidários, 
participam do processo de crescimento e regeneração;
• sensoriais - captam estímulos ambientais e os transmitem para as células 
nervosas presentes na mesogleia;
• glandulares - secretam muco que lubrifica e protege o corpo, e nas formas 
sésseis permite a fixação no substrato;
• cnidoblastos - são células urticantes e concentram-se nos tentáculos e ao redor 
da boca responsáveis pela defesa de predadores e captura das presas. Dentro 
destas células há uma cápsula denominada nematocisto, que contém um filamen-
to enrolado. Ao ser tocada, a cápsula abre-se, o filamento desenrola-se, penetra na 
31INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
pele da presa e injeta uma toxina capaz de paralisar e até matar. Os cnidoblastos 
são constantemente produzidos, pois se degeneram após serem descarregados.
Em alguns cnidários, como os corais, a epiderme secreta um exoesqueleto de 
calcário e substâncias orgânicas (LINHARES, 2011, p. 200)
A mesogleia é uma massa gelatinosa, secretada por células das camadas externa e 
interna, que constitui um esqueleto elástico e flexível dando suporte ao corpo (AMABIS, 2010).
A gastroderme reveste a cavidade gastrovascular e funciona principalmente na 
digestão (CLEVELAND, 2022, p. 255). 
Esta camada é constituída por vários tipos de células, entre elas destacam-se as 
intersticiais, sensoriais e glandulares com basicamente as mesmas funções das similares 
epidérmicas e as mioepiteliais digestórias - apresentam dois flagelos que, ao se movi-
mentarem, facilitam a mistura do alimento com as enzimas digestivas, também participam 
ativamente da absorção e digestão intracelular (AMABIS, 2010).
1.3.2.1 Digestão
Os cnidários têm uma boca central localizada ao redor dos tentáculos [...]. A boca 
abre-se no intestino, onde a comida é digerida (CASTRO, 2012, p. 135). Por não possuir 
uma abertura anal, seu tubo digestório é considerado incompleto (LINHARES, 2011).
Enzimas digestivas iniciam a digestão na cavidade gastrovascular (digestão ex-
tracelular), as partículas parcialmente digeridas vão sendo englobadas (AMABIS, 2010). 
A digestão intracelular nas células alinhadas ao intestino completa a quebra do alimento 
(CASTRO, 2012, p. 138). Os restos não digeridos no celêntero são expelidos pela boca 
(BRUSCA, 2018, p. 279).
1.3.2.2 Respiração, Circulação e Excreção
Linhares (2011, p. 200) retrata essas funções da seguinte forma:
Os cnidários não possuem sistemas respiratório, circulatório e excretor. Como 
as distâncias no interior do organismo são pequenas (há poucas camadas de 
células no corpo), a distribuição das substâncias por difusão é suficiente. 
Desse modo, o oxigênio dissolvido na água difunde-se pela parede do corpo 
e atinge todas as células. O gás carbônico faz o caminho inverso. Também 
por difusão, as excretas são eliminadas pela parede do corpo e os alimentos 
passam da gastroderme para a mesogleia e epiderme.
1.3.2.3 Coordenação
Embora os cnidários não tenham cérebro ou nervos verdadeiros, eles têm células 
nervosas especializadas. Essas células são interconectadas, formando uma rede nervosa 
que transmite impulsos em todas as direções (CASTRO, 2012, p. 138), constituindo um 
sistema nervoso difuso (LINHARES, 2011, p. 364).
Essa rede nervosa processa estímuloscaptados por células epiteliais e estimula 
células mioepiteliais, que respondem contraindo-se. (AMABIS, 2010, p. 209). 
32INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
1.3.2.4 Reprodução
Os cnidários se reproduzem:
1 - De forma assexuada através de:
a. brotamento - as células se multiplicam em uma região do corpo e originam 
um novo ser que poderá se soltar e formar um novo indivíduo ou permanecer 
ligado e formar colônia (LINHARES, 2011);
b. estrobilização (ou estrobilação) - a coluna corporal de um pólipo sofre um 
tipo de estrangulamento e se divide formando numerosos módulos que vão se 
desprendendo e originando novos seres (PECHENIK, 2016).
2 - De forma sexuada:
Na maioria das espécies os gametas produzidos nas células intersticiais são libera-
dos e encontram-se na água (fecundação externa). Do ovo surge uma larva ciliada e livre, 
plânula, que se transforma até atingir a fase adulta (LINHARES, 2011).
