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E-BOOK Terapia CognitivaTerapia CognitivaTerapia Cognitiva ComportamentalComportamentalComportamental InfantilInfantilInfantil Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar conhecimento com qualidade para o maior número de pessoas possíveis, por confiar e acreditar no nosso trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no seu potencial. Acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com mais conhecimento. Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado. Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo nosso site: www.cessetembro.com.br Quer ser um Aluno Premium? Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br Seja bem-vindo! Vamos fazer história juntos! @CESSETEMBRO @ANOVACLASSE http://cessetembro.com.br/cursos http://www.anovaclasse.com.br/ http://instagram.com.br/CESSETEMBRO http://instagram.com.br/ANOVACLASSE Clique no ícone da impressora. 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Abordagens cognitivas: pressuposto de que um processo interno e oculto de cognição media o comportamento. Abordagens comportamentais: pensamentos como comportamentos encobertos, que também podem ser influenciados pelas mesmas leis do condicionamento Foco na relação funcional entre o ambiente e o indivíduo. Aaron Beck (década de 60) → Tratamento da Depressão. Psicoterapia estruturada; De curta duração; Voltada para o presente; Direcionada para a solução de problemas atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais (inadequados e/ou inúteis) Produzir uma mudança cognitiva para produzir uma mudança emocional e comportamental duradoura Lista Parcial de Transtornos Tratados com Sucesso pela Terapia Cognitivo-Comportamental. Terapia Cognitivo-Comportamental Infanto-juvenil Psicoterapia estruturada → Ênfase no papel importante das cognições na determinação a respeito de como nos sentimos e o que fazemos. O processo da TCC com crianças Colaboração como o princípio central! Terapeuta é o especialista que “ sabe ” as respostas e aconselha a criança! Criança e terapeuta contribuem com habilidades importantes e diferentes para a parceria! Permitir a compreensão das suas dificuldades e descobrir estratégias e habilidades úteis. Contribuições no Processo da TCC Conhecimento único da situação que enfrenta e seus problemas; O significado que ela atribui aos eventos que ocorrem; Conhecimento sobre o que anteriormente achou vantajoso ou inútil. Criança Terapeuta Estrutura teórica que vai utilizar para organizar as: experiências, cognições, emoções e comportamentos da criança); Proporcionar uma compreensão explícita dos problemas atuais; A compreensão vai facilitar o desenvolvimento da autoeficácia e ajudar a criança a explorar situações possíveis. Como manter a colaboração na TCC Compartilhamento franco da informação; Psicoeducação sobre a demanda e o modelo da TCC; Habilidades terapêuticas (empatia, escuta reflexiva e questionamento socrático); Ênfase na importância das contribuições da criança às sessões terapêuticas; Atitude aberta e experimentação são encorajadas a fim de melhorar a autoeficácia. Avaliação inicial Crianças e adolescentes são habitualmente encaminhados à terapia em função de seus problemas de comportamento ou emoções. Avaliação inicia Visão geral, descritiva, identificando os problemas e o funcionamento geral da criança. Depois de identificar os sintomas, investigar o papel dos fatores cognitivos na etiologia das perturbações emocionais e comportamentais da criança. A forma como cada pessoa interpreta um evento contribui para o significado atribuído e terá consequências comportamentais e emocionais para o indivíduo. Avaliação inicial Delineamento de estudo de caso único Investigação: elaboração de hipóteses a serem verificadas. Instrumentos: testes de avaliação psicológica. Conceitualização de caso: processo dinâmico e fluido. Revisar e refinar continuamente a imagem que temos da criança. Conceitualização de caso Seu desenvolvimento é o primeiro passo ao trabalhar com a