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Biologia 4 Botânica e Zoologia-33

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33. (UFPR) Pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma planta cujas 
sementes podem ser usadas para a fabricação de biocombustível. 
Por isso, cientistas têm estudado formas de maximizar sua 
produção. O uso de hormônios vegetais artificiais é uma via de 
obtenção de rendimento maior nesses casos. Pesquisadores 
testaram a influência de um desses hormônios (Ethrel) na razão 
entre flores masculinas e femininas por inflorescência e no 
rendimento de sementes por planta. Os resultados encontrados por 
eles estão apresentados nos gráficos abaixo. (Et. = Ethrel; ppm = 
partes por milhão; g = gramas.) 
 
 
 
 
 
A) O uso do hormônio Ethrel é uma alternativa viável para 
aumentar a produção de biocombustível pelo uso do pinhão-
manso? Justifique sua resposta. 
B) Qual a correlação que pode ser estabelecida entre a razão de 
flores masculinas e femininas e a produção de sementes nessa 
planta? 
 
34. (UFC) A figura a seguir mostra os resultados de um 
experimento que compara o crescimento do caule (A) e das raízes 
(B) de plantinhas de milho normais (tipo selvagem) e mutantes 
(que não produzem ácido abcísico – ABA), transplantadas para 
dois tipos de substratos. Um grupo, formado pelos dois tipos de 
planta, foi colocado em substrato sob condições de suprimento 
hídrico ideal (SH), e outro grupo, também contendo os dois tipos 
de planta, foi colocado em substrato sob condições de déficit 
hídrico (DH). 
 
 
 
Com base na análise dos gráficos acima, responda o que se pede 
a seguir. 
A) Qual o efeito do ABA no crescimento do caule e da raiz, sob 
condições de déficit hídrico? 
 
 
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B) A mudança no crescimento da planta sob condição de déficit 
hídrico, induzida pelo ABA, sugere alterações em dois processos 
fisiológicos, envolvidos no balanço hídrico da planta. Que 
alterações são essas? 
 
35. (UFC) Em cidades como Fortaleza, que apresenta um grande 
índice de insolação, o pedestre fica sujeito a um grande 
desconforto térmico e à exposição a níveis elevados de radiação 
ultravioleta, aumentando o perigo de contrair câncer de pele. A 
arborização urbana, portanto, deveria ser uma prioridade nas 
ações dos poderes públicos e uma preocupação da iniciativa 
privada e da comunidade em geral. Responda aos itens a seguir, 
que abordam alguns aspectos relacionados a esse importante 
tema. 
A) Observa-se que a temperatura sob a copa de uma árvore é 
mais baixa que a temperatura embaixo de um telhado que esteja 
exposto à mesma insolação. Que fenômeno relacionado à planta 
está mais diretamente envolvido com essa diferença observada? 
B) De um modo geral, deve-se respeitar o formato natural de cada 
árvore. Porém, às vezes é necessária a realização de podas 
denominadas de formação/condução, que modificam a arquitetura 
da parte aérea, muitas vezes abrindo a copa. 
B.1. Que região dos ramos deve ser cortada para permitir novas 
brotações? 
B.2. Qual a denominação do fenômeno vegetal que está sendo 
afetado por essa prática? 
B.3. Qual o regulador de crescimento mais diretamente envolvido 
nesse fenômeno? 
C) Galhos com diâmetro superior a 8 cm devem ser preservados 
por ocasião das podas, pois a cicatrização é mais demorada em 
galhos muito grossos. A poda de tais galhos permitiria o ataque de 
cupins. 
C.1. Que tecido vegetal ficará mais exposto por ocasião da poda e 
se tornará o principal alvo desses insetos? 
C.2. Qual a principal função desse tecido na planta? 
C.3. Qual é o principal tecido responsável pela regeneração da 
casca? 
D) Nos projetos de arborização, deve-se priorizar o plantio de 
espécies nativas. Cite o principal aspecto benéfico para a fauna 
local, como consequência dessa prática. 
E) Sempre que possível, deve-se evitar a varrição embaixo das 
árvores plantadas em bosques e praças. Isso permite a reutilização 
de folhas e galhos mortos, frutos etc. 
E.1. Como esses materiais podem ser reaproveitados naturalmente 
pelas próprias plantas? 
E.2. Cite um exemplo de organismo que contribui diretamente para 
esse processo de reaproveitamento. 
 