3 - Por alternância de gerações
Em muitas espécies de cnidários, há a alternância de gerações ou metagênese, 
ou seja, a reprodução assexuada alterna-se com a sexuada, em um ciclo em que há tam-
bém a alternância entre as formas pólipo e medusa (LINHARES, 2011, p. 201)
As medusas (macho e fêmea), que são sexuadas, formam gametas (óvulos e 
espermatozoides). Após a fecundação, que pode ser interna ou externa, forma-se o zigoto 
que se desenvolve em uma larva (plânula), que se fixa a um substrato, perde os cílios e se 
transforma em um pólipo. Este se desenvolve e origina, assexuadamente, novas medusas, 
fechando o ciclo (AMABIS, 2010).
FIGURA 6: ALTERNÂNCIA DE GERAÇÃO
Fonte: Amabis (2010, p. 214)
33INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
FIGURA 7: RESUMO TAXONÔMICO
Fonte: Pechenik (2016, p. 126).
1.4 Filo Platyhelminthes
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/flatworm-platyhelminths-41950414
Também conhecidos como vermes achatados, apresentam tamanhos variáveis entre 
milímetros e metros. O corpo pode ser em forma de folha ou de fita. (CLEVELAND, 2022).
 O grupo inclui uma classe de indivíduos principalmente de vida livre (os turbelários) 
e três classes de indivíduos exclusivamente parasitos (os monogêneos, trematódeos e 
cestódeos) (PECHENIK, 2016).
1.4.1 Morfofisiologia Geral dos Platelmintos
Apresentam simetria bilateral e desenvolvem em sua vida embrionária três folhe-
tos germinativos, ectoderme, mesoderme e endoderme - são os animais triblásticos mais 
primitivos (AMABIS, 2010). São acelomados, pois não possuem uma cavidade interna, 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/flatworm-platyhelminths-41950414
34INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
o espaço entre a parede do corpo e a do intestino é totalmente preenchido por células 
originadas na mesoderme e formam um parênquima maciço (LAURENCE, 2005).
Apresentam gânglios cerebrais, ligados entre si por dois cordões nervosos. Por-
tanto, além da cefalização, há centralização do sistema nervoso, o que permite movimentos 
mais sofisticados (LINHARES, 2011).
Eles não têm órgãos respiratórios, nem sistema circulatório especializados, as 
trocas gasosas são realizadas por difusão simples através da superfície cor-
poral […] a maioria dos platelmintos contém uma série de órgãos especializa-
dos, denominados protonefrídeos […] um grupo de cílios que se projetam para 
dentro de uma estrutura em forma de taça. O batimento ciliar dentro dessa 
estrutura tem sido comparado ao movimento de uma chama; por isso, o nome 
comum desse tipo celular é célula-flama. Outros protonefrídeos assumem a 
forma de solenócitos, em que há um único flagelo em cada estrutura em for-
ma de taça. Em ambos os casos, essa estrutura se comunica com um longo 
túbulo convoluto, o qual desemboca no meio externo através de um único 
poro excretor. […] Assim, os protonefrídeos dos platelmintos provavelmente 
desempenham um papel importante na regulação iônica e no balanço hídri-
co (osmorregulação), além do seu possível papel na eliminação de amônia, 
ureia, aminas e outros resíduos metabólicos. (PECHENIK, 2016, p.148 - 149). 
A digestão de acordo com Linhares (2011, p 208):
Os animais de vida livre costumam ser carnívoros e alimentam-se de outros 
invertebrados. Seu tubo digestório é incompleto, não tem o (sem ânus) e a 
digestão é extra e intracelular (ela termina no citoplasma das células do intesti-
no). Os resíduos são eliminados pela boca. Alguns parasitas, como a tênia, não 
têm tubo digestório e retiram o alimento já digerido do sangue do hospedeiro.
A grande maioria das espécies de platelmintos, de todas as quatro classes, são 
hermafroditas simultâneas; […], Em geral, não há autofertilização (PECHENIK, 2016, p. 149).
1.4.2 Classe Turbellaria
 A maioria das espécies de turbelários é marinha; várias espécies são encontradas na 
água doce; e algumas espécies são consideradas terrestres, embora sejam restritas a áreas 
muito úmidas (PECHENIK, 2016, p. 149). São popularmente conhecidos como planárias. 
O corpo é revestido por uma epiderme em que há células responsáveis pela pro-
dução de uma secreção mucosa. As células da face anterior são ciliadas e o movimento 
destes cílios juntamente com o movimento muscular permite o deslizamento do animal 
sobre a trilha de muco (AMABIS, 2010). Na região dorsal e anterior do corpo, existem 
estruturas que lembram “olhos”, os ocelos. Eles não formam imagens, mas permitem à 
planária perceber variações de sombra e luz (LAURENCE, 2005. p. 374).
