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DEFINIÇÃO
Apresentação de conceito de pesquisa e definição de projeto de pesquisa, com os elementos
necessários à sua elaboração. Estratégias para revisão bibliográfica e para a construção escrita de um
embasamento teórico na apresentação da pesquisa. Regras gerais para formatação de trabalhos e
normas técnicas.
PROPÓSITO
Compreender como se inicia e se encaminha uma pesquisa científica, refletindo sobre os conceitos,
elementos e as normas fundamentais para a realização e apresentação de projetos e demais trabalhos
acadêmicos de pesquisa.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever projeto de pesquisa e seus elementos fundamentais
MÓDULO 2
Aplicar estratégias para a construção de um embasamento teórico coerente no trabalho de pesquisa
MÓDULO 3
Identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao elaborar um trabalho acadêmico
INTRODUÇÃO
Uma das etapas mais significativas do processo formativo é a pesquisa. Para muitos, a produção de
TCC, artigos, monografias, entre outros, é um momento árduo e de instabilidade durante um curso de
graduação. Muitas vezes, a dificuldade aparece porque não se tem familiaridade com a prática
investigativa sistemática. É preciso conceber o ato de pesquisar como um processo presente em
toda a sua trajetória pessoal, profissional e acadêmica.
Desde criança, criamos ferramentas para pesquisar e testar hipóteses. Formulamos perguntas,
investigamos a partir de dúvidas, lançamos mão de diferentes procedimentos com a finalidade de
encontrar respostas, descobrir fenômenos e fatos. Porém, essas pesquisas do nosso cotidiano, muitas
vezes, nem são planejadas ou contextualizadas, pelo menos, não de forma consciente. É uma prática
mais genérica, um ato de pesquisar de maneira menos organizada.
A formalização da pesquisa em um ambiente acadêmico também se alimenta de perguntas, dúvidas,
hipóteses etc. Porém, precisa ter caráter científico, com sistematização das informações e aplicação de
metodologias próprias.
Imagine se você fosse escrever uma pesquisa somente partindo da sua vivência cotidiana, sem
contextualização, normas ou embasamento teórico. Você acha que ela teria rigor acadêmico e poderia
apresentar resultados mais sistematizados? É provável que sua resposta seja não. Por quê? O que falta
e o que diferencia a pesquisa cotidiana da científica? Veremos alguns aspectos ao longo da exploração
deste tema.
Compreender-se como um sujeito capaz de produzir pesquisa é condição que o destaca e o aproxima
da prática investigativa, rompendo com a ideia que se construiu culturalmente de que para fazer
pesquisa é preciso estar em um laboratório, vestir jaleco branco e demais estilos clássicos.
O que, então, o define como um pesquisador, como um produtor de conhecimento? Além dos
aspectos já citados, é preciso evidenciar a intencionalidade, a busca de procedimentos, normas e
fundamentações teóricas que possam organizar a sua pesquisa, atribuindo caráter acadêmico e
científico, validando seus dados e, possivelmente, contribuindo para pesquisas futuras.
Ao se matricular em um curso de nível superior, você inicia o contato mais direto com o ato de pesquisar
de modo planejado. Desde os primeiros períodos, você se prepara para, ao final, lançar mão de normas,
embasamentos teóricos e técnicas em favor de um objeto de pesquisa.
MÓDULO 1
 Descrever projeto de pesquisa e seus elementos fundamentais
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe descrever um projeto de pesquisa e seus elementos fundamentais? Para entendermos os
conceitos envolvidos, vamos tomar por base uma situação prática do mundo contemporâneo. Para
tanto, vamos analisar o case a seguir:
Maria, no decorrer de seu curso de pós-graduação em Psicologia da Saúde no Trabalho, começou a
fomentar ideias que poderiam ser utilizadas para uma pesquisa futura, assim, começou a fazer todas as
disciplinas que tinham familiaridade com o campo da saúde do trabalhador. Ao assistir às aulas da
disciplina Segurança do Trabalho, relacionou seu aprendizado a práticas vivenciadas na empresa de
produção de lâmpadas, na qual trabalhava.
Nesse ponto, decidiu pesquisar sobre os afastamentos nas empresas causados por depressão e
percebeu que nos ambientes menos acolhedores e mais competitivos haveria uma incidência maior de
casos e episódios depressivos. Em conversa com seu orientador, buscou comprovar que esse assunto
era relevante para a sociedade e que iria contabilizar na empresa o número exato de afastamento e
suas causas, decidindo, então, que seria uma boa opção realizar um mapeamento. Além disso,
determinou que levaria 3 meses para fazer tal levantamento e 1 mês para a elaboração de planilhas e
gráficos, e que sistematizaria todas as informações em um texto no período de 2 meses.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?
1. A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DISPONIBILIZADAS NO CASE; VOCÊ, COMO
UM ORIENTADOR, IDENTIFICARIA QUE MARIA, AO APONTAR UM NÚMERO
CONSIDERÁVEL DE AFASTAMENTOS DEVIDO À DEPRESSÃO, CHEGOU EM
QUE PONTO DE SEU PROJETO DE PESQUISA?
A) Definição do tema e justificativa.
B) Definição do tema e cronograma.
C) Definição do tema e metodologia.
D) Definição do tema e objetivos.
E) Definição do tema e formulação do problema.
2. MARIA DETERMINOU QUE LEVARIA 3 MESES PARA FAZER O
LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE AFASTAMENTO E SUAS CAUSAS NA
EMPRESA E 1 MÊS PARA A ELABORAÇÃO DE PLANILHAS E GRÁFICOS, E QUE
SISTEMATIZARIA TODAS AS INFORMAÇÕES EM UM TEXTO NO PERÍODO DE 2
MESES. PARA VOCÊ, COMO UM ORIENTADOR, O QUE MARIA ESTAVA
CONSTRUINDO EM SEU PROJETO DE PESQUISA?
A) Cronograma e execução.
B) Resumo.
C) Proposta.
D) Resenha.
E) Metodologia.
GABARITO
1. A partir das informações disponibilizadas no case; você, como um orientador, identificaria que
Maria, ao apontar um número considerável de afastamentos devido à depressão, chegou em que
ponto de seu projeto de pesquisa?
A alternativa "E " está correta.
Em um projeto de pesquisa a definição do tema e a formulação do problema dizem respeito ao assunto
escolhido para nortear o estudo e a questão que será analisada. A justificativa refere-se ao porquê se
deve estudar determinado assunto; o cronograma, a organização das ações desenvolvidas na pesquisa
no decorrer do tempo; a metodologia, as ferramentas que serão utilizadas e o modo como será
elaborada; já os objetivos, referem-se ao que se pretende alcançar quando se realiza uma ação.
2. Maria determinou que levaria 3 meses para fazer o levantamento do número de afastamento e
suas causas na empresa e 1 mês para a elaboração de planilhas e gráficos, e que sistematizaria
todas as informações em um texto no período de 2 meses. Para você, como um orientador, o que
Maria estava construindo em seu projeto de pesquisa?
A alternativa "A " está correta.
A elaboração de um cronograma e execução de um projeto de pesquisa consiste em sistematizar no
decorrer do tempo as atividades que serão efetuadas no trabalho. O resumo, a proposta, a resenha, e a
metodologia não são itens que se relacionam à sistematização temporal de ações.
3. MARIA BUSCOU AGREGAR ELEMENTOS PARA A
ELABORAÇÃO DE SEU PROJETO DE PESQUISA. ELA
PROCUROU VOCÊ PARA AJUDÁ-LA. QUAIS ITENS VOCÊ
INDICARIA A MARIA PARA CONSTAR NO PROJETO?
RESPOSTA
A realização de uma pesquisa sistemática, demanda, clara definição de objetivos, recorte preciso e adoção
de metodologias de forma a responder às perguntas de pesquisa. Esses itens, entre outros, são organizados
em um projeto, que é uma importante oportunidade de reflexão do autor sobre o que se pretende investigar.
PESQUISA E CIÊNCIA
Ao iniciar a reflexão para a construção de um projeto de pesquisa, você pode se deparar com
questionamentos do tipo:
1 Como iniciar?
2 O que é uma pesquisa?
3 Quais são os passos para se desenvolver pesquisa?
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 COMENTÁRIO
O ato de pesquisar não se limita aos cientistas. A pesquisa, a dúvida e a necessidade dese buscar
respostas para questões realmente relevantes são incorporadas ao nosso dia a dia.
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 Fonte: Andrey_Popov/Shutterstock
A PESQUISA CIENTÍFICA É UM PROCESSO RACIONAL E
PLANEJADO, QUE SE ORGANIZA POR MEIO DE
METODOLOGIAS PRÓPRIAS E SE ANCORA NA LITERATURA
DISPONÍVEL SOBRE O FENÔMENO QUE SE QUER
PESQUISAR.
A pesquisa é o centro da prática científica, visando responder a perguntas ou problemas propostos. Ela
se torna uma indicação quando não se encontra informações suficientes ou conclusivas na literatura
sobre o problema proposto e observado.
Produzir pesquisa é um processo contínuo, que visa responder ao fato pesquisado e verificar uma
hipótese, bem como sua articulação com outros fatos e hipóteses. Dessa maneira, o conhecimento é
produzido e compartilhado nas escolas e universidades.
Demo (1985) afirma que é preciso conceber o conhecimento produzido sempre buscando sair dos
extremos:
CITAÇÃO COMPLETA DE DEMO
“Pesquisa é a atividade científica pela qual descobrimos a realidade. Partimos do pressuposto de
que a realidade não se desvenda na superfície. Não é o que aparenta à primeira vista. Ademais,
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nossos esquemas explicativos nunca esgotam a realidade, porque esta é mais exuberante que
aqueles.
A partir daí, imaginamos que sempre existe o que descobrir na realidade, equivalendo isto a aceitar
que a pesquisa é um processo interminável, intrinsecamente processual. É: um fenômeno de
aproximações sucessivas e nunca esgotado, não uma situação definitiva, diante da qual já não
haveria o que descobrir.”
(DEMO, 1985, p. 23)
Dogmatismo indiscutível
O conhecimento precisa ser dialogado sempre.

Relativismo
Torna tudo mais subjetivo e inconclusivo.
É preciso destacar que toda pesquisa, para ter relevância, precisa se articular com problemas reais que
nos afetam, lançando luz sobre sua utilidade e relação com a vida prática. A separação entre teoria e
prática não é possível no contexto da pesquisa, pois uma se faz com a outra, em uma profunda relação
de complementaridade.
O profissional que não possui o hábito de pesquisar corre o risco de ir separando gradativamente a
teoria da prática em sua vida, até um ponto em que ele não observa mais sua complementaridade. A
pesquisa é um elemento-chave necessário ao profissional para sua constante formação e
aperfeiçoamento.
 DICA
Para começar uma pesquisa científica, deve-se iniciar a reflexão sobre o assunto e, de maneira
organizada, elaborar um projeto de pesquisa.
