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152 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) b) imposição do tempo de realização das tarefas fabris c) restrição do crédito rápido para o consumo de mercadorias d) padronização da produção dos bens industriais de alta tecnologia Questão 11 (UNICAMP) Na discussão atual sobre a sustentabilidade do planeta, o termo “3R” tem sido usado para se referir a práticas - Reutilizar, Reciclar e Reduzir - que podem ser adotadas para diminuir o consumo de materiais e energia na produção de objetos. a) Tendo em vista a sustentabilidade do planeta, ordene os verbos “reutilizar”, “reciclar” e “reduzir”, colocando em primeiro lugar a ação que levaria a uma diminuição mais significativa do consumo energético e material e, em último, a ação que levaria a uma diminuição menos significativa. b) Em um condomínio residencial há quatro grandes recipientes para receber, separadamente, metais, vidros, papéis e plásticos. Seria importante que houvesse outro recipiente, que até poderia ser menor, para receber outro tipo de material. Que material seria esse, sabendo-se que, do ponto de vista ambiental, ele é mais prejudicial que os outros mencionados? Explique por que esse material é muito prejudicial ao ambiente, quando aí descartado. Questão 12 A Carta da Terra Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que o meio de uma diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. Para chegar a esse propósito, é imperativo que, nós, os povos da terra, declaremos nossa responsabilidade uns para os outros, com grande comunidade da vida, e com as futuras gerações. (...) Preâmbulo da Carta da Terra. Em: www.eartcharter.org. Diante das questões ambientais e do desenvolvimento sustentável que permeiam as discussões da sociedade atual, assinale a opção correta: a) O conceito de desenvolvimento sustentável começou a ser elaborado no início do século XVI, antes mesmo da Primeira Revolução Industrial. b) Em 1972, em Estocolmo, na Suécia, representantes de 113 países reuniram-se para debater questões relativas ao meio ambiente. Este encontro é considerado como a primeira mobilização em torno desse tema. c) Em 1992, o Rio de Janeiro abrigou a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92). Nesse encontro foi assinado o Protocolo de Kyoto por todos os países que participaram do evento. d) Em 2002, foi a vez do Egito abrigar a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável; nesse encontro foram discutidas somente questões relacionadas ao meio ambiente. Esse encontro recebeu a denominação de Rio + 10, pois aconteceu 10 anos após a conferência do Rio-92. e) Em 2012, o Brasil foi o palco do encontro da maior conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. Foram discutidas nessa ocasião a Agenda 21 e economia verde. Infelizmente, devido à crise econômica, países da União Europeia não participaram do evento. Questão 13 A partir da segunda metade do século passado, a mobilização em torno do ambiente foi divulgada e se consolidou por meio de estudos e das cúpulas, ou das conferências internacionais. Sobre essas conferências, pode-se afirmar: I A primeira grande conferência internacional convocada especificamente para a discussão da problemática ambiental ocorreu em Estocolmo, em 1972. II Na Rio-92, foram divulgadas as convenções sobre Mudanças Climáticas e sobre Diversidade Biológica, que figuram na agenda ambiental internacional. III Na Rio+20, que ocorreu no Rio de Janeiro, em 2012, todos os países participantes ratificaram o novo Protocolo de Quioto, aderindo à nova ordem ambiental internacional. