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RESUMO EQUÍDEOS

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INTRODUÇÃO À CRIAÇÃO DOS EQUÍDEOS
Cavalos e outros equídeos nem sempre foram da maneira como vemos hoje. Ao longo de milhões de anos, várias mudanças ocorreram e muitas espécies existiram, sobrevivendo de acordo com as alterações em seu habitat natural. 
O cavalo doméstico de hoje se assemelha parcialmente aos seus antepassados. Alguns traços em relação à sua ​conformação e coloração ainda são compartilhados, enquanto características comportamentais e fisiológicas podem ter sido alteradas.
O relacionamento homem-cavalo tem uma história longa e variada. Enquanto a carne pode ter sido a primeira motivação no estágio inicial de domesticação, ao longo do tempo, os cavalos tornaram-se ferramentas importantes para o transporte e estão atualmente sendo mais utilizados como animais de companhia. Diferentemente a muitos outros animais domésticos, que são mantidos principalmente para reprodução, produção de carne, produção de leite ou de lã, os cavalos assumiram uma posição na sociedade basicamente devido a sua habilidade locomotora, que permite que este animal seja utilizado como fonte de lazer e esporte, força de tração no trabalho agrícola das zonas rurais e até mesmo em programas de equitação terapêutica.
1) Quais são as características do cavalo atual? Comente sobre a importância evolutiva dessas características.
Cavalo atual:
- Corpo proporcional;
- Pescoço longo sustentando a cabeça;
- Orelhas móveis, alertas a qualquer som;
- Olhos situados na parte mais alta da cabeça e bem separados um do outro;
- Narinas grandes;
- Crina no pescoço, proteção aos inimigos naturais.
Os equinos assumiram novas características como dentes projetados para pastar, pescoço maior para facilitar o acesso ao alimento, pernas maiores para facilitar fugas e pés apropriados para terrenos mais duros.
EZOOGNÓSIA
Ezoognósia é o estudo da morfologia externa dos animais em função de suas atividades econômicas.
AGRONEGÓCIO CAVALO NO BRASIL
- 3º Posição Muncial = 5.900.700 cabeças
- Faturamento = R$ 7,5 bilhões
- Empregos diretos = 642.520
- Empregos indiretos = 2,6 milhões
SETORES DA EQUINOCULTURA
- Setor de insumos, produtos e serviços:
Medicamentos, rações, feno, selaria e acessórios, casqueamento/ferrageamento, transporte, educação/pesquisas, equipamentos em geral, construções, eventos e serviços de Medicina Veterinária.
- Setor de sistemas de criação, hospedagem, reprodução e recuperação:
Haras/fazendas de criação, hípicas, hotéis, jockey, centrais de transferência de embriões, clínicas de recuperação/hospitais, escolas de equitação e centros de treinamento.
- Setor de comercialização:
Leilões, importações, exportações e frigorífico.
DESAFIOS DA EQUINOCULTURA
- Aumentar a qualificação de mão-de-obra;
- Aproximar os setores do complexo;
- Melhorar os procedimentos de defesa sanitária; 
- Investir na exportação e importação;
- Mudar a ideia de que o cavalo está ligado a elite.
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DOS EQÜINOS
Importância: Julgamento, registro genealógico, avaliações genéticas e comércio.
A morfologia do corpo tem extrema importância na execução e na qualidade dos movimentos. A qualidade morfológica das regiões deve satisfazer as exigências dos movimentos e o balanceamento postural do corpo do animal.
CONFORMAÇÃO x FUNÇÃO
A movimentação e a locomoção dos cavalos são realizadas pela perda harmonizada do equilíbrio estático, integrado por um complexo sistema em que participam principalmente o sistema nervoso, ossos, ligamentos, articulações, tendões e músculos.
O esqueleto é o arcabouço de todo o corpo do cavalo e é o alicerce para o sistema de alavancas exercido pelas articulações. O esqueleto dos cavalos é formado por 205 ossos: Crânio = 34, coluna vertebral = 54, costelas = 36, esterno = 1, membro torácico = 40 e membro pélvico = 40.
Os músculos atuam como transmissores da cinética do movimento aos tendões, possibilitando a movimentação de todas as estruturas que formam e mantêm a estabilidade das articulações.
RAÇA
Grupo de animais da mesma espécie, com características comuns que os distinguem dos demais. Essas características, descritas no padrão racial, são transmitidas aos filhos dos cruzamentos entre os animais desse grupo através da herança genética.
DIVISÃO DO CORPO
- CABEÇA
- PESCOÇO
- TRONCO
- MEMBROS
- CABEÇA:
1. Nuca (Osso Ocipital)
2. Topete (Crina)
3. Fronte (Osso Frontal)
4. Chanfro (Ossos Nasais)
5. Orelha (Pele e cartilagem)
6. Fronte (Articulação Temporo-mandibular)
7. Olhal (Fossa Supra-orbitária)
8. Olho (Globo Ocular)
9. Pálpebras (Pele)
10. Narina (Pele e cartilagem)
11. Focinho (Pele e músculos)
12. Garganta (Laringe)
13. Parótida (Glândula)
14. Região Massetérica (Músculo Masséter)
15. Bochecha (Músculo Bucinador)
16. Ganacha (Ramo ventral da mandíbula)
17. Barba (Região inter-mandibular)
18. Mento (Pele)
19. Lábios (Pele)
Cabeça larga = bom desenvolvimento cerebral e respiratório.
Nuca alta e larga = boa inserção muscular. Favorece as inserções do ligamento nucal e do músculo braquiocefálico.
Fronte comprida, larga e plana com olhos afastados e salientes favorece a visão e o desenvolvimento cerebral
Mandíbulas afastadas = boa capacidade digestiva (mastigação e deglutição) e respiratória. Permite o bom flexionamento.
