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P á g i n a | 1 TAQUIARRITMIAS São arritmias cardíacas na qual o ritmo de base não é o ritmo sinusal e a frequência cardíaca é superior a 100 batimentos por minuto. A faixa de normalidade da frequência cardíaca é entre 50 e 100 bpm. CLASSIFICAÇÃO 1. Olhar o QRS: QRS estreito = supraventricular QRS largo = ventricular (mais grave) 2. Olhar intervalo RR: RR regular (mesma distância entre os intervalos) RR irregular (distância entre os intervalos varia) 3. Observar ainda, se a taquicardia está sempre no ECG do paciente, ou se só aparece as vezes: o Paroxística: paciente com ECG normal e de repente taquicardiza (fazer cópia do ECG durante a taquicardia) o Permanente: o ECG do paciente está sempre alterado, mesmo que não esteja sentindo nada. Ela não some sem tratamento. FISIOPATOLOGIA: O nó AV em algumas pessoas tem mais de uma fibra, apresenta fibras alfa (lenta) e fibras beta (rápida). Quando estímulo está passando pela via rápida e breca no nó AV, caso ocorra extra-sístole a outra via (lenta) também é estimulada. Uma via fica ativando a outra e causando o mecanismo de reentrada, e assim, muitos estímulos vão para o ventrículo porque não tem mais o breque, causando a taquicardia. Mecanismo de reentrada ➔ não há breque do AV. CLASSIFICAÇÃO DAS TAQUIARRITMIAS 1. Supraventriculares (QRS estreito): traquiarritmias que ocorrem do nó AV para cima. As supra passam pelo nó AV e produzem batimentos ventriculares semelhantes aos normais. originadas nos átrios ou nó atrioventricular o Taquicardia Sinusal (TS): ECG normal, porém com frequência aumentada o Taquicardia Atrial o Taquicardia Atrial Multifocal o Taquicardia Supraventricular Paroxística (TSVP): taquicardíaco de repente, e depois desaparece, vai variando esse ciclo o Fibrilação Atrial (FA): arritmia mais comum em idosos P á g i n a | 2 Instabilidade hemodinâmica: síncope, dispneia, angina, alteração no nível de consciência, hipotensão com PAS < 90. o Flutter atrial 2. Ventriculares (QRS largo): o Taquicardia Ventricular (TV): TV Monomórfica Não Sustentada; TV Monomórfica Sustentada; TV Polimórfica o Fibrilação Ventricular (FV) o Flutter ventricular TRATAMENTO DAS TAQUIARRITMIAS, primeira coisa que deve ver é: paciente é estável ou instável hemodinamicamente? - Antiarrítimicos: amiodarona, Propafenona, betabloqueador, BCC, etc - Cardioversão elétrica (CVE): organização do ritmo cardíaco - Desfibrilação: organização do ritmo cardíaco - Ablação: tratamento com alta frequência para destruir o foco da arritmia - CDI (cardiodesfibrilador implantável): desfibrilador implantado no coração em casos de arritmias graves, que pode levar a um infarto e posterior óbito. Não é uma cura para arritmia, apenas impede que o paciente tenha uma morte súbita. Não é recomendado em pacientes com arritmias diárias. - Overdrive: excesso de descarga elétrica o CARDIOVERSÃO ELÉTRICA: aplicação de um choque de corrente elétrica contínua sobre o tórax ➔quando o QRS inicia, dispara o choque. Consiste em despolarizar simultaneamente todas as fibras miocárdicas quando elas estão em SÍSTOLE, interrompendo o mecanismo de reentrada. Restaura o impulso cardíaco de forma coordenada. Pode ser feita em arritmias: Estáveis; instáveis com pulso Não adianta usar em pacientes SEM pulso, em parada cardíaca, pois o estimulo elétrico só é liberado quando surge o QRS. É o mesmo aparelho do desfibrilador, só aperta a tecla sinc, e então, ele passa a estimular continuamente o paciente. o DESFIBRILAÇÃO: Aplicação de corrente