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VestCursos – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.VestCursos.com.br 
151 Curso de Biologia 
Geotropismo ou gravitropismo 
No geotropismo ou gravitropismo, a planta cresce em 
direção ao centro da Terra, orientada pela gravidade. O caule 
possui geotropismo negativo, crescendo em sentido contrário ao 
da gravidade, enquanto a raiz apresenta geotropismo positivo, 
crescendo no sentido da gravidade. Uma planta mantida na 
horizontal apresentará em seu caule uma curvatura para cima e 
em sua raiz uma curvatura para baixo. Isso ocorre porque a 
gravidade faz com que os líquidos do corpo da planta (onde a 
auxina estará) se acumulem na parte mais inferior da planta. 
Assim, haverá mais auxina na parte inferior da planta que na sua 
parte superior. 
 Lado inferior: 
muita auxina 
Lado superior: 
pouca auxina 
Caule Cresce Sem efeito 
Raízes Inibe Cresce 
Assim, a parte de baixo do caule na horizontal cresce e sua 
parte de cima não, o que leva a uma curvatura com geotropismo 
(-). Já na raiz, a parte de baixo com muita auxina não cresce e a 
parte de cima cresce, levando por sua vez a uma curvatura com 
geotropismo (+). 
 
Geotropismo. 
 
Caso a planta mantida na horizontal seja acondicionada a 
um dispositivo giratório que a faça girar ao longo de seu eixo 
longitudinal, passará a ocorrer uma distribuição homogênea de 
auxinas por todo o corpo da planta, e o geotropismo não mais 
serás percebido, pois ele se origina exatamente da distribuição 
heterogênea dessas substâncias em certas partes da planta. 
 
A rotação promove uma distribuição homogênea de auxinas: não 
há geotropismo. 
 
Hidrotropismo 
Além do geotropismo, as raízes realizam um outro 
movimento denominado hidrotropismo, que é provocado e 
orientado pela água. 
Uma interessante experimentação, na qual se pode 
verificar a um só tempo o geotropismo e o hidrotropismo da raiz é a 
seguinte: 
- tomamos uma pequena caixa triangular de madeira; fazemos 
uma série de furos no fundo da caixa, a espaços regulares de 
aproximadamente 2 cm; 
- pegamos alguns feijões e os colocamos, uma a um, ao lado de 
furos alternados; 
- molhamos bem a terra e colocamos a caixa em posição inclinada, 
conforme o desenho. 
 
Hidrotropismo. 
 
Ao iniciar a germinação, as raízes saem verticalmente da 
caixa, em direção ao centro da Terra, devido ao geotropismo 
positivo. Ficando expostas ao ar, perdem água, ressecam e 
retomam à caixa em busca de água, evidenciando o hidrotropismo 
positivo. O processo continua com as raízes saindo da caixa 
devido ao geotropismo positivo e a ela voltando devido ao 
hidrotropismo positivo. 
Essa experimentação deixa muito claro que o geotropismo 
refere-se ao movimento orientado pela Terra e relaciona-se com a 
força da gravidade, de modo que não tem relação com a terra 
(solo). 
É interessante observar que, nas condições da 
experimentação, o hidrotropismo superou o geotropismo, pois 
tomou-se condição de sobrevivência para a planta. Em raízes 
aquáticas, o geotropismo positivo manifesta-se sem nenhuma 
limitação imposta pelo hidrotropismo, pois as raízes estão 
mergulhadas na água. 
 
 
 