criança. Facilitar a tarefa do terapeuta de adaptar técnicas que se ajustem às circunstâncias da criança. Orientar a escolha de técnicas, ritmo e implementação. Avaliação do progresso. . Um dos instrumentos mais práticos do terapeuta. Deve ser continuamente revisado e aperfeiçoado durante o processo terapêutico. O planejamento do tratamento deve se basear na conceitualização de caso Construi-la de maneira simples. Manter uma visão imparcial e abrangente. Contar com a cooperação/compartilhar com a criança. Conceitualização de Caso Metáfora do Guarda-roupa Componentes da Formulação de Caso Problemas Apresentados; Variáveis de contexto cultural; Histórias e etapas do desenvolvimento; Dados de teste; Variáveis Cognitivas; Antecedentes Comportamentais e suas Consequências; Problemas Apresentados O primeiro passo: apresentar o problema de forma que reflita a situação única da criança e sua família. Ser o mais específico possível → o tratamento passa a visar especificamente às áreas de problema. Contexto do jovem Contemplar aspectos de vulnerabilidade e resiliência → Fatores de risco e proteção que ocorrem de maneira dinâmica e contínua. Perspectiva bioecológica (Bronfenbrenner, 1979). Moldura para avaliar psicologicamente uma pessoa em desenvolvimento: contempla o contexto, o processo, a pessoa e o tempo. Ponto importante: rede de apoio social da criança/família Características estruturais da rede: tamanho e densidade – o grau de conexão entre os membros, dispersão resultante da proximidade geográfica dos componentes da rede, homogeneidade ou heterogeneidade socio cultural. Os atributos vinculares – tipos e funções de cada vínculo. Pontos a serem investigados (Permite diagnosticar muitos transtornos com mais rapideze com mais eficácia do quequando o diagnósticoenfatiza informações sobre oestado atual da criança.) As atividades que a criança realiza junto com a família (esportes, visitas, viagens, lazer, etc.). As dificuldades que os pais encontram nas práticas educativas. Os dados básicos de gestação e parto. Os dados do desenvolvimento. O que incluir na história clínica Dados de identificação da criança e dos pais. O motivo da consulta. A caracterização das relações familiares. Os eventos significativos tanto negativos (mortes, separações e outras perdas) quanto positivos da vida familiar Desenvolvimento Período de amamentação; Apego no primeiro ano de vida; Aquisição de autonomia; Condutas e temperamento da criança; Família História de saúde; Fatores genéticos de risco que podem contribuir com o diagnóstico; Relação da criança em diferentes sistemas; Habilidades adaptativas. Acompanhamentos Outros profissionais que acompanham (pediatra, neurologista); Medicamentos; Tratamentos psicológicos e psiquiátricos prévios. Social Relações de amizades; Atividades de lazer e esporte; Modificações nos padrões de interesse (diminuição da motivação diante dificuldades). Avaliação Psicológica Uso demedidas padronizadas. Envolvimento dos pais e professores. Nortear o tratamento e controlar o progresso da criança. Algumas escalas que podem ser utilizadas: Escala da Avaliação do Comportamento Infantil para o Professor – EACI-P Escala de Déficit de Atenção e Hiperatividade Inventário de Estilos Parentais – IEP Escala de Estresse Infantil Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil Inventário Multimídia de Habilidades Sociais para Crianças - IMHSC Variáveis Cognitivas Considerar: Processo, estrutura e o conteúdo cognitivo. Cuidar dos pensamentos automáticos, esquemas e distorções cognitivas. A terapia cognitivo-comportamental está baseada no modelo cognitivo. Hipótese de que as emoções, os comportamentos e a fisiologia de uma pessoa são influenciados pelas percepções que ela tem dos eventos Antecedentes Comportamentais e suas Consequências As respostas comportamentais são moldadas por estímulos que precedem e outros que sucedem o comportamento. Paradigma comportamental clássico: “Desencadeador ” ou contexto para comportamentos. Estímulos posteriores que determinam se o comportamento