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F R E N T E 2 181 39 Fuvest 2018 Uma determinada quantidade de meta- no (CH4) é colocada para reagir com cloro (Cl2) em excesso, a 400 °C, gerando HCl(g) e os compostos organoclorados H3CCl, H2CCl2, HCCl3, CCl4, cujas propriedades são mostradas na tabela. A mistura ob- tida ao final das reações químicas é então resfriada a 25 °C, e o líquido, formado por uma única fase e sem HCl, é coletado. Composto Ponto de fusão (°C) Ponto de ebulição (°C) Solubilidade em água a 25 °C (g/L) Densidade do líquido a 25 °C (g/mL) H3CCl –97,4 –23,8 5,3 – H2CCl2 –96,7 39,6 17,5 1,327 HCCl3 –63,5 61,2 8,1 1,489 CCl4 –22,9 76,7 0,8 1,587 A melhor técnica de separação dos organoclorados presentes na fase líquida e o primeiro composto a ser separado por essa técnica são: A decantação; H3CCl. B destilação fracionada; CCl4. C cristalização; HCCl3. destilação fracionada; H2CCl2. E decantação; CCl4. 40 PUC O aparelho a seguir é usado na: A destilação com coluna de fracionamento. B separação por evaporação. C separação de líquidos imiscíveis. destilação simples. E liquefação seguida de destilação. 41 Enem PPL 2019 Na perfuração de uma jazida petrolífe- ra, a pressão dos gases faz com que o petróleo jorre. Ao se reduzir a pressão, o petróleo bruto para de jor- rar e tem de ser bombeado. No entanto, junto com o petróleo também se encontram componentes mais densos, tais como água salgada, areia e argila, que devem ser removidos na primeira etapa do beneficia- mento do petróleo. A primeira etapa desse beneciamento é a A decantação. B evaporação. C destilação. floculação. E filtração. 42 UFRGS 2019 O chimarrão, ou mate, é uma bebida ca- racterística da cultura gaúcha e compreende uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água a aproximada- mente 70 °C. A obtenção da bebida, ao colocar água quente na erva-mate, consiste em um processo de A extração. B decantação. C filtração. purificação. E absorção. 43 UPE 2017 Em países onde as reservas de água doce são escassas, principalmente nos insulares, são co- muns as estações de dessalinização da água do mar. Esse processo consiste na utilização de vapor d’água de alta temperatura, para fazer a água salgada entrar em ebulição. Posteriormente, o vapor passa por vários estágios, em que é liquefeito e depois vaporizado, ga- rantindo um grau de pureza elevado do produto final. O processo de separação de mistura que podemos identificar no processo descrito é o de A filtração. B destilação. C centrifugação. osmose reversa. E decantação fracionada. 44 UEG 2017 A natureza dos constituintes de uma mistura heterogênea determina o processo adequado para a separação dos mesmos. São apresentados, a seguir, exemplos desses sistemas. I. Feijão e casca II. Areia e limalha de ferro III. Serragem e cascalho Os processos adequados para a separação dessas misturas são, respectivamente: A ventilação, separação magnética e destilação. B levigação, imantização e centrifugação. C ventilação, separação magnética e peneiração. levigação, imantização e catação. E destilação, decantação e peneiração. 45 FEI Associar os métodos (indicados na coluna A) que devem ser utilizados para separar as misturas (indica- das na coluna B): Coluna A Coluna B (1) filtração (I) solução aquosa de NaCl (2) decantação (II) solução aquosa de acetona (3) separação magnética (III) água e areia em suspensão (4) destilação (IV) óleo e água (5) destilação fracionada (V) ferro e enxofre A 1 – IV; 2 – III; 3 – V; 4 – II; 5 – I B 1 – III; 2 – IV; 3 – V; 4 – I; 5 – II C 1 – I; 2 – V; 3 – III; 4 – II; 5 – IV 1 – II; 2 – IV; 3 – III; 4 – V; 5 – I E 1 – III; 2 – IV; 3 – V; 4 – II; 5 – I QUÍMICA Capítulo 1 Estados físicos e suas mudanças182 eTextos complementares O preço da pureza Já é sabido que os métodos de