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152 Curso de Biologia 
Desenvolvimento dos frutos 
O crescimento dos frutos é estimulado pela auxina liberada 
pelas sementes em formação. Pode-se obter frutos 
partenocárpicos (sem sementes) pulverizando-se auxina sobre 
flores não-fecundadas. 
Agricultura e fruticultura 
Além das auxinas naturais, como é o caso do AIA, e 
auxinas artificiais, como é o caso do ANA (ou ácido α-naftaleno-
acético) e o 2,4-D (ou ácido 2,4-diclorofenóxi-acético). Estas 
auxinas têm inúmeras aplicações na prática de agricultura e 
fruticultura. 
- Auxinas são aplicadas em estacas para estimular o de-
senvolvimento de raízes nas mesmas e facilitar a pega das 
mudas em processos de estaquia. 
- Auxinas são também aplicadas em caules do tipo tubérculo, como 
a batata-inglesa, para evitar o brotamento de raízes, o que 
estragaria os mesmos para comercialização em consumo. Assim, 
aumenta-se o tempo de armazenamento da batata. 
- Plantas monocotiledôneas são menos sensíveis às auxinas do 
que as dicotiledôneas, provavelmente porque estas últimas teriam 
uma maior eficiência no transporte dessas auxinas: uma 
concentração de auxina que estimula uma monocotiledônea pode 
já ser suficiente para inibir a dicotiledônea. Assim, auxinas como a 
2,4-D são usadas como herbicidas seletivos em plantações de 
monocotiledôneas para impedir o desenvolvimento de ervas 
daninhas dicotiledôneas que concorreriam com a plantação 
pelos nutrientes e água do solo. 
- Auxinas como o ANA são utilizadas para estimular a floração 
em algumas plantas como as bromeliáceas, que possuem 
representantes de utilidade na alimentação humana como é o caso 
do abacaxi. 
- Auxinas induzem à partenocarpia em flores, ou seja, promove o 
desenvolvimento do ovário em fruto mesmo que não haja 
fecundação do óvulo, o que forma frutos sem sementes (o ovário 
forma o fruto mas o óvulo não é fecundado para formar a 
semente). Dessa maneira, pode-se obter uvas, melancias e 
tomates, dentre outras frutas, sem sementes. 
- Auxinas inibem a senescência e abscisão de folhas e frutos, 
pois bloqueiam a síntese de etileno, o que permite que se 
mantenham os frutos por mais tempo nas árvores sem que caiam, 
até que estejam prontos para a colheita (se os frutos caíssem, 
estragariam e não poderiam ser comercializados). O mecanismo 
de ação do etileno será analisado mais a frente. 
- O agente laranja, um produto desfolhante utilizado como arma 
química pelas tropas norte-americanas na guerra do Vietnã, é uma 
mistura de ésteres butíricos do 2,4-D e do ácido 2,4,5-
triclorofenoxiacético (2,4,5-T), outra auxina sintética. O agente 
laranja contém um contaminante do 2,4,5T, a dioxina 2,3,7,8-
TCDD, que é tóxica para animais e pessoas, além de ser 
provavelmente cancerígena, a dioxina causa lesão severa da pele 
da cabeça e da porção superior do corpo. Por esse motivo, a 
produção do 2,4,5-T foi proibida nos EUA. 
 
Dominância apical induzida por auxinas 
A principal região da planta que produz auxinas é o 
meristema apical caulinar. Essas auxinas, como já mencionado, 
são transportadas de maneira polarizada do ápice caulinar para a 
raiz. Entretanto, cada meristema localizado nas gemas laterais 
também produz auxinas. Somando as auxinas já produzidas nas 
gemas laterais com as auxinas recebidas a partir da gema apical, 
os níveis de auxinas nas gemas laterais acaba sendo muito 
elevado, o que leva à inibição das mesmas, que entram então em 
dormência. 
Esse efeito das gemas laterais serem inibidas pela ação 
das auxinas produzidas pela gema apical recebe o nome de 
dominância apical. A medida que a planta cresce pela ação da 
gema apical caulinar, as gemas laterais mais inferiores, e, portanto, 
mais antigas, passam a se localizar cada vez mais distantes da 
influência da dominância apical, podendo então sair da dormência. 
Saindo da dormência, as gemas laterais ativas podem então 
produzir ramos, folhas e flores. 
No processo de poda, remove-se a gema apical, 
permitindo a quebra da dormência das gemas laterais, e aumenta 
a quantidade de ramificações. Além de deter o crescimento em 
altura da planta e torná-la mais capaz de promover sombreamento, 
as ramificações podem gerar uma maior quantidade de flores, e, 
consequentemente, de frutos. 
Se for colocada sobre a ferida gerada pela poda uma pasta 
de lanolina (material inerte) contendo AIA, as gemas laterais 
continuarão dormentes, como se a gema apical continuasse 
presente. Usando-se a pasta de lanolina sem AIA, as gemas 
laterais saem da dormência, comprovando que a dominância apical 
é resultante da ação das auxinas. 
 
