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Aula 33 – Conflito Árabe Israelense 183 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência b) representou uma crença ética e escatológica, fundada em profetas do bem, sem ter semelhança com o cristianismo. c) contribuiu com suas crenças monoteístas para a construção da identidade política de todos os asiáticos d) restringiu sua atuação a países do Oriente Médio e da África, sem repercussões nos povos do Ocidente e) justificou a participação dos líderes religiosos na política, ideia que mantém na contemporaneidade Questão 08 Os conflitos entre o Estado de Israel e os países árabes no decorrer da segunda metade do século XX, entre outros desdobramentos, influenciaram na ampliação das fronteiras territoriais israelenses, frente ao que havia sido estabelecido, originalmente, em 1948. Sobre tais conflitos, podemos afirmar que: I - no momento da criação do Estado de Israel, houve enfrentamentos militares entre o novo país e a Liga Árabe; a intermediação da ONU estabeleceu o controle da Cisjordânia pelo Governo da Jordânia e o da faixa de Gaza pelo Egito. II - na Guerra de Suez (1956), desentendimentos entre o governo do Egito, que declarou a nacionalização do Canal de Suez, e o governo de Israel levaram esse último a controlar a península do Sinai, posteriormente desocupada em função de pressões soviéticas e norte-americanas. III - na Guerra dos Seis Dias (1967), envolvendo Israel contra os governos do Egito, da Jordânia e da Síria, o Estado de Israel ocupou a Península do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã. IV - na Guerra do Yom Kippur (1973), o Estado de Israel, respondendo a ataques militares dos governos do Egito e da Síria, conseguiu manter o controle sobre as áreas ocupadas como resultado da Guerra dos Seis Dias. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. b) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Anotações 184 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 01 Um gigante da indústria da internet, em gesto simbólico, mudou o tratamento que conferia à sua página palestina. O site de buscas alterou sua página quando acessada da Cisjordânia. Em vez de “territórios palestinos”, a empresa escreve agora “Palestina” logo abaixo do logotipo. BERCITO, D. Google muda tratamento de territórios palestinos. Folha de S. Paulo, 4 maio 2013 (adaptado). O gesto simbólico sinalizado pela mudança no status dos territórios palestinos significa o a) surgimento de um país binacional. b) fortalecimento de movimentos antissemitas. c) esvaziamento de assentamentos judaicos. d) reconhecimento de uma autoridade jurídica. e) estabelecimento de fronteiras nacionais. Questão 02 A crise que envolveu a nacionalização do canal de Suez pelo Egito conjugou questões políticas, econômicas e militares numa escala internacional. O coronel Gamal Abdel Nasser, governante egípcio, anunciou a nacionalização em julho de 1956, provocando ataques militares contra o Egito por Israel, Grã-Bretanha e França. Que condições históricas internacionais dos anos 50 permitiram a nacionalização do canal de Suez e o fracasso dos movimentos armados contra o Egito? a) Os Estados Unidos da América iniciavam em 1956 sua escalada militar no Vietnã e o bloco comunista estava cindido pela crescente aproximação da China à política internacional das nações capitalistas. b) Os países árabes ameaçavam suspender o fornecimento de petróleo para os Estados Unidos, caso as hostilidades militares não cessassem, e o movimento operário inglês era favorável à expansão do islamismo. c) O desenlace da crise foi condicionado pela divisão internacional de forças entre as potências durante a guerra fria e pela expansão do nacionalismo nas regiões do Oriente Médio e do Norte da África. d) O canal de Suez era pouco importante para a economia do capitalismo europeu e o governo egípcio era uma barreira à expansão do islamismo