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1 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos Profa. Eulene Francisco Silva Geologia/Ecologia - UFERSA/RN 2 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 1. Objetivos Esta instrução normativa tem como objetivo normatizar a simbologia usada em perfis individuais de sondagens e seções geológicas. 3 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 2. Critérios para elaboração da simbologia 2.1 É possível representar todos os tipos de solos e rochas através da utilização de símbolos, que combinados resultarão em símbolos compostos, representando os diversos tipos de variações litológicas existentes. 4 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 2. Critérios para elaboração da simbologia 2.2 Os símbolos deverão ser representados com orientação paralela à esquadria do desenho. Não deve ser levado em consideração o fato das formações estarem inclinadas ou dobradas. 5 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 2. Critérios para elaboração da simbologia 2.3 O uso da simbogia não exime da necessidade da descrição dos materiais representados, com todos os dados que os caracterizem. 6 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 3.1 O critério a ser seguido na elaboração da simbologia é a classificação granulométrica. Nos casos de ocorrências de talus, aluvião, coluvião, etc (termos genéticos) a simbologia deve ser representada com base na classificação granulométrica. 7 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 3.2 Os símbolos para a argila, silte, aréia e pedegulhos são representados a seguir: 8 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 3.3 A maior ou menor porcentagem de uma fração é representada por uma maior ou menor freqüência do símbolo, exceção feita para a argila, que deverá ser representada por linhas paralelas tracejadas quando tiver ocorrência secundária. 9 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 3.4 A maior ocorrência de pedregulho é representada pelo símbolo sombreado. 10 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 3.5 Na ocorrência de areias deve ser usados inicias “F” para fina, “M” para média e “G” para grossa, de acordo com a granulometria de que são compostas. A seqüência das inicias indicará a predominância das frações granulométricas. 11 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 12 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 3.6 Aterro deve ser representado por uma simbologia baseada em termos granulométricos. É imprescindível a indicação de aterro a parte. 13 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 3.7 Símbolos de restos de vegetais e conchas devem complementar a litologia a que pertencem quando se fizer necessário. 14 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 3.8 A seguir são apresentados composições dos símbolos simples representando alguns tipos de solos: 15 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 3. Materiais inconsolidados 16 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 4. Rochas Sedimentares 4.1 O critério de classificação utilizado para representação das rochas sedimentares teve como base a gênese dos materiais. A representação das unidades litológicas serão a partir de um paralelo de linhas horizontais paralelas: 17 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 4. Rochas Sedimentares 4.2 Quando ocorrem rochas alteradas (em função da ocorrência da rocha), o padrão do item 4.1 será o mesmo, sendo substituído as linhas paralelas contínuas por linhas paralelas tracejadas: 18 4. Rochas Sedimentares 4.3 A seguir são representados os símbolos para as rochas sedimentares: 19 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 4. Rochas Sedimentares 4.4 A combinação de símbolos simples permite a representação de tipos litológicos, como um arenito siltico-argiloso, no qual o símbolo composto resulta da combinação de três símbolos simples: 20 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 4. Rochas Sedimentares 4.5 Para casos específicos, onde novos símbolos deverão ser utilizados, podem ser criados compostos a partir dos símbolos simples existentes: 21 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.1 O critério de classificação utilizado para representação das rochas ígneas teve como base a gênese dos materiais, sendo divididas quanto à forma de jazidas (intrusivas e extrusivas) e quanto à composição química (ácidas, intermediárias e básicas). 22 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.2 Os símbolos de rocha alterada são compostos seccionando-se os símbolos de rochas sã: 23 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.3 A seguir estão representados os seis símbolos criados para as rochas sã e seus correspondentes alterados: 5.3.1 Rochas Intrusivas a) Ácidas (> 65% de SiO2) 24 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.3.1 Rochas Intrusiva b) Intermediárias (65 a 52% de SiO2): 25 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.3.1 Rochas Intrusiva c) Básicas (52 a 45 % de SiO2): 26 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.3.2 Rochas Extrusivas a) Ácidas (> 65 % de SiO2): 27 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.3.2 Rochas Extrusivas b) Intermediárias ( 65 a 52 % de SiO2): 28 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.3.2 Rochas Extrusivas c) Básicas ( 52 a 45 % de SiO2): 29 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 5. Rochas Ígneas 5.3.3 Podem ser criados símbolos compostos de acordo com a necessidade da representação: 30 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 6. Rochas Metamórficas 6.1 O critério de classificação utilizado para representação das rochas ígneas teve como base a gênese dos materiais, sendo estabelecido um critério padrão a partir do qual serão representados todas as simbologias. 