O PROJETO DE PESQUISA
Para realizar uma investigação sistemática, são necessários elaboração, definição de objetivos, recorte
e metodologias adotadas para responder às perguntas de pesquisa. Esses itens, entre outros, são
organizados em um projeto, que é um importante processo de reflexão do autor sobre o que se pretende
investigar.
Um projeto de pesquisa bem escrito pode eliminar problemas futuros de insegurança e transtornos para
finalizar o trabalho e dar ao pesquisador mais clareza e segurança sobre a realidade da qual quer
buscar compreensão.
FAZEMOS UM PROJETO DE PESQUISA PARA MAPEAR UM
CAMINHO A SER SEGUIDO DURANTE A INVESTIGAÇÃO.
BUSCAMOS, ASSIM, EVITAR MUITOS IMPREVISTOS NO
DECORRER DA PESQUISA QUE PODERIAM ATÉ
INVIABILIZAR A SUA REALIZAÇÃO. OUTRO PAPEL
IMPORTANTE É ESCLARECER PARA O PRÓPRIO
INVESTIGADOR OS RUMOS DO ESTUDO (O QUE
PESQUISAR, COMO, POR QUANTO TEMPO ETC.).
(MINAYO, 2009, p. 35)
A elaboração do projeto é, também, uma maneira de transmitir à comunidade científica os seus
propósitos e fazer com que eles sejam aceitos e discutidos. Em outras palavras, a concretização do
planejamento da pesquisa ocorre por meio da escrita do projeto.
A escrita do projeto de pesquisa pode ser requerida nos cursos de graduação, como etapa necessária
ao planejamento da pesquisa de conclusão de curso. Para fins de acesso a cursos de pós-graduação, o
projeto de pesquisa pode ser, inclusive, uma etapa de seleção, de modo que o aluno ingresse no curso
já com a pesquisa em fase de planejamento. Em outros momentos, o projeto pode ser apresentado para
buscar financiamento que viabilize a investigação.
Em todos os casos, ter um projeto bem estruturado é o caminho para se conseguir desenvolver bem seu
trabalho. Um exemplo de roteiro seria:
1 Você sabe o que seria necessário incluir no projeto?
2 O que é preciso comunicar?
3 Como comunicar suas intenções de pesquisa de maneira clara e coerente?
4 Quais seriam os elementos necessários ao projeto?
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Embora não se tenha um consenso ou uma receita única para a elaboração do projeto, alguns
elementos são definidos como primordiais. A seguir, refletiremos sobre cada item que precisa estar
presente nesse roteiro da pesquisa.
DEFINIÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO
PROBLEMA
O tema é a área de interesse da pesquisa. É fundamental que o autor tenha um pouco de familiaridade
com essa área para que isso lhe dê motivação. Para definir bem o tema, o pesquisador deve verificar
quais são as considerações teóricas já feitas a respeito do assunto e identificar sua relevância.
Após definir o tema, é preciso que o autor se pergunte o que deve pesquisar naquela área, pois o tema
em si mesmo é um caminho em aberto, com uma perspectiva ampla da pesquisa, e precisa de um
recorte para direcionamento. Por exemplo: se o tema da sua pesquisa for “Alfabetização e letramento”,
você já definiu a área onde se pretende atuar, mas faltam algumas respostas.
1 O que deseja saber?
2 O que é alfabetização e o que é letramento?
3 Alfabetização de adultos ou crianças?
4 Sua investigação é sobre métodos aplicados nesse processo?
5
Seria alfabetização e letramento apenas em língua portuguesa ou em outras áreas de
conhecimento?
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
A pesquisa pode seguir muitas direções de investigação, o que precisa ser pontuado no seu projeto.
Minayo (2009) sinaliza que as indagações feitas acerca do que se quer saber sobre o tema é que
acabam por definir o objeto ou problema de pesquisa, estabelecendo um recorte, em sentido mais
restrito que o tema propriamente dito. Logo, a problematização é um aprofundamento do tema.
Confira o esquema a seguir:
Alfabetização e letramento
Como observado no esquema, o tema apresenta muitos recortes possíveis. É a definição do problema
que restringe o campo de pesquisa, indicando a direção e evitando desvios do seu foco. Muitas vezes,
um pesquisador se atém ao tema, mas perde de vista o seu problema de pesquisa. Você precisa
escrever e pesquisar aquilo que, dentro do seu tema, possui relação com o problema proposto.
No exemplo, foram selecionados três recortes (objetos de pesquisa) possíveis dentro do tema
“Alfabetização e letramento”. A partir desses três recortes, abrem-se duas possibilidades (ou mais) de
investigação em cada. É preciso ter clareza desse percurso para fazer a problematização, direcionando
o olhar para aquilo que, de fato, é pertinente para o desenvolvimento do seu trabalho.
Em relação à escrita desse item, você pode construir o problema de pesquisa a partir de uma pergunta.
Inclusive, a elaboração de perguntas é uma importante estratégia interna em todas as etapas da
sua pesquisa.
A indagação sobre aspectos do tema gera a problematização e deve, ainda, ser clara, com resposta
viável e uma dimensão possível de pesquisa. Na perspectiva do exemplo, a formulação do problema
poderia ocorrer a partir da pergunta: O currículo da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro –
anos iniciais do Ensino Fundamental – favorece a prática do letramento matemático? Observe que o
direcionamento foi todo encaminhado na pergunta: a área de conhecimento, o tema, a etapa escolar que
se quer pesquisar, a abrangência da pesquisa e a dúvida em si.
Rudio (2000) afirma que a definição do problema deve ser fruto de algumas indagações do autor:
É UM PROBLEMA ORIGINAL? É RELEVANTE? É ADEQUADO
PARA MIM?TENHO REAIS POSSIBILIDADES PARA
REALIZAR ESTE ESTUDO? PRECISAREI DE RECURSOS
FINANCEIROS? O TEMPO QUE TENHO DISPONÍVEL É
SUFICIENTE PARA ESTA PESQUISA?
Assim, as perguntas anteriores levam o pesquisador a considerar uma série de fatores que se
apresentam durante a execução da pesquisa, auxiliando no processo de delimitação do problema.
 RESUMINDO
A definição do tema e a formulação do problema de pesquisa são profundamente articuladas e
complementares. Elas comunicam diretamente o que se quer investigar. Quando se elabora uma
pergunta de pesquisa, é comum já ter hipóteses sobre ela, o que nos leva à formulação da próxima
etapa da pesquisa.
FORMULAÇÃO DE HIPÓTESE
Você já passou por alguma situação em que tinha uma dúvida sobre como proceder em algum aspecto,
mas com possibilidades de resolução já encaminhadas? Como fez para escolher a solução?
Possivelmente, você testou ou pesquisou qual seria a melhor alternativa.
Na pesquisa científica, quando se elabora um problema de pesquisa, formula-se também uma ou mais
hipóteses, que são soluções possíveis e testáveis para o seu problema. Quanto mais conhecemos o
tema e o problema de pesquisa, mais possibilidades de hipóteses ele tem condições de apresentar.
 ATENÇÃO
É preciso destacar que, na etapa anterior, foi mencionado que o problema de pesquisa precisa ser algo
viável, solucionável. Nesse contexto, a hipótese seria uma possibilidade de solução, ancorada nas
reflexões já encaminhadas sobre o tema e problema.
 Fonte: fran_kie/Shutterstock
Segundo Gil (2002), as hipóteses podem surgir de diferentes fontes:
OBSERVAÇÃO
RESULTADOS DE OUTRAS PESQUISAS
TEORIAS
INTUIÇÃO
A hipótese deve ser organizada a partir de um enunciado claro, pautada em um referencial teórico, com
linguagem explicativa. Ao final da pesquisa, sua hipótese poderá ser rejeitada ou comprovada, de
maneira que o problema de pesquisa possa apresentar solução. Caso a hipótese não seja de possível
verificação, consequentemente, o problema de pesquisa não terá solução conclusiva. Nesse caso, a
hipótese poderá ser reformulada ou substituída por outra.
A elaboração da hipótese é fruto de um processo reflexivo e criativo, pois visa responder algo que ainda
ninguém respondeu, o que supõe o pensamento inovador. Todo o desenho do trabalho está ancorado na
confirmação ou não da hipótese inicial. Nesse cenário, a hipótese se articula ao objetivo da pesquisa.
DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS
Para entender melhor de que modo os objetivos da pesquisa são desenhados, você deve ter em mente
a pergunta: esta pesquisa se desenvolve para quê?
Tomando como base o tema, problema e as hipóteses já definidos, o autor da pesquisa precisa se
ocupar em definir objetivos claros, articulados ao todo e que representem a finalidade do trabalho.
Em geral, os objetivos são iniciados com verbos no infinitivo que indiquem a ação, a meta da pesquisa.
Por exemplo: analisar, produzir, realizar, comparar etc. É indispensável que os seus objetivos sejam
possíveis de atingir. A organização dos objetivos no trabalho deve ser dividida em duas dimensões:
Objetivo geral
Em sentido amplo, você deverá definir um objetivo geral, que “diz respeito ao conhecimento que o
estudo proporcionará em relação ao objeto” (MINAYO, 2009, p. 45), tornando-se um tipo de resultado
intelectual articulado à hipótese inicial. O objetivo geral é de longo alcance, correspondendo a uma ação
mais ampla.
EXEMPLO

Objetivo específico
Em sentido mais restrito, esses objetivos consistem no desdobramento das ações necessárias para se
atingir o objetivo geral. É como se fossem os degraus de uma escada. O pesquisador deve,
considerando o objetivo geral, localizar e cumprir cada pequena ação que colabore para o atingimento
do objetivo mais amplo. São ações de curto alcance e devem estar articuladas umas com as outras.
EXEMPLO
javascript:void(0)
javascript:void(0)
EXEMPLO
Analisar as práticas de alfabetização e letramento matemático nas turmas de anos iniciais da Rede
Municipal de Educação.
EXEMPLO
Investigar os currículos de Matemática da Rede Municipal de Educação; comparar as práticas de
letramento matemático, a partir do referencial teórico, com o currículo da Rede Municipal de
ensino; entre outros.
A PARTIR DOS OBJETIVOS, SÃO DEFINIDOS OS MÉTODOS
E INSTRUMENTOS, DE MANEIRA QUE O CAMINHO
METODOLÓGICO VIABILIZE A EXECUÇÃO DE CADA
OBJETIVO.
JUSTIFICATIVA
Você já leu um trabalho ou projeto e depois acabou comprando a ideia, reconhecendo a
relevância da investigação lida? Por que será que isso aconteceu? Faça uma breve reflexão acerca
dos itens que o autor descreveu, que o encantaram e despertaram seu interesse para a investigação do
tema. Provavelmente, foram utilizados argumentos muito coerentes e que fizeram sentido na sua prática
profissional, de modo que você, de fato, conseguiu articular e incorporar à sua vivência a necessidade
daquela pesquisa.