Ainda de acordo com Laurence (2005) na região ventral situam-se a boca e o poro 
genital. Para se alimentar, ela fica sobre o alimento e desliza a faringe através da boca 
35INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
liberando enzimas digestivas e depois suga o alimento parcialmente digerido que será dis-
tribuído ao organismo através do intestino ramificado. O restante da digestão é intracelular.
A reprodução pode ocorrer de forma assexuada (figura 8) - quando ocorre a fissão 
transversal. Cada parte do animal formará um novo ser devido a sua alta capacidade de 
regeneração (AMABIS, 2010); e de forma sexuada (figura 9) - quando dois indivíduos se 
unem colocando seus poros genitais em contato e introduzindo o pênis no parceiro, assim 
os espermatozoides de uma planária alcançam e fecundam os óvulos da outra. Os ovos 
são envoltos por uma cápsula e depositados pela fêmea sob um substrato. As planárias 
eclodem jovens sem passar pelo estágio larval (LAURENCE, 2005). 
FIGURA 8: EM A OCORRE UMA REPRODUÇÃO ASSEXUADA POR MEIO DE UM CORTE EM B A 
REPRODUÇÃO ASSEXUADA JÁ É POR ESTRANGULAMENTO, NÃO HAVENDO CORTES
Fonte: PLANÁRIAS / Anatomia do Sistema Reprodutor e Reprodução Assexuada. Blog Natureza de Mármore, 2017. 
Disponível em: https://naturezademarmore.blogspot.com/2017/10/planarias-anatomia-do-sistema.html Acesso em: 10 jun. 2023.
FIGURA 9: REPRODUÇÃO SEXUADA
Fonte: PLANÁRIAS / Anatomia do Sistema Reprodutor e Reprodução Assexuada. Blog Natureza de Mármore, 2017. 
Disponível em: https://naturezademarmore.blogspot.com/2017/10/planarias-anatomia-do-sistema.html Acesso em: 10 jun. 2023.
https://naturezademarmore.blogspot.com/2017/10/planarias-anatomia-do-sistema.html
https://naturezademarmore.blogspot.com/2017/10/planarias-anatomia-do-sistema.html
36INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
1.4.3 Classe Trematoda
Todos os trematódeos são vermes parasitas e quase todas as formas adultas são 
endoparasitos de vertebrados, possuindo estruturas específicas como ventosas, ganchos 
e glândulas de penetração (LIMA, 2015). A maioria das espécies possui ciclos de vida 
complexos com alternância de estágios sexuados e assexuados. “Muitos trematódeos 
requerem um hospedeiro intermediário, no qual a larva se desenvolve antes de infectar o 
hospedeiro definitivo” (URRY, 2022, p. 696).
Conforme descrito por Lima (2015, p.67):
A subclasse Digenea é a mais conhecida, e tem ciclo de vida indireto, parti-
cipando dociclo animais invertebrados e vertebrados. Os digêneos são dioi-
cos, e sua ocorrência é ampla no Brasil, principalmente em áreas com pouco 
investimento nos projetos de saneamento urbano.
Podemos citar como principal exemplo deste grupo, o Schistosoma mansoni, 
causador de uma doença popularmente conhecida como esquistossomose, 
ou barriga d’água. A esquistossomose é contraída pela ingestão ou contato 
com água contaminada.
FIGURA 10: CICLO DE VIDA DO SCHISTOSOMA MANSONI
Fonte: Siqueira-Batista (2020, p 406)
1.4.4 Classe Cestoda
Nesta classe estão os endoparasitas conhecidos popularmente por tênias, ou solitá-
rias, o verme na forma adulta vive no intestino de outros animais, principalmente mamíferos. 
O corpo apresenta forma de fita e geralmente há presença de um único verme no hospedei-
ro. Não apresentam sistema digestório, o alimento é absorvido já digerido diretamente do 
intestino do hospedeiro. Podem atingir vários metros de comprimento (AMABIS, 2010).
37INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
Conforme Linhares (2011) e AMABIS (2010), o corpo (estróbilo) é formado por 
uma repetição de segmentos (proglotes) e na região anterior está uma estrutura denomi-
nada escólex, na qual estão situadas as estruturas de fixação que podem ser ventosas, 
ganchos ou sulcos adesivos (dependendo da espécie). Possuem uma cutícula protetora, 
cordões nervosos e canais excretores. 
Em cada proglote se desenvolve um sistema reprodutor masculino e um feminino 
(são hermafroditas) e se autofecundam. As proglotes grávidas situadas na parte terminal do 
corpo se destacam e são eliminadas com as fezes do hospedeiro. 