é fortalecido ou enfraquecido. Importante Levar em conta as variáveis desenvolvimentais antes de conceitualizar o caso; Escolher as estratégias Desenvolvimento Contexto familiar Quadro psicopatológico Nível de participação dos pais Pré- escolares: mais intenso Um dos momentos mais importantes: continua após o início do tratamento e indica sua eficácia. Estrutura da Sessão Não quer dizer que o tratamento será conduzido de modo mecânico e impessoal! J. Beck (2011): O objetivo terapêutico mais amplo é melhorar o humor do paciente durante a sessão e criar um plano para que ele se sinta melhor e aja de maneira mais funcional durante a semana. Permite que a criança tenha previsibilidade e funciona como um sistema de automonitoramento. Função de “ contenção ”: formato organizado para expressão e modulação de seus pensamentos e sentimentos angustiantes O planejamento da sessão começa antes que o paciente chegue: examinar o quadro, objetivos de tratamento, anotações e exercícios de casa prescritos nas sessões anteriores. Estrutura da Sessão: J. Beck (2013) PARTE INICIAL DA SESSÃO 1.Fazer uma verificação do humor. 2.Definir a pauta. 3.Obter uma atualização. 4.Revisar o exercício de casa. 5.Priorizar a pauta. Parte Intermediária da Sessão 6.Trabalhar em um problema específico e ensinar habilidades da terapia cognitivo-comportamental naquele contexto. 7.Discutir o seguimento com a prescrição colaborativa de exercício de casa relevantes. 8.Trabalhar em um segundo problema. Fornece informações preliminares sobre as emoções e sintomas atuais – verificar a “temperatura psicológica ”. Faz a criança refletir sobre seu estado de humor e comportamentos. Recapitula a sessão anterior e compara com o humor atual. Identifica-se mudanças no sintomas Parte Final da Sessão 9.Apresentar ou Solicitar um resumo. 10.Revisar as novas prescrições de exercícios de casa. 11. Solicitar feedback. Estrutura da Sessão Infanto-juvenil Registro do Humor ou do Sintoma. Dicas: Mantenha o processo simples. Seja inventivo. Ajude a criança a ver as emoções relativamente em graus de escala. Permaneça atento ao contexto cultural. Estrutura da Sessão Infanto-juvenil Revisão da Tarefa de Casa Examinar se a criança: completou a tarefa, o conteúdo e a reação da criança à ela. Permitem a prática de habilidades importantes para diminuir sintomas e melhorar o humor. Transmite o interesse pelos sentimentos, pensamentos e reações da criança em relação à tarefa. Comunica a mensagem de que a atividade é central no tratamento e reforça o empenho da criança. Dicas Envolver a criança na revisão. Ser inventivo e criativo. Reforçar o fato da tarefa ter sido realizada. Usar outros títulos criativos no lugar de “tarefa de casa ”. Evitar colocar como uma exigência. Estabelecimento da agenda Prepara o terreno para o trabalho terapêutico e o direciona. Identifica itens e tópicos a serem trabalhados na sessão. Processo colaborativo. Dicas Lembre-se de que esse é um processo novo e desconhecido para crianças e adolescentes. 1 a 3 itens é algo realista para crianças pequenas. Pode ser útil registrar a agenda por escrito. A dificuldade em estabelecer agenda pode ser um dos itens da agenda. Conteúdo da sessão Influencia no nível de motivação. Ser animado e envolvido – uso de materiais diversos – principalmente com crianças mais novas Dicas Equilibre a estrutura, o conteúdo e o processo terapêutico. Atente-se a escola de palavras, linguagens e extensão das frases e perguntas. Individualiza os procedimentos e técnicas Tarefa de Casa Ocupa o lugar central em cada sessão. Resulta do conteúdo da sessão. É preciso tornar a tarefa significativa e aumentar a motivação da criança para continuar a terapia Dicas Tornar a atividade motivadora. Não discutir ou forçar a atividade. Obtendo o Feedback Representa a construção de relacionamento e de estratégias terapêuticas significativas. Ideal de obter no final de cada sessão. Perguntar o que foi útil, inútil ou irritante com relação à sessão e ao terapeuta Dicas Encare o feedback como uma tarefa fundamental