Aula 6 - Empresa como caso particular das organizações

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Aula 6 
Tema: 
 Empresa: Um caso particular das organizações 
 Conceito, finalidade e sua Gestão 
 Cadeia de valor genérica 
 
1. Empresa 
1.1. Conceitos 
A empresa é um sistema aberto que compreende um conjunto de factores (físicos, de capital, 
de conhecimento e humanos), sob direcção de gestores, com o intuito de produzir bens e 
serviços para o mercado, visando a obtenção de lucros e satisfação dos stakeholders. 
A empresa também pode ser entendida como sendo uma organização jurídica em que se 
combinam factores de produção, reunidos sobre o controle de um ou de vários indivíduos 
tendo em vista a maximização do lucro pela venda de bens e serviços que produz ou adquire. 
Bens os bens referem-se a produtos que podemos ver e tocar, palpáveis. Exemplo: comida, 
vestuário e brinquedos. 
Serviços são acções prestadas com o intuito de satisfazer a necessidade dos indivíduos ou 
comunidade, nesse caso os clientes. 
Segundo a lei, a empresa é uma pessoa jurídica pois tem direitos e obrigações. 
Direitos São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes ou 
futuros. São os bens da empresa em poder de terceiros, como vendas a prazo, dinheiro 
depositado no banco, etc. 
Obrigações são dívidas, valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física), ou 
seja, os bens de terceiros, em poder da empresa, é o contrário de direitos. 
Produtividade 
É a relação entre os bens produzidos e os factores utilizados na sua produção, 
designadamente, tempo, trabalho, matérias-primas. Isto é, relação entre o que se obtém por 
unidade económica e os recursos que essa produção consumiu. 
Afinal produtividade é o grau de eficiência na utilização de recursos 
 
 
 
1.2. Empresa e o ambiente 
O ambiente de uma organização compreende todas as pessoas, outras organizações, eventos e 
situações que com ela mantêm qualquer espécie de relação. As pessoas e as organizações que 
têm influência directa sobre a organização, ou dela recebem alguma influência directa, ou 
têm algum interesse em seu funcionamento, são chamados Stakeholders. Clientes, 
contribuintes, funcionários, membros da comunidade e accionistas são os principais 
stakeholders, porque são directamente afectados pela eficácia e eficiência (ou falta delas) da 
organização. 
Mercado deve ser entendido como o “local” em que operam as forças da oferta e demanda, 
através de vendedores e compradores, de tal forma que ocorra a transferência de propriedade 
da mercadoria através de operações de compra e venda. 
Clientes são organizações ou pessoas, internas ou externas à empresa que são impactadas 
pelos produtos de uma organização. 
Utente é designado utente todo individuo que usa ou usufrui de bens e serviços públicos. 
1.3. A empresa como caso particular das organizações 
As empresas distinguem-se das demais organizações sociais pelas seguintes razões: 
 Estão orientadas para o lucro e para a sobrevivência; 
 Assumem riscos e são geridas de acordo com uma filosofia de negócios; 
É por esse motivo que diz-se que a Empresa é um caso particular das organizações. 
1.4. Gestão das Empresas 
A empresa é uma organização que está orientada a obtenção do lucro, portanto, há uma 
necessidade de implementação da gestão de modo a garantir a sua existência a longo prazo. 
Não obstante, existem outros factores como: 
 Os desafios provocados pelas alterações económicas e sociais ao longo dos anos; 
 A competitividade, que exige também muita criatividade e capacidade de inovação 
dos recursos humanos; e 
 A existência em suma de oportunidades e ameaças. 
Portanto: 
Caso sejam bem geridas, as empresas são: 
 Produtivas 
 Eficientes e eficazes 
 Mantêm a lealdade dos consumidores 
 Satisfação dos clientes; e 
 São lucrativas. 
 
1.5. A Empresa como sistema aberto 
Um sistema pode definir-se como um conjunto de elementos dinamicamente inter-
relacionados, desenvolvendo uma actividade para atingir um ou mais objectivos ou 
propósitos que constituem a própria finalidade para a qual o sistema foi criado. 
Para poder funcionar, todo o sistema apresenta os seguintes parâmetros: 
 Entradas, ou insumos, ou inputs – constituem os recursos que vão permitir o 
funcionamento do sistema. No caso das empresas, são as matérias-primas, os recursos 
financeiros e humanos, etc.; 
 Operação ou processamento: consiste na "transformação" dos inputs (os recursos) 
tendo em vista a obtenção dos outputs desejados, No caso das empresas industriais, 
por exemplo, traduz-se no próprio processo produtivo, ou seja, produção de 
automóveis, sapatos, habitações, etc.; 
 Saídas, ou resultados, ou outputs: são os produtos finais no caso das empresas; 
 Retroacção, ou realinhamento, ou feedback: Consiste em controlar o 
funcionamento do próprio sistema, informando se os objectivos estão ou não a ser 
cumpridos. Pode ser positiva ou negativa; 
 
 
 
1.6. Cadeia de valor genérica 
A cadeia de valor é um processo que abrange as actividades de agregação de valor, desde a 
extracção da matéria-prima até ao descarregamento do produto ao consumidor. 
Uma cadeia de valor é um conjunto de actividades realizadas por uma organização com o 
objectivo de criar valor para os seus clientes. Este modelo foi proposto por Michael Porter, 
por isso por veze é chamado cadeia de valor de Porter. 
1.7. Sistema económico 
Sistema de mercado em que a empresa faz parte. Empresa, mercado de consumo (produto 
final), mercado de trabalho, mercado de factores/matéria-prima, mercado financeiro e 
mercado de equipamento. 
A empresa funciona como procura em 4 desses mercados, nomeadamente: 
 Mercado de trabalho; 
 Mercado de factores (matéria-prima); 
 Mercado de equipamentos; e 
 Mercado Financeiro. 
E funciona como oferta em apenas um deles, que é: 
 Mercado do produto final ou de consumo.