36. (UFC) Leia as estrofes dos dois sonetos a seguir e responda o 
que é perguntado. 
SONETO I 
"Dezembro se anuncia estorricante 
nos ares ressecados. No jardim, 
a quietude branca de um jasmim 
por água clama às águas tão distantes. 
Amiga mão lha traz, exuberante 
em seu próprio arco-íris engastada, 
e vai, planta por planta desfolhada, 
umedecendo o chão, perseverante." 
MAIA, Virgilio. Aguação do Jardim in Palimpsesto & Outros Sonetos. Fortaleza: Edições UFC. 
2004 
 
A) Qual o fenômeno vegetal que possibilita a sobre vivência, na 
estação climática descrita, das plantas citadas no poema? 
B) Cite os dois principais hormônios vegetais envolvidos nesse 
fenômeno. 
SONETO II 
"Estas águas bonitas que setembro 
asperge sobre tenro maturi, 
reluzem vegetais quando sorri, 
no brilho dos cajus, airado outubro. 
Em farfalhantes cores se anuncia 
o fruto, agora já maturescente, 
no cajueiro posto em oferenda" 
MAIA, Virgilio. Chuvas do Caju in Palimpsesto & Outros Sonetos. Fortaleza: Edições UFC. 2004 
 
C) Qual o fenômeno vegetal indicado na segunda estrofe e qual o 
principal hormônio vegetal envolvido? 
D) Qual a explicação bioquímica para a alteração na cor do caju? 
E) Por que o caju é considerado um pseudofruto? 
 
37. (UFC) Atualmente, a cultura de células e tecidos está se 
tornando uma das técnicas mais utilizadas no melhoramento 
vegetal. É a maneira mais eficiente para a obtenção de plantas 
livres de vírus (ou bactérias) parasitas. Estes agentes infecciosos 
translocam-se através dos vasos condutores de seiva para toda a 
planta. A cultura de meristemas mostrou-se o método mais 
eficiente para a obtenção de plantas sadias nos casos de infecção 
por vírus. Pergunta-se: 
A) De uma maneira geral, no que consiste a técnica de cultura de 
tecidos vegetais? 
B) Qual a explicação para o sucesso da cultura de meristemas no 
caso específico da infecção por vírus? 
 
38. (UFPB) Nastismos são movimentos não orientados, 
reversíveis, causados por estímulos externos, independentes de 
sua direção, que ocorrem nos vegetais. Estes movimentos são 
determinados por dois tipos de mecanismos. 
A) Cite dois estímulos que causam estes movimentos. 
B) Explique, em detalhes, como ocorre o mecanismo de variação 
da turgescência (turgor) das células. 
Palavras-chave: íons, turgor, água, polaridade, toque 
 
39. (UFRN) Foram colocadas sementes de aveia para germinar. 
Em seguida, as plantinhas foram introduzidas em uma rolha 
previamente furada, quem fechava um tubo de ensaio contendo 
água, de modo que a raiz ficava mergulhada. Cada tubo foi preso a 
 
 
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um suporte, conforme o esquema abaixo, e deixado em repouso, 
no mínimo, por 6 horas. 
 
1. Com o efeito natural da gravidade, qual a orientação do 
crescimento de cada um dos coleóptiles? 
2. Qual é e como age a substância que atua nesse fenômeno? 
 
