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4 Edição da Cartilha da Igreja Legal Nov 2022

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APONTE SA 
CAMERA DO 
CELULAR PARA 
O CÓDIGO 
ABAIXO PARA 
CONHECER A 
COMUNIDADE
O primeiro passo para que uma igreja prospere é adotar 
uma conduta 100% íntegra. 
Andar na mão da lei abre as portas para um caudaloso fluxo 
de prosperidade, que não se resume ao acúmulo de bens 
materiais.
É um fluxo de abundância comum a quem tem um firme 
propósito, honestidade a toda prova, e se inspira em 1 
Tessalonicenses 5: 21. 
Se você é uma pessoa que em tudo dá graças e que analisa 
todas as coisas e retém o que é bom, está no caminho 
certo.
Para se aprofundar nessa rota, que tal apontar o celular 
para o QR Code ao lado e fazer um test-drive de 15 dias na 
Comunidade da Cartilha da Igreja Legal?
Cartilha da 
Igreja Legal
Mais que um livro,
uma comunidade!
IGREJAS NA MÃO DA LEI E NO 
FLUXO DA PROSPERIDADE!
Por Jonatas Nascimento
O B R I G A D O P E L O S E U I N T E R E S S E E C O N F I A N Ç A
QUERO ACESSARQUERO ACESSAR
A vida de quem se dedica à prosperidade de organizações 
religiosas não é fácil. 
Líderes, Gestores, Atores Sociais e Consultores de igrejas 
podem facilmente perder-se na floresta de regras e em 
meio a tantas informações desconexas e dispersas.
Quer experimentar um mundo diferente? Uma comunidade 
com informações objetivas, diversos cursos, artigos e 
atualizações constantes?
Você tem 15 dias para experimentar a Comunidade da 
Cartilha da Igreja Legal sem nenhum compromisso 
financeiro. Os olhos são a janela da alma.
Depois disso, permanecer na Comunidade custará uma 
mensalidade simbólica em valor equivalente a 10% de 1 
salário mínimo.
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medida para você
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JONATAS NASCIMENTO
Cartilha da 
Igreja Legal
4ª Edição
CARTILHA DA IGREJA LEGAL – 4ª EDIÇÃO
Copyright © 2022 by Jonatas de Souza Nascimento 
O conteúdo desta obra é de responsabilidade 
do autor, proprietário do Direito Autoral.
Proibida a venda e a reprodução parcial ou total sem autorização.
Projeto gráfico, editoração e impressão:
www.allprinteditora.com.br
info@allprinteditora.com.br
(11) 2478-3413
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Nascimento, Jonatas
Cartilha da igreja legal / Jonatas Nascimento. --
4. ed. -- São Paulo : All Print Editora, 2022.
ISBN.
1. Igreja - Administração 2. Igreja - Finanças
3. Igreja - Recursos - Arrecadação 4. Regulamentos
administrativos I. Título.
08-01531 CDD-469
Índices para catálogo sistemático:
1. Igreja : Administração 262
dedicatória
Dedico esta obra aos meus pais (Oliveira – in me-
moriam) e Izabel que, mesmo sem muitas letras, tudo fi-
zeram para proporcionar formação acadêmica aos seus dez 
filhos. Muito mais que isso, nos mostraram o caminho da 
Paz Eterna, nos apresentando Jesus Cristo, o Filho do Deus 
Altíssimo;
Ao pastor, professor, poeta, coach, radialista e amigo 
Noélio Duarte – in memoriam –, que tanto me ensinou com 
palavras e exemplos de conduta e superação e me estimulou 
a imergir no fantástico mundo literário;
Aos meus fiéis leitores que vivem me cobrando 
mais conteúdo, mesmo sabendo que ainda sou aprendiz de 
escritor.
Ao Dr. Fernando Gammino que me enxergou, me deu 
a mão e me desafiou a “elevar o sarrafo”, transformando o 
meu trabalho em uma obra digna das melhores bibliotecas. 
Espero em Deus que a nossa parceria perdure a vida toda;
À linda família que Deus me deu, que me apoia e me 
incentiva em todos os momentos, de modo incondicional. 
Valeu, Damaris (esposa), Igor e Timóteo (filhos) e Daniele 
e Kessilin (noras).
O autor
Apresentação
É um privilégio e uma honra poder fazer a apresenta-
ção da 4ª edição da Cartilha da Igreja Legal, especialmente 
porque a história de vida do Jonatas Nascimento é um gran-
de exemplo.
Jonatas era um dos 10 filhos do Sr. Oliveira na zona 
rural de Bom Jesus do Itabapoana, no Estado do Rio de Ja-
neiro, que tinha 8 anos quando seu pai precisou mudar para 
a cidade grande em busca de uma vida melhor para a sua 
família. À medida em que ele foi vencendo as adversidades, 
ele foi trazendo toda a família para a região metropolitana 
do Rio de Janeiro.
Ele tinha 12 anos quando a família voltou a se reagru-
par. Desde muito jovem acompanhou a dedicação e entu-
siasmo de sua mãe Izabel que se desdobrou para cuidar de 
10 filhos longe do marido, e o valor da abnegação de um 
pai amoroso que se reinventou para prover para a família.
É tocante o brilho nos olhos do Jonatas quando re-
lembra que seu saudoso pai Oliveira sempre dizia aos filhos 
para adquirir conhecimento, porque isso ninguém poderia 
lhes roubar, e por isso ele proporcionou aos 10 filhos a 
oportunidade de cursar o ensino superior.
Quem tem a chance de prosear com essa figura gen-
te boa, ainda que por alguns instantes, costuma se admirar 
com a sua habilidade de compartilhar conteúdos de valor 
com mestria.
Chega a ser espantoso ouvir dele que o seu sonho na 
adolescência era cursar jornalismo, mas que deixou essa 
oportunidade passar porque tinha muito medo de falar 
em público. Achava sua voz e o jeito com que fala muito 
diferentes dos locutores da era do rádio e dos âncoras de 
TV.
Deus tem os seus caminhos. Em 1976, o Jonatas pi-
sou pela primeira vez em um escritório de contabilidade 
para trabalhar como office-boy, ou contínuo, como se fala-
va naquele tempo.
Não demorou muito e o diretor enxergou a sua se-
riedade e potencial para assumir novas responsabilidades. 
Com o coração repleto de gratidão, ele se matriculou no 
curso técnico de contabilidade e, em 1978, conquistou seu 
primeiro diploma!
Gostou de trabalhar no meio contábil porque as leis 
e normas mudam o tempo todo. O Jonatas é curioso como 
uma criança e está sempre em busca de atualizações. 
Certa vez ele me disse que um bom contador é como 
um bom jornalista. Precisa ter boas fontes e energia para 
buscar as informações mais credíveis.
Essa energia para aprender e compartilhar conheci-
mentos se reflete em muitas escolhas que ele fez. Quando 
sua carreira contábil começava a decolar, aceitou ganhar 
menos e mudou de trabalho para conciliar sua profissão 
contábil com a faculdade de Letras. 
Quando se licenciou, passou a trabalhar como pro-
fissional contábil durante o dia e professor de Português 
à noite. Seu Instagram pessoal é repleto de ricas dicas de 
português. Vale a pena seguir @jonatasnascimento2020. 
Deu aulas em supletivo, ensino médio e até mesmo 
em um seminário de Teologia. Pensa em alguém que vive a 
máxima de que “quem quer muito arranja tempo, quem não 
quer, arranja desculpa”...
Depois disso também conseguiu cursar e se graduar 
em Recursos Humanos e Direito, além de completar algu-
mas dezenas de especializações e uma pós-graduação.
Ele me contou que depois de tudo isso, que para a 
maioria das pessoas é encarado como um êxito estrondoso, 
começou a sentir um incômodo vazio. De que lhe adiantava 
aprofundar tantos temas seculares se faltava um propósito 
mais elevado? 
Ao começar a buscar a sua nova missão de vida, lem-
brou-se com muito carinho da sua grande família congre-
gando unida na Igreja Batista. A igreja sempre fez e sempre 
fará parte da vida do diácono Jonatas Nascimento. O que eu 
quero transmitir é que muita gente achava que mais cedo 
ou mais tarde ele se tornaria pastor, como alguns de seus 
familiares.
Só que o seu chamado foi diferente. Ele sentiu uma 
vontade irresistível de usar o conhecimento que acumulou 
ao longo da vida em favor das igrejas, para a honra e glória 
de nosso Senhor e Salvador, como sinal de gratidão e forma 
de retribuição. 
Ao alinhar os seus atos a essa missão, foi coberto por 
uma chuva de bênçãos.
O primeiro passo foi através de modestas aulas de 
tesouraria e de gestão eclesiástica. Depois escreveua pri-
meira edição da Cartilha da Igreja Legal, que nasceu como 
um guia de consulta rápida de temas ligados ao cotidiano 
administrativo, trabalhista, financeiro, fiscal e contábil de 
quem administra uma igreja.
Nas edições seguintes começou a rechear essa carti-
lha com preciosas abordagens jurídicas, que fizeram enor-
me sucesso. Virou formador de opinião.
Ele relata que a sua “singela contribuição” para as 
igrejas lhe mostrou que a Oração de São Francisco está cer-
ta quando diz que “é dando que se recebe”.
Com a semeadura da Cartilha da Igreja Legal, foi 
premiado com uma colheita abençoada! Em pouco tempo 
o seu escritório de contabilidade foi procurado por muitas 
igrejas, recebeu os convites para integrar o Conselho Fiscal 
da Convenção Batista Brasileira (CBB), o Conselho Fiscal 
da Convenção Batista Fluminense (CBF) e a Comissão do 
3º Setor do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de 
Janeiro (CRC-RJ).
Também se tornou apresentador do quadro Religião 
& Legislação dentro do programa semanal Reencontro da 
TV Brasil e passou a ser colunista assíduo em diversas pu-
blicações especializadas.
Lembram que ele tinha muito medo de falar em pú-
blico por causa da sua voz? Pois bem, a sua voz continua 
a mesma, mas a postura diante de uma plateia... quanta 
diferença!
Hoje é um palestrante muito requisitado e recebe con-
vites do Brasil todo para falar sobre questões que orbitam a 
administração eclesiástica. Já tive o prazer de dividir com 
ele o auditório numa palestra na Igreja Memorial Batista do 
Distrito Federal e testemunhei o seu enorme carisma.