elétrica não sincronizada ao músculo cardíaco. O choque pega em qualquer momento, as fibras que estavam em diástole entram em sístole e as em sístole, permanecem em sístole. O choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio. Permite ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco interrompendo a reentrada. Pode ser feita em: PCR→ Taquicardia Ventricular ou Fibrilação Ventricular Obs.: em casos de AESP (atividade elétrica sem pulso) ou Assistolia, não deve fazer nem cardioversão e nem desfibrilação, fazer RCP e adrenalina. OBS.: Diferença entre desfibrilação e cardioversão: se o paciente está fibrilando ou em taquicardiaventricular, é uma situação mais grave (não tem ritmo organizado), então o choque já é emitido na hora, em qualquer fase (não sincroniza com o QRS)➔ desfibrilação. Já na cardioversão, o choque só será disparado quando detectar o QRS (paciente tem pulso). RITMO SINUSAL: Ondas P precedendo cada QRS; Enlace A/V; Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS); Frequência entre 60 e 100 bpm P á g i n a | 3 TAQUICARDIAS SUPRAVENTRICULARES 1. TAQUICARDIA SINUSAL: Geralmente o problema não está no coração, a taquicardia é causada por algum fator externo. Diagnóstico Eletrocardiográfico: Frequência acima de 100 bpm; Ritmo regular; Presença de onda P positiva em D1 e D2; QRS estreito o Diagnóstico Clínico: Palpitações, não ocorrem “falhas”. Associada a causa desencadeante (não é cardíaca). Início e término não abruptos (a FC sobre e desce devagar). Exame físico: taquicardia. Geralmente, tratando a causa de base, volta ao normal. A FC vai crescendo lentamente. o Etiologias: - Fisiológica: infância, exercício, ansiedade, emoções, estresse - Farmacológica: Atropina (inibe a acetilcolina/parassimpático), adrenalina e beta-agonistas. Café, fumo, álcool, drogas ilícitas (cocaína) Obs.: o veneno de rato causa aumento da acetilcolina, e quando ocorre intoxicação por ele, deve usar atropina - Patológica: choque, infecções, anemia, hipotireoidismo, IC, febre, hipovolemia, TEP Obs.: taquicardia sinusal + dispneia súbita sem edema de MMII ou ortopneia = TEP o TRATAMENTO: tratar a doença base ➔ não existe uma droga específica 2. TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA (TSVP): Taquiarritmia benigna, tem início abrupto. Paciente sente a palpitação e quando chega no PS já desapareceu (entra e sai), diagnóstico é complicado. Diagnóstico Eletrocardiográfico: FC > 120 bpm. Ritmo regular (RR regular). QRS geralmente estreito. Ausência de onda P ➔ existe, só não consegue ver) Pseudo-S parede inferior Pseudo-R em V1 Diagnóstico Clínico: Palpitações intensas no pescoço e tórax. Início e término abruptos. Dispneia e até dor torácica. Lipotimia e Síncope. Exame físico: pulso regular e taquicárdico o TRATAMENTO: (tem uma hierarquia de tratamento, começa pelo não medicamentoso) - 1º- Manobra vagal: tentativa não farmacológica e não elétrica. É uma tentativa de tentar estimular o n. vago (libera acetilcolina no nó AV), é bradicardizante, interrompe a reentrada e o paciente normaliza ➔Valsava; Massagem no seio carotídeo; Água gelada na face (em crianças estimula o P á g i n a | 4 choro, e ativa o n. Vago) - 2º- Bloquear via lenta (alfa) ▪ ADENOSINA (6 mg → 12 mg): melhor droga para bloquear o nó AV, frequência cai rapidamente. Deve fazer acesso muito próximo ao coração, porque dura poucos segundos (paciente com o braço erguido) ▪ BCC (Verapamil) ▪ Beta-bloqueador (Metoprolol e Esmolol) ➔ EV para rápida resolução - 3º CVE: se houver instabilidade hemodinâmica OU caso os tratamentos acima não tiverem funcionado. 