40. (UFRJ) O etileno é um hormônio vegetal gasoso e incolor, 
produzido nas folhas, nos tecidos em fase de envelhecimento e 
nos frutos, onde determina o seu amadurecimento e sua queda. 
Que relação pode ser feita entre a ação do etileno e o hábito, 
bastante comum, de se embrulhar em jornal os frutos verdes, 
retirados precocemente, para que amadureçam mais rapidamente? 
 
40. (UNIRIO) 
O Brasil é um dos três maiores produtores mundiais de frutas, algo 
em torno de 39 milhões de toneladas por ano. Não obstante essa 
colocação, o Brasil exporta pouco mais de 1% da sua produção de 
frutas in natura, ocupando o 20º lugar entre os países 
exportadores, segundo dados do Ministério da Agricultura. No 
Brasil, produzem-se frutas tropicais e de clima temperado, o que é 
decorrênciada extensão do território, sua posição geográfica e 
suas condições edafoclimáticas. 
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O controle do amadurecimento das frutas armazenadas em 
câmaras frigoríficas faz parte do conjunto de procedimentos de 
inspeção e controle adotados pelos produtores agrícolas para a 
manutenção do alto padrão do fruto exportado. Considere as 
seguintes situações: 
Situação A – alta concentração de Oxigênio e baixa concentração 
de Gás Carbônico; 
Situação B – baixa concentração de Oxigênio e alta concentração 
de Gás Carbônico. 
Com o conhecimento sobre fisiologia dos frutos e baseado nas 
situações descritas, determine 
A) qual das situações é ideal para o retardamento do 
amadurecimento do fruto. 
B) qual o fitormônio envolvido neste processo e como este regula o 
amadurecimento dos frutos, considerando apenas as 
concentrações de CO2 e O2. 
 
40. (UNIRIO) 
Em plantas, como em animais, hormônios regulam o 
desenvolvimento e o crescimento. Os hormônios são efetivos em 
quantidades extremamente pequenas. Os hormônios vegetais são 
compostos orgânicos produzidos em uma parte da planta e 
transportados para outra, onde eles irão induzir respostas 
fisiológicas. Os fitormônios podem ser estimulantes, em uma 
determinada concentração, e inibidores, em concentrações 
diferentes. Cinco tipos de hormônios vegetais foram identificados: 
auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abcísico. Juntos, 
eles controlam o crescimento e desenvolvimento vegetal em todos 
os estágios de sua vida. 
Adaptado - Universidade de São Carlos: biologia.if.sc.usp.br/fisiologia-vegetal.(2005) 
A) Qual o principal efeito da associação das citocininas com as 
auxinas? 
B) Considerando que grande parte das citocininas é produzida nas 
raízes, de que modo são transportadas para as demais partes do 
vegetal? 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 14 – Floração 
 
Efeito da temperatura: vernalização 
 
Certas plantas só florescem quando previamente 
submetidas a um período de frio, o que caracteriza um fenômeno 
conhecido como vernalização. Na natureza, em climas 
temperados, o inverno representa o período de vernalização, mas 
isso pode ser induzido em laboratório artificialmente, pela 
submissão de plantas a baixas temperaturas. O efeito do frio pode 
ser revertido através de um processo denominado 
desvernalização: expõe a planta a temperaturas em torno de 30°C 
e, com isso, a floração é inibida. 
O efeito da vernalização é mais comum nas plantas 
bianuais ou nas perenes, sendo mais raro nas anuais. 
As plantas anuais são aquelas que completam seu ciclo de 
vida em um ano, florescendo uma vez e vindo a morrer em 
seguida. Em algumas espécies de plantas anuais, a floração pode 
ser induzida pelo frio durante a germinação das sementes. 
Nas bianuais e nas perenes, o efeito do frio só é sentido 
após a formação da planta. 
As plantas bianuais são aquelas que completam seu 
desenvolvimento vegetativo no primeiro ano e florescem no 
segundo. São as que mais frequentemente requerem um 
tratamento de frio para a floração. Se mantidas em estufas, vivem 
vegetativamente por vários anos e não formam flores. 
As plantas perenes têm longa vida vegetativa, florescendo 
várias vezes ao longo de sua existência. Muitas delas precisam ser 
estimuladas pelo frio para florescer a cada ano. 
 
