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MATERIAL EXTRA – HISTÓRIA GERAL TURMA EXTENSIVO ONLINE AULAS 20 E 21 Profº. Eduardo Página 1 de 5 AULA 20 – Revoluções de 1830 e 1848 1. Observe o documento abaixo: Com relação à Comuna de Paris assinale a alternativa CORRETA: a) Fortaleceu a posição dos militares diante da sociedade francesa. b) Baseou-se no ideal centralizador do absolutismo. c) Estimulou os privilégios e a hierarquização da sociedade. d) Instituiu o ensino religioso em toda França. e) Foi uma fonte de inspiração para o movimento operário. 2. “(...) os homens que naquele momento estavam encarregados de pôr termo à Revolução de 1848 eram precisamente os mesmos que fizeram a de 30. (...) O que a distinguia ainda, entre todos os acontecimentos que se sucederam nos últimos sessenta anos na França, foi que ela não teve por objetivo mudar a forma, mas alterar a ordem da sociedade. Não foi, para dizer a verdade, uma luta política (...), mas um embate de classe (...). Havia se assegurado às pessoas pobres que o bem dos ricos era de alguma maneira o produto de um roubo cujas vítimas eram elas (...). É preciso assinalar ainda que essa insurreição terrível não foi fruto da ação de certo número de conspiradores, mas a sublevação de toda uma população contra outra (...).” (Alexis de Tocqueville, Lembranças de 1848. 1991) A partir do texto, é correto afirmar que a) a revolução limitou-se, em 1848, a apelos políticos, no sentido de a classe burguesa, líder do movimento, atrair as classes populares para a luta, contra o absolutismo de Carlos X, usando as ideias liberais como combustível para a implantação do Estado liberal. b) a revolução de 1848, liderada pelos homens de 1830, isto é, a classe burguesa, tinha como maiores objetivos a queda de Luís Bonaparte e a vitória das ideias socialistas, pregadas nos banquetes e nas barricadas contra o rei e contra a nobreza. c) a revolução de 1848, influenciada pelo socialismo utópico, significou a luta entre a classe burguesa, líder da revolução de 1830, e as classes populares que, cada vez mais organizadas na campanha dos banquetes e nas barricadas, forçaram a queda do rei Luís Felipe. d) os líderes revolucionários de 1848, os mesmos da revolução de 1830, sob forte propaganda das ideias liberais e influenciados pela luta política, convocaram e obtiveram o apoio das classes populares, no Parlamento, contra o rei Luís Felipe. e) o rei Luís Felipe, no trono francês entre 1830 e 1848, foi derrubado por uma bem orquestrada luta política no Parlamento, que uniu liberais e socialistas, vitoriosa para essa aliança, que formou o governo provisório e elegeu o presidente Luís Bonaparte. 3. “Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo. Todas as potências da velha Europa unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo: o papa e o czar, Metternich e Guizot, os radicais da França e os policiais da Alemanha. Que partido de oposição não foi acusado de comunista por seus adversários no poder? Que partido de oposição, por sua vez, não lançou a seus adversários de direita ou de esquerda a pecha infamante de comunista: Duas conclusões decorrente desses fatos: 1. O comunismo já é reconhecido como força por todas as potências da Europa; 2. É tempo de os comunistas exporem, abertamente, ao mundo inteiro, seu modo de ver, seus objetivos e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do espectro do comunismo.” (Edição completa: Manifesto Comunista de Marx e Engels.) Com base no Manifesto Comunista de 1848, analise as proposições. I. Existem ao menos dois tipos de comunismo, um defendido pelos trabalhadores como ideologia com projeto político alternativo, e outro o comunismo como espectro inventado por instituições religiosas, políticas e militares para desqualificar a luta dos trabalhadores. II. O espectro do comunismo conseguiu unificar as forças mais conservadoras – “o papa e o czar, Metternich e Guizot, os radicais da França e os policiais da Alemanha” – em prol da democracia e do liberalismo. III. A multiplicação das fábricas nacionais e dos instrumentos de produção, o arroteamento das terras incultas e o melhoramento das terras cultivadas são partes do programa original do Manifesto Comunista. IV. O Manifesto Comunista inclui em seu programa – a centralização de todos os meios de comunicação e de transporte sob a responsabilidade do Estado. V. Consta, no programa do Manifesto Comunista, a supressão da família burguesa centralizada na figura autoritária do pai. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. c) Somente a afirmativa V é verdadeira. d) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. Página 2 de 5 4. Considere a foto para responder à questão. O Arco do Triunfo foi iniciado por ordem de Napoleão Bonaparte em 1806, e a Paris dos boulevares (das avenidas) surgiu a partir da reforma urbana implantada pelo barão Haussmann, prefeito de Paris entre 1853 e 1870, período em que a França era governada por Luís Bonaparte. A foto demonstra o resultado final dessas duas iniciativas que representam a vitória do projeto a) socialista de uma cidade em que seus espaços devem pertencer igualmente a todos os cidadãos. b) burguês em que o embelezamento da cidade, os parques, novos edifícios e monumentos devem atender mais às necessidades da classe burguesa do que às da população mais pobre. c) anarquista de uma cidade onde a população não precisaria de um órgão governamental, pois os próprios cidadãos a governariam. d) neoliberal em que a economia da cidade deve ser gerada não mais pelo investimento do Estado e sim pelo livre investimento das empresas privadas. e) comunista de uma cidade moldada nas diretrizes da Primeira Internacional Comunista. 5. Tão logo pisei na rua, pela primeira vez respirei o ar das revoluções: o meio da via pública estava deserto, as lojas não estavam abertas [...]. As barricadas estavam sendo construídas com arte e por um número pequeno de homens, que trabalhavam com muito cuidado. Não agiam como culpados, perseguidos pelo medo de serem flagrados em delito, mas com o aspecto de bons operários que querem completar o trabalho rapidamente e da melhor forma [...]. Somente o povo portava armas, guardava os locais públicos, vigiava, comandava, punia. Era uma coisa extraordinária e terrível ver, nas mãos unicamente dos que nada tinham, toda aquela imensa cidade, cheia de tantas riquezas, ou melhor, aquela grande nação, porque, graças à centralização, quem reina em Paris comanda a França. E assim, foi imenso o terror de todas as demais classes. O texto refere-se aos movimentos democráticos de 1848 na Europa, a respeito dos quais podemos afirmar CORRETAMENTE que: a) constituíram-se numa série de revoltas às quais se juntavam trabalhadores e burgueses contra o Antigo Regime. b) tiveram pouco significado histórico porque, além de sua curta duração, ficaram restritos à França. c) foram um conjunto de revoltas de iniciativa exclusivamente popular, contra o Golpe do 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. d) compuseram uma série de movimentos que eclodiram em toda a Europa, cuja reivindicação principal era mudar a forma de governo de autocrática para democrática. e) significaram revoluções autênticas, de inspiração socialista, com ampla mobilização popular, visando à mudança da ordem social. 6. "1848 foi a primeira revolução potencialmente global. (...) Num certo sentido, foi o paradigma de um tipo de 'revolução mundial' com o qual, dali em diante, rebeldes poderiam sonhar e que, em raros momentos (...) eles pensaram poder reconhecer. De fato, explosões simultâneas continentais ou mundiais são extremamente, raras".