Após três edições que já venderam mais de 10.000 
exemplares e da distribuição gratuita de outros milhares de 
versões digitalizadas, é seguro dizer que a Cartilha da Igreja 
Legal aprimorou as suas carreiras de profissional contábil 
e professor ao mesmo tempo em que lhe aproximou do so-
nho de criança de trabalhar com comunicação social, ainda 
que tenha pulado a fase de “foca” e tenha ido direto para as 
colunas de opinião.
Eu tenho uma notícia ruim e outra boa para quem 
apreciar o excelente livro diante dos seus olhos. A notícia 
ruim é que uma nova edição da Cartilha da Igreja Legal 
deve demorar alguns anos para acontecer.
A notícia boa é que o Jonatas se comprometeu a elevar 
o sarrafo e ampliar ainda mais os temas necessários a que 
as igrejas andem na mão da lei e no fluxo da prosperidade, 
e para ajudar aqueles que trabalham ou desejam trabalhar 
como consultores de igrejas a estarem sempre atualizados.
Numa de nossas conversas surgiram as seguintes per-
guntas: por que umas igrejas prosperam e outras estão sem-
pre em dificuldades? O que as igrejas mais prósperas fazem 
que as outras não fazem? O que elas evitam fazer e as outras 
derrapam?
Nós mergulhamos no assunto e começamos a desven-
dar o segredo das igrejas mais prósperas. Essa sinergia nos 
levou a criar o canal da Cartilha da Igreja Legal no YouTu-
be, a escrever a quatro mãos o primeiro de, quiçá, muitos 
volumes da Nova Cartilha da Igreja Legal, que contará com 
o prefácio de uma referência indiscutível nos meios secula-
res e eclesiásticos.
Inicialmente, a Nova Cartilha da Igreja Legal somen-
te será distribuída em brochura aos membros assinantes da 
nossa mais ousada iniciativa: a Comunidade da Cartilha da 
Igreja Legal, que está acessível a todos gratuitamente por 
15 dias.
Por meio da Comunidade da Cartilha da Igreja Legal 
nós estamos contribuindo para um ambiente que está levan-
do a administração de igrejas a outro patamar. Os gesto-
res eclesiásticos sabem o que pedir e almejar, e contadores, 
advogados e consultores de igrejas sabem o que precisam 
fazer para conquistar os seus clientes.
Faça um teste sem compromisso antes de tomar a de-
cisão de se alistar à parede de escudos da Comunidade da 
Cartilha da Igreja Legal. Ela está ao alcance da sua mão, no 
seu telefone celular. Basta seguir os seguintes passos:
1. Visite a loja de aplicativos e baixe gratuitamente o 
app Hotmart Sparkle;
2. Cadastre as suas informações no aplicativo e preen-
cha o seu perfil;
3. Clique na lupa de pesquisa e procure pela “Comuni-
dade da Cartilha da Igreja Legal”;
4. Confira as informações sobre a comunidade e clique 
no botão “Participar”;
5. Como se trata de uma comunidade privada exclusiva 
para assinantes, é preciso escolher uma forma de pa-
gamento e marcar a opção de usufruir o teste grátis 
de 15 dias de acesso irrestrito a todo o conteúdo da 
comunidade;
6. Por exemplo, ao usar o cartão de crédito, haverá um 
débito de um ou poucos centavos, que serão devolvi-
dos em instantes. Trata-se de um teste para validar o 
seu cartão de crédito, que somente passará a ser efeti-
vamente cobrado após o período de “test drive”;
7. Uma vez feito esse procedimento, quando acessar o 
aplicativo Hotmart Sparkle, clique no seu perfil, e 
procure pelas comunidades que você participa; e
8. Ao entrar na Comunidade da Cartilha da Igreja Legal, 
procure pelo Índice Interativo. Todas as segundas-
-feiras nós apagamos o índice anterior e publicamos 
o novo índice atualizado, para que seja sempre fácil 
encontrá-lo.
Esperamos por você do outro lado. Divirta-se! Os 
seus comentários, sugestões e críticas são muito importan-
tes e bem-vindos.
Uma contribuição importante do trabalho que tive o 
privilégio de desenvolver com o Jonatas Nascimento está 
refletida na sugestão de estatuto para Igrejas Batistas que o 
leitor encontrará neste livro. 
Há alguns temas que poderão gerar perplexidade 
pelo seu ineditismo, como a adoção de filiais por Igrejas 
Batistas, a previsão de atividades secundárias para além da 
PESCA e o Conselho Fiscal 2.0. Todas as dúvidas serão 
prontamente respondidas nas aulas em vídeo e no material 
de apoio dos cursos #Legalização de Igrejas e #Estatuto da 
Igreja Legal, que estão na Comunidade.
Fora isso, a 4ª Edição da Cartilha da Igreja Legal con-
tinua sendo a melhor porta de entrada e o melhor guia de 
consulta rápida para os meandros técnicos da administra-
ção eclesiástica. É um livro que respeita a inteligência e o 
tempo do leitor. Uma prosa tão agradável quanto a que se 
consegue conversando com o Jonatas Nascimento.
Vida longa à (Nova) Cartilha da Igreja Legal!
De Lisboa para o Rio de Janeiro, 04 de outubro de 2022.
Fernando Antonio Couto Gammino1
1 Advogado com mais de 10 anos de experiência no setor eclesiástico. Ba-
charel e mestre em Direito Empresarial pela Universidade do Estado do Rio 
de Janeiro. Sócio de Jonatas Nascimento na Cartilha da Igreja Legal – Cur-
sos, Informações Objetivas e Mentoria Ltda. Sócio da Gammino Advogados 
(www.gammino.com.br). Coautor do livro Governança Corporativa aplica-
da ao contexto empresarial brasileiro (2004). Coautor da Nova Cartilha da 
Igreja Legal (2022). Ao lado de Jonatas Nascimento, é instrutor e curador da 
Comunidade da Cartilha da Igreja Legal.
Sumário
Introdução ..............................................................................17
1. A igreja, sua legalidade, seus direitos e obrigações: 
Legislação aplicável ...............................................................19
1.1 A Igreja e o direito de autorregulamentação .................20
1.2 A Igreja e o Princípio do Direito Próprio ......................23
1.3 Imóvel sede da igreja: cuidados necessários.................23
1.4 Legalização como pessoa jurídica ................................24
1.5 Alvará de Localização ...................................................25
1.6 Responsabilidade da igreja enquanto local de 
aglomeração de pessoas ......................................................26
1.7 Imunidade tributária ......................................................26
1.8 Controvérsias acerca do IPTU ......................................27
1.9 Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros ......28
1.10 Implantação do e-Social..............................................29
1.11 Principais obrigações fiscais .......................................30
2. O INSS e o Imposto de Renda dos ministrose autônomos . 33
2.1 INSS do pastor (De 1º de janeiro a 31 de dezembro 
de 2022) ..............................................................................33
2.2 Como e onde informar os recolhimentos do INSS na 
declaração anual de IRPF do ministro religioso: ................36
2.3 IRFON: A partir do mês de abril de 2015: ....................37
3. Os “direitos” do pastor e demais ministros religiosos ....38
3.1 Como calcular as férias do pastor: ................................38
3.2 IRFON: Incidência sobre proventos ministeriais..........39
3.3 Pagamento do 13º salário ou gratificação natalina: ......43
3.4 Previdência, plano de saúde, FGTM, aluguel etc. ........43
3.5 Previdência Privada Pastoral e demais ministros 
religiosos .............................................................................44
3.6 Plano de Saúde Pastoral e demais ministros religiosos 44
3.7 Pastor Pessoa Jurídica? O que é isto? ...........................45
3.8 Pastor aposentado por invalidez pode pastorear? .........46
4. Dicas para o tesoureiro ......................................................52
5. A Igreja e suas relações trabalhistas .................................54
5.1 Quanto custa um funcionário para a igreja: ..................54
5.2 Quanto custa um prestador de serviços para a igreja: ...55
5.3 Direitos básicos do trabalhador.....................................55
5.4 Férias do empregado .....................................................56
5.5 Atrasos ..........................................................................57
5.6 Anotações e prazo para devolução na CTPS ................57
5.7 Principais ausências justificadas ...................................58
5.8 Aviso Prévio ..................................................................59
5.9 Indenização adicional ...................................................60
5.10 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional .......60
6. Dicas aleatórias ...................................................................61
7. O lado empresa da igreja ...................................................67
8. O que toda igreja precisa saber ........................................69
8.1 Sobre Imunidade ...........................................................69
8.2 Sobre hipóteses da suspensão ou da imunidade............70
8.3 Sobre aposentadoria pastoral ........................................71
9. A igreja e suas práticas comerciais ...................................72
10. Não é só a Receita Federal que fiscaliza as igrejas ........74
11. Igrejas têm zelador ou faxineiro? ..................................76
12. Sua igreja precisa cumprir a lei ......................................78
13. Pelo marco regulatório das organizações religiosas ......81
13.1 A Cartilha está evoluindo com as igrejas ....................83
Anexos .....................................................................................87
14. Anexo I – Termo de Compromisso (FGTM/FAP) ........88
15. Anexo II – Sugestão de Termo de Compromisso Mútuo: 
Igreja X Pastor ....................................................................90
16. Anexo III – Sugestão de Plano de Contas para 
Tesoureiros ..........................................................................93
17. Anexo IV – Comprovante de caixa ...............................99
18. Anexo V – Comprovante de pagamento de proventos 
pastorais ............................................................................100
19. Anexo VI – Modelo de ata de fundação de igreja 
evangélica .........................................................................102
20. Anexo VII – Sugestão de Estatuto para Igrejas Batistas 104
21. Anexo VIII – Regras parlamentares ............................128
22. Anexo IX – Tabela de obrigações legais das 
Organizações Religiosas ...................................................139
Apêndice: Razões pelas quais toda igreja precisa 
revisar os seus estatutos. ................................................171
23. Anexo X – Os templos de qualquer culto e o Marco 
Regulatório das Organizações da Sociedade Civil ...........141
24. Anexo XI – Teste os seus conhecimentos ...................189
Glossário ...............................................................................196
Fontes de referências e ou indicações de leitura................198
17
Introdução
Confesso que fui muito despretensioso quando iniciei 
este trabalho. Não imaginava as dimensões que pudesse 
tomar. Era algo meramente informativo. Com o passar do 
tempo percebi que eu poderia formar opinião e então resol-
vi adiar a ideia da produção de um trabalho mais abrangen-
te. Esta reedição em nada inibe a ideia do novo trabalho, 
pois que dentro em breve estará disponível ao público que 
milita em ambiente eclesiástico.