3. FIBRILAÇÃO ATRIAL: Arritmia cardíaca mais frequente na prática clínica, tem prevalência de 1,5 a 2% na população geral e aumenta com a idade, chegando a 8% em indivíduos com 80 anos. 33% de todas as internações por arritmias. Complicação frequente no PO de cirurgia cardíaca. Frequentemente associada a doenças estruturais do coração, prejudicando o estado hemodinâmico. Ocorre quando o átrio começa a disparar em vários locais. O nó SA dispara e existem algum outro foco no átrio mandando estímulo também (como se tivesse um monte de marca-passos no átrio). Esses focos se despolarizam antes do sistema excito condutor, e acabamos perdendo esse sistema, o nó SA não comanda mais e não temos mais a onda P. É taquiarritmia caracterizadapela atividade elétrica atrial caótica e consequente deterioração progressiva dos mecanismos funcionais dos átrios, resultando na inibição do ritmo sinusal e em sístoles atriais ineficazes. As evidências apontam para mecanismos de reentradas intra- atriais múltiplas e contínuas como sendo a base da FA. Quando o paciente tem FA o sangue fica estático no local, pode formar um coágulo. Caso o paciente “escape” da FA e entre em ritmo sinusal, o trombo vai principalmente para o SN central e causa AVC. Pode voltar ao ritmo sinual espontaneamente, o embolo se desprende e pode causar AVC cardioembólico. Diagnóstico Eletrocardiográfico: Frequência acima de 100 bpm (pode estar boa se estiver fora da crise). Ritmo IRREGULAR. Ausência da onda P (ondas “f”). QRS estreito o TRATAMENTO (IMPORTANTE!) P á g i n a | 5 o FA > 48 h (estável)➔ Controle da FC (se alta resposta) ou Reversão à ritmo sinusal➔ CVE ou química (propanolol ou amiodarona). Somente após 4 a 6 semanas de ACO ou ECO TE descartando trombo o FA < 48 h (estável)➔Reversão à ritmo sinusal o FA > ou < 48 h (INSTÁVEL)➔CVE 1º. Controle da FC (resposta ventricular) ➔ bloquear o nó AV o Beta-bloqueador (preferível) o BCC (Verapamil ou Diltiazem) ➔ tomar cuidado com pacientes com ICC o Digitálicos (Digoxina) [ escolha na ICC com FA] o Amiodarona ➔ cuidado com reversão 2º.Controle de ritmo (reversão à ritmo sinusal). Deve reverter assim que possível, pois se tiver muitas FA’s tem remodelamento cardíaco e crescimento do coração. : o Reversão química: PROPAFENONA ou AMIODARONA (melhor) o Reversão elétrica: CARDIOVERSÃO ELÉTRICA I. Se o paciente tiver instabilidade hemodinâmica (deixa na UTI e tem que fazer CVE. Tem que sedar) II. Se o paciente tiver estabilidade hemodinâmica com alta resposta ventricular: ECO transesofágica sem trombos e anticoagulação prévia por 4 a 6 semanas. **Se foi aguda (<48 horas, pode fazer CVE, por que não deu tempo de formar trombo) Ex: Sr. José chegou ao pronto socorro sentindo palpitações, e sem sinais de instabilidade. O pulso demonstra frequência cardíaca acelerada e irregular. No ECG demonstra FC de 150 bpm, com QRS irregular e ausência de onda P ➔ FA estável com resposta ventricular aumentada. Faz controle da FC, faz o escore para ver se anticoagula e depois decide se vai reverter o ritmo para sinusal. Ex: Sr. Joaquim chegou ao pronto socorro pálido, cansado, confuso, com hipotensão. O pulso está muito taquicárdico e irregular. No ECG a FC é de 160. ➔ FA instável com alta resposta ventricular. Faz a CVE 3º. Terapia Antitrombótica (Anticoagulação): o Varfarina (inibidor de vit K) o Dabigatrana (inibidor direto de trombina) o Rivaroxabana (inibidor do fator X) TAQUICARDIAS VENTRICULARES (+ graves) ➔ tem origem ventricular