para a construção do relacionamento. Enfrente suas próprias preocupações sobre evocar o feedback. Diversifique as perguntas e maneiras de obter feedback. Descubra a função do elogio ou da crítica ao terapeuta. Processe a reação da criança. Reserve tempo para a realização! O modelo Cognitivo O modelo cognitivo básico sugere que quatro fatores vinculados contribuem para dificuldades psicológicas. As variáveis distintas são: Funcionamento emocional, A fisiologia/biologia, O comportamento e A cognição. Cada fator individualmente influencia e, por sua vez, é influenciado pelos outros em uma interação causal. Por que precisamos fazer isso? Precisamos descrever o tratamento de forma simples e sensível ao desenvolvimento. Aprender sobre o modelo cognitivo ajuda a familiarizar os jovens pacientes com o tratamento e desmistifica o processo. Ao reconhecer que existe um esquema básico a partir do qual entender seus sintomas, os pacientes tornam‑se mais capazes de descrever o seu problema e de estabelecerobjetivos colaborativos. 1. Os sintomas físicos, emocionais, cognitivos e comportamentais: todos estão causalmente relacionados, de modo que mudanças em um refletem nos outros três. 2. A compreensão do mundo é um processo natural humano. 3. Esses processos, às vezes, são problemáticos e imprecisos. 4. Quando as conclusões forem precisas, nós vamos resolver os problemas conjuntamente. 5. Quando as conclusões forem imprecisas, nós vamos ensinar você a chegar a conclusões adequadas. 6. Experimentos comportamentais serão usados para testar conclusões. Crianças, pais e terapeutas necessitam de algum grau de consenso em relação aos problemas a serem tratados na terapia. Mas como adaptar e passar essas informações de forma compreensível para as crianças? Principalmente as pequenas. Embora possa parecer fácil, é uma tarefa difícil de se realizar. Diversas estratégias: histórias, jogos e metáforas. Introdução do paradigma tradicional. Estratégias com crianças Uso de livros de história ou figuras para ilustrar a associação entre eventos, pensamentos e sentimentos. Fazer perguntas para orientar a narração; Solicitar desenhos. Processo começa com o terapeuta desenhando uma figura de uma criança segurando um balão (Figura. Recomendamos que você combine o sexo da criança no desenho com o do cliente. O desenho também inclui uma nuvem de pensamento. No desenho original, a criança está sem expressão, e a nuvem de pensamento está vazia (Friedberg e McClure, 2019). 1º momento: Contar uma história e pedir que a criança complete o desenho O terapeuta envolve a criança em toda as partes da história. Divide os componentes situacional, cognitivo e emocional da história em termos simples e concretos. Representam indícios sobre a natureza da terapia por meio do desenho.Resume a história, juntando seus componentes situacional, cognitivo e emocional Revisar explicitamente o evento, o sentimento e o pensamento para ajudar a criança a discutir as diferenças entre os três elementos. Ajudar a criança a ver a ligação entre eventos, sentimentos e pensamentos. Questionar para permitir que ela sugerisse um pensamento emocionalmente significativo na situação. Perguntar sobre quais desses fatores ela tem mais controle. Enfatizar que ambos irão trabalhar para desenvolver novas habilidades de manejo cognitivo e comportamental. 2º momento: Mostrar que os sentimentos e pensamentos mudam de acordo com a situação. Cada componente (cognitivo, comportamental, emocional e fisiológico) do modelo é simbolizado por uma base no campo. As crianças superam os obstáculos do registro, base por base; começam identificando sentimentos e prosseguem registrando sensações corporais, comportamentos e pensamentos associados a sentimentos de tristeza ou de ansiedade. Após completar o exercício, o terapeuta explica que irá “ cobrir todas as bases ” em seu trabalho com a criança (Friedberg e McClure, 2019). Outra abordagem: Losango de Associações. Objetivo: Ensinar sobre pensamentos, sentimentos, comportamentos e situações. Geralmente após o