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I Prof. Fernandes Epitácio OS PROBLEMAS ATMOSFÉRICOS E A QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA A poluição atmosférica é provocada por fontes estacionárias, como indústrias e usinas termelétricas, e fontes móveis, como caminhões, ônibus e automóveis menores. É um dos principais problemas de saúde pública, principalmente nas grandes aglomerações urbanas. Na zona rural, a prática de queimadas em canaviais e os incêndios em florestas e outras formações vegetais são os principais responsáveis pela poluição atmosférica. Com o lançamento de gases e partículas sólidas na atmosfera, tanto pode ocorrer um desequilíbrio nas proporções de gases que já a compõem (caso da elevação da concentração de dióxido de carbono) quanto podem surgir gases estranhos a ela, como é o caso do dióxido de enxofre, dos óxidos de nitrogênio e do monóxido de carbono. Ocorre também, o aumento de elementos ou partículas que naturalmente não aparecem na composição atmosférica, caso do chumbo, das potências industriais dos aerossóis, das fumaças negras, dos hidrocarbonetos, dos solventes, etc. CONCENTRAÇÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA (PARTÍCULAS POR MILHÃO – PPM) LOVELOCK, James. Gaia: cura para um planeta doente. São Paulo: Cultrix, 2006.p.169. AQUECIMENTO GLOBAL Uma das consequências da ação humana sobre o meio ambiente é a elevação da temperatura média global, provocada pela intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno conhecido desde o fim do século XIX. Porém, é somente no século XX que as pesquisas tornaram-se mais confiáveis. Pesquisas apontam para um acréscimo de 3°C na temperatura média até 2050, quando a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicará. EFEITO ESTUFA O Efeito Estufa é um dos principais fatores para a manutenção da temperatura do planeta. Mas sua intensificação se acelerou no século XX, o que está alterando ciclos biológicos. Um exemplo perturbador é o do ozônio (O3), que existe em todas as camadas do ar. O aumento da quantidade do gás em baixas altitudes agrava o efeito estufa, pois aumenta a retenção de energia solar. Porém, a relação entre o aumento das emissões de CO2 e as alterações climáticas não é consenso entre os pesquisadores. A CRÍTICA DOS CÉTICOS De acordo com um grupo de cientistas intitulados céticos, o clima terrestre está em constante transformação. Estudos mostram que o planeta passa por períodos de calor e de frio intensos, decorrentes de mudanças astronômicas combinadas com a variação na concentração de gases do efeito estufa e com a quantidade de radiação solar refletida pela neve e pelo gelo. Os céticos estão certos em uma coisa: é difícil prever o comportamento do clima terrestre. Pequenas variações na crosta do planeta e nos mares afetam a atmosfera de maneira drástica. Uma variação menor ou maior das correntes oceânicas pode provocar o aparecimento de gelo em certos lugares e causar tempestades em outros. É verdade que no último milênio ocorreram dois momentos de variação de temperatura como agora. Um ficou conhecido como Período Medieval Quente (no início do milênio), o outro conhecido como Pequena Idade do Gelo (no fim da Idade Média). Acredita-se que tenham sido causados por alterações na circulação oceânica do Atlântico e variações da atividade marítima. MUDANÇAS NA TEMPERATURA DO PLANETA Para os participantes do IPCC (Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas), porém, o que está acontecendo agora é diferente. Os gases que se acumulam na atmosfera como resultado da atividade do homem são transparentes à luz visível, como um vidro de umaestufa, permitindo que os raios solares aqueçam a superfície terrestre. Quando a Terra devolve o calor em excesso, não é mais sob forma de luz, mas de radiação infravermelha. Como os gases poluentes absorvem essa radiação como calor, parte fica retida na atmosfera, resultando num aumento da temperatura como podemos observar no gráfico abaixo: Fonte: Centro de Análise e Informações sobre Dióxido de Carbono. Segundo dados do IPCC existem mudanças consideráveis no mundo inteiro. Entre 1995 e 2006, estão 11 dos 12 anos mais quentes já registrados desde 1850. O mar está subindo, e o ritmo dessa elevação está aumentando, no decorrer do século XX, as águas subiram 17 cm. Existem ainda previsões de mudanças climáticas em todos os continentes: • África: A falta de recursos e os problemas políticos fazem da África o continente mais vulnerável às mudanças. A seca pode condenar 250 milhões de pessoas à sede por volta de 2020 e agravar ainda mais a fome. • Europa: No sul, centro e leste europeu, as altas temperaturas e as secas reduzirão à disponibilidade de água e a produtividade agrícola, aumentando as ondas de calor. No norte, o aquecimento pode provocar inundações e erosões. • Ásia: O derretimento do gelo do Himalaia deve causar