Considerando que um projeto de pesquisa apresente o planejamento e a sistematização inicial de uma
investigação, é importante ter um espaço destinado à justificativa, feita por meio de argumentos
favoráveis que apontem a necessidade da sua pesquisa. É esperado que, ao final da leitura do seu
projeto, o leitor esteja convencido sobre a necessidade de pesquisar o tema ou problema proposto por
você.
A relevância da sua pesquisa deve ser expressa pela justificativa. As seguintes perguntas norteadoras
podem auxiliar na construção desse item:
1 Por que pesquisar esse tema?
2 O que justifica essa escolha?
3 Quais são os benefícios que esse estudo irá apresentar futuramente?
4 Quais são os motivos que me levam a pesquisar?
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
A justificativa precisa estar articulada ao problema de pesquisa dos pontos de vista prático e
conceitual. Os argumentos empregados devem se ancorar em relevância técnica, social e científica.
Minayo (2009) esclarece que a justificativa deve possuir argumentos que:
PONTOS DE VISTA PRÁTICO E CONCEITUAL
A justificativa de ordem prática é a descrição da relevância da pesquisa para a modificação
da sua prática, ancorada em demandas sociais.
A justificativa de ordem pessoal é a que ajudou a definir aquele problema e faz uma breve
argumentação do impacto da pesquisa na trajetória profissional e biográfica do pesquisador.
1
Evidenciem as lacunas no nível de conhecimento desenvolvido na temática
proposta.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
2 Apresentem potencial para ampliar os conhecimentos na área.
3
Mostrem a relevância do problema, do ponto de vista social e de promessas de
avanço metodológico.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
METODOLOGIA
Imagine que você já definiu tema, problema, hipótese e objetivos, bem como organizou todos os
argumentos que justificam a sua pesquisa. Agora você deve se perguntar: como vou encaminhar a
pesquisa? Que caminhos vou seguir?
QUAIS SERÃO OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS?
Essa deve ser uma interrogação permanente.
 Por: StepanPopov/Shutterstock
Leia o conceito de metodologia, por Demo:
METODOLOGIA É UMA PREOCUPAÇÃO INSTRUMENTAL.
TRATA DAS FORMAS DE SE FAZER CIÊNCIA. CUIDA DOS
PROCEDIMENTOS, DAS FERRAMENTAS, DOS CAMINHOS. A
FINALIDADE DA CIÊNCIA É TRATAR A REALIDADE TEÓRICA
E PRATICAMENTE. PARA ATINGIRMOS TAL FINALIDADE,
COLOCAM-SE VÁRIOS CAMINHOS. DISTO TRATA A
METODOLOGIA.
(DEMO, 1985, p. 19)
Metodologia é o caminho que se quer ou se necessita percorrer até que sua pesquisa atinja os objetivos
propostos. Para tal, o pesquisador deve fazer uso de métodos e técnicas, bem como articular seus
procedimentos com concepções teóricas, aproximando-as da prática. Não se pretende propor uma série
de técnicas desprovidas de sustentação teórica, da mesma forma que não deve ser puramente teoria,
sem desenhá-la de maneira clara e coerente a serviço dos desafios encontrados na prática.
Para definir seus caminhos metodológicos, você deve considerar que o pensamento criativoé um
pilar. Flexibilizar, observar caminhos alternativos e reconstruir são tarefas que enriquecem a pesquisa,
desde que caminhem ao encontro dos objetivos traçados.
É importante você ter em mente que o método é o conjunto de atividades racionais e sistemáticas que
visam ao alcance do objetivo da pesquisa. As técnicas são procedimentos que operacionalizam os
métodos a partir de instrumentos adequados. Nesse contexto, é preciso definir métodos e técnicas
adequados para cada objetivo de pesquisa: o tipo de pesquisa que irá desenvolver, o campo de
observação, os procedimentos de coleta de dados.
 ATENÇÃO
É importante você conceber a pesquisa como um todo: existem procedimentos mais recorrentes e
pertinentes em determinado tipo de pesquisa, outros que não se enquadrariam tão bem.
EXEMPLO
EXEMPLO
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É comum adotar o estudo de caso ou a pesquisa bibliográfica em estudos exploratórios, pois se
busca levantar dados sobre grupos ou sujeitos. Porém, você deve ser criativo e inovar, sempre
justificando suas escolhas dos pontos de vista teórico e prático. Nessa perspectiva, desde que de
modo bem fundamentado, você pode e deve colocar os procedimentos técnicos disponíveis a
serviço da sua pesquisa. Lembre-se de que eles existem para auxiliar a realização de seu trabalho.
No vídeo a seguir, a professora Monise aborda os principais aspectos da metodologia de pesquisa:
CRONOGRAMA E EXECUÇÃO
Tendo como base os objetivos e procedimentos que você vai adotar para fazer a sua pesquisa, é preciso
pensar em um importante recurso: o tempo. É a perspectiva do “quando”.
O pesquisador deve indicar o tempo para a execução de cada etapa da pesquisa, inclusive,
considerando que algumas ações podem ser realizadas simultaneamente. Geralmente, a escrita desse
item aparece em forma de quadro ou tabela, indicando cada tarefa a ser realizada nas linhas e o tempo
para a sua execução ao lado, na coluna correspondente.
 Fonte: Lallanan/Shutterstock.
 DICA
É importante que o pesquisador:
Faça o planejamento das ações ao longo dos meses: isso ajuda a antecipar dificuldades e
facilidades, trabalhar com prazos e ter compreensão de todas as tarefas articuladas, em uma
perspectiva geral de dependência entre elas.
Pense em questões como o orçamento da pesquisa (caso o projeto seja apresentado para pleitear
um financiamento).
Inclua no projeto as referências, contendo as fontes relativas às obras citadas, e tenha uma parte
do planejamento dedicada ao seu embasamento teórico, contextualizando o tema e realizando
uma revisão bibliográfica – assunto que será detalhado no próximo módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. JÁ SABEMOS DA IMPORTÂNCIA DE UM PROJETO DE PESQUISA BEM
ELABORADO, A FIM DE QUE O PROCESSO E O RESULTADO DA PESQUISA
SEJAM EFETIVADOS. POR ISSO, É FUNDAMENTAL COMPREENDER BEM SEU
CONCEITO. ASSINALE A OPÇÃO QUE APRESENTA A DEFINIÇÃO DE UM
PROJETO DE PESQUISA:
A) É a etapa de planejamento não sistemática, que compreende uma reflexão particular do pesquisador
para, somente depois, iniciar a escrita de sua investigação.
B) É a materialização do planejamento da sua pesquisa, que possui a indicação de dois elementos: o
tema e os autores que irão compor o embasamento teórico.
C) É a concretização do planejamento da pesquisa, feito para mapear o caminho a ser percorrido
durante a investigação.
D) É um documento apresentado apenas quando se busca financiamento para uma pesquisa.
2. CONSIDERE A SEGUINTE SITUAÇÃO: UM PESQUISADOR, AO ESTABELECER
SEU TEMA PARA INVESTIGAÇÃO, COMEÇOU A SE FAZER INDAGAÇÕES PARA
DEFINIR UM RECORTE DENTRO DO TEMA, POIS AINDA SERIA MUITO
ABRANGENTE. NESSA PERSPECTIVA, O AUTOR COMEÇOU A FAZER UM
APROFUNDAMENTO DO ASSUNTO ATÉ CHEGAR A UMA QUESTÃO A SER
INVESTIGADA, O QUE RESTRINGIU E DIRECIONOU MELHOR O CAMPO DE
PESQUISA. A SITUAÇÃO VIVENCIADA PELO PESQUISADOR CORRESPONDE A
QUE ELEMENTO DO PROJETO DE PESQUISA?
A) Definição de objetivos
B) Delimitação do problema
C) Escolha da metodologia
D) Definição da justificativa
GABARITO
1. Já sabemos da importância de um projeto de pesquisa bem elaborado, a fim de que o processo
e o resultado da pesquisa sejam efetivados. Por isso, é fundamental compreender bem seu
conceito. Assinale a opção que apresenta a definição de um projeto de pesquisa:
A alternativa "C " está correta.
De acordo com Demo (1985), o projeto de pesquisa é feito para mapear o caminho a ser seguido. É o
instrumento de planejamento da pesquisa. As demais opções de resposta apresentam outras fases ou
características da pesquisa.
2. Considere a seguinte situação: um pesquisador, ao estabelecer seu tema para investigação,
começou a se fazer indagações para definir um recorte dentro do tema, pois ainda seria muito
abrangente. Nessa perspectiva, o autor começou a fazer um aprofundamento do assunto até
chegar a uma questão a ser investigada, o que restringiu e direcionou melhor o campo de
pesquisa. A situação vivenciada pelo pesquisador corresponde a que elemento do projeto de
pesquisa?
A alternativa "B " está correta.
O processo que delimita o campo de investigação e estabelece um recorte do tema é o exposto na letra
B: delimitação do problema. É nessa etapa que se aprofunda o tema e se elabora a questão da
pesquisa.
MÓDULO 2
 Aplicar estratégias para a construção de um embasamento teórico coerente no trabalho de
pesquisa
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe aplicar estratégias para a construção de um embasamento teórico coerente no trabalho de
pesquisa? Para entendermos os conceitos envolvidos, vamos tomar por base uma situação prática do
mundo contemporâneo. Para tanto, vamos analisar o case a seguir:
Daniel elaborou seu projeto de pesquisa sobre a gestão de documentos no sistema informatizado da
secretaria de educação do município de Itaboraí. Ele buscou participar de aulas e eventos como
seminário e palestras que agregassem mais informações ao seu trabalho.
Em reuniões de debates com seu orientador, sempre saía com indicações de textos e livros e sugestão
de pesquisa sobre o pensamento de determinados autores. A este também foi sugerido que ficasse
atento à legislação antiga e às novas leis, decretos e normativas que tratassem da utilização de
documentos registrados.
Assim, depois que seguiu as indicações de seu orientador, Daniel foi capaz de analisar de forma
contundente o seu tema escolhido, resultando em um trabalho acadêmico bem escrito e da clara
compreensão ao público a que foi destinado.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?
1. COMO ORIENTADOR, VOCÊ INDICARIA A DANIEL QUE PARA TER UM BOM
EMBASAMENTO TEÓRICO ELE DEVERIA FAZER:
A) o resumo.
B) o plano de trabalho.
C) a coleta de dados.
D) o levantamento bibliográfico.
E) o índice.
2. DANIEL PROCUROU VOCÊ PARA AJUDÁ-LO EM SEU PROJETO DE
PESQUISA. VOCÊ DISSE A ELE QUE A PESQUISA DEVE SEMPRE BUSCAR
BASES TEÓRICAS E CONCEITUAIS QUE ESTEJAM DE ACORDO COM:
A) o resumo do problema e com a linha de raciocínio desenvolvida.