e evoluem para PCR Classificação: - Caso de zero: não precisa anticoagular - Caso de 1 ponto (conversar com o paciente): pode ou não coagular, dependendo do que forem os fatores que deram 1 ponto ➔ - Caso de 2 pontos: deve anticoagular Para verificar se o paciente pode ser anticoagulado, deve utilizar os critérios CHA2DS2VASC: (IMPORTANTE!) o C – Cardiopatia, ICC: 1 ponto o H – Hipertensão: 1 ponto o A – Age ou idade ≥ 75 anos: 2 pontos [ se tiver entre 65-75 anos, ganha 1 ponto] o D – Diabetes: 1 ponto o S – Sangramento (AIT, AVC): 2 pontos o V – Valvulopatia: 1 ponto o A – Age ou idade 65 a 74 anos: 1 ponto o SC – Sexo Feminino: 1 ponto P á g i n a | 6 Quanto à duração: o TV não sustentada:3 ou mais complexos consecutivos ventriculares. FC > 100 bpm. Duração espontânea < 30s o TV sustentada:> 30s de duração ou com comprometimento hemodinâmico, mesmo que se reverte em < 30s Quanto à morfologia: o Monomórfica: todos os batimentos são iguais o Polimórfica: batimentos são irregulares➔ Intervalo QT normal; Intervalo QT longo (“Torsades des Pointes”) 1. TV MONOMÓRFICA SUSTENTADA (TVMS): FC > 100 bpm; QRS largo; Morfologia igual; RR regular TV POLIMÓRFICA SUSTENTADA (TVPS): FC > 100 bpm; QRS largo; Morfologia diferente Pacientes com intervalo QT longo, tem a tendência a desenvolver (“Torsades des Pointes”) o Etiologias: - Doença arterial coronária (DAC): É a causa mais comum (90%) de taquiarritmia ventricular e morte cardíaca súbita fora do hospital - Cardiopatia estrutural (dilatada, hipertrófica e valvulopatias) - Hereditárias: ▪ TV polimórfica catecolaminérgica (exercício aumenta a FC, que varia de um batimento para o outro e pode causar desmaio ou até mesmo morte) ▪ Displasia arritomogênica do VD - Intoxicação por cocaína (2ª causa mais comum) - Idiopática P á g i n a | 7 o TRATAMENTO - TV hemodinamicamente estável (assintomáticas ou acompanhadas de poucos sintomas, como “palpitações”): fazer cardioversão química (amiodarona) ➔ se após umas 6h, o paciente ainda não reverteu, começa a ficar instável, deve passar para cardioversão elétrica - TV hemodinamicamente instável (síncope/pré-síncope): fazer cardioversão elétrica (100J-200J) - Parada cardíaca em TV (fibrilação ventricular): fazer desfibrilação (protocolo de PCR/ACLS) Obs.: caso somente a cardioversão elétrica não dê conta do paciente instável, pode adicionar a cardioversão química também o Prevenção de morte súbita: implantação de um cardiodesfibrilador implantável para prevenir a morte súbita em alguns casos (abaixo). Lembrando que, ele não é uma cura para arritmia, apenas previne que o paciente morra subitamente por conta da taquicardia. 2. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR: É o mais grave. Principal causa é isquemia. Ritmo ventricular muito rápido: 300 bpm. Grosseiramente irregular (tanto em ciclo RR, quanto à morfologia e amplitude do QRS) ➔ desorganização elétrica caótica. A atividade contrátil cessa e o coração apenas tremula. Débito cardíaco é zero, não há pulso, nem batimento cardíaco ➔ PARADA CARDÍACA o TRATAMENTO: RCP até conseguir desfibrilar. O tratamento é desfibrilação elétrica. A sobrevida depende da precocidade da desfibrilação. Cada minuto de demora em desfibrilar equivale a perda de 10% da chance de reverter (e de sobrevida do paciente) P á g i n a | 8 Extrassístole: É um batimento precoce do atrio que despolariza QRS precocemente; QRS com mesma morfologia que o normal; Aumento de onda T por presença de onda P dentro dela - extrassístole atrial; A) Taquicardia atrial: • Atrio