Este é um trabalho simples, porém prático, voltado 
basicamente para quatro áreas da: igreja legal financeira, 
trabalhista e de gestão. Contém informações precisas para 
aqueles que militam nas áreas financeira e administrativa 
das igrejas evangélicas em geral.
“Seguindo as orientações aqui contidas, mesmo aque-
le que jamais tenha exercido funções administrativas ou fi-
nanceiras, mas que tenha um pouquinho de boa vontade, 
disposição e afinidade com números e papéis, será capaz de 
atuar com desenvoltura na tesouraria de qualquer igreja”.
Este foi o depoimento de um dos participantes do cur-
so que ministrei no início da minha carreira.
O presente trabalho tem, portanto, como finalidade 
equipar mordomos escolhidos por Deus e designados por 
sua igreja para tão sublime missão. É óbvio que do admi-
nistrador espera-se a habilidade necessária para bem gerir 
os negócios da igreja, de forma ética e transparente. É óbvio 
que de um bom tesoureiro são esperados alguns requisitos, 
tais como fidelidade, organização, disponibilidade, habili-
dade, transparência, humildade... Nenhuma igreja deve se-
quer cogitar a possibilidade de eleger um tesoureiro sem 
18
tais qualificações. Também cabe frisar a grande responsabi-
lidade que pesa sobre os ombros do tesoureiro. Todos os ho-
lofotes estarão direcionados para a figura do tesoureiro. Os 
críticos de plantão nunca dormem. Se não for transparente, 
se não inspirar confiança, se não for dado a trabalho em 
conjunto, se não for flexível em seus relacionamentos, toda 
a comunidade sofrerá e alguns (in)fiéis chegarão ao extre-
mo de deixarem de entregar seus dízimos e ofertas, sob a 
alegação de que não confiam no trabalho do tesoureiro.
Por outro lado, as igrejas devem ter o cuidado de es-
tabelecer alguns critérios para a escolha do seu tesoureiro. 
Que seja alguém financeiramente equilibrado; que tenha vi-
vência eclesiástica (se a igreja resolver escolher um crente 
novo, todo cuidado é pouco); que seja acessível; que goze 
de boa reputação. Mas, acima de tudo, que encare tal tarefa 
como ministério, porque de fato o é.
Finalmente, coloco-me à disposição para trocar e-
-mails, receber pedidos, convites para cursos e palestras, 
como também críticas e sugestões através do e-mail: jona-
tasnascimento@hotmail.com. Se preferir, entre em contato 
comigo: (21) 99247-1227.
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e 
constantes, sempre abundantes na obra do Se-
nhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no 
Senhor” (I Coríntios 15.58).
19
1. A Igreja, sua legalidade, 
seus direitos e obrigações: 
Legislação aplicável
As organizações religiosas em geral, estabelecidas em 
solo brasileiro, estão sujeitas ao ordenamento jurídico em vi-
gor. Em face do gozo da imunidade tributária garantida pela 
Constituição Federal, não pagam impostos, mas precisam 
observar e cumprir a legislação em seus múltiplos aspectos.
Sem comentários ou transcrições, pois isto farei na 
outra obra que estou produzindo, cito as principais, que são 
as seguintes:
a. Constituição Federal (Art. 150, inciso VI, alínea 
“b”);
b Código Civil (Leis nº10.406/2002;
c. Lei nº10.825/2003;
d. CódigoTributário Nacional (Lei nº 5.172/1966 – 
art. 9º, caput, inciso IV, alínea “b” e Arts. 9º a 14).
e. Lei de Registros Públicos (Lei 6.015 de 
31/12/1973);
f. Decreto nº119-A, de 7 de janeiro de 1890;
g. Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (De-
creto-Lei nº5.452, de 1º de maio de 1943;
h. Lei nº13.467, de 13 de julho de 2017;
i. Lei nº6.019, de 3 de janeiro de 1974;
j. Lei nº8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 
24 de julho de 1991;
k. Legislação Previdenciária: Instrução Normativa 
RFB nº 971, Art. 58, inciso XXV, de 13/11/2009);
20
l. Decreto nº3.048/199; Decreto nº3.265/1999, arti-
go 214, § 16.
m. Leis estaduais (Variáveis);
n. Leis Municipais (Variáveis);
o. Conselho Federal de Contabilidade e Normas 
Brasileiras de Contabilidade (NBC);
p. Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 
nº9.580/2018, de 22/11/2018);
q. Decreto-Lei nº5.844/1943, art. 31;
r. Resolução CFC Nº1.409/2012 – Interpretação 
Técnica Geral-ITG 2002(R);
s. Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014;
t. Lei nº6.404/1976;
u. Direito Canônico; e
v. Acordo Brasil – Santa Sé (Decreto nº 7.107/2010)
1.1 A Igreja e o direito de 
autorregulamentação
Com a devida vênia do autor, Pastor Roberto Carva-
lho
2
, reproduzo aqui uma sugestão de sua lavra altamente 
válida para constar do estatuto da igreja:
“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; 
portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como 
as pombas”. (Mateus 10:16).
Percebe-se um receio generalizado da ingerência do 
Estado na igreja nas questões que envolvem a relação de 
pares homossexuais. Se, por um lado, a igreja deve se acau-
telar diante dos homens mal intencionados, por outro, a 
2 Pastor Roberto Carvalho: Advogado e ex-pastor da Primeira Igreja Batista 
em Cabo Frio, RJ.
21
desinformação de muitos sobre a visão do Estado para com 
a igreja, mormente os dispositivos elencados na Constitui-
ção Federal, tem provocado inquietações desnecessárias 
diante de assuntos polêmicos, tais como a celebração de 
casamento de homossexuais e a admissão de pessoas cujas 
práticas contrariam os ensinamentos da igreja à luz da Bí-
blia. A igreja precisa aprender, além do senhorio de Cristo, 
um pouco sobre a seguridade garantida pela Constituição 
Federal e leis adjacentes. O Estado, mais do que a imposi-
ção aparente de obrigações que venham a ferir ou macular 
a igreja, garante-lhe uma couraça protetora para o exercício 
da missão espiritual de restauração do homem perdido e 
de guardiã dos bons costumes tão necessários à família e à 
Sociedade.
A igreja, enquanto pessoa jurídica de direito privado, 
é uma organização religiosa, conforme preceitua o Código 
Civil em seu art. 44, inciso IV (Incluído pela Lei nº10.825, 
de 22/12/2003).
Em não havendo mudanças no texto constitucio-
nal, a liberdade religiosa oferece à igreja duas vertentes 
interessantes:
a. “A liberdade religiosa não significa insubordi-
nação às obrigações genericamente impostas à 
sociedade, nem pode servir de justificativa à im-
punidade. Por força da soberania interna do Esta-
do, todos os homens devem observância às leis, 
sujeitos a sanções por seu descumprimento. Des-
ta forma, a igreja está sujeita ao império estatal, 
como sucedâneo da própria vida em sociedade, 
devendo respeito às leis vigentes, bem como às 
autoridades constituídas, das três esferas de po-
der, federal, estadual e municipal.”
22
b. “Por sua vez, o direito de autorregulamentação, 
por meio de Estatuto próprio, assegura à igreja o 
poder de ditar as regras internamente aplicáveis. 
Em adição a isso, pelas decisões dos seus órgãos 
constituídos, a igreja exerce o poder de traçar seu 
próprio destino. No campo do direito privado, 
com preponderância do interesse particular, o Es-
tatuto criado pela igreja é a lei que regerá as situ-
ações fáticas acontecidas no âmbito interno desta, 
aplicando-se, apenas, supletivamente a legislação 
civil vigente. Ou seja, a lei civil somente entrará 
em cena, no que couber, caso haja lacuna no esta-
tuto ou no regimento interno.”
Por isso, a igreja que não tem Estatuto devidamente 
registrado ou omisso se arrisca a submeter-se ao poder su-
pletivo do Estado para decidir questões que deveriam ser de 
sua exclusiva competência.
Se a igreja for cuidadosa na formalização de seu di-
reito e nos procedimentos para sua aplicação, não ficará 
vulnerável aos problemas que assustam a muitos – e tão em 
voga atualmente –, tais como homossexualidade, realização 
de casamento de pessoas do mesmo sexo, pedofilia etc. “A 
igreja, no exercício de seu direito, pode não admitir pessoas 
indesejáveis. A liberdade de filiar-se a uma igreja está con-
dicionada à obediência aos pressupostos de admissão insti-
tuídos pela própria igreja.
Uma vez estabelecidos no estatuto os requisitos para 
a admissão no rol de membros, o indivíduo que não os sa-
tisfizer não poderá exigir sua filiação. É, portanto, constitu-
cionalmente garantido à igreja a não-admissão de pessoas 
que não se enquadrem nos moldes previstos no seu Estatuto.
23
O que não se admite, a princípio, é vedar a adesão 
do indivíduo que se enquadra em todos os requisitos legais 
e estatutários, pois, nesse caso, a igreja estaria violando o 
direito à igualdade, eis que o ingresso na instituição estaria 
puramente condicionado ao seu capricho, podendo selecio-
nar uma pessoa e segregar outra, ambas em situação jurídi-
ca homogênea.”
1.2 A Igreja e o Princípio do Direito Próprio
O melhor exemplo de Direito Próprio em relação 
às organizações religiosas juridicamente constituídas é a 
própria Igreja Católica Apostólica Romana, que possui o 
seu Código de Direito Canônico e o seu Direito Religio-
so, os quais andam em conformidade com o Direito Civil 
Brasileiro.
O direito de autorregulamentação abordado nesta 
obra, embasado na Lei nº10.825/2003, está em plena con-
sonância com esta ideia.
1.3 Imóvel sede da igreja: 
cuidados necessários
A construção ou aquisição de um imóvel para fins de 
cultos deve merecer cuidados especiais, tais como locali-
zação, legalidade documental, padrão da edificação, ob-
servando-se a legislação pertinente, especialmente no que 
tange a existência de escadas, acessos, ventilação, recuos, 
posição de portas e janelas, vizinhança, acréscimos (ou 
os famosos “puxadinhos”), acústica, conservação e outras 
questões que mereçam cuidados, inclusive o Estatuto da Ci-
dade (Lei 10.257/2001), que já é realidade em todo o país.