A forma triangular da cabeça está diretamente relacionada com o grau de evolução do sistema nervoso dos cavalos.
- PESCOÇO:
1. Borda dorsal
2. Borda ventral
3. Tábua do pescoço
A. Terço Cranial
B. Terço Medial
C. Terço Caudal
Coluna Vertebral: Eixo semi-rígido que orienta a conformação, dá sustentação e permite o encadeamento da biomecânica empurrada (caudo-cranial) da locomoção. De todos os segmentos da coluna vertebral, o cervical é o mais móvel.
-TRONCO:
4. Cernelha (Apófises espinhosas da 2ª a 7ª vértebras torácicas)
5. Dorso (8ª a 18ª vértebras torácicas)
6. Lombo (Vértebras lombares)
7. Anca (Tuberosidade ilíaca)
8. Garupa (Ossos da pelve, vértebras sacrais e músculos)
9. Peito (Músculos peitorais)
10. Axila (Músculos)
11. Inter-axila (Ponta do externo e músculos)
12. Costado (Costelas e músculos intercostais)
13. Flanco (Músculos abdominais)
14. Cilhadouro (Osso externo)
15. Ventre (Músculos abdominais)
16. Virilha (Pele)
17. Cauda (Vértebras e cocígenas)
18. Bainha e Bolsa escrotal (Prepúcio e testículos)
19. Nádega (Músculo semi-tendíneo e semi-membranoso)
O bloco da cernelha é o principal ponto de apoio para o eixo toraco-lombar, que transporta vetores de forças propulsoras.
Cernelha alta, longa, seca e bem dirigida facilita a biomecânica de flexão, extensão, sustentação, inflexão cervical e rotação.
Defeitos de ligação da cernelha com o pescoço = problemas nos ligamentos nucal e supra-espinhoso.
Cernelha alta e cortante ou baixa e empastada, com baixo desenvolvimento muscular.
Animal com dorso-lombo muito comprido = oscilam o ponto de equilíbrio (rebolam).
Animal com membros longos em relação ao dorso-lombo curto = fecha o quadrilátero de sustentação, perde flexibilidade e se toca (alcança).
Animais com ossos do quadril um pouco mais longos têm maior capacidade de propulsionar com agilidade, balanceamento e firmeza.
- MEMBROS:
 
REGIÕES PRÓPRIAS DOS MEMBROS ANTERIORES
19. Espádua (Escápula)
20. Braço (Úmero)
21. Codilho (Tuberosidade do Olécrano)
22. Antebraço (Rádio e Ulna)
23. Joelho (Ossos do Carpo)
REGIÕES COMUNS DOS MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES
24. Canela (Metacarpo e Metatarso)
25. Boleto (Art. Metacarpo ou metatarso-falangeana)
26. Quartela (1a e 2a falange)
27. Coroa (Junção da pele com o casco)
28. Casco (Estojo Córneo)
REGIÕES PRÓPRIAS DOS MEMBROS POSTERIORES
29. Coxa (Fêmur)
31. Soldra (Patela)
32. Perna (Tíbia e Fíbula)
33. Jarrete (Articulação Tíbio- tarso-metatarsiana)
PROPORÇÕES GERAIS
Altura de cernelha:
GRANDES: > 1,60 metros
MÉDIOS: entre 1,50 e 1,60 metros
PEQUENOS: entre 1,35 e 1,50 metros
Peso corporal
HIPOMÉTRICOS: abaixo de 350 kg
EUMÉTRICOS: entre 350 e 550 kg
HIPERMÉTRICOS: > de 550 kg
Índice Corporal
IC = Comprimento corporal x 100 / Perímetro torácico
BREVELÍNEO: IC < 85
MEDIOLÍNEO: IC entre85 e 88
LONGILÍNEO: IC > 88
TIPO x APTIDÃO:
Tração, sela, corrida e pôneis.
ANGULAÇÕES
ANGULAÇÃO DA CABEÇA:
90o com o pescoço.
Permite bom direcionamento da cabeça e melhor inserção dos músculos, tornando mais fácil o equilíbrio e os deslocamentos do centro de gravidade, além de proporcionar o melhor direcionamento das escápulas
ANGULAÇÃO DO PESCOÇO:
45o com o plano horizontal
Animal menso e/ou com pescoço baixo desloca o ponto de equilíbrio para frente, jogando mais peso nos anteriores. Menor amplitude das passadas do membro torácico, animal tropeça com facilidade.
Animal com pescoço muito alto desloca o ponto de equilíbrio para trás. Inversão da borda inferior do pescoço, alça em demasia os anteriores (alívio da cintura torácica), sobrecarrega os posteriores, torna as escápulas oblíquas, induz o dorso selado e a cabeça horizontalizada.
ANGULAÇÃO DA GARUPA
ANGULAÇÕES DOS MEMBROS
O Z formado pela angulação do membro posterior permite o desenvolvimento da propulsão motora. Os membros anteriores são responsáveis pela recepção e sustentação dessa força.
CRONOMETRIA DENTÁRIA EQUINA
Os dentes são capazes de fornecer grandes informações quando estamos falando de cavalos. Para além da mastigação, conhecer a cronologia dentária em equinos é um dos métodos mais simples para estimar a idade do animal.
Os equinos são difiodontes, ou seja, possuem uma dentição temporária, de leite, e uma dentição permanente. Além de serem difiodontes, os dentes dos equinos também estão em constante crescimento.
Os dentes de leite (caducos) apresentam coroa menor e mais clara e colo mais estreito e arredondado e os
definitivos podem apresentar estrias verticais amareladas na coroa.