processo de avaliação ter sido quase ou completamente completado. Apresentação do modelo igual é feito para os adultos. Apresentar o paradigma, explicar e exemplificar. Utilizar os problemas trazidos pelo jovem como parte da descrição → Permite que ele se relacione pessoalmente com o processo. Apresentar o foco cognitivo e comportamental de forma simples → Refletir sobre quais aspectos ele tem controle Estratégias com adolescentes Apresentação do modelo igual é feito para os adultos. Metáfora do telefone. Desenhar as colunas da situação, sentimento e pensamento. Oferecer a seguinte situação: “Suponha que você esteja em casa e o telefone toque ”. Registrar a situação. Relatar todos os sentimentos que se poderia ter em relação ao toque do telefone (excitado, triste, nervoso, calmo) e sobre quem poderia ser (mãe, pai, tio, namorado, professora). Ao completar as três colunas: Associar os pensamentos e sentimentos. Explicar que cada pensamento molda um sentimento de forma única. Ensinar que nem todas as explicações são funcionais ou corretas (“E se você achasse que era sua professora ligando para fazer um relato negativo sobre você, mas na verdade fosse um vendedor?). O terapeuta deve concluir explicando que na terapia cognitiva ensinamos pessoas jovens a fazerem a si mesmas perguntas melhores sobre as situações que ocorrem em suas vidas para que não fiquem desnecessariamente angustiadas ou sejam pegas despreparadas Identificando problemas Etapa importante e inicial do processo. Motivos: A criança pode não saber por que está indo para a terapia e/ou pode estar ressentida por estar consultando um terapeuta. A fim de tratar efetivamente os problemas e compor uma abordagem de tratamento colaborativa, terapeutas, criança e pais devem formar um consenso sobre o problema. É preciso criatividade, pois muitas vezes pode ser uma tarefa considerada tediosa e sem sentido. Não fazer parecer uma caça à confissão da criança. Não parecer que está culpabilizando ou criticando a criança. Identificando problemas com crianças Muitas crianças não sabem o que o terapeuta faz ou o que esperar. Injeção? Remédio? Bronca? Esclarecer esses equívocos é a primeira tarefa naapresentação da terapia. Carta “Caro Terapeuta”: escrever uma carta e identificar os problemas. Pedir que a criança escreva uma carta para a próxima semana contando sobre ela, o que a deixa feliz, quais são suas preocupações, o que gosta, o que lhe traz problemas.. Utilizar desenhos/conversa... Às vezes é possível utilizar métodos tradicionais, às vezes relutam em falar o que se passa em suas cabeças. Lista dos problemas. Operacionalizar os componentes cognitivos, emocionais, fisiológicos, comportamentais e interpessoais do problema. Os jovens relutantes muitas vezes podem se distanciar do problema e descrevê-lo em termos do que os outros estão fazendo a eles “Minha mãe é uma chata ”. Inicialmente aceitamos essa descrição externa do problema e a consideramos um passo inicial do trabalho produtivo. Existem diferentes técnicas e procedimentos que objetivam tornar a terapia mais acessível e efetiva tanto para a criança quanto para o terapeuta. Artigos – pesquisas; livros e jogos específicos baseados na teoria da TCC. Técnicas e Procedimentos em TCC Explicar o propósito de identificar os problemas; Iniciar do ponto de vista do jovem e ir contribuindo; Escrever os problemas, demonstrar que está escutando e levando a sério; Demonstrar paciência e confiança. Por que utilizar técnicas? Aumentar o engajamento no processo terapêutico. Compreender sobre o que acontece quando se entra em terapia. Favorecer a construção da aliança terapêutica. Treinar a criança e a família para o desenvolvimento de um novo repertório emocional, cognitivo e comportamental de forma acessível e ilustrativa. Recursos terapêuticos A utilização de diversos recursos em terapia com crianças e adolescentes, relacionados com as próprias técnicas da abordagem, proporcionam uma riqueza de instrumentos que o terapeuta pode incluir em sua prática. Esses recursos podem ser