B) a introdução e com a linha de raciocínio desenvolvida.
C) a ampliação do problema e com a linha de raciocínio desenvolvida.
D) o problema da pesquisa e com a linha de raciocínio desenvolvida.
E) a coleta de dados e com a linha de raciocínio desenvolvida.
GABARITO
1. Como orientador, você indicaria a Daniel que para ter um bom embasamento teórico ele
deveria fazer:
A alternativa "D " está correta.
Um bom embasamento teórico deve estar apoiado por um levantamento bibliográfico consistente. O
resumo corresponde a uma recapitulação breve de um assunto; plano de trabalho é um esquema (visual
ou composto por texto) que lista todas as ações e etapas a serem realizadas; a coleta de dados consiste
em reunir informações; e o índice é uma listagem de itens.
2. Daniel procurou você para ajudá-lo em seu projeto de pesquisa. Você disse a ele que a
pesquisa deve sempre buscar bases teóricas e conceituais que estejam de acordo com:
A alternativa "D " está correta.O pesquisador deve buscar as bases teóricas e conceituais que sejam compatíveis com o problema de
pesquisa e com a linha de raciocínio desenvolvida no trabalho. O resumo, a introdução, a ampliação do
problema e coleta de dados não correspondem as bases teóricas e conceituais.
3. DANIEL INICIOU A SUA ESCRITA DE FORMA COERENTE
BUSCANDO EVIDENCIAR SEUS ARGUMENTOS. VOCÊ,
COMO ORIENTADOR, PERCEBE QUE DANIEL ESTAVA
ATENTO A QUAIS FATORES?
RESPOSTA
Daniel estava atento à contextualização e pesquisa, criação de tópicos, ao aprofundamento de conceitos,
referencial teórico com citações, à produção autoral, ao respeito aos direitos autorais e à apresentação do
estado da questão.
PREMISSA
No módulo anterior, descrevemos alguns elementos básicos que você precisa definir ao fazer uma
pesquisa. É importante que esses elementos estejam articulados de maneira coerente com a
perspectiva teórica que você vai adotar para encaminhar seu trabalho. É necessário buscar o
conhecimento já produzido sobre o seu tema e lançar luz sobre as questões que colaboram para a
compreensão do seu problema.
A apresentação de cada item do projeto foi feita separadamente, mas é preciso evidenciar a relação
profunda de complementaridade entre eles. A perspectiva teórica pode ser entendida como o fio
condutor, a linha que costura todos os elementos do projeto de modo coerente. Assim, você lança mão
de justificativas teóricas sempre que pertinentes, valoriza e demonstra conhecimento sobre o seu tema e
revela quais são as lacunas na teoria que sugere e justifica sua pesquisa.
Ou seja, mesmo que você escreva um capítulo separado para expor seu referencial teórico, as citações
e ideias dos autores de referência na área podem estar presentes em todo o seu projeto, desde a
introdução até as suas considerações finais.
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 Fonte: jakkaje879/Shutterstock
 COMENTÁRIO
Neste módulo, você irá refletir sobre como organizar o levantamento bibliográfico e o embasamento
teórico no projeto de pesquisa, o que possibilitará um diálogo lógico e bem fundamentado entre a teoria
e a realidade que se busca entender.
TEORIA
Diversos termos buscam definir o que aqui estamos chamando de levantamento bibliográfico e
embasamento teórico. É possível encontrar termos como “revisão bibliográfica” (MINAYO, 2009),
“revisão de literatura” (LAVILLE; DIONNE, 1999), “estado da arte” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009), entre
outros.
Mas, em todas essas formas de nomear, há uma característica comum: buscar as bases teóricas e
conceituais que sejam compatíveis com o problema de pesquisa e com a linha de raciocínio
desenvolvida ao longo do trabalho.
O LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO É O CAMINHO PARA
SE TER UM BOM EMBASAMENTO TEÓRICO.
 Fonte: alphaspirit/Shutterstock
VOCÊ SABE O QUE É TEORIA?
VERIFICAR
Minayo (2009, p. 16) define teoria como “conhecimentos que foram construídos cientificamente sobre
determinado assunto, por outros estudiosos que o abordaram antes de nós e lançam luz sobre a nossa
pesquisa”.
Para que seu projeto tenha um bom embasamento teórico, é importante fazer uma revisão bibliográfica
para mapear tudo o que já foi ponderado por outros autores e esteja diretamente relacionado ao seu
problema, evitando um discurso muito floreado, que visa apenas ao volume de informações, porém,
desconectadas entre si. Nisto consiste o trabalho: conseguir evidenciar o que, de fato, é relevante para o
seu problema de pesquisa, no meio de tudo que já foi produzido.
Minayo (2009) afirma que a teoria cumpre algumas funções relevantes:
• Colabora para evidenciar o objeto de investigação
• Ajuda a delimitar o problema e suas hipóteses de maneira mais eficaz
• Possibilita organização dos dados
• Conduz a análise dos dados
A busca pela perspectiva teórica a ser considerada no trabalho surge antes mesmo da sua escrita e se
estende até a leitura dos seus dados. Ela passa a ser o eixo em que todos os itens do projeto deverão
estar organizados.
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Existem as grandes teorias, desenvolvidas por autores clássicos e que compreendem um conjunto de
ideias articuladas que, muitas vezes, revolucionam o modo de pensar em determinado contexto
histórico. Essas grandes teorias são chamadas de fontes primárias.
Há, também, os autores que passaram a produzir conhecimento inspirado nas grandes teorias,
problematizando-as e colaborando com novos olhares. Ao elaborar seu projeto de pesquisa, tenha em
mente que o conhecimento científico não é dogmático. Ao contrário, ele passa por mudanças ao
longo dos anos e, ao fazer uma pesquisa, é necessário que você esteja atento também ao que se
produziu de novidade sobre o seu tema nos últimos anos.
IDEIAS REVOLUCIONADORAS
Por exemplo, a Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin, revolucionou a forma como
alguns conceitos eram explorados, ainda no século XIX.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO NÃO É DOGMÁTICO
É preciso compreender a ciência como um conhecimento dinâmico, inacabado e passível de
mudanças. Embora seja organizado e legítimo, o conhecimento científico é, também, questionável
e pode sofrer alterações ao longo dos anos, mediante novos questionamentos.
 DICA
Reflita sobre o seu problema de pesquisa considerando os autores clássicos e os mais contemporâneos.
Esteja atento à mudança na perspectiva teórica que diz respeito ao seu tema ao longo dos anos.
TEORIA X PRÁTICA
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Você já parou para pensar nas frases que ouvimos repetidamente: “teoria é diferente da prática”, “isso é
só na teoria”, entre outras, que acabam por desvalorizar o ato de produzir conhecimento acadêmico
cientificamente?
Essas frases são repetidas, muitas vezes, por pessoas que não conseguiram ainda enxergar a
complementaridade entre teoria e prática e como uma ocorre em função da outra. Se, por um lado,
devemos assumir que o conhecimento prático, cotidiano, é resultado de interrogações teóricas
anteriores; por outro, é preciso assumir, também, que não se produz pesquisa e “teoria” sem um olhar
prático.
A teoria é fruto da busca constante por explicar e melhorar a realidade. Vamos entender isso:
Veiga-Neto (2012) propõe uma reflexão significativa nesse contexto quando, a partir da metáfora da
casa (BACHELARD, 2003), destaca que é preciso ir aos porões das casas em que habitamos.
Se partirmos dessa metáfora, a casa é o piso intermediário, onde acontecem as relações cotidianas
(práticas).
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O sótão da casa é o local para aonde iremos, no futuro, em que estão nossos objetivos e sonhos.
Já os porões consistem no lugar em que mora a memória, a história. Nessa perspectiva, aqui se
entende o porão como o lugar onde se pode compreender quem somos, por meio das memórias.
Podemos, inclusive, entender essas memórias como todas as contribuições dos autores que chegaram
antes de nós e refletiram sobre o tema que estamos a buscar compreensão.
REFLEXÃO DE VEIGA-NETO:
“Sem o acolhimento da casa e sem as memórias de que ela é a fonte primeira, seríamos seres
desenraizados; seres sem imaginação porque sem história, e sem história porque sem memória.
Mas, mesmo que acolhidos pela casa, corremos sempre o risco de viver bloqueados, viver no
alheamento, isto é, alienados no mundo e do mundo.
Isso será assim se não soubermos ocupar toda a casa, se nos mantivermos confinados apenas no
espaço intermediário, nesse espaço das experiências imediatas em que se desenrola o que
chamamos de vida concreta e de realidade. Se nos deixarmos prender nos andares intermediários,
sem habitar o sótão e o porão, perderemos boa parte de nossa própria condição humana, pois,
enquanto lá no sótão se dão as experiências da imaginação e da sublimação, é lá no porão que
estão as raízes e a sustentação racional da própria casa”
(VEIGA-NETO, 2012. p. 269).
Agora, podemos nos perguntar:
1
De que maneira você poderia ir aos porões para construir e articular bem a sua
pesquisa?
2 No que consiste essa tarefa, se você considerar a elaboraçãodo seu projeto?
3 Como seriam os porões do seu problema de pesquisa?
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
É possível conceber o piso intermediário como aquela realidade que você busca compreender e o sótão
como a melhoria esperada por você, profissional que busca formação para viabilizá-la.
MAS E OS PORÕES?
COMO VOCÊ PODERIA BUSCAR CONHECER ONDE FINCA
OS PÉS?
Se você não estabelecer uma relação entre essas “partes da casa”, corre um grande risco de viver
sujeito aos limites impostos pelos outros e pelos seus próprios, o que, consequentemente, vai
impossibilitar sua “ida ao sótão”, os seus voos mais altos.
Em síntese, as três dimensões estão articuladas: o futuro que se deseja e trabalha para construir, as
práticas cotidianas e os aspectos teóricos, as memórias. O profissional, para desenvolver uma postura
efetivamente coerente e promissora, precisa saber habitar todos os níveis da “casa” em que está
inserido. O contrário disso indica uma postura limitada e conformada.
CONSTRUINDO UM BOM EMBASAMENTO
TEÓRICO
Agora que você refletiu sobre a relevância e relação de complementaridade entre aspectos teóricos,
práticos e a realidade que se busca, exploraremos algumas maneiras de construir um embasamento
teórico de forma coerente.
É prudente considerar a reflexão teórica em duas perspectivas:
PRIMEIRA PERSPECTIVA: CONTATO INICIAL
A primeira perspectiva seria a do primeiro contato com o tema, para construir a revisão bibliográfica que
possibilita iniciar a organização do projeto, delimitando o problema, os objetivos e as hipóteses.
Ao escolher o tema para a pesquisa, você deve fazer um levantamento bibliográfico para analisar quais
foram as considerações já feitas sobre o seu problema de pesquisa. Esse levantamento consiste em
consultar, nos diferentes bancos de dados, o que já existe sobre determinado assunto. Considere livros,
artigos, periódicos e demais fontes confiáveis de pesquisa.