A idade dos eqüinos é avaliada através de transformações que ocorrem naturalmente nos incisivos da arcada inferior em idades bem definidas:
- Desgaste da mesa dentária
- Alterações na forma e no desenho
- Nascimento e trocas dentárias
Fases da Cronometria Dentária:
- Nascimento dos caducos
- Desgaste dos caducos (rasamento)
- Muda dos caducos para definitivos
- Rasamento dos definitivos
- Nivelamento dos definitivos
- Triangulação
- Biangulação
Durante a vida do equino, ocorrem mudanças na sua dentição divididas em 7 fases:
1ª Fase: Nascimento dos caducos
Forma elíptica dos incisivos.
- 7-10 dias → Nascimento das pinças
- 30 dias → Nascimento dos médios 
- 6 meses → Nascimento dos cantos
2 ª Fase: Rasamento dos caducos
Forma ovalada dos incisivos e desaparecimento da cavidade dentária externa.
 - 1 ano → Rasamento das pinças
- 1 ½ ano → Rasamento dos médios 
- 2 anos → Rasamento dos cantos
3ª Fase: Mudas
Forma elíptica dos incisivos.
- Entre 2 ½ e 3 anos → Troca das pinças
- Entre 3 ½ e 4 anos → Troca dos médios
- Entre 4 ½ e 5 anos → Troca dos cantos
- Entre 5 e 5 ½ anos → Nascimento dos caninos nos machos
4ª Fase: Rasamento dos definitivos
Forma ovalada dos incisivos e desaparecimento da cavidade dentária externa.
- 6 anos → Rasamento das pinças
- 7 anos → Rasamento dos médios Cauda de andorinha (cantos superiores)
- 8 anos → Rasamento dos cantos
5ª Fase: Nivelamento dos definitivos
Forma arredondada dos incisivos
- 9 anos → Nivelamento das pinças
- 10 anos → Nivelamento dos médios
- 11 - 12 anos → Nivelamento dos cantos
6ª Fase: Triangulação
Forma triangular da mesa dentária dos incisivos (triângulo eqüilátero)
- 13 anos → Triangulação das pinças
- 14 anos → Triangulação dos médios
- 15 - 16 anos → Triangulação dos cantos
7ª Fase: Biangulação
Mesa dentária dos incisivos em forma de um triângulo isósceles
- 17 anos → Biangulação das pinças
- 18 anos → Biangulação dos médios
- 19 - 20 anos → Biangulação dos cantos
A queda dos dentes ocorre apenas em animais muito velhos. Com o avançar da idade ocorre o aguçamento da angulação da oclusão da arcada dentária.
10) Diferencie dentes caducos e definitivos.
Os dentes de leite (caducos) são menores, mais brancos e lisos, enquanto os dentes definitivos são maiores, mais amarelados, longos e com estrias acentuadas.
OUTRAS QUESTÕES
1- Em que situações devemos avaliar os dentes dos equinos?
Os dentes devem ser avaliados quando há perda de peso, incômodo com a embocadura; quando animal dá puxão nas rédeas, e antes não o fazia; quando abaixa e levanta a cabeça com frequência durante a montaria, balança a cabeça de um lado para o outro, apresenta relutância com agressividade; quando o equino derrama ração para fora do cocho e apresenta lentidão na mastigação e deglutição; quando há dificuldade na apreensão do alimento, cólicas recorrentes; presença de fibras de capim longas e grãos não quebrados nas fezes; descarga nasal; aumento no volume da face, fístulas faciais e problemas na doma e seu temperamento.
2- Quais os 3 principais fatores que devem ser observados para avaliar a
idade dos equinos pela dentição?
Devem ser observados a muda (substituição de dentes caducos por definitivos), o desgaste natural e progressivo (dos caducos e dos definitivos) e a angulosidade à oclusão.
3- Qual a fórmula dentária para potros?
O potro possui 24 dentes: 6 incisivos superiores e 6 inferiores; sem caninos; 6 pré molares superiores e 6 inferiores e sem molares.
4- Qual o número de dentes no cavalo adulto (machos e fêmeas) e porque as fêmeas apresentam menos dentes?
Os machos adultos possuem 40-44 dentes e as fêmeas adultas possuem 36-40 dentes. As fêmeas apresentam menos dentes porque não possuem caninos, geralmente.
5- Como são chamados os dentes incisivos nos equinos?
Os incisivos são as pinças (p), médios (m) e cantos (c).
6- O que significa rasamento dos dentes?
O rasamento é o desaparecimento do infundíbulo.
7- Com que idade aparecem os primeiros molares?
Os primeiros molares aparecem com 1 ano de idade.
8- Com que idade o equino “tem a boca feita”? 
Com 5 anos de idade.
PELAGEM DOS EQUINOS
Pelagem é o revestimento externo do animal e caracteriza-se pela coloração do conjunto formado por pele, pelos, crina e cauda.
O ponto principal da cor da pelagem do animal é a genética, assim como as outras características físicas. Porém, antes dos 2 anos, é impossível classificar o tom do cavalo, já que a idade pode fazer com que mude. Por esse motivo é que as associações das raças de cavalos não fazem a resenha definitiva ao nascer, e sim depois de certa idade. Até mesmo o clima, a alimentação e a exposição ao sol podem mudar a pelagem do animal.
SIMPLES E UNIFORMES
Pelos, crina e cauda de uma só tonalidade.
- Branca: Composta exclusivamente de pelos brancos. Praticamente extinta.
- Pseudoalbina (Pombo ou Gázeo): Pelos brancos em pele com ausência quase total de pigmentação. Olhos coloridos (azulados ou castanhos).
- Preta: Pelos, crina e cauda de coloração preta.