24
1.4 Legalização como pessoa jurídica
De acordo com o art. 45 do Código Civil, a organi-
zação jurídica da igreja tem início com o registro do esta-
tuto no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do 
município onde ela tem sede. Em seguida, deve ser feita a 
inscrição no CNPJ e demais órgãos competentes. Acontece 
que, por desconhecimento, comodidade ou não sei o quê, 
até mesmo profissionais devidamente habilitados insistem 
em afirmar que com estatuto registrado e o CNPJ em mãos 
a igreja está legalizada. E mais: afirmam que igreja não está 
obrigada a manter a sua contabilidade regular, tampouco 
apresentar a RAIS anual, como também a declaração ECF 
(Escrituração Contábil Fiscal), a GFIP (Guia de Informa-
ções à Previdência Social) periódica e que o pastor é isento 
de recolhimento mensal de imposto de renda. Quanto des-
preparo! Que irresponsabilidade! Que lástima!
No dizer do competente professor Gilberto Garcia, 
especialista em Direito Eclesiástico, estatuto é qual uma 
roupa feita sob medida. Copiar estatuto de outra igreja pode 
ser perigoso. Afinal, cada igreja traz consigo particularida-
des que não podem e não devem ser desprezadas.
Desde 22 de dezembro de 2003, as igrejas passaram 
a ser regidas pela Lei nº10.825, que diz textualmente, em 
seu artigo 1º:
“São livres a criação, a organização, a estruturação in-
terna e o funcionamento das organizações religiosas...”. 
Em todos esses anos de atuação no ramo de assessoria 
contábil, o caso que mais me chamou a atenção foi o que 
passo a narrar: Fui procurado por um pastor para analisaro 
projeto de estatuto da igreja que pretendia fundar. Pediu-me 
25
atenção dobrada para um artigo que julgava muito impor-
tante. Curioso, folheei o documento até encontrar o artigo 
que defendia a sua condição de presidente vitalício. Previa 
que em caso de seu falecimento, a viúva ficaria com um 
percentual do seu sustento ministerial até contrair novo ma-
trimônio; mas, em caso de seu falecimento, os filhos me-
nores seriam beneficiados com um percentual menor até 
atingirem a maioridade. Em poucas palavras eu o convenci 
do seu engano.
1.5 Alvará de Localização
“Templos religiosos não estão livres de alvará de fun-
cionamento”. O entendimento foi reafirmado pelo Conse-
lho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Para 
os desembargadores, dispensar a exigência é interferir no 
poder de polícia da administração pública e expor a risco a 
integridade física dos fiéis.
A questão foi discutida numa Ação Direta de Incons-
titucionalidade. O TJ-DF já tinha julgado inconstitucional 
uma lei do DF que liberava as igrejas da exigência de alvará 
de funcionamento. No entanto, uma nova norma foi reedi-
tada pela Câmara Legislativa. O Ministério Público propôs, 
então, nova ADI julgada procedente pelo Conselho Espe-
cial do Tribunal de Justiça.
Os desembargadores esclareceram que
“é por intermédio do alvará de funcionamento 
que o poder público emite juízo positivo para 
que determinada atividade comercial, industrial 
ou institucional seja exercida”. “Os templos reli-
giosos não poderiam estar fora desse controle”. 
(Texto capturado na internet em junho de 2012)
26
1.6 Responsabilidade da igreja enquanto local 
de aglomeração de pessoas
É assustadora a representação que o Ministério Pú-
blico do Estado de São Paulo impetrou contra uma Igreja 
em razão de um desabamento, quando vários fiéis tiveram 
suas vidas ceifadas. Contudo, não é somente as igrejas que 
devem ter o cuidado de obter das autoridades competentes 
a sua licença para funcionamento, pois riscos de incêndio 
e pânico são iminentes. A tragédia de um incêndio ocorrida 
num estabelecimento de diversão em Santa Maria, no Es-
tado do Rio Grande de Sul, que ceifou a vida de quase três 
centenas de jovens, serve de alerta.
1.7 Imunidade tributária
É certo que as organizações religiosas gozam de imu-
nidade tributária com base no art. 150, inciso VI, alínea “b”, 
§ 4º, da Constituição Federal de 1988, que diz:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias assegu-
radas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios:
.........................................................................
VI – instituir impostos sobre:
.........................................................................
b) templos de qualquer culto.
.........................................................................
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” 
e “c”, compreendem somente o patrimônio, a renda e os 
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das en-
tidades nelas mencionadas.”
27
1.8 Controvérsias acerca do IPTU
Durante muito tempo travou-se uma discussão acerca 
da abrangência da imunidade sobre imóveis de propriedade 
das organizações religiosas, porém não destinadas a culto. 
Notamos na obra intitulada “Imunidades Tributárias” de au-
toria de Yoshiaki Ichihara, publicado pela Editora Atlas, que 
doutrinadores de renome divergiam nesta questão quando 
comparados, por exemplo, Pontes de Miranda e Sacha Cal-
mon Navarro Coelho: “Ficaram imunes a impostos os tem-
plos de qualquer culto; não, porém, as casas de residências 
dos padres, pastores, rabinos etc, salvo se dentro do próprio 
edifício do templo’. (Pontes de Miranda). Já Sacha Calmon 
Navarro Coelho defendia que “...a moradia não está coberta 
pela imunidade dos templos de qualquer culto”.
Outra questão controvertida é a que diz respeito ao 
imóvel. No passado, o templo de qualquer culto era um 
edifício erguido para culto, com arquitetura típica. Hoje os 
templos estão em lugares os mais inusitados, como em ga-
ragens, salas, cinemas, salões, galpões, lojas, residências e 
todo tipo de edificação. De modo geral, até então a imuni-
dade era reconhecida à luz de documentos que comprovas-
sem a titularidade do imóvel: escritura pública de compra 
e venda e IPTU em nome da organização religiosa eram 
exigências legais. E agora, diante dessa nova realidade, 
quando a maioria das organizações religiosas alugam, e não 
constroem seus templos, caberá imunidade? O silêncio da 
lei gerava muita inquietação.
Em 2003 o Supremo Tribunal Federal editou a Sú-
mula 724 que pacificou uma questão que operadores do Di-
reito entendem estender-se às organizações religiosas, que 
versa sobre a abrangência da imunidade a todos os imóveis 
28
da organização religiosa, mediante condição óbvia: “Ain-
da quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU 
o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas 
pelo art. 150, VI, “c”, da constituição, desde que o valor 
dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais 
entidades”.
1.9 Certificado de Aprovação 
do Corpo de Bombeiros
A Constituição Federal, em seu artigo 150, inciso VI, 
garante, aos templos de qualquer culto, a imunidade de tri-
butação dos impostos que incidem sobre sua estrutura fí-
sica. O objetivo é garantir, assim, a liberdade religiosa no 
País.
O benefício, entretanto, nada tem a ver com as 
obrigações que o templo religioso tem com o 
município e os órgãos de fiscalização e emis-
são de alvará de segurança, como o Corpo de 
Bombeiros, que devem, obrigatoriamente, ser 
cumpridas. Trata-se apenas de imunidade sobre 
impostos relativos ao prédio, como IPTU, por 
exemplo. Depois de constituída a personalidade 
jurídica, segundo José Antônio de Oliveira Neto, 
diretor da Área de Administração Tributária da 
Secretaria de Finanças, o templo de qualquer 
culto deve cumprir todos os trâmites legais obri-
gatórios e um deles é a Inscrição Municipal. O 
fato de preencher os requisitos para estar imune 
ao pagamento de impostos não isenta o templo 
de estar em dia com esta obrigação.
(Texto capturado na internet em junho de 2012)
29
1.10 Implantação do e-Social
Integrante do SPED (Sistema Público de Escritura-
ção Digital), o e-Social – Sistema de Escrituração Digital 
das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas en-
trou em vigor para as organizações religiosas a partir de 1º 
de janeiro de 2018, posteriormente prorrogados os prazos, 
conforme tabela abaixo. O objetivo é unificar o envio de 
informações pelo empregador referente aos seus emprega-
dos. Carece de alguns acertos e está sendo desenvolvido, 
em conjunto, pela CEF, pelo INSS, pelo Ministério da Pre-
vidência Social (MPS), pelo Ministério da Economia (ME) 
e pela Secretaria da Receita Federal. A novidade é que o 
pastor e demais ministros religiosos vinculados à Igre-
ja devem ser informados no programa e-Social, devendo 
constar os seus dados, bem como valor dos seus proventos, 
imposto de renda retido na fonte e valor da contribuição 
previdenciária. Igualmente, os seus dependentes devem ser 
informados (nome, CPF, RG, endereço residencial e data de 
nascimento).
Prazos para organizações imunes e isentas imple-
mentarem o e-Social:
Cadastro do empregador e tabelas Julho de 2018
Dados dos trabalhadores Setembro de 2018
Folha de pagamento Novembro de 2018
30
1.11 Principais obrigações fiscais
Embora sejam impostas outras obrigações fiscais às 
organizações religiosas, resolvi dar alguns destaques aqui, 
tendo em vista que as multas são mais pesadas. É aconse-
lhável que cada igreja tenha uma boa assessoria contábil e 
jurídica.
DCTF inativa: Esta obrigação substituiu a DSPJ – Decla-
ração Simplificada de Pessoa Jurídica – Inativa
Prazo de Entrega: Até 22 de maio. Instrução Normativa 
nº1.697, DOU de 06/03/2017 (Obs.: Esta data pode ser al-
terada por meio de ato legal).
ECF (Escrituração Contábil Fiscal): Esta obrigação con-
siste num arquivo digital que substituiua DIPJ (Declaração 
de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica), a 
partir do ano-calendário de 2014.