Esteja atento ao recorte temático. Um equívoco muito comum é fazer um levantamento bibliográfico
baseado somente no seu tema, em uma perspectiva macro. Lembre-se de que, ao definir um problema
de pesquisa, você estabeleceu um recorte que indica o que você quer analisar, dentro de um tema
maior. Evite informações irrelevantes para a sua pesquisa.
Para auxiliar na busca pela produção bibliográfica, é fundamental adotar uma estratégia de pesquisa. A
partir daí, você terá mais segurança para iniciar a escrita do seu projeto, pois será capaz de elaborar,
antecipar questões, criticar, formular. Seus argumentos e suas ponderações serão pautados em autores
de referência, fortalecendo seu projeto e sua pesquisa com um embasamento teórico coerente.
SEGUNDA PERSPECTIVA: ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
TEÓRICO
A primeira perspectiva seria a de organização desse referencial teórico e a exposição das principais
ideias e citações em uma parte dedicada a isso no seu projeto.
Uma vez feita a pesquisa bibliográfica, como os teóricos podem ser incorporados ao seu trabalho? É
justo ressaltar que a pesquisa bibliográfica não se resume a esse momento inicial de contato com o
tema e o problema de pesquisa. Ela passa a ser uma ação recorrente e necessária ao bom
encaminhamento do seu trabalho. Ela é a base do processo investigativo. Portanto, é preciso estar
atento a tudo que está sendo publicado relacionado à sua problemática.
Depois, é necessário considerar que os autores de referência não estão limitados ao capítulo dedicado
ao embasamento teórico. Ao contrário, eles deverão ser a base que norteia o estabelecimento das
hipóteses, do problema, dos objetivos e do trabalho como um todo. Porém, em seu projeto, você terá
uma parte dedicada à contextualização e à exposição teórica do problema de pesquisa. A seguir, serão
exploradas algumas formas de organizar esse capítulo no trabalho.
Agora, iremos explorar as estratégias de pesquisa:
 Fonte: BongkarnGraphic/Shutterstock
O QUE CONSIDERAR AO ESCREVER O SEU
EMBASAMENTO TEÓRICO?
Após fazer o levantamento bibliográfico sobre o tema e o problema de pesquisa, você deve se
perguntar: por onde eu começo para registrar, no projeto, todas as informações encontradas?
É comum, ao fazer a revisão e ter contato com múltiplas possibilidades de abordagem do seu tema, que
você se sinta instigado a incluir tudo no seu capítulo mais teórico. Também é possível você se perguntar
o que deve ser destacado no trabalho. O que, de tudo o que descobriu com a pesquisa, é relevante para
a sua questão?
Imagine que você esteja fazendo uma filtragem de todas as informações obtidas. O filtro deverá ter
critérios para cumprir sua tarefa, que é selecionar informações. Como estabelecer esses critérios e
eleger o que serve inicialmente e o que deve ser guardado para um momento posterior? Você pode
pensar nesses critérios de filtragem como o problema de pesquisa. Lembre-se de que, dentro do seu
tema, você estabeleceu um recorte para pesquisar de maneira mais focada determinada questão.
Inicie uma escrita coerente, que possa evidenciar tudo aquilo que reforça e sustenta os seus
argumentos. Esteja atento aos seguintes fatores ao escrever:
CONTEXTUALIZAÇÃO E PESQUISA
Adote uma escrita com exposição linear das ideias. Você pode fazer isso partindo de um contexto mais
amplo (do seu tema propriamente dito) para o mais específico (aquilo que compete ao seu problema de
pesquisa), ou pode fazer uma descrição das principais contribuições dos autores de forma cronológica,
por exemplo.
É possível, também, partir de uma perspectiva mais global sobre como o seu tema é discutido em
diversos países e, no segundo momento, restringir para a discussão local do tema. Ou seja: situe o
leitor, torne evidente a organização lógica no seu texto.
CRIAÇÃO DE TÓPICOS
Introduza questões, articule cada uma por vez e finalize com seus argumentos em um parágrafo que
sintetize a ideia. O texto pode parecer confuso se você não demonstrar essa organização das ideias.
Escreva, espere um ou dois dias e leia o que escreveu. Perceba se faz sentido, se falta informação ou
se uma argumentação é repetida desnecessariamente.
APROFUNDAMENTO DE CONCEITOS
Dê atenção aos conceitos abordados em sua justificativa ou definição do problema de pesquisa. No
capítulo de embasamento teórico, você deve viabilizar a ampliação do entendimento do leitor sobre o
conceito que sustenta seu argumento introdutório.
REFERENCIAL TEÓRICO COM CITAÇÕES
É fundamental demonstrar que os argumentos apresentados são sustentados por outros autores. As
citações valorizam o seu trabalho e evidenciam questões relevantes.
Existem dois tipos de citação: direta ou indireta. Dentro de cada tipo, existem normas específicas para
incorporar a citação ao seu texto.
O trecho a seguir exemplifica a citação direta recuada:
Nas citações diretas, você inclui a escrita do autor tal como está na obra consultada, nas mesmas
palavras do autor. Elas devem ser incorporadas ao corpo do texto, caso tenham menos de três linhas,
apenas separadas por aspas. Ou seguir o exemplo destacado nestas linhas, caso seja uma citação
maior. Nesse caso, ela deverá ter uma letra menor, um espaçamento simples e um recuo esquerdo de
4cm. Em ambos os casos, devem ser indicados o autor, o ano e a página do trecho utilizado.
Em citações indiretas, você inclui as ideias do autor em suas próprias palavras, no corpo do texto,
indicando o nome do autor e o ano de publicação da obra em que se encontra aquele argumento.
PRODUÇÃO AUTORAL
Essa é uma importante tarefa nesse momento da escrita. Não é porque você baseia seus argumentos
em autores de referência que seus próprios argumentos estão inibidos. A tarefa consiste em “costurar”
seus argumentos com os dos autores, que validarão o que você está refletindo. É preciso articular suas
ideias com as dos autores, bem como as ideias de um autor com outro autor. Tudo isso faz do seu
trabalho um conteúdo autoral, é a teia de relações entre assuntos que você estabeleceu, com o seu
olhar.Muitos temas podem ser tratados por pessoas diferentes de um modo bem similar, mas cada um
estabelece as relações com o tema de um jeito particular. O embasamento teórico é organizado a
partir de seu ponto de vista. É preciso respeitar e preservar as ponderações dos autores, tal como
foram feitas, evitando distorcer o que disseram. Ao mesmo tempo, é preciso deixar a sua marca,
comentar os posicionamentos dos autores, complementar quando necessário, sempre de forma
coerente.
RESPEITO AOS DIREITOS AUTORAIS
Durante o processo de construção do embasamento teórico, é fundamental estar atento ao plágio.
Informe quem é o responsável pelas ideias citadas por você. Respeite um limite para fazer as citações.
Elas reforçam seus argumentos e dão bases teóricas ao seu trabalho, mas o conteúdo maior deve ser
seu, elaborado em suas palavras.
Moraes (2004) considera o plágio como a imitação de uma obra, ocorrendo um atentado aos direitos
do autor quanto à integridade e à autoria de sua criação. Atualmente, com a facilidade de acesso à
informação, o plágio passou a ser uma ação ainda mais recorrente. As buscas na internet constituem um
avanço proporcionado pela tecnologia, mas devem ser feitas preservando a autoria de cada trabalho
publicado.
Apresente um conteúdo original, contendo argumentos desenhados por você, mesmo que inspirados em
obras anteriores, cite quais são essas obras. Dê os créditos ao autor da ideia, ou da citação.
APRESENTAÇÃO DO ESTADO DA QUESTÃO
Após fazer todas as ponderações que julgar necessárias à contextualização e abordagem do seu
assunto, apresente o estado da questão. Como, atualmente, a questão abordada em sua pesquisa está
sendo vista ou desenvolvida. Quais foram as mudanças de perspectiva ao longo dos anos, que
possibilitaram a atual abordagem do tema. Evidencie em que momento e complexidade encontra-se o
seu recorte.
Essas considerações assumem a forma de sugestões que devem orientar a escrita do seu trabalho, mas
não pretendem se concretizar em um passo a passo demasiadamente hermético. Muitos são os
caminhos possíveis e as demandas de cada investigação. Porém, considerando as questões
anteriormente abordadas, sua pesquisa terá melhor embasamento, reflexão e organização.
Todas as orientações feitas nos módulos 1 e 2 consistem em ações necessárias ao planejamento da sua
pesquisa, pontos a serem destacados. Conceitualmente, esses elementos ajudam o pesquisador a
contemplar os requisitos básicos em uma investigação científica. Entretanto, são necessárias aplicações
de normas técnicas para a apresentação do projeto.
 COMENTÁRIO
No próximo módulo, serão exploradas as normas que você precisa adotar como padrão de organização
gráfica e de informações no seu projeto e nos demais trabalhos acadêmicos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERE A SEGUINTE SITUAÇÃO:
UM PESQUISADOR INICIOU AS CONSULTAS PARA A CONSTRUÇÃO DO
EMBASAMENTO TEÓRICO DE SUA INVESTIGAÇÃO. ELE FOI ATÉ A BIBLIOTECA
E SELECIONOU OS PRINCIPAIS AUTORES CLÁSSICOS QUE DISCORREM
SOBRE O SEU PROBLEMA DE PESQUISA. COM AS OBRAS SELECIONADAS,
CONSEGUIU MONTAR UM BOM ACERVO. AO INICIAR A PRODUÇÃO
CORRESPONDENTE À EXPOSIÇÃO DE SEU REFERENCIAL TEÓRICO, ELE
ESCREVEU OS ARGUMENTOS DE MODO CONTEXTUALIZADO,
ESTABELECENDO UMA LÓGICA ENTRE AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS,
COM CITAÇÕES INDICADAS DE MANEIRA PERTINENTE, SITUANDO E
ENVOLVENDO O LEITOR. COM ISSO, ELE FINALIZOU AS PÁGINAS MÍNIMAS
SOLICITADAS PELO ORIENTADOR QUE, AO LER O TEXTO, INDICOU O
ACRÉSCIMO DE INFORMAÇÕES AO CAPÍTULO, MESMO TENDO ATINGIDO O
NÚMERO MÍNIMO DE PÁGINAS PROPOSTO.
DE ACORDO COM O QUE FOI DISCUTIDO NESTE MÓDULO, O QUE PODE TER
MOTIVADO O ORIENTADOR A PEDIR A REVISÃO DO CAPÍTULO?
A) O orientador quer que ele inclua mais autores clássicos, pois é preciso mapear todos, mesmo que
não possuam relação direta com o problema estipulado, pois esses autores são fundamentais em
qualquer pesquisa acadêmica do tema.
B) O orientador não compreendeu bem seus argumentos, por esse motivo o texto precisa ser revisto.