- Preta Azeviche: Pelagem preta, de tonalidade forte, com reflexos azulados.
- Preta Maltinta: Pelagem preta com reflexos amarelados na região do flanco e axilas.
- Alazã: Pelos, crina e cauda de coloração vermelha, variando de vermelha escura a amarelada.
- Alazã Tostada: Pelos de tonalidade vermelha escura, lembrando a cor de café torrado.
- Alazã Acima de Baia: Pelos de tonalidade amarela com crina, cauda e extremidades avermelhadas.
- Alazã Amarilha: Pelos de tonalidade amarela com crina e cauda creme ou branca.
SIMPLES E UNIFORMES
Crina, cauda e extremidades pretas
- Castanha: Pelos de tonalidade vermelha com crina, cauda e extremidades pretas.
Castanha Clara: O vermelho é de tonalidade mais clara.
Castanha Pinhão: Pelos de tonalidade bem escura, quase preta, com reflexos avermelhados e crina, cauda e extremidades pretas.
- Baia: Pelos de tonalidade amarela que variam do claro ao bronzeado com crina, cauda e extremidades pretas.
- Baia Palha: Pelos amarelos bem claros, lembrando a cor da palha de milho.
- Pelo de Rato: Pelos de tonalidade cinza, lembrando a cor de rato com crina e cauda pretas. Somente asininos e muares.
COMPOSTAS
Interpolação de pelos de duas ou três cores diferentes, distribuídos pelo corpo do animal. A variação de cores pode ocorrer no mesmo pelo.
- Tordilha: Interpolação de pelos brancose pretos por todo o corpo do animal, inclusive crina e cauda. A pele é pigmentada. Nascem escuros e vão clareando à medida que envelhecem. Sempre um dos pais tem que ser da pelagem tordilha.
- Tordilha Negra: Pelagem preta com alguns pelos brancos interpolados. Acontece no início do clareamento.
- Tordilha Escura: Pelagem tordilha com predomínio dos pelos pretos.
- Tordilha Clara: Pelagem tordilha com predomínio dos pelos brancos.
- Tordilha Ruça: Pelos brancos por todo o corpo com excessiva pigmentação na pele das extremidades.
- Tordilha Cardã: Pelagem tordilha com reflexos avermelhados ou amarelados..
- Tordilha Pedrês: Quando pelos pretos formam pequenos tufos no fundo branco.
- Rosilha: Pelos brancos misturados a outra cor, que, por sua vez, é predominante na cabeça. Os potros já nascem rosilhos e não sofrem clareamento com o avançar da idade. A pelagem de fundo vem descrita na denominação da pelagem.
- Lobuna: Interpolação de pelos amarelos e pretos com predomínio dos pelos pretos na cabeça. As duas tonalidades podem estar no mesmo pelo. Pode ser clara ou escura.
- Ruana: Interpolação de pelos vermelhos, pretos e brancos. Somente asininos e muares
CONJUGADAS
Presença de malhas brancas despigmentadas em qualquer outra pelagem.
- Pampa: Malhas brancas despigmentadas bem delimitadas com qualquer outra pelagem. Se o branco for o fundo, o nome pampa é o primeiro, por exemplo, pampa de preto, pampa de castanho. Se a predominância é outra cor, o pampa vem por último, como preto pampa e castanho pampa.
- Apalusa: Qualquer pelagem que apresenta malha branca na garupa, podendo atingir lombo, dorso, cernelha e costados. Apresenta pintas circunscritas da pelagem de fundo nessa malha.
- Persa ou Leopardo: Pelos brancos e pele com deficiência de pigmentação com pequenas malhas circunscritas de outra pelagem de fundo, distribuídas por todo o corpo do animal.
- Oveira: Malhas de despigmentação de contorno irregular em qualquer pelagem de fundo. As malhas despigmentadas nunca cruzam a região dorsal.
9) Sobre a aula de pelagens, como devemos diferenciar as pelagens preto maltinto e castanho pinhão?
Preta Maltinta: Pelagem preta com reflexos amarelados na região do flanco e axilas.
Castanha Pinhão: Pelos de tonalidade bem escura, quase preta, com reflexos avermelhados e crina, cauda e extremidades pretas.
MANEJO GERAL DOS EQUÍDEOS
BOM MANEJO
Promover aos animais situações de bem-estar
- Condizente com a espécie animal;
- Ausência de fome e sede;
- Ausência de desconforto;
- Ausência de ferimentos e doenças; 
- Liberdade comportamental;
- Minimizar situações de estresse, medo e ansiedade.
HIGIENE
- Pelagem: Com a raspadeira de borracha e escova de náilon remover pelos soltos, terra, lama e detritos.
- Relação de confiança: ser humano/equino.
- Avaliação do estado de saúde dos cascos e membros:
Casqueamento: A partir de 2 meses quanto apresentar defeito grave de aprumo (correção até 12 meses) ou 4 meses em condições normais.
Ferrageamento: A partir de 36 meses, após o casqueamento e por pessoa capacitada.
CONTROLE DE ENDOPARASITAS
- Vermifugação da égua: Efetiva contra os quatro tipos de parasitas. Deve ser feita no 1° dia após o parto.
- Vermifugação do potro: 6 a 8 semanas até 1 ano, a cada 2 meses. A partir de 1 ano, de 3 em 3 meses. Animais de até 1 ano devem ser separados dos adultos.
VACINAÇÃO
- Raiva: a partir do 3º mês (anual), reforço 30 dias primo-vacinação.
- Diarreia dos potros: 30 e 60 dias antes do parto.
- Garrotilho: a partir do 6º mês (anual), reforço 30 dias.
- Influenza: a partir do 3º mês (anual), reforço 30 dias.