no Oriente Médio. e) A Grã-Bretanha e a França, recém-saídas da segunda Guerra Mundial, estavam militarmente enfraquecidas e o Estado de Israel conseguiu estabelecer relações políticas pacíficas com os aliados árabes do Egito. Questão 03 Observe o mapa a seguir, que diz respeito à constituição do Estado de Israel. Sobre as causas que levaram à constituição do Estado de Israel, é INCORRETO afirmar que a) ao término do conflito da 2a Guerra Mundial, o Reino Unido permitiu a entrada dos refugiados judeus na Palestina. b) à medida que as tropas britânicas desguarneciam o território, as organizações judaicas armadas apoderavam-se dele e expulsavam a população árabe. c) uma vez retirados os contingentes militares britânicos em maio de 1948, foi possível a proclamação do Estado de Israel. d) a partilha do território, entre judeus e palestinos, foi realizada pela recém-criada Liga das Nações, no ano de 1947, contando com o apoio dos EUA e URSS. Questão 04 "É um quadro de perplexidade, este pintado no limiar do século XXI: nascidos sob o signo da modernização ocidentalizante, os Estados Nacionais do Oriente Médio se deparam, cada vez mais, com movimentos que unem política e religião, criando fundamentos históricos em acontecimentos ocorridos há séculos e séculos para as opções que defendem, quase nunca pela via da negociação e do direito. Isto muda completamente a situação com a qual israelenses e árabes estavam acostumados a lidar há quase um século, quando o inimigo era o vizinho. Agora, o perigo está do lado de dentro." (GRINBERG, Keila. O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses. In: REIS FILHO, Daniel Aarão, et.al. O século XX: o tempo das dúvidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. v.3. p.p.123) Com relação ao texto, assinale a afirmativa que sintetiza a ideia central. a) O terrorismo árabe sempre atuou contra Israel em defesa da Palestina, partindo seus ataques de países vizinhos. Hoje, grupos terroristas árabes estão infiltrados no próprio Estado israelense. b) Árabes e israelenses defenderam durante séculos o direito à soberania dos povos. No limiar do século XXI, ambos procuram assegurar que a autonomia política e religiosa dos palestinos seja de fato respeitada. c) As guerras entre árabes e israelenses, antes vinculadas às questões territoriais e fronteiriças, estão cada vez mais amparadas em grupos de caráter político e religioso. d) A ortodoxia fundamentalista dos povos árabes e judeus é o pilar que sedimenta e une os grupos em nome da política, transformando pessoas comuns, cidadãos árabes e israelenses, em soldados da nação. Questão 05 "O Oriente Médio é, sem dúvida, o local mais explosivo do mundo contemporâneo. A região fazia parte do Império Otomano, tornando-se protetorado franco-britânico após a I Guerra Mundial. Tal como ocorria na Ásia e na África, após a II Guerra iniciou-se o processo de descolonização, mas, em função da Guerra Fria e dos interesses petrolíferos, esse processo foi extremamente tumultuado." (Marques,A.; Berutti, F. e Faria, R. História do tempo presente,Textos e Documentos 7. São Paulo: Ed. Contexto, 2003, p.169.) Em relação ao Oriente Médio, os fatos relacionados às questões explosivas na região são: a) Criação do Estado de Israel, Formação da OLP e Guerra do Golfo. b) Guerra Irã x Iraque, Guerra do Yom Kippur e Revolução Sandinista. Aula 33 – Conflito Árabe Israelense 185 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência c) Guerra dos Seis dias, Formação da OLP e Guerra das Coréias. d) Formação do Estado da Palestina, Ocupaçãoda faixa de Gaza e Nacionalização do canal de Suez. e) Guerra do Vietnã, Guerra do Irã x Iraque e Guerra do Golfo. Questão 06 (Fonte: Belmonte, "Caricatura dos tempos". São Paulo, Círculo do Livro/Melhoramentos, 1982.) A caricatura do brasileiro Belmonte, datada de 1946, retrata um aspecto do conflito árabe-israelense, ainda existente nos dias de hoje. A