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TEMPOS E METODOS Aula 5

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TEMPOS E MÉTODOS 
AULA 5 
CONVERSA INICIAL 
Bem-vindo à quinta aula de Tempos e Métodos. 
Neste momento, você com certeza já olha um processo produtivo 
com detalhes mais críticos e consegue observar desperdícios, os 
quais podem ser eliminados apenas estabelecendo novo método. 
Na aula de hoje, veremos os seguintes itens: 
1. Estabelecendo novo método; 
2. Realizando um estudo de tempos completo; 
3. Tabelas de tempos – MTM; 
4. Tabelas de tempos – SD e UAS; 
5. Exercícios de fixação. 
Bons estudos! 
TEMA 1 – ESTABELECENDO NOVO MÉTODO 
Normalmente, toda mudança gera grande insatisfação por parte da 
pessoa ou área afetada. Isso deve ser muito bem trabalhado pelo 
cronoanalista, pois as seguintes frases serão ouvidas: “Sempre fiz 
assim, por que mudar?”; “O que esse ‘homem do tempo’ entende 
para mexer nesse método?”; “Pode mudar o que quiser, vou 
continuar fazendo como sempre fiz”. 
Dicas: Lembra-se de quando foi dito, nas aulas anteriores, que o 
ideal é sempre envolver o operador durante as análises 
preliminares? Se ele for cúmplice, é mais fácil que aceite as 
mudanças. 
O cronoanalista deve conhecer novas tecnologias, novas 
ferramentas, novos materiais etc. Tudo que colabore para redução 
do tempo de fabricação é bem-vindo. Em um novo método o 
objetivo é reduzir o tempo de realização de uma tarefa. 
Operações combinadas são as operações que tenham tempos 
mecânicos e manuais dentro do mesmo ciclo. Exemplo: pegar um 
eixo, posicionar no dispositivo de fixação da máquina, fechar a 
proteção da máquina, ligar a máquina, esperar a máquina usinar o 
eixo, abrir proteção, tirar a peça. 
Nesse método, quando se analisa o tempo mecânico, o 
cronoanalista deve checar os parâmetros de processo, velocidade 
de corte das ferramentas e, principalmente, a aproximação das 
ferramentas de corte. 
2 
Na análise dos tempos manuais, a preocupação é toda em relação 
aos movimentos realizados pelo operador, a busca pela melhor 
forma de realizar o trabalho e o grau de rendimento. 
Relembrando alguns pontos importantes nessa análise: 
1. Ambas as mãos devem começar e terminar seus movimentos 
no mesmo instante. 
2. Os movimentos dos braços devem ser simultâneos e, sempre 
que possível, simétricos. Os movimentos devem ser os menos 
cansativos e reduzidos ao mínimo possível. 
3. Os movimentos balísticos (livres) são mais rápidos e fáceis 
que os retos ou controlados. Deve-se estabelecer uma ordem 
na sequência de movimentos a fim de torná-los rítmicos e 
automáticos. 
Após essas informações, você já será capaz de determinar 
um novo 
método para nosso exemplo de montagem de canetas. Faça isso 
e, depois, compare com uma das possíveis alternativas de novo 
método, a qual será usada para a realização de um estudo de 
tempos completo no próximo tema dessa aula 
TEMA 2 – REALIZANDO UM ESTUDO DE TEMPOS 
COMPLETO 
Esse tema é 100% prático, ou seja, resume tudo o que foi visto até 
o momento e coloca você frente e frente a um posto de trabalho no 
qual houve a otimização do método. Chegou o momento de realizar 
um estudo de tempos completo. O ideal para o aprendizado é ver 
no vídeo do Tema 2 como é feito isso e, depois, em posse do 
formulário de tomada de tempos, rever o vídeo do Tema 1 e fazer a 
cronometragem novamente, observando os resultados finais. O 
mais importante não é obter o mesmo tempo verificado no vídeo, 
pois, como se trata de operação 100% manual, depende de quais 
ciclos foram cronometrados e de entender todo o sistema de 
cronometragem, o qual é o objetivo desta disciplina em seu curso. 
Mãos à obra e bons estudos. 
TEMA 3 – TABELAS DE TEMPOS – MTM 
O método de determinação de tempos de fabricação, denominado 
de MTM (Methods-Time Measurement) é um sistema de tempos 
predeterminados, desenvolvido por H. B. Maynard, G. J. 
Stegemerten e J. L. Schwab no fim da 
3 
década de 1940. Tem como base o estudo de tempos e 
movimentos nas operações em uma linha de produção. 
O MTM possibilita a determinação do tempo padrão de cada parte 
desse movimento, depois compondo o tempo do movimento 
completo. Em posse desse tempo da operação, e fazendo as 
ponderações necessárias, é possível determinar a capacidade de 
produção de uma máquina ou linha de montagem, pode-se 
também determinar o gargalo de uma linha e até calcular a mão de 
obra necessária para a produção de um volume demandado. 
