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AULA 9 - CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS E SEUS EMPREGOS NO TEXTO

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Professor Especialista em Língua Portuguesa Everton Eduardo
CV http://lattes.cnpq.br/4017707056859955
Classes de Palavras Variáveis e Invariáveis e seus Empregos no Texto
A Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. Ela estuda as palavras isoladamente, não observando suas funções dentro das frases ou períodos, como faz a sintaxe. A morfologia estuda as classes de palavras, ou seja, a forma das palavras.
As classes de palavras são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.
Essas classes são divididas em palavras variáveis que podem variar em gênero, número ou grau e palavras invariáveis que não variam a sua forma.
Tipos de classes de palavras
Entre as classes de palavras, existem dois tipos:
Palavras variáveis: são aquelas que mudam de acordo com o gênero (masculino ou feminino), o número (singular ou plural), o grau (aumentativo ou diminutivo) ou o tempo (passado, presente ou futuro) - artigos, adjetivos, numerais, pronomes, substantivos e verbos.
Palavras invariáveis: permanecem sempre iguais, independentemente do gênero, do número, do grau ou do tempo - os advérbios, as conjunções, as interjeições e as preposições.
Substantivo
Os substantivos são palavras utilizadas para nomear seres, objetos, sentimentos, cores, entre outras coisas. Costumam ser variáveis e são subdivididos em algumas categorias:
Comum: é o nome genérico que se dá a uma mesma categoria de seres ou de coisas. É escrito em letra minúscula:
· “O meu gato dorme muito.”
Próprio: é o nome específico que se dá a um indivíduo particular de uma categoria de seres ou de coisas. É escrito em letra maiúscula:
· “O meu gato Tomás dorme muito.”
Concreto: é aquele cuja existência independe do pensamento de outro ser. Pode ser real ou imaginário, no entanto apresenta existência própria.
· “O portão é azul.”
· “Imagino um dragão azul.”
Abstrato: é aquele cuja existência depende de outro ser concreto, sem o qual não é possível produzir o substantivo abstrato.
· “Qual será a verdade?”
· “O amor desses dois é lindo.”
Simples: possui apenas um radical, ou seja, é formado por apenas um elemento.
· “Parece que teremos chuva.”
· “A planta precisa de Sol.”
Composto: possui mais de um radical, formando uma única palavra a partir da junção de mais de uma palavra.
· “É melhor levar um guarda-chuva.”
· “Você tem um girassol?”
Primitivo: é o substantivo cujo nome não se origina de outro nome, ou seja, é sua própria origem.
· “Não ponha muito açúcar.”
· “Ele toca piano muito bem.”
Derivado: é o nome que tem origem (deriva) em outro substantivo, estando normalmente relacionado a ele.
· “Traga-me o açucareiro, por favor.”
· “Ele é um ótimo pianista.”
Coletivo: são nomes dados para um grupo muito grande de seres ou de objetos de uma mesma categoria.
· “Ele viu um enxame se aproximando de nós.”
Artigo
O artigo é a palavra que costuma anteceder o substantivo, sendo adjunto adnominal. Varia em gênero e número de acordo com o substantivo a que se refere. Pode ser classificado em:
Artigo definido: usado para indicar um ser ou coisa já conhecido ou específico.
· “O homem veio aqui.”
· “As garças estão imóveis.”
Artigo indefinido: usado para indicar um ser ou coisa não específico e não mencionado anteriormente.
· “Um homem veio aqui.”
· “Umas garças estão imóveis.”
Adjetivo
O adjetivo é usado para caracterizar o substantivo, atribuindo qualidades a ele. É uma palavra variável que concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Pode ainda variar em grau.
· “O meu filho é bonitinho.”
· “As minhas filhas são bonitonas.”
Adjetivos pátrios: estão relacionados à origem geográfica.
· “Eu sou paulista e ela é goiana. Nós somos brasileiros.”
Adjetivos primitivos: não se originam de substantivos.
· “Ela tem um espírito livre.”
Adjetivos compostos: possuem mais de uma raiz.
· “Meu boné é verde-escuro.”
Locução adjetiva: ocorre quando há junção de uma preposição e um substantivo (ou equivalente) com valor de adjetivo.
· “Eu sou uma mulher de fibra.” (ou seja, uma mulher forte)
Numeral
O numeral é a classe de palavra utilizada para quantificar algo, definindo valor numérico.
Cardinal: indica a quantidade de seres ou coisas.
· “Eu preciso de sete tomates.”
· “Este prédio tem mais de vinte andares.”
Ordinal: indica a ordenação, hierarquia, entre seres ou coisas em uma série.
· “Pegue o terceiro livro da estante.”
· “Fui a primeira colocada.”