C) O número de páginas pode ser ampliado, já que o texto ficou tão bom.
D) O orientador pediu para revisar o capítulo porque o aluno não apresentou o estado atual da questão
investigada, como ela é vista pelos autores que publicaram recentemente, mesmo que inspirados nos
clássicos.
2. NO PLANEJAMENTO E NA APRESENTAÇÃO DE UMA PESQUISA, O
EMBASAMENTO TEÓRICO NORTEIA A CONSTRUÇÃO DO(S) ITEM(NS):
A) Capítulo dedicado à escrita do embasamento e ao referencial teórico.
B) Deve fortalecer os argumentos apresentados na justificativa, parte onde se destaca a relevância do
trabalho. Incluir argumentos teóricos aqui é fundamental.
C) Deve estar disposto como fio condutor de todo o trabalho, sendo evidenciado, sempre que pertinente,
para justificar as escolhas, os recortes, a relevância do tema até a análise dos dados. Encontra lugar
privilegiado na seção dedicada à exposição da revisão bibliográfica e do embasamento teórico.
D) Tema. É por meio do embasamento teórico que se define um tema; em um segundo momento, é feito
um aprofundamento do tema para delimitar o problema, a questão a ser investigada.
GABARITO
1. Considere a seguinte situação:
Um pesquisador iniciou as consultas para a construção do embasamento teórico de sua
investigação. Ele foi até a biblioteca e selecionou os principais autores clássicos que discorrem
sobre o seu problema de pesquisa. Com as obras selecionadas, conseguiu montar um bom
acervo. Ao iniciar a produção correspondente à exposição de seu referencial teórico, ele
escreveu os argumentos de modo contextualizado, estabelecendo uma lógica entre as
informações apresentadas, com citações indicadas de maneira pertinente, situando e envolvendo
o leitor. Com isso, ele finalizou as páginas mínimas solicitadas pelo orientador que, ao ler o texto,
indicou o acréscimo de informações ao capítulo, mesmo tendo atingido o número mínimo de
páginas proposto.
De acordo com o que foi discutido neste módulo, o que pode ter motivado o orientador a pedir a
revisão do capítulo?
A alternativa "D " está correta.
Ao escrever a parte teórica da pesquisa, é fundamental demonstrar conhecimento sobre os clássicos e
as últimas produções sobre o tema/problema. É indispensável apresentar o estado da questão, como ela
está sendo analisada no contexto atual. Muitos conceitos sofrem mudanças na perspectiva de como são
vistos ao longo dos anos, por isso demonstrar que entende essa trajetória é condição essencial.
2. No planejamento e na apresentação de uma pesquisa, o embasamento teórico norteia a
construção do(s) item(ns):
A alternativa "C " está correta.
O embasamento teórico norteia todo o trabalho, até as conclusões. Existe também um espaço destinado
especialmente ao aprofundamento das questões teóricas relevantes para a pesquisa.
MÓDULO 3
 Identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao elaborar um trabalho
acadêmico
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao elaborar um trabalho
acadêmico? Para entendermos os conceitos envolvidos, vamos tomar por base uma situação prática do
mundo contemporâneo. Para tanto, vamos analisar o case a seguir:
José é biólogo e resolveu estudar em seu doutorado as consequências dos desmatamentos e das
queimadas nas áreas de cerrado, especialmente a mudança de comportamento e a diminuição de
determinadas espécimes típicos da região.
Ele detalhou em um quadro cada etapa de sua pesquisa, como viagens a campo, elaboração de
relatórios, coletas de dados, análise das informações e escrita.
Ocupou-se também de descrever quais seriam os procedimentos adotados em cada etapa de seu
estudo, além de dimensionar suas ações de acordo com uma estimativa temporal. Também elaborou um
resumo, a fim de esclarecer ao leitor, de forma suscinta, do que se tratava sua pesquisa. Assim,
começou a elaborar um texto acadêmico que continha: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Além de escrevê-lo de acordocom as seguintes orientações: digitação com fonte de cor preta e
tamanho 12 em Times New Roman, com o corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e
esquerda e com espaçamento entre as linhas configurado para 1,5 em modelo de folhas configuradas
em tamanho A4.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?
1. VOCÊ COMO ORIENTADOR IDENTIFICA QUE JOSÉ AO ESCREVER UMA
INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO DO TEXTO DE SUA
PESQUISA ESTAVA ELABORANDO:
A) os elementos textuais e elementos pós-textuais.
B) os elementos textuais.
C) os elementos pré-textuais e elementos textuais.
D) os elementos pré-textuais.
E) os elementos pós-textuais.
2. JOSÉ DIGITOU SEU TRABALHO COM FONTE DE COR PRETA E TAMANHO 12
EM TIMES NEW ROMAN, COM O CORPO DO TEXTO JUSTIFICADO, ALINHADO
ÀS MARGENS DIREITA E ESQUERDA E COM ESPAÇAMENTO ENTRE AS LINHAS
CONFIGURADO PARA 1,5 EM MODELO DE FOLHAS CONFIGURADAS EM
TAMANHO A4. JOSÉ, SABENDO QUE VOCÊ É UM ORIENTADOR, PERGUNTOU
QUAIS NORMAS ELE ESTAVA SEGUINDO. O QUE VOCÊ RESPONDEU?
A) As normas da assessoria técnica.
B) As normas profissionais.
C) As normas do padrão profissional.
D) As normas técnicas da ABNT.
E) As normas técnicas e a assessoria profissional.
GABARITO
1. Você como orientador identifica que José ao escrever uma introdução, desenvolvimento e
conclusão do texto de sua pesquisa estava elaborando:
A alternativa "B " está correta.
José ao escrever uma introdução, desenvolvimento e conclusão do texto estava elaborando a parte
escrita da pesquisa referente aos elementos textuais.
2. José digitou seu trabalho com fonte de cor preta e tamanho 12 em Times New Roman, com o
corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e esquerda e com espaçamento entre as
linhas configurado para 1,5 em modelo de folhas configuradas em tamanho A4. José, sabendo
que você é um orientador, perguntou quais normas ele estava seguindo. O que você respondeu?
A alternativa "D " está correta.
As normas técnicas da ABNT orientam para a elaboração de trabalhos os seguintes padrões: folhas
configuradas em tamanho A4; texto digitado com fonte de cor preta e tamanho 12; fonte do texto em
Times New Roman ou Arial; corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e esquerda; e o
espaçamento entre as linhas deve ser configurado para 1,5.
3. JOSÉ ESCREVEU UM RESUMO (ELEMENTO PRÉ-
TEXTUAL) PARA SEU TRABALHO. ELE FICOU COM
ALGUMAS DÚVIDAS E RESOLVEU TE PROCURAR PARA
SABER QUAIS INFORMAÇÕES O RESUMO DEVE CONTER.
QUAL FOI A SUA RESPOSTA PARA O JOSÉ?
RESPOSTA
O Resumo é uma síntese do trabalho e deve ser composto por frases objetivas, abrangendo os seguintes
pontos: objetivos, ideia central, perspectiva teórica, metodologia e resultados obtidos. O Resumo deve ser
uma construção breve, por isso, geralmente, possui indicação de quantidade de linhas ou palavras. É
necessário ser direto e destacar a construção do trabalho e os resultados obtidos. Ao final, são indicadas as
palavras-chave (que resumem as ideias principais da pesquisa).
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AS NORMAS E A SOCIEDADE
A sociedade está organizada a partir de normas, que são compartilhadas entre grupos e organizações
sociais. As normas influenciam a economia, no modo como são produzidos os alimentos, a qualidade de
produtos e serviços. Elas estão presentes no dia a dia mais do que imaginamos e possuem a finalidade
de organizar, garantir qualidade, facilitar o acesso à informação, dentre outros benefícios.
 Fonte: Paul Vasarhelyi/Shutterstock
As normas fazem parte da organização social. Quando surge a necessidade de criação de uma
norma, é porque um grupo, de algum jeito, já percebeu que a ausência de diretrizes tende a dificultar a
execução de uma tarefa ou a produção de algo.
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui os comitês técnicos responsáveis
pela elaboração, aprovação e verificação da relevância das diferentes normas que são utilizadas como
padrão para a realização de atividades nos diversos níveis da organização social.
NO CONTEXTO DA PRODUÇÃO DE PESQUISA E
CONHECIMENTO, A ABNT APRESENTA AS NORMAS PARA
PRODUÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS DOS
DIFERENTES TIPOS.
Você possui o hábito de formatar seus trabalhos acadêmicos de acordo com normas técnicas?
Geralmente segue a formatação recomendada pela universidade? Se você já está familiarizado com
tais práticas, certamente compreende um pouco da relevância dessas normas.
Com o intuito de formalizar a apresentação das pesquisas, são consideradas algumas orientações que
norteiam a formatação padronizada das informações necessárias, seja no projeto, na monografia, artigo,
entre outros.
Muito se comenta sobre a aplicação das normas ABNT, mas imagine se não houvesse norma e os
trabalhos pudessem ser apresentados da maneira que os pesquisadores quisessem!
Quais seriam as vantagens? Certamente, você pensa em flexibilidade, autonomia de formatação,
facilidade. Agora, pense sob uma nova ótica: você já fez busca de trabalhos acadêmicos na internet,
ou em uma biblioteca? Como ocorreu essa busca? Você considerou palavras-chave?
Categorização por áreas? Resumo? O que tornou possível o acesso ao acervo desejado?
É possível que você tenha usado termos conhecidos como “palavras-chave” para buscas na internet e
consultado resumos de publicações antes de fazer a leitura completa, entre outros procedimentos que
viabilizam a sua busca.
Fonte: Autor/Shutterstock
Se você consegue acessar determinado acervo bibliográfico de maneira eficaz, é porque existem
procedimentos de catalogação, o que facilita as buscas e organização das publicações. Além disso, as
normas técnicas tendem a evitar o plágio e garantir a autoria das publicações ao pesquisador. Por esses
motivos, todos os trabalhos acadêmicos devem se basear, em sua organização, pelas normas
disponibilizadas pela instituição e pela ABNT.
EM QUE CONSISTEM ESSAS NORMAS TÉCNICAS?
VERIFICAR
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As normas formalizam a apresentação dos elementos constituintes do seu projeto de pesquisa,
monografia, artigo etc. Elas também apresentam quais deverão ser as configurações gráficas da
apresentação (tamanho de fonte, espaçamento, margens, entre outras configurações). Esse padrão de
apresentação dos trabalhos é adotado por diferentes instituições no Brasil. É importante ter familiaridade
com os procedimentos de formatação, adotando o padrão até mesmo em trabalhos menores, pois
garante organização e proximidade do autor com procedimentos e normas.
 ATENÇÃO
Aqui apresentamos os procedimentos mais comuns e presentes na maioria dos formatos de trabalhos
acadêmicos. Mas você deverá ficar atento também às orientações técnicas que receberá de seu curso
ou de sua instituição, que possuem liberdade de – obedecidas as normas gerais – definir normas que
marquem a especificidade da pesquisa por eles determinada.