(HOBSBAWM. E. "A Era do Capital." São Paulo: Paz e Terra, 1982. p.30.) Sobre as revoluções de 1848, assinale a alternativa correta. a) O caráter de "revolução mundial" de que se revestiram estes movimentos deveu-se à influência da Associação Internacional dos Trabalhadores - a 2a Internacional - que possibilitou estender os movimentos não só por toda a Europa, mas também pelas principais cidades do continente americano. b) As revoluções de 1848 foram movimentos do proletariado industrial num contexto de crise econômica, começando na Inglaterra e atingindo a França, Alemanha e Bélgica, derrubando os governos burgueses e instalando repúblicas de orientação socialista. c) Foram movimentos que mesclaram os interesses liberais e nacionalistas da burguesia, em sua luta contra o absolutismo, às reivindicações e ao descontentamento das massas populares, canalizadas pelo socialismo, que pregava reformas radicais. d) Essencialmente urbanas, as revoluções de 1848 foram movimentos de resistência contra o conservadorismo, organizadas e controladas pela burguesia europeia, e inspiradas no liberalismo radical, sem a participação popular. Página 3 de 5 Aula 21- EUA no século XIX 1. No século XIX, o Imperialismo e sua política expansionista, levaram os Estados Unidos a aumentar consideravelmente sua extensão territorial, partindo da costa do Atlântico e chegando até o Pacífico. Neste contexto, todas as alternativas estão corretas, exceto a alternativa: a) Na guerra contra o México, foi anexada a Califórnia, o Novo México e o Texas. b) Através da concepção do “Destino Manifesto”, as terras indígenas não foram atingidas pelo processo de colonização. Os nativos eram considerados cidadãos estadunidenses. c) A Doutrina Monroe tinha como objetivo evitar a interferência das potências europeias na América. Os estadunidenses desejavam exercer sua influência sem a presença europeia. d) O Havaí foi anexado pelos EUA tornando-se um Estado americano. Anteriormente, os EUA já investiam no arquipélago, consolidando na região uma elite de fazendeiros e comerciantes. 2. Em junho de 2020, os legisladores do estado do Mississippi, nos Estados Unidos, aprovaram a retirada do símbolo dos confederados da bandeira estadual. Com base na história dos Estados Unidos, assinale a alternativa que apresenta quem foram os confederados e qual foi a razão dos protestos atuais contra os símbolos confederados. a) Os confederados defendiam o extermínio dos indígenas e a independência das 13 colônias em relação à Inglaterra, razão pela qual os símbolos confederados são considerados uma defesa do genocídio indígena. b) Os confederados defendiam a manutenção da escravidão e a separação do Sul em relação ao Norte dos Estados Unidos no contexto da Guerra Civil Americana (1861-1865), motivo pelo qual os símbolos confederados são considerados racistas. c) Os confederados defendiam a expulsão dos judeus e o rompimento de relações com o Estado de Israel no contexto da Guerra dos Seis Dias (1967), razão pela qual os símbolos confederados são considerados antissemitas. d) Os confederados defendiam o banimento de muçulmanos e a suspensão da entrada de imigrantes islâmicos no território americano no contexto da Guerra do Golfo (1991), motivo pelo qual os símbolos confederados são considerados islamofóbicos. e) Os confederados defendiam a deportação dos mexicanos e a construção de um muro separando os Estados Unidos do México no contexto da Guerra Hispano-Americana (1898), motivo pelo qual os símbolos confederados são considerados xenófobos. 3. “A fim de regularizar a propriedade da terra de acordo com as novas necessidades econômicas e os novos conceitos de terra e de trabalho, diversas leis importantes foram decretadas em diferentes países durante o século XIX. O ritmo da mudança, entretanto, variou de um país para o outro e, dentro dos limites de um mesmo país, de uma região para outra, de acordo com o grau e a intensidade com que o desenvolvimento da economia industrial e comercial afetou essas áreas.” (VIOTTI da Costa, Emília. Da Monarquia à República: Momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 1998. p.170) Estabelecendo uma comparação entre a Homestead Act de 1862, que regulamentou a política de terras nos EUA, e a Lei de Terras de 1850 no Brasil, é correto afirmar que a) a Homestead Act de 1862 dificultava o acesso à terra, pois estipulava valores muito altos para a compra de territórios a oeste do rio Mississipi, resultando na baixa