FIGURA 11: REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE ESCÓLEX
Fonte: Amabis (2010, p. 222)
FIGURA 12: PARTES DA TAENIA
Fonte: Cleveland (2022, p. 292)
38INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
FIGURA 13: CICLO DA TAENIA SP.
Fonte: Siqueira-Batista (2020, p 555)
FIGURA 14: CICLO DO ECHINOCOCCUS GRANULOSUS
Fonte: Siqueira-Batista (2020, p 466)
1.4.4 Classe Monogenea
Os platelmintos monogenéticos são geralmente parasitos na pele ou guelras de peixes; 
isto é, a maioria é ecto-parasito. “Há um único hospedeiro, ao qual o platelminto se fixa princi-
palmente através de ventosas, ganchos ou escleritos complexos” (PECHENIK, 2016, p. 158).
39INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
1.5 Filo Nematoda
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/helminths-toxocara-canis-known-dog-roundworm-474932008
Conforme Amabis (2010) os representantes desse filo são triblásticos, simetria 
bilateral, corpo alongado, cilíndrico com as extremidades afiladas. Diversas espécies são 
parasitas de plantas e animais, mas a maioria tem vida livre e habita diversos ambientes, 
como solo úmido, rios, lagos e oceanos.
1.5.1 Morfofisiologia dos Nematódeos
Apresentam uma cavidade corporal (pseudoceloma) entre a epiderme e o intes-
tino que é preenchida por líquido que funciona como um esqueleto hidrostático, atua na 
distribuição de nutrientes e outras substâncias pelo corpo e também facilita a eliminação de 
excreções nitrogenadas (Linhares, 2011).
A respiração é cutânea e não há sistema circulatório. Parte da excreção resultante 
do metabolismo celular, constituída principalmente por íons, é eliminada por estruturas 
especiais denominadas renetes (Laurence, 2005)
Sob a epiderme há uma camada de células musculares que por estarem no sentido 
longitudinal do corpo permitem a realização de movimentos de flexão. Revestindo exter-
namente a epiderme há uma película resistente e flexível, a cutícula, que tem por função 
proteger o verme contra substâncias do meio em que vivem. 
Possuem sistema digestório completo com boca, faringe, intestino e ânus. Os ali-
mentos parcialmente digeridos passam da cavidade do intestino para as células, onde a 
digestão se completa e os nutrientes são lançados para o pseudoceloma e distribuído pelo 
corpo. O que não foi digerido é eliminado pelo ânus (AMABIS, 2010). “Em alguns parasitas, o 
intestino apenas absorve o alimento já digerido pelo hospedeiro” (LINHARES, 2011, p. 220).
“Um anel de tecido nervoso e gânglios ao redor da faringe dá origem a pequenos 
nervos para a região anterior e a dois cordões nervosos, um dorsal e um ventral. Papilas 
sensoriais estão concentradas ao redor da cabeça e da cauda” (CLEVELAND, 2022, p. 373).
Na maioria das espécies o sexo é separado (dioicos) e se diferem em algumas 
características, sendo o macho com corpo mais curto e também apresentam a região pos-
terior em forma de gancho com o qual seguram a fêmea durante a cópula (AMABIS, 2010). 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/helminths-toxocara-canis-known-dog-roundworm-474932008
40INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
Conforme descrito por Linhares (2011, p. 221):
Os machos possuem testículos, onde são produzidos os espermatozoides, 
além de glândulas anexas, que produzem líquido para o transporte dos ga-
metas. E as fêmeas possuem ovários, que produzem óvulos, ovidutos, que 
levam os óvulos fecundados para dois úteros e uma vagina.
A fecundação é interna e do ovo sai uma forma jovem semelhante ao adulto […]
TABELA 3: ALGUMAS DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATÓDEOS
DOENÇA
VERME
CAUSADOR
COMO SE
ADQUIRE
COMO SE EVITA H. D H. I
Ascaridíase Lombriga
Ingerindo alimentos 
e água contamina-
dos por ovos da 
lombriga
Lavando bem os ali-
mentos, fervendo a 
água; lavar as mãos 
antes das refeições.
Homem ............
Amarelão ou 
ancilostomo-
se
Ancilóstomo
Pisando descalço 
em solos contami-
nados por larvas do 
ancilóstomo.
Usar calçados em 
solos desconheci-
dos; não defecar 
em locais impró-
prios; exigir do go-
verno saneamento 
básico.
Homem ............
Oxiurose Oxiúro
Ingerindo alimentos 
e água contamina-
dos por ovos do 
oxiúro; coçando o 
ânus e levando a 
mão na boca de 
outra pessoa.