2. Giberelinas 
Em 1926, o cientista japonês E. Kurosawa descobriu uma 
doença em plantas de arroz causada por um fungo do gênero 
Gibberella fujikoroi. Quando plantas jovens eram atacadas por 
esse fungo, tornava-se anormalmente altas. Após alguns anosde 
investigação, os cientistas japoneses descobriram que esse 
crescimento anormal das plantas doentes era induzido por uma 
substância liberada pelo fungo, que foi denominada giberelina. 
Estudos posteriores mostraram que substâncias semelhantes às 
produzidas pelo fungo Gibberella estão presentes normalmente 
nas plantas, onde controlam diversas funções. O crescimento 
anormal das plantas doentes era causado por uma quantidade 
excessiva de giberelina liberada pelo fungo. O principal exemplo de 
giberelina é o ácido giberélico ou GA3. 
As giberelinas são hormônios produzidos em meristemas, 
sementes, frutos, raízes e brotos foliares. O transporte de 
giberelinas ocorre, provavelmente, pelo xilema da planta. 
As giberelinas atuam estimulando o crescimento de caules 
e folhas, mas têm pouco efeito sobre o crescimento das raízes. A 
ação das giberelinas está basicamente na elongação celular, por 
estimular o aumento da entrada de água na célula vegetal. Assim, 
a aplicação de giberelina não aumenta significativamente o peso 
seco da planta (matéria orgânica no vegetal), mas aumenta a 
massa total e o tamanho da mesma. Plantas anãs tratadas com 
giberelinas passam a ter crescimento normal. 
Juntamente com as auxinas, as giberelinas produzidas por 
sementes atuam no desenvolvimento dos frutos. Misturas 
desses dois hormônios têm sido utilizadas na produção de frutos 
partenocárpicos (sem sementes). 
 
 
VestCursos – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.VestCursos.com.br 
153 Curso de Biologia 
As giberelinas desempenham, junto com as citocininas, 
importante papel no processo de germinação das sementes. A 
absorção de água pelas sementes, embebição, faz com que o 
embrião nela contido libere giberelina. Com isso a semente sai do 
estado de dormência e inicia o desenvolvimento. As giberelinas 
liberadas pelo embrião estimulam a produção de enzimas que 
degradam amido a açúcares simples e nutrem o embrião. 
 
3. Citocininas 
Uma terceira classe de hormônios vegetais é a das 
citocininas, assim chamadas porque estimulam a divisão celular 
(citocinese). A principal citocinina é a cinetina. Outro exemplo é a 
zeatina. 
As citocininas são produzidas nas raízes e transportadas 
provavelmente através do xilema para todas as partes da planta. 
Sementes e frutos também devem produzir citocininas. 
Citocininas mantêm a atividade de divisão celular nas 
plantas, retardando seu. Diz-se que elas inibem a senescência 
das mesmas. Aplicando-se citocininas à água de vasos de plantas, 
flores duram bem mais tempo. Por isso, é prática comum no 
comércio de plantas pulverizar citocininas sobre flores recém-
colhidas, para retardar seu envelhecimento. 
Junto às auxinas, as citocininas atuam no controle da 
dominância apical, tendo os dois hormônios efeitos antagônicos. 
Enquanto as auxinas, transportadas no sentido caule-raiz, induzem 
a dormência, as citocininas, transportadas no sentido raiz-caule, 
induzem a quebra da dormência das gemas laterais. As gemas 
laterais localizadas mais próximas ao ápice caulinar estão sob 
influência principalmente das auxinas, estando dormentes. Já as 
gemas laterais mais distantes do ápice caulinar estão sob 
influência principalmente das citocininas, estando ativas. Ao 
remover a gema apical do caule, a influência passa a ser somente 
das citocininas, e daí a quebra da dormência das gemas laterais. 
 