Multiplicativo: exprime a multiplicidade dos seres ou coisas. Os mais comuns são “dobro”, “duplo” e “triplo”.
· “Tinha o dobro da idade e o triplo da disposição.”
Fracionário: indica a fração de seres ou coisas. Os mais comuns são “meio”, “metade” e “terço”.
· “Pediu metade do valor adiantado.”
Coletivo: é o substantivo que indica um número exato de seres ou coisas de determinada categoria.
· “Eu gostaria de uma dúzia de ovos, por favor.”
· “Havia algumas centenas de pessoas no evento.”
Pronome
Pronome é a classe de palavra que representa ou acompanha um substantivo. Pode ser classificado em:
Pessoal: refere-se às pessoas do discurso, podendo ser do caso reto, do caso oblíquo tônico ou átono, ou de tratamento.
· “Ele era um grande amigo.”
· “Não se fez de rogada.” 
Possessivo: indica posse ou relação de afeto, estando associado ao pronome pessoal.
· “Meu caro amigo, me perdoe por favor.” (Chico Buarque)
· “Todas as nossas meias estão espalhadas pela casa.”
Demonstrativo: indica algo ou alguém que se aproxima ou se distancia no tempo e no espaço.
· “Lia coisas incríveis para aquele lugar e aquele tempo.” (Augusto dos Anjos)
Indefinido: aplica-se especificamente à 3ª pessoa quando há efeito vago ou indeterminado.
· “Ninguém me viu entrando.”
· “Há algo a ser feito?”
· “Está ciente de tudo.”
Interrogativo: é usado para fazer uma pergunta de maneira direta ou indireta.
· “Quantos anos você tem?”
· “Quem vem lá?”
Relativo: refere-se ao antecedente, ou seja, ao termo anterior no enunciado. Pode ser variável ou invariável.
· “Fui eu que escrevi essa história.”
· “Passeias onde não ando.” (Fernando Pessoa)
Verbo
O verbo expressa uma ação, um estado, um desejo, um acontecimento ou um fenômeno natural. Ele é dividido em modo e tempo, isto é, os modos verbais (indicativo, subjuntivo e imperativo) e os tempos verbais (passado, presente ou futuro em relação ao momento da fala). 
Indicativo: verbos no modo indicativo correspondem a ações tidas como reais ou certas de se acontecer ou de terem acontecido. Podem ser conjugados no presente, no passado (pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito mais-que-perfeito) e no futuro (futuro do presente e futuro do pretérito).
Subjuntivo: verbos no modo subjuntivo são aqueles cuja ação verbal não é tida como certa, isto é, não temos certeza se a ação ocorreu ou ocorrerá. Podem ser conjugados no presente, no passado (pretérito imperfeito) e no futuro.
Imperativo: verbos no modo imperativo são usados para expressar ordem ou conselho, tanto no afirmativo como no negativo.
Os verbos são classificados de acordo com a conjugação, podendo ser regulares, irregulares, anômalos, defectivos ou abundantes.
Regular: apresenta conjugação que segue o mesmo padrão que a maioria dos outros verbos.
· 
· Eu estudo
· Tu estudas
· Ele estuda
· Nós estudamos
· Vós estudais
· Eles estudam
Irregular: apresenta conjugação irregular, ou seja, que não segue o padrão mais frequente dos outros verbos, ou seja, ou a raiz muda ou a desinência verbal muda.
· Eu venho
· Tu vens
· Ele vem
· Nós vimos
· Vós vindes
· Eles vêm
Anômalo: apresenta conjugação que modifica profundamente o verbo, inclusive no próprio radical.
· 
· Eu vou
· Tu vais
· Ele vai
· Nós vamos
· Vós ides
· Eles vão
Defectivo: não pode ser conjugado em todas as formas existentes para a maioria dos outros verbos; portanto, não é regular e nem irregular. O verbo falir, por exemplo, só apresenta conjugação nas pessoas a seguir:
· Nós falimos
· Vós falis
Abundante: algumas de suas conjugações apresentam mais de uma forma aceita na norma-padrão da língua portuguesa.É o caso do particípio passado do verbo imprimir: (as duas formas existem).
· imprimido 
· impresso 
Advérbio
Os advérbios são palavras que complementam o sentido de verbos, adjetivos e de advérbios.
Lugar: serve para complementar o sentido de lugar ao qual o verbo se refere.
· “Eu venho de longe.”
Tempo: complementa o sentido de tempo ou de período referido pelo verbo.
· “Nós nos veremos amanhã.”
Intensidade: serve para tornar a ação do verbo mais ou menos intensa.
· “Eles falam demais.”
Modo: ajuda a transmitir o modo ou a maneira como a ação do verbo ocorreu.
· “Elas se arrumaram rapidamente.” 
Afirmação: complementa ou reforça o sentido de afirmação do verbo.