Lavando bem os 
alimentos e ferven-
do a água; ao coçar 
o ânus e levar as 
mãos na própria 
boca ou na das ou-
tras pessoas.
Homem ............
Filariose ou 
Elefantíase
Filária
Picada do mosquito 
fêmea Culex con-
taminado por larvas 
da Filária.
Matando o mosquito 
Culex; colocar telas 
de proteção em por-
tas e janelas; não 
deixar água parada 
em vasos, pneus e 
garrafas.
Homem
Mosquito 
fêmea 
Culex
Dermatite 
serpiginosa 
ou dermatite 
do bicho-
-geográfico
Pisando descalço 
em areia contendo 
larvas do bicho 
– geográfico, por 
meio de fezes de 
cães e gatos conta-
minados.
Andar calçado em 
praias e parques 
que tenhas cães 
e gatos; recolher 
as fezes desses 
animais ou simples-
mente não levá-los 
a esses locais.
Cães e 
gatos
............
Fonte: Adaptado de MARCIAL, V. Filo dos Nematelmintos ou Nematódeos, ou Asquelmintos. Slide Payer, 2015. 
Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/2908344/l Acesso em: 10 jun. 2023.
41INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
Não basta ter informação, é preciso saber o que fazer com ela. (Mario Sergio Cortella)
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/08/mario-sergio-cortella-nao-basta-ter-informacao-
e-preciso-saber-o-que-fazer-com-ela.html 
Devido ao fato de se falar da participação dos caramujos no ciclo da esquistossomose, algumas pessoas 
tendem a travar uma guerra contra qualquer tipo desses animais, por isso é importante esclarecermos 
que os caramujos hospedeiros do causador da doença não são os conhecidos como aruás (gên. Pomacea), 
comuns e que podem ficar bem grandinhos. Os caramujos do gênero Biomphalaria, que são os verdadeiros 
hospedeiros, são pequenos, com conchas quase transparentes, e tendendo ao amarelo.
Fonte: Lima (2015, p.67).
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/08/mario-sergio-cortella-nao-basta-ter-informacao-e-preciso-saber-o-que-fazer-com-ela.html
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/08/mario-sergio-cortella-nao-basta-ter-informacao-e-preciso-saber-o-que-fazer-com-ela.html
42INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADEDE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
Completamos mais uma etapa do nosso caminho pelo vasto mundo animal.
Apesar das características e complexidades distintas, os organismos apresentados 
desempenham papéis importantes nos ecossistemas, além de relevância em termos de 
saúde humana e animal.
Os protozoários, organismos unicelulares, podem ser parasitas ou de vida livre. 
Estudos sobre eles têm contribuído para a compreensão da biologia celular e da evolução 
dos seres vivos. 
Os poríferos, também conhecidos como esponjas, são os animais filtradores, não 
possuem tecidos verdadeiros ou órgãos, mas desempenham um papel importante na cicla-
gem de nutrientes nos oceanos. O estudo deles auxilia na compreensão dos processos de 
filtragem e na manutenção da qualidade da água.
Os cnidários são animais aquáticos que possuem células urticantes chamadas cnidó-
citos, utilizadas para capturar presas e se defender. A compreensão da biologia e do compor-
tamento deles é fundamental para a conservação dos recifes, e pesquisas sobre a capacidade 
de regeneração dos cnidários podem fornecer insights valiosos para a medicina regenerativa.
Os platelmintos podem ser livres ou parasitas. A investigação sobre suas característi-
cas biológicas e o desenvolvimento de estratégias de controle são essenciais para prevenir e 
tratar doenças parasitárias, especialmente em regiões onde essas infecções são endêmicas.
Os nematoides são encontrados desde o solo até o interior do corpo humano. Al-
guns são parasitas de plantas e animais, incluindo seres humanos. A compreensão de seus 
ciclos de vida, transmissão e tratamento é fundamental para o desenvolvimento de medidas 
de prevenção e controle eficazes contra as doenças que causam.
A continuidade da pesquisa e da educação sobre esses organismos é essencial 
para a proteção da biodiversidade e para a promoção de uma convivência sustentável entre 
os seres vivos.
Aguardo você no próximo módulo. Até mais!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
43INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
Corais no litoral do Nordeste estão sofrendo branqueamento em massa, aler-
tam pesquisadores
Nem tudo são golfinhos, tartarugas e baleias voltando a ocupar áreas que antes 
não víamos. Enquanto o planeta convive com a pandemia, pelas águas do Nordeste bra-
sileiro outro fenômeno se alastra desde o último verão devido à temperatura do mar acima 
da média, uma anomalia térmica. E este, que acontece nos mares, está afetando um tipo 
diferente de vida.