caricatura mostra as: a) negociações entre palestinos e israelenses sobre o processo de paz, conduzidas por mediadores europeus e norte-americanos. b) tensões entre ingleses e judeus decorrentes do apoio britânico ao estabelecimento de um Estado muçulmano autônomo em todo o território palestino. c) lutas entre palestinos e israelenses durante a 'Intifada', movimento conhecido como a revolta das pedras. d) dificuldades do Império Britânico em lidar com a crescente tensão entre judeus e palestinos, ambos reivindicando autonomia sobre o território da Palestina. e) disputas entre israelenses e árabes pela cidade de Jerusalém, considerada a capital de Israel e reivindicada como sede do futuro Estado palestino. Questão 07 Leia a citação abaixo. "De todas as mãos do mundo, aquela era a que eu não queria ou jamais havia sonhado apertar" ITZHAK, Rabin. In: BRENER, Jayme; CAMARGO, Cláudio. "Guerra e Paz no Oriente Médio". São Paulo: Contexto, 1995. p. 89. O texto acima é parte da descrição de Itzhak Rabin sobre o apertar de mãos entre ele e Yasser Arafat. Essa cena se tornaria o símbolo do processo de pacificação no Oriente Médio, que se encontra ainda sem solução definitiva devido a diversos fatores, dentre eles a) a divisão ideológica resultante da Guerra Fria. b) a vitória dos árabes na Guerra dos Seis Dias, que dificultou o equilíbrio armado na região. c) a mágoa deixada pela derrota de Israel na Guerra do Yon Kippur. d) a expansão colonialista de Israel sobre os territórios ocupados nas últimas guerras. e) a postura das lideranças israelenses de analisarem o conflito apenas sob o aspecto religioso. Questão 08 "Subsiste, agora, o dilema. A que Estado pertence Jerusalém? É absolutamente injusto exigir que os palestinos arquem com a responsabilidade de uma decisão, 'até o final de outubro' (de 2000), para 'evitar um banho de sangue'. Jerusalém, patrimônio da humanidade, é um problema da humanidade. Ai de ti, Jerusalém! (ARBEX JR., José. "Ai de ti, Jerusalém! ", in: Revista "Caros amigos." n. 43, outubro 2000.) A citação acima apresenta um dos principais elementos relacionados à recente explosão de violência envolvendo israelenses e palestinos no Oriente Médio. A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA. a) Jerusalém, com seus locais sagrados e mesquitas, é berço das três mais importantes religiões monoteístas - judaísmo, catolicismo e islamismo - ocasionando confrontos e tensões entre Israel e a Autoridade Palestina, liderada por Yasser Arafat. b) A fundação do novo Estado palestino esbarra no problema de acomodação dos refugiados palestinos na pequena e miserável Faixa de Gaza e na Cisjordânia e na presença de colônias judaicas ainda estabelecidas nos territórios ocupados. c) A escalada de violência deve ser atribuída à presença de grupos de extrema direita entre os palestinos, causadores do maior número de vítimas, pois os judeus mantêm sua unidade interna, política e religiosa, na busca da paz negociada, liderados pelos ultra-ortodoxos. d) Entre os antecedentes do conflito, podemos citar a criação do Estado de Israel, em 1948, que gerou a revolta dos países árabes, o envolvimento dos Estados Unidos e da União Soviética com os problemas do Oriente Médio durante a Guerra Fria e as sucessivas disputas militares por territórios na região. Questão 09 O conflito entre Israel e palestinos, que se agudizou no ano de 2000, tem vários fatores originadores fundamentais. Leia os itens abaixo. I - A "Declaração Balfour", que prometeu um lar nacional judaico na Palestina, feita pelo governo inglês na Primeira Guerra Mundial. II - A imigração massiva de judeus sobreviventes do Holocausto, que provocou um desequilíbrio demográfico e reações na região da Palestina, pertencente à época ao império turco otomano. III - A oposição dos estados árabes à divisão da Palestina e à criação do estado de Israel, o que levou à guerra de 1948. Quais deles contêm fatores