Cultura de tecidos para a produção de clones vegetais 
De um modo geral, a técnica consiste simplesmente na 
inoculação de pequenas partes de um vegetal sadio (como 
pedaços de raiz, caule ou folha, meristema apical radicular ou 
meristemas caulinares apicais e laterais, pedaços de cotilédones 
ou eixos embrionários, etc) em meio sólido ou líquido, contendo os 
nutrientes necessários ao desenvolvimento de novas plantas e na 
incubação desse material em salas especiais, onde se possa 
controlar aspectos como temperatura e fotoperíodo. 
Posteriormente é feita a aclimatação dessas plantas em casas de 
vegetação, seguindo-se a transferência para o campo. 
O papel das citocininas no desenvolvimento das plantas 
tem sido estudado em culturas de tecidos. Quando um fragmento 
de uma planta, um pedaço de parênquima, por exemplo, é 
colocado em meio de cultura, contendo todos os nutrientes 
essenciais à sua sobrevivência, as células podem crescer, mas 
não se dividem. Se adicionarmos apenas citocinina a esse meio, 
nada acontece, mas, se também colocarmos auxina, as células 
passam a se dividir e podem se diferenciar em diversos órgãos. O 
tipo de órgão que surge em uma cultura de tecidos vegetais 
depende da relação entre as quantidades de citocinina e auxina 
adicionadas ao meio. Quando as concentrações dos dois 
hormônios são iguais, as células se multiplicam mas não se 
diferenciam, formando uma massa de células denominada calo. Se 
a concentração de auxina for maior que a de citocinina, o calo 
forma raízes. Se, por outro lado, a concentração de citocinina for 
maior que a de auxina, o calo forma brotos, que podem formar 
ramos, folhas e flores. 
[auxinas] = [citocininas] calos 
[auxinas] > [citocininas] raízes 
[auxinas] < [citocininas] brotos: ramos, folha e flores 
Com altas concentrações de auxinas, inibe-se a atividade 
de gemas, deixando as citocininas livres para estimular a formação 
de raízes; com baixas concentrações de auxinas, as gemas 
laterais podem se tornar ativas, gerando ramos, folhas e flores. 
 
4. Ácido Abcísico (ABA) 
O ácido abcísico (ABA) recebeu esse nome por se atribuir 
a ele a abscisão, ou seja, a queda de folhas, flores e frutos. Apesar 
de hoje se saber que é o etileno o responsável por essa atividade, 
o nome foi mantido. 
Tudo indica que a produção do ABA ocorra nas folhas, na 
coifa e no caule, e que seu transporte ocorra pelos vasos 
condutores de seiva. A concentração de ABA nas sementes e 
frutos é alta, mas ainda não está claro se esse hormônio é 
produzido nesses órgãos ou apenas transportado para eles. 
O ABA é um hormônio inibidor do desenvolvimento 
vegetal, atuando como um hormônio de estresse: quando a planta 
é submetida a condições rigorosas, ele é liberado para aumentar 
as chances de sobrevivência da mesma. 
Durante um inverno rigoroso, em que a água congela, ou 
durante uma seca, em que não há água disponível, a planta corre 
um sério risco de desidratação, pois não tem como repor a água 
perdida. Nessas condições, o ABA induz a dormência na planta. 
Outro efeito do ABA é induzir a dormência das sementes 
diante de condições inadequadas para germinar, como a ausência 
de água. Em regiões áridas, as sementes de muitas plantas só 
germinam após serem lavadas pela água de uma chuva, que 
remove o excesso de ABA e as permite sair da dormência. Uma 
vez que a chuva traz água, as condições para a germinação são 
agora adequadas. 
Por fim, diante de condições de estresse hídrico na planta, 
o ABA é liberado e estimula a difusão de potássio para fora 
das células guarda dos estômatos, o que as torna 
plasmolisadas e leva ao fechamento do ostíolo, de modo a 
impedir perdas excessivas de água que poderiam levar à morte da 
planta. 
 
5. Etileno (C2H4) 
O etileno é uma substância gasosa produzida em várias 
partes da planta e que se distribui, ao que tudo indica, difundindo-
se nos espaços entre as células. 
Os dois principais efeitos do etileno são promover a 
abscisão e o amadurecimento dos frutos. 
O principal hormônio responsável pela abscisão é o etileno. 
Quando a concentração de AIA nas folhas é menor que no caule 
(por redução no metabolismo da folha por lesões ou diminuição na 
luminosidade e consequentemente na atividade fotossintética), isso 
induz modificações na base do pecíolo, no que virá a ser a zona 
 