· “Certamente tentou de tudo”
Negação: complementa ou reforça o sentido de negação do verbo.
· “Não quis nenhum.”
Dúvida: complementa ou reforça o sentido de dúvida do verbo.
· “Talvez eu volte.”
Preposição
Palavra invariável, a preposição serve para relacionar dois termos em um enunciado, gerando sentido entre eles. São elas:
a – ante – após – até – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – por – sem – sob – sobre – trás
· “Voltei para casa cedo.”
· “Estive em algumas praias.”
Locução prepositiva: ocorre quando há junção de duas ou mais preposições.
· “Passou por trás de uma igreja.”
Conjunção
Conjunções são palavras invariáveis que reúnem dois ou mais elementos ou orações no mesmo enunciado, estabelecendo sentido. Quando os elementos conectados criam relação de dependência, ou seja, precisam estar juntos para o discurso fazer sentido, dizemos que há subordinação entre eles. Nesse caso, as conjunções que ligam esses elementos são chamadas de conjunções subordinativas e podem ser classificadas como:
Causal: inicia uma oração subordinada dando sentido de causa.
· “Ele não sabia o conteúdo, porque faltou naquela aula.”
Concessiva: inicia uma oração subordinada dando sentido de oposição à ação principal (sendo, porém, incapaz de impedi-la).
· “Eles não se davam bem, embora fossem da mesma família.”
Condicional: inicia uma oração subordinada que é condição ou hipótese para a realização da ação da oração principal.
· “Nós iremos se for perto daqui.”
Final: inicia uma oração subordinada indicando finalidade.
· “Arrumou-se por horas para ser o destaque da festa.”
Temporal: inicia uma oração subordinada que indica circunstância de tempo.
· “Parava de fazer qualquer coisa quando ficava cansado.”
Consecutiva: inicia uma oração subordinada estabelecendo relação de consequência.
· “A fila demorou tanto que eu desisti de comer.”
Comparativa: estabelece comparação entre dois elementos.
· “O projeto delas foi mais premiado do que fora previsto.”
Integrante: inicia uma oração que tem função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto da oração principal.
· “Eu pensei que nós iríamos sair logo.”
Caso os elementos conectados sejam independentes, ou seja, o discurso continua compreensível mesmo que os elementos apareçam isoladamente, as conjunções que os conectam são chamadas de conjunções coordenadas e podem ser classificadas como:
Aditivas: estabelecem sentido de adição, soma entre elementos ou orações.
· “Era uma companhia agradável e divertida.”
Alternativas: estabelecem sentido de alternância entre elementos ou orações.
· “Podia ser uma companhia agradável ou divertida.”
Adversativas: estabelecem sentido de oposição entre elementos ou orações.
· “Era uma companhia agradável, mas não divertida.”
Conclusivas: estabelecem sentido de conclusão e/ou consequência entre orações.
· “Podia ser uma companhia divertida e, portanto, agradável.”
Explicativas: ligam uma oração que explica ou justifica outra.
· “Era uma companhia agradável, porque era muito divertida.”
Interjeição
Interjeições são expressões autônomas que, por si só, tendem a ser consideradas enunciados completos, muitas vezes exclamativos. Traduzem estados emocionais ou desejos, podendo ser apenas sons vocálicos espontâneos, palavras isoladas ou locuções interjetivas:
· “Ai! Está doendo muito!”
· “Psiu! Silêncio!”
· “Viva! Que maravilha essa notícia!”
· “Ai de mim!”
Questão 1 -  Instituto AOCP - MPE MS - Analista - Área: Contabilidade - 2023 
DICAS PARA ENFRENTAR O MAL-ESTAR
Vida sem sofrimento não tem, mas há formas piores e melhores de encará-lo.
Vera Iaconelli – 5 set. 2022
Uma dica é admitir que a consciência, que é uma ferramenta recém-adquirida pela humanidade, está fadada a fracassar em suas pretensões iluministas. Se a intenção for dar conta da experiência da vida apoiado na capacidade de atribuir-lhe sentido, melhor enfiar a viola no saco. Foi na tentativa de tudo entender, controlar e predizer, capturados por excessivas promessas da ciência, que nos perdemos. Entre encontrar "o" sentido da vida ou vivê-la, sugiro investir na poesia.
Outra dica é admitir que sem o outro não dá. Não apenas porque o isolamento mina nossas forças, mas porque nunca estamos inteiramente sós. O diálogo interno implica um outro que nos habita, nos julga, adula e recrimina. Paradoxalmente, pode-se dizer o oposto também: nunca estamos verdadeiramente acompanhados pela impossibilidade estrutural de compartilhar a experiência.
