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Síntese: O décimo segundo capítulo do livro chama-se “Identificação de pensamentos automáticos” e nele são abordados os aspectos gerais sobre este tema. Como todos os capítulos do livro, ele é muito bem estrutura e didático. Nele a autora separa os temas na seguinte ordem: Quais são as características dos pensamentos automáticos?; Como você pode explicar pensamentos automáticos para os clientes?; Como você obtém e especifica pensamentos automáticos?; Como é um modelo cognitivo estendido?; Quais são as diferentes formas dos pensamentos automáticos?; O que você pode fazer quando os clientes têm dificuldades para identificar seus pensamentos automáticos?; Como você ensina os clientes a identificarem seus pensamentos automáticos de forma independente?. Quando a autora aborda as características dos pensamentos automáticos, ela ressalta que os pensamentos automáticos são um fluxo de pensamentos que coexiste com um fluxo de pensamentos mais manifestos, e que, na maior parte do tempo, quase não temos conhecimento deles. Eles podem ser funcionais e disfuncionais, e a teoria cognitiva-comportamental (TCC) ensina ao cliente ferramentas para avaliar os pensamentos de forma estruturada e consciente. Estes são alguns exemplos de pensamentos disfuncionais: pensamentos que distorcem a realidade; que estão associados a uma reação emocional e/ou fisiológica inútil; que originam um comportamento inútil; e/ou interferem no sentimento de bem-estar do cliente e na habilidade de dar os passos para atingir seus objetivos. Os pensamentos automáticos em geral são muito breves, e o cliente costuma ter mais consciência da emoção que ele sente como resultado dos seus pensamentos do que dos pensamentos propriamente. Ao explicar os pensamentos automáticos para o cliente estamos proporcionando um a psicoeducação para que ele mesmo consiga identificar os seus pensamentos automáticos para que utilize esse recurso nas situações do dia a dia e na própria terapia. Isso acontece por meio de uma explicação estruturada no qual apresentamos exemplos de situação do pensamento automático que foi gerado e como ele o fez se sentir (emoção). Duas formas práticas para se identificar os pensamentos automáticos dos clientes podem ser feitas por meio das seguintes perguntas: O que [está/estava/estará] passando pela sua mente?; O que você [está/estava/estará] pensando?”. É importante continuarmos questionando o cliente, mesmo depois que ele relatar um pensamento automático inicial, para descobrir se ele teve outros pensamentos importantes (pensamentos automáticos adicionais). Quando o cliente têm uma séria de pensamentos automáticos e reações sobre um situação, utilizamos o modelo cognitivo estendido para este mapeamento. Os pensamentos automáticos podem ser manifestados de diversas formas, como por meio de interpretações de experiências, no discurso do cliente, em frases curtas ou por meio de perguntas. É importante que o psicólogo esteja atendo a essas situações para que eles sejam identificados. Caso haja dificuldade nesta identificação, a autora apresenta alguma técnicas para que esses obstáculos sejam reduzidos e os pensamentos automáticos sejam identificados, como, por exemplo: na intensificação da resposta do cliente; fazendo com que o cliente visualize a situação estressante; se a situação envolver outra pessoa, sugerir que o cliente a recrie em uma dramatização com você; investigando as imagens; oferecendo pensamentos que você acredita que provavelmente são opostos aos pensamentos do cliente; perguntando sobre o significado da situação. É importando o processo de identificação de pensamentos automáticos seja ensinado ao cliente, para que ele realize em situações externas. Conclusões pessoais/comentários/dúvidas: Assim como nos capítulos anteriores, Judith apresenta o tema de forma estruturada e clara. Neste capítulo em específico ela utiliza muitos exemplo que deixam o tema ainda mais didático, com o objetivo de facilitar o entendimento na hora da aplicação da técnica. Referência Bibliográfica: BECK, Judith S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 3 Porto Alegre: Artmed, 2022, 413 p.