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Geografia II -24

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CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
MIGRAÇÕES INTERNAS NO BRASIL 
As migrações internas, entre áreas ou regiões do Brasil, vêm 
ocorrendo desde a época colonial, embora se tenham intensificado 
a partir de inícios deste século, notadamente após a Primeira 
Guerra Mundial. No Brasil, a migração interna atingiu seu ápice 
entre os anos 1960 e 1980, quando enormes contingentes se 
deslocaram do campo para as cidades, com destaque para o 
movimento de nordestinos rumo à Região Sudeste, sobretudo nos 
anos 1960 a 1980. Nas últimas décadas, contudo, a migração 
interna tem diminuído bastante. O Nordeste ainda perde habitantes 
para outras regiões, e o Sudeste é o que mais recebe imigrantes, 
mas com intensidade cada vez menor. 
OS FATORES QUE INFLUENCIAM AS MUDANÇAS NOS 
FLUXOS MIGRATÓRIOS 
Entre os principais fatores que explicam a mudança nos fluxos 
migratórios internos estão: 
– o desenvolvimento econômico em outras regiões: a partir dos 
anos 1960, começou a ocupação maciça das regiões Centro-Oeste 
e Norte. A primeira teve como fator de atração a inauguração de 
Brasília e, posteriormente, o avanço do agronegócio. Já a região 
Norte passou a atrair migrantes a partir da abertura de estradas 
como a Belém-Brasília e da criação da Zona Franca de Manaus. 
– a desconcentração industrial: a partir dos anos 1990, as 
políticas de isenção de impostos e doação de terrenos feitas por 
estados e municípios acabaram atraindo as empresas para 
diferentes regiões. Consequentemente, a ampliação da oferta de 
emprego nesses locais impulsinou o recebimento de migrantes. 
– o avanço da urbanização: nas últimas décadas, a urbanização 
avançou pelo Brasil, o que proporcionou a melhoria na 
infraestrutura de transportes, de telecomunicações e de energia 
elétrica, favorecendo a geração de empregos em locais até então 
menos desenvolvidos. Como a principal motivação para a migração 
é a busca por melhores condições de vida e de trabalho, à medida 
que ocorre uma distribuição mais equilibrada das ofertas de 
trabalho, a busca por outros lugares para morar tende a cair. 
Durante toda a sua história, a economia brasileira caracterizou- se 
pela existência de fases ou “ciclos”, nos quais um determinado 
produto despontava como o mais importante. 
Assim, tivemos a fase da cana-de-açúcar nos séculos XVI e XVII, a 
mineração no século XVIII, o café, no final do século XIX e início do 
XX e o surto da borracha, de 1870 a 1910. 
O período áureo de cada produto, que era determinado pela sua 
valorização no mercado internacional, sempre necessitou de mão-
de-obra ocasionando para a região que o produzia deslocamentos 
de grandes contingentes humanos, oriundos de outras regiões do 
país. Mas essas migrações inter-regionais eram relativamente 
fracas, tendo se intensificado somente na segunda década do 
século XX. 
Com a abolição da escravatura, a mobilidade espacial da 
população aumentou, uma vez que o trabalhador livre ou 
assalariado pode deslocar-se à vontade pelo território, ao contrário 
do escravo, que é objeto de compra e venda. E a precariedade das 
estradas que ligavam as diversas porções do país era tão grande 
que muitas vezes saía mais barato comprar escravos na África que 
em uma outra região onde eles existissem em disponibilidade. 
Só na fase do café, especialmente a partir do final do século XIX, é 
que tem início a construção de uma rede de transportes mais 
extensa — no começo, ferrovias, depois, já no século XX, 
predominam as rodovias. Essas novas estradas facilitaram 
bastante as migrações inter-regionais no Brasil. 
As mais numerosas migrações inter-regionais de nossa história 
foram as de populações nordestina e mineira para os grandes 
centros do Sudeste. Essas migrações começaram já no final do 
século passado, aceleraram-se no início deste e prosseguem até 
nossos dias, embora já não tão intensamente como há algumas 
décadas. Esse movimento populacional, como já vimos, originou-
se do crescimento econômico do Sudeste — no início, com o café, 
depois, com a indústria, mas também devido ao declínio 
econômico do Nordeste face à menor procura internacional de 
seus produtos agrícolas tradicionais de exportação e à estagnação 
de seu setor industrial. 
 