O encontro com o outro pode confirmar nossas péssimas expectativas, mas também pode nos surpreender. Como quando percebemos que todos os amores da nossa vida foram horríveis, exceto um. E justo esse, que escapa à série, pode acabar levando a bronca que cabia aos anteriores, justamente por contrariar experiências e expectativas. O encontro com o outro tem desses embaraços e deleites.
Quando o outro nos deixa — voluntária ou involuntariamente — nos expõe a um dos maiores entraves de qualquer relação, que é o medo de sofrer, claro. A técnica de se isolar para não sofrer seria boa se funcionasse, mas o isolamento é fonte de inesgotáveis sofrimentos compartilhados no divã. Vivemos o paradoxo das relações humanas incrementado pelas agruras da era midiática. As ferramentas que poderiam nos aproximar magicamente confirmam que não há tecnologia que resolva o infantil em nós que permanece ainda que a infância chegue ao fim. Mais do que aproximar, as mídias têm promovido sofrimento em escala global e instantânea.
Tem também a dica de cuidar. Não esse cuidado compulsório imputado às mulheres para fins de desoneração da responsabilidade dos homens. Mas o cuidado que emerge do reconhecimento de que o outro é feito da mesma massa que nós. Cuidar e ser cuidado é a dobradinha de ouro rumo à civilização, que parece cada vez mais distante.
Por fim, mas sem esgotar o tema, vá ao teatro. Por quê? Pois se trata da principal experiência coletiva na qual o outro nos invade tentando ultrapassar, pela poética, nossa obsessão pelo sentido. O teatro tem algo embaraçoso, que ultrapassa o cinema. O corpo a corpo com os atores em tempo real — com direito a falhas e ao constrangimento de se deixar emocionar e ser visto por quem te emociona — enaltece nossa fragilidade ao invés de escamoteá-la. 
Adaptado de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/veraiaconelli/2022/09/dicas-para-enfrentar-o-mal-estar.shtml. Acesso em: 09 jan. 2023.
Sobre o excerto “Entre encontrar ‘o’ sentido da vida ou vivê-la, sugiro investir na poesia.”, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A substituição do artigo definido “o” pelo indefinido “um” modificaria o sentido do excerto.
b) A conjunção “ou” coordena duas orações e veicula um sentido de alternativa.
c) As aspas no artigo são utilizadas para ressaltar esse item.
d) A palavra “vida” é retomada por um pronome pessoal átono.
e) Para a autora, “investir na poesia” é uma opção equivalente a “encontrar ‘o’ sentido da vida”.
Questão 2 - Instituto AOCP - CGE MS - Auditor do Estado - Área Auditoria geral – 2022
Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas
BBC Ideas
20 fevereiro 2022
Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras — sobretudo aquelas ricas em açúcare gordura. Mas por que são tão irresistíveis? Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos cérebros quando optamos por certos alimentos.
Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.
Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é especialmente desenvolvida em humanos e primatas. Nela, grupos de neurônios respondem a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece. Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o açúcar.
Aspecto social
Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas vidas e na sociedade também é complexa.
De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer. "O que está disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela para a BBC Ideas.
No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis. E podemos nos ajudar entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.
Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos atraente, e não pelo teor em si. No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos saudáveis e fazer escolhas saudáveis.
 Adaptado de: < https://www.bbc.com/portuguese/geral60127411 >. Acesso em: 24 fev. 2022.
Considerando os usos de elementos gramaticais e os sentidos produzidos no texto, assinale a alternativa correta.
a) O pronome destacado no trecho “Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras [...]” tem por função particularizar elementos.
b) O advérbio destacado no trecho “[...] se você entrasse em uma máquina de ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.” introduz uma metáfora.
c) A preposição em destaque no trecho “Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos saudáveis e fazer escolhas saudáveis.” expressa o sentido de adição de informações.
d) A conjunção destacada no trecho “Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras — sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura.” expressa o sentido de algo principal.
e) A preposição destacada no trecho “No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis.” expressa o sentido de finalidade.
Questão 3 - Instituto AOCP - Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul - Assistente Previdenciário – 2022
Texto I
Mafalda conhecendo a Liberdade
..
 QUINO. 10 anos com Mafalda. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
Texto II
Jean-Paul Sartre: “O inferno são os outros”
O ser humano é absolutamente livre. Mas isso não é tão simples -e agradável- quanto parece
Estamos condenados a ser livres. Essa é a sentença de Sartre para a humanidade. O filósofo e escritor francês, ao lado do argelino Albert Camus, foi um dos maiores representantes do existencialismo, corrente filosófica que nasceu com Kierkegaard e reflete sobre o sentido que o homem dá à própria vida. Para Sartre, a existência do ser humano vem antes da sua essência. Ou seja, não nascemos como uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.