ocupação europeia e na prevalência de povos indígenas. Tal qual os EUA, a Lei de Terras de 1850 impede que setores populares tenham acesso à terra no Brasil, pelo seu alto custo. b) a Lei de Terras de 1850 proibia a aquisição de terras públicas por qualquer outro meio que não fosse a compra, finalizando as formas tradicionais de aquisição de terras mediante doações do governo. De maneira diferente, o Homestead Act de 1862 doava terras exclusivamente à população indígena e africana interessada na ocupação do oeste. c) a política rural, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, estava ligada a uma certa concepção de trabalho não escravo. Mas, enquanto a Lei de Terras de 1850 dificultava a obtenção de terra pelo trabalhador livre, o Homestead Act de 1862 doava terras aqueles que desejassem nela se instalar. d) Brasil e EUA desenvolvem suas políticas de terras dentro de um contexto de crise do sistema escravocrata e necessidade crescente da mão de obra do trabalhador livre europeu. Assim, tanto a Lei de Terras de 1850 quanto a Homestead Act de 1862 democratizam o acesso à terra em seus respectivos países. e) as leis agrárias brasileira e norte americana, completamente diferentes, estão vinculadas a necessidades de substituição gradual da mão de obra escrava. A Lei de Terras de 1850 democratiza a terra na medida, em que possibilita a posse a quem ocupá-la por mais de 5 anos, enquanto o Homestead Act de 1862 estabelece a posse pela compra. 4. “A política externa do Barão do Rio Branco (1903-1912), orientada pela aceitação tácita da Doutrina Monroe e do corolário que o presidente Theodore Roosevelt lhe aplicou, para uma aliança tácita com o Estados Unidos, refletiu uma situação em que o Brasil dependia em cerca de 60% a 70% das exportações de café e estas, em igual proporção, do mercado norte-americano. Naquelas circunstâncias, constituiu igualmente um meio de enfrentar as pressões financeiras da Grã-Bretanha, tradicional credor da nação, bem como as ameaças da Argentina, coligada eventualmente com outros países do continente.” (BANDEIRA, Moniz. Brasil-Estados Unidos: A rivalidade emergente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; 1989. p.25-26) Sobre a política externa brasileira e norte americana do início do século XX, é correto afirmar que a) os EUA aplicam uma política de continuidade da Doutrina Monroe aproximando-se dos países sul-americanos com a Política da Boa Vizinhança. O Brasil alia-se aos EUA para evitar a influência econômica britânica e a ameaça territorial da Argentina. b) o Brasil aproxima-se dos EUA, pois tenta neutralizar a influência das potências europeias no continente sul-americano. Os EUA, a partir do corolário Roosevelt, iniciam série de intervenções em países latino americanos, como é o caso de Cuba e Nicarágua. c) o Brasil integra o núcleo de países aliados aos EUA com o desejo de criar uma zona de influência brasileira na América do Sul. Os EUA aplicam sua política externa baseada no Big Stick exclusivamente nas ilhas do Caribe, em especial Cuba e Haiti. d) os EUA desenvolvem uma política externa imperialista visando ao controle territorial e econômico de regiões latino americanas. O Brasil apoia a política norte americana, pois almejava uma parte dos territórios que entrariampara o controle estadunidense. e) o Brasil e os EUA mantiveram relações de proximidade e auxílio; pois, segundo o programa norte americano Aliança para o Progresso, era importante buscar o apoio político e econômico dos países sul americanos para o crescimento mútuo das nações. 