Pesquisadores alertam para um grande evento de branqueamento em recifes de 
corais desde o norte de Salvador, na Bahia, até o Rio Grande do Norte. Com águas chegando 
a 30° C, 2 graus acima da média para a época, o NOAA – a agência do governo americano 
que monitora oceanos – emitiu o alerta 2 de branqueamento, o mais alto, quando existe a 
possibilidade de morte de corais. A agência acompanha corais do mundo inteiro e tem sete 
estações virtuais de monitoramento por satélite na costa brasileira. 
O fenômeno está acontecendo em uma região emblemática do país, de recifes 
rasos, e atinge em cheio unidades de conservação como a Área de Proteção Ambiental 
(APA) Costa do Corais, que vai do sul de Pernambuco até Alagoas e encobre cidades turís-
ticas importantes. O branqueamento também foi registrado na APA Estadual dos Recifes de 
Corais, no Rio Grande do Norte, e APA Estadual de Guadalupe, Parque Municipal Marinho 
de Tamandaré e arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
Fonte: CHAMORRO, P. Corais no litoral do Nordeste estão sofrendo branqueamento em massa, alertam pesquisadores. 
National Geographic, 2020. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2020/05/
corais-no-litoral-do-nordeste-estao-sofrendo-branqueamento-em-massa-alertam Acesso em: 10 maio. 2023.
LEITURA COMPLEMENTAR
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2020/05/corais-no-litoral-do-nordeste-estao-sofrendo-branqueamento-em-massa-alertam
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2020/05/corais-no-litoral-do-nordeste-estao-sofrendo-branqueamento-em-massa-alertam
44INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IUNIDADE 2
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: Documentário - O Brasil sem o básico saneamento básico
• Ano: 2022.
• Sinopse: Caminhos da Reportagem mostra que a falta de sanea-
mento básico pode trazer uma série de doenças e ainda causar 
vários impactos ao meio ambiente.
• Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=JNHL0qvCH1U
LIVRO
• Título: Biologia dos Invertebrados
• Autor: PECHENIK, Jan A.
• Editora: AMGH Editora Ltda.
• Sinopse: O incentivo à biologia dos invertebrados está assenta-
da na bibliografia de pesquisa fundamental, e o objetivo principal 
deste livro é motivar e preparar estudantes para terem acesso a 
essa bibliografia.
https://www.youtube.com/watch?v=JNHL0qvCH1U
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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Plano de Estudos
• Zoologia dos Invertebrados — Metazoários — Filos Mollusca, 
Annelida, Arthropoda e Echinodermata. 
Objetivos da Aprendizagem
• Conhecer as principais características morfofisiológicas dos Filos 
Mollusca, Annelida, Arthropoda e Echinodermata.
• Caracterizar os principais grupos dos Filos Mollusca, Annelida, 
Arthropoda e Echinodermata.
• Identificar algumas doenças causadas por artrópodes bem como 
seus vetores, modo de transmissão e ciclo, reconhecendo em 
muitas delas a importância da higiene e saneamento básico.
• Reconhecer a importância desses animais nas áreas de saúde, 
alimentação e meio ambiente.
Professor(a) Esp. Heloiza Helen da Silva
INVERTEBRADOS INVERTEBRADOS 
— UMA VARIEDA-— UMA VARIEDA-
DE DE SERES VIVOS DE DE SERES VIVOS 
— PARTE II— PARTE II
UNIDADEUNIDADE3
46INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IIUNIDADE 3
INTRODUÇÃO
Olá! Estou feliz por nos encontrarmos novamente. Já concluímos metade do nosso 
caminho e espero que esteja apreciando os conhecimentos adquiridos.
Já vimos que os invertebrados formam o maior grupo do reino animal, representan-
do mais de 95% de todas as espécies conhecidas. São extremamente diversos em termos 
de tamanho, forma, habitat e comportamento.
 Vamos, neste novo módulo, ampliar os conhecimentos sobre eles abordando qua-
tro Filos de grande conversão: Mollusca, Annelida, Arthropoda e Echinodermata. Esses 
grupos representam importantes exemplos de evolução e especialização ao longo da his-
tória da vida na Terra. Seus representantes desempenham papéis essenciais na ecologia 
dos ecossistemas em todo o mundo. Cada um desses filos contribui de maneira única para 
a manutenção do equilíbrio ecológico e a saúde dos ecossistemas aquáticos e terrestres.