Escrituração Contábil Digital (ECD): Foi publicada no 
Diário Oficial da União a Instrução Normativa RFB nº 
1.894/2019, que prevê que a escrituração das operações de 
sociedade em conta de participação deverá ser efetuada em 
livros próprios. A legislação anterior previa que estas enti-
dades poderiam apresentar a escrituração como livros auxi-
liares do sócio ostensivo, mas esta possibilidade foi extinta 
com a publicação do Regulamento do Imposto de Renda 
em novembro de 2018, o que motivou a adequação da nor-
ma. A Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 
1.894/2019 também alterou o valor limite para dispensa da 
obrigatoriedade de apresentação da Escrituração Contábil 
Digital (ECD) das pessoas jurídicas imunes e isentas. Com 
o objetivo de simplificar as obrigações acessórias, ficam 
31
dispensadas de apresentar a ECD as entidades imunes e 
isentas que auferirem, no ano-calendário, receitas, doações, 
incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios 
e ingressos assemelhados cuja soma seja inferior a R$ 4,8 
milhões. O limite anterior era de R$ 1,2 milhão.
Escrituração Fiscal Digital (EFD): Desde o ano calendá-
rio 2015 todas as organizações religiosas estão obrigadas a 
entregar a ECF, independentemente do montante de receita, 
ausência de empregados, remunerações ao seu ministro re-
ligioso. A EFD-Contribuições será transmitida mensalmen-
te ao SPED até o 10º (décimo) dia útil do 2º (segundo) mês 
subsequente ao que se refira a escrituração.
Assinatura do Livro Digital: O livro digital deve ser as-
sinado obrigatoriamente pelo presidente da organização re-
ligiosa e por profissional contábil, devidamente habilitado 
junto ao Conselho Regional de Contabilidade. Para tanto, é 
indispensável que ela possua o certificado digital. Eventu-
almente, pode-se utilizar procuração eletrônica da Receita 
Federal.
Importante: A organização religiosa deve manter atualiza-
do o seu estatuto e as suas atas. Ambos devem ser levados 
a registro público em Cartório, sob pena de nulidade. Em 
caso de falta de atualização, a organização não obterá o seu 
Certificado Digital.
CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempre-
gados Mensal: Até o dia 7 (sete) do mês subsequente ao da 
admissão ou demissão.
Observação: A legislação prevê, ainda, a obrigatoriedade de 
entrega do CAGED diário, quando se tratar de admissão de 
empregado em gozo de benefício de seguro-desemprego.
32
PIS sobre Folha de Pagamento: É uma obrigação tributá-
ria devida pelas organizações religiosas, inclusive, à base de 
1% sobre a folha de pagamento de salários, mensalmente.
DIRF – Declaração do Imposto Sobre a Renda Retido na 
Fonte: No que diz respeito a organização religiosa, trata-se 
de uma declaração anual prestada à Secretaria da Receita 
Federal, dela constando basicamente os valores recolhidos 
na fonte, bem como recolhimentos de PIS sobre a folha de 
pagamento. O prazo vai até o último dia útil do mês de fe-
vereiro de cada ano.
GFIP/SEFIP: Ainda que negativa, deve ser apresentada 
em janeiro e dezembro de cada ano.
Alvará de Localização: Esta exigência varia de município 
para município, por isso é importante consultar a legislação 
municipal. Veja tópico 1.3.
INSS-Guia: Recolhimento através de guia própria, inci-
dente sobre folha de pagamento de funcionários, pagamen-
tos efetuados a autônomos e outros prestadores de serviços 
e serviços tomados de pessoas jurídicas, até o dia 20 de 
cada mês seguinte ao vencido.
INSS-Carnê: Recolhimento através de carnê até o dia 15 
de cada mês seguinte ao vencido.
FGTS: Recolhimento através de guia própria até o dia 7 de 
cada mês seguinte ao vencido.
Contribuição Sindical dos empregados: Recolhimento 
através de guia própria de acordo com dispositivos legais.
33
2. O INSS e o imposto de renda 
dos ministros e autônomos
2.1 INSS do pastor (De 1º de janeiro a 
31 de dezembro de 2022)
De acordo com legislação vigente, não se conside-
ra como remuneração direta ou indireta, para os efeitos da 
Lei, os valores despendidos pelas organizações religiosas e 
instituições de ensino vocacional, como ministro de confis-
são religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de 
congregação ou de ordem religiosa em face de seu mister 
religioso ou para sua subsistência, desde que fornecidos em 
condições que independam da natureza e da quantidade do 
trabalho executado. Assim, sobre este tipo de pagamento 
não incide nenhuma contribuição, pois ele não é conside-
rado como remuneração. Cumpre salientar, também, que 
o Ministro de Confissão Religiosa é considerado segurado 
obrigatório da Previdência Social na qualidade de contri-
buinte individual (Decreto 3.048/1999). Caso o valor re-
cebido pelo ministro de confissão religiosa ou membro de 
instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa em face do seu mister religioso ou para sua sub-
sistência independa da natureza e da quantidade do traba-
lho executado, caberá ao próprio contribuinte individual 
o recolhimento da sua contribuição que corresponde, de 
1º/01/2022 a 31/12/2022, a 20% (vinte por cento) sobre 
o valor por ele declarado, observados os limites mínimo 
(R$1.212,00 x 20% = R$242,20) e máximo (R$7.088,51 
34
x 20% = R$1.417,70) de salário-de-contribuição. Desta 
forma, caso este valor seja pago para a sua subsistência, 
não incidirão os referidos recolhimentos, pois nesse caso o 
próprio contribuinte fará seu recolhimento através de car-
nê, aplicando a alíquota de 20% sobre sua remuneração, 
utilizando o código 1007. Ainda que aposentado por tempo 
de contribuição, o ministro religioso em atividade continua 
sendo contribuinte obrigatório, mas neste caso poderá optar 
pela contribuição simplificada à alíquota de 11% sobre o 
salário mínimo, utilizando-se o código 1163.
Caso o Ministro Religioso receba remuneração pe-
los serviços prestados de forma diferenciada, conforme a 
quantidade de serviços prestados, incidirão por parte da 
Organização Religiosa, sobre esta remuneração, tanto a 
importância correspondente a 20% a título de renda ecle-
siástica sobre o valor pago mensalmente ao seu ministro 
religioso em questão, quanto o recolhimento de 11% a títu-
lo de contribuição previdenciária do contribuinte individual 
que lhe presta serviços.
O texto da Lei 13.137/2015, se não interpretado 
cuidadosamente, pode trazer sérios problemas tanto para 
igrejas como para ministros religiosos, pois profissionais 
da contabilidade e operadores de Direito têm dividido opi-
nião quanto à sua aplicabilidade. Salvo melhor juízo, en-
tendo que não somente os proventos devem ser oferecidos 
à tributação do imposto de renda, mas também eventuais 
benefícios que a igreja venha a conceder ao ministro reli-
gioso contratado. Veja Solução de Consulta SRF nº63, de 
25/09/2009.
35
Possibilidades de recolhimento de INSS em 2022:
Valor da Prebenda Contribuição Sim/não
R$1.000,00 R$110,00 Não (1)
R$1.000,00 R$220,00 a 1.286,71 Sim (2)
R$5.531,31 De 220,00 a R$1.286,71 Sim (3)
R$10.000,00 R$220,00 a 1.286,71 Sim (4)
R$10.000,00 R$2.000,00 Não (5)
1. Este valor de contribuição corresponde 11% do 
Salário Mínimo, mas não se aplica ao ministro 
religioso.
2. Este é o valor mínimo de contribuição previdenci-
ária para a classe de ministros religiosos (20% do 
Salário Mínimo vigente). Ainda que aposentado, 
o ministro religioso que permanece pastoreando, 
deverá efetuar esse recolhimento mínimo.
3. Este é o valor máximo de contribuição previden-
ciária para a classe de ministros religiosos.
4. Embora ganhe R$10.000,00 a título de proventos 
ministeriais, ainda assim o ministro religioso pode 
optar pelo recolhimento mínimo obrigatório.
5. É vedado ao ministro religioso contribuir com va-
lor mensal superior ao previsto na legislação.
Nota: O valor da contribuição poderá variar entre R$242,40 
e R$1.417,70 de um mês para o outro, sem risco de come-
timento de irregularidade perantea Previdência Social. De 
todo modo, quando o ministro religioso for requerer a sua 
aposentadoria, serão computadas todas as suas contribui-
ções para fins de definição do valor do benefício.
36
2.2 Como e onde informar os recolhimentos 
do INSS na declaração anual de IRPF do 
ministro religioso:
Em qual campo do programa da Declaração do Im-
posto de Renda devo informar os pagamentos efetuados a 
título de contribuição previdenciária do Ministro de confis-
são religiosa?
Resposta: Considerando ser a fonte pagadora dos 
rendimentos (organização religiosa) pessoa Jurídica, os 
rendimentos recebidos, bem como os eventuais impostos 
retidos na fonte devem ser lançados na ficha “Rendimentos 
Tributáveis Recebido de Pessoa Jurídica”, conforme página 
49 e 50 do Ajuda do Programa IRPF 2018. Contudo, con-
forme orientação mais recente da Receita Federal, o total 
das contribuições pode ser inserido no Informe de Rendi-
mentos da fonte pagadora.
Quanto a Previdência Oficial (INSS), conforme pre-
visto no inciso I, art. 86 da Instrução Normativa RFB nº 
1.500/2014 esta poderá ser considerada dedutível para fins 
de apuração do Imposto de renda.
“Art. 86. São admitidas, a título de dedução, as 
contribuições:
I – para a Previdência Social da União, dos esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios;
(...)
§ 2° Quando a fonte pagadora não for responsá-
vel pelo desconto da contribuição previdenciária, 
o valor pago a esse título pode ser considerado 
para fins de dedução da base de cálculo sujeita 
ao imposto mensal, desde que haja anuência da
37
fonte pagadora e que o beneficiário lhe forneça o 
original do comprovante de pagamento.
(...)”
Sendo a Previdência Oficial (INSS) recolhida pelo 
próprio profissional autônomo, o mesmo deverá ser lança-
do na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebido de PF/Ex-
terior” na aba “outras informações” na coluna “Previdência 
Oficial”, conforme página 59 do Ajuda do Programa IRPF 
2018.
2.3 IRFON: A partir do mês de abril de 2015:
Base de Cálculo (R$) Alíquota
(%)
Parcela a deduzir
do IR (em R$)
Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36
Dedução por dependente: R$189,59 
Fonte: Medida Provisória nº 670/2015
(Recomendável confirmação através do site www.receitafederal.org.br)
38
3. Os “direitos” do pastor e 
demais ministros religiosos
Embora não regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), tem sido praxe a igreja conceder ao seu 
pastor direitos análogos, tais como férias (acrescidas de 
um terço), 13º salário, FGTM/FAP, fundo previdenciário e 
outros.