inundações e avalanches e ameaçará os recursos hídricos principalmente nas regiões mais povoadas do sul, leste e sudeste da Ásia, provocando doenças. • América: Na América do Norte, a produção de culturas irrigadas 154 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) pode aumentar até 20%. Por outro lado, o derretimento das geleiras das montanhas a oeste provocará inundações no verão e seca no inverno. O aquecimento poderá ainda levar ao deslocamento de espécies tropicais em direção aos polos. Na América Latina, parte da floresta Amazônica pode tornar-se uma extensão do Cerrado, enquanto o núcleo da Caatinga poderá virar um deserto. A vazão do rio Amazonas deve diminuir, ameaçando a biodiversidade. Mais chuva pode acabar com os grãos do sul. • Oceania: A situação é bem problemática para as ilhas da Oceania. Tesouros ambientais como a Grande Barreira de Corais pode ser atingida e até desaparecer • Regiões Polares: A cobertura gelada na Groenlândia e o gelo do Ártico podem desaparecer quase totalmente no verão, antes de o século XXI acabar, e podem sumir ecossistemas. HIPÓTESE GAIA “Chama-se hipótese Gaia a moderna teoria científica que afirmar que a própria vida controla as condições físicas e químicas da superfície, da atmosfera e dos oceanos da Terra, para que se tornem adequadas à vida. Essa hipótese tem conduzido ao desenvolvimento de uma nova ciência dos sistemas, que estuda todas as inter-relações da biosfera. Desde que a vida apareceu na Terra, ocorreram muitas mudanças e o sistema teve que se organizar inúmeras vezes. Houve períodos de evolução rápida e outras extinções maciças. Constantemente acontecem pequenas ações equilibradoras. Têm surgido e desaparecido muitas espécies: porém, em todo o momento a vida tem protegido a si mesma, reorganizando-se para seguir adiante. Independentemente do que falamos com o planeta, é improvável que desapareça toda a vida em si. Mas não somos mais que uma espécie, e nossa própria sobrevivência não está segura. A extinção da espécie humana seria inevitável, caso significasse uma ameaça a menos para a vida na Terra, segundo a hipótese Gaia.” Lee Durrell. Gaia: o futuro da arca. Madri, Herman Blume, 1988. A CAMADA DE OZÔNIO A camada de ozônio não existia na atmosfera primitiva da Terra, por conta da ausência de oxigênios. O ozônio (O3) forma-se naturalmente na atmosfera pela ação dos raios solares, que atingem o oxigênio (O2). Em condições naturais, há um equilíbrio entre a formação de ozônio e a sua destruição. As concentrações de ozônio da estratosfera apareceram junto com a oxigenação da atmosfera terrestre e funcionaram como uma barreira que filtra os raios ultravioletas. Nos anos 1970, os cientistas Mario Molina e Sherwood Rowland levantaram a hipótese de que o cloro proveniente de clorofluorcarbonetos poderiam destruir o ozônio estratosférico. Esses gases, conhecidos como Freons1 ou pela sigla CFC são utilizados principalmente como substâncias refrigerantes em geladeiras, condicionadores de ar e em aerossóis, como propelentes. No fim dos anos 70, o governo norte-americano proibiu o uso de CFC como propelente de aerossóis. Porém, a ação política internacional começou com eficácia em 1985, com a assinatura do Protocolo de Viena para a proteção da camada de ozônio. Dois anos mais tarde foi firmado o Protocolo de Montreal, que regula a produção de CFCs. CHUVAS ÁCIDAS 1 Marca registrada da empresa norte-americana DuPont. Em áreas de atmosfera muito comprometida, é comum a formação de nevoeiro causado pela poluição. Às vezes ocorrem as chamadas chuvas ácidas, que, além dos males à saúde, provocam corrosões nos metais, nas pedras calcárias, das construções, etc. As chuvas ácidas não são precipitações de água carregadas de ácido sulfúrico e/ou ácido nítrico. Esses ácidos se formam na atmosfera através de reações químicas provocadas pela presença de dois gases muito poluentes, respectivamente, o dióxido de enxofre, emitido por usinas elétricas e por determinadas indústrias e óxidos de nitrogênio, emanados de motores a combustão, fornos industriais, aviões, etc. Em contato com a água da atmosfera, o dióxido de enxofre dá origem ao ácido sulfúrico e óxidos de nitrogênio reagem para formar o ácido nítrico. INVERSÃO TÉRMICA Como decorrência