- Rinopneumonite: a partir do 3º mês (anual), éguas gestantes no 5º , 7º e 9º mês de gestação, reforço 30 dias.
- Encefalomielite virótica: a partir do 3º mês (anual), reforço 30 dias.
- Tétano: a partir do 3º mês (anual), reforço 30 dias.
- Colostro: éguas que não foram vacinadas no 1/3 final da gestação.
- Antitoxina tetânica (1500 UI), 1 a 2 dias de idade.
ALIMENTAÇÃO
- Água: Essencial para a vida e desempenho atlético. Consumo diário de 5 a 6% de PV.
- Volumosos: São a base da alimentação. A proporção de volumoso/concentrado deve ser 70:30.
- Sal mineral
- Animais confinados em baia:
1ª refeição: concentrado (50%)
2ª refeição: volumoso (30%)
3ª refeição: concentrado (50%)
4ª refeição: volumoso (70%)
Deve ser respeitado o intervalo de uma hora entre o fornecimento do concentrado e do volumoso.
Atenção: Suplementação concentrada deve ser fracionada ao longo do dia. Não fornecer concentrados 1 hora antes/após exercício.
MANEJO DE ANIMAIS EM MANUTENÇÃO
- Não possui atividade física específica;
- Manejo geral;
- Exigências nutricionais de mantença;
- Volumoso de qualidade;
- Concentrado: 9% PB e 3% EE.
MANEJO DE GARANHÕES
- Machos disputam território e domínio. Separar machos e fêmeas: 12 meses.
- Seleção de um reprodutor: Genética, características fenotípicas (morfologia e performance), temperamento, fertilidade (exame andrológico completo), libido e qualidade de sêmen.
- Instalações: Piquetes com baias ou estrutura coberta bem ventiladas, cochos (sal, feno, concentrado) e bebedouro.
- Limpeza diária.
- Garanhões mantidos em baia devem ser soltos, diariamente, pelo menos um período. Exercício ajuda manter libido e despertar apetite.
- Diariamente: rasquear, limpar cascos.
- Reprodução: Início gradual da vida reprodutiva com 30 meses. No começo da estação de monta deve ser feito exame andrológico completo.
MANEJO DE NUTRICIONAL
- Dieta balanceada: Alimentação à base de volumoso de boa qualidade.
- Cuidado: quando utilizado feno de alfafa e aveia deve-se equilibrar o teor proteico da dieta para não alterar a qualidade seminal.
- Exigências nutricionais maiores na estação de monta: suplementação com concentrado.
- Manejar a alimentação do garanhão: manutenção do escore corporal.
MANEJO DE ÉGUAS EM REPRODUÇÃO
- Início da vida reprodutiva: 30 a 36 meses.
- Poliestral sazonal de dias longos.
- Ciclo estral: duração média de 21 dias
Estro: 5 a 7 dias
Diestro: 14 a 17 dias
- Divisão em lotes de acordo com o estado reprodutivo. Formação de lotes: Éguas vazias e cobertas/inseminadas até o 3º mês de gestação, éguas 3º ao 8º mês de gestação, éguas 1/3 final da gestação, maternidade e éguas paridas (lactentes). Transferir éguas para o piquete maternidade 7-10 dias antes da data prevista para o parto.
- Piquete Maternidade: próximo às instalações, topografia plana ou levemente acidentada, ausência de buracos e arames soltos, presença de sombra, evitar presença de outras espécies e cercas adequadas.
- Diagnóstico de gestação: ultrassonografia a partir do 10º dia, palpação retal a partir do 20º dia.
- Suplementação concentrada no terço final da gestação. Devem parir 20% acima do peso (8 a 11% peso do potro, 1% placenta e fluidos materno-fetais, 0,35 a 0,45 kg obtidos/dia nos últimos 90 dias).
- Escore corporal 6 a 7. Éguas parindo abaixo da condição corporal ideal: Potros fracos, baixa eficiência reprodutiva, baixa produção de colostro e alterações ortopédicas dos potros. Éguas parindo acima da condição corporal ideal: Distocias, queda na produção de leite e alterações ortopédicas dos potros.
- Duração da gestação: Égua/Garanhão ± 330 dias, Jumenta/Jumento ± 360 dias, Égua/Jumento ± 345 dias.
- Sinais de proximidade do parto: Presença de secreção cerosa nos tetos, glândulas mamárias ingurgitadas, lábios vulvares edemaciados, relaxamento da vulva, relaxamento dos músculos e ligamentos da garupa (descida da barriga), alterações do comportamento, égua inquieta (levanta a cauda, vira-se para o flanco) e mudanças na postura e andamento.
- Cuidados com a Égua no Parto: Duração e 30 a 60 min, liberação dos restos placentários até 3h.
- Cuidados com a Égua no Pós-Parto: Involução uterina completa 14 dias, cio do potro, manter égua no piquete maternidade de 7 a 10 dias.
- Separação da égua e do potro progressiva: 2 semanas antes da desmama definitiva, em intervalos de tempo com aumentos progressivos até a separação total. Retirar a égua do piquete e manter o potro no mesmo local. Interromperfornecimento do concentrado 15 dias antes e diminuir fornecimento de volumoso na semana que antecede. Evitar contato do potro com a mãe.
MANEJO DO CAVALO DE ESPORTE
- Genética e aptidão do animal.
- Tipo de fibra de acordo com a aptidão do animal:
Fibras tipo I: Contração lenta (trabalho aeróbico). Lipídio, reservas corporais e alimentação como fontes de energia. Liberação de CO2 , baixa produção de calor.