Com isso, pode-se determinar com maior precisão o espaço 
necessário (leiaute físico) e a quantidade de operadores 
necessários. 
Em uma linha de produção já em pleno funcionamento, o sistema 
MTM é uma excelente ferramenta para se encontrar e mitigar a 
influência das restrições na produção, uma vez que restrições, por 
sua natureza, não agregam valor ao produto, e sim custo. O 
objetivo principal ao se aplicar o MTM é a eliminação dos 
desperdícios com consequente diminuição dos custos de produção 
e aumento da produtividade. 
Em síntese, pode-se definir MTM como uma metodologia de 
análise de tempos e métodos de trabalho, para eliminação de 
desperdícios. 
Os autores da metodologia de MTM partiram dos trabalhos 
anteriores realizados pelo casal Frank Bunker Gilbreth e Lilian 
Molle Gilbreth. 
Frank B. Gilbreth, por volta de 1895, já com 27 anos de idade, 
iniciou seus trabalhos em relação ao estudo mais detalhado dos 
movimentos realizados pelos trabalhadores da construção civil em 
uma empresa na qual já exercia o cargo de superintendente. Com 
base nessas análises, aliadas ao uso da criatividade, sofisticou os 
sistemas de misturadores de concreto, introduziu esteiras de 
transporte, criou andaimes, barras de reforço, entre outros, sempre 
com o intuito de se reduzir os desperdícios e aumentar a 
produtividade. 
Em contrapartida, sua esposa Lillian, que se casou com Frank em 
1904, superando os preconceitos contra as mulheres, obteve os 
títulos de bacharel e mestre e resolveu se dedicar à psicologia, 
ajudando seu marido nos estudos sobre fadiga, um mal que 
afetava boa parte dos empregados na construção civil. 
O trabalho realizado pelo casal Gilbreth foi tornado público por 
volta de 1912, coincidindo, assim, com os estudos de Taylor, o qual 
já desenvolvia técnicas de economias de movimentos evitando 
desperdícios, economizando o 
4 
tempo de realização das tarefas, criando padrões, racionalizando 
as tarefas produtivas e aumentando cada vez mais a produtividade. 
Outro ponto muito importante dos estudos do casal Gilbreth era a 
redução ao máximo da fadiga dos trabalhadores, propondo 
mudanças de leiaute, redução de horas diárias trabalhadas e a 
implantação dos dias de descanso remunerado. 
A eficiência e a redução ou eliminação de movimentos 
desnecessários eram exemplos do que o casal Gilbreth perseguia. 
Como o objetivo do estudo dos movimentos é a determinação do 
melhor método para execução de um trabalho, mediante a análise 
dos movimentos feitos pelo operador durante a operação, 
procurou-se eliminar todos os movimentos que não agregam nada 
ao desenvolvimento e progresso de qualquer trabalho. 
Após muitas análises, observando diferentes tarefas, feitas por 
diversos empregados, Gilbreth determinou 17 elementos, os quais 
são descritos a seguir: 
1. Alcançar. 
2. Pegar. 
3. Mover. 
4. Colocar em posição. 5. Juntar (posicionar). 6. Desmontar 
(separar). 7. Usar. 
8. Soltar. 
9. Procurar. 
10. Encontrar. 
11. Escolher. 
12. Pré-colocar em posição (preparar). 13. Pensar. 
14. Examinar. 
15. Atraso inevitável. 
16. Atraso evitável. 
17. Tempo de descanso. 
Tempos depois, um de seus alunos propôs a inclusão do 18o 
elemento, sendo então incorporado: 
18. Segurar. 
5 
Com base nesses 18 elementos, foram criadas tabelas de tempos 
predeterminados, nas quais foram feitas as combinações de: 
distância, peso, tipo de ajuste etc., com a finalidade de abranger 
todo e qualquer movimento executado por um operador durante a 
realização de qualquer tarefa. Um analista, de posse dessa tabela, 
descrevia com facilidade o melhor método de se executar uma 
determinadaoperação e podia facilmente determinar o tempo 
necessário para a realização. 
Centenas de operações industriais foram filmadas e analisadas 
com a finalidade de delimitar os movimentos básicos e, assim, 
apurar o tempo necessário para executá-los. Os tempos efetivos 
foram apurados por meio da contagem de quadros que aparecem 
por movimento (considerado na época, a velocidade do filme de 16 
quadros por segundo). Com a filmagem, obteve-se o tempo real; e 
com a utilização de um método americano para avaliação do grau 
de rendimento do operador, tornou-se possível determinar um 
desempenho de referência normal. Esses tempos foram tratados 
estatisticamente e estruturados em uma tabela de tempos 
normatizada MTM, a qual é exibida a seguir parcialmente, apenas 
para exemplificar o assunto. 
Tabela 1 – Tempos para alcançar (R) um objeto 
R - Tempo Normal em TMU 
 