originadores desse conflito? a) Apenas I. d) Apenas II e III. b) Apenas I e II. e) I, II e III. c) Apenas I e III. Questão 10 A charge a seguir, publicada antes das primeiras negociações do processo de paz iniciado no final dos anos 70, retratava a postura dos Estados Unidos em relação a seu apoio a Israel. ("Jornal do Brasil", 15/06/97) 186 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. A oposição norte-americana de ajuda a Israel, desde sua criação em 1948, em oposição ao mundo árabe, é explicada pelo seguinte fato: a) constituição de Israel como um estado democrático, situado num território concedido aos palestinos pela ONU b) situação estratégica de Israel como baluarte do ocidente, encravado numa região de conflitos, como o Oriente Médio c) desempenho de Israel como ponto de apoio para o mundo capitalista, localizado numa área alinhada ao mundo comunista d) formação de um Estado Livre Palestino como sustentáculo do mundo árabe, num região pertencente, por direito, a Israel Questão 11 Os mapas abaixo descrevem o crescimento territorial de Israel muito além do que a ONU havia estipulado em 1947. (adaptado de Leandro Kamal. "Oriente Médio".São Paulo:Scipione.1994.p26.) Dentre as alternativas, NÃO constitui causa dessa expansão: a) A aliança dos países árabes nunca significou uma estratégia unificada, apesar de Israel ser seu inimigo comum. b) Os EUA nunca deixaram de favorecer o exército israelense, em que pesem as ambiguidades e o jogo duplo com os árabes. c) A Inglaterra sempre se mostrou simpática à criação de um "lar judeu" na região, embora mantivesse o controle sobre a Palestina desde a Primeira Guerra. d) A URSS, apesar dos seus desentendimentos com os EUA, apoiou, incondicionalmente, com armas e munições, o avanço do exército israelense. e) A grande Lei do Retorno, assinada em 1950, proporcionou uma imigração em massa do povo judeu para Israel, garantindo a manutenção das áreas conquistadas. Questão 12 "Trocaremos Terra por paz" (Yitzhak Rabin) A questão palestina envolve árabes e judeus em diversos conflitos e antagonismos, cujas origens históricas remontam, dentre outros fatos, à: a) subordinação do território palestino à tutela do governo britânico, envolvido com a criação de um Estado nacional judeu, expressa na Declaração Balfour (1917). b) ocupação militar do território palestino pelo Iraque como resultado da Primeira Guerra Árabe-Israelense (1948-49), que desestabilizou politicamente a região. c) invasão da Península do Sinai, das colinas de Golam e da Palestina pelo Egito, liderada pelo presidente Nasser, durante a Crise do Canal, como de Suez (1956). d) imposição da autoridade policial da Organização para a Libertação da Palestina sobre os territórios da Cisjordânia e da faixa de Gaza, como resultado do acordo de paz que encerrou a guerra do Yom Kippur (1973). e) legalização da ocupação militar e administrativa exercida pela Síria sobre o sul do Líbano e a Palestina, reconhecida pelos Estados Unidos nos acordos de Camp David (1979). Questão 13 As dificuldades de construção da paz no Oriente Médio estão ligadas a diversos conflitos históricos que marcaram a convivência dos povos da região ao longo do século XX. Assinale a opção que apresenta corretamente um desses conflitos: a) Na Palestina, a origem do conflito árabe-israelense remonta à Declaração Balfour (1917) que, ao final daPrimeira Guerra Mundial, submeteu esse país à administração inglesa comprometida com a criação do Estado de Israel. b) No Egito, o protetorado francês sobre a monarquia árabe reinante impediu o golpe de estado liderado por Gamal Nasser, reconhecendo a soberania de Israel sobre o canal de Suez (1956). c) Em Israel, a Guerra dos Seis Dias (1967) acarretou a perda dos territórios da península do Sinai e da faixa de Gaza para a Coligação Árabe, o que agravou os conflitos na região até a devolução desses territórios pelos acordos de Camp David. d) No