do aumento do acúmulo de poluentes na atmosfera, as grandes cidades frequentemente parecem estar mergulhadas em densa névoa. Este fenômeno é particularmente notável em dias em que ocorre alteração na circulação vertical do ar, processo conhecido como inversão térmica. As camadas inferiores do ar são normalmente mais quentes que as superiores devido à irradiação do calor do solo. Como as camadas mais quentes são menos densas que as frias, elas tendem a subir, enquanto as camadas frias tendem a descer. Assim, há uma circulação vertical do ar em consequência dos poluentes. A inversão térmica ocorre nos dias frios, quando as camadas inferiores de ar permanecem frias e mais densas, não havendo circulação vertical do ar, se não houver ventos fortes que desloquem essa camada horizontalmente, ocorrerá a formação de uma névoa com altas taxas de poluentes, que só será dispersa por novas alterações meteorológicas. Durante as inversões térmicas, observa-se uma série de alterações fisiológicas no homem, como irritação dos olhos e das vias respiratórias, em consequência da ação combinada de diversos poluentes, cujas taxas se tornam maiores. Aula 36 – Os Problemas Atmosféricos e a Questão Ambiental no Brasil 155 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL No Brasil, para a aprovação de qualquer projeto agrícola ou industrial e obras de engenharia é obrigatório, desde 1986, o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) para a elaboração do RIMA (Relatório de Impacto Ambiental). Desse modo, a destruição de uma nascente de rio ou a caça ilegal de animais silvestres, por exemplo, mesmo que praticadas nos limites da propriedade de um dono de fazenda, por ferirem esse direito fundamental, tornaram-se infrações graves, possíveis de punição. Apesar desse avanço, o Brasil ainda está longe de resolver os problemas ambientais gerados pelo crescimento econômico desordenado, como podemos observar nas imagens abaixo: Área do estádio do Castelão no ano de 1973, com destaque para as áreas verdes ao fundo. Imagem de satélite mostrando a área do entorno do estádio nos dias atuais e a redução da área verde de seu entorno. Fonte: GoogleMaps. A exploração de madeira das florestas, cerrados e caatingas pode ser considerada um subproduto desse intenso processo de transformação do Brasil. Em algumas cadeias produtivas, a madeira foi utilizada como recurso energético para alimentar fornos industriais, como no caso das siderúrgicas. A exploração madeireira também interessou aos circuitos econômicos da construção civil, que ergueu enormes arranha-céus nos centros urbanos espalhados pelo país. A produção de soja e a abertura de rodovias, devido ao processo de urbanização, também contribuem para essa destruição. Nunca se desmatou tanto no Brasil como nos últimos 40 anos, oito vezes mais do que todo o desflorestamento provocado no período colonial e imperial. HISTÓRICO DA PRESERVAÇÃO NO BRASIL A Conservação da natureza faz parte da agenda da América Portuguesa desde o século XVI. Ainda que a capacidade de controle e aplicação das leis por parte da Corte fosse extremamente reduzida, Portugal era um reino que possuía um corpus legal sistematizado sobre essa matéria. Até a vinda da família real ao Brasil, em 1808, as Ordenações Manuelinas, organizadas por ordem de Dom Manuel I, foram sucessivamente adaptadas à realidade ambiental do continente, para proteger os recursos considerados de maior valor. A expressão “madeira de lei”, por exemplo, tem sua origem na lista de árvores nobres, proibidas de corte sem autorização, devido ao grande valor da madeira, como o jacarandá e a peroba. Em 1605, foi criado o Regimento Pau-Brasil, que refletia sobre a preocupação estatal em relação a preservação dos estoques de pau-brasil. Com a chegada da família real ao Rio de Janeiro, o Brasil recebeu uma série de investimentos no campo cultural e científico. Dentre eles destacam-se a criação do Real Horto, que deu origem ao Jardim Botânico, que cumpre um importante papel de educação ambiental no Brasil. Em 1876 foi apresentada a primeira proposta oficial de criação de parques nacionais no Brasil, pelo engenheiro André Rebouças, que baseou-se no modelo no Parque Yellowstone.2 Rebouças defendia a criação de um parque