Distância em cm até 2 
4 
6 
8 
10 
12 
R-A R-B 2,0 2,0 3,4 3,4 4,5 4,5 5,5 5,5 6,1 6,3 6,4 7,4 
R-C/R-D R-E 2,0 2,0 5,1 3,2 6,5 4,4 7,5 5,5 8,4 6,8 9,1 7,3 
 
 
 
 
 
.. x x x x .. x x x x 
Tabela 2 – Tempos para pegar (G) um objeto 
Símbolo TMU G1A 2,0 G1B 3,5 
G1C1 7,3 G1C2 8,7 G1C3 10,8 
 
 
Descrição dos casos 
Pegar com facilidade um objeto solitário Pegar um objeto muito pequeno 
 
 
 
> 12 mm de diâmetro 
Pegar um objeto aproximadamente de 6 a 12 mm de diâmetro cilíndrico 
dificultado por obstáculos 
em um lado e por baixo. 
 
< 6 mm de diâmetro ..x X ..x X 
 
 
 
6 
Tabela 3 – Tempos para mover (M) um objeto 
 
M - Tempo Normal em TMU M-A M-B M-C x 2,0 2,0 2,0 x 3,43,45,1x 4,54,56,5x 
5,55,57,5x 6,1 6,3 8,4 x 6,4 7,4 9,1 x .. x x x x .. x x x x 
Tabela 4 – Tempos para soltar (RL) um objeto 
 
Distância em cm até 2 
4 
6 
8 
10 
12 
 
 
 
 
 
 
Símbolo TMU RL1 2,0 RL2 0,0 
Descrição dos casos 
Soltar objeto por abertura dos dedos Eliminação do contato 
 
 
 
Esses são alguns exemplos, que não contemplam todos os 
movimentos possíveis e imagináveis que o ser humano necessita 
para desenvolver suas atividades. 
O uso do MTM é universal no mundo industrial, sendo uma das 
suas vantagens. Por isso, sua nomenclatura e unidade têm de ser 
coerentes com este propósito e, neste sentido, o sistema MTM 
adotou como unidade de tempo uma unidade de tempo própria, o 
TMU (Time Measurement Unit) a qual corresponde a: 
1TMU = 0,00001 horas = 0,0006 minutos = 0,036 segundos. 
Veja, na tabela a seguir, a comparação dos tempos TMU com 
segundos, minutos e horas: 
Tabela 5 – Tabela de conversão de TMU 
TMU SEGUNDOS MINUTOS HORAS 1 0,036 0,0006 0,00001 
27,8 1 - - 1.666,7 - 1 - 100.000 - - 1 
Essa unidade TMU é realmente pequena, afinal, trata-se de medir o 
tempo de micromovimentos, os quais, em seu total, formam o 
tempo padrão de uma operação. 
 
 
 
 
 