5. Disseram que desejavam nos colocar numa reserva, construir-nos casas e fazer-nos tendas para curar. Não quero nada disso. Nasci na pradaria, onde o vento sopra livre e não existe nada que interrompa a luz do sol. Nasci onde não havia cercas, onde tudo respirava livremente. Quero morrer ali, não dentro de paredes. Conheço cada corrente e cada bosque entre o Rio Grande e o Arkansas. Cacei e vivi nesse território. Vivi como meus pais, antes de mim, e, como eles, vivi feliz. Quando estive em Washington, o Grande Pai Branco disse-me que toda a terra comanche era nossa e que ninguém deveria impedir-nos de morar ali. […] O lugar em que vocês dizem que devemos viver é pequeno demais. Parra-Wa-Samen (Dez Ursos) apud BROWN, D. Enterrem meu coração na curva do rio. São Paulo: Melhoramentos, 1985, p. 174. Adaptado. Página 4 de 5 Mas nem sempre as relações eram amistosas: os índios procuravam obter mercadorias à força ou através de emboscadas, fatos fartamente ilustrados em livros e filmes. Bastava aos assaltantes vigiar as fontes de água ao longo das rotas mais frequentadas e aguardar pacientemente a passagem de uma caravana. Isso explica o fato de os índios se terem tornado objeto de um ódio feroz por parte dos viajantes, convencidos de que “o único índio bom é o índio morto.” FOHLEN, C. O faroeste: 1860-1890. São Paulo: Cia. das Letras, 1989, p. 27. Adaptado. Considerando a situação social dos Estados Unidos, no século XIX, os dois textos abordam perspectivas a) contraditórias sobre os efeitos da expansão territorial para o oeste b) equivalentes quanto à extinção de reservas indígenas. c) complementares a respeito do ciclo do ouro na Califórnia d) discrepantes sobre a vigência da escravidão nos estados do sul e) divergentes na abordagem da segregação étnico-racial 6. Leia com atenção o fragmento abaixo: Por muitos anos esqueci. Por tantos anos esqueci, que expulsei da memória o fato que vou narrar. [...] Fiz de conta que nada tinha acontecido naquele meio do dia, num restaurante da cidade de Fort Worth, no Texas. Nada tinha acontecido no meio de um dos primeiros dias de janeiro de 1963, depois de uma longa e cansativa viagem de ônibus de Nova Orleans, na Louisiana, até Albuquerque, no Novo México. [...] Procurei como espião em terreno inimigo o lugar do banheiro. Sorrateiramente. Descobri. Havia quatro portas de entrada para banheiro. Duas a duas. Um dos conjuntos de dois ficava ao lado de uma lanchonete limpa, guarnecida de metais brilhantes, e o outro conjunto, ao lado de qualquer coisa como um boteco pé-de-chinelo. [...] Observei os dois conjuntos e fingi que não entendia. [...] Optei pelo banheiro dos Men, como poderia ter optado pelo banheiro dos Gentlemen. [...] No banheiro onde entrei só havia mulatos e negros. Observei. Conferi pela memória: eram também maioria no ônibus. Não fora por acidente que me tocara viajar ao lado de um negro. [...] Eu era o único de pele clara dentro do banheiro, dentro do ônibus. [...] De relance redescobri a segregação, que tinha descoberto nos bondes de Nova Orleans, onde os pretos tinham de viajar em pé. [...] Chegamos a Fort Worth. [...] Decidi. Almoçaria num bom restaurante da cidade. Tomei um táxi. Pedi sugestão ao motorista. [...] Entrei, escolhi uma mesa e tomei assento. Esperei o garçom. Esperei. Esperei. Os garçons não passavam pela minha mesa. Não recebi o cardápio nem me ofereceram o tradicional copo com água gelada. Fiz sinal, inutilmente. Atendiam a todas as outras mesas. Esperei dez, quinze minutos. Em vão. Esperei meia hora. Disso me lembro bem. A dor não se reconheceu ferida, por isso deve ter sido tão rápida a cicatrização. Levantei e saí do restaurante sem ter degustado as famosas ribs do Texas. Quantos olhos me seguiram até a porta? Não sei. Estava de costas. SANTIAGO, Silviano. Borrão. In: Histórias Mal Contadas. Rio de Janeiro: Rocco, 2005, p. 37-47. A partir da análise da fonte acima, é CORRETO fazer a seguinte afirmação em relação à segregação racial e aos direitos civis nos EUA. a) A Ku Klux Klan teve atuação restrita no Sul dos EUA. A forte repressão à segregação racial fez com que se encerrassem as atividades dessa organização assim que foi promulgada a Lei dos Direitos Civis em 1964. b) O confronto ocorrido em Charlottesville, em agosto de 2017, evidenciou as tensões presentes na sociedade norte-americana em relação à intolerância e persistência de confrontos envolvendo supremacistas brancos pelo país. c) A luta pelos direitos civis nos EUA foi marcada por mortes, prisões e conflitos nas ruas. Tudo isso, na tentativa de abolir a escravidão e garantir direitos civis aos negros. d) Os Panteras Negras lutavam pela garantia de direitos civis aos negros. Eles visavam principalmente à defesa contra a violência policial, faziam isso de forma pacífica, o que garantiu que não fossem perseguidos pelo governo norte-americano. e) Atualmente, não existem escolas, espaços públicos e bairros segregacionistas nos EUA. Todavia, restam algumas ações que contestam certas etnias, religiões e opções sexuais a partir de pressões por mudanças legais; sem conflitos e agressões. 