Segundo o filósofo, antes de tomar qualquer decisão, não somos nada. Vamos nos moldando a partir das nossas escolhas. Toda essa liberdade resulta em muita angústia. Essa angústia é ainda maior quando percebemos que nossas ações são um espelho para a sociedade. Estamos constantemente pintando um quadro de como deveria ser a sociedade a partir das nossas ações — o curioso é que o próprio Sartre era viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente um exemplo de conduta. Defendia que temos inteira liberdade para decidir o que queremos nos tornar ou fazer com nossa vida.
A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres. O problema é que nossos projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos outros. Eles, os outros, tiram parte de nossa autonomia. Por isso, temos de refletir sobre nossas escolhas para não sair por aí agindo sem rumo, deixando de realizar as coisas que vão definir a existência de cada um.
Ao mesmo tempo, é pelo olhar do outro que reconhecemos a nós mesmos, com erros e acertos. Já que a convivência expõe nossas fraquezas, os outros são o “inferno” — daí a origem da célebre frase do pensador francês.
Em uma França devastada, após o final da 2ª Guerra, liberdade não era exatamente a palavra do momento. Mas as ideias de Sartre inspiraram toda uma geração de ativistas, como os revolucionários de Paris, em maio de 1968, que ajudaram a derrubar o governo conservador francês. O filósofo ficou conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre filósofa existencialista. Ela foi sua companheira de toda a vida, apesar de nunca terem firmado um compromisso....
Sartre morreu como um filósofo pop. Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu funeral.
 Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/o-inferno-sao-osoutros-sartre/. Acesso em: 27 dez. 2021.
Considerando aspectos linguísticos e gramaticais presentes no Texto I, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) Em “Como você é pequenininha!”, o termo em destaque pertence à mesma classe de palavras que o destacado em “Já tirou sua conclusão estúpida?”.”
( ) Em “Todo mundo tira uma conclusão estúpida quando me conhece.”, o trecho em destaque poderia ser substituído, sem prejuízo de sentido, por “ao me conhecer”.
( ) A conjunção “quando”, empregada em “Todo mundo tira uma conclusão estúpida quando me conhece.”, indica tempo e poderia ser substituída, sem mudança de sentido, por “se”.
( ) Em “Todo mundo tira uma conclusão estúpida quando me conhece.”, o pronome “me” foi usado em próclise, antes do verbo, mas também poderia vir encliticamente, à frente do verbo, sem prejuízo gramatical.
( ) Todos os verbos utilizados na tira indicam certeza e foram empregados no presente do indicativo.
a) V – V – V – F – F. b) F – F – V – V – V. c) V – V – F – F – F. d) F – V – V – V – F. e) V – F – V – F – V.
Questão 4 - Instituto AOCP - SED MS - Professor de Artes – 2022
COORDENADAS Paula Pimenta
Naquela noite você me disse do anacronismo[que também sentia, Do conformismo que eu não queria, Do seu ceticismo e da melancolia, De todos os “ismos” de que tinha mania. Só esqueceu de me avisar o que eu podia. O que eu não devia. E aonde ia...
Fonte: PIMENTA, Paula. Confissão. Belo Horizonte: Editora Canônica, 2001.
O item “ismos”, no quarto verso do poema, está sendo empregado como um
a) sufixo. b) substantivo. c) radical. d) adjetivo. e) prefixo.
Questão 5 - Instituto AOCP - Prefeitura de Pinhais - Motorista – 2022
Disponível em: http://www.willtirando.com.br/o-amor-nosprimordios-da-internet/. Acesso em: 3 jun. 2022.
Assinale a alternativa correta sobre o item destacado em “Você esqueceu de mandar o anexo.”.
a) Trata-se de um substantivo.
b) Trata-se de um pronome que se refere à segunda pessoa do singular.
c) Trata-se de um pronome de tratamento utilizado em situações formais de comunicação.
d) Poderia ser substituído por “Ti”.
e) É um pronome indefinido, pois não se sabe a quem o locutor está se dirigindo.
Questão 6 - Instituto AOCP - SED MS - Professor - Área: Educação Física – 2022
A MODA DA HONESTIDADE E MORALIDADE
Isnar Amaral
Cria-se tanta moda neste planeta, umas até bastante estranhas, mas acabam caindo no gosto das pessoas. Ora, segundo definição em estatística, moda é o valor, conjunto de dados ou comportamentos que ocorrem com maior frequência, o que é comum para a maioria.