• Êxodo rural 
É o deslocamento da população do meio rural (campo) para o meio 
urbano (cidade). Nos países capitalistas, a causa fundamental do 
êxodo rural é a introdução das relações capitalistas no campo e a 
forte concentração fundiária. Este movimento acarreta sérias 
conseqüências para os centros urbanos, caótico crescimento das 
cidades, desemprego, subemprego, favelas etc. 
• Entre zonas rurais 
Esse tipo de movimento populacional ocorre com mais freqüência 
nos casos em que uma zona rural mais próspera, que oferece 
melhores condições de vida, exerce atração sobre aquelas onde as 
condições de trabalho e de vida são precárias. 
• Transumância 
É um movimento tradicional e característico das regiões 
montanhosas da Europa, África e Ásia, onde os pastores 
permanecem durante o inverno nas planícies e vales com seus 
rebanhos e, por ocasião do verão, deslocam-se para as encostas 
montanhosas, realizando aí as atividades de pastoreio até a 
chegada do inverno. 
OS NOVOS FLUXOS MIGRATÓRIOS 
Entre 1995 e 2000, 3,4 milhões de pessoas trocaram a região onde 
nasceram por outra. Já entre 2005 e 2010, esse número baixou 
para 3 milhões. Assim, a migração entre regiões perde força frente 
a outros fluxos, como: 
– migração intrarregional: ocorre entre municípios de um mesmo 
estado ou ainda entre estados de uma mesma região, sobretudo 
em direção a cidades de médio porte. Esse processo é 
impulsionado, muitas vezes, por Indústrias que migram para 
Aula 32 – Migrações Internas 
 
 
 
 
 
113 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
cidades menores. A migração entre os estados movimentou 4,6 
milhões de pessoas entre 2005 e 2010. 
– migração pendular: neste caso, trata-se de um arranjo 
populacional entre dois ou mais municípios onde há grande 
integração demográfica. A migração pendular ocorre quando as 
pessoas estudam ou trabalham em um município diferente de onde 
mora, sendo obrigado a se deslocar diariamente para cumprir 
essas obrigações. 
– migração de retorno: é o deslocamento de pessoas para sua 
região de origem, após ter migrado. É o que ocorreu na região 
Nordeste a partir dos anos 1980, com a melhora da economia 
local. Na Região Metropolitana de São Paulo, 60% dos que 
deixaram a região entre 2000 e 2010, eram migrantes de retorno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 114 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
 
 
a) Analise e justifique os fluxos migratórios representados nos mapas A, B e C. 
b) Explique a dinâmica atual dos fluxos migratórios. 
 
Questão 02 
Leia o texto a seguir. 
Um fenômeno urbano, visto especialmente nas grandes cidades. Esse processo ocorre na medida em 
que milhões de pessoas que compõem o PEA (População Economicamente Ativa) deixam suas 
residências antes do horário comercial para chegar ao trabalho e, no final da tarde, ou do expediente, 
voltam para casa. Esse processo significa simples fluxos populacionais que não configuram 
propriamente como migração, isso porque não se trata de uma transferência definitiva e sim 
momentânea. Existem vários casos que se enquadram. Entre eles está o fluxo de boias-frias que 
residem geralmente na cidade e se deslocam até o campo onde desenvolvem suas atividades, de 
pessoas que moram em uma determinada cidade e trabalham em outra, além de viagens de final de 
semana, feriados e férias. Decorrente desse fenômeno, ocorre nos grandes centros urbanos a hora de 
rush, que são determinados horários do dia nos quais os trabalhadoresse aglomeram no trajeto tanto 
para chegar ao trabalho como para regressar a casa. Outro tipo de fluxo é o commuting, pessoas que 
moram em um determinado país e se deslocam para outro para trabalhar ou procurar uma ocupação. 
(Adaptado de: <http://www.brasilescola.com/geografia/migracao-pendular.htm>. Acesso em: 13 jul. 2013.) 
 
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o tipo de migração descrita no texto. 
a) Êxodo rural. 
b) Migração espontânea. 
c) Migração pendular. 
d) Migração inter-regional. 
e) Migração intrarregional. 
 
Questão 03 
De acordo com os fluxos migratórios no Brasil, assinale a alternativa correta. 
 
a) Os fluxos migratórios do Nordeste para os grandes centros urbanos do Sudeste, sobretudo em 
direção ao estado de São Paulo, ocorreram a partir da década de 1970. 
b) Os fluxos migratórios do Nordeste para a Amazônia, em direção a novas áreas agrícolas e 
garimpos, ocorreram a partir da década de 1980. 
c) Os fluxos migratórios do Nordeste e sudeste para a região Centro Oeste ocorreram entre o final da 
década de 1970 e a de 1980, principalmente em razão da construção de Brasília. 
d) Os fluxos migratórios dos estados do Sul, além de São Paulo e de Minas Gerais, para as regiões 
Centro Oeste e Norte, ocorreram especialmente a partir da década de 1960/70, graças à expansão 
das áreas de fronteira agrícola na região Centro Oeste e na Amazônia. 
e) O fluxo contínuo e constante de nordestinos para o Sudeste e para a Amazônia ocorreu a partir da 
segunda metade do século XIX. 
Anotações 
 