 
7 
A metodologia MTM é muito mais do que apenas uma tabela de 
tempos predeterminados. É, também, um instrumento que auxilia o 
engenheiro de processos a descrever, estruturar, configurar e 
planejar o melhor método de trabalho, obtendo um sistema de 
produção com padrão eficiente. 
Esse método pode ser utilizado em qualquer área em que se 
necessite organizar, planejar e realizar alguma tarefa que dependa 
do ser humano. Prova disso é sua aplicação em áreas de logística, 
manutenção, qualidade etc. 
Um fato curioso nesse método é que, como se trata de uma tabela 
de tempos predeterminados, pode ser usada em qualquer lugar do 
mundo sem deixar margem de dúvidas em seus valores. 
Um bom estudo de MTM deve estabelecer o melhor método de se 
realizar uma determinada operação, mediante uma correta análise 
dos movimentos, eliminando os que não concorrem ao 
desenvolvimento do trabalho. 
É fácil enumerar as vantagens em utilizar os tempos 
predeterminados. Veja algumas delas. 
1. Prever o tempo de realização de uma tarefa mesmo antes de 
estar em operação na produção, apenas descrevendo o 
método e analisando a tabela MTM. 
2. Avaliar um ou mais métodos antes de introduzi-lo em definitivo 
na produção. 
3. Garantia de tempo padrão mais preciso, pois não depende da 
habilidade do operador. 
4. Pode-se avaliar melhorias em projetos de ferramentais para 
uso na operação. 
5. Evita que a presença do cronoanalista iniba o operador 
durante a realização da operação, levando à determinação de 
um tempo fora dos padrões normais. 
Vale ressaltar, nesse último item, que alguns operadores tendem a 
trabalhar mais depressa durante a realização do estudo de tempo, 
com medo de represália por parte da supervisão. Isso pode passar 
desapercebido por um cronoanalista novo e o resultado será um 
tempo padrão menor que o ideal, o que poderá prejudicar os 
demais que trabalhem de maneira cíclica, cadenciada etc. Por 
outro lado, existe o operador que se considera mais esperto e faz 
“corpo mole” ao realizar as operações, também prejudicam o 
resultado final. 
8 
Nesse método MTM, também existem algumas desvantagens que 
devem ser mencionadas: 
3.1 Exemplo de aplicação da tabela de tempos 
Alcançar e pegar um objeto muito pequeno a 8 cm, levá-lo até o 
dispositivo a 12 cm e soltá-lo. 
Símbolos: R 8 C, G 1 B, M 12 C e RL 1, pelas tabelas o tempo de 
execução da operação = 7,5 + 3,5 + 9,1 + 2,0 = 22,1 TMU ! 0,8 
segundos 
TEMA 4 – TABELAS DE TEMPOS – SD E UAS 
Em razão do grande uso dessas tabelas de tempos MTM, houve a 
necessidade de se desenvolver tabelas mais compactas, as quais 
•�  Não se aplica MTM em tempos não influenciáveis pelo 
operador. Nesses casos, o cronoanalista deverá recorrer ao uso 
de um cronômetro para determinar esse tempo. Lembre-se de 
que, antes de se determinar um tempo não influenciável (tempo 
mecânico), deve-se analisar se os movimentos das máquinas 
estão devidamente ajustados, verificar as rotações, velocidade 
de corte das ferramentas, avanços e outras características que 
possam influenciar nesse tempo. 
operador (tarefas intelectuais) em relação a uma determinada 
característica do produto, pois isso depende do tempo de 
raciocínio e análise de quem está operando o equipamento e deve 
ser muito bem observada pelo cronoanalista. 
� Os valores tabelados também não contemplam as correções de 
concessões e devem ser avaliadas pelo analista antes de formar o 
tempo final. A análise das concessões é semelhante a aquelas 
utilizadas no estudo de tempos via cronometragem. O analista de 
reuniam grupos de movimentos e reduziam, com isso, o tempo de 
análise do tempo de produção. Na década de 1960, surgiram as 
tabelas MTM – SD (Standard Date), no Brasil traduzido como MTM 
– Dados Standard. 
9 
Dez anos depois foi criada a MTM – UAS, (Universal Analyses 
System), em português MTM – Sistema Universal de Análises Esse 
sistema também reuniu mais grupos de movimentos, fazendo com 
que o analista de tempos se preocupasse com o processo como 
um todo. Veja, a seguir, a evolução dos tempos dos movimentos 
desde o MTM – Básico até o MTM – UAS. 
Quadro 1 –Evolução do MTM 
Como podemos observar, a cada avanço da técnica vários 
movimentos são agrupados, formando uma nova tabela de tempos 
predeterminados. Dessa forma, a análise de uma operação fica 
cada vez mais facilitada, proporcionando cada vez mais seu uso na 
comunidade industrial. 
Apenas para efeito didático, segue detalhes das tabelas usadas 
nesses sistemas. 
Tabela 6 –Tempos de pegar (apanhar) no MTM – DS 
 
Classe de distância 
contato fácil AKE ALE AKZ ALZ 
médio 
1 mão 2 mãos AME AMZ 
difícil 
1 mão 2 mãos ASE ASZ 
punhado empilhado misturado 
AHG AHV 
 
