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Geografia II -32

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152 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
b) imposição do tempo de realização das tarefas fabris 
c) restrição do crédito rápido para o consumo de mercadorias 
d) padronização da produção dos bens industriais de alta 
tecnologia 
 
Questão 11 (UNICAMP) 
Na discussão atual sobre a sustentabilidade do planeta, o termo 
“3R” tem sido usado para se referir a práticas - Reutilizar, Reciclar 
e Reduzir - que podem ser adotadas para diminuir o consumo de 
materiais e energia na produção de objetos. 
a) Tendo em vista a sustentabilidade do planeta, ordene os verbos 
“reutilizar”, “reciclar” e “reduzir”, colocando em primeiro lugar a 
ação que levaria a uma diminuição mais significativa do consumo 
energético e material e, em último, a ação que levaria a uma 
diminuição menos significativa. 
b) Em um condomínio residencial há quatro grandes recipientes 
para receber, separadamente, metais, vidros, papéis e plásticos. 
Seria importante que houvesse outro recipiente, que até poderia 
ser menor, para receber outro tipo de material. Que material seria 
esse, sabendo-se que, do ponto de vista ambiental, ele é mais 
prejudicial que os outros mencionados? Explique por que esse 
material é muito prejudicial ao ambiente, quando aí descartado. 
 
Questão 12 
 
 
A Carta da Terra 
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa 
época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida 
que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o 
futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes 
promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que o meio 
de uma diversidade de culturas e formas de vida, somos uma 
família humana e uma comunidade terrestre com um destino 
comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade 
sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos 
humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. 
Para chegar a esse propósito, é imperativo que, nós, os povos da 
terra, declaremos nossa responsabilidade uns para os outros, com 
grande comunidade da vida, e com as futuras gerações. (...) 
Preâmbulo da Carta da Terra. Em: www.eartcharter.org. 
 
Diante das questões ambientais e do desenvolvimento sustentável 
que permeiam as discussões da sociedade atual, assinale a opção 
correta: 
a) O conceito de desenvolvimento sustentável começou a ser 
elaborado no início do século XVI, antes mesmo da Primeira 
Revolução Industrial. 
b) Em 1972, em Estocolmo, na Suécia, representantes de 113 
países reuniram-se para debater questões relativas ao meio 
ambiente. Este encontro é considerado como a primeira 
mobilização em torno desse tema. 
c) Em 1992, o Rio de Janeiro abrigou a Conferência das Nações 
Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92). Nesse 
encontro foi assinado o Protocolo de Kyoto por todos os países que 
participaram do evento. 
d) Em 2002, foi a vez do Egito abrigar a Cúpula Mundial sobre o 
Desenvolvimento Sustentável; nesse encontro foram discutidas 
somente questões relacionadas ao meio ambiente. Esse encontro 
recebeu a denominação de Rio + 10, pois aconteceu 10 anos após 
a conferência do Rio-92. 
e) Em 2012, o Brasil foi o palco do encontro da maior conferência 
da ONU sobre desenvolvimento sustentável. Foram discutidas 
nessa ocasião a Agenda 21 e economia verde. Infelizmente, devido 
à crise econômica, países da União Europeia não participaram do 
evento. 
 