Fibras tipo II: Contração rápida (trabalho mais longos, anaeróbico e aeróbio). Glicogênio e reserva corporal como fontes de energia. Liberação de CO2 , baixa produção de calor.
Fibras tipo II b: Contração rápida (trabalho anaeróbico). Glicogênio como fonte de energia. Liberação de ácido lático, alta produção de calor.
- Treinamento: Específico para cada esporte, vida útil do animal, qualidade de aprumos, expressar e potencializar o genótipo do animal, individualizado.
- Planilhas de treinamento: 3 dias alternados durante a semana (montaria, trabalho ao passo, esteira), aumento gradativo da carga de trabalho. Pista e exterior.
- Potros: andar na água e cabresteamento.
- Doma: A partir de 30 a 36 meses. Conhecer o comportamento do cavalo, variar exercícios, recompensas e estímulos pulsáteis, repetição e progressão. Importante saber a hora de parar.
- Alimentação: Volumoso, oxalato de cálcio (cãibras, claudicação, cara inchada) e ração concentrada.
- Óleos Aumentam densidade energética do concentrado sem aumentar ingestão de grãos, reduz riscos de cólicas, laminite, estereotipias, aumentam eficiência energética, poupam glicose e glicogênio, retardam fadiga (aeróbios), aumenta reserva de glicogênio (anaeróbios), melhora condição corporal e diminui excitabilidade. Até 1L sem alterar digestibilidade ou transtornos no TGI. Não fornecer no dia da prova, pois relaxamento animal fica mais lento.
- Vitaminas: B, A, E (miopatias de esforço0, C (reduz o estresse), sal mineral (Ca, P, Na, K, Cl), aditivos e suplementos (Cromo, Carnitina, Creatina), probiótico (maior aproveitamento da dieta) e eletrolíticos após a prova (reposição).
- No dia da prova: Feno na noite anterior, capim verde no dia, ração até 4h antes, água e eletrólitos. Não fornecer óleo.
- Após a prova: Resfriamento, hidratação, eletrólito (em pasta), volumoso, ração concentrada após 2h. Animais soltos se recuperam mais rápido.
MANEJO DO CAVALO IDOSO
Definição: Condições físicas e fisiológicas, idade cronológica e capacidade de trabalho
- Vida útil até 23 anos: manejo, treinamento, nutrição
- Sinais físicos de envelhecimento: Branqueamento de pelos nas extremidades, fossa supraorbital visível, maior arqueamento do dorso selado, tuberosidade sacral visível, relaxamento do lábio inferior, alterações de comportamento e atitude.
- Sinais fisiológicos de envelhecimento: Apetite reduzido, aumento da exigência por alimentos digestíveis, menor eficiência de utilização dos alimentos, imunidade diminuída e apatia.
- Manejo: Alimentos de melhor qualidade na absorção, atenção às pontas dentárias, uso de probióticos e fracionamento da dieta.
2) Descreva resumidamente o que é um bom manejo de equídeos.
É promover aos animais situações de bem-estar, condizente com a espécie, garantindo a ausência de fome e sede, de desconforto, de ferimentos e de doenças. Também proporcionando liberdade comportamental e minimizando situações de estresse, medo e ansiedade.
8) Qual a importância das fibras na alimentação dos equinos. Fundamente sua resposta identificando os tipos e funções das fibras.
As fibras devem ser fornecidas de acordo com a aptidão do animal, pois garantem as funções digestivas e a energia para o animal. São 3 tipos:
- Fibras tipo I: Contração lenta (trabalho aeróbico, como enduros). Lipídio, reservas corporais e alimentação como fontes de energia. Liberação de CO2 , baixa produção de calor.
- Fibras tipo II: Contração rápida (trabalho mais longos, anaeróbico e aeróbio, como saltos). Glicogênio e reserva corporal como fontes de energia. Liberação de CO2 , baixa produção de calor.
- Fibras tipo II b: Contração rápida (trabalho anaeróbico, como corridas de curta distância). Glicogênio como fonte de energia. Liberação de ácido lático, alta produção de calor.
NEONATOLOGIA
- Cuidados durante a prenhez;
- Cuidados durante todos os estágios do parto;
- Cuidados com o neonato;
- Principais enfermidades dos neonatos equinos.
ÉGUAS GESTANTES
- Tempo de gestação: 335-345 dias.
- Partos ocorrem com maior frequência à noite.
ÉGUAS NO PRÉ-PARTO
- Sinais de proximidade do parto: Presença de secreção cerosa nos tetos, glândulas mamárias ingurgitadas, lábios vulvares edemaciados e relaxamento da vulva, relaxamento dos músculos e ligamentos da garupa, alteração da composição do leite e variações circadianas da temperatura.
GESTAÇÕES DA ALTO RISCO
- Histórico de infertilidade ou infecção uterina;
- Insuficiência placentária ou placentite: crescimento fetal retardado, aborto, potros fracos;
- Suspeita de isoeritrólise neonatal;
- Sangramento uterino no final da gestação anterior;
- Distocia no parto anterior;
- Avaliação da conformação pélvica;
- Avaliação da glândula mamária;
- Éguas parindo abaixo da condição corporal ideal: Potros fracos, baixa eficiência reprodutiva, baixa produção de colostro e alterações ortopédicas dos potros.
- Éguas parindo acima da condição corporal ideal: Distocias, queda na produção de leite e alterações ortopédicas dos potros.
ÉGUAS NO PARTO
- 1º Estágio: 1-4 horas
Preparação para o parto: inquietação, inapetência, mudança de comportamento.
Término: Ruptura das membranas do alantocórion- liberação do alantóide.
- 2º Estágio: 15-30 min
Passagem do potro pelo canal do parto e fortes contrações do útero e abdômen.
Término: Nascimento do potro.