Líbano, a guerra civil (1975), que opôs cristãos, palestinos e muçulmanos, encerrou-se com a invasão jordaniana do território libanês e a divisão do norte do país entre a Síria e a Turquia. e) No Irã, a revolução liderada pelo aiatolá Khomeini (1979) substituiu a dinastia Pahlevi, aliada política e militarmente à União Soviética, por uma República Islâmica fundamentalista. Questão 14 Gamal Abdel Nasser, líder egípcio, governou o país de 1953 a 1970, quando morreu. Ele adotou uma linha política que foi importantíssima para o Oriente Médio. Suas principais características foram: a) Estado semiliberal, aristocracia agrária, sem nacionalismo acentuado. b) Estado forte, militarizado, sem nacionalismo acentuado, pan- arabismo. c) Orientação nacionalista, militarismo, pan-arabismo, alinhamento à esquerda. d) Orientação nacionalista, intervenção do Estado na economia, neutralismo positivo, pan-arabismo. e) Neutralismo positivo, pan-arabismo. Questão 15 Na origem dos conflitos entre árabes e judeus, podemos destacar I - o acelerado aumento da população judaica em áreas até então habitadas pelos palestinos, após a Segunda Guerra Mundial. II - a aprovação da criação de um Estado judeu na Palestina pela Assembleia Geral da ONU, em 1947. III - a aproximação, promovida pela OLP, entre os palestinos e o partido Likud de Israel. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL Prof. Monteiro Jr. VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência OUTROS CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO REVOLUÇÃO ISLÂMICA A Revolução Islâmica fez do Irã uma república baseada nos preceitos religiosos do islamismo. O Irã é um país do Oriente Médio muito presente nos noticiários por conta de seu governante autoritário e agressivo. Muito do que o país é hoje é fruto de uma revolução ocorrida na década de 1970 que colocou os dogmas da religião islâmica acima de todos os valores democráticos comuns nos outros países do mundo. Na década de 1970 o Irã era governado pelo xá Reza Pahlevi, o qual desenvolvia um governo concentrando os poderes em um pequeno círculo de amigos e aliados. Desde a década de 1940 o líder do país se mantinha no governo do Estado, sem se preocupar muito com as diferenças entre os pobres e os ricos, esta se intensificou no decorrer da década de 1970. O regime do xá Reza Pahlevi gerava críticas ao plano econômico, mas principalmente quanto ao seu modo autoritário de conduzir a política no país. A monarquia autoritária do xá possuía grande afinidade com o Ocidente, o que suscitava mais críticas dos opositores. O personagem com voz mais expressiva na oposição ao governante do Irã era o aiatolá Ruhollah Khomeini. O líder religioso e da oposição vivia exilado em Paris e de lá mesmo comandou as forças de oposição ao governo do xá, defendendo reformas sociais e econômicas no Irã, além de recuperar os valores religiosos e tradicionais do islamismo. Somente no ano de 1979 que o líder da oposição conseguiu retornar ao Irã, no dia 1º de fevereiro, o que intensificou um quadro de estabilidade social e protestos. Nas vésperas do retorno de Khomeini ao Irã, a população do país deu início a um levante de oposição ao tipo de governo desenvolvido pelo xá Pahlevi, a chegada de Khomeini fez aguçar os protestos. Por vários lugares estouraram os confrontos entre os opositores e os partidários do regime vigente. O clima de enfrentamento no país se intensificou e atingiu níveis cruéis para o Irã. Além dos protestos violentos, greves foram deflagradas em protesto e atingiram em cheio o seio da economia iraniana. Opositores de esquerda, liberais e xiitas, todos se uniram contra o governante em função e deram início a um processo revolucionário. Finalmente, em 1979, o xá Pahlevi foi deposto do poder, no dia 1º de abril, e o Irã foi declarado uma República Islâmica. Reza Pahlevi fugiu do país e o aiatolá Khomeini assumiu o cargo de chefe religioso e