 
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154 Curso de Biologia 
de abscisão, que passa a produzir etileno. Esse hormônio vai 
estimular a produção de enzimas que enfraquece as paredes 
celulares das células da área, bem como estimula a mitose, o 
que por suavez gerará células pequenas e frágeis. Devido a essa 
camada de células frágeis, a chamada zona de abscisão, o pecíolo 
não aguenta o peso da folha, que cai (abscisão). Este efeito ocorre 
também em frutos em amadurecimento. A abscisão pode ser então 
descrita como o resultado da interação de dois hormônios vegetais 
principalmente: auxinas e etileno. 
Observe que ao aplicarem-se auxinas sobre frutos, 
mantém-se alta a concentração de auxinas, o que evita a produção 
de etileno e consequentemente a abscisão, dando mais tempo 
para a colheita antes que os frutos caiam e se tornem inadequados 
para o consumo. 
Durante bastante tempo, acreditou-se que o fitormônio 
ácido abcísico (ABA) fosse o principal responsável pelo fenômeno, 
porém hoje se sabe que isso não é correto, apesar de haver uma 
certa relação. Quando há estresse hídrico, o ABA é liberado e 
estimula o fechamento estomático, o que impede a entrada de CO2 
para a realização de fotossíntese. Com isso, há uma queda na 
produção dos precursores das auxinas, que diminuem de 
concentração. O que leva à queda na concentração de etileno 
dentro da folha. 
O etileno além de induzir a abscisão também induz o 
amadurecimento de frutos, pois ativa enzimas que promovem a 
decomposição da clorofila e a síntese de outros pigmentos, 
resultando numa coloração amarelada ou avermelhada, o 
amolecimento devido à degradação de componentes da 
parede celular e o aumento nos níveis de açúcares simples 
(sacarose) pela degradação de açúcares complexos (amido). 
Há tempos, pensava-se que o calor também tinha este 
efeito, pois ao colocarem-se frutos em ambientes abafados, 
acelerava-se o seu amadurecimento. No começo do século, vários 
fruticultores construíram galpões arejados com forte iluminação 
geradora de calor para acelerar o amadurecimento de frutos. 
Entretanto, verificou-se que este amadurecimento não ocorria. 
Chegou-se a conclusão então de que não era o calor, e sim o 
abafamento, pois impede a volatilização do etileno, este sim o 
responsável pelo amadurecimento. Ao colocarem-se os frutos nos 
galpões quentes, porém arejados, o etileno volatilizava e não se 
verificava a aceleração do amadurecimento. Assim, ao se colocar 
bananas em fornos ou embrulhadas em papel para que 
amadureçam, este efeito se dá pela retenção e consequente 
aumento na concentração do etileno. 
Baixas concentrações de O2 inibem a síntese de etileno e 
altas concentrações de CO2 inibem o efeito do etileno. Essas suas 
situações, assim como baixas temperaturas, são estratégias 
utilizadas para retardar o amadurecimento. 
 
Quadro resumo dos fitormônios. 
Hormônio Principais funções Local de produção Transporte 
Auxinas Estimula o alongamento celular; atua no 
fototropismo, no geotropismo, na dominância 
apical e no desenvolvimento dos frutos. 
Meristema apical do 
caule, primórdios 
foliares, folhas jovens, flores, 
frutos e sementes. 
Células parenquimáticas do floema 
e da periferia dos feixes condutores 
de seiva, célula a célula, de modo 
polarizado 
Giberelinas Promove a germinação de sementes e o 
desenvolvimento de brotos; estimula o 
alongamento do caule e das folhas, a floração 
e o desenvolvimento de frutos. 
Meristemas, frutos e 
sementes. 
Provavelmente através do xilema. 
Citocininas Estimula as divisões celulares e o 
desenvolvimento das gemas; participa da 
diferenciação dos tecidos e retarda o 
envelhecimento dos órgãos. 
Desconhecido; acredita-se 
que um dos locais de sua 
produção seja a extremidade 
das raízes. 
Desconhecido; acredita-se que seja 
através do xilema. 
 
Ácido 
Abcísico ou ABA 
Inibe o crescimento; promove a dormência de 
gemas e de sementes; 
induz o envelhecimento de folhas, flores e 
frutos; induz o fechamento dos estômatos. 
Folhas, coifa e caule. Provavelmente através dos vasos 
condutores de seiva. 
Etileno Amadurecimento de frutos; atua na abscisão 
das folhas. 
Diversas partes da planta. Difusão através dos espaços entre 
as células. 
 
 
 
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155 Curso de Biologia 
Exercícios 
 
Questões estilo múltipla escolha 
 
1. (ENEM) A produção de hormônios vegetais (como a auxina, 
ligada ao crescimento vegetal) e sua distribuição pelo organismo 
são fortemente influenciadas por fatores ambientais. Diversos são 
os estudos que buscam compreender melhor essas influências. O 
experimento seguinte integra um desses estudos. 
 