Aula 32 – Migrações Internas 
 
 
 
 
 
115 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
Questão 04 
Observe a figura ao lado, cujas setas indicam movimentos migratórios ocorridos no Brasil. As direções 
das flechas indicam um movimento migratório ocorrido por fenômenos específicos de um momento 
histórico da ocupação do território brasileiro. A dinâmica migratória representada ocorreu: 
 
a) em virtude do ciclo da borracha na Amazônia, que atraiu grandes contingentes populacionais das 
outras regiões brasileiras em direção ao Norte. 
b) entre os anos 30 e 50 do século XX, em virtude da integração do Mercado interno e do 
desenvolvimento regional brasileiro. 
c) nos anos 60 do século XX, em virtude da criação de Brasília e do êxodo rural, provocado pela 
revolução verde no Nordeste e Sul do Brasil. 
d) em função da atração exercida pelos grandes projetos de mineração e industrialização, a exemplo 
de Carajás e da Zona Franca de Manaus. 
e) após a década de 80 do século XX, em função da incorporação de novas fronteiras agrícolas e 
pecuárias nas regiões Centro-oeste e Norte do Brasil. 
 
Questão 05 
A tabela abaixo traz informações sobre a percentagem de pessoas que residem fora de seu Estado de 
origem, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001/2007 do IBGE. 
 
 
Com base nas informações da tabela sobre a dinâmica migratória da população brasileira, é possível 
afirmar que: 
a) Os Estados da região Nordeste do Brasil apresentaram, no período, a menor percentagem de 
população nascida em outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque os Estados dessa região 
sempre apresentaram uma elevada taxa de imigração de sua população para outras unidades da 
federação. 
b) Os Estados da região Centro-Oeste apresentaram, no período, a maior percentagem de pessoas 
residentes oriundas de outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque esses Estados receberam, 
nas últimas décadas, elevados fluxos migratórios de população brasileira para a ocupação da fronteira 
agrícola. 
c) Nos Estados da região Sudeste houve um decréscimo da percentagem de pessoas residentes 
nascidas em outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque todos os Estados dessa região 
sempre tiveram importantes fluxos emigratórios de população direcionados para a ocupação de outras 
regiões do país. 
d) Os Estados da região Sul têm o segundo menor índice de pessoas residentes não naturais dessas 
Unidades da Federação. Isso ocorre porque esses Estados, historicamente, apresentam baixos fluxos 
emigratórios de sua população com destino a outras unidades da federação. 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 116 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
Questão 06 
Leia com atenção. 
Pau de Arara 
Luiz Gonzaga 
Quando eu vim do sertão, 
seu môço, do meu Bodocó 
A malota era um saco 
e o cadeado era um nó 
Só trazia a coragem e a cara 
Viajando num paudearara 
Eu penei, mas aqui cheguei (bis) 
Trouxe um triângulo, no matolão 
Trouxe um gonguê, no matolão 
Trouxe um zabumba dentro do matolão 
Xóte, maracatu e baião 
Tudo isso eu trouxe no meu matola 
 
A letra da música pode ser relacionada a qual fenômeno social? 
a) Aglomeração. 
b) Conurbação. 
c) Êxodo Rural. 
d) Hipertrofia do Terciário. 
e) Transumância. 
 
Questão 07 
Com relação à população brasileira, assinale a alternativa correta. 
a) O êxodo rural é uma modalidade de migração que vem ocorrendo em nosso país com pequena 
intensidade, o que tem preocupado muito pouco as autoridades brasileiras. 
b) A população brasileira economicamente ativa revela marcante equilíbrio entre a participação dos 
sexos masculino e feminino, embora as mulheres venham diminuindo sua proporção no total dessa 
população. 
c) A distribuição de renda, no Brasil, é bastante equitativa, embora a pobreza e a riqueza sejam 
fenômenos comuns em todo o mundo. 
d) A população brasileira distribui-se de forma irregular pelo espaço, alternando áreas de elevadas e) 
densidades demográficas, como o litoral, com outras praticamente vazias, a exemplo da Amazônia. 
e) O contínuo aumento nas taxas de crescimento vegetativo, verificado em nosso país, é um 
fenômeno comprovado pelos últimos censos. 
 
Questão 08 
As regiões metropolitanas das cidades têm forte integração econômica e estão integradas por 
migrações pendulares, que é o movimento: 
a) diário de trabalhadores entre o local de moradia e o local de trabalho. 
b) de migrantes entre diferentes cidades. 
c) de migrantes de cidades menores para cidades maiores. 
d) da população rural em direção aos grandes centros urbanos. 
e) de trabalhadores rurais em busca de trabalhos em áreas urbanas. 
Anotações 
 
	SEMANA 32 - GEOGRAFIA I - MIGRAÇÕES INTERNAS - FERNANDES

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