- 3º Estágio: 15-90 min
Expulsão das membranas fetais. Mais de 6h: Retenção de placenta.
- Avaliação Comportamental:
Mecônio: 2-12h após o parto. Retenção do mecônio.
Urina: 6-8h após o parto, 145-155mL/kg/dia. Ruptura de bexiga.
CUIDADOS COM O POTRO
- Desinfecção e exame do umbigo: Solução Iodo 2%, clorexidina diluída 1:3, 5 dias (2x ao dia);
- Exame físico: FC 80-100 bpm, FR (à distância) 30-40 mpm, temperatura 37-39°C, palpação costelas, articulações e tendões.
- Pesagem: Acompanhar o desenvolvimento do animal, diárias (ganho de 1-1,5kg/dia).
Conceitos:
- Potro prematuro: 320 dias ainda fisicamente imaturo; 
- Imaturo: sinais de prematuridade em potros a termo;
- Dismaturo: potro imaturo e pequeno, mas a termo, causas de retardo de crescimento intrauterino;
- SGA: pequeno para sua idade gestacional;
Identificando o Potro Prematuro:
- Baixo peso ao nascimento; 
- Tempo anormal para se levantar e amamentar;
- Pêlos pequenos na garupa; 
- Fronte e olhos proeminentes; 
- Dificuldade de se manter em estação, pp frouxidão de flexores MP;
- Radiografia tarso/carpo: ossificação incompleta;
- Prognóstico desfavorável.
Exame Físico do Neonato
Auscultação cardíaca: sopro grau I-IV (tórax esquerdo 3º/4º EIC);
Normal até 1 semana de vida;
- Persistência do ducto arterioso
Ducto arterioso: comunicação normal entre a aorta e a artéria pulmonar, durante a vida fetal até o período de adaptação neonatal;
- Não são necessárias maiores investigações (eletrocardiograma), a não ser que o potro apresente outros sinais de alteração cardíaca (cianose, insuficiência cardíaca).
Imunidade do Potro
- Minimizar a exposição à patógenos; 
- Maximizar a imunidade:
COLOSTRO: 1° leite da égua: rico em imunoglobulinas
Placenta da égua: impede a transferência de anticorpos ao feto
Permeabilidade da mucosa absortiva até 18-24h após o nascimento;
IgG, IgM e IgA;
Avaliação Física do Colostro
- Qualidade: Avaliação antes da 1ª mamada, se é espesso, pegajoso, amarelado;
- Densidade: ≥ 1060
Falhas de Transferência de Imunidade Passiva
Neonato: Pouca/Nenhuma ingestão, pouca absorção Prematuro/Dismaturo, letargia ou má absorção intestinal.
Égua: Pouca produção, baixa concentração de Ig, lactação prematura, gestação gemelar, placentite, idosa, gestações longas ou curtas ou gestações induzidas.
Tratamento FTIP
- Banco de colostro:Éguas da mesma propriedade, descongelar em banho maria, preferencialmente primeiras 8h de vida, dividir em 4 fornecimentos (sonda nasogástrica/mamadeira).
- Plasma hiperimune: 12-24h, quantidade necessária de acordo com nível de IgG do potro, nível de IgG do plasma do doador, 20-40 mL/kg IV, plasma comercial >2500 mg/dL, suficiente para nível de IgG >800 mg/dL.
Cuidados com o Potro Órfão
- Banco de colostro da propriedade;
- 2L: 200 mL a cada 20 min;
- Colostro bovino???
- Plasma hiperimune: 20-40 mL/Kg IV
- Ama de leite: Mais recomendável. Para colostragem ideal égua da própria fazenda ou proximidades, anticorpos semelhantes; 
- Aceitação da égua ao potro: Éguas recém-paridas, potro deve ter o cheiro da ama de leite.
Cuidados com o Potro Órfão
- Substituto do leite: 1/2L leite bovino integral + 1/2L água fervida + 3 col (sopa) aveia + 1 col (sopa) mel + 1 gema
- Quantidade: Inicialmente 10% PC, depois 20-25% PC
- Frequência: 1ª e 2ª semana a cada 2-4 horas, 3ª semana até o desaleitamento a cada 2-4 horas durante o dia.
Caso Clínico No Haras San Genaro, próximo à Viçosa, nasceu um potro, de 41 kg, aparentemente normal. Porém, antes da primeira mamada do potro, a égua morreu devido à um prolapso uterino. O potro foi adotado por outra égua, parida há 3 dias. Após 24h de vida, o potro começou a se apresentar muito sonolento, letárgico e quadro febril.
PRINCIPAIS ENFERMIDADES DO NEONATO EQUINO
Patência de úraco ➢ Urina pelo umbigo ➢ Tratamento cirúrgico ➢ Cuidados de enfermagem ➢ Terapia medicamentosa
Caso clínico Potra, 24 horas de vida, com sinais de desconforto abdominal intermitente, sem febre. A potra apresenta taquicardia apenas nos momentos de dor. Quando não está com dor a potra mama e fica bem alerta
Retenção de mecôneo ➢Composição: secreções intestinais, secreções do fluido amniótico, debris celulares; ➢Eliminação de mecôneo – até 12 horas de vida; ➢Causas predisponentes: • estreitamento do canal pélvico; • presença de alterações intestinais – (peristaltismo normal: potro mama colostro e caminha).
➢Sinais clínicos: • Potros com até 4 dias de vida; • Sinais de cólica com distensão abdominal; • Tenesmo; • Tenesmo – eversão de mucosa; ➢Tratamento • Enema (fleet enema, água morna com sabão neutro).