Então, com base neste conceito, ocorreme uma inspiração que poderia mudar as atitudes deste país a partir das crianças. Sim, a partir delas já, pois a grande maioria já escolhe as marcas e os modelos do que quer usar ou ganhar, influenciada pela ação profissional dos marqueteiros. As mais diversas mídias criam e mudam conceitos a partir da insistência de divulgação, sendo, ao mesmo tempo, uma ferramenta e uma arma. Em dado período, a música sertaneja era coisa de “grosso”, porém bastou acrescentar a palavra “universitário” para cair no gosto da grande maioria, criando, assim, uma moda. __
Por que não criar a moda do honestamente correto, do moralmente correto, do humanamente correto e do saudável? Com certeza, o surgimento de um movimento neste sentido seria de eficácia extraordinária, pois a moda é uma onda que se alastra com velocidade extrema. Se esta iniciativa fosse implantada por meio da educação escolar, talvez provocasse algum efeito daqui a dezenas de anos. Se fosse lançada como moda, no mesmo ano a grande maioria das pessoas entraria em ressonância. Seria a arrancada para a criação de uma sociedade mais correta e justa, pelo simples fato de que todos querem andar na moda.
Os grandes criadores de moda e de comportamentos têm este poder, basta querer e colocar em prática. A questão toda é se isto interessa a alguém e de que modo pode gerar lucros.
A “nova moda” agregaria um aliado na nossa atividade profissional – que é criar ambientes propícios para a saúde física, mental e financeira às pessoas e empresas. A nossa atuação tem como mote eliminar nocividades dos ambientes residenciais visando à manutenção da saúde dos ocupantes e realinhar a energia dos ambientes empresariais em prol do pleno desenvolvimento do negócio, sempre considerando a honestidade, a moralidade e o ambientalmente correto. Pessoas saudáveis e empresas de sucesso são os nossos objetivos, a partir dos seus ambientes.
Pode ser um devaneio, mas como tudo o que se cria parte de um sonho, uma ideia ou pensamento, não seria esta a forma mais imediata para mudar o ambiente de um país de espertos em causa própria? [...]
Adaptado de: https://www.portaldenoticias.com.br/noticia/4761/opiniao-amoda-da-honestidade-e-moralidade.html. Acesso em: 24 fev. 2022.
Quanto ao excerto “Então, com base neste conceito, ocorre-me uma inspiração que poderia mudar as atitudes deste país [...]”, assinale a alternativa correta.
a) “Então” é um advérbio de tempo, como em “'O João chegou a casa. Preparou-se, então, para dormir uma sesta.”. 
b) Os termos “neste” e “deste” são elementos coesivos que atuam retomando elementos anteriormente citados no texto.
c) O conceito a que o excerto se refere é a criação de muitas modas no planeta, mencionado no primeiro parágrafo do texto.
d) A ênclise do pronome átono no excerto é facultativa.
e) O item “que” é um pronome relativo que evita a repetição da palavra “inspiração” no excerto.
Questão 7 - Instituto AOCP - SED MS - Professor de Artes – 2022
ENTREVISTA COM O PROFESSOR, EDUCADOR E FILÓSOFO MARIO SERGIO CORTELLA
Cada vez mais a aprendizagem ocorre fora do espaço escolar. O que é preciso fazer para conquistar o aluno quando tudo fora da escola parece mais interessante?
Vou te dizer uma coisa que parece óbvia: Ninguém deixa de se interessar por aquilo que interessa. Nós temos de saber o que interessa ao aluno para, a partir daí, chegar ao que é necessário. É preciso conhecer o universo circunstancial dos alunos: as músicas que eles estão ouvindo, o que estão assistindo de programas e vendo de desenho animado, para chegar à seleção do conteúdo científico necessário. Temos de partir do universo vivencial que o aluno carrega para chegar até aquilo que de fato é necessário acumular como cultura produzida pela humanidade. Hoje, a escola não pode ser extremamente abstrata, como no meu tempo. O conteúdo tem de ser conectado com o dia a dia.
[...]
Conversando com pais e professores, a impressão é de que estão insatisfeitos. As famílias se queixam das escolas e as escolas, dos pais. O que acontece?
Antes de mais nada, não estamos diante do crime perfeito, em que só há vítimas. Temos autor também. E essa autoria é multifacetada. A escola foi soterrada nos últimos 30 anos com uma série de ocupações que ela não dá conta – e não dará. Em uma sociedade em que os adultos passaram a se ausentar da convivência com as crianças, seja por conta do excesso de trabalho, da distância nas megalópoles ou da falta de paciência para conviver com aqueles que têm menos idade, a escola ficou soterrada de tarefas. A escola passou a ser vista como um espaço de salvação.
[...] Adaptado de: https://colegiopalavraviva.com.br/entrevistas/entrevistacom-o-professor-educador-e-filosofo-mario-sergio-cortella/.Acesso em: 24 fev. 2022.
Em “A escola passou a ser vista como um espaço de salvação.”, o termo em destaque NÃO
a) está flexionado no pretérito perfeito.
b) faz parte de uma locução verbal.
c) tem significado semelhante a “começou”.
d) carrega morfemas de modo e tempo verbal. Obs.:
e) é um verbo que constitui predicado.