Questão 13 
A partir da segunda metade do século passado, a mobilização em 
torno do ambiente foi divulgada e se consolidou por meio de 
estudos e das cúpulas, ou das conferências internacionais. 
Sobre essas conferências, pode-se afirmar: 
I A primeira grande conferência internacional convocada 
especificamente para a discussão da problemática ambiental 
ocorreu em Estocolmo, em 1972. 
II Na Rio-92, foram divulgadas as convenções sobre Mudanças 
Climáticas e sobre Diversidade Biológica, que figuram na agenda 
ambiental internacional. 
III Na Rio+20, que ocorreu no Rio de Janeiro, em 2012, todos os 
países participantes ratificaram o novo Protocolo de Quioto, 
aderindo à nova ordem ambiental internacional. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
OS PROBLEMAS ATMOSFÉRICOS E A QUESTÃO 
AMBIENTAL NO BRASIL 
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
A poluição atmosférica é provocada por fontes estacionárias, 
como indústrias e usinas termelétricas, e fontes móveis, como 
caminhões, ônibus e automóveis menores. É um dos principais 
problemas de saúde pública, principalmente nas grandes 
aglomerações urbanas. Na zona rural, a prática de queimadas em 
canaviais e os incêndios em florestas e outras formações vegetais 
são os principais responsáveis pela poluição atmosférica. Com o 
lançamento de gases e partículas sólidas na atmosfera, tanto pode 
ocorrer um desequilíbrio nas proporções de gases que já a 
compõem (caso da elevação da concentração de dióxido de 
carbono) quanto podem surgir gases estranhos a ela, como é o 
caso do dióxido de enxofre, dos óxidos de nitrogênio e do 
monóxido de carbono. Ocorre também, o aumento de elementos 
ou partículas que naturalmente não aparecem na composição 
atmosférica, caso do chumbo, das potências industriais dos 
aerossóis, das fumaças negras, dos hidrocarbonetos, dos 
solventes, etc. 
CONCENTRAÇÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA 
(PARTÍCULAS POR MILHÃO – PPM) 
 
LOVELOCK, James. Gaia: cura para um planeta doente. São Paulo: Cultrix, 
2006.p.169. 
AQUECIMENTO GLOBAL 
Uma das consequências da ação humana sobre o meio ambiente é 
a elevação da temperatura média global, provocada pela 
intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno 
conhecido desde o fim do século XIX. Porém, é somente no século 
XX que as pesquisas tornaram-se mais confiáveis. Pesquisas 
apontam para um acréscimo de 3°C na temperatura média até 
2050, quando a concentração de dióxido de carbono na atmosfera 
duplicará. 
EFEITO ESTUFA 
O Efeito Estufa é um dos principais fatores para a manutenção da 
temperatura do planeta. Mas sua intensificação se acelerou no 
século XX, o que está alterando ciclos biológicos. Um exemplo 
perturbador é o do ozônio (O3), que existe em todas as camadas 
do ar. O aumento da quantidade do gás em baixas altitudes agrava 
o efeito estufa, pois aumenta a retenção de energia solar. Porém, a 
relação entre o aumento das emissões de CO2 e as alterações 
climáticas não é consenso entre os pesquisadores. 
A CRÍTICA DOS CÉTICOS 
De acordo com um grupo de cientistas intitulados céticos, o clima 
terrestre está em constante transformação. Estudos mostram que o 
planeta passa por períodos de calor e de frio intensos, decorrentes 
de mudanças astronômicas combinadas com a variação na 
concentração de gases do efeito estufa e com a quantidade de 
radiação solar refletida pela neve e pelo gelo. 
Os céticos estão certos em uma coisa: é difícil prever o 
comportamento do clima terrestre. Pequenas variações na crosta 
do planeta e nos mares afetam a atmosfera de maneira drástica. 
Uma variação menor ou maior das correntes oceânicas pode 
provocar o aparecimento de gelo em certos lugares e causar 
tempestades em outros. É verdade que no último milênio 
ocorreram dois momentos de variação de temperatura como agora. 
Um ficou conhecido como Período Medieval Quente (no início do 
milênio), o outro conhecido como Pequena Idade do Gelo (no fim 
da Idade Média). Acredita-se que tenham sido causados por 
alterações na circulação oceânica do Atlântico e variações da 
atividade marítima. 
MUDANÇAS NA TEMPERATURA DO PLANETA 
Para os participantes do IPCC (Painel Intergovernamental sobre as 
Mudanças Climáticas), porém, o que está acontecendo agora é 
diferente. Os gases que se acumulam na atmosfera como 
resultado da atividade do homem são transparentes à luz visível, 
como um vidro de umaestufa, permitindo que os raios solares 
aqueçam a superfície terrestre. Quando a Terra devolve o calor em 
excesso, não é mais sob forma de luz, mas de radiação 
infravermelha. Como os gases poluentes absorvem essa radiação 
como calor, parte fica retida na atmosfera, resultando num 
aumento da temperatura como podemos observar no gráfico 
abaixo: 
 