governante do país. A Revolução Islâmica alterou profundamente a estrutura social do país, estabelecendo novas doutrinas que passavam em primeiro lugar pela questão religiosa. O processo revolucionário que inicialmente era guiado por anseios democráticos e de melhorias das condições de vida dos iranianos, resultou no governo de um chefe religioso que transformou o país em um Estado teocrático. A postura do governo assumida pelo novo chefe do país foi extremamente radical, novas leis, baseadas no islamismo, entraram em vigor, e uma ação de militantes islâmicos tomou americanos como reféns na embaixada dos Estados Unidos em Teerã. O Irã decretava o fim das afinidades com os Estados Unidos e o rompimento das relações. Ao longo da Guerra Fria, o governo iraniano se posicionou como opositor dos Estados Unidos e também da União Soviética. Por se tratar de um Estado fundamentado nas doutrinas religiosas do islamismo, a questão em vigor era declarar inimizade com os “infiéis”, fossem capitalistas ou socialistas. A revolução mudou a vida dos iranianos, os castigos corporais foram liberados, a pena de morte entrou em vigor contra os defensores do xá, prostitutas, homossexuais, marxistas e judeus, além de hábitos ocidentais como vestuário, minissaia, maquiagem, música ocidental, jogos e cinema. A postura do governo iraniano se manteve radical mesmo após a Guerra Fria, Bill Clinton chegou muito perto de reabrir diálogos com o Irã, mas seu sucessor na presidência dos Estados Unidos, George W. Bush, colocou o país no “eixo do mal”, juntamente com Iraque e Coréia do Norte. Desse modo, as relações voltaram a uma situação extrema, até hoje o diálogo do Ocidente com o Irã é complicado. Fonte: http://www.infoescola.com/historia/revolucao-islamica/ GUERRA ENTRE IRÃ E IRAQUE A rivalidade que durante séculos pautou a convivência entre persas e árabes nunca permitiu que a fronteira entre o Irã e o Iraque fosse um território tranquilo. Mas, em 1980, a animosidade entre os dois países se transformou numa guerra de grandes proporções: no dia 22 de setembro, movido por uma série de disputas políticas e territoriais, o Iraque invadiu o país vizinho. O governo de Saddam Hussein queria se precaver contra a "exportação da revolução islâmica" pregada pelo Aiatolá Khomeini, líder do movimento fundamentalista que derrubara, em 1979, o governo pró-ocidental do Irã. Saddam temia que os fundamentalistas iranianos instigassem, não só com palavras, mas também com armas, uma revolta da maioria xiita da população iraquiana. No campo territorial, Saddam desejava reafirmar a soberania iraquiana sobre o canal de Shatt al- Arab, via crucial de acesso ao Golfo Pérsico, e cobiçava o Cuzistão, província iraniana rica em petróleo. O Iraque atacou aproveitando-se da aparente confusão política provocada pela mudança de governo no Irã, mas não atingiu seu principal alvo no Cuzistão, a refinaria de Abadã. Militarmente menos preparado, o Irã se organizou em pouco tempo, contando com uma motivação difícil de ser mensurada em números: o fanatismo da população, inflada pelos argumentos de que aquela não era uma guerra comum, mas uma guerra santa, do Islã, contra o "infiel Hussein". Com a ajuda da guarda revolucionária do regime fundamentalista, o Exército iraniano retomaria, em 1982,as posições perdidas. A partir daí, foi o impasse — militar e político. Saddam tentou um acordo, mas Khomeini, imbuído da missão de derrubar o regime iraquiano, insistia no confronto. Os dois continuaram a atacar, esporadicamente, cidades inimigas e navios-tanque estacionados no Golfo Pérsico. Finalmente, em 11 de março de 1988, quando o conflito contabilizava um milhão de mortos e 1,7 milhão de feridos, o Irã concordaria com um cessar- fogo mediado pela ONU. Em 1990, uma década depois do início da guerra, Irã e Iraque reataram relações. Saddam retirou-se do território vizinho e dividiu com Teerã a soberania sobre Shatt al- Arab. Em 