Questão 8 - AOCP - Prefeitura de Belém - Médico Veterinário – 2022
O aluno computador
Há perguntas para as quais a memória perfeita não consegue responder.
Rubem Alves
Era uma vez um jovem casalmuito feliz. Ela estava grávida e eles esperavam com grande ansiedade o filho que nasceria.
Transcorridos os nove meses de gravidez, ela deu à luz um lindo computador! Que felicidade ter um computador como filho! Era o filho que desejavam! Por isso eles haviam rezado muito, durante toda a gravidez... O batizado foi uma festança. Deram-lhe o nome de Memorioso, porque julgavam que uma memória perfeita é o essencial para uma boa educação. Educação é memorização. *Crianças com memória perfeita vão bem na escola e não têm problemas para passar no vestibular.
E foi isso mesmo que aconteceu. Memorioso memorizava tudo o que os professores ensinavam. E não reclamava. Seus companheiros reclamavam, diziam que aquelas coisas que lhes eram ensinadas não faziam sentido. Não aprendiam. Tiravam notas ruins. Ficavam de recuperação, o que não acontecia com Memorioso.
Ele memorizava com a mesma facilidade a maneira de extrair raiz quadrada, reações químicas, fórmulas de física, acidentes geográficos, datas de eventos históricos, regras de gramática, livros inteiros. A memória de Memorioso era perfeita.
Ele só tirava dez. E isso era motivo de grande orgulho para os seus pais. Os outros casais, pais e mães dos colegas de Memorioso, morriam de inveja. Quando seus filhos chegavam em casa trazendo boletins com notas vermelhas, eles gritavam: “Por que você não é como o Memorioso?”.
Memorioso foi o primeiro no vestibular. O cursinho que ele frequentara publicou sua fotografia em outdoors. Apareceu na televisão como exemplo a ser seguido por todos os jovens. Na universidade, foi a mesma coisa. Só tirava dez. Chegou, finalmente, o dia tão esperado: a formatura.
Memorioso foi o grande herói, elogiado pelos professores. Ganhou medalhas e mesmo uma bolsa para doutoramento no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Depois da cerimônia acadêmica, estavam todos felizes no jantar. Até que uma linda moça se aproximou de Memorioso: “Eu gostaria de lhe fazer uma pergunta”, disse a jovem. “Pode fazer”, respondeu Memorioso, confiante.
Ele sabia todas as respostas. Aí ela fez a pergunta: “De tudo o que você tem memorizado, o que mais te comove?”.
Memorioso ficou em silêncio. Aquela pergunta nunca lhe havia sido feita. Os circuitos de sua memória funcionavam com a velocidade da luz procurando a resposta. Mas ela não estava registrada em sua memória. Onde poderia estar? Seu rosto ficou vermelho. Começou a suar. Sua temperatura subiu. E, de repente, seus olhos ficaram muito abertos, parados, e se ouviu um chiado estranho dentro de sua cabeça, enquanto a fumaça saía por suas orelhas.
Memorioso primeiro travou. Deixou de responder a estímulos. Depois apagou, entrou em coma. Levado às pressas para o hospital de computadores, verificaram que o seu disco rígido estava irreparavelmente danificado. Há perguntas para as quais a memória perfeita não consegue responder. É preciso coração.
Disponível em: http://www.revistaeducacao.com.br/o-aluno-computador/. Acesso em: 01/03/2020.
No trecho “Era uma vez um jovem casal muito feliz.”, a palavra em destaque classifica-se como
a) advérbio de intensidade, com a função de modificar o termo “feliz”, realçando seu sentido.
b) substantivo abstrato, pois faz referência a um sentimento.
c) pronome indefinido, pois não especifica com exatidão o vocábulo “feliz”.
d) adjetivo quantitativo, com função de quantificar o termo “feliz”.
e) artigo indefinido, pois não especifica com exatidão o vocábulo “feliz”.
Questão 9 - Instituto AOCP - SANESUL - Técnico - Área: Automação – 2021
TÉDIO: A MISSÃO
Se você está lendo essa revista agora é só porque seus antepassados sentiram medo, muito medo. Não fosse por isso, a espécie humana já teria desaparecido da face da Terra há muito tempo. É o medo, dizem os cientistas, que nos coloca em estado de alerta e nos prepara para lutar ou fugir diante de uma ameaça, seja ela real ou imaginária. Mas e o tédio? Para que serve? Onde vive? Do que se alimenta? “Se o medo nos ajuda a evitar o perigo, o tédio nos encoraja a explorar novos territórios”, explica a psicóloga britânica Sandi Mann, da Universidade de Lancashire, no Reino Unido, uma das poucas cientistas especialistas no assunto: “Se nossos antepassados não tivessem sentido tédio, a humanidade não teria realizado inúmeras façanhas”.