nacional na ilha do Bananal e um parque no Paraná, pois acreditava que no sul do Império, região alguma pode competir com a do Guaíra em belezas naturais. Apesar dos esforços, somente nos anos 30, o poder público passou a ter uma atuação mais significativa. Em 1934 foi criado o Código Nacional de Águas e o Código Florestal. De acordo com o Código Florestal, os proprietários não podiam desmatar mais que ¾ das florestas presentes em suas terras, e eram obrigados a preservar integralmente as matas galerias e as espécies consideradas raras. Em 1937 foi criado o Parque Nacional do Itatiaia, na divisa entre os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1939 foram criadas duas novas áreas, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e o Parque Nacional de Iguaçu. Em 1965, o Código Florestal foi reformulado pelo regime militar. Nesse momento já existiam 15 parques nacionais no Brasil, muitos deles implantados em áreas do Centro-Oeste recém atingidas pela fronteira agrícola. O novo código manteve muitos dos vícios da legislação anterior, mas, pela primeira vez, as unidades de conservação foram separadas e duas grandes categorias: uso direto e uso indireto. Em 1967 o governo brasileiro criou o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), ligado a Ministério da Agricultura e em 1974 criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), vinculado ao Ministério do Interior. O ano de 1981 marca a criação da Política Nacional do Meio Ambiente que integrou as esferas federal, estadual e municipal em um Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). Em 1989 foi criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que englobou o SEMA e o IBDF. O ano de 1992 marca a criação do MMA (Ministério do Meio 2 Esse parque foi uma resposta do incipiente movimento preservacionista estadunidense, cuja ideia era manter praticamente intocados os ecossistemas naturais, protegendo-os do rápido avanço da colonização sobre as terras virgens do oeste do país. Desde então os milhões de hectares ocupados pelo parque passaram a ser regulados por uma legislação especial, que vetava sua ocupação e venda e os transformava em espaço público de lazer e recreação. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.culturamix.com/wp-content/uploads/2010/12/Ibama.jpg&imgrefurl=http://www.culturamix.com/meio-ambiente/ibama&usg=__rbi3Oa0-WtfpREdduwZkkOxxT34=&h=319&w=364&sz=22&hl=pt-BR&start=2&zoom=1&itbs=1&tbnid=fIH7Hq1fiAKjwM:&tbnh=106&tbnw=121&prev=/search%3Fq%3DIBAMA%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1345%26bih%3D521%26gbv%3D2%26tbm%3Disch&ei=5MfdTdukKciatweS9_H1CQ 156 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) Ambiente) que foi escolhido para sediar a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de Janeiro 1992. NOVO CÓDIGO E VELHO DESCASO! PRODUTORES RURAIS COMEMORAM APROVAÇÃO DE NOVO CÓDIGO FLORESTAL Depois de ser aprovado por 80% dos deputados, o novo Código Florestal vai agora ser analisado pelo Senado. Os produtores rurais comemoraram a votação do projeto, que combina agronegócio com preservação ambiental. O resultado garante a produção agrícola de um setor que é responsável por 30% da economia do país. Com o novo código produtores com imóveis rurais de 20 a 400 hectares não precisam recompor área desmatada antes de 2008. Além disso, será permitido plantar até 50% de vegetação não nativa, como eucalipto. Outra mudança é a permissão para cultivo de algumas plantações, como maçãs e cafés em topos de morros, margens dos rios e encostas. A emenda dará a União poder para definir regras gerais e aos Estados o que pode ser cultivado nas APPs (áreas de preservação permanente). O que o Brasil trabalhador espera agora é que esta demonstração de bom senso predomine até o fim da tramitação do projeto aprovado ontem. O Brasil precisa. E o produtor rural merece. Ele - que vive na terra e da terra - é o maior interessado na sua preservação. É o verdadeiro ambientalista. Esta é a opinião do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Fonte: www.band.com.br/jornaldaband AMBIENTALISTAS DO PARANÁ DIZEM QUE NOVO CÓDIGO FLORESTAL É UM “ESCÁRNIO” Ambientalistas do Paraná criticaram hoje a aprovação do novo Código Florestal. O diretor-executivo da seção