Fonte: Centro de Análise e Informações sobre Dióxido de Carbono. 
Segundo dados do IPCC existem mudanças consideráveis no 
mundo inteiro. Entre 1995 e 2006, estão 11 dos 12 anos mais 
quentes já registrados desde 1850. O mar está subindo, e o ritmo 
dessa elevação está aumentando, no decorrer do século XX, as 
águas subiram 17 cm. 
Existem ainda previsões de mudanças climáticas em todos os 
continentes: 
• África: A falta de recursos e os problemas políticos fazem da 
África o continente mais vulnerável às mudanças. A seca pode 
condenar 250 milhões de pessoas à sede por volta de 2020 e 
agravar ainda mais a fome. 
• Europa: No sul, centro e leste europeu, as altas temperaturas e 
as secas reduzirão à disponibilidade de água e a produtividade 
agrícola, aumentando as ondas de calor. No norte, o aquecimento 
pode provocar inundações e erosões. 
• Ásia: O derretimento do gelo do Himalaia deve causar 
inundações e avalanches e ameaçará os recursos hídricos 
principalmente nas regiões mais povoadas do sul, leste e sudeste 
da Ásia, provocando doenças. 
• América: Na América do Norte, a produção de culturas irrigadas 
 
 
 
 
 154 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
pode aumentar até 20%. Por outro lado, o derretimento das 
geleiras das montanhas a oeste provocará inundações no verão e 
seca no inverno. O aquecimento poderá ainda levar ao 
deslocamento de espécies tropicais em direção aos polos. Na 
América Latina, parte da floresta Amazônica pode tornar-se uma 
extensão do Cerrado, enquanto o núcleo da Caatinga poderá virar 
um deserto. A vazão do rio Amazonas deve diminuir, ameaçando a 
biodiversidade. Mais chuva pode acabar com os grãos do sul. 
• Oceania: A situação é bem problemática para as ilhas da 
Oceania. Tesouros ambientais como a Grande Barreira de Corais 
pode ser atingida e até desaparecer 
• Regiões Polares: A cobertura gelada na Groenlândia e o gelo do 
Ártico podem desaparecer quase totalmente no verão, antes de o 
século XXI acabar, e podem sumir ecossistemas. 
HIPÓTESE GAIA 
“Chama-se hipótese Gaia a moderna teoria científica que 
afirmar que a própria vida controla as condições físicas e 
químicas da superfície, da atmosfera e dos oceanos da Terra, 
para que se tornem adequadas à vida. Essa hipótese tem 
conduzido ao desenvolvimento de uma nova ciência dos 
sistemas, que estuda todas as inter-relações da biosfera. 
Desde que a vida apareceu na Terra, ocorreram muitas 
mudanças e o sistema teve que se organizar inúmeras vezes. 
Houve períodos de evolução rápida e outras extinções 
maciças. 
Constantemente acontecem pequenas ações equilibradoras. 
Têm surgido e desaparecido muitas espécies: porém, em todo 
o momento a vida tem protegido a si mesma, reorganizando-se 
para seguir adiante. Independentemente do que falamos com o 
planeta, é improvável que desapareça toda a vida em si. Mas 
não somos mais que uma espécie, e nossa própria 
sobrevivência não está segura. A extinção da espécie humana 
seria inevitável, caso significasse uma ameaça a menos para a 
vida na Terra, segundo a hipótese Gaia.” 
Lee Durrell. Gaia: o futuro da arca. Madri, Herman Blume, 1988. 
A CAMADA DE OZÔNIO 
A camada de ozônio não existia na atmosfera primitiva da Terra, 
por conta da ausência de oxigênios. O ozônio (O3) forma-se 
naturalmente na atmosfera pela ação dos raios solares, que 
atingem o oxigênio (O2). Em condições naturais, há um equilíbrio 
entre a formação de ozônio e a sua destruição. As concentrações 
de ozônio da estratosfera apareceram junto com a oxigenação da 
atmosfera terrestre e funcionaram como uma barreira que filtra os 
raios ultravioletas. 
Nos anos 1970, os cientistas Mario Molina e Sherwood Rowland 
levantaram a hipótese de que o cloro proveniente de 
clorofluorcarbonetos poderiam destruir o ozônio estratosférico. 
Esses gases, conhecidos como Freons1 ou pela sigla CFC são 
utilizados principalmente como substâncias refrigerantes em 
geladeiras, condicionadores de ar e em aerossóis, como 
propelentes. No fim dos anos 70, o governo norte-americano 
proibiu o uso de CFC como propelente de aerossóis. Porém, a 
ação política internacional começou com eficácia em 1985, com a 
assinatura do Protocolo de Viena para a proteção da camada de 
ozônio. Dois anos mais tarde foi firmado o Protocolo de Montreal, 
que regula a produção de CFCs. 
CHUVAS ÁCIDAS 
 