Efeito da luz: fotoperiodismo 
 
Ao longo das estações do ano, existem variações na 
duração do dia e da noite. No verão, os dias são mais longos e as 
noites mais curtas, e no inverno ocorre o inverso. Isso permite a 
planta identificar, pela luminosidade, a adequada época para a 
floração. Dá-se o nome de fotoperiodismo à resposta biológica às 
proporções relativas entre períodos de luz e escuridão, num ciclo 
de 24 horas. Esse fenômeno controla o ritmo circadiano (relógio 
biológico) na planta, controlando o processo de floração. 
 O fotoperiodismo promovendo a regulação da floração foi 
descoberto pelos cientistas Garner e Allard em 1918. Esses 
pesquisadores associaram a floração ao comprimento do dia, que 
denominaram fotoperíodo. Eles classificaram as plantas em três 
categorias principais: plantas neutras ou indiferentes, plantas 
de dias curtos (PDC) e plantas de dias longos (PDL). 
As plantas neutras ou indiferentes florescem 
independentemente do comprimento do dia. É o caso do tomate, 
do feijão e do milho. 
As plantas de dias curtos (PDC) florescem quando 
submetidas a um período de iluminação igual ou menor que um 
determinado período de iluminação denominado de fotoperíodo 
crítico, que varia de 8 a 15 horas de iluminação por dia. Assim, 
quando expostas a fotoperíodos (regimes de iluminação) menores 
que seu fotoperíodo crítico, as PDC florescem, e quando expostas 
a fotoperíodos maiores que seu fotoperíodo crítico, as PDC 
crescem, mas não florescem. Por exemplo, se a PDC tem 
fotoperíodo crítico de 15 horas, florescerá com exposições a luz de 
15 horas diárias, 14 horas diárias ou menos, e não florescerá com 
exposições a luz de 16 horas diárias, 17 horas diárias ou mais. As 
PDC florescem no início da primavera ou no outono. São exemplos 
plantas como morango, café e orquídea. 
 
Plantas de dia curto que receberam menos luz que seu fotoperíodo 
crítico florescem; plantas de dia curto que receberam mais luz que 
seu fotoperíodo crítico não florescem. 
 
OBSERVAÇÃO: Como, na verdade, é o período de exposição à 
escuridão que determina a floração, pode-se argumentar que as 
PDC florescem quando submetidas a um período de escuridão 
maior ou igual que o período de 24 horas subtraído de seu 
fotoperíodo crítico. Assim, se a planta é de dia curto e tem 
fotoperíodo crítico de 15 horas, ela florescerá com períodos de 
iluminação de 15 horas ou menos, ou seja, com períodos de 
escuridão de 9 horas ou mais (24h – 15h = 9h). 
 
As plantas de dias longos (PDL) florescem quando 
submetidas a um período de iluminação igual ou maior que seu 
fotoperíodo crítico, que varia de 12 a 16 horas de iluminação por 
dia. Assim, quando expostas a fotoperíodos maiores que seu 
fotoperíodo crítico, as PDL florescem, e quando expostas a 
fotoperíodos menores que seu fotoperíodo crítico, as PDL 
crescem, mas não florescem. Por exemplo, se a PDL tem 
fotoperíodo crítico de 15 horas, florescerá com exposições a luz de 
15 horas diárias, 16 horas diárias ou mais, e não florescerá com 
exposições a luz de 14 horas diárias, 13 horas diárias ou menos. 
São exemplos plantas como espinafre, aveia, trigo e cevada. As 
PDL florescem no verão. 
 
Plantas de dia longo que receberam menos luz que seu 
fotoperíodo crítico não florescem; plantas de dia longo que 
receberam mais luz que seu fotoperíodo crítico florescem. 
 