adquiridos em lojas especializadas ou mesmo confeccionados pelo próprio profissional. Inspire-se em materiais publicados e comercializados, ou deixe a imaginação fluir e use sua criatividade (Ricarte e Lins, 2021). Livro de Receitas? É importante que o terapeuta atente-se a cada família, a cada criança e a cada contexto, conseguindo se adaptar ao caso que está atendendo. O terapeuta precisa desenvolver as próprias habilidades de forma a se tornar sensível à demanda de cada criança e sua família. Levar em consideração: Idade, repertório da criança, contexto familiar,condição socioeconômica, etc Aquisição de Habilidade (Psicoeducação) vs. Aplicação de Habilidade (Psicoterapia) A hora perfeita para aplicar técnicas da TCC: Quando a criança está nervosa. Elas esquecem de aplicar as habilidades. Na psicoterapia a criança é encorajada a utilizar essas habilidades em situações de nervosismo. Psicoeducação: aquisição dessa habilidade. Ensinado às crianças os conceitos e as informações psicologicamente relacionados Psicoterapia: aplicação dessa habilidade. As crianças são encorajadas a recorrer a essas habilidades quando estão emocionalmente perturbadas. A aquisição de habilidade geralmente não é complicada. É ensinada de maneira gradual e clara às crianças e às suas famílias. A maioria dos clientes adquire facilmente habilidades específicas. Entretanto, a aplicação de habilidade é mais difícil de alcançar (Friedberg e McClure, 2019). É preciso utilizar momentos em que a criança está emocionalmente excitada para a aplicação das habilidades Em sofrimento, triste, preocupada... As crianças precisam de oportunidades para praticar essas habilidades. Treinamento de relaxamento; Dessensibilização Sistemática; Treinamento da Habilidades Sociais; Regulação das Emoções; Controle de Contingências; Programação de Atividades Prazerosa; Avaliação de Vantagens e Desvantagens; Teste de Evidência; Mudança de Comportamento Treinamento de Relaxamento Técnica comportamental que pode ser aplicada para vários problemas. Ansiedade e raiva. Envolve tensionar e relaxar grupos musculares específicos; Sugerem-se que sejam sessões breves (5 segundos de tensão para 20 segundos de relaxamento muscular); O roteiro deve se adequar ao nível de desenvolvimento da criança (inventivo, metáforas e analogias); Tornar o relaxamento envolvente; Dez Velas – Imaginar 10 velas acesas, a criança então é instruída a apagar cada vela de uma vez, por meio de suas respirações. Visualizar a vela sendo apagada estimula as crianças a expirar mais fortemente. A visualização mantém as crianças cognitivamente “ ocupadas ” e envolvidas; enquanto trabalham na visualizaçãodas velas, têm menos espaço mental para ruminar certos pensamentos. Dessensibilização Sistemática Procedimento contracondicionante. Diminuir medos e ansiedades. Dividir, classificar e reconhecer todos os aspectos do medo da criança. Hierarquizar o medo, então iniciar pelo item mais baixo da hierarquia. A criança é instruída a relaxar e imaginar uma cena agradável. Quando estiver relaxada, é apresentado o primeiro item. Se a criança experimentar ansiedade, ela é instruída a levantar um dedo suavemente. Se for relatada ansiedade, a criança é instruída a parar de imaginar a cena e retornar à cena agradável anterior. À medida que as crianças obtêm domínio sobre a cena, elas dão um passo acima na hierarquia até que o nível mais alto de medo seja atenuado (Friedberg e McClure, 2019). Role Playing Técnica que facilita o treinamento de habilidades sociais e evoca pensamentos e sentimentos importantes. Tentar que as representações sejam as mais realistas possíveis. a fim de obter uma boa informação de fundo sobre o personagem que estão representando, fazer-lhes perguntas específicas. Ao desempenhar o papel de um amigo, do pai ou do professor, precisa saber coisas sobre o personagem que está representando. Peça exemplos para a criança de coisas que essas pessoas poderiam dizer, as formas como reagem, seus maneirismos, coisas de que apreciam ou não, para dar insight a seu