1 Marca registrada da empresa norte-americana DuPont. 
Em áreas de atmosfera muito comprometida, é comum a formação 
de nevoeiro causado pela poluição. Às vezes ocorrem as 
chamadas chuvas ácidas, que, além dos males à saúde, provocam 
corrosões nos metais, nas pedras calcárias, das construções, etc. 
 
As chuvas ácidas não são precipitações de água carregadas de 
ácido sulfúrico e/ou ácido nítrico. Esses ácidos se formam na 
atmosfera através de reações químicas provocadas pela presença 
de dois gases muito poluentes, respectivamente, o dióxido de 
enxofre, emitido por usinas elétricas e por determinadas indústrias 
e óxidos de nitrogênio, emanados de motores a combustão, fornos 
industriais, aviões, etc. Em contato com a água da atmosfera, o 
dióxido de enxofre dá origem ao ácido sulfúrico e óxidos de 
nitrogênio reagem para formar o ácido nítrico. 
 
INVERSÃO TÉRMICA 
Como decorrência do aumento do acúmulo de poluentes na 
atmosfera, as grandes cidades frequentemente parecem estar 
mergulhadas em densa névoa. Este fenômeno é particularmente 
notável em dias em que ocorre alteração na circulação vertical do 
ar, processo conhecido como inversão térmica. 
As camadas inferiores do ar são normalmente mais quentes que as 
superiores devido à irradiação do calor do solo. Como as camadas 
mais quentes são menos densas que as frias, elas tendem a subir, 
enquanto as camadas frias tendem a descer. 
Assim, há uma circulação vertical do ar em consequência dos 
poluentes. 
A inversão térmica ocorre nos dias frios, quando as camadas 
inferiores de ar permanecem frias e mais densas, não havendo 
circulação vertical do ar, se não houver ventos fortes que 
desloquem essa camada horizontalmente, ocorrerá a formação de 
uma névoa com altas taxas de poluentes, que só será dispersa por 
novas alterações meteorológicas. 
Durante as inversões térmicas, observa-se uma série de alterações 
fisiológicas no homem, como irritação dos olhos e das vias 
respiratórias, em consequência da ação combinada de diversos 
poluentes, cujas taxas se tornam maiores. 
 
Aula 36 – Os Problemas Atmosféricos e a Questão Ambiental no Brasil 
 
 
 
 
 
155 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL 
No Brasil, para a aprovação de qualquer projeto agrícola ou 
industrial e obras de engenharia é obrigatório, desde 1986, o EIA 
(Estudo de Impacto Ambiental) para a elaboração do RIMA 
(Relatório de Impacto Ambiental). Desse modo, a destruição de 
uma nascente de rio ou a caça ilegal de animais silvestres, por 
exemplo, mesmo que praticadas nos limites da propriedade de um 
dono de fazenda, por ferirem esse direito fundamental, tornaram-se 
infrações graves, possíveis de punição. 
Apesar desse avanço, o Brasil ainda está longe de resolver os 
problemas ambientais gerados pelo crescimento econômico 
desordenado, como podemos observar nas imagens abaixo: 
 
Área do estádio do Castelão no ano de 1973, com destaque para 
as áreas verdes ao fundo. 
 