OBSERVAÇÃO: Como já dito, como é o período de exposição à 
escuridão que determina a floração, pode-se argumentar que as 
PDL florescem quando submetidas a um período de escuridão 
 
 
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menor ou igual que o período de 24 horas subtraído de seu 
fotoperíodo crítico. Assim, se a planta é de dia longo e tem 
fotoperíodo crítico de 15 horas, ela florescerá com períodos de 
iluminação de 15 horas ou mais, ou seja, com períodos de 
escuridão de 9 horas ou menos (24h – 15h = 9h). 
 
O fotoperíodo crítico é um valor que varia de espécie para 
espécie, mas que é constante para uma mesma espécie. Note que 
não é possível identificar se a planta é de dias curtos ou de dias 
longos somente sabendo seu fotoperíodo crítico: é necessário 
saber se ela floresce com menos luz ou mais luz que seu 
fotoperíodo crítico, caso das PDC e das PDL respectivamente. 
 
Resultado do fotoperiodismo na floração de uma planta de dia 
curto. 
 
Resultado do fotoperiodismo na floração de uma planta de dia 
longo. 
 
Em 1938, entretanto, dois outros pesquisadores, Hanner e 
Bonner, estudando o fotoperiodismo, fizeram uma descoberta 
inesperada: é o comprimentoda noite e não do dia que é crítico 
para a floração. 
Esses cientistas verificaram que as PDC precisam de uma 
noite longa para florescer. Se o período de escuro for interrompido 
por até mesmo um minuto de exposição à luz, elas não florescem; 
se houver interrupção no período de luz, entretanto, não há 
alteração na floração. As PDL precisam de noites curtas, 
florescendo mesmo quando submetidas a noites longas 
interrompidas pela luz. 
 
 
Ação dos fitocromos no fotoperiodismo 
O pigmento fotorreceptor envolvido no fotoperiodismo é o 
fitocromo, já descrito na aula sobre germinação de sementes. Ele é 
uma proteína de cor azul esverdeada, localizado em membranas 
de várias organelas (mas não dos plastos) e existe em duas 
formas interconversíveis, o fitocromo R, inativo, e o fitocromo F, 
ativo. O fitocromo R se transforma em fitocromo F ao absorver luz 
vermelha de comprimento de onda de 660 nanômetros. O 
fitocromo F, por sua vez, transforma-se em fitocromo R ao 
absorver luz vermelha longa no comprimento de onda na faixa dos 
730 nm. 
 
A luz solar contém ambos os comprimentos de onda 
(vermelho e vermelho-longo). Por isso, durante o dia, as plantas 
apresentam as duas formas de fitocromos (R e F), mas como o 
comprimento de onda do vermelho curto predomina, há 
predominância do fitocromo F. À noite, o fitocromo F, mais instável, 
converte-se espontaneamente em fitocromo R. Dependendo da 
duração do período de escuridão, essa conversão pode ser total, 
de modo que a planta, ao fim de um longo período de escuridão, 
pode apresentar apenas fitocromo R. 
Nas PDC, o fitocromo F é um inibidor da floração. PDC 
florescem em estações do ano de noites longas, porque, durante o 
período prolongado de escuridão, o fitocromo F se converte 
espontaneamente no fitocromo R, deixando de inibir a floração (a 
conversão de fitocromo F em R é lenta, exigindo longos períodos 
de escuridão). Uma breve exposição à luz (cerca de 1 a 10 
minutos), é suficiente para impedir a floração das PDC, pois, nesse 
curto período, o fitocromo R é convertido em fitocromo F (a 
conversão do fitocromo R em F é rápida, de modo que um rápido 
período de luz já a promove), que então inibe a floração. 
Nas PDL, o fitocromo F é um indutor de floração. Assim, 
plantas de dia longo só florescem se os períodos de escuridão não 
forem muito prolongados, com noites curtas, de modo que não haja 
conversão total de fitocromo F em fitocromo R. Já em estações do 
ano em que as noites são longas, as plantas de dia longo não

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