personagem. Além disso, muito provavelmente, se um problema exige uma intervenção do role playing, as circunstâncias são aflitivas para a criança, portanto você precisa tratar esses elementos aflitivos em seu desempenho simulado. Controle de Contingência Contingência: relacionamento entre comportamentos e consequências O controle de contingência especifica o tipo de recompensas que dependem das ocorrências específicas de respostas comportamentais particulares. Comportamentos novos, mais adaptativos, são estimulados pelo oferecimento de recompensas por seu surgimento, enquanto comportamentos problemáticos são diminuídos pela remoção ou não-ocorrência desses reforçadores (Friedberg e McClure, 2019). Identificar quais comportamentos queremos ver mais e qual queremos ver menos. Natureza, frequência e duração. Estabelecer arranjos “ se-então ”. Recompensar pequenas aproximações do comportamento alvo. Desenvolver tarefas graduais realizáveis. Programação de evento prazeroso Usada para aumentar o nível de reforço positivo na rotina diária de uma criança, bem como para ativar uma criança inativa. Utiliza um programa que lembra uma agenda. Listar os dias da semana de um lado a outro da página, e as horas, de cima para baixo. Programar atividades agradáveis colaborativamente com a criança. Obter o compromisso da criança e da família de realiza-las durante a semana. Crianças deprimidas não terão motivação para se envolver, o que vai exigir um esforço considerável para ajuda-la a completar a tarefa. Pode-se pedir que avaliem seu humor antes e depois da atividade. Avaliação Vantagens e Desvantagens Intervenção de resolução de problemas. Avaliar as vantagens e desvantagens de escolhas, comportamentos e decisões. Estimula as crianças a examinar ambos os lados de uma questão e a agir de forma que atenda a seus melhores interesses. O objetivo é que as crianças considerem conscientemente ambos os lados de uma questão. Definir a questão sobre a qual a criança quer obter a perspectiva. Listar o máximo de vantagens e desvantagens. Revisar a lista (“O que torna isso uma vantagem?” “O que torna isso uma desvantagem?” “Quanto ai durar essa vantagem/desvantagem?”). Considerar os pontos e chegar a uma conclusão. Realizar psicoterapia infantil é impossível sem se trabalhar com os adultos, pois os problemas das crianças ocorrem muito mais frequentemente fora da terapia do que na sessão (Friedberg e McClure, 2019). Se os pais e terapeuta não estiverem no mesmo ritmo de trabalho, no mesmo “ plano de ação ” , as crianças recebem sinais confusos e a efetividade da terapia diminui. Trabalhe com a educação! Conhecimento de informações básicas; Discussões, leituras, prática. Auxiliar os pais não apenas a compreenderem a criança, mas também a aumentar os comportamentos desejáveis. Treinamento parental – ensinando a reforçar o “bom ” comportamento. Atuação colaborativa com os pais. Auxiliando: Expectativas e definição de problemas. Estabelecimento de expectativas realistas para o atendimento. “Frequentemente, os pais esperam demais ou muito pouco de seus filhos, o que gera a conflitos. Achamos que as queixas de alguns pais sobre o comportamento de seus filhos estão em parte relacionadas a expectativas irrealistas ” (Friedberg e McClure, 2019). Alinhar o que são expectativas realistas e como conduzir para alcançar essas expectativas. Diferenciar comportamento desejado de comportamento esperado. “Quando os pais mantêm essas expectativas irrealistas, ficarão frustrados por tentar constantemente impô-las e fracassar ” (Friedberg e McClure, 2019) Definição dos problemas. “Através da avaliação da frequência, da intensidade e da duração do problema atual, você será capaz de discernir se as expectativas parentais são realísticas ” (Friedberg e McClure, 2019). Preenchimento de um mapa de frequência. Identificar os padrões do comportamento. Identificar a intensidade. “Uma de nossas funções como terapeutas é ver o quanto as percepções subjetivas dos pais correspondem aos dados objetivos ” (Friedberg e McClure, 2019). Criar