Imagem de satélite mostrando a área do entorno do estádio nos 
dias atuais e a redução da área verde de seu entorno. Fonte: 
GoogleMaps. 
A exploração de madeira das florestas, cerrados e caatingas pode 
ser considerada um subproduto desse intenso processo de 
transformação do Brasil. Em algumas cadeias produtivas, a 
madeira foi utilizada como recurso energético para alimentar fornos 
industriais, como no caso das siderúrgicas. A exploração 
madeireira também interessou aos circuitos econômicos da 
construção civil, que ergueu enormes arranha-céus nos centros 
urbanos espalhados pelo país. A produção de soja e a abertura de 
rodovias, devido ao processo de urbanização, também contribuem 
para essa destruição. Nunca se desmatou tanto no Brasil como nos 
últimos 40 anos, oito vezes mais do que todo o desflorestamento 
provocado no período colonial e imperial. 
HISTÓRICO DA PRESERVAÇÃO NO BRASIL 
A Conservação da natureza faz parte da agenda da América 
Portuguesa desde o século XVI. Ainda que a capacidade de 
controle e aplicação das leis por parte da Corte fosse 
extremamente reduzida, Portugal era um reino que possuía um 
corpus legal sistematizado sobre essa matéria. 
Até a vinda da família real ao Brasil, em 1808, as Ordenações 
Manuelinas, organizadas por ordem de Dom Manuel I, foram 
sucessivamente adaptadas à realidade ambiental do continente, 
para proteger os recursos considerados de maior valor. A 
expressão “madeira de lei”, por exemplo, tem sua origem na lista 
de árvores nobres, proibidas de corte sem autorização, devido ao 
grande valor da madeira, como o jacarandá e a peroba. Em 1605, 
foi criado o Regimento Pau-Brasil, que refletia sobre a 
preocupação estatal em relação a preservação dos estoques de 
pau-brasil. 
Com a chegada da família real ao Rio de Janeiro, o Brasil recebeu 
uma série de investimentos no campo cultural e científico. Dentre 
eles destacam-se a criação do Real Horto, que deu origem ao 
Jardim Botânico, que cumpre um importante papel de educação 
ambiental no Brasil. Em 1876 foi apresentada a primeira proposta 
oficial de criação de parques nacionais no Brasil, pelo engenheiro 
André Rebouças, que baseou-se no modelo no Parque 
Yellowstone.2 
Rebouças defendia a criação de um parque nacional na ilha do 
Bananal e um parque no Paraná, pois acreditava que no sul do 
Império, região alguma pode competir com a do Guaíra em belezas 
naturais. Apesar dos esforços, somente nos anos 30, o poder 
público passou a ter uma atuação mais significativa. Em 1934 foi 
criado o Código Nacional de Águas e o Código Florestal. 
De acordo com o Código Florestal, os proprietários não podiam 
desmatar mais que ¾ das florestas presentes em suas terras, e 
eram obrigados a preservar integralmente as matas galerias e as 
espécies consideradas raras. 
Em 1937 foi criado o Parque Nacional do Itatiaia, na divisa entre os 
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1939 
foram criadas duas novas áreas, o Parque Nacional da Serra dos 
Órgãos e o Parque Nacional de Iguaçu. 
Em 1965, o Código Florestal foi reformulado pelo regime militar. 
Nesse momento já existiam 15 parques nacionais no Brasil, muitos 
deles implantados em áreas do Centro-Oeste recém atingidas pela 
fronteira agrícola. O novo código manteve muitos dos vícios da 
legislação anterior, mas, pela primeira vez, as unidades de 
conservação foram separadas e duas grandes categorias: uso 
direto e uso indireto. 
Em 1967 o governo brasileiro criou o Instituto Brasileiro de 
Desenvolvimento Florestal (IBDF), ligado a Ministério da Agricultura 
e em 1974 criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), 
vinculado ao Ministério do Interior. 
O ano de 1981 marca a criação da Política Nacional do Meio 
Ambiente que integrou as esferas federal, estadual e municipal em 
um Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). Em 1989 foi 
criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA), que englobou o SEMA e o IBDF. 
 