Particularmente, defendo que a igreja que deliberar 
honrar o seu ministro com tais benefícios, à exceção do 
FGTM/FAP, que o faça mensalmente com base na média 
aritmética simples mensal, assim:
Proventos + Férias + Gratificação natalina + Outros = X ÷ 12 = R$...
Entendo que desta forma a igreja simplificará o seu 
orçamento, minimizará a tributação do IRFON e haverá 
menor variação de saídas em meses distintos, além de não 
ter que se preocupar com fundos de reservas para tais fins.
3.1 Como calcular as férias do pastor:
A título de exemplo, suponhamos um pastor com pro-
vento mensal de R$6.000,00 (seis mil reais). Neste caso, se 
a Igreja adotar o princípio da equiparação, o valor devido 
bruto será de R$8.000,00 (oito mil reais).
Obs.1: No caso de mês quebrado, pode-se pagar os dias 
trabalhados antes ou depois do gozo das férias.
39
Obs.2: Este valor deverá ser pago até três dias antes do 
início do gozo das férias.
Obs.3: É certo que sobre esse valor será estabelecida a base 
de cálculo para fins de recolhimento do IRFON (Imposto 
de Renda Retido na Fonte).
3.2 IRFON: Incidência sobre proventos 
ministeriais
A promulgação da Lei nº 13.137, de 2015 levou mui-
tos profissionais da área contábil e do Direito e, por exten-
são, os ministros de confissão religiosa, a entenderem que a 
partir de então não haveria incidência de imposto de renda 
na fonte sobre os seus proventos e eventuais benefícios.
Desde então, passaram a me consultar e, para a minha 
felicidade, a Receita Federal do Brasil editou a Solução de 
Consulta nº 254 – Cosit, datada de 26 de maio de 2017, que 
passo a transcrever parte dela, com grifos meus, para facili-
tar o entendimento dos meus leitores:
“RETENÇÃO NA FONTE. MINISTROS DE 
CONFISSÃO RELIGIOSA: Estão sujeitos à in-
cidência do Imposto sobre a Renda na Fonte os 
valores despendidos pelas entidades religiosas 
com ministros de confissão religiosa, conforme 
a tabela progressiva do IRRF.
Dispositivos Legais: Decreto nº 3.000, de 1999, 
Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), 
art. 167 c/c o art. 628.
Relatório: A interessada, acima identificada, 
entidade religiosa sem fins lucrativos, dirige-
-se a esta Superintendência para formular 
40
CONSULTA sobre a isenção do Imposto 
sobre a Renda em relação aos rendimen-
tos recebidos por Ministros de Confissão 
Religiosa.
2. Cita a Lei nº 13.137, de 2015, que, em seu 
art. 7º, incluiu o § 14 no art. 22 da Lei nº 8.212, 
de 1991, afirmando que o § 13 desta lei dispõe 
que os rendimentos dos ministros religiosos 
não configuram remuneração direta ou indireta, 
concluindo que a renda de ministros religiosos, 
padres e pastores estariam isentos do imposto 
sobre a renda.
3. Assim, indaga sobre a correta interpretação da 
Lei nº 13.137, de 2015, questionando se as enti-
dades religiosas, às quais estão vinculados tais 
ministros de confissão religiosa, estão desobri-
gadas à retenção e ao recolhimento do imposto 
sobre a renda.
4. Inicialmente, da análise da Lei nº 8.212, de 
1991, citada pela consulente, depreende-se que 
o art. 22, em seu § 13, define que não se con-
sidera remuneração direta ou indireta, para os 
efeitos dessa Lei, os valores despendidos pelas 
entidades religiosas com ministro de confissão 
religiosa, em face do seu mister religioso ou para 
sua subsistência, desde que não dependam da 
natureza e da quantidade de trabalho executado. 
Observe-se que o disposto no referido parágra-
fo possui efeitos para essa Lei, ou seja, para os 
dispositivos nela contidos, relacionados à Segu-
ridade Social.
5. Assim, em relação ao INSS, sobre este tipo 
de pagamento não incide nenhuma contribuição, 
41
pois não se trata de remuneração, direta ou indi-
reta. No entanto, cumpre salientar que o ministro 
religioso é considerado segurado obrigatório da 
Previdência Social na qualidade de contribuin-
te individual (Decreto nº 3.048, de 1999). Desta 
forma, do valor recebido, caberá ao próprio mi-
nistro, como contribuinte individual, o recolhi-
mento da sua contribuição, que corresponderá a 
20 % sobre o valor por ele declarado, observa-
dos os limites mínimo e máximo de salário de 
contribuição.
6. A Lei nº 13.137, de 2015, alterou a redação do 
art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, acrescentando, 
no § 14, dois incisos para efeito de interpreta-
ção do § 13, com o intuito apenas de esclarecer 
melhor o assunto. Mas, conforme já exposto, o 
§ 13, e consequentemente o § 14, trazem defini-
ções para os efeitos da Lei nº 8.212, 1991, que 
trata da Seguridade Social, e, portanto, não trata 
do imposto sobre a renda.
7. Desta forma, não há como se extrair do conti-
do na Lei nº 13.137, de 2015, a conclusão sobre 
a obrigatoriedade ou não da retenção do imposto 
de renda sobre os rendimentos pagos aos minis-
tros religiosos.
8. Observe-se que os ministros religiosos não 
têm vínculo empregatício com a pessoa jurídica 
pagadora (igreja etc.), pois inexiste contrato de 
trabalho com a organização religiosa, sendo os 
valores por eles recebidos caracterizados como 
rendimentos do trabalho não assalariado.
9. O disposto no art. 167 c/c o art. 628, ambos do 
Decreto nº 3.000, de 1999, Regulamento do Im-
posto de Renda (RIR/99), determina a retenção 
42
do Imposto de Renda na Fonte para os rendimen-
tos do trabalho não assalariado, pagos por essas 
entidades, como se observa a seguir:
“Art.167. As imunidades, isenções e não inci-
dências de que trata este Capítulo não eximem 
as pessoas jurídicas das demais obrigações pre-
vistas neste Decreto, especialmente as relativas à 
retenção e recolhimento de impostos sobre ren-
dimentos pagos ou creditados e à prestação de 
informações (Lei nº 4.506, de 1964, art. 33).
Parágrafo único. A imunidade, isenção ou não 
incidência concedida às pessoas jurídicas não 
aproveita aos que delas percebem rendimen-
tos sob qualquer título e forma (Decreto-Lei nº 
5.844, de 1943, art. 31).
(...)
Art. 628. Estão sujeitos à incidência do impos-
to na fonte, calculado na forma do art. 620, os 
rendimentos do trabalho não-assalariado, pagos 
por pessoas jurídicas, inclusive por cooperativas 
e pessoas jurídicas de direito público, a pessoas 
físicas (Lei nº 7.713, de 1988, art. 7º, inciso II). 
(grifos acrescidos)
10. Portanto, os valores recebidos pelos minis-
tros religiosos estão sujeitos à incidência do Im-
posto sobre a Renda na Fonte e na Declaração de 
Rendimentos das pessoas físicas beneficiárias, 
visto que não gozam de imunidade ou isenção 
(exceção feita, obviamente, aos valores pagos 
dentro do limite de isenção da tabela progressiva 
do IRRF).
Conclusão
43
11. À vista do exposto, responde-se à consulen-
te que, sobre a importância paga aos ministros 
de confissão religiosa, incide o Imposto de Ren-
da na Fonte, conforme a tabela progressiva do 
IRRF, devendo a consulente aplicar a tabela e 
reter o valor correspondente, o qual deverá ser 
recolhido por meio de guia própria (DARF).
3.3 Pagamento do 13º salário 
ou gratificação natalina:
Cada parcela deverá corresponder a 50% (cinquenta 
por cento) do valor percebido pelo ministro, devendo a pri-
meira parcela ser paga até o dia 30 de novembro; e a segun-
da até 20 de dezembro.
3.4 Previdência, plano de saúde, 
FGTM, aluguel etc.
Tem sido prática cada vez maior entre as igrejas as-
sumir o pagamento do INSS, Plano de Saúde, FGTM/FAP 
(Fundo de Garantia de Tempo de Ministério ou Fundo de 
Amparo ao Pastor), aluguel residencial e outros benefícios 
para os seus pastores. É evidente que a maioria maciça das 
igrejas não pode arcar com todos os benefícios aqui men-
cionados, mas a nossa sugestão é que pelo menos o INSS 
e o FGTM sejam assumidos pela Igreja, já que do INSS o 
pastor vai depender para uma aposentadoria mais tranquila. 
Já o FGTM equivale a “indenização” quando ele deixar o 
pastorado local, tornando-se um fundo de subsistência até 
que ele seja convidado para um novo ministério.
44
Nesta obra, apresentamos um modelo de Termo de 
Compromisso ditando normas sobre o FGTM, elaborado 
pelo experiente Dr. Genésio Pereira, que poderá ser adapta-
do à realidade da igreja.
Importante ressaltar que outras igrejas adotam bene-
fício similar, dando-lhe diferente nomenclatura, como por 
exemplo, Fundo de Assistência Pastoral (FAP), mas o obje-
tivo é o mesmo.
3.5 Previdência Privada Pastoral 
e demais ministros religiosos
Quando não for possível fazer uma previdência priva-
da mais avantajada para o ministro, faça uma modesta, mas 
faça. Não direcione todos os seus investimentos para um 
futuro tranquilo somente na previdência oficial (INSS). Os 
bancos que oferecem esse serviço têm-se mostrado bastante 
sólidos.
3.6 Plano de Saúde Pastoral
e demais ministros religiosos
Se contratado pela pessoa física e pago pela Igreja, 
incorpora aos proventos, em forma de benefícios e há in-
cidência de Imposto de Renda. Se contratado em nome da 
pessoa jurídica, além de ficar mais barato, não incorpora 
aos proventos pastorais.
45
3.7 Pastor Pessoa Jurídica? O que é isto?
O pastor de igreja local que for orientado a inscrever-
-se como Microempreendedor Individual (MEI) para rece-
ber os seus proventos mediante emissão de nota fiscal de 
serviços prestados estará cometendo um equívoco, do pon-
to de vista fiscal. Dentre os motivos está a ausência dessa 
categoria no rol das atividades permitidas pela legislação 
pertinente.