ELEMENTOS BÁSICOS DE UM TRABALHO
ACADÊMICO
A seguir, serão explorados os elementos básicos de todos os trabalhos acadêmicos (monografias,
dissertações, entre outros). Um trabalho científico deve se apresentar organizado da seguinte forma:
PARTE EXTERNA
Capa
Lombada
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Folha de rosto
Errata
Folha de aprovação
Dedicatória
mais...
ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências
Glossário
Apêndice
Anexos
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Folha de rosto
Errata
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Folha de aprovação
Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo
Resumo em língua estrangeira
Lista de ilustrações
Lista de tabelas
Lista de abreviaturas e siglas
Sumário
AGORA VAMOS ESPECIFICAR CADA ÁREA APRESENTADA.
 Fonte: Tero Vesalainen/Shutterstock
PARTE EXTERNA
Como pudemos perceber, costuma ser a menor parte do documento, contendo apenas dois elementos:
CAPA
Deve conter as informações na seguinte ordem: nome da instituição, nome do autor, título e subtítulo (se
houver), número do volume (se houver), cidade e ano. Consiste na apresentaçãoinicial do trabalho. O
texto deve estar em negrito, letras maiúsculas e centralizado, conforme a figura abaixo:
Fonte: Autor/Shutterstock
LOMBADA
Elemento opcional que contém em impressão longitudinal (do alto para baixo) as informações na
seguinte ordem: nome do autor, título do trabalho e informações numéricas, como volume (se houver).
As letras devem estar centralizadas e em negrito. A lombada é indicada quando o trabalho é impresso
para encadernação.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
A parte interna do trabalho inicia com os elementos pré-textuais, que devem estar posicionados
anteriormente ao texto principal e oferecem informações relevantes para a identificação e utilização do
trabalho. Os elementos são:
FOLHA DE ROSTO
Semelhante à capa. Apresenta as informações na seguinte ordem: instituição, nome(s) do(s) autor(es);
título e subtítulo (se houver); número do volume (se houver); natureza da pesquisa e aprovação ou grau
pretendido com ela; nome do orientador, coorientador (se houver); local (cidade) da entidade onde a
pesquisa deve ser apresentada; ano de entrega.
Todas as informações devem estar centralizadas na página, exceto a natureza da pesquisa, grau e
aprovação pretendidos, bem como nome do orientador. Essas informações devem estar justificadas a
partir do meio da página, ocupando o lado direito e abaixo do título, conforme imagem abaixo. O verso
da folha de rosto conterá a ficha catalográfica, elemento que deverá ser solicitado na biblioteca da
instituição, após a finalização da pesquisa.
ERRATA
Elemento opcional inserido após a conclusão da escrita do trabalho, que visa citar possíveis erros que
ocorreram, seguidos de suas respectivas correções. Geralmente, indica-se número da folha, linha, local
do erro e correção, por meio dos termos “onde se lê…”, “leia-se…”.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Obrigatória apenas em teses e dissertações.
DEDICATÓRIA
Página opcional em que o autor pode prestar uma homenagem ou dedicar o trabalho a uma ou mais
pessoas.
AGRADECIMENTOS
Elemento opcional para fazer agradecimentos a todos que contribuíram para a sua trajetória durante a
pesquisa. É importante agradecer ao orientador e à banca (se houver).
EPÍGRAFE
Elemento opcional em que o autor faz uma citação que vá ao encontro de sua pesquisa, indicando o
nome do autor da frase citada.
RESUMO
É importante destacar, em frases objetivas, a síntese do trabalho: objetivos, ideia central, perspectiva
teórica, metodologia e resultados obtidos. É orientado que o resumo seja uma construção breve, por
isso, geralmente, possui indicação de quantidade de linhas ou palavras. É necessário ser direto e
destacar os elementos essenciais. Ao final, são indicadas as palavras-chave (que resumem as ideias
principais da pesquisa).
RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Consiste na versão do seu resumo em uma língua estrangeira (geralmente em inglês). Em inglês:
ABSTRACT, em espanhol: RESUMEN, em francês: RÉSUMÉ, por exemplo. Obrigatório em dissertações
e teses.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Elemento opcional que consiste em uma relação das ilustrações contidas no trabalho de maneira
sequencial e sua página correspondente. Devem ser consideradas figuras, desenhos, esquemas,
fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, entre outros, podendo haver recomendação de lista separada
para cada um desses tipos de ilustração. Deve conter o nome da ilustração seguido da página em que
se encontra. O título desse item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página e em
negrito.
LISTA DE TABELAS
Elemento opcional elaborado de acordo com a ordem das tabelas apresentadas no texto. Deve conter
cada item com seu nome específico, seguido da indicação da página em que está inserido. O título
desse item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página e em negrito.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Item opcional que consiste na apresentação em ordem alfabética de todas as abreviaturas e siglas
utilizadas no texto, seguidas das expressões correspondentes. O título deste item deve estar em letras
maiúsculas, centralizado no início da página e em negrito.
SUMÁRIO
Elemento obrigatório que consiste na enumeração sequencial dos capítulos, seções e demais formas de
subdividir o trabalho, acompanhadas de suas respectivas páginas. Deve seguir a numeração e
subdivisão propostas no corpo do texto, iniciando pelos elementos textuais. Deve haver uma linha
pontilhada que ligue o nome do capítulo à página correspondente. Observe a figura a seguir:
ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais consistem na apresentação da pesquisa em si. Sua organização é subdividida em
três partes distintas: introdução, desenvolvimento e conclusão. Esses elementos podem estar
organizados em capítulos, dependendo do formato e objetivo do trabalho apresentado, e podem ter
diversos títulos. Por exemplo, a parte do desenvolvimento do trabalho pode ter um ou mais títulos
criados, com nomes que correspondam à pesquisa em sua abordagem.
Os títulos precisam ser numerados sequencialmente, com a numeração correspondente à seção
alinhada à esquerda, antecedendo o nome do título, separados por espaço. Dessa forma, a página que
inicia um capítulo deve conter a numeração correspondente e o nome do título alinhados à esquerda,
em negrito. Em seguida, inicia-se a escrita do capítulo e se discorre sobre ele. Havendo necessidade de
subdivisões, a numeração deverá ser adotada também, mas seguindo a ordem de seção secundária
(adotar 1.1. para a primeira subdivisão do capítulo 1; 1.2. para a segunda e assim por diante).
INTRODUÇÃO
O texto introdutório deve conter alguns elementos que apresentem sua pesquisa. É importante fazer
uma breve exposição sobre a escolha do tema, delimitando o recorte, bem como a relação do tema com
outros, quando pertinente. É necessário evidenciar o problema de pesquisa, a justificativa, os objetivos e
a hipótese. Você pode fazer isso por meio de subseções no texto introdutório ou de maneira corrida,
mas é importante que o leitor consiga perceber a presença desses elementos. Geralmente, também é
na Introdução que a metodologia deve ser evidenciada, com a descrição de cada técnica e
procedimento de pesquisa.
Os seus argumentos expostos na Introdução também devem estar pautados em seu referencial teórico.
Evidencie isso, mesmo que rapidamente, podendo ser um assunto retomado de maneira mais ampla
quando estiver escrevendo o seu embasamento teórico.
A parte dedicada à exposição da sua revisão bibliográfica pode ser organizada em capítulo separado
(como parte do desenvolvimento) ou como uma subseção da introdução, dependendo do formato do
trabalho acadêmico em questão.
DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento é a exposição de todo o corpo da pesquisa. Deve conter a articulação ordenada dos
assuntos. Apresenta-se como a parte mais extensa, em geral. Os tópicos iniciados na introdução devem
ser desenvolvidos de modo mais detalhado. Nessa parte, também são apresentados os dados
observados, a análise feita e a ótica sob a qual essa análise foi proposta, destacando como os dados
foram interpretados.
A ótica da análise deve estar delineada pelas inspirações presentes no embasamento teórico. Se a
perspectiva teórica adotada em sua pesquisa é a inspiração para elaboração de hipóteses, é a mesma
perspectiva que vai possibilitar melhor compreensão dos resultados. O desenvolvimento deve ser
organizado em seções e subseções.
CONCLUSÃO
Parte final do texto, em que são expostas as considerações finais. Muitas vezes, não se chega a uma
conclusão fechada, pois o conhecimento científico é dinâmico e aberto a novas investigações. Pode-se
adotar o termo “considerações finais” para articular os resultados da sua pesquisa, tendo em vista
objetivos, hipóteses e resposta para o problema proposto.
FORMATO DO TRABALHO ACADÊMICO
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Em projetos de pesquisa, por exemplo, Gil (2002) sugere que a revisão de literatura seja
apresentada como parte da introdução, podendo ser um subitem. Em trabalhosmaiores,
geralmente, a revisão é apresentada em capítulo próprio.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
São elementos que finalizam e completam o trabalho. Consistem na apresentação das referências,
glossário, apêndice, anexos e índice.
REFERÊNCIAS
Apresenta-se como elemento obrigatório. Reúne as informações sobre todas as fontes de consulta
citadas durante o trabalho, permitindo a identificação de cada obra. Deve conter as seguintes
informações das obras citadas, organizadas por ordem alfabética: autor, título da obra, edição, local,
editora e data de publicação. Quando houver informação adicional, deve estar evidenciada (volume, total
de páginas). Para consultas via internet, deve-se indicar também o endereço e a data de acesso do
documento.
VEJA ALGUNS EXEMPLOS DE COMO ORGANIZAR AS
INFORMAÇÕES DAS REFERÊNCIAS!
GLOSSÁRIO
Elemento opcional que apresenta eventuais expressões ou palavras de uso restrito a determinado grupo
ou de significado não muito conhecido e suas respectivas definições.
APÊNDICE
Elemento opcional que apresenta os documentos escritos pelo autor que complementam a pesquisa,
sem que represente um prejuízo à compreensão do trabalho. Devem ser identificados por letras
maiúsculas em sequência, seguidas de travessão, com o título do documento ao lado (APÊNDICE A –
Análise dos dados).
ANEXOS
São elementos facultativos e consistem na inclusão de documentos não elaborados pelo autor, que
complementam a sua pesquisa. São identificados por letras maiúsculas sequenciais, seguidas de
travessão, com seus respectivos títulos (ANEXO A – Ficha de Anamnese).
As regras anteriormente apresentadas constituem as especificidades de cada parte que deve estar
contida na maioria dos trabalhos acadêmicos. A seguir, serão exploradas as regras gerais e
recomendações para configuração gráfica do texto como um todo. Também aqui optamos por
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apresentar, exatamente, regras gerais; aquelas mais específicas (ou ainda qualquer alteração nessas
aqui apresentadas) permanecem por conta do tipo de trabalho acadêmico e da orientação das
instituições.