O ano de 1992 marca a criação do MMA (Ministério do Meio 
 
2 Esse parque foi uma resposta do incipiente movimento 
preservacionista estadunidense, cuja ideia era manter praticamente 
intocados os ecossistemas naturais, protegendo-os do rápido avanço 
da colonização sobre as terras virgens do oeste do país. Desde 
então os milhões de hectares ocupados pelo parque passaram a ser 
regulados por uma legislação especial, que vetava sua ocupação e 
venda e os transformava em espaço público de lazer e recreação. 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.culturamix.com/wp-content/uploads/2010/12/Ibama.jpg&imgrefurl=http://www.culturamix.com/meio-ambiente/ibama&usg=__rbi3Oa0-WtfpREdduwZkkOxxT34=&h=319&w=364&sz=22&hl=pt-BR&start=2&zoom=1&itbs=1&tbnid=fIH7Hq1fiAKjwM:&tbnh=106&tbnw=121&prev=/search%3Fq%3DIBAMA%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1345%26bih%3D521%26gbv%3D2%26tbm%3Disch&ei=5MfdTdukKciatweS9_H1CQ
 
 
 
 
 156 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
Ambiente) que foi escolhido para sediar a Conferência da ONU 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. 
 
Abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente 
e Desenvolvimento. Rio de Janeiro 1992. 
NOVO CÓDIGO E VELHO DESCASO! 
PRODUTORES RURAIS COMEMORAM APROVAÇÃO DE NOVO 
CÓDIGO FLORESTAL 
Depois de ser aprovado por 80% dos deputados, o novo 
Código Florestal vai agora ser analisado pelo Senado. Os 
produtores rurais comemoraram a votação do projeto, que 
combina agronegócio com preservação ambiental. O resultado 
garante a produção agrícola de um setor que é responsável 
por 30% da economia do país. Com o novo código produtores 
com imóveis rurais de 20 a 400 hectares não precisam 
recompor área desmatada antes de 2008. Além disso, será 
permitido plantar até 50% de vegetação não nativa, como 
eucalipto. Outra mudança é a permissão para cultivo de 
algumas plantações, como maçãs e cafés em topos de morros, 
margens dos rios e encostas. A emenda dará a União poder 
para definir regras gerais e aos Estados o que pode ser 
cultivado nas APPs (áreas de preservação permanente). 
O que o Brasil trabalhador espera agora é que esta 
demonstração de bom senso predomine até o fim da 
tramitação do projeto aprovado ontem. O Brasil precisa. E o 
produtor rural merece. Ele - que vive na terra e da terra - é o 
maior interessado na sua preservação. É o verdadeiro 
ambientalista. 
Esta é a opinião do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Fonte: 
www.band.com.br/jornaldaband 
AMBIENTALISTAS DO PARANÁ DIZEM QUE NOVO CÓDIGO 
FLORESTAL É UM “ESCÁRNIO” 
Ambientalistas do Paraná criticaram hoje a aprovação do novo 
Código Florestal. O diretor-executivo da seção paranaense da 
Sociedade de Proteção da Vida Selvagem, Clóvis Borges, 
disse que a aprovação do projeto na Câmara foi "uma atitude 
de escárnio" à população brasileira. Jogaram a ciência no lixo 
e os interesses da própria agricultura ao desculpar, por 
exemplo, crimes causados no passado como o desmatamento. 
Borges diz, no entanto, que a aprovação do Código Florestal 
ajudou os ambientalistas ou conservacionistas, como ele 
prefere denominar, a identificar melhor os adversários. 
Nesta quarta-feira, antes da abertura da Semana Nacional da 
Mata Atlântica, em Curitiba, Renato Cunha, da coordenação 
geral das ONGs da Mata Atlântica, propôs um minuto de 
silêncio em repúdio à aprovação do novo código. Para o 
deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), que esteve presente 
no encontro, o projeto é um retrocesso. A vaca foi para o 
brejo. Foi retirada da propriedade rural, que não será 
recuperada, e vai para a Reserva Legal. Antes, quem 
desmatava tinha que fazer o reflorestamento. 
Fonte: oglobo.globo.com/2 
POLUIÇÃO MARINHA 
A poluição marinha é em grande parte, consequência da poluição 
da água dos rios, que correm para o mar. Indústrias e residências 
despejam toneladas de detritos nas águas dos rios; cidades 
utilizam a água do mar como esgoto, lavouras empregam 
fertilizantes e agrotóxicos, cujo excesso é transportado para o marnas águas dos rios; e áreas de criação descartam em rios 
excrementos de animais. Calcula-se que os dejetos urbanos 
residenciais e industriais sejam responsáveis por 80% da poluição 
das águas do mar. 
 