Há profissionais da contabilidade e do Direito que es-
tão orientando mal as igrejas e seus pastores. Se invocam a 
lei, ou silêncio dela, eu preciso saber se estão se referindo 
à lei civil ou à lei moral. Ora, a lei moral transcende a lei 
civil.
Eu jamais orientaria uma igreja a formalizar o seu 
ministro religioso perante o fisco como MEI (Microempre-
endedor Individual), EIRELI (Empresa Individual de Res-
ponsabilidade Limitada). Afinal, o ministro religioso não é 
nem uma coisa, nem outra. Ele é muito mais que isso.
Observe que a legislação previdenciária não deixa 
dúvidas sobre o tratamento dado ao ministro religioso.
Endossado pelo antigo Regulamento do Imposto de 
Renda Decreto 3.000, em seu art. 67, Parágrafo Único, 
asseverava que “A imunidade, isenção ou não incidência 
concedida às pessoas jurídicas não aproveita aos que dela 
percebam rendimentos sob qualquer título e forma”. Igual-
mente, o novo RIR/2018 endossa essa posição.
“Desta forma, os rendimentos percebidos pelos pas-
tores são tributados normalmente pelo imposto de renda, 
sujeitando-se a tabela progressiva mensal e as demais re-
gras de retenção e deduções da base de cálculo para o im-
posto de renda”.
46
Há, contudo, outras implicações que prefiro não as 
mencionar aqui.
3.8 Pastor aposentado por invalidez 
pode pastorear?
Quando recentemente publiquei um artigo voltado 
aos pastores, falando de aspectos previdenciários com im-
plicações diretas sobre filiação, contribuição e aposenta-
doria, fizeram-me uma consulta que agora a torno pública, 
a fim de que outros pastores tenham tal informação, que 
considero de extrema relevância. O assunto causou certa 
controvérsia e acabou por ensejar um parecer jurídico as-
sinado pelo competente pastor batista e advogado Marcelo 
Rosa, especialista em direito eclesiástico, que gentilmente 
nos autorizou a sua inserção aqui.
A pergunta é a que dá título a este artigo: “Pastor apo-
sentado por invalidez pode pastorear?” Antes de responder, 
gostaria de sugerir que a formulação mais correta para esta 
pergunta seria o consulente perguntar se o ministro religio-
so aposentado por invalidez pode pastorear e receber pro-
ventos da igreja à qual ele serve.
Há um brocardo jurídico provindo do latim que vati-
cina que “dura lex sed lex”, ou seja, a lei é dura, mas é lei.
Neste sentido, passo a esclarecer que, de acordo com 
a legislação previdenciária vigente, o ministro de confissão 
religiosa é contribuinte obrigatório da Previdência Social 
(INSS) e, portanto, não goza de tratamento diferenciado. 
Nessa condição de aposentado por invalidez, não há que se 
falar em atividade remunerada, tampouco em recolhimento 
da contribuição mensal, considerando que ele foi declarado 
47
incapacitado para qualquer atividade laboral (leia-se ativi-
dade remunerada).
Neste caso, estando ele aposentado por invalidez, e 
movido por sua vocação sacerdotal, que se traduz pelo afã 
de propagar o Evangelho, poderá fazê-lo, porém não poderá 
receber da fonte pagadora, que é a igreja ou organização 
similar que o tenha contratado na condição de ministro de 
confissão religiosa, sem vínculo de emprego, sob pena de 
ter cassada a sua aposentadoria. Esta é a dura verdade.
Diante deste cenário, não se vislumbra outra possi-
bilidade, já que os recursos recebidos pela organização re-
ligiosa em forma de dízimos, ofertas e outros devem ser 
contabilizados de acordo com o rigor das Normas Brasilei-
ras de Contabilidade, bem como com a legislação do Im-
posto de Renda.
Argumentos contrários a este entendimento, porém 
sem muita consistência, apontam para as particularidades 
da atividade do ministro de confissão religiosa, afirman-
do que não se trata de atividade profissional, que não há 
caracterizada a contrapartida pelo exercício do ministério 
pastoral e por aí vai. É preciso muito cuidado. Aconselho 
àqueles que porventura se encontrem nessa situação que se 
preparem para uma eventual demanda judicial, pois a ten-
dência do INSS será cassar tal benefício,retroativamente à 
data da concessão do mesmo.
CONSULTA JURÍDICA – RAZÃO DA CONSULTA: In-
daga o consulente sobre a possibilidade do beneficiário de 
aposentadoria por invalidez (doença) concedida pelo INSS, 
voltar a exercer atividade laborativa remunerada, inclusive 
com retenção e pagamento de IRRF e de cota previdenciá-
ria. No caso ora examinado, o aposentado pretende exercer 
48
função remunerada de pastor evangélico, e em tal condição 
passará a receber sustento ministerial na qualidade de Mi-
nistro Religioso.
Parecer:
A aposentadoria em questão foi concedida, em tese, 
pelo INSS após a constatação pericial de que o segurado é 
portador de doença grave que o incapacita totalmente para 
o trabalho.
A incapacidade funcional pode ser decorrente de 
doença profissional ou de acidente de trabalho, mas, em 
qualquer das modalidades deve ser considerada “grave” o 
suficiente a ponto de incapacitar o segurado para o traba-
lho. Tal modalidade de benefício previdenciário está regu-
lamentada pelos artigos 42/47 da Lei 8.213 de 1991 e pelo
Decreto Lei nº3048 de 1999 em seus artigos 43/50.
Em resumo, a aposentadoria por invalidez, pode ser 
até definitiva, entretanto, a princípio é provisória. Defini-
tiva será se o segurado jamais se recuperar da doença; e 
provisória, na medida em que se o segurado for curado e re-
cuperar sua capacidade laborativa, a aposentadoria poderá 
ser cancelada pelo órgão previdenciário.
Dispõe o Artigo 48 do Decreto 3048/99 que
“O aposentado por invalidez que retornar volun-
tariamente à atividade terá sua aposentadoria, 
automaticamente cassada, a partir da data do 
retorno”.
No mesmo sentido é o Art. 46 da Lei 8213/91 que dis-
põe: “O aposentado por invalidez que retornar voluntaria-
mente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente 
cancelada a partir da data do retorno”.
49
A Autoridade Previdenciária, logo que tomar conhe-
cimento do retorno do segurado à atividade laborativa, seja 
ela qual for, ainda que em atividade diversa daquela na qual 
trabalhava anteriormente o segurado, cancelará automatica-
mente a aposentadoria por invalidez.
Deste modo, sem maiores justificativas, o próprio 
nome iuris já diz, que a aposentadoria é por invalidez, e 
logicamente, ao retornar à atividade laborativa o segurado 
estaria dando prova irrefutável de que a “invalidez” não 
existiria mais!
Decidindo voltar ao mercado de trabalho o aposen-
tado por invalidez deverá comunicar à Autoridade Previ-
denciária o restabelecimento de sua saúde e a decisão de 
tornar-se novamente trabalhador ativo. Tal comunicação, 
entretanto, poderá se dar de modo tácito, ou seja: quando 
de volta ao trabalho, a empresa empregadora ou o segura-
do individual fizer o primeiro recolhimento previdenciário 
vinculado ao CPF do “aposentado por invalidez”, a aposen-
tadoria será automaticamente cancelada.
É fato que muitos cidadãos “aposentados por invali-
dez”, em caso de necessidade, passam a exercer atividades 
remuneradas no chamado “mercado informal” para com-
plementação de renda mensal.
Tais atividades não oficializadas e sem qualquer tipo 
de registro não são, em regra, “descobertas” pela Previdên-
cia Social. Entretanto se o “aposentado por invalidez” tiver 
a Carteira de Trabalho assinada; se fizer um cadastro de 
Microempreendedor Individual; se constituir qualquer tipo 
de sociedade; se assumir a direção de qualquer associação; 
se cadastrar-se como profissional autônomo; se expedir al-
gum Recibo de Pagamento Autônomo, ou de qualquer for-
ma oficial passar a exercer qualquer outra atividade que se 
50
enquadre na condição de contribuinte obrigatório da Previ-
dência Social, perderá automaticamente o direto à aposen-
tadoria por invalidez.
Evidentemente que não será esta a hipótese do caso 
objeto da consulta, pois se trata de um Pastor, Ministro Re-
ligioso, para o qual além de se aplicar a “lei dos homens”, 
aplica-se acima de tudo, A Lei de Deus, e com base nesta, 
que exige do ser humano um comportamento ainda mais 
ético e moral, deve o aposentado permanecer aposen-
tado apenas no caso de efetivamente ostentar o perfil de 
incapacitado!
Conclusão
Diante da legislação previdenciária vigente, sou de 
parecer que, na hipótese do beneficiário de aposentadoria 
por invalidez ser contratado como Ministro Religioso, tal 
função obrigará à Igreja a cadastrá-lo perante a Previdência 
Social como contribuinte obrigatório, na forma do Artigo 
11, inciso V, Alínea c da Lei 8.213/91 que dispõe: “Art.11 
São segurados obrigatórios da Previdência Social as se-
guintes pessoas físicas:
V – como contribuinte individual:
......................................................................
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de 
instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa;”
Neste contexto, evidentemente que, assumindo o pas-
torado de Igreja Batista o “aposentado por invalidez” terá a 
aposentadoria automaticamente cancelada quando for efe-
tuado o primeiro recolhimento previdenciário obrigatório 
for efetivado pela tesouraria da Igreja.
51
Diante de tudo que aqui se expôs, ainda que de forma 
objetiva e resumida, é de se concluir que o pastor que está 
aposentado por invalidez está impedido de exercer qualquer 
atividade laborativa enquanto perdurar tal invalidez; e que 
ao assumir o pastorado de Igreja estará de fato, optando 
em abrir mão da aposentadoria para retornar às atividades 
profissionais.
Rio de Janeiro, 06 de abril de 2016.