Caso clínico ➢Potros nascem clinicamente normais; ➢Mamam normalmente o colostro; ➢12-72 horas: depressão, queda reflexo de sucção, fraqueza, letargia; ➢Icterícia, hemoglobinúria; ➢Frequência cardíaca e respiratória aumentadas
Isoeritrólise neonatal ➢Diagnóstico: ➢Preparar diferentes diluições do colostro da égua: • 1:2; 1:4; 1:8; 1:16; 1:32 em tubos de ensaio. • Adicionar 1 gota de sangue total do potro, colhido com anticoagulante, em cada tubo de ensaio. ➢ Centrifugar por 2 a 3 minutos. ➢Verter cada tubo e observar o botão de sangue formado no fundo do tubo.
➢Impedir potro de mamar na mãe - 5 dias ➢Ordenhar égua ➢Tratamento anti-choque ➢Transfusão de sangue (VG< 12/ 10 mL/kg) ➢Terapia de suporte
Síndrome do desajustamento neonatal
➢Síndrome da asfixia perinatal ➢Encefalopatia Hipóxica Isquêmica ➢Associado com variáveis condições anormais:
Distocia: interrupção fluxo via cordão umbilical Insuficiência placentária crônica 
Separação prematura da placenta (red bags) 
Doenças neonatais: pneumonias, disfunção de surfactantes.
Doenças severas da égua: anemia, hipoproteine mia e endotoxemia
Síndrome do desajustamento neonatal ➢Latir como cães ➢Convulsões ➢Vagar sem rumo ➢Cegueira de origem central ➢Perda do reflexo de sucção ➢Perda da afinidade com a égua ➢Dormem em excesso ➢Hipotonia
Caso clínico Categoria 1 Potros nascem normais, se erguem e se postam para mamar normalmente, porém entre 6 e 24 horas começam a apresentar alterações do comportamento. Categoria 2 Logo ao nascer já mostram sinais de desorientação associados a parto e placenta anormais. Há rápida perda do reflexo de sucção e desinteresse pela égua. Não mostram interesse por alimentos nem buscam o teto quando auxiliados.
Síndrome do desajustamento neonatal ➢Patogenia Isquemia hipóxica cerebral Formação de radicais livres Injúria de reperfusão e edema Danos ao tecido nervoso
➢Tratamento: • Reduzir edema cerebral • Melhorar perfusão e oxigenação • Prevenir/controlar/tratar sepses • Nutrição enteral
➢Anti – convulsivantes • Diazepam: 0,5 mg/kg IV a cada 8 horas ou caso não seja efetivo • Fenitoina: 10 mg/kg IV ou IM, passando após o controle das convulsões para a fase de manutenção com 5mg/kg IV ou IM três vezes ao dia. Também pode ser utilizado oralmente • Fenobarbital: 10 a 20 mg/kg diluído em 20 a 30ml de solução hídrica e administrado IV lentamente (20 minutos), passando para manutenção com 5 a 10 mg/kg IV ou PO a cada 8 a 12 horas.
➢Edema cerebral • Dexametasona: 4mg/50kg IV a cada 12 horas • Dimetil sulfoxido: 0,5 a 1,0 mg/kg diluído em solução a 20% a cada 12 ou 24 horas. • Vitamina C (1000mg/potro a cada 12 horas IV) e tiamina para ajudar na estabilização e reparo de membranas.
➢Fluidoterapia; ➢Nutrição parenteral, especialmente quando houver problemas gastrintestinais; ➢Plasmaterapia, nos casos de transferência insuficiente de imunidade; ➢ Antibioticoterapia agressiva ➢ Oxigenioterapia: administrado por tubo nasal até a PaO2 atingir 150mmHg. ➢Antiulcerativos: omeprazol: 1 a 2 mg/kg a cada 24 horas.
➢Medidas auxiliares: • Prevenir traumas, hipotermia e exaustão; • Alimentação por sonda nasogástrica respeitando-se volumes e frequências de administração; • Avaliar e garantir que o colostro tenha sido ingerido; • Muita paciência e persistência durante o tratamento e depois, quando o potro estiver coerente e coordenado, para ensiná-lo a andar e mamar novamente
➢Progesterona → efeito sedativo • Queda rápida após o nascimento; • Isso não acontece em potros com esta síndrome; • Prof. Madigan: aperto de 20 min: potros levantaram normal
Caso clínico Potro, 10 dias de idade, apresenta diarréia não fétida, não apresenta febre, continua mamando e está muito alerta. O exame físico está normal
Diarréias do cio do potro ➢9-14 dias de vida – transitória: • Adaptação da flora intestinal do potro (ingestão de forragem) ➢Diferenciar das diarreias infecciosas: hipertermia, apatia, desidratação (potros não mamam) • Escherichia coli • Salmonelose • Clostridiose • Rhodococcus equi • Lawsonia intracelullaris
Tratamento diarréias ➢Fluidoterapia ➢Glicemia ➢Equilíbro ácido-básico ➢AINES ➢Reposição de flora ➢Prevenção de úlcera
Controle e prevenção diarréias ➢Colostragem ➢Sanidade e higiene ➢Faixas etárias – piquete ➢Redução da densidade populacional
Septicemia neonatal ➢Pré ou pós-parto • Fibrinogênio: 400-600 ➢FTIP ➢Letargia, redução reflexo de sucção, sonolência excessiva ➢Distensão úbere
➢Pneumonia ➢Diarréia ➢Distensão articular ➢Onfaloflebite
➢Tratamento com antibioticoterapia ➢Transfusão de plasma ➢Apoio nutricional ➢Equilíbrio hidroeletrolítico ➢Ambiente ➢Monitoramento
3) Quais são os cuidados que devem ser tomados com o potro ao nascer?
4) Comente sobre o manejo do potro órfão

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