7. Para colocar fim à guerra entre Estados Unidos e México, autoridades dos dois países assinaram, em fevereiro de 1848, o Tratado de Guadalupe- Hidalgo, criticado por expansionistas norte-americanos, que o consideraram condescendente com os derrotados. Fonte: http://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/guerras/guerra-mexicano- americana-a-aguia-estende-suas-asas.phtml#.WVlaL4jytPY O referido tratado teve como principal consequência política a a) construção de um bloco econômico, NAFTA. b) elevação do México à colônia dos Estados Unidos. c) continuação do estado de conflito entre as duas nações. d) anexação de territórios mexicanos em troca de uma indenização. e) ocupação permanente dos Estados Unidos no território mexicano. 8. A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da anexação de territórios mexicanos, da distribuição de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim como da anexação de terras indígenas. Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual a) o direito pertence aos povos mais democráticos e laboriosos. b) o mundo deve ser transformado para o engrandecimento da humanidade. c) o povo americano deve garantir a sobrevivência econômica das sociedades pagãs. d) as terras pertencem aos seus descobridores e primeiros ocupantes. e) a nação deve conquistar o continente que a Providência lhe reservou. 9. “Se a América Latina não foi esquartejada como a África, deveu-se ao fato – é preciso reconhecê-lo – de ter tido, sem que houvesse solicitado, um ‘tutor’. Um tutor ousado, porque se atreveu a dizer que a América era para os americanos, num momento em que apenas tinha a ilusão de ser uma potência. No entanto, quando esse tutor se transformou em grande potência, mudou seu discurso e gritou que era dono”. (Héctor Hernan Bruit. O Imperialismo. São Paulo: Atual, 1994, p.49) A partir da análise do texto, é correto afirmar que a) a América Latina, desde a primeira metade do século XIX, é um instrumento do imperialismo estadunidense, que, historicamente, impôs, àqueles países, políticas como a Doutrina Monroe e a Política do Big Stick. b) as divisões sofridas pela África, decorrentes do imperialismo do século XIX, não puderem acontecer no continente americanoem virtude da imposição ao respeito, feita na Conferência de Berlim, entre EUA e potências europeias, da autodeterminação da América Latina. c) o século XIX viu nascer a pretensa hegemonia estadunidense sobre os países latino-americanos, envolvendo disputas – desde aquela época – entre capitalistas e socialistas, ambientados na Guerra Fria. d) os americanos, há dois séculos, convivem com a supremacia estadunidense sobre os diversos países do continente, resultando em políticas impositivas como a da “Boa Vizinhança” e a Aliança para o Progresso. e) a América sempre foi protegida, resultando na criação de diversos acordos econômicos e na aliança de todo o continente em torno deles, apesar do domínio que os Estados Unidos exercem sobre o restante do mundo. Página 5 de 5 Aula 20 - Gabarito: Resposta da questão 1:[E] Resposta da questão 2:[C] Resposta da questão 3:[E] Resposta da questão 4:[B] Resposta da questão 5:[E] Resposta da questão 6:[C] Aula 21 - Gabarito: Resposta da questão 1:[B] Resposta da questão 2:[B] Resposta da questão 3:[C] Resposta da questão 4:[B] Resposta da questão 5:[A] Resposta da questão 6:[B] Resposta da questão 7:[D] Resposta da questão 8:[E] Resposta da questão 9:[A]