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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Prof(a). Me. Anelize Roveri Arcanjo Godoy Consentimento do paciente; Patologias existentes Nível de consciência Impedimento físico de acesso CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DA VIA Propriedades físico-químicas Propriedades organolépticas Farmacocinética Sistêmico ou localizado Tempo de início da ação Duração da ação QUANTO AO PACIENTE QUANTO AO MEDICAMENTO QUANTO AO EFEITO DESEJADO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Enteral: oral, retal Parenteral: subcutânea, intramuscular, intravenosa, intratecal, intra-arterial, intradérmica, intra-cardíaca, intra-articular, intraperitoneal. Transmucosa: sublingual, conjuntival, vaginal, pulmonar Transcutânea ou transdérmica (pele) Intradérmica VIA ENTERAL VIA ENTERAL Via oral e retal; Constitui a via mais simples de administração de fármacos; Expõe o fármaco a ambientes ácido (estômago) e básico (duodeno) rigorosos, passíveis de limitar a sua absorção, e ao metabolismo de primeira passagem (fígado); Vantagens • Econômica e segura • Auto-administrável • Indolor • Menor risco de infecçõesl Desvantagens • Necessita cooperação do paciente • Possibilidade de degradação do fármaco • Metabolismo de 1ª passagem • Absorção variável VIA ORAL Os fármacos são administrados pela boca e deglutidos. Ocorre pouca absorção até que o fármaco chegue ao intestino delgado. Cerca de 75% de um fármaco administrado pela via oral é absorvido em 1 a 3 horas. FATORES QUE INCLUENCIAM A ABSORÇÃO GASTRINTESTINAL: - Motilidade gastrintestinal - Presença de alimento - Tamanho da partícula e formulação - Fatores físico-químicos VIA TRANSMUCOSA VIA TRANSMUCOSA Os epitélios sublingual, ocular, pulmonar, nasal, retal, urinário e do trato reprodutor foram todos utilizados para administração de fármacos na forma de gotas líquidas, comprimidos de rápida dissolução, aerossóis e supositórios (entre outras formas posológicas). Desvantagens • Poucos fármacos disponíveis para essa via Vantagens • Rápida absorção • Baixa incidência de infecção e • Evita o metabolismo de primeira passagem VIA SUBLINGUAL Vantagens • Rápida absorção • Evita o metabolismo de primeira passagem • Efeito rápido Desvantagens • Pacientes inconscientes • Irritação da mucosa • Sabor desagradável A absorção é abaixo da língua, direto para a circulação sanguínea. Ex: anti-hipertensivos, rivotril, analgésicos (toragesic) Vantagens: • Casos em que a administração oral não é possível (vômitos, coma, crises convulsivas, cirurgias no TGI, dificuldades para deglutir, desidratação que impeça o uso da via intravenosa; • Pouca perda por efeito de primeira passagem; Desvantagens: • Absorção irregular; • Lesão da mucosa, incômodo, expulsão; • Uso esporádico; VIA RETAL VIA PULMONAR O pulmão funciona como uma via de administração de medicamentos por meio da inalação do medicamento. Ação sistêmica ou local VIA INTRADÉRMICA VIA INTRADÉRMICA • Administração de pequenos volumes – 0,1 a 0,5 mL; • Teste de alergênicos, vacinação, prova de PPD; É a introdução de medicação diretamente na derme, por meio de punção. VIA PARENTERAL VIA PARENTERAL Constitui na introdução direta de um fármaco através das barreiras de defesa do corpo na circulação sistêmica ou em um outro espaço tecidual; Vias subcutânea, intramuscular, intravenosa, intratecal, intra-arterial, intradérmica, intra-cardíaca, intra-articular, intraperitoneal. Os fármacos podem ser administrados por via parenteral no tecido vascularizado ou injetados diretamente no sangue ou no líquido cefalorraquidiano; Vantagens • Velocidade de início de ação rápida • Urgência da terapia farmacológica • Controle de dose liberada Desvantagens • Maior risco de infecção • Necessidade de administração por um profissional da saúde • Aumento potencial da toxicidade VIA SUBCUTÂNEA É a injeção de um medicamento diretamente no tecido subcutâneo (camada abaixo da pele). Utilizada para a administração de vacinas (anti-rábica, contra o sarampo), anticoagulantes e insulina. Vantagens • Rápida absorção; • Permite administração de formas farmacêuticas de liberação lenta; • Menor risco de complicações; Desvantagens • Inadequada para grandes volumes (> 2 ml) e fármacos irritantes; • Dor local, fibrose, nódulos devido a aplicação em mesmo local; VIA INTRAVENOSA OU ENDOVENOSAÉ a injeção de um medicamento diretamente na corrente sanguínea Vantagens: • Utilização em emergências médicas; • Permite administrar substâncias que são irritantes por outras vias; • A concentração desejada de um fármaco no sangue é obtida com precisão e rapidez; • Efeito imediato; • Administração de grandes volumes; Desvantagens: • Dor; • Irreversibilidade; • Dificuldade de execução; • Pouco segura (risco de embolia e sobrecarga de volume); VIA INTRAMUSCULAR É a injeção de um medicamento em músculos, localizados abaixo do tecido subcutâneo. Vantagens: • Absorção rápida; • Situações de emergência; • Administração formulações de absorção sustentada; Desvantagens: • Dor; • Irreversível; • Procedimento invasivo (risco de lesão em nervos e vasos); VIA PARENTERAL Tabela 1. Vias de Administração parenteral de fármacos. Fonte: Golan et al., 2009. VIA TRANSCUTÂNEA VIA TRANSCUTÂNEA Os fármacos administrados por via transcutânea são absorvidos a partir da pele e dos tecidos subcutâneos diretamente no sangue. Essa via de administração é ideal para um fármaco que precisa ser administrado lentamente e de modo contínuo por um longo período. Desvantagens • Exige um fármaco altamente lipofílicoVantagens • Baixa incidência de infecção • Administração simples • Evita o metabolismo de primeira passagem VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Para resumir... Tabela 2. Via de administração de fármacos. Fonte: Golan et al., 2009. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Concentração no sangue após administração de um fármaco utilizando diferentes vias de administração Figura 2. Concentração no sangue de um fármaco após a administração utilizando diferentes vias de administração. Fonte: Disponível em:< https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Curvas-de- Biodisponibilidade-de-umfarmaco-em-diferentes-vias-de-administracao_fig1_321885464.> Acesso em 9 de mai.2023 https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Curvas-de-Biodisponibilidade-de-umfarmaco-em-diferentes-vias-de-administracao_fig1_321885464 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS As Bases Farmacológicas na Terapêutica : Goodman & Gilman as Bases Farmacológicas da Terapêutica - 11ª Ed. 2007 Farmacologia. H.P. Rang and M.M. Dale, eds. Guanabara Koogan, 6a edição, 2007. Farmacologia Humana: da Molecular a Clínica. Brody, Lamer, Minneman & Neu, Guanabara Koogan, 4a edição, 2005. Farmacologia Básica e Clínica. B. G. Katzung. 10a. edição, 2008. Princípios de Farmacologia. As Bases Fisiopatológicas da Farmacoterapia. David E. Golan, Armen H. Tashjian, Jr, EHRIN j. Armstrong, April W. Armstrong. Editora Guanabara Koogan, 2a edição, 2009.
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