OS EXEMPLOS A SEGUIR SÃO AS REFERÊNCIAS
MAIS RECORRENTES:
Para obras que possuem um autor:
SOBRENOME, Nome. Título. Subtítulo da obra. Edição. Local: editora, ano de publicação.
Para obras que possuem mais de um autor:
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome. Título. Subtítulo da obra. Edição. Local: editora, ano
de publicação.
Para obras que possuem mais de três autores:
SOBRENOME, Nome et alii. Título. Subtítulo da obra. Edição. Local: editora, ano de publicação.
Para trabalhos acadêmicos:
SOBRENOME, Nome. Título do trabalho. Ano da publicação. Número do volume, total de folhas.
Graduação/Dissertação/ Tese (nome do curso - graduação/mestrado/ doutorado) – Universidade,
local, ano.
Para autor - entidade
NOME DA ENTIDADE. Título da obra. Local, ano. Número de páginas.
Para artigos e periódicos online
SOBRENOME, Nome. Título da obra. Nome da revista em que foi publicado o artigo. Cidade,
volume, número, período (meses). Ano. Disponível em: http//www.google.com/ exemplo. Acesso:
inserir data de acesso.
Para referências legislativas:
É possível que você precise citar documentos de outras fontes, não exemplificadas aqui. Consulte
as normas da ABNT NBR 6023:2018 ou o documento com as orientações próprias da instituição
em que ocorre a pesquisa. Elas têm liberdade, inclusive, de definir se as referências dizem
respeito apenas às obras citadas na pesquisa, àquelas que foram consultadas. E, ainda, se
utilizadas como citação direta, ou também em citação indireta.
NORMAS TÉCNICAS GERAIS
Seu trabalho deve ter:
1 Folhas configuradas em tamanho A4
2 Texto digitado com fonte de cor preta e tamanho 12
3 Fonte do texto em Times New Roman ou Arial
4 Corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e esquerda
5 O espaçamento entre as linhas deve ser configurado para 1,5
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 DICA
Para as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas de ilustrações e
tabelas, o espaçamento entre as linhas deve ser simples;
Para as notas de rodapé, legendas, paginação e citações com mais de três linhas, recomenda-se
uma fonte menor do que a do corpo do texto (utilizar tamanho 11 ou 10 para as citações e 10 para
nota de rodapé).
A configuração de margem deve atender às seguintes orientações:
1 Margem superior e esquerda com 3cm
2 Direita e inferior com 2cm
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
A numeração das páginas deve considerar a seguinte lógica:
1
Indicar, no canto superior direito da folha, a numeração sequencial expressa em
algarismos arábicos.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Os trabalhos são divididos em:
1 Elementos pré-textuais
2 Textuais
3 Pós-textuais
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
A numeração visível na folha é indicada a partir dos elementos textuais, até os pós-textuais. Os
elementos pré-textuais devem ser contados (exceto a capa), porém não numerados.
Para organização das seções, é recomendada a numeração dos títulos e subtítulos (seções primárias,
secundárias etc.). Considere o exemplo a seguir, de acordo com ABNT NBR 6024:2003.
1 SEÇÃO PRIMÁRIA (CAIXA ALTA, NEGRITO, TAMANHO 12)
1.1 Seção secundária (Caixa baixa, negrito, tamanho 12)
1.1.1 Seção terciária (Caixa baixa, itálico, negrito, tamanho 12)
1.1.1.1 Seção quaternária (Caixa baixa, itálico sem negrito, tamanho 12)
1.1.1.1.1 Seção quinária (Caixa baixa, sem negrito, tamanho 12)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Na imagem, é observado um exemplo de aplicação de todas as orientações anteriores: texto justificado,
margens configuradas conforme orientação, fonte configurada na cor e tamanho adequados,
espaçamento entre linhas, exemplo de citação recuada (com fonte menor, espaçamento simples e
recuo), nota de rodapé (com fonte menor e espaçamento simples) e paginação.
No vídeo a seguir, conheceremos os elementos básicos do trabalho acadêmico:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERE O TRECHO A SEGUIR:
“ESTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO REFLETIR SOBRE A AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL, ESTABELECENDO COMO RECORTE OS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE
JANEIRO. É FEITA UMA CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E INVESTIGAÇÃO DAS
FORMAS COMO ESSA PRÁTICA VEM SENDO PROPOSTA NAS ROTINAS
ESCOLARES. AS CONSIDERAÇÕES DE ESTEBAN (2003), PERRENOUD (1999) E
LUCKESI (2009) DÃO SUSTENTAÇÃO TEÓRICA A ESTA PESQUISA.
SÃO ADOTADOS COMO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A ANÁLISE
DOCUMENTAL DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO E RELATÓRIOS,
OBSERVAÇÃO DIRETA NO COTIDIANO DAS TURMAS SELECIONADAS E
ENTREVISTAS COM OS PROFISSIONAIS SOBRE PRÁTICAS E CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO. OS RESULTADOS PARCIAIS SUGEREM UMA PRÁTICA
TRADICIONAL QUE TENDE A LIMITAR A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM A
MOMENTOS ESTANQUES, ATRAVÉS DE POUCOS E PONTUAIS INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO, EXCLUINDO-SE AS OBSERVAÇÕES COTIDIANAS DE
DESEMPENHO DOS ALUNOS.
ESTE MODELO APRESENTA-SE COMO INSUFICIENTE E EXCLUDENTE, POIS A
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA DESTA PESQUISA É
CONCEBIDA COMO UM PROCESSO CONTÍNUO E INCLUSIVO, QUE LANÇA MÃO
DE DIFERENTES INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS CLAROS.
O TRECHO ANTERIOR É UM EXEMPLO DE QUAL ELEMENTO DE UM TRABALHO
ACADÊMICO?
A) Introdução, contida nos elementos textuais.
B) Introdução, contida nos elementos pré-textuais.
C) Resumo, contido nos elementos textuais.
D) Resumo, contido nos elementos pré-textuais.
2. SÃO CONFIGURAÇÕES GERAIS SUGERIDAS PELAS NORMAS DA ABNT:
A) Espaçamento entre linhas simples no corpo do texto, fonte tamanho 13 (Arial ou Times), cor preta,
papel tamanho A4, com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.
B) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel
tamanho ofício,com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.
C) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel
tamanho A4, com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.
D) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel
tamanho A4, com margens superior e esquerda com 2cm; direita e inferior com 3cm.
GABARITO
1. Considere o trecho a seguir:
“Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a Avaliação Educacional, estabelecendo como
recorte os anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação do Rio de
Janeiro. É feita uma contextualização do tema e investigação das formas como essa prática vem
sendo proposta nas rotinas escolares. As considerações de Esteban (2003), Perrenoud (1999) e
Luckesi (2009) dão sustentação teórica a esta pesquisa.
São adotados como procedimentos metodológicos a análise documental dos instrumentos de
avaliação e relatórios, observação direta no cotidiano das turmas selecionadas e entrevistas com
os profissionais sobre práticas e critérios de avaliação. Os resultados parciais sugerem uma
prática tradicional que tende a limitar a avaliação da aprendizagem a momentos estanques,
através de poucos e pontuais instrumentos de avaliação, excluindo-se as observações cotidianas
de desempenho dos alunos.
Este modelo apresenta-se como insuficiente e excludente, pois a avaliação da aprendizagem na
perspectiva desta pesquisa é concebida como um processo contínuo e inclusivo, que lança mão
de diferentes instrumentos e critérios claros.
O trecho anterior é um exemplo de qual elemento de um trabalho acadêmico?
A alternativa "D " está correta.
O resumo faz parte dos elementos pré-textuais. Na sequência, o resumo é definido como aquele que
contém, em frases objetivas, a síntese do trabalho: os objetivos, a ideia central, perspectiva teórica,
metodologia e os resultados obtidos.
2. São configurações gerais sugeridas pelas normas da ABNT:
A alternativa "C " está correta.
As configurações devem seguir o exposto na letra C, em relação a espaçamento, espaço entre linhas,
fonte, margens.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os conceitos explorados no módulo 1 colaboram para a escrita do seu projeto de pesquisa, fase
fundamental de reflexão e estabelecimento de diretrizes. O módulo 2 possibilitou um contato com
estratégias de leitura e construção dos argumentos teóricos, bem com a forma como esses argumentos
devem delinear sua pesquisa, desde o planejamento até a análise dos dados e conclusão. Ao final deste
tema, você refletiu sobre as vantagens de se adotar normas técnicas para a apresentação das
pesquisas e como isso facilita o acesso à informação, a diminuição do plágio e a catalogação de
pesquisas acadêmicas. A partir disso, foram apresentadas e exemplificadas as normas da ABNT que
servem de padrão para a apresentação da sua pesquisa.
A partir das reflexões aqui propostas, estabeleça seu cronograma de estudos, inicie as leituras, a revisão
bibliográfica e escrita do seu projeto. Realizar essas ações de maneira antecipada garante que você
faça o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de forma mais tranquila, segura e leve.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6024: informação e
documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de
Janeiro, 2003.
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1985.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS,
2009.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MINAYO, Maria Cecília de Sousa (Org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 28. ed.
Petrópolis: Vozes, 2009.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia científica. 5. ed.
São Paulo: Atlas, 2003.
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em
ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: UFMG, 1999.
MORAES, Rodrigo. O plágio na pesquisa acadêmica: a proliferação da desonestidade intelectual.
In: Revista Diálogos Possíveis. Bahia, ano 3. N. 01, p. 91-109. Jan/Jun 2004.
ROMANOWSKI, Joana Paulim, Romilda Teodora Ens. As pesquisas denominadas do tipo “Estado da
arte” em educação. In: Diálogo Educacional, Curitiba, v.6, n.19, 37-50, 2006.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
VEIGA-NETO, Alfredo. É preciso ir aos porões. In: Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro,
v.17, n.50, p.267-492, maio/ago. 2012.
EXPLORE+
Como vimos ao longo da exploração deste tema, a pesquisa é uma importante via para se produzir
conhecimento e buscar a compreensão da realidade. Para ampliar seus conhecimentos sobre a
complementaridade entre as práticas educativas e a pesquisa, é importante ver como Pedro Demo
articula o tema em seu livro Educar pela Pesquisa.
Conforme explorado no módulo 3, é orientado que se adote normas técnicas para a apresentação da
sua pesquisa. Para melhor apropriação dessas normas e de como elas são propostas, explore o
catálogo da ABNT. Além das normas apresentadas, confira, especialmente: NBR 6027, NBR 6028, NBR
6034, NBR 10520, NBR 12225, NBR 14724, NBR 15287.
Como essas normas geralmente sofrem atualização, e são muito detalhadas, você deve pesquisar uma
versão digital que apresente todas as normas de modo organizado. Uma boa opção é o Manual de
Normalização do Trabalho Acadêmico do IFB (Instituto Federal de Brasília).
CONTEUDISTAS
Monise da Silva Nascimento
Geórgia Gomes Vicente

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