Suas interações com outros organismos e o ambiente físico contribuem para a 
estabilidade e sustentabilidade dos habitats em que vivem, beneficiando não apenas a vida 
selvagem, mas também os seres humanos que dependem desses ecossistemas para ser-
viços ecossistêmicos, como a polinização de culturas e a purificação da água. A perda ou 
redução desses grupos animais pode ter efeitos negativos em cascata nos ecossistemas, 
prejudicando a estabilidade ea funcionalidade dos mesmos.
Os invertebrados são uma fonte inesgotável de inspiração para a ciência e a 
medicina, fornecendo novos insights sobre a biologia e as estratégias de sobrevivência. 
Além disso, muitos são usados como modelos de pesquisa para estudar processos bio-
lógicos fundamentais e desenvolver medicamentos e terapias. Seu estudo contínuo e a 
compreensão de sua importância são cruciais para a conservação da biodiversidade e o 
futuro sustentável do nosso planeta.
E para darmos continuidade vale lembrar a necessidade de pesquisa e estudos em 
outras fontes para uma melhor compreensão do conteúdo.
Bom estudo!
ZOOLOGIA DOS INVERTEBRADOS — 
METAZOÁRIOS, FILOS MOLLUSCA, ANNELIDA, 
ARTHROPODA E ECHINODERMATA1
TÓPICO
47INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IIUNIDADE 3
1.1 Filo Mollusca
O nome molusco vem do latim mollis, que significa “mole” e faz referência ao corpo 
dos animais desse grupo (LAURENCE, 2005, p. 390). São animais invertebrados dotados 
de celoma (cavidade situada entre a parede do corpo e os órgãos internos) e constituídos, 
em sua maior parte, por três regiões corporais: cabeça […], massa visceral, […] e pé […] 
(BARSA, 1997, p. 120).
Fransozo (2016, p. 267) diz:
Alguns moluscos têm grande importância econômica para os humanos por 
servirem de alimento, enquanto as conchas de outros são utilizadas na fa-
bricação de botões, bijuterias, corretivo de solo, argamassa de casas e pavi-
mentação de ruas, além de serem aproveitadas como complemento de cál-
cio na alimentação humana (pó de ostra). Alguns moluscos bivalves, como a 
Anomalocardia brasiliana, são fonte do fármaco heparina, um anticoagulante 
utilizado no tratamento da trombose e de outras doenças com coagulação 
sanguínea excessiva. Outros moluscos funcionam como organismos-modelo, 
como o gastrópode Aplysia, utilizado em estudos de neurobiologia e evolução.
48INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IIUNIDADE 3
1.1.1 Morfofisiologia dos Moluscos
A maioria dos moluscos tem uma cabeça bem desenvolvida, na qual se observam a 
boca e alguns órgãos sensoriais especializados. Os receptores fotossensoriais variam desde 
os mais simples até os complexos olhos dos cefalópodes (CLEVELAND, 2022, p. 232).
De acordo com Amabis (2010) o pé é uma estrutura musculosa com função que di-
fere em cada grupo, podendo ser deslizamento (gastrópodes); nadar, caminhar ou capturar 
presas (cefalópodes); cavar ou fixar o animal ao substrato (bivalves).
A massa visceral é revestida por uma dobra da epiderme (manto ou pálio), 
que delimita uma cavidade entre ela e a massa visceral, chamada cavidade 
palial ou do manto. Nela estão as aberturas dos sistemas digestório e excre-
tor, e as brânquias ou pulmões (nas espécies terrestres).
Na epiderme do manto há glândulas que secretam uma concha calcária (cor-
responde a um exoesqueleto, revestindo o corpo). Na lesma e no polvo está 
ausente. Na lula é interna e reduzida. Além de proteger o corpo contra preda-
dores, abalos mecânicos e desidratação (no caso dos moluscos terrestres), 
em alguns moluscos a concha pode ser usada para escavar ou perfurar (LI-
NHARES, 2011, p. 240)
O sistema digestório é completo (boca, esôfago, estômago, intestino e ânus). Na 
boca (ausente nos bivalves que são filtradores) existe uma estrutura semelhante a uma 
língua denominada rádula, sua função é de raspar os alimentos. Além dela, glândulas 
salivares liberam uma substância mucosa que envolve esses alimentos, facilitando sua 
ingestão (LAURENCE, 2005).
As trocas gasosas nos moluscos ocorrem na superfície corporal, principalmente 
por meio do manto, e em órgãos respiratórios como ctenídios, brânquias secundárias e 
pulmão, este último nas espécies terrestres (FRANSOZO, 2016, p. 268).