Dr. Marcelo Gomes da Rosa – OAB/RJ 72.842
52
4. Dicas para o tesoureiro
1. Seja organizado. Estabeleça prazo para fecha-
mento mensal da movimentação financeira da 
igreja; estabeleça prazo para pagamento de pes-
soal (assalariados, seminaristas, ministros, mis-
sões, profissionais liberais e outros); encargos 
diversos; taxas de água, luz, telefone etc. Pague 
em dia todos os compromissos assumidos pela 
igreja. Quando isso não for possível, entre em 
contato com o credor antes da data de vencimento 
e comunique-lhe tal impossibilidade.
2. Abra conta bancária somente em nome da igreja 
(nunca em nome do pastor, diácono ou qualquer 
membro, por mais conceituado que seja).
3. Nunca lance no livro de Tesouraria dízimos e/ou 
ofertas para recebê-los posteriormente.
4. Efetue pagamentos preferencialmente em che-
ques, apontando neles a sua destinação. Trabalhe 
com cópia de cheque (à venda em papelaria).
5. Ao receber cheques que não sejam de membros 
da igreja, ou seja, cheques de terceiros, identifi-
que-os no verso (escreva o nome de quem está 
passando).
6. Nunca assuma compromissos financeiros sem a 
prévia autorização da igreja.
53
7. Mantenha a contabilidade da igreja em dia, uti-
lizando documentos idôneos, que de fato com-
provem os lançamentos contábeis e que sejam 
aceitos pelo fisco. Repasse em tempo hábil ao 
profissional da contabilidade os livros e docu-
mentos necessários aos apontamentos para efeitos 
legais (inclusive para elaboração e apresentação 
da declaração anual de imposto de Renda). Em 
caso de dúvida, consulte o seu contador.
8. Facilite o trabalho da Comissão de Exame de 
Contas, Conselho Fiscal ou outra denominação 
dada a quem seja responsável pelo acompanha-
mento da saúde financeira da igreja, arquivando 
em ordem os documentos que derem origem aos 
lançamentos e prestando-lhe quaisquer esclareci-
mentos que se tornem necessários.
9. Nunca trabalhe sozinho – o ideal é que mesmo 
igrejas pequenas tenham dois ou três tesoureiros 
atuando em conjunto – e peça que a Comissão de 
Exame de Contas atue no propósito para o qual 
foi criada, visando a transparência dos seus atos.
10. Evite guardar em casa grandes importâncias em 
espécie.
11. Acima de tudo, ética cristã!
(Extraído e adaptado de fonte não identificada)
54
5. A Igreja e suas relações 
trabalhistas
Têm direitos e obrigações os chamados trabalhadores 
celetistas, isto é, aqueles que são regidos pela CLT – Conso-
lidação das Leis do Trabalho (zelador, auxiliar de serviços 
gerais, faxineiro,secretária, assistente administrativo, mú-
sico...) e não celetistas (trabalhadores autônomos que even-
tualmente prestam serviços para a Igreja). Não vale a pena 
correr riscos. Vale a pena observar as leis.
5.1 Quanto custa um funcionário 
para a igreja:
Em termos de encargos direitos, a título de exemplo, 
suponhamos que determinado funcionário tem salário de 
R$1.300,00 por mês. Sobre esse valor contratado, a igreja 
empregadora deverá observar a tabela abaixo:
INSS Empregador 20%
INSS Empregados (Dedutível no contracheque) 8%*
RAT – Risco Ambiental do Trabalho 1%
Outros 5,8%
FGTS 8%
PIS s/Folha de Pagamento 1%
IRFON
* Esse percentual pode variar de 7,5% a 14%, dependendo da faixa de 
salário do trabalhador.
55
Anote: Há outros custos para a igreja empregadora, 
dentre os quais destacamos: a) Exames médicos (admissio-
nal, periódicos e demissional); b) Normas Regulamentares; 
c) Vale Alimentação ou Vale-Refeição, d) Vale-transporte; 
e) benefícios previstos em Acordos ou Convenções Coleti-
vas de Trabalho etc.
5.2 Quanto custa um prestador 
de serviços para a igreja:
Sobre serviços tomados de autônomos (trabalha-
dores avulsos que prestam serviços eventuais, tais como 
pintores, pedreiros, eletricistas, encanadores, jardineiros, 
engenheiros, arquitetos, advogados, contadores....) deve a 
igreja fazer o pagamento através de Recibo de Pagamento 
de Autônomo (RPA), efetuando-se os descontos incidentes, 
a saber: 11% relativo à contribuição previdenciária em be-
nefício do prestador de serviços. Também deve fazer a re-
tenção do imposto de renda na fonte (IRFON) até a data de 
vencimento prevista, em caso de incidência à luz da tabela 
divulgada pela Receita Federal do Brasil.
À igreja cabe o encargo previdenciário de 20% sobre 
o total do serviço prestado. O valor total do percentual apli-
cado (20% + 11% =31%) deverá ser recolhido pela igreja 
empregadora aos cofres da Previdência Social no venci-
mento previsto.
5.3 Direitos básicos do trabalhador
São direitos básicos do trabalhador:
56
a) Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia 
de serviço; b) Exames médicos de admissão, periódicos e 
demissional; c) Repouso semanal remunerado (1 folga por 
semana, sendo pelo menos uma num domingo, se emprega-
do do sexo masculino; e pelo menos duas, se do sexo femi-
nino); d) Salário pago até o 5º dia útil do mês subsequente; 
e) Primeira parcela do 13º salário paga até 30 de novembro; 
segunda parcela até 20 de dezembro; f) Férias de 30 dias 
com acréscimo de 1/3 do salário; g) Vale-transporte com 
desconto máximo de 6% do salário; h) Licença maternida-
de de 120 dias (tramita no Congresso Nacional projeto que 
altera para 180 dias), com garantia de emprego até 5 meses 
depois do parto; i) Licença paternidade de 5 dias corridos; 
j) FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária a fa-
vor do empregado; l) Horas-extras pagas com acréscimo de 
50% no mínimo do valor da hora normal; m) Estabilidade 
de 12 meses em casos de acidente; n) Adicional noturno de 
20% para quem trabalha das 22h às 5h; o) Faltas ao trabalho 
nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/ 
ano), alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente pró-
ximo (2 dias), testemunho na Justiça do Trabalho (no dia), 
doença comprovada por atestado médico; p) Aviso prévio 
de 30 dias, em caso de demissão; q) Seguro-desemprego.
5.4 Férias do empregado
Vencidas: O empregado dispensado sem justa causa, 
fará jus às férias vencidas acrescidas do terço constitucio-
nal. Para tanto, deverá cumprir o tempo de trabalho de 12 
meses, na forma do art. 130 da CLT.
57
Proporcionais: As férias proporcionais também 
serão devidas, na fração de 1/12 avos período trabalhado 
igual ou superior a 15 dias, na forma do art. 146 da CLT. As 
faltas injustificadas poderão afetar o direito do empregado 
às férias proporcionais, na forma da tabela abaixo:
Obs: Acima de 32 faltas injustificadas no período 
aquisitivo, o empregado perde o direito às férias correspon-
dentes ao período aquisitivo.
5.5 Atrasos
O art. 58, §1º da CLT disciplina que não serão descon-
tados da jornada a variação de horário no registro de ponto 
não excedente de 5 (cinco) minutos, observado o limite má-
ximo de 10 (dez) minutos diários. Portanto, o empregado 
pode se atrasar 5 (cinco) minutos no início da jornada diária 
e no retorno do intervalo para repouso e refeição.
5.6 Anotações e prazo para devolução na CTPS
O art. 29 da CLT prevê que a Carteira de Trabalho e 
Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, con-
tra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, 
o qual terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para nela 
anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração 
e as condições especiais, se houver, sendo facultada a ado-
ção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme 
instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
58
5.7 Principais ausências justificadas
Alistamento militar: no período em que tiver de cumprir 
as exigências do Serviço Militar;
Alistamento eleitoral: até 2 (dois) dias consecutivos ou não, 
para o fim de se alistar eleitor, no termo da lei respectiva;
Atestado Médico: os dias em que estiver de atestado 
médico;
Casamento: até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de 
casamento;
Comparecimento em juízo: pelo tempo que se fizer neces-
sário, quando tiver que comparecer em juízo, quando for 
convocado para prestar depoimento, for jurado ou qualquer 
outra determinação;
Comparecimento à Justiça do Trabalho: as horas em que 
o empregado faltar ao serviço para comparecimento neces-
sário como parte na Justiça do Trabalho;
Cumprimento de Aviso Prévio: por 07 (sete) dias corridos 
ou 02 (duas) horas diárias, no cumprimento do aviso prévio 
motivado pelo empregador;
Doação de sangue: 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses 
de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devi-
damente comprovada;
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Exames vestibulares: nos dias em que estiver comprova-
damente realizando provas de exames vestibulares para in-
gresso em estabelecimento de ensino superior;
Falecimento: até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de 
falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou 
pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previ-
dência social, viva sob sua dependência econômica;
Falecimento de cônjuge professor: por 9 (nove) dias, 
quando se tratar de professor, por motivo de gala ou de 
luto em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou 
mãe, ou de filho;
Nascimento de filho: 5 dias, em caso de nascimento de 
filho, no decorrer da primeira semana;
Licença-maternidade: período de licença-maternidade ou 
aborto não criminoso.
5.8 Aviso Prévio
A Lei nº12.506/2011 alterou as regras para aplicação 
do aviso prévio, estabelecendo o aviso prévio proporcional, 
que passa a ter uma variação de 30 a 90 dias, conforme o 
tempo de serviço na empresa. Assim, os empregados pas-
sam a ter no mínimo 30 dias durante o primeiro ano de tra-
balho, somando a cada ano mais três dias.
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5.9 Indenização adicional
A indenização adicional equivalente a uma remune-
ração mensal do trabalhador, que for dispensado sem justa 
causa, nos 30 dias que antecedem a data-base da categoria.
Convém relembrar, que cada categoria, possui uma 
data-base, que é a ocasião de fechamento das negociações 
coletivas onde homologa-se a convenção coletiva de traba-
lho, com os reajustes, pisos convencionais e demais direitos 
trabalhistas insertos na norma convencional.
5.10 Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais e Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional
Embora haja outras Normas Regulamentares da Se-
cretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do 
Trabalho, que eventualmente podem se sujeitar as igrejas, 
elementarmente as de números 7 e 9 são imprescindíveis. 
A NR 9 versa sobre o Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA), que garante a preservação da saúde 
e integridade do trabalhador no seu ambiente de trabalho. 
Por outro lado, a NR 7 versa

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