uma escala de intensidade Diferenciar a duração. Comportamentos de diferentes durações terão tratamentos diferentes. Utilização do modelo ABC. Identificar sentimentos e pensamentos é uma tarefa de automonitoramento fundamental na terapia cognitivocomportamental. Um dos primeiros passos na terapia. Motivos: A avaliação do resultado do tratamento depende da capacidade das crianças de identificar seus próprios sentimentos. O terapeuta não consegue saber se seu esforço produziu mudança emocional positiva, caso a criança não consiga relatar suas emoções perturbadoras Sentimentos de angústia são indícios para usar habilidades de verificação de pensamento, portanto, reconhecer quando elas se sentem mal leva à aplicação de habilidade. Os exercícios de exposição requerem que as crianças identifiquem e suportem a expressão emocional. Identificando sentimentos com crianças. Demanda criatividade, devido a falta de experiência que elas possuem em articular seu estado emocional. Ensinar a como relatar as emoções antes de iniciar a intervenção. Adotar um sistema simples de classificação. Raiva, tristeza, alegria, medo, preocupação. Mapa de rostos de sentimentos. O mapa oferece figuras que representam várias expressões faciais e inclui rótulos nomeando a emoção apropriada de cada figura. Apresentar imagens, pedir que a criança desenhe ou represente de forma livre, pedir que desenhe em personagens, ou que recorte imagens em revistas. Leitura de livros de figuras. Livros com ilustrações demonstrativas e identificáveis, além de sensíveis à cultura. Fazer pausas durante a leitura – conversas e fazer perguntas, observar as expressões dos personagens. Após identificar e rotular os sentimentos: Classificar a intensidade. “Elas veem as emoções categoricamente: ou as têm ou não as têm, elas são relativamente incapazes de determinar que quantidade do sentimento experimentam, portanto os terapeutas precisam ajudá-las a entender que os sentimentos variam na intensidade ” (Friedberg e McClure, 2019). Classificar em níveis de 1 a 5, termômetro, semáforo dos sentimentos, caixinha de quantidade, etc. Associar sentimentos a sensações físicas. “Ligar o sentimento a uma sensação física dá às crianças um referencial concreto para seus sentimentos ” (Friedberg e McClure, 2019). Identificando Pensamentos com Crianças. Pergunta clássica: “O que está passando pela sua cabeça agora?”. Diário do pensamento. Compreensão de crianças pequenas: Balão de pensamento = conteúdo cognitivo. “Bernard e Joyce (1984) descrevem um registrode pensamento particularmente criativo para crianças menores, chamado Jardim de Flor de Pensamento. Neste procedimento, as crianças desenham plantas cujas flores representam sentimentos e cujos talos indicam pensamentos; o solo significa o evento precipitante para seus sentimentos e pensamentos. As crianças pintam as flores com cores diversas para representar os diferentes sentimentos ” (Friedberg e McClure, 2019). Não exige muita expressividade verbal. Utiliza o desenho (muitas vezes tarefa reforçadora para a criança). Apresenta o material psicoeducativo de forma leve e fácil. Balões do pensamento. Em cima de uma face ou desenho. Identificar o pensamento com base na expressão. Narração de histórias. Jogos de tabuleiro – específicos da TCC. Relógio do pensamento-sentimento. Referências (curso completo) FRIEDBERG, R. D., MCCLURE J. M. A prática clínica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes. 2ª ed. – Porto Alegre. Artmed, 2019. BECK, J. S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2ª. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2014. PETERSEN, C. S. et al. Terapias cognitivocomportamentais para crianças e adolescentes. Porto Alegre. Artmed, 2011. OLIVEIRA, M. S.; ANDRETTA, L. (org.). Manual prático de terapia cognitivo-comportamental. São Paulo. Casa do Psicólogo, 2011. OBRIGADA E-book oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro "Terapia Cognitivo-Comportamental com Crianças e Adolescentes".
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