taquicárdico (FC atrial 150-180) • FC ventricular normal • Diferente de BAVT por conta da FC elevada do átrio - prestar atenção na FC • RR regular (geralmente) • Presença de ondas P de morfologia diferente • Frequência das ondas P < 250 • Linha isoelétrica entre as ondas P • FC QRS até 150bpm B) Flutter atrial: • RR regular geralmente • Presença de ondas F negativas em DII, DIII e AVF = flutter tipo 1 • Presença de ondas F positivas em DII, DIII e AVF = flutter tipo 2 • FC das ondas f DE 300PBM (> 250) • Aspecto SERILHADO • FC QRS 150bpm aproximadamente quando 2:1 • Pode ter FC de QRS normal • Sintomático ou assintomático • Pode gerar bradicardia ventricular CONDUTAS PARA TAQUICARDIA ATRIAL E PARA FLUTTER ATRIAL: • Instável pela arritmia = sedação (midazolan, entomidato, propofol) e cardioversão • Com taquicardia < 48 horas e estável = sedação e cardioversão • Se taquicardia > 48 horas e estável = baixar FC e anticoagulantes se possível e posteriormente reverter • Com mais de 48 horas há risco de formar trombo, tendo que anticoagular primeiro • Instável não tem como esperar • Se ECO TE disponível - poderá cardioverter na ausência de trombo • Flutter com FC boa, normal, geralmente não causa sintoma e pode ser crônico • Se tiver com bradicardia = medidas anti bradicardia = atropina, dopamina e marcapasso C) Fibrilação atrial: • RR irregular • QRS < 120ms (estreito) • Ausência de ondas P • QRS irregular • FC atrial muito alta (400-500) • Pode curar comtaquicardia ou bradicardia CONDUTA NA fiBRILAÇÃO ATRIAL: • Se instável - instabilidade causada pela taquiarritmia = sedação e cardioversão • Se estável - com taquicardia < 48 horas = reverter com amiodarona EV se cardiopata, ou propafenona VO se não cardiopata • Se estável - com taquicardia > 48 horas = abaixar FC e anticoagular se possível e posteriormente reverter • Responde bem à medicação (cardioversão química) • Se ECO Te disponível = poderá cardioverter na ausência de trombo • Se assintomático e presença de FA, pode ser crônico - avaliar quadro e pensar em anticoagular • Se FA com bradicardia = atropina, dopamina ou marcapasso D) Taquicardia paroxística supraventricular: P á g i n a | 9 • RR regular e QRS estreito (descarta FA, flutter e taquiatrial) • Ausência de ondas P • Causa: reentrada nodal (nó AV) - despolariza ao mesmo tempo átrio e ventrículo • FC alta • Ex prova: taquicardia de QRS estreito, RR regular, início súbito e sem presença de ondas P/F CONDUTA PARA TAQUICARDIA PAROXÍSTICA SUPRAVENTRICULAR: • Manobra vagal • Estimulação seio carotideo (jovens, sem fatores de risco) • Manobra de valsalva • Se instável pela arritmia = sedação e cardioversão • Se instável = manobra vagal ou valsalva • Se estável e sem as manobras ou sem reversão: adenosina EV 6mg em bolus infusão rápida • Repetir 12mg se necessário (pode desencadear broncoespasmo) • Pode causar assistolia de 5-10 segundos VENTRICULARES (QRS largo): Extrassístole ventricular - isoladas e pareadas; Taquicardia ventricular; Fibrilação ventricular (FV) A) Extrassístole ventricular: • QRS com morfologia totalmente diferente (o que justifica a causa ventricular - estimulo sai do ventrículo) • Normal, extrassístole, normal, extrassístole = bigeminismo • Podem ser polimórficas (saem de lugares diferentes) B) Taquicardia ventricular: • RR regular • QRS largo • FC alta • 3 ou mais extrassístoles • Sente palpitação C) Fibrilação ventricular Conduta para taquicardias ventriculares: • Se estável - amiodarona 300/450mg IV em 10 min • Se instável = sedação e cardioversão - sincronizar • Sem pulso = desfibrilação pois é parada cardíaca; FV também - não sincronizar RESUMO Diante de uma taquicardia: QRS estreito: • RR regular: taquicardia supra = taquicardia atrail ou Flutter • RR irregular = FA QRS largo: RR regular = taquicardia ventricular 1- Avaliar se foi calibrado corretamente ( na folha o padrão é estar em 25 mm/ segundo, e o ganho certo é em N) 2- Parâmetros: 2.1- Ritmo sinusal ( ou seja ritmo normal do coração): -Onda P procedendo QRS e positiva em D1, D2 ( curo e longo) e AVF e negativa em AVR? -Regulares ( distância/ tempo entre um P e outra) -Amplitude e duração de no maximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) -Monofásica ( sobe ( positiva) e desce de uma vez)e arredondada 2.2- Frequência cardíaca: normal de 60 a 110 bpm 3- Durações: -Onda P( despolarização atrial)—- amplitude e duração de no maximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) -Intervalo PR ( início da onda P até o início do QRS)—— duração de no máximo 5 quadradinhos (200ms/0,2s) -QRS ( despolarização ventrícular)—- duração de no máximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) Pa!o p"a interpret" ECG normal em adulto 1- Avaliar se foi calibrado corretamente ( na folha o padrão é estar em 25 mm/ segundo, e o ganho certo é em N) 2-Ritmo sinusal ( ou seja ritmo normal do coração): -Onda P procedendo QRS e positiva em D1, D2 ( curo e longo) e AVF e negativa em AVR? -Regulares ( distância/ tempo entre um P e outra) -Amplitude e duração de no maximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) -Monofásica ( sobe ( positiva) e desce de uma vez)e arredondada -Frequência cardíaca: normal de 60 a 110 bpm -Amplitude e duração das ondas: -Onda P( despolarização atrial)—- amplitude e duração de no maximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) -Intervalo PR ( início da onda P até o início do QRS)—— duração de no máximo 5 quadradinhos (200ms/0,2s) -QRS ( despolarização ventrícular)—- duração de no máximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) 1- Avaliar se foi calibrado corretamente ( na folha o padrão é estar em 25 mm/ segundo, e o ganho certo é em N) 2-Ritmo sinusal ( ou seja ritmo normal do coração): -Onda P procedendo QRS e positiva em D1, D2 ( curo e longo) e AVF e negativa em AVR? -Regulares ( distância/ tempo entre um P e outra) -Amplitude e duração de no maximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) -Monofásica ( sobe ( positiva) e desce de uma vez)e arredondada -Frequência cardíaca: normal de 60 a 110 bpm -Amplitude e duração das ondas: -Onda P( despolarização atrial)—- amplitude e duração de no maximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) -Intervalo PR ( início da onda P até o início do QRS)—— duração de no máximo 5 quadradinhos (200ms/0,2s) -QRS ( despolarização ventrícular)—- duração de no máximo 2,5 a 3 quadradinhos (110ms/0,11s) Toda onda positiva é um R e Antes do R no alfabeto vem a letra Q. Então se eu tiver uma onda negativa antes do R ela é uma onda Q e se tiver uma onda negativa depois do R é o S E depois tem onda T e depois aparece a onda U em algumas ocasiões ( elas seguem a disposição do alfabeto) Achar se o desvio e para direita ou para esquerda (1º passo)- indica patologias como IAM: Olhar em DI e AVF se QRS positivo ( pra cima) ou negativo ( pra baixo) e a partir desses dois pontos se sair fora do eixo cardíaca ( -30 a 90°) significa que um desvio daí olhar se para direita ou esquerda ( sentido horário para esquerda e anti-horário para a direita)! Cálculo