31 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 6. Rochas Metamórficas 6.2 Linhas verticais, contínuas e sinuosas representam o padrão de rocha metamórfica. A rocha alterada será representada por linhas verticais, tracejadas e sinuosas: 32 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 6. Rochas Metamórficas Como exemplo a representação para gnaisse seria: 33 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 6. Rochas Metamórficas 6.3 A seguir estão representados símbolos de rocha metamófica: 34 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos 6. Rochas Metamórficas 6.3 A seguir estão representados símbolos de rocha metamófica: 35 Instruções normativas para o uso de simbologias em perfis geológicos6. Rochas Metamórficas 6.3 A seguir estão representados símbolos de rocha metamófica: 36 7. Diversos 7.1 Algumas das representações gráficas não participam dos critérios de classificação propostos. Pela importância desses símbolos na elaboração de perfis de sondagens e seções geológicas, são apresentados a seguir: 37 Símbolo Caverna: Fratura/Falha/Junta/Junta estratificada/Fratura inclinada Símbolo em planta A seta conectando dois símbolos de junta é apenas utilizada em planta. Ele mostra quando a caverna cruza a mesma junta diversas vezes ou quando ela segue a junta. Use símbolos geológicos somente quando se tem o domínio da terminologia. 38 Dobras PB 39 Simbologia de dobras Ângulos Mecanismos de formação das dobras 40 NOÇÕES SOBRE CONFECÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE MAPAS E PERFIS GEOLÓGICOS Introdução Mapas Geológicos Perfis Geológicos Mapas Geotécnicos INTRODUÇÃO “O termo mapa e carta referem-se aos documentos cartográficos que reúnem as informações pertinentes a um ou mais aspectos do meio ambiente (meio físico, biótico ou antrópico).” INTRODUÇÃO “Dentre os diferentes aspectos do meio ambiente, que são registrados em mapas e cartas, um grupo considerável está relacionado ao meio físico que são as rochas, os solos, as águas, o relevo entre outros.” INTRODUÇÃO Em um mapa é importante ter o conhecimento de sua escala. Dependendo dessa escala os trabalhos podem ser: •Escalas de síntese ou de integração de dados em nível continental ou nacional: 1:10.000.000; 1:5.000.000; 1:2.500.000. •Escalas de síntese ou de integração ou de compilação de dados em nível regional: 1:1.000.000; 1:500.000. •Escalas de mapeamento geológico em nível de reconhecimento regional: 1:500.000 (Amazônia) e 1:250.000. INTRODUÇÃO Em um mapa é importante ter o conhecimento de sua escala. Dependendo dessa escala os trabalhos podem ser: •Escala de mapeamento geológico de semi-detalhe: 1:25.000. •Escala de mapeamento geológico de detalhe: 1:10.000; 1:5.000; 1:2.000. •Escala de mapeamento geológico de ultradetalhe: 1:1.000 e maiores. INTRODUÇÃO “As escalas de detalhe e ultradetalhe são comumente utilizadas nas etapas de projetos de localização e avaliação (quantificação e qualificação) de depósitos minerais, em trabalhos de geotécnica (estradas, aeroportos, urbanização....), de mapeamento de minas e outros.” MAPAS GEOLÓGICOS “É aquele que mostra a distribuição dos tipos de rochas e das estruturas geológicas como fraturas, falhas, dobras, posição das camadas etc.” MAPAS GEOLÓGICOS • É sempre acompanhado por uma coluna estratigráfica; • Na interpretação do mapa não apresentam o estado de alteração das rochas e nem a existência de solos sobre elas; MAPAS GEOLÓGICOS • Seções geológicas – corte teórico na crosta terrestre num plano vertical representando a distribuição das rochas neste plano; • Coluna estratigráfica – apresentação ordenada das formações geológicas por idade, da mais nova a mais antiga, de cima para baixo; “Os mapas são construídos a partir de mapas topográficos, fotografias aéreas e/ou imagens de satélites.” MAPAS GEOLÓGICOS Exemplos de mapas geológicos do Brasil definidos por idades das rochas. Fonte: DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral. “Os limites ou contatos entre as diversas camadas possuem contorno paralelo ou coincidente com as curvas de nível.” Mapas Geológicos com Camadas Horizontais Unidade Litoestratigráfica Unidade Bioestratigráfica Unidade Cronoestratigráfica Unidade Geocronológica UNIDADES ESTRATIGRÁFICAS EM MAPAS GEOLÓGICOS Estratigrafia é o ramo da geologia que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que os formaram. Ou seja, descrição dos corpos rochosos que formam a crosta terrestre e sua formação em unidades mapeáveis e uteis. “É uma subdivisão das rochas da crosta terrestre, distinguida e delimitada com base em caracteres litológicos.” Unidade Litoestratigráfica Unidade Litoestratigráfica • Grupo: é um conjunto de formações com alguma semelhança entre si; • Formação: é uma unidade mapeável representando um tipo ou um conjunto de rochas com alguma semelhança entre si, podendo