separação de misturas não as separam 100%. Alguns métodos menos eficientes separam cerca de 90%, o que é considerado um índice baixo, principalmente pela relativa facilidade com que se chega a este grau de pureza. Para químicos e alguns tipos de indústrias – que necessitam ser exi- gentes com relação à pureza das substâncias – estes valores são insuficientes para a execução de trabalhos e projetos de qualidade. As exigências desses tipos de profissionais podem variar de 99 a 99,999% de pureza. O grau de pureza é relevante para alguns processos e pequenas variações podem resultar em falhas no produto desejado. Certas ex- periências só resultam em produtos de qualidade quando a pureza é extrema. A necessidade de extrema pureza é tão grande que os compradores desses materiais chegam a elevar os custos do processo para adquirir um material ligeiramente mais desprovido de substân- cias indesejáveis. No mercado de laboratórios, é comum encontrar reagentes em que cada casa decimal a mais na pureza do material multiplica o seu custo por 10. Supondo um material com pureza de 90% custa R$ 10,00/g. Veja a tabela que mostra o preço do mesmo material com melhores porcentagens: Pureza R$/g 99% 100,00 99,9% 1 000,00 99,99% 10 000,00 99,999% 100 000,00 A elevação do custo é justificada pois, para se obter uma casa decimal a mais de pureza, os custos adicionais em métodos de separação de misturas muitas vezes aumentam drasticamente. Lembre-se de que quanto mais pura é uma substância, mais difícil se torna para purificá-la ainda mais. Agora, que tal calcular preços? Uma substância com 90% de pureza custa R$ 0,01/g. Qual o preço dessa mesma substância com 99,99% de pureza, comprando-se 1 kg? Granizos Caracterização Precipitação sólida de grânulos de gelo, transparentes ou translúcidos, de forma esférica ou irregular, raramente cônica, de diâmetro igual ou superior a 5 mm. O granizo é formado nas nuvens do tipo cumulonimbus, as quais se desenvolvem verticalmente, podendo atingir alturas de até 1.600 m. Em seu interior, ocorrem intensas correntes ascendentes e descendentes. As gotas de chuva provenientes do vapor condensado no interior dessas nuvens, ao ascenderem sob o efeito das correntes verticais, congelam- -se ao atingirem as regiões mais elevadas. O granizo, também conhecido por saraivada, é a precipitação de pe- dras de gelo, normalmente de forma esferoide, com diâmetro igual ou superior a 5 mm, transparentes ou translúcidas, que se formam no interior de nuvens do tipo cumulonimbus. Podem subdividir-se em dois tipos principais: – gotas de chuva congeladas ou flocos de neve quase inteiramente fundidos e recongelados; – grânulos de neve envolvidos por uma camada delgada de gelo. Os meteorologistas designam as pedras de gelo com diâmetros superio- res a 5 mm de saraiva. As saraivadas são constituídas por várias camadas de gelo que podem ser alternativamente claras e opacas, em forma de casca de cebola, agrupadas em torno de um núcleo central. Este núcleo pode ser constituído por um grão de gelo, por ar comprimido, por poeira, por pólen ou sementes. Quando o granizo choca-se com o solo, o núcleo de gelo gera uma pressão interna mais intensa e provoca pequenas detonações. Ao caírem por seu próprio peso, absorvem mais umidade nas camadas inferiores, até que, novamente, são arrastadas para altitudes mais elevadas, onde sofrem novo congelamento. O processo se repete, até que o peso do gelo ultrapasse a força ascensional, provocando a precipitação. Ocorrência O fenômeno ocorre em todos os continentes, especialmente em regiões montanhosas. As tempestades de granizo de maior magnitude ocorrem em regiões continentais de clima quente, especialmente na Índia e na África do Sul. No Brasil, as regiões mais atingidas por granizo são a Sul, Sudeste e parte