do grau (2º passo)- não é tão relevante na prática clínica: Em caso de alguma patologia quando não vê P sinusal Obs: Quando o ECG está fora da linha de base é porque teve intercorrência do próprio aparelho ou do paciente—- isso é normal Quanto mais embaixo o eletrodo mas o QRS estará maior e isso é normal tipo em V6 V5 V4 Lembrar: 1 quadrado= 40ms 2 quadrados= 80ms 3 quadrados= 120ms Observações: 4- Q patológico- onda positiva ( mostra necrose ou infarto): suspeita quando pelo menos mais de 1/3 de amplitude do QRS ( onda positiva) ma nem sempre é as pode ter uma onda Q principalmente em V3 por desvio d eixo e não ser patológica Isquemia: vê no segmento ST Medicações determinadas: Podem aumentar o intervalo QT ( calculado através de um cálculo pela fórmula) vai do início da onda Q até o final da T Ritmo sinusal só de olhar para ele: - Olha no D2 longo o ritmo é regular -Onda P positiva com duração de 2 quadradinhos, -FC ( 1500\ 18) 83, -Intervalo PQ está durando 4 quadradinhos= 160 Mile segundos (é até 200) ou seja a condução átrio ventricular está normal perante ao PR, -Mediu o que QRS do começo ao fim e durou dois quadrados não tem distúrbio da condução entra ventricular( Nem bloqueio de ramo direito nem esquerdo) - Intervalo QT deu 360 milissegundos, por exemplo ( e até 440) Obs: Professor disse que D1 tinha que ser positivo mas aqui o AVF está negativo mas ainda está dentro do normal, apesar do vetor ter subido um pouco, porque o D2 está positivo p vetor ainda não desviou pode dar o laudo de eletro normal por que o paciente não morre disso- não morre de vetor Prática Onda P sinusal FC: 75 D1: positivo e isoetrico em AVF ( normal) Onda P aparece pequena - normal PR: menos que 5 quadradinhos- normal. QRS- Estreito- normal Obs: Apresenta características meio temida poderia pensar em arritmia procurar se é: achou onda P ela se repete e esse tremor então pode ser interferência talvez de um Parkinson ou aparelho mal enterrado esquece isso porque a onda P está certa FC: 75 bom Intervalo PR normal QRS: estreito Onda P de duração e amplitude normais —- tudo isso acima indicam elétros normais Positivo em D1 e AVF Onda P- sinusal FC: 60 bpm R vai crescendo de V1,3,4 e 6 Intervalo PR ( tem oito quadrados)- Indica que a condução átrio ventricular não está boa. Tem um bloqueio átrio ventricular de primeirograu Eletros anormais Interferência ou normal? Apresentamos um supra Normal e anormal Normal e anormal QRS largo Treinar o ECG normal para antes saber as próximas aulas de patologia eletrocardiogramafica Temos que decorar o normalComo é o P, QRS, PR normal: Para saber se não tiver aquelas medidas alguma coisa está errada que ainda não sabemos pois veremos nos próximos aulas Flavia Crespo Obs: Apresenta características meio temida poderia pensar em arritmia procurar se é: achou onda P ela se repete e esse tremor então pode ser interferência talvez de um Parkinson ou aparelho mal enterrado esquece isso porque a onda P está certa FC: 75 bom Intervalo PR normal QRS: estreito Onda P de duração e amplitude normais —- tudo isso acima indicam elétros normais Eletros anormais Interferência ou normal? Apresentamos um supra Normal e anormal Normal e anormal QRS largo Treinar o ECG normal para antes saber as próximas aulas de patologia eletrocardiogramafica Temos que decorar o normalComo é o P, QRS, PR normal: Para saber se não tiver aquelas medidas alguma coisa está errada que ainda não sabemos pois veremos nos próximos aulas Flavia Crespo
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