Sandi prova o que diz no estudo Being Bored at Work Can Make Us More Creative (Sentir-se Entediado no Trabalho Pode nos Tornar Mais Criativos, livre tradução), publicado na revista British Psychological Society. Primeiro, ela submeteu um grupo de 40 voluntários a uma atividade para lá de maçante: copiar, por 15 minutos, uma extensa lista de números telefônicos. Um segundo grupo, com a mesma quantidade de participantes, foi poupado dessa tarefa inglória. Depois, Sandi solicitou às duas turmas que bolassem o maior número possível de usos para dois prosaicos copos plásticos. Resultado: o grupo submetido à tarefa enfadonha saiu-se melhor no teste. “O tédio é um excelente aliado da criatividade”, assegura.
Mas turbinar a criatividade não é a única vantagem do tédio. O neurocientista canadense James Danckert, da Universidade de Waterloo, aponta outra: a necessidade de mudança. Segundo ele, permanecer muito tempo parado em um mesmo lugar, por exemplo, pode ser prejudicial à sobrevivência de uma espécie, pois torna o animal mais vulnerável à ação de predadores. “Quando queimamos o dedo, a dor nos avisa que precisamos retirá-lo o mais depressa possível de perto do fogo. Quando sentimos um gosto ruim na boca, o nojo nos alerta que aquela comida pode estar estragada. Exatamente o mesmo processo acontece quando sentimos tedio. Ele é uma espécie de alarme que dispara sempre que algo precisa ser mudado em nossa vida”, compara.
(Adaptado de: BERNARDO, André. Tédio: a missão. Revista Galileu. Mar. 2016.)
Os termos “primeiro” e “depois”, presentes no segundo parágrafo do texto,
a) são numerais.
b) são conjunções.
c) atuam como modificadores de substantivos na oração.
d) atuam na organização lógica das partes do texto.
e) poderiam ser substituídos por ‘primeiramente” e “atrás”, respectivamente.
Questão 10 - Instituto AOCP - Câmara de Teresina - Procurador – 2021
A SUA SUPERDESENVOLVIDA HABILIDADE
DE LER MENTES
Renato Caruso Vieira
Você é encarregado de conduzir uma reunião com quatro diretores de filiais da sua empresa: a Sra A., o Sr. B., a Sra C. e o Sr. D. Dirigindo-se à sala de reuniões, você é recebido, ainda no corredor, por um de seus assessores, com quem trava o seguinte diálogo:
Você: — Todos os diretores chegaram?
Assessor: — Alguns chegaram.
Adentrando a sala, você avista, já
acomodados e preparados, a Sra A., o Sr. B., a Sra C. e o Sr. D. Confuso, você interpela discretamente o assessor:
— Por que você disse que alguns dos diretores haviam chegado se todos eles já chegaram?
— Tudo o que eu disse foi que alguns dos diretores haviam chegado. A Sra A. e o Sr. B são alguns dos diretores e eles chegaram. Portanto, eu falei a verdade.
Apesar de reconhecer a consistência lógica irretocável da justificativa, você dificilmente absolveria seu assessor da culpa de ter feito mau uso da linguagem. [...]
A correta interpretação de uma sentença proferida por um falante depende da habilidade de reconhecimento das intenções que ele pretendeu comunicar com aquela escolha de palavras. E a escolha de palavras do falante depende da avaliação que ele faz da habilidade do ouvinte de reconhecer as intenções comunicadas por ele. Assim, a culpa pelo mau uso da linguagem que atribuímos ao assessor, na narração ilustrativa que introduziu este texto, adveio de sua incapacidade de reconhecer a indução à inferência de “somente alguns [diretores chegaram], mas não todos” provocada pela escolha de palavras que fez naquele contexto particular.
[...] Podemos identificar as interações conversacionais como constantes exercícios de metarrepresentação (representação mental da representação mental do outro) sustentados pela superdesenvolvida habilidade humana de “leitura de mentes” [...].
A “leitura de mentes”, que conceitualmente se confunde coma capacidade de reconhecimento das intenções alheias, é uma adaptação humana com participação em todas as grandes conquistas evolutivas da nossa espécie em termos de cognição social. Não se observa no reino animal capacidade comparável à humana de comunicação, de cooperação, de compartilhamento de informações, de negociação. [...]
Adaptado de: <http://www.roseta.org.br/pt/2020/03/16/a-sua-superdesenvolvida-habilidade-de-ler-mentes/>. Acesso em 13 jul. 2020.
Qual é a relação sintático-semântica estabelecida entre as orações no excerto “Adentrando a sala, você avista [...] a Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr. D.”?
a) Tempo.
b) Lugar.
c) Causa.
d) Consequência.
e) Finalidade.

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