5 de março de 1991, o Iraque libertou todos os prisioneiros da Guerra do Golfo. Fonte: http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/guerra-ira-iraque-durou-dez- anos-contabilizou-um-milhao-de-mortos-10264306 http://www.infoescola.com/religiao/islamismo/ http://www.infoescola.com/islamismo/aiatola/ http://www.infoescola.com/islamismo/xiitas/ http://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/ http://www.infoescola.com/historia/revolucao-islamica/ http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/guerra-ira-iraque-durou-dez-anos-contabilizou-um-milhao-de-mortos-10264306 http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/guerra-ira-iraque-durou-dez-anos-contabilizou-um-milhao-de-mortos-10264306 188 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. A GUERRA DO GOLFO A Guerra do Golfo foi um conflito bélico ocorrido no Oriente Médio, no início de 1991, que opôs o Iraque, presidido por Saddam Hussein, e uma coalização de forças aliadas lideradas pelos EUA. Além do conflito em si, a Guerra do Golfo também ficou marcada pelas imagens que correram o mundo, principalmente a transmissão ao vivo pela TV dos bombardeios liderados pelos EUA, e pelo despejo de milhares de litros de petróleo no Golfo Pérsico, a mando de Saddam Hussein. O motivo da guerra foi a invasão do Kuwait pelo Iraque em agosto de 1990. Os argumentos apresentados pelo Iraque foram os de que o Kuwait não existia, sendo uma criação da Inglaterra. O Iraque pretendia também suspender sua dívida com o país vizinho decorrente dos gastos com a Guerra Irã-Iraque. Além disso, o Iraque afirmava que o Kuwait estava vendendo o petróleo a preço muito baixo, causando prejuízos. Com a invasão, o Kuwait tornou- se uma província do Iraque, e a família real kuwaitiana refugiou-se na Arábia Saudita. A ONU manifestou-se contrária à ocupação do Kuwait pelo Iraque e deu um prazo até o início de janeiro de 1991 para que houvesse a desocupação do país. O Conselho de Segurança da ONU ainda impôs sanções econômicas ao Iraque, autorizando o uso de todas as forças necessárias para a desocupação do país. Os EUA foram aliados do Iraque na Guerra Irã-Iraque, mas foram os estadunidenses que lideraram as forças aliadas que pressionaram pela desocupação iraquiana do Kuwait. Passado o tempo dado pela ONU para a desocupação, as forças aliadas deram início à Operação Tempestade no Deserto, em 17 de janeiro de 1991. Foi o maior aparato militar colocado em operação desde a Segunda Guerra Mundial. Consistindo primordialmente em ataques aéreos e no lançamento de mísseis de cruzeiros, durante a Tempestade no Deserto foram realizadas mais de 116 mil viagens de ataque ao Iraque, a partir das quais foram lançadas mais de 85 mil toneladas de bombas. Os ataques foram transmitidos por TVs do mundo todo, com a autorização das Forças Armadas dos EUA, que lideravam a coalizão. Foi possível acompanhar ao vivo o ataque a bases militares, campos de pouso, pontes, prédios do governo e usinas. O Iraque não tinha capacidade técnico-militar para enfrentar os ataques. Sua resposta consistiu primordialmente no lançamento de mísseis Scud, de fabricação soviética, sobre os alvos localizados em Israel e sobre as forças estadunidenses estacionadas na Arábia Saudita. No dia 24 de fevereiro de 1991, foi lançada ainda uma ofensiva aérea, terrestre e marítima que, em cem horas, acabou com todas as possibilidades de reação por parte do exército iraquiano. No dia seguinte, os iraquianos incendiaram centenas dos próprios poços de petróleo. As tropas aliadas conseguiram forçar a retirada das forças de Saddam Hussein do Kuwait em 26 de fevereiro. No dia seguinte, um cessar-fogo foi anunciado sem que a capital iraquiana Bagdá fosse invadida ou que Saddam Hussein fosse deposto. Várias vítimas civis foram feitas com os ataques das forças lideradas pelos EUA, que denominaram essas mortes como efeitos colaterais. Inclusive