ser facilmente identificada e representada em um mapa na escala 1:25.000. Normalmente leva o nome local onde foi descrita: Formação Jandaíra, Formação Açu etc; Unidade Litoestratigráfica • Membro: é uma subdivisão de formação; • Camada: é a menor unidade de descrição reconhecível no campo. “É um pacote de camadas caracterizado pelos fósseis nele contidos e contemporâneos a sua acumulação.” • Zona: É a unidade fundamental de mapeamento bioestratigráfico. Unidade Bioestratigráfica “É uma subdivisão das rochas considerada como registro de um intervalo específico de tempo geológico.” •Sistema: É a unidade fundamental cronoestratigráfica; • Série: É uma subdivisão de sistema; • Andar: É uma subdivisão de série. Unidade Cronoestratigráfica “É uma divisão do tempo, distinguida com base no registro litológico, expresso pelas unidades cronoestratigráficas.” Unidade Geocronológica • Eon: é a primeira divisão do tempo geológico, exs.: Pré- Cambriano (Arqueano, Proterozóico) e Fanerozóico; • Era: divisão do tempo geológico abaixo do Eon e acima do Período, exs.: Neoproterozóica, Paleozóica, Mesozóica, Cenozóica; • Período: é a unidade fundamental geocronológica, exs.: Triássico, Jurássico, Cretáceo, Neógeno; • Época: é uma subdivisão de período, exs.: Cretáceo Inferior e Superior,Mioceno, Plioceno, Holoceno; e • Idade: é uma subdivisão de época, exs.: Aptiana, Albiana, Daniana. Unidade Geocronológica “Representa um corte teórico em um plano vertical representando a distribuição de rochas e solos neste plano.” PERFIS GEOLÓGICOS “Os perfis são elaborados para se ter uma idéia da natureza e disposição das camadas em profundidade, assim sendo úteis para definir espessura e inclinação de camadas, contato entre diferentes rochas etc.” PERFIS GEOLÓGICOS PERFIS GEOLÓGICOS Seção e perfil geológico representando os depósitos constituintes das falésias da Praia Rasa. Fonte Projetos Caminhos Geológicos do DRM/RJ - http://www.drm.rj.gov.br/item.asp?chave=34 MAPAS GEOTÉCNICOS “É um tipo de mapa geológico que fornece uma representação geral de todos aqueles componentes de um ambiente geológico de significância para o planejamento do solo e para projetos, construções e manutenções quando aplicados à engenharia civil e de minas.” MAPAS GEOTÉCNICOS “Integrar dados relativos às propriedades físicas e ao comportamento mecânico dos solos num contexto geológico.” “Auxiliar na definição e fiscalização da ocupação territorial das regiões racionalmente” UNIDADES DE MAPEAMENTO • Complexo litológico (LC, “lithological complex”): é um conjunto de tipos litológicos relacionados geneticamente e desenvolvidos sob específicas condições paleogeográficas e geotectônicas, usa escalas entre 1:10.000 a 1:200.000; •Seqüência litológica (LS, “lithologial suite”): compreendem muitos complexos litológicos e se desenvolve sob condições geralmente similares, paleogeográficas e tectônicas, usa escalas < 1:200.000. MAPAS GEOTÉCNICOS “São adequados para o planejamento da ocupação urbana, em planos diretores ou loteamentos, e mesmo da ocupação rural. Normalmente utilizam-se escala 1:25.000 a 1: 100.000.” UNIDADES DE MAPEAMENTO “Princípios para classificação de rochas e solos para mapeamento geotécnico.” UNIDADES DE MAPEAMENTO • Tipo geotécnico (ET, “engineering geological type”): tem o mais alto grau de homogeneidade quanto aos caracteres litológicos e no estado físico, usa escalas grandes (exs. 1:2.000); • Tipolitológico (LT, “lithological type”): é homogêneo na composição, textura e estrutura, mas normalmente não é uniforme no estado físico, usa escalas de 1:5.000 a 1:10.000; Representação gráfica das unidades de mapeamento. Fonte: Oliveira & Brito (1998). Cartas de Recomendação de uso do Solo 1 • Coleta de informações de ciência da terra e a preparação de mapas bases; 2 • Desenvolver mapas interpretativos para cada problema, usados para identificar problemas específicos; 3 • Cálculo dos custos sociais (em dólares) para cada tipo de desenvolvimento e cada condição geológica. Custo social – soma de todos os custos atribuídos ao problema; Cartas de Recomendação de uso do Solo 4 • Totalização de todos os custos esperados para todas as condições e para cada uso da terra; 5 • Distribuição das somas destes custos sobre um mapa. Cartas para Loteamento “Divisão em unidades homogêneas a partir de critérios geomorfológicos e de declividade. A subdivisão destas estaria baseada na litologia.” Cartas de Risco “Como exemplos, têm: carta de risco sísmico, de colapso, de inundação, de movimentos de massa e erosão e outros semelhantes.” Carta para Disposição dos Rejeitos Sólidos e Líquidos “Análise de terrenos quanto à disposição dos rejeitos sépticos de baixa periculosidade, tanto domésticos quanto industriais.” Carta de Fundações “Refere-se ao detalhamento das fundações ou áreas de influência de alguma obra.” Cartas para Geologia Ambiental “Caracterização do meio físico, principalmente em termos de geologia e materiais de cobertura.” Cartas de Problemas Específicos “Por exemplo, “Problemas de mapeamento geológico-geotécnico em encosta com favela de alta densidade populacional”. AEROFOTOGEOLOGIA São os estudos geológicos do terreno, realizados através de fotos aéreas, com a finalidade de determinar a constituição do subsolo. Assim, leva-se o campo para o escritório.
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