O fato de a planta do experimento crescer na direção horizontal, e 
não na vertical, pode ser explicado pelo argumento de que o giro 
faz com que a auxina se 
A) distribua uniformemente nas faces do caule, estimulando o 
crescimento de todas elas de forma igual. 
B) acumule na face inferior do caule e, por isso, determine um 
crescimento maior dessa parte. 
C) concentre na extremidade do caule, e, por isso, iniba o 
crescimento nessa parte. 
D) distribua uniformemente nas faces do caule e, por isso, iniba o 
crescimento de todas elas. 
E) concentre na face inferior do caule e, por isso, iniba a atividade 
das gemas laterais. 
 
2. (UNIFOR) Um pesquisador dividiu um lote de plantas jovens em 
quatro grupos que foram tratados como segue. 
Grupo I. As plantas tiveram o ápice coberto com papel à prova de 
luz. 
Grupo II. As folhas das plantas foram retiradas. 
Grupo III. As folhas das plantas foram retiradas e o ápice foi 
coberto com papel à prova de luz. 
Grupo IV. Controle: planta íntegra. 
Todas as plantas foram iluminadas unilateralmente. As do grupo IV 
curvaram-se em direção à fonte de luz. Tiveram o mesmo 
comportamento que as plantas do grupo controle somente as de 
A) I. B) II. C) III. 
D) I e II. E) II e III. 
 
3. (UNIFOR) Hormônios são substâncias produzidas em pequenas 
quantidades em certas partes do organismo e transportadas para 
outras, onde agem. São exemplos as auxinas dos vegetais, 
produzidas nos ápices das raízes e caules e transportadas para as 
regiões de 
A) absorção. 
B) reprodução. 
C) divisão celular. 
D) elongação celular. 
E) diferenciação celular. 
 
4. (UNIFOR) Considere a relação abaixo: 
I. tropismos; II. tactismos; III. dominância apical; IV. formação de 
frutos partenocárpicos. 
 
As auxinas participam 
A) somente de I, II e III. B) somente de I, II e IV. 
C) somente de I, III e IV. D) somente de II, III e IV. 
E) de I, II, III e IV. 
 
5. (UNIFOR) A poda, usada em jardinagem, tem como finalidade: 
A) Eliminar a gema apical, impedindo a ação de auxinas em toda a 
planta. 
B) Estimular a produção de auxinas pelas gemas laterais. 
C) Diminuir a absorção de nutrientes pela raiz, uma vez que parte 
da planta foi eliminada. 
D) Eliminar a gema apical, produtora de auxinas. 
E) Estimular a produção de giberelinas pelas folhas. 
 
6. (UNIFOR) Cortaram-se os ápices de dois grupos de coleóptilos 
de aveia que, em seguida, foram recolocados como mostram as 
figuras abaixo. 
 
Se os dois grupos forem colocados em ambiente com luz difusa, I 
deverá: 
A) Crescer verticalmente e II curvar-se-á para a direita. 
B) Crescer verticalmente e II curvar-se-á para a esquerda. 
C) Curvar-se-á para a direita e II crescerá verticalmente. 
D) Interromper o crescimento e II curvar-se-á para a direita. 
E) Interromper o crescimento e II crescerá verticalmente. 
 
7. (UNICHRISTUS) 
GRAVITROPISMO VERSUS FOTOTROPISMO – PLANTAS QUE 
VIVEM EM AMBIENTES FECHADOS NORMALMENTE 
CRESCEM NA DIREÇÃO DA LUZ, NO ENTANTO, ÁRVORES AO 
AR LIVRE CRESCEM VERTICALMENTE, SEM SE INCLINAR NA 
DIREÇÃO DO SOL 
Ao germinar no solo, a semente desenvolve um coleóptilo - 
elemento tubuloso e oco que reveste e protege o caulículo - que 
cresce verticalmente para cima enquanto as raízes se orientam 
para baixo. Essa resposta originalmente chamada de geotropismo 
por estar mergulhada na Terra (geo), foi alterada por sugestão da 
NASA para gravitropismo porser a linguagem correta para 
descrever a resposta de crescimento vegetal estimulada pela força 
da gravidade, e que realmente representa um tropismo. A resposta

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