paranaense da Sociedade de Proteção da Vida Selvagem, Clóvis Borges, disse que a aprovação do projeto na Câmara foi "uma atitude de escárnio" à população brasileira. Jogaram a ciência no lixo e os interesses da própria agricultura ao desculpar, por exemplo, crimes causados no passado como o desmatamento. Borges diz, no entanto, que a aprovação do Código Florestal ajudou os ambientalistas ou conservacionistas, como ele prefere denominar, a identificar melhor os adversários. Nesta quarta-feira, antes da abertura da Semana Nacional da Mata Atlântica, em Curitiba, Renato Cunha, da coordenação geral das ONGs da Mata Atlântica, propôs um minuto de silêncio em repúdio à aprovação do novo código. Para o deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), que esteve presente no encontro, o projeto é um retrocesso. A vaca foi para o brejo. Foi retirada da propriedade rural, que não será recuperada, e vai para a Reserva Legal. Antes, quem desmatava tinha que fazer o reflorestamento. Fonte: oglobo.globo.com/2 POLUIÇÃO MARINHA A poluição marinha é em grande parte, consequência da poluição da água dos rios, que correm para o mar. Indústrias e residências despejam toneladas de detritos nas águas dos rios; cidades utilizam a água do mar como esgoto, lavouras empregam fertilizantes e agrotóxicos, cujo excesso é transportado para o marnas águas dos rios; e áreas de criação descartam em rios excrementos de animais. Calcula-se que os dejetos urbanos residenciais e industriais sejam responsáveis por 80% da poluição das águas do mar. Substâncias tóxicas utilizadas nas atividades mineradoras, rejeitos das áreas de extração de minérios ou resultantes de processos industriais da produção de pasta de celulose, tintas e solventes acumulam metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio. Esses metais, quando não tratados, são lançados nos rios, podendo atingir o mar e contaminar a fauna e flora marinhas e o ser humano. Entre os efeitos danosos da exposição do ser humano aos metais pesados estão o câncer, as doenças que atingem o sistema nervoso central e, em casos extremos de contaminação a morte. O CASO DE MINAMATA Em Maio de 1956, na cidade piscatória de Minamata, no Japão, várias pessoas surgiram com sintomas que incluíam convulsões severas, surtos de psicose, perda de consciência e coma, tendo acabado por morrer. Não se sabia a causa da doença que afetou muitas pessoas da cidade, mas foi notado que alguns pássaros e gatos apresentavam sintomas idênticos. Por exemplo, no caso dos gatos, começavam a pular e contorcer-se, corriam em círculos e lançavam-se à água, afogando-se. Todos os afetados pela doença tinham uma coisa em comum, alimentavam-se com quantidades consideráveis de peixe da Baía de Minamata. Estabelecido este elo de ligação, tentou determinar-se a causa e acabou por se concluir que uma fábrica em Minamata utilizava compostos com mercúrio como catalisadores no processo de produção de PVC. Os efluentes da fábrica, com resíduos que continham mercúrio, foram durante muitos anos deitados na baía. Aí, este (na forma de metilmercúrio – extremamente tóxico) foi-se concentrando no organismo dos peixes da baía. Como o peixe era o principal componente da dieta local, milhares de moradores da região foram contaminados. SEMANA 36 - OS PROBLEMAS ATMOSFÉRICOS E A QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL - FERNANDES.docx POLUIÇÃO MARINHA A poluição marinha é em grande parte, consequência da poluição da água dos rios, que correm para o mar. Indústrias e residências despejam toneladas de detritos nas águas dos rios; cidades utilizam a água do mar como esgoto, lavouras empregam fertiliza... Substâncias tóxicas utilizadas nas atividades mineradoras, rejeitos das áreas de extração de minérios ou resultantes de processos industriais da produção de pasta de celulose, tintas e solventes acumulam metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio. ... O CASO DE MINAMATA Em Maio de 1956, na cidade piscatória de Minamata, no Japão, várias pessoas surgiram com sintomas que incluíam convulsões severas, surtos de psicose, perda de consciência e coma, tendo acabado por morrer. Não se sabia a causa da doença que afetou muit...
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