um abrigo antiaéreo foi bombardeado, resultando na morte de, no mínimo, 315 pessoas, dentre elas 130 crianças. Centenas de refugiados dirigiram-se para a fronteira com a Jordânia para escapar dos ataques. De baixas militares houve entre 60 mil e 200 mil soldados iraquianos. Do lado aliado, 148 soldados caíram em batalha e outros 145 morreram em outras situações, como ataques realizados por engano nas próprias tropas aliadas. Outro fato marcante da Guerra do Golfo foi o desastre ambiental causado pela queima de centenas de poços de petróleo que resultou em uma intensa poluição do ar, que se espalhou por milhares de quilômetros. Foram necessários dez meses para que o fogo fosse apagado. Milhões de barris de petróleo foram despejados no Golfo Pérsico, resultando na contaminação das águas do Oceano Índico e na zona costeira do Kuwait, além da morte de milhares de espécies animais que habitavam a região. Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/guerra-golfo.htm AL-QAEDA Criada por Osama Bin Laden, na década de 1990, a Al-Qaeda (“A Base” em árabe) é uma organização terrorista formada, principalmente, por fundamentalistas islâmicos e árabes. Com a Guerra do Golfo e a instalação de bases militares estadunidenses na península arábica, sede dos principais santuários do Islã, Bin Laden iniciou uma campanha contra os estadunidenses. Esse fato fez com que o rei Fahd expulsasse Bin Laden da Arábia Saudita, em 1991. O líder da Al-Qaeda, após ser expulso da Arábia Saudita, passou cinco anos no Sudão, local onde comandou seus primeiros atentados contra instalações militares dos Estados Unidos. Em 1998, a organização assumiu a autoria da explosão de duas embaixadas estadunidenses, localizadas na África, causando 224 mortes. Bin Laden passou a utilizar um discurso ideológico contra os Estados Unidos, alegando que esse país realizava uma política de opressão aos mulçumanos, considerados, portanto, seus principais inimigos. A Al-Qaeda passou a ser conhecida, mundialmente, após o maior atentado terrorista da história. No dia 11 de setembro de 2001, 19 integrantes dessa organização sequestraram quatro aviões comerciais nos Estados Unidos, onde duas aeronaves foram lançadas contra as torres gêmeas do World Trade Center, promovendo a destruição dos prédios mais altos de Nova York. Outro avião caiu em Washington, no Pentágono. A quarta aeronave caiu em um campo próximo à Pittsburgh. Esses atentados terroristas provocaram a morte de aproximadamente 3 mil pessoas, além de gerar um prejuízo financeiro de 90 bilhões de dólares aos Estados Unidos. A Al-Qaeda juntou-se ao regime do Talibã, no Afeganistão. Foram construídos campos de treinamentos nesse país, ocorrendo também um grande recrutamento de soldados para a organização. Porém, após os atentados de 11 de setembro houve uma intervenção de tropas estadunidenses e britânicas em solo afegão. Cabul, capital afegã, foi bombardeada, e os campos de treinamento da Al Qaeda, destruídos. O regime Talibã foi deposto e, após quase 10 anos da invasão, Osama Bin Laden foi capturado e morto na cidade de Abbottabad, próximo a Islamabad, capital do Paquistão, conforme pronunciamento realizado em 1 de maio de 2011 pelo atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Atualmente, a Al-Qaeda possui bases em vários países (Somália,Argélia, Líbia, Chade, etc.), suas ações terroristas ocorrem em nações ocidentais e em países muçulmanos que apoiam os Estados Unidos, como, a Arábia Saudita, a Turquia e a Indonésia. Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/alqaeda.htm A SEGUNDA GUERRA DO GOLFO No ano de 2003, os Estados Unidos realizaram uma ocupação ao http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/guerra-golfo.htm http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/alqaeda.htm SEMANA 34 - H GERAL - Outros Conflitos no Oriente Médio - MONTEIRO JR
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