Substâncias tóxicas utilizadas nas atividades mineradoras, rejeitos 
das áreas de extração de minérios ou resultantes de processos 
industriais da produção de pasta de celulose, tintas e solventes 
acumulam metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio. 
Esses metais, quando não tratados, são lançados nos rios, 
podendo atingir o mar e contaminar a fauna e flora marinhas e o 
ser humano. Entre os efeitos danosos da exposição do ser humano 
aos metais pesados estão o câncer, as doenças que atingem o 
sistema nervoso central e, em casos extremos de contaminação a 
morte. 
O CASO DE MINAMATA 
Em Maio de 1956, na cidade piscatória de Minamata, no Japão, 
várias pessoas surgiram com sintomas que incluíam 
convulsões severas, surtos de psicose, perda de consciência 
e coma, tendo acabado por morrer. Não se sabia a causa da 
doença que afetou muitas pessoas da cidade, mas foi notado 
que alguns pássaros e gatos apresentavam sintomas 
idênticos. Por exemplo, no caso dos gatos, começavam a 
pular e contorcer-se, corriam em círculos e lançavam-se à 
água, afogando-se. Todos os afetados pela doença tinham 
uma coisa em comum, alimentavam-se com quantidades 
consideráveis de peixe da Baía de Minamata. Estabelecido 
este elo de ligação, tentou determinar-se a causa e acabou por 
se concluir que uma fábrica em Minamata utilizava compostos 
com mercúrio como catalisadores no processo de produção 
de PVC. Os efluentes da fábrica, com resíduos que continham 
mercúrio, foram durante muitos anos deitados na baía. Aí, este 
(na forma de metilmercúrio – extremamente tóxico) foi-se 
concentrando no organismo dos peixes da baía. Como o peixe 
era o principal componente da dieta local, milhares de 
moradores da região foram contaminados. 
	SEMANA 36 - OS PROBLEMAS ATMOSFÉRICOS E A QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL - FERNANDES.docx
	POLUIÇÃO MARINHA
	A poluição marinha é em grande parte, consequência da poluição da água dos rios, que correm para o mar. Indústrias e residências despejam toneladas de detritos nas águas dos rios; cidades utilizam a água do mar como esgoto, lavouras empregam fertiliza...
	Substâncias tóxicas utilizadas nas atividades mineradoras, rejeitos das áreas de extração de minérios ou resultantes de processos industriais da produção de pasta de celulose, tintas e solventes acumulam metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio. ...
	O CASO DE MINAMATA
	Em Maio de 1956, na cidade piscatória de Minamata, no Japão, várias pessoas surgiram com sintomas que incluíam convulsões severas, surtos de psicose, perda de consciência e coma, tendo acabado por morrer. Não se sabia a causa da doença que afetou muit...

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