 
 
até2cm26811132716 33 5 cm 4 8 10 13 17 31 18 35 15cm9131418213523 40 
30cm131718222539 27 44 
xxxxxxxxx xxxxxxxxx 
 
 
 
 
 
 
10 
Tabela 7 – Tempos para posicionar (colocar no lugar) no MTM – DS 
 
 
Classe de distância 
Na outra 
mão PUE PAE PUZ 
Folgado 
Um Dois ponto pontos PLE PLZ 
JustoUm Dois ponto pontos PEE PEZ 
Aproxim. 
 
até2cm 4 2 8 13 18 34 5 cm 7 5 11 16 21 38 15cm 11 9 16 21 26 43 30cm 15 13 
21 26 31 48 
Xxxxxxx Xxxxxxx 
4.1 Exemplo de aplicação dessa tabela de tempos 
 
 
 
 
 
Alcançar e pegar um objeto muito pequeno a 8 cm e levá-lo até o 
dispositivo a 12 cm e soltá-lo. 
Composiçãodotempo: AME15+PLE15=14+16=30TMUou1,08 
segundos. 
Note que o tempo da análise, nesse caso, foi menor, afinal, com 
apenas dois grupos de movimentos, tem-se o tempo. Porém, o 
tempo total da operação teve uma variação de 0,28 segundos, ou 
seja, 35% maior, em decorrência de a tabela contemplar distâncias 
de até 15 cm, contra os 12 cm e 8 cm considerados na tabela 
MTM. 
Na Tabela de tempos do MTM – UAS, novamente, grupos de 
movimentos foram formados e, com isso, a ênfase cai sobre o 
processo como um todo. 
11 
Tabela 8 – Tempos para pegar e posicionar um objeto 
 
Valores de tempos em TMU Distância (cm) 
Pegar e Posicionar Símbolo Aproximado AA 
≤ 20 
 1 
 20 
 30 
 40 
 20 
 30 
 40 
 40 
 25 
 40 
 50 
 80 
 95 
120 
> 20 ≤ 50 2 35 45 55 45 55 65 65 45 65 75 105 120 145 
> 50 ≤ 80 3 50 60 70 60 70 80 80 55 75 85 115 130 160 
 
 
 
Fácil 
≤ 1 kg 
Difícil 
Punhado > 1 ≤ 8 kg 
> 8 ≤ 22 kg 
Folgado AB Justo AC Aproximado AD Folgado AE Justo AF Aproximado AG 
Aproximado AH Folgado AJ Justo AK 
 
 
 
 
 
 
Aproximado Folgado Justo 
AL A M A N 
 
 
4.2 Exemplo de aplicação dessa tabela de tempos 
Alcançar e pegar um objeto muito pequeno a 8 cm e levá-lo até o 
dispositivo a 12 cm e soltá-lo. 
Obs. Objeto pequeno, peso inferior a 1 kg e para pegá-lo, já vimos 
que é fácil, então: 
Temos a tabela o seguinte: símbolo: AB = 30 TMU ou 1,08 
segundos 
Note que o tempo da análise, nesse caso, foi menor ainda que o 
utilizado no MTM – DS e o tempo total não teve alteração, pois a 
faixa de distância foi a mesma que a anterior. 
Fechando este assunto sobre formação de tempos com base em 
tabelas de tempos predeterminados, podemos afirmar que é um 
método confiável e de grande valia para as empresas. 
Neste tema, procuramos apenas passar noções básicas desse 
método de tomada de tempos. Se aprofundarmos no assunto, o 
que com certeza daria um livro, observamos que para todos os 
tipos de movimentos, incluindo mãos, braços, pernas, pés, olhos, 
corpo, aliados a qualquer tipo de operação manual, encontraremos 
na tabela a sua simbologia e um tempo de duração desse 
movimento. 
12 
TEMA 5 – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
Caro aluno, para terminar esta aula com melhor aproveitamento, 
realize os exercícios propostos no final do capítulo 5 de seu livro 
base. 
Bons estudos! 
FINALIZANDO 
Após esta aula você já é capaz de interpretar uma tabela de 
tempos predeterminados, avaliar os movimentos necessários para 
realizar uma determinada operação, assim como estabelecer um 
novo método de trabalho, e realizar um estudo de tempos 
completo. 
Bons estudos e até a próxima aula. 
13 
REFERÊNCIAS 
AGOSTINHO, D. S. Tempos e métodos aplicados à produção de 
bens. 1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2015. 
BARNES, R. M. Estudo de movimentos e de tempos: projeto e 
medida do trabalho. 6. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1983. 
14

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