Na maioria dos moluscos o sistema circulatório é aberto e consiste em um coração 
propulsor, vasos e seios sanguíneos. O sangue oxigenado é impulsionado pelo coração 
para um sistema ramificado de vasos, mas, em certas áreas (hemocelas), entra em con-
tato direto com os tecidos e depois é recolhido pelos vasos. Os cefalópodes apresentam 
sistema circulatório fechado, ou seja, o sangue circula sempre no interior dos vasos san-
guíneos (CLEVELAND, 2022). 
A maioria dos moluscos dispõe de um par de metanefrídios, cuja extremidade 
interna se abre dentro do celoma por um nefrostômio para a retirada dos produtos nitro-
genados, que são, então, despejados para o exterior por um nefridióporo (FRANSOZO, 
2016, p. 268).
A descrição de Linhares (2011, p. 242) em relação ao sistema nervoso:
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É formado por vários pares de gânglios unidos por cordões nervosos.
O polvo e a lula têm olhos bem desenvolvidos […] capazes de formar ima-
gens. Em outros moluscos como a ostra e o mexilhão, os órgãos visuais são 
mais simples e capazes apenas de captar a luz (células fotorreceptoras). 
Há também estatocistos (que funcionam com órgão de equilíbrio), tentá-
culos táteis e osfrádios (receptores químicos próximos às brânquias com 
função de identificar e analisar as substâncias dissolvidas na água).
A maioria das espécies são dioicas, porém algumas são hermafroditas, mas ra-
ramente ocorre a autofecundação (LINHARES, 2011). A fecundação pode ser interna ou 
externa e o desenvolvimento pode envolver fases larvais (que recebem nomes de trocófora 
e véliger) ou ser direto (LAURENCE, 2005).
1.1.2 Classificação
Os principais critérios de classificação do Filo Mollusca são a presença e forma da 
concha e o desenvolvimento da cabeça, do pé e da massa visceral (AMABIS, 2010).
 Conforme Urry (2022), o plano corporal básico dos moluscos evoluiu de várias 
maneiras nos oito principais clados do filo. Estudaremos quatro desses clados:
1.1.2.1 Polyplacophora
Classe representada por animais marinhos e bentônicos conhecidos como quítons 
(LINHARES, 2011). […] têm uma concha dividida em oito placas calcárias imbricadas e articu-
ladas, emolduradas por uma cinta do manto, o perinoto. Eles apresentam, também, um grande 
pé ventral, e seu corpo é oval e achatado dorsoventralmente (FRANSOZO, 2016, p.271).
As placas se sobrepõem posteriormente e são geralmente de colorido fosco para 
combinar com o tom das rochas sobre as quais os quítons aderem. A cabeça e os órgãos 
sensoriais cefálicos são reduzidos (CLEVELAND, 2022, p. 325)
Segundo Linhares (2011), são animais pequenos (entre 2 a 5 cm); e a maioria 
alimenta-se raspando algas das rochas. 
FIGURA 1: TONICELLA LINEATA, UM QUÍTON FORRADO DO PACÍFICO
Fonte: Brusca (2018, p. 435)
50INVERTEBRADOS — UMA VARIEDADE DE SERES VIVOS — PARTE IIUNIDADE 3
1.1.2.2 Gastropoda
Moluscos assimétricos, geralmente com concha contorcida em espiral na qual o corpo 
pode ser retraído; a concha não está presente ou está reduzida em muitos grupos (BRUSCA, 
2018, p. 435). É a classe que apresenta maior número de espécies e maior diversidade de 
habitats entre os moluscos, sendo a única com representantes em três tipos de ambientes: 
marinho, de água doce e terra firme. (AMABIS, 2010, p. 245). O nome deve-se ao fato de 
apresentarem o saco visceral diretamente sobre os pés (LINHARES, 2011, p. 242). 
Seus representantes são os caramujos, caracóis e lesmas. Apresentam uma glân-
dula na parte anterior da boca que secreta muco viscoso sobre qual o pé desliza através da 
contração da musculatura (AMABIS, 2010).
1.1.2.3 Bivalvia
 Conforme relata Brusca (2018), os bivalves também são chamados de Pelecypoda, 
ou animais com “pé em forma de machadinha”. Entre os mais conhecidos estão as ostras, 
os mexilhões e os mariscos. 
A maioria dos bivalves é marinha, mas muitos vivem na água salobra, em cursos 
d’água e em pequenos e grandes lagos (CLEVELAND, 2022, p. 333). 
As principais características incluem: (1) uma concha articulada, os dois la-
dos (valvas esquerda e direita) fechados por um ou dois músculos adutores; 
um ligamento elástico mantém as valvas abertas quando os

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