meridional da Centro-Oeste, especialmente nas áreas de planalto, de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Principais efeitos adversos O granizo causa grandes prejuízos à agricultura. No Brasil, as culturas de frutas de clima temperado, como maçã, pera, pêssego e kiwi e a fumicultura são as mais vulneráveis ao granizo. Dentre os danos materiais provocados pela saraiva, os mais importantes correspondem à destruição de telhados, especial-mente quando construídos com telhas de amianto ou de barro. As tempestades que normalmente acompanham o granizo causam também outros prejuízos. O temporal ocorrido na cidade de São Paulo, em 21 de julho de 1995, durou apenas meia hora, causan- do danos materiais e humanos. Sete pessoas morreram, todas esmagadas por um muro de 7 metros de altura e 100 metros de comprimento, que desmoronou com a ação do vento; vários car- ros foram atingidos por árvores e galhos caídos e alguns bairros ficaram horas sem energia. Monitorização, alerta e alarme Os serviços de meteorologia acompanham diariamente as condições do tempo e têm condições de prevenir sobre a provável ocorrência desses eventos. As cooperativas de fruticultores, especialmente as de produto- res de maçãs, estão adquirindo aparelhos de radar, que informam sobre a formação de nuvens cumulonimbus. Medidas preventivas As cooperativas de fruticultores adquiriram baterias de foguetes para bombardearem as nuvens com substâncias higroscópicas e an- ticriogênicas, objetivando provocar a precipitação da chuva e evitar a formação do granizo. O método tem sido largamente utilizado no estado de Santa Catarina. Os fumageiros e outros produtores garantem-se contra prováveis pre- juízos, através de seguro. É necessário que incentivem pesquisa para produzir telhas de baixo custo e resistentes à saraiva. Antônio Luiz Coimbra de Castro. Manual de desastres: desastres naturais. v. I. Brasília: Secretaria Nacional da Defesa Civil, 2003. F R E N T E 2 183 Resumindo Estados físicos: – Sólido: FA > FR – Vapor: FA < FR – Líquido: FA ≈ FR �F A Forças de atração �F R Forças de repulsão F A F R F R F A S L Sublimação Processos exotérmicos Sublimação ou deposição Solidificação Condensação Fusão Vaporização V Processos endotérmicos Vaporização: Condensação: y evaporação y ebulição y calefação y liquefação y condensação Curvas de aquecimento: S + L L L + V V S ebulição fusão Q(cal) QS QL QS QL QS Substância puraT(°C) TE TF curva (1) QS: calor sensível QL: calor latente S + L L L + V V S ebulição fusão Q(cal) Mistura QS QS + QL QS QS + QL QS T(°C) curva (2) Densidade: =d m V (g/cm ou g/mL) 3 Fase: é toda porção uniforme de um sistema. 1 fase→ sistema homogêneo (monofásico) 2 ou mais fases→ sistema heterogêneo (bifásico, trifásico ou polifásico) Sistema y Mistura: duas ou mais substâncias (tipos de moléculas) y Substância pura: uma única substância (um tipo de molécula) Substâncias y Simples: estruturas com um só tipo de átomo y Compostas: estruturas com dois ou mais tipos de átomos Alotropia y É a propriedade que certos elementos têm de formar substâncias sim- ples, diferentes entre si, conforme mostrado na tabela a seguir. C O P S Grafite Oxigênio Branco Rômbico Diamante Ozônio Vermelho Monoclínico Fulerenos Métodos de separação de misturas heterogêneas: y Decantação y Filtração a vácuo y Sifonação y Centrifugação y Filtração comum y Dissolução e cristalização fracionadas A filtração a vácuo acelera o processo de filtração comum: Funil de Büchner Aparelhagem para filtração a vácuo. A centrifugação acelera o processo de sedimentação: Suporte para tubos de ensaio Movimento livre Suporte com haste fixa A centrífuga (ômega: ω = 0 no ínicio)ω Plasma Parte sólida do